Blog - Notícias Anteriores - Junho 2021
30/06/2021 -
‘Superpedido’ de
impeachment de Bolsonaro aquece terceiro ato
nacional do sábado, #3J
30/06/2021 -
País tem 89 mil
desligamentos por morte de janeiro a abril: educação
perde 1.500 trabalhadores
30/06/2021 -
Luís Miranda diz
que recebeu proposta de propina de Ricardo Barros
para não atrapalhar compra de Covaxin
30/06/2021 -
Governo suspende
compra da Covaxin após notícia-crime contra
Bolsonaro
30/06/2021 -
Em meio ao
escândalo da Covaxin, Augusto Aras diz que não cabe
à PGR investigar Bolsonaro por prevaricação
30/06/2021 -
Governo
Bolsonaro é culpado pela alta na conta de luz, dizem
parlamentares
30/06/2021 -
Retorno da
política de valorização do salário mínimo é
fundamental, diz Paim
29/06/2021 -
Bolsonaro perdeu um terço de seus eleitores, aponta
Ipec
29/06/2021 -
Em 1958, Brasil tinha 1.258 Sindicatos
29/06/2021 -
Empresa Precisa, intermediária da Covaxin, cresceu
6.000% no governo Bolsonaro
29/06/2021 -
Senadores entram
com notícia-crime no STF contra Bolsonaro por
prevaricação
29/06/2021 -
Confiança de empresários da indústria cresceu em 29
de 30 setores
29/06/2021 -
Preços em alta penalizam os mais pobres
28/06/2021 -
Pedido coletivo
de impeachment de Bolsonaro será entregue na Câmara
28/06/2021 -
Manifestações
pelo impeachment de Bolsonaro são antecipadas para
dia 3
28/06/2021 -
Bolsonaro terá
“surpresa mágica” se desmentir citação a Barros, diz
Miranda
28/06/2021 -
CPI pode
comunicar ao STF crime de prevaricação por parte de
Bolsonaro
28/06/2021 -
Investimento direto no Brasil caiu 61% em maio
28/06/2021 -
Declaração de
miserabilidade de empregados não é suficiente para
garantir justiça gratuita a sindicato
28/06/2021 -
Comissão debate
projeto que permite movimentação do FGTS a partir
dos 60 anos do titular
25/06/2021 -
Dia Da Luta Operária será em 9 de julho
25/06/2021 -
Lula venceria no
primeiro turno se eleições fossem hoje, aponta
pesquisa Ipec
25/06/2021 -
CPI ouve irmãos
Miranda nesta sexta sobre denúncia na compra da
Covaxin
25/06/2021 -
Sem comum acordo, dissídio sobre proteção contra
Covid não pode ser instaurado
25/06/2021 -
Gilmar estende
suspeição de Moro a mais dois casos envolvendo Lula
25/06/2021 -
Lira volta a cobrar do governo envio de proposta de
novo programa social
25/06/2021 -
STF forma
maioria contra convocação de governadores na CPI do
Genocídio
25/06/2021 -
Banco Central prevê inflação de 5,8%, acima da meta
para 2021
24/06/2021 -
Oposição na Câmara reage a denúncias na compra da
Covaxin
24/06/2021 -
STF conclui
julgamento e confirma suspeição de Sergio Moro em
ações contra Lula
24/06/2021 -
Reforma administrativa pode gerar 1 milhão de cargos
de livre nomeação
24/06/2021 -
Salles caiu após
alerta de “bomba” contra Bolsonaro no STF, diz Veja
24/06/2021 -
Temporário tem direito a estabilidade em caso de
acidente, decide TST
24/06/2021 -
Ausência de publicação de edital em toda a base
territorial de sindicato inviabiliza dissídio
coletivo
24/06/2021 -
Proposta prevê 15 minutos de tolerância para
comparecimento a audiência trabalhista
23/06/2021 -
As 500 mil mortes equivalem a sete Maracanãs lotados
23/06/2021 -
Privatizar
Eletrobras é péssima ideia e, neste momento, ainda
pior
23/06/2021 -
CPI da Covid pode enquadrar Bolsonaro como
investigado
23/06/2021 -
Dispensa por justa causa exime empresa de pagar 13º
e férias proporcionais
23/06/2021 -
STF impede
extensão de auxílio-acompanhante para todas
aposentadorias
23/06/2021 -
Bolsonaro veta
PL que dispensa carência do INSS para novas doenças
22/06/2021 -
Fórum Sindical lamenta 500 mil mortes
22/06/2021 -
STF retoma na quarta-feira julgamento da suspeição
do ex-juiz Sergio Moro
22/06/2021 -
Câmara aprova
texto-base da MP da Eletrobras
22/06/2021 -
Justiça Federal
absolve Lula de falsas acusações da Operação Zelotes
22/06/2021 -
Governo
Bolsonaro superfaturou compra de vacina indiana em
mais de 1.000%
22/06/2021 -
Brasil já está
"diante de terceira onda" de Covid-19, afirmam
secretários de Saúde dos estados
22/06/2021 -
Rede aciona STF
para que Bolsonaro apresente provas de fraudes
eleitorais
21/06/2021 -
Atos do 19J
levam 750 mil brasileiros às ruas contra Bolsonaro
21/06/2021 -
Câmara realiza
sessão nesta segunda-feira para votar MP da
Eletrobras
21/06/2021 -
6,6 milhões de
pessoas perderam o emprego entre o 1º trimestre de
2020 e o de 2021
21/06/2021 -
Retomada frágil
e sem emprego fará Brasil ter desemprego recorde com
Guedes e Bolsonaro
21/06/2021 -
Posso ser
demitido por justa causa se recusar a vacina da
covid-19?
21/06/2021 -
Comissão aprova
seguro-desemprego para aposentados demitidos durante
pandemia
18/06/2021 -
Servidores e Centrais unem-se contra PEC 32
18/06/2021 -
Centrais
realizam Ato Unitário nesta sexta em SP
18/06/2021 -
Lula apoia ato do dia 19 de junho, luta do povo
contra Bolsonaro
18/06/2021 -
Paim critica MP sobre privatização da Eletrobras e
pede amplo debate
18/06/2021 -
STF começa
julgamento sobre ultratividade de acordos coletivos
de trabalho
18/06/2021 -
Eleições 2022: Paraná Pesquisas mostra Lula e
Bolsonaro em empate técnico
18/06/2021 -
Paulo Guedes
defende dar “sobras” a mais pobres para combater a
fome
18/06/2021 -
Dino vai ao PSB
para tentar ser vice de Lula na frente da
"democracia contra a ditadura"
17/06/2021 -
Senador Paim
participa de encontro com o FST
17/06/2021 -
Projeto obriga repor inflação no salário
17/06/2021 -
PSDB, DEM,
Cidadania, PV e PODE se reúnem para debater
“terceira via”
17/06/2021 -
Lira vê risco de racionamento de energia semelhante
ao de 2001
17/06/2021 -
Senado adia para
esta quinta-feira votação da privatização da
Eletrobrás
17/06/2021 -
Copom sobe mais
uma vez a taxa de juros, ao maior nível em 15 meses
17/06/2021 -
Trabalhadores têm até 30 de junho para sacar
Pis-Pasep 2020-2021
17/06/2021 -
Ipea: rendimentos efetivos dos trabalhadores têm
queda de 2,2%
16/06/2021 -
Trabalho da Câmara aprova realização de audiência
sobre Agenda Legislativa 2021, das centrais
sindicais
16/06/2021 -
Trabalhadores farão greve contra privatização da
Eletrobras
16/06/2021 -
Polêmica, privatização da Eletrobras está na pauta
do Plenário nesta quarta-feira
16/06/2021 -
Brasileiro está mais pobre, triste e estressado,
segundo estudo da FGV
16/06/2021 -
Sindicato responde por prejuízo causado por advogado
indicado aos associados
15/06/2021 -
DEM oficializa
expulsão de Rodrigo Maia, que deve ir para o PSD
15/06/2021 -
Mais de 500
cidades devem receber atos contra Bolsonaro em 19 de
junho
15/06/2021 -
PEC 32/20:
relator defende mudança ampla, mas sem parlamentares
15/06/2021 -
Movimento Basta avança no combate à PEC 32
15/06/2021 -
E-mails provam
que governo Bolsonaro teve pressa para comprar
cloroquina e empurrou com a barriga aquisição de
vacinas
15/06/2021 -
Lira deve definir relatores da reforma tributária
até o fim desta semana
15/06/2021 -
MP-SP abre inquérito contra organizadores de
“motociata”
15/06/2021 -
Copom se reúne sob expectativa de aumento da Selic
para 4,25%
14/06/2021 -
‘Lula é o
principal nome para liderar a luta democrática’,
afirma Rodrigo Maia
14/06/2021 -
Lula aumenta vantagem sobre Bolsonaro no segundo
turno, segundo pesquisa XP/Ipespe
14/06/2021 -
STF: “revisão da
vida toda” está empatada; Alexandre de Moraes vai
decidir
14/06/2021 -
Número de óbitos
por covid-19 no Brasil se aproxima de 490 mil
pessoas
14/06/2021 -
Prova de vida
pode ser feita sem sair de casa
14/06/2021 -
Indicador antecedente de emprego da FGV sobe 4,7
pontos em maio
11/06/2021 -
Movimentos preparam novo ato por vacina e contra
Bolsonaro: ‘O Brasil se levantou’
11/06/2021 -
CPI aprova quebra de sigilos de integrantes do
“gabinete paralelo”
11/06/2021 -
Lei que garante direito de sindicalização a
empregados de sindicatos é constitucional
11/06/2021 -
Anúncio de
Bolsonaro sobre medida contra máscaras surpreende
equipe de Queiroga
11/06/2021 -
Começam a valer
prazos mais rápidos para concessão de benefícios do
INSS
11/06/2021 -
Projeto prevê participação no lucro proporcional ao
tempo trabalhado
10/06/2021 -
Centrais
Sindicais convocam mobilização para 18 de junho e
apoiam Fora Bolsonaro no dia 19
10/06/2021 -
“Revisão da vida
toda”: Toffoli, Barroso e Gilmar acompanham
divergência aberta por Nunes Marques
10/06/2021 -
IBGE: indústria cai em nove dos 15 locais
pesquisados em abril
10/06/2021 -
Inflação para famílias com renda mais baixa é maior
que a oficial
10/06/2021 -
Lira reafirma
que reforma administrativa não vai atingir atuais
servidores públicos
10/06/2021 -
Inflação fica em 0,83% em maio, maior alta para o
mês em 25 anos
10/06/2021 -
Lula vence
Bolsonaro no 2º turno com 11 pontos de vantagem,
mostra pesquisa
10/06/2021 -
Reprovação de Bolsonaro é maior na advocacia, diz
pesquisa Datafolha
09/06/2021 -
Governo decidiu prorrogar auxílio emergencial até
setembro
09/06/2021 -
Líderes querem debater fim dos supersalários antes
da reforma administrativa
09/06/2021 -
Servidor do TCU
que escreveu estudo paralelo foi indicado por filhos
de Bolsonaro para o BNDES
09/06/2021 -
Em maio, cesta básica fica mais cara em 14 capitais
brasileiras
09/06/2021 -
Trabalhadores vão receber 2 saques do PIS/Pasep de
uma vez
09/06/2021 -
Salário mínimo
necessário em maio foi R$ 5.351
09/06/2021 -
Prestar informações negativas sobre ex-empregada
gera danos morais
08/06/2021 -
TCU desmente
Bolsonaro sobre mortes por Covid
08/06/2021 -
Dieese mostra
perda salarial pra 60% das categorias
08/06/2021 -
Governo quer tirar trabalhadores dos fundos de
pensão e transferir patrimônio aos bancos
08/06/2021 -
Rosa Weber pede
avaliação da PGR sobre Bolsonaro ter cometido
genocídio
08/06/2021 -
MDB e PSL falam em apoiar mesmo candidato para as
eleições de 2022
08/06/2021 -
Na pandemia, 1.338 feminicídios. Ligue 180.
08/06/2021 -
Proposta modifica regra em caso de acidente no
trajeto para o trabalho
07/06/2021 -
STF segue até
sexta-feira (11) votação da “desaposentadoria”
07/06/2021 -
Centrais
sindicais repudiam ameaças à Manuela d’Ávila
07/06/2021 -
OIT diz que mercado de trabalho não vai se recuperar
da pandemia antes de 2023
07/06/2021 -
Bolsonaro
recusou vacina quando a Pfizer venderia ao Brasil
com 50% de desconto
07/06/2021 -
Home Office ainda é
para poucos
07/06/2021 -
Rodrigo Pacheco
promulga lei do salário mínimo de R$ 1,1 mil
07/06/2021 -
Produção industrial recua 1,3% em abril, diz IBGE
02/06/2021 -
Movimentos já planejam novos atos de rua contra
Bolsonaro
02/06/2021 -
Agenda Legislativa 2021 das Centrais Sindicais
02/06/2021 -
Rosa Weber pede
manifestação da CPI sobre convocação de governadores
02/06/2021 -
Fachin dá cinco
dias para Bolsonaro explicar por que não usa máscara
e causa aglomerações
02/06/2021 -
Manifestações
contra Bolsonaro mostram força do povo
02/06/2021 -
PIB tem alta de
1,2% no primeiro trimestre de 2021
02/06/2021 -
Inflação na
saída das fábricas recua para 1,89% em abril, diz
IBGE
01/06/2021 -
Centrão se põe como fiel da balança após protestos
contra Bolsonaro
01/06/2021 -
Pesquisa mostra que pandemia prejudicou emprego ou
renda de 62% dos brasileiros
01/06/2021 -
Senadores e especialistas condenam privatização da
Eletrobras em audiência
01/06/2021 -
IGP-M de 37% expõe alta da inflação
01/06/2021 -
“Tenho certeza
de que Fux vai pautar a suspeição de Moro. Ele não
vai me frustrar”, diz Marco Aurélio
01/06/2021 -
Bolsonaro fecha
com Patriota para 2022; presidente já passou por
oito partidos
01/06/2021 -
PGR pede
instauração de inquérito contra ministro Ricardo
Salles
30/06/2021 -
‘Superpedido’ de impeachment de Bolsonaro aquece
terceiro ato nacional do sábado, #3J
Novo pedido que será protocolado nesta quarta, em
Brasília, traz novas denúncias contra o presidente
no escândalo da vacina Covaxin e intensifica
convocação para o sábado
Movimentos populares, partidos políticos e
organizações da sociedade civil protocolam nesta
quarta-feira (30) o chamado “superpedido de
impeachment” de Jair Bolsonaro. O objetivo dessa
articulação foi reunir em um único processo
argumentos dos 123 pedidos de destituição já
apresentados à Mesa Diretora da Câmara dos
Deputados. Apesar de apontar crimes de
responsabilidade cometidos por Bolsonaro, os
processos vêm sendo ignorados pelo presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O jurista Mauro
Menezes, autor de dois deles, é o redator do
superpedido de impeachment, que antecede a terceira
jornada nacional pelo Fora Bolsonaro. Os atos estão
marcados para o próximo sábado, o chamado #3J.
O mais novo pedido de afastamento é assinado por
cerca de 700 entidades e representações sociais das
mais diversas vertentes políticas. Além de 21 crimes
de responsabilidade já listados anteriormente, serão
incluídas as recentes denúncias de prevaricação na
compra superfaturada da vacina Covaxin, que vieram a
público na última sexta-feira (26), após depoimento
dos irmãos Miranda à CPI da Covid no Senado. A
denúncia se soma a acusações de apologia à tortura,
participação em atos antidemocráticos, incitação de
motim entre classes armadas e crimes contra a saúde
pública. A entrega do documento reunirá
parlamentares de esquerda, direita e centro,
juntamente com lideranças sociais em ato político
marcado para as 14h, na Câmara.
A previsão é que a mobilização siga durante a semana
até o sábado (3), quando ocorre o novo dia nacional
de manifestações. Inicialmente previstos para o dia
24 de julho, os protestos do #3J foram antecipados
devido às denúncias de corrupção na CPI em meio à
pandemia. Antes disso, na quinta-feira (1º), a
Campanha Fora Bolsonaro, realiza ainda uma plenária
nacional.
Pressão cresce
O coordenador nacional da Central dos Movimentos
Populares (CMP), Raimundo Bonfim, destaca que “este
é um pedido das ruas”. Por isso, será apresentado
justamente no calor e clamor pela preservação da
vida, com apoio das grandes mobilizações de 29 de
maio e 19 de junho. Isso porque não dá mais para
esperar que o povo morra pela covid ou de fome.
Bolsonaro tem que sair já”, destacou.
Diante da pressão popular crescente, a expectativa é
que Lira reveja seu imobilismo e acate o documento.
A advogada Tânia Maria de Oliveira, integrante da
coordenação executiva da Associação Brasileira de
Juristas pela Democracia (ABJD), afirma que não há
mais tempo para omissões. “Não tem mais espaço para
ficar fingindo que as coisas não estão acontecendo.
Nem que os crimes cometidos pelo presidente da
República não estão sendo cometidos todos os dias,
de forma reiterada. Noticiados no mundo inteiro,
inclusive. Inúmeros crimes de responsabilidade. Não
é possível que ele vá fingir que não está vendo ad
aeternum (para sempre).”
De acordo com o jurista Mauro Menezes, mestre em
Direito Público, o superpedido vai além da questão
do impeachment, que adverte: “Está claro que estamos
lidando com o fascismo, uma força política
considerável”.
Mesmo com o calendário desta semana, os movimentos
populares mantiveram a mobilização para 24 de julho.
A campanha pelo Fora Bolsonaro conta com o apoio do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),
a União Nacional dos Estudantes (UNE), as dezenas de
organizações reunidas nas frentes Povo Sem Medo e
Brasil Popular, a Coalizão Negra por Direitos e o
grupo de juristas Prerrogativas. A causa ainda
congrega ex-aliados de Bolsonaro, como os deputados
Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP).
Fonte: Rede Brasil Atual
30/06/2021 -
País tem 89 mil desligamentos por morte de janeiro a
abril: educação perde 1.500 trabalhadores
Segundo o Dieese, foram 612 professores e 263
trabalhadores na área de serviços
De janeiro a abril, o país registrou 35.125
desligamentos contratuais por morte, crescimento de
89% em relação a igual período de 2020. Os dados,
recolhidos do “novo” Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged, do Ministério da Economia)
foram divulgados pelo Dieese. O instituto destaca o
setor de educação, o quarto em número de contratos
extintos: 1.479, aumento de 128%. O levantamento não
fala explicitamente em covid-19, mas pelo menos em
alguns casos a relação é evidente.
Desse total, a categoria de “profissionais do
ensino”, reunindo professores e coordenadores,
representaram 621 mortes, alta de 163%. Os
trabalhadores de serviços (como faxineiros,
porteiros, zeladores e cozinheiros) somaram 263.
Em todos os níveis
De acordo com os dados reunidos pelo Dieese,
professores com ensino superior que dão aula no
ensino médio foram os que tiveram maior aumento
percentual no número de desligamento por morte:
258%, de 26 para 93. Entre os de nível superior no
ensino infantil ou fundamental, crescimento de 137%,
de 70 para 166. E entre professores de ensino médio
na educação infantil ou fundamental, alta de 238%,
de 21 para 71 profissionais.
“Rondônia, Amazonas e Mato Grosso foram os estados
com o maior crescimento no número de desligamentos
por morte em 2021”, diz o Dieese. O instituto
observa que essas três unidades da federação foram
as que tiveram as maiores taxas de mortalidade pela
covid até este mês.
Região Norte
Em Rondônia, por exemplo, foram 17 desligamentos por
morte no primeiro quadrimestre, ante apenas um em
igual período de 2020, variação de 1.600%. Uma
proporção de 339 mortes a cada 100 mil habitantes.
Em São Paulo, essa proporção foi de 266. No estado,
foram 531 desligamentos, crescimento de 153%.
Trabalhadores abaixo dos 30 anos foram menos
atingidos, segundo o levantamento. Mesmo assim, o
desligamento por morte entre profissionais de 25 a
29 anos mais que dobrou no primeiro quadrimestre –
109%, de 22 para 46.
Entre os trabalhadores na faixa de 30 e 39 anos, o
aumento foi de 148%, atingindo 221 de janeiro a
abril. Em números absolutos, a maior quantidade de
desligamentos por morte foi na faixa de 50 a 64
anos: 622, alta de 137%.
Confira aqui a íntegra do boletim Emprego em Pauta,
do Dieese. O instituto aponta ainda elevado número
de desligamentos por morte nos setores de
administração pública (que inclui defesa e
seguridade social) e informação/comunicação, além de
eletricidade e gás. A maior alta percentual é do
setor de serviço doméstico: 200%, de um para três
desligamentos.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/06/2021 -
Luís Miranda diz que recebeu proposta de propina de
Ricardo Barros para não atrapalhar compra de Covaxin
O deputado teria participado de duas reuniões, a
segunda, inclusive, com a presença do líder do
governo Bolsonaro na Câmara, na qual teria recebido
a proposta para ganhar 1,2 milhão de dólares
As denúncias de propina contra o governo de Jair
Bolsonaro não param. O deputado federal Luis Miranda
(DEM-DF) foi chamado para duas reuniões, nas quais
recebeu oferta de propina milionária para parar de
atrapalhar a compra da Covaxin pelo Ministério da
Saúde, de acordo com reportagem de Patrik Camporez,
no Crusoé.
Segundo a matéria, no dia 31 de março, ou seja, 11
dias depois de ter se reunido com Bolsonaro, junto
com seu irmão, Luis Ricardo Miranda, para alertar o
presidente dos indícios de irregularidades no
processo de aquisição da vacina indiana, Luis
Miranda foi convidado por um conhecido lobista de
Brasília para participar de uma reunião em uma
mansão no Lago Sul, em Brasília.
Figura conhecida da Polícia Federal (PF) por
envolvimento em esquemas de corrupção e homem de
confiança do líder do governo Bolsonaro, Ricardo
Barros (PP-PR), Silvio Assis queria conversar
pessoalmente com Miranda, que aceitou o convite.
Assis teria dito que nada poderia dar errado na
compra da Covaxin e tentou fazer de Miranda aliado.
Pediu para o deputado interceder junto ao irmão do
Ministério da Saúde, para que ele não criasse
problemas para o negócio.
Em certo momento, afirmou que Miranda poderia ser
recompensado, caso aceitasse ajudar. Sem mencionar
valores, afirmou que, se tudo desse certo, a
reeleição do parlamentar estaria garantida. O
deputado saiu da reunião sem que a conversa
avançasse.
Em maio, pouco mais de um mês depois da primeira
reunião, ocorreu novo encontro, no mesmo local.
Desta vez, Silvio Assis estava com o próprio Ricardo
Barros.
Valores
O tema foi o mesmo. A certa altura, Assis, que
demonstrava falar em nome da Precisa Medicamentos, a
empresa brasileira intermediária do negócio da
Covaxin com o Ministério da Saúde, disse a Luis
Miranda que ele poderia ser muito bem recompensado
caso aderisse ao acerto.
Desta vez, a conversa envolveu valores. Assis, em
nome de Barros, teria prometido a Luis Miranda uma
participação sobre cada dose da vacina vendida ao
Ministério da Saúde: 6 centavos de dólar. Caso
aceitasse, poderia ganhar 1,2 milhão de dólares, o
equivalente a 6 milhões de reais.
Voz de prisão
O deputado afirma que, nos dois encontros, rejeitou
com veemência a proposta do lobista amigo e Barros.
Disse, inclusive, que, em uma das oportunidades,
teria ameaçado dar voz de prisão a Silvio Assis.
O parlamentar afirmou não crer que a oferta de
propina que recebeu tenha alguma relação com a
conversa que teve, dias antes, com Bolsonaro para
alertar sobre irregularidades no processo de compra
da vacina.
Miranda teria relatado à Crusoé que não quer se
manifestar a respeito dessas conversas com o lobista
e o líder do governo. Ele destacou, ainda, que
prefere falar para a Polícia Federal, caso seja
chamado.
Fonte: RevistaForum
30/06/2021 -
Governo suspende compra da Covaxin após
notícia-crime contra Bolsonaro
O governo decidiu suspender a compra de 20 milhões
de doses da vacina indiana Covaxin, alvo de
suspeitas de irregularidades apontadas na CPI da
Covid no Senado. O ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga, e o controlador-geral da União, Wagner
Rosário, confirmaram a decisão nesta terça-feira
(29), um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro
tornar-se alvo de uma notícia-crime ao Supremo
Tribunal Federal (STF), acusado de prevaricação.
"Esse assunto foi discutido e, por orientação da
Controladoria-Geral, por uma questão de oportunidade
e conveniência, decidimos suspender o contrato para
que análises mais aprofundadas sejam feitas",
justificou Queiroga, em entrevista com a imprensa no
Palácio do Planalto.
Queiroga disse que novidades ocorrerão à medida que
"novos fatos concretos" forem apurados.
Já Wagner Rosário comentou que a decisão é
preventiva e tem cunho meramente administrativo,
isto é, não está ligada à qualquer decisão que o
Ministério Público possa tomar. "O que nós estamos
fazendo é revisando o processo para dar máxima
segurança para que o ministro [Queiroga] possa tomar
decisões dentro da legalidade", disse.
O tema tem ganhado proporções desde o início da
semana passada e parlamentares da oposição que
integram a CPI o indicam como o principal esquema de
corrupção descoberto durante a pandemia. O caso
também representa um ponto de desgaste para o
presidente Jair Bolsonaro e o assunto impeachment
voltou a ser suscitados nas rodas de conversa em
Brasília.
De acordo com depoimento que prestaram à CPI da
Covid na sexta-feira (25), o deputado Luís Miranda (DEM-DF)
e o irmão dele, Luís Ricardo, levaram ao presidente
a denúncia de que havia irregularidades no contrato.
A vacina indiana era a mais cara a ser negociada
pelo governo brasileiro, ao custo US$ 15 a dose, e a
única que seria adquirida com a utilização de um
intermediário, a empresa Precisa Medicamentos.
Um adiantamento de US$ 45 milhões seria feito à
Precisa. Luís Ricardo afirma ter sido pressionado
para liberar o pagamento desse adiantamento.
Informado pelos irmãos Miranda da irregularidade,
Bolsonaro não teria tomado nenhuma providência. O
deputado Luis Miranda também afirmou que ele apontou
para o envolvimento do líder do governo na Câmara,
Ricardo Barros (PP-PR), na irregularidade.
Fonte: Congresso em Foco
30/06/2021 -
Em meio ao escândalo da Covaxin, Augusto Aras diz
que não cabe à PGR investigar Bolsonaro por
prevaricação
Em declaração não oficial, Aras disse que a PGR
tem a atribuição apenas de denunciar o presidente
por crime comum, cabendo ao Legislativo fazer a
denúncia por crime de responsabilidade
Um dia após senadores enviarem ao Supremo Tribunal
Federal (STF) uma notícia-crime contra Jair
Bolsonaro por prevaricação no possível caso de
corrupção na compra da Covaxin pelo Ministério da
Saúde, o procurador-geral da República, Augusto
Aras, afirmou que não cabe à Procuradoria-Geral da
República (PGR) denunciar o presidente por este
motivo.
A declaração ocorreu durante participação de Aras no
debate "Justiça e Democracia" nesta terça-feira
(29), organizado pela ConJur, mas a fala foi feita
fora do ar. A manifestação do PGR não é oficial e
não tem impacto na notícia-crime enviada por Rosa
Weber, relatora do pedido dos senadores, a Aras.
Os parlamentares pedem que Bolsonaro seja
investigado por conivência diante da revelação feita
a ele de que haveria um esquema de corrupção na
compra do imunizante, conforme relatado pelo
deputado Luis Miranda (DEM-DF) à CPI da Covid na
última semana. A acusação é de prevaricação, mas
eles também não descartam outros crimes, como
corrupção, organização criminosa e lavagem de
dinheiro, além de improbidade administrativa.
Para Aras, é atribuição do PGR única e tão somente
denunciar o presidente por crime comum. Em caso de
crime de responsabilidade, esta atribuição é do
Poder Legislativo, sustenta Aras.
Ele defendeu, no entanto, que não cabe mover ação
por prevaricação contra o presidente. Embora seja um
servidor público, Bolsonaro só poderia ser
denunciado por crime de responsabilidade, segundo
Aras.
Fonte: Brasil247
30/06/2021 -
Retorno da política de valorização do salário mínimo
é fundamental, diz Paim
Em pronunciamento, nesta terça-feira (29), o senador
Paulo Paim (PT-RS) disse que a alta da inflação
elevou o custo de vida e está “massacrando as
famílias brasileiras”. Segundo o senador, a inflação
bateu recorde e atingiu seu maior índice em 25 anos.
A taxa, de 0,83%, foi a maior para um mês de maio
desde 1996.
— Os preços foram às alturas. Entre outros, os da
alimentação, do gás, da energia elétrica, dos
combustíveis, dos transportes, do vestuário e da
água. O acumulado nos últimos 12 meses foi de 8,06%.
O governo perdeu o controle — afirmou.
Ainda de acordo com o senador, a elevação dos preços
dos produtos encareceu o valor da cesta básica, que
teve alta significativa em 14 capitais por conta da
inflação, que, com isso, está prejudicando as
pessoas em suas necessidades básicas, como
“alimentação, limpeza e higiene”, principalmente a
população de baixa renda, que é a mais vulnerável.
Portanto, em face da situação, Paim classificou como
“erro grosseiro” a decisão do governo federal de
“acabar” com a política nacional de valorização do
salário mínimo. Para ele, o retorno dessa política é
“fundamental”, pois garante aos trabalhadores a
recomposição salarial com base no PIB mais a
inflação.
— O salário mínimo é um instrumento de cidadania e
de distribuição de renda, assim como é da política
que os salários sejam corrigidos pelo menos pela
inflação. Tudo isso afeta o conjunto de salários.
Como está, não dá para ficar. O governo precisa agir
e disponibilizar vacinas em massa, rapidamente;
assim, salvamos vidas e reaquecemos a economia —
declarou.
Fonte: Agência Senado
29/06/2021 -
Bolsonaro perdeu um terço de seus eleitores, aponta
Ipec
Entrevistas com pessoas que votaram em Bolsonaro
na última eleição mostram que há um movimento de
migração para votar em Lula em 2022
O presidente Jair Bolsonaro perdeu cerca de um terço
de seus eleitores no segundo turno de 2018. A
constatação foi feita por meio de pesquisa do
instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec),
divulgada nesta segunda-feira (28) pelo jornal O
Estado de S. Paulo. Os entrevistados indicam que
podem migrar o voto para o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Entre os entrevistados pelo Ipec que disseram ter
votado em Bolsonaro em 2018, 34% afirmaram que não
repetirão o voto em 2022. Já outros 44% afirmaram
que “com certeza” votarão novamente, enquanto 18%
não descartam escolhê-lo.
Outro dado do Ipec que chama a atenção é a migração
de votos. 25% dos eleitores que votaram em
Bolsonaro, em 2018, dizem que “com certeza” votarão
no ex-presidente Lula. Outros 13% também colocam
Lula como possível opção para as eleições de 2022.
Já 59% dizem que não votariam no candidato petista.
O Ipec também questionou os entrevistados que
votaram em Fernando Haddad (PT) no segundo turno de
2018 e apenas 4% dizem que votariam ou poderiam
optar por Bolsonaro na próxima eleição. Já 93% deles
descartam qualquer possibilidade de votar no atual
presidente em 2022.
Bolsonaro em baixa
O ex-presidente Lula supera Bolsonaro em 26 pontos
percentuais e estaria próximo de vencer em primeiro
turno se as eleições presidenciais fossem hoje. O
Ipec mostra que Lula lidera a preferência do
eleitorado com 49%, enquanto Bolsonaro aparece com
23%.
De acordo com a pesquisa Ipec, além de Lula e
Bolsonaro os demais nomes tidos como potenciais
candidatos não ultrapassam dois dígitos. Por
exemplo, Ciro Gomes (PDT), teria 7%; João Doria
(PSDB), 5%; e o ex- ministro da Saúde, Luiz Henrique
Mandetta (DEM), com 3%.
A pesquisa Ipec traz ainda dados devastadores sobre
a rejeição em alta do presidente Jair Bolsonaro.
Responderam que não votariam em Bolsonaro de jeito
nenhum 62% dos entrevistados, ante 56% que tinham
essa opinião no levantamento anterior, em fevereiro.
Além disso, 50% da população acha o governo
ruim/péssimo (eram menos de 40% os que pensavam
assim há quatro meses).
Fonte: Rede Brasil Atual
29/06/2021 -
Em 1958, Brasil tinha 1.258 Sindicatos
Essa história é longa e espero que você tenha
paciência pra ir até o fim.
O começo é uma tarde de sábado em que entrei num
sebo e topei com o livro “Retrato sem retoque”, de
Adalgisa Nery, que conhecia como companheira e musa
de Ismael Nery, tantas vezes por ele retratada.
Havia pouco tempo eu tinha visto exposição de Ismael
no MAM, em SP, de cujos quadros saltavam a beleza e
o carisma da companheira.
Não sabia, e o livro veio me informar, que ela havia
sido jornalista e colunista do Última Hora, em cuja
seção, “Retrato sem retoques”, expunha sua posição
progressista e nacionalista.
Bela, inteligente e ousada, Adalgisa havia vivido
até 1934 com Ismael, que morreu naquele ano. Tempos
depois, viria a se casar com Lourival Fontes, um
homem forte de Getúlio e responsável pelo setor de
propaganda do governo. Vale registrar que foi eleita
deputada estadual pelo PTB, na Guanabara.
Detalhes de sua vida pessoal, seu despojamento e
retiro, nos últimos anos, podem ser encontrados na
internet. Vou me concentrar na análise objetiva que
ela faz, entre as páginas 150 e 160 do livro, no
capítulo “Problemas do movimento sindical”.
Números
Estudo do Senai, em 1960, dava conta de que a Capital
paulista tinha população de 3,8 milhões. Desses, 600
mil eram operários. Em todo o Estado, 1 milhão.
Quanto ao País, ela escreve, “os trabalhadores na
indústria já serão 3,5 milhões”. E segue: “Em outros
setores da atividade urbana assinala-se idêntico
crescimento, tanto na esfera do comércio como dos
bancos e do transporte”. E conclui:
“Lamentavelmente, esse aumento não vem se traduzindo
num automático reforçamento dos Sindicatos”.
Quanto à sindicalização, a escritora menciona
inquérito do Serviço de Estatística da Previdência e
Trabalho, de 1958, pra informar que: 1) Há 1.258
Sindicatos de empregados no País… e 1.120.193
associados. Ela opina: “Trata-se de um índice
baixíssimo”, e expõe suas razões.
CNTI – A Confederação conta com pouco mais de
50 Federações. O setor metalúrgico compreende 80
Sindicatos e quatro Federações estaduais. “Seguem,
por ordem de importância, os Sindicatos e Federações
dos Têxteis, Construção Civil etc.”
Informa: “O inquérito em questão assinalou a
existência de apenas 654.923 associados em todas as
organizações sindicais do setor industrial, o que
corresponderia a menos de 20%”. Quanto aos
metalúrgicos, “são 700 mil operários, ou seja, 20%
do conjunto do proletariado”.
A sindicalização? Adalgisa Nery mostra: “No
Sindicato de Volta Redonda, a sindicalização atinge
mais de 90%, com dois terços de ativistas”. Na
Guanabara, “esse índice é inferior a 50%, caindo pra
30% na Capital de São Paulo”.
O texto de Adalgisa Nery também retrata marítimos,
transportes terrestres e bancários. Escreve: “A
Contec e os Sindicatos de Bancários tinham 55.318
associados, pra um número de empregados da ordem de
120 mil – sindicalização pouco inferior a 50%”.
Comércio – Na página 152, os dados relativos
aos comerciários dão conta de que já são “talvez uns
três milhões, havendo apenas 176.230 sindicalizados,
em 1958”. Quanto às profissões liberais, havia 116
Sindicatos, com 35.231 associados.
Política – Atenta às tendências ideológicas,
Adalgisa Nery observa: “Nos últimos 15 anos do
sindicalismo nacional, verifica-se que foram se
constituindo duas tendências antípodas – a comunista
e a anticomunista, arrastando os Sindicatos pra toda
uma série de problemas correlatos”.
Em seguida, a escritora se apoia em dois documentos
de Congressos. O Primeiro Congresso do Sindicalismo
Democrático, em SP, baba-ovo da livre iniciativa. E
avança, quanto à outra corrente: “Também os
comunistas e os que seguem sua orientação dão o
melhor de seus esforços às questões políticas,
esquecidos de sua condição primeira de dirigentes
sindicais ou associados a Sindicatos”. Os
anticomunistas, registra, “querem se filiar à
Ciosl-Orit; os comunistas querem atrelar o movimento
brasileiro à FSM-CTAL”.
Greve – Adalgisa Nery analisa as duas greves
gerais convocadas em 1962: “A primeira greve
limitou-se ao setor de transportes. Em São Paulo,
salvo no Porto de Santos, não foi atendida a ordem
de paralisação geral”. A segunda, observa, malogrou
ainda mais por ter sido decretada num fim de semana.
E a pauta? No início, exigia revogação da Lei de
Segurança Nacional; primeiro plebiscito a 7 de
outubro; reforma eleitoral sem discriminação de
candidatura e voto para analfabetos e soldados;
reforma agrária radical, que dê terra e meios aos
camponeses; aumento de 100% para o salário mínimo e,
no final da lista de 10 reivindicações,
salário-família.
Após a greve, a lista ficou assim: 1) Libertação
imediata dos grevistas detidos, porque são
trabalhadores e patriotas; 2) Anulação dos processos
contra os grevistas; 3) Garantia pelo Ministério do
Trabalho que a greve será considerada legal; 4)
Constituição de um governo nacionalista e
democrático; 5) Aumento de 100% no salário mínimo;
6) Anulação da Portaria que regulou os Sindicatos
rurais; 7) Aplicação imediata da lei de limitação de
remessas de lucros; 8) Intervenção governamental,
pra impedir a majoração nos preços dos artigos de
consumo, gêneros de primeira necessidade e
medicamentos; 9) Entendimento pessoal com o
Presidente.
Ao final, sem medo de expor suas opiniões, arremata
Adalgisa Nery: “Cremos que esses fatos corroboram a
urgência da adoção de uma política sindical em comum
para os agrupamentos da esquerda democrática”.
Atenta e ligada no movimento, como se diz hoje, o
próximo capítulo do livro analisa a questão
estudantil. Mais esse será assunto pra um outro
sábado, uma outra tarde de sábado, caso possa.
Jornalista, coordenador da Agência Sindical.
www.facebook.com/joao.franzin.1
Fonte: Agência Sindical
29/06/2021 -
Empresa Precisa, intermediária da Covaxin, cresceu
6.000% no governo Bolsonaro
Intermediária na compra da vacina é ligada ao
deputado Ricardo Barros (PP-PR) e teve acesso ao
BNDES por meio de o senador Flávio Bolsonaro
(Patriota-RJ)
A empresa Precisa, atravessadora na compra da vacina
indiana Covaxin, envolta por suspeitas de corrupção
no Ministério da Saúde, disparou no governo de Jair
Bolsonaro. "A Precisa Medicamentos teve um salto em
seus negócios no governo do presidente Jair
Bolsonaro. Antes dele, a firma havia assinado apenas
um contrato, de R$ 27,4 milhões, para fornecer
preservativos femininos ao Ministério da Saúde.
Desde 2019, primeiro ano de Bolsonaro, a Precisa
fechou ou intermediou acordos que somam R$ 1,67
bilhão. No atual governo, o empresário Francisco
Maximiano, dono da Precisa, também ganhou acesso a
ministérios, ao BNDES e à embaixada do Brasil na
Índia", informam Vinícius Valfré, Julia Affonso, em
reportagem publicada no Estado de S. Paulo.
"Foi o próprio filho mais velho do presidente, o
senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o
responsável por abrir as portas do BNDES ao
empresário. Após a revista Veja revelar que o Zero
Um intermediou uma reunião de Max, como é conhecido
em Brasília, com o presidente do banco público,
Gustavo Montezano, o senador admitiu ter 'amigos em
comum' com o dono da Precisa", apontam os
jornalistas. "Na sexta-feira passada, o deputado
Luis Miranda (DEM-DF) afirmou à CPI da Covid no
Senado que Bolsonaro atribuiu a Barros 'os rolos'
envolvendo a compra da vacina Covaxin."
Fonte: Brasil247
29/06/2021 -
Senadores entram com notícia-crime no STF contra
Bolsonaro por prevaricação
Os parlamentares pedem que Bolsonaro responda, em
48 horas, se foi comunicado das denúncias sobre
irregularidades na compra da vacina Covaxin e se
apontou o deputado Ricardo Barros (PP-PR) como
provável responsável pelo ilícito
Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano
Contarato (Rede-AP) e Jorge Kajuru (Podemos-GO)
apresentaram nesta segunda-feira (28), no Supremo
Tribunal Federal (STF), uma notícia-crime a fim de
que a corte acione à Procuradoria-Geral da República
(PGR) no sentido de abrir inquérito para apurar se
Bolsonaro prevaricou no caso da compra da vacina
Covaxin pelo Ministério da Saúde. A relatoria do
caso ficou com a ministra Rosa Weber.
Na notícia-crime, os parlamentares fazem três
pedidos. A admissão da ação para que a PGR seja
intimada a oferecer denúncia contra Bolsonaro pelo
do crime de prevaricação, previsto no artigo 319 do
Código Penal. Também pedem que Bolsonaro responda,
em 48 horas, se foi comunicado das denúncias, se
apontou o deputado Ricardo Barros (PP-PR) como
provável responsável pelo ilícito, “bem como se e em
que momento adotou as medidas cabíveis para a
apuração das denúncias.”
Além disso, eles querem que a Polícia Federal (PF)
informe em 48 horas se houve a abertura de inquérito
para apurar as denúncias sobre a aquisição da vacina
Covaxin, “discriminando quando e por quem foi aberto
o eventual inquérito, bem como seu respectivo
escopo.”
Na última sexta-feira (25), em depoimento à CPI, o
deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o seu irmão
Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do
Ministério da Saúde, disseram aos senadores que
denunciaram ao presidente num encontro dia 20 de
março, às 16 horas, no Palácio do Alvorada,
irregularidades no processo da compra da vacina
indiana. Bolsonaro teria se comprometido a acionar o
delegado-geral da PF e, ainda, disse que o rolo era
“coisa do Ricardo Barros”, o líder do seu governo na
Câmara dos Deputados.
Como a PF informou à CPI que, na época, não houve
nenhum pedido, os senadores querem que Bolsonaro
seja investigado pelo crime de prevaricação. De
acordo com o Código Penal, esse tipo de delito
ocorre quando um funcionário público “retarda ou
deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal.”
Os senadores destacaram que o servidor Luis Ricardo
Miranda, chefe da divisão de importação do
Ministério da Saúde, relatou ter recebido pressão
atípica para autorizar uma invoice (nota fiscal
internacional) a fim de liberar o pagamento de R$ 45
milhões à empresa Madison Biotech, com sede em
Cingapura, pela remessa de 300 mil doses da vacina.
Um detalhe: a empresa não estava no contrato e nem o
número de doses correspondia ao acordo.
O Ministério da Saúde assinou um contrato de R$ 1,5
bilhão pela compra de 20 milhões de doses da vacina
com a empresa Precisa Medicamentos, que intermediou
o negócio entre o governo brasileiro e a fabricante
indiana Bharat Biotech. Há indícios de
superfaturamento na negociação. O custo da dose saiu
por R$ 80,70, um preço 1.000% maior do que o
anunciado seis meses antes pela fabricante.
O Ministério da Saúde fechou o contrato em 25 de
fevereiro. Tanto o Ministério Público Federal (MPF)
quanto o Tribunal de Contas da União (TCU), logo
após o contrato, solicitaram a suspensão da compra,
alegando que o negócio era arriscado. Os órgãos
alertaram que o imunizante não tinha comprovação de
eficácia nem avaliação sobre sua segurança. Um
despacho da procuradora da República Luciana
Loureiro apontou haver indícios de crimes, o que
justificaria uma investigação criminal.
Fonte: Portal Vermelho
29/06/2021 -
Confiança de empresários da indústria cresceu em 29
de 30 setores
Segundo a CNI, houve queda apenas em Outros
equipamentos de transporte
O Índice de Confiança do Empresário Industrial
(Icei) cresceu em 29 dos 30 setores industriais
avaliados pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI). A única queda ocorreu em Outros equipamentos
de transporte (-1,1 ponto), que, mesmo assim,
continua acima da linha de corte de 50 pontos.
De acordo com o levantamento divulgado hoje (28)
pela CNI, os setores com as maiores altas de
confiança foram: Máquinas e materiais elétricos (7,9
pontos); Móveis (6,6 pontos); e Produtos de madeira
(6,4 pontos). Os setores menos confiantes são
Serviços especializados para a construção (55,8),
Obras de infraestrutura (57), Produtos de limpeza,
Perfumaria e Higiene pessoal (57), Calçados e suas
partes (57,3) e Outros equipamentos de transporte
(57,6).
O Icei varia de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50
pontos indicam confiança do empresário e quanto mais
acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a
confiança. Valores abaixo de 50 pontos indicam falta
de confiança do empresário e quanto mais abaixo de
50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de
confiança.
“Essa consolidação de uma confiança mais alta,
disseminada por toda a indústria, é importante, pois
aponta para um segundo semestre positivo.
Empresários confiantes tendem a produzir, contratar
e investir mais”, explica o gerente de Análise
Econômica, Marcelo Azevedo.
Foram pesquisadas em todo o país 2.397 empresas,
sendo 943 de pequeno porte, 870 de médio porte e 584
de grande porte. O período de coleta foi de 1º a 14
de junho de 2021.
Fonte: Agência Brasil
29/06/2021 -
Preços em alta penalizam os mais pobres
Sexta, 25, o Repórter Sindical repercutiu estudo do
Dieese, segundo o qual a cesta básica subiu 14,39%
em 12 meses. Porto Alegre tem a mais cara, R$
636,96.
O valor atual da cesta mostra o quanto é
insuficiente o Auxílio Emergencial médio de R$
250,00, oferecido pelo governo.
Para a pesquisadora do Dieese, Patrícia Lino da
Costa, o aumento das exportações ajuda a explicar a
alta. “Com o dólar valorizado, os produtores
preferem exportar, o que torna o produto interno
escasso e caro. Isso penaliza a população pobre”,
afirma.
Os produtos da cesta e suas quantidades foram
definidos por decreto de 1938, ainda em vigor.
Basicamente são carne, leite, feijão, arroz farinha,
batata, legumes (tomate), pão francês, café, frutas
(banana) açúcar, banha/óleo e manteiga.
Segundo o Dieese, trabalhador remunerado pelo
salário mínimo, de R$ 1.100,00, gastou, em maio, na
média, 54,84% da renda pra comprar alimentos
básicos.
O Auxílio Emergencial de R$ 600,00 reduziu os
impactos da miséria. Segundo Patrícia, “o Auxílio de
R$ 600,00 foi uma salvação, porque as pessoas
supriram suas necessidades básicas”. Porém, alerta,
com o valor atual, a pessoa não se mantém.
IPCA – A alta é geral. O Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo 15 chegou a 0,83% em
junho. Em 12 meses, atinge 8,13%, maior acumulado
desde outubro de 2016.
Salário – Assalariados também sofrem, mostra
o Dieese. Em abril, 60% das negociações coletivas
não conseguiram repor a inflação. Esse maio, esse
percentual foi para 64%.
Mais – Clique
aqui e acesse pesquisa do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
28/06/2021 -
Pedido coletivo de impeachment de Bolsonaro será
entregue na Câmara
O protocolo do pedido será apresentado por
partidos de todas as tendências políticas,
acompanhado de ato político aberto à participação
popular
Partidos, parlamentares de esquerda, centro,
direita, entidades, movimentos sociais e pessoas
físicas decidiram apresentar o superpedido de
impeachment de Jair Bolsonaro à Câmara dos Deputados
na próxima quarta-feira (30), às 14h.
A decisão foi tomada na quinta-feira (24), em
reunião virtual ampliada. A peça inclui o conjunto
de crimes cometidos pelo atual presidente da
República desde que tomou posse em 2019, sendo a
maioria os crimes cometidos durante a pandemia, que
resultaram na morte de mais de 500 mil brasileiros.
O pedido conjunto agrupa mais de uma centena de
iniciativas apresentadas junto à Câmara dos
Deputados por partidos, parlamentares, associações
profissionais, entidades de classe e pessoas
físicas, por diversos motivos, desde a posse de
Bolsonaro.
O protocolo do pedido será acompanhado de ato
político com participação das lideranças políticas e
sociais e aberto à participação popular. Os
responsáveis pela apresentação do pedido concederão
entrevista coletiva após protocolar o documento.
Além de parlamentares e partidos políticos, integram
o grupo à frente da organização do pedido e da
mobilização entidades como Associação Brasileira de
Imprensa (ABI), Associação Brasileira de Juristas
pela Democracia (ABJD), Movimento Brasil Livre (MBL),
Federação Nacional de Estudantes de Direito (Fened),
Coalização Negra por Direitos, Conselho Nacional de
Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), Coletivo de
Favelas, Central de Movimentos Populares (CMP),
União Nacional dos Estudantes (UNE), Coletivo de
Advogados e Central Única dos Trabalhadores (CUT),
entre outras.
Fonte: PT Notícias
28/06/2021 -
Manifestações pelo impeachment de Bolsonaro são
antecipadas para dia 3
Os atos, que estavam previstos para o dia 24,
serão para pressionar o Congresso a fim de que seja
aberto o processo contra o presidente
Após os avanços das investigações na CPI da Covid
sobre fraudes na compra da vacina Covaxin pelo
Ministério da Saúde, os movimentos sociais
anteciparam para o próximo sábado (3) as
manifestações em todo o país pelo impeachment de
Bolsonaro. Os atos, que estavam previstos para o dia
24, serão para pressionar o Congresso a fim de que
seja aberto o processo contra o presidente.
“Diante dos últimos fatos, os movimentos sociais em
unidade e consenso, aprovaram a convocação de atos
no Brasil todo no dia 3 de julho pelo impeachment
urgente de Bolsonaro! Estaremos também no dia 30 de
junho no ato de entrega do superpedido em Brasília.
#ForaBolsonaro”, escreveu no Twitter o presidente da
UNE, Iago Montalvão.
Além da UNE, também fazem parte da “Campanha Fora
Bolsonaro” as frentes Povo sem Medo, Brasil Popular
e Coalizão Negra por Direitos, o MST, Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Central de
Movimentos Populares (CMP) e a Uneafro Brasil.
Em depoimento na sexta-feira (25) à CPI da Covid, o
deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que o nome
citado pelo presidente Bolsonaro (sem partido), como
responsável pelo esquema pela compra da vacina
indiana Covaxin, com preço superfaturado, é o do
deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Com as novas denúncias, a mobilização para a saída
de Jair Bolsonaro esquentou já neste sábado, onde o
presidente foi recebido com manifestações em Santa
Catarina.
Fonte: Portal Vermelho
28/06/2021 -
Bolsonaro terá “surpresa mágica” se desmentir
citação a Barros, diz Miranda
O deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou, neste
sábado (26), que o presidente Jair Bolsonaro terá
uma "surpresa mágica" se confrontar sua versão sobre
o encontro que tiveram em 20 de março no Palácio da
Alvorada. Miranda contou ontem, em depoimento à CPI
da Covid, que Bolsonaro lhe disse que as
irregularidades no contrato da compra da vacina
indiana Covaxin eram "coisa" do líder do governo na
Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Em entrevista ao
site O Antagonista, o deputado e seu irmão, o
servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo
Miranda, autor da denúncia, reiteraram o que
disseram aos senadores.
O parlamentar foi questionado pelo jornalista Diego
Amorim se havia gravado a conversa com o presidente,
o que ele negou no depoimento na CPI. Miranda
tergiversou e voltou a dizer que não era correto um
deputado gravar a conversa com um presidente. Ele
afirmou, no entanto, ter como comprovar "na hora
certa" o teor da conversa que tiveram no Palácio da
Alvorada.
“Tenho como comprovar que ele escutou tudo o que eu
falei para ele [na reunião de 20 de março]. É melhor
ele não fazer isso. É desnecessário, é uma loucura.
Se ele fizer isso, esquece 2022 porque vai ter um
Brasil inteiro descobrindo que ele mentiu. Ele não
mentiu ainda. Ele já admitiu que a gente foi lá, que
quando falamos para ele, tentou corrigir”, disse o
deputado. “O presidente não tem como desmentir
porque ele sabe qual é a verdade. Amanhã aparece uma
comprovação que vai ficar feio para ele. Perdeu as
eleições se disser que é mentira. E essa comprovação
pode aparecer", acrescentou.
Luis Miranda relatou que teve impressão de que
Bolsonaro se irritou com a denúncia. Para ele,
Bolsonaro pode ter evitado mandar investigar o caso
para manter a "bandeira" de que não existe corrupção
em seu governo.
"Sinto que ele não foi combativo para não estourar
um escândalo dentro do ministério dele. Só por isso.
Para não dizerem que no governo Bolsonaro, em plena
pandemia, estava rolando corrupção. Não acho que ele
seja o corruptor. Maior erro do presidente é, para
manter a bandeira de que não há corrupção no
governo, ele permitir que as coisas aconteçam."
O deputado também afirmou a O Antagonista que se
sentiu incentivado pelo presidente da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL), líder do Centrão e aliado de
Bolsonaro, a fazer a denúncia.
“Eu perguntei a Arthur Lira qual seria o impacto [da
denúncia] para a Câmara dos Deputados. E aí ele me
responde que não tinha por que perguntar aquilo para
ele. Se eu sabia de alguma coisa, que eu estourasse.
É bonita a fala dele. É uma fala de combate à
corrupção. A fala dele é uma fala de que, se tiver
algo errado, deve-se denunciar mesmo. Mas,
institucionalmente, o colega [Ricardo Barros] é do
partido dele. O prejudicado é o presidente",
declarou.
Luis Miranda disse, ainda, que Ricardo Barros lhe
pediu, na quarta-feira, dia em que detonou o caso,
para conversar. À noite, Barros, de acordo com o
deputado do DEM, encaminhou o link da entrevista
coletiva em que o ministro Onyx Lorenzoni anunciou a
abertura de investigação contra ele, por denunciação
caluniosa. Miranda contou que respondeu a Barros:
“Ameaçar testemunhas que não atacaram o governo é
crime grave. Já pedimos proteção policial". Na
coletiva, Onyx afirmou que o deputado "não vai se
entender só com Deus".
Fonte: Congresso em Foco
28/06/2021 -
CPI pode comunicar ao STF crime de prevaricação por
parte de Bolsonaro
A CPI da Pandemia pode comunicar ao Supremo Tribunal
Federal (STF) o cometimento de crime de prevaricação
(retardar ou deixar de praticar ato de ofício para
satisfazer interesse pessoal) por parte do
presidente Jair Bolsonaro. Após a reunião desta
sexta-feira (25), o vice-presidente do colegiado,
senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que
vai propor essa medida à comissão e que os fatos
apontados até agora são suficientes para motivar o
impeachment de Bolsonaro.
— Não tem situação mais grave do que a que nós
ouvimos hoje. Não há, na história das comissões
parlamentares de inquérito, nas duas circunstâncias
de impeachment que nós tivemos na história
republicana desde 1988, algo tão grave. Basta se
reportar aos dois impeachments que já houve nos
últimos 30 anos. Não chega a um terço da gravidade
do que estamos vendo nesta CPI e do que nós vimos no
dia de hoje — apontou o senador.
Os depoimentos desta sexta-feira foram do deputado
federal Luis Miranda (DEM-DF) e do seu irmão, Luis
Ricardo Miranda, servidor concursado do Ministério
da Saúde. Juntos, eles reiteraram à comissão a
denúncia de suspeitas de irregularidades na compra
da vacina Covaxin, da Bharat Biotech. Pressionado
por integrantes da comissão, o deputado confirmou
que o presidente Jair Bolsonaro citou o nome do
deputado Ricardo Barros (PP-PR) como suposto mentor
por trás das supostas irregularidades na compra da
vacina Covaxin.
Para o relator do colegiado, senador Renan Calheiros
(MDB-AL), o dia foi histórico para a CPI, que avança
em outro ramo das investigações.
— Com a vinda dos irmãos Miranda, nós possibilitamos
à comissão parlamentar de inquérito este grande dia.
Hoje nós começamos uma nova fase, efetivamente, da
comissão parlamentar de inquérito. Nós já avançamos
bastante com relação àquelas teses contidas no plano
de trabalho e entramos para valer nessa parte do
desvio de dinheiro público, no beneficiamento
pessoal — avaliou Renan.
Gravidade
O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM),
afirmou que gravidade dos fatos apontados no
depoimento dos irmãos é maior do que se imagina,
especialmente pelo fato de o deputado apontado como
mentor do esquema ser líder do governo na Câmara. O
fato de ele ter sido autor de emenda que
possibilitou a compra da vacina também foi lembrado
pelos integrantes da CPI.
Omar Aziz afirmou que a comissão deve analisar uma
proposta da senadora Simone Tebet (MDB-MS) para que
seja feita uma acareação entre o ex-ministro da
Saúde, Eduardo Pazuello, e servidores citados no
caso. A comissão também deve avançar com novos
pedidos de quebras de sigilo nesta semana.
Para Eliziane Gama (Cidadania-MA), ficou muito clara
a constatação de tentativa de fraude documental, já
que a investigação aponta para mudanças nas faturas
(invoices) com a manutenção da primeira data do
documento, para dar a entender que não havia nada
errado.
Fonte: Agência Senado
28/06/2021 -
Investimento direto no Brasil caiu 61% em maio
Segundo os dados do Banco Central, os ingressos
líquidos em Investimentos Diretos no País (IDP)
somaram US$ 1,2 bilhão no mês passado, ante US$ 3,1
bilhões em maio de 2020. Também houve queda no
acumulado de 12 meses.
O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (25) o
balanço de pagamentos do país referente a maio.
Trata-se da apuração do saldo das trocas de bens e
serviços do Brasil com o resto do mundo. Chamou a
atenção, entre os dados divulgados, a queda no
volume de investimentos.
Segundo os dados do Banco Central, os ingressos
líquidos em Investimentos Diretos no País (IDP)
somaram US$ 1,2 bilhão no mês passado, ante US$ 3,1
bilhões em maio de 2020. Houve queda, portanto, de
61,2%.
No acumulado de 12 meses, também houve queda no
investimento. O IDP nos 12 meses encerrados em maio
de 2021 totalizou US$ 39,3 bilhões (2,6% do PIB),
quando em abril havia ficado em US$ 41,2 bilhões
(2,77% do PIB). Assim, houve recuo de 4,6% em
valores e de 0,17 ponto percentual em relação à
proporção do PIB.
Em maio de 2020, o investimento acumulado em 12
meses era US$ 60,4 bilhões (3,57% do PIB). Em
relação ao acumulado de maio de 2021, houve recuo
percentual de 34,9% de 0,97 ponto percentual na
proporção do PIB.
Governo Bolsonaro derruba investimentos
Um levantamento divulgado no início desta semana pela
Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento
(Unctad) mostrou que os investimentos no país
despencaram com o governo Bolsonaro.
Na comparação entre 2019 e 2020, o investimento
direto estrangeiro recuou de US$ 65 bilhões para US$
24,8 bilhões, uma queda de 62%. O Brasil ficou acima
da média mundial de queda devido à pandemia, que foi
35%.
Fonte: Portal Vermelho
28/06/2021 -
Declaração de miserabilidade de empregados não é
suficiente para garantir justiça gratuita a
sindicato
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
excluiu a concessão do benefício da justiça gratuita
conferido ao Sindicato dos Empregados no Comércio de
Caxias do Sul (RS), por falta de prova cabal da
alegada insuficiência financeira da entidade. A
decisão seguiu a jurisprudência do Tribunal de que a
mera declaração de hipossuficiência não é suficiente
para a concessão do benefício.
Descumprimento
Inicialmente, o sindicato ajuizou ação trabalhista
contra a microempresa Playmore Acessórios de Moda
Ltda., na condição de substituto processual de seus
empregados, pedindo o pagamento de multa por
descumprimento de cláusula negociada em relação ao
trabalho em feriados. Pleiteou, ainda, indenização
por dano moral individual e coletivo, além de
honorários assistenciais ou advocatícios e o
benefício da gratuidade da justiça. Segundo o
sindicato, os empregados substituídos eram pessoas
pobres, sem condições de arcarem com as despesas
processuais, sob pena de prejuízo do próprio
sustento e de suas famílias.
Gratuidade da justiça
O juízo de primeiro grau julgou improcedente a ação,
indeferiu o pedido de gratuidade de justiça e
condenou a entidade ao pagamento de honorários
advocatícios. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª
Região (RS), contudo, reformou a sentença,
entendendo que a declaração de hipossuficiência
econômica dos empregados substituídos seria
suficiente para o deferimento da gratuidade de
Justiça ao sindicato.
Prova cabal
A relatora do recurso de revista da Playmore, ministra
Kátia Arruda, salientou que, de acordo com a
jurisprudência do Tribunal, a mera declaração de
hipossuficiência não é suficiente para o deferimento
da assistência judiciária gratuita ao sindicato:
deve haver prova inequívoca nos autos de que a
entidade não pode arcar com as despesas processuais.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-20036-89.2017.5.04.0403
Fonte: TST
28/06/2021 -
Comissão debate projeto que permite movimentação do
FGTS a partir dos 60 anos do titular
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
promove audiência pública na próxima quinta-feira
(1) para debater o Projeto de Lei 5312/19. A
proposta permite a movimentação da conta vinculada
do trabalhador junto ao Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS), quando o titular completar 60
anos.
A audiência será no plenário 12, às 10 horas, e
poderá ser acompanhada de forma interativa pelo
e-Democracia.
Foram convidados representantes da Caixa Econômica
Federal, do Ministério da Fazenda, da Secretaria
Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa
Idosa, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA).
O deputado Ossesio Silva (Republicanos-PE), que
pediu a audiência, acredita que o projeto de lei é
importante, pois permite antecipar o prazo de
movimentação das contas vinculadas do FGTS para que
os idosos possam usufruir dos recursos depositados
em sua conta.
Fonte: Agência Câmara
25/06/2021 -
Dia Da Luta Operária será em 9 de julho
O Dia da Luta Operária de 2021, em 9 de julho,
homenageará cinco trabalhadoras e trabalhadores da
luta em defesa do movimento operário brasileiro,
pela liberdade e democracia. Também serão agraciados
profissionais que atuam na área da saúde pela luta
da categoria contra a pandemia de Covid-19.
Os homenageados são Lenina Pomeranz (professora da
USP e primeira mulher a ocupar o cargo de
diretor-técnico do Dieese); Hugo Perez
(ex-presidente da Federação dos Urbanitários do
Estado de SP e idealizador da 1ª Conclat de 1981);
Lourdes Estevão (enfermeira, diretora do Sindicato
dos Servidores Municipais de SP), Ubiratan de Paula
Santos (médico pneumologista do Ambulatório de
Doenças Respiratórias Ocupacionais do Incor); e José
Campos Barreto, Zequinha Barreto (líder metalúrgico
de Osasco assassinado pela ditadura).
Lenina Pomeranz e Hugo Perez receberão o troféu José
Martinez, criado para o Dia da Luta Operária, por
escolha das Centrais Sindicais organizadoras do
evento. Lourdes Estevão e Ubiratan de Paula Santos
serão homenageados, em nome de todos profissionais
de saúde, pelo importante trabalho da categoria no
enfrentamento da pandemia de coronavírus. José
Campos Barreto, Zequinha será laureado in memoriam
pela luta em defesa do movimento operário e por
ocasião dos 50 anos do seu assassinato por agentes
do Estado.
As homenagens são uma iniciativa do vereador Antonio
Donato (PT), em parceria com as Centrais CUT, Força
Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas,
Intersindical e Intersindical Central da Classe
Trabalhadora. Também participam da homenagem o
Centro de Memória Sindical, Instituto Astrogildo
Pereira e IIEP.
SERVIÇO:
– DIA DA LUTA OPERÁRIA – 9 DE JULHO. 18 HORAS
Ato político e homenagem a trabalhadoras e
trabalhadores.
– LOCAL: Rua Tabatinguera, 192, São Paulo, e
transmissão ao vivo no Facebook e Youtube do
vereador Donato (@donatopt) e das Centrais
Sindicais.
HISTÓRICO
O Dia da Luta Operária é celebrado desde 2017 por lei
municipal – 16.634/17 – do vereador Antônio Donato
(PT). A data foi instituída em memória da Greve
Geral de 1917. Iniciada no Cotonifício Crespi, Zona
Leste da Capital, a greve, contra a carestia, os
baixos rendimentos e as condições degradantes de
trabalho, se expandiu por diversas categorias e
chegou a contar com mais de 40 mil trabalhadores.
Concebido pelo artista plástico Enio Squeff e o
fundidor Luciano Mendes, o troféu Martinez marca a
memória de um jovem sapateiro morto por soldados da
antiga Força Pública, em 9 de julho de 1917, durante
a Greve Geral.
NOVO ENDEREÇO
Será na Quadra dos Bancários, região da Praça da Sé,
Centro de São Paulo.
Em razão das restrições pela pandemia a cerimônia
acontecerá de maneira híbrida: presencialmente a
partir de 18 horas com um grupo restrito de pessoas
e simultaneamente pela internet, através dos canais
do vereador Donato e daqueles ligados ao movimento
sindical.
CORO LUTHER KING
O Dia da Luta Operária contará com apresentação do
Coro Luther King, sob regência de Sira Milani.
Fonte: Agência Sindical
25/06/2021 -
Lula venceria no primeiro turno se eleições fossem
hoje, aponta pesquisa Ipec
Lula aparece à frente de Bolsonaro em pesquisa
para eleição presidencial. O líder petista tem 49%
das intenções de voto, 26 pontos percentuais à
frente de Jair Bolsonaro, que tem 23%
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
lidera a corrida para a sucessão presidencial do ano
que vem, com 49% das intenções de voto, 26 pontos
percentuais à frente de Jair Bolsonaro, que tem
apenas 23%, aponta o Ipec em sua primeira pesquisa.
Lula tem 11 pontos percentuais a mais do que a soma
de seus possíveis adversários, e venceria o pleito
em primeiro turno, caso as eleições fossem hoje.
O pedetista Ciro Gomes (PDT) tem 7%, empatado
tecnicamente com o governador de São Paulo, João
Doria (PSDB), com 5%. Luiz Henrique Mandetta (DEM),
ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro, aparece
com 3%. Brancos e nulos somam 10%, e eleitores que
não sabem ou não respondem, 3%. A margem de erro é
de dois pontos.
No Nordeste, Lula ganha disparado com um elevado
índice de intenção de voto (63%), contra 15% de
Bolsonaro.
O ex-presidente ganha entre os mais jovens (53% a
17%); entre os que têm ensino fundamental II (59% a
19%); entre os que se autodeclaram pretos ou pardos
(54% a 21%) e entre os que são de outras religiões
que não a católica e a evangélica (54% a 19%).
A pesquisa foi realizada pelo Ipec, instituto
fundado neste ano por ex-executivos do Ibope
Inteligência, que encerrou as atividades, informa O
Globo.
Fonte: Brasil247
25/06/2021 -
CPI ouve irmãos Miranda nesta sexta sobre denúncia
na compra da Covaxin
A CPI da Pandemia ouvirá nesta sexta-feira (25), às
14h, os depoimentos de Luis Ricardo Fernandes
Miranda, servidor do Ministério da Saúde, e de seu
irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).
Eles denunciaram possíveis irregularidades na compra
da vacina indiana Covaxin pelo governo federal.
Luis Ricardo Miranda é chefe de importação do
Departamento de Logística do Ministério da Saúde.
Ele relatou ao Ministério Público Federal e à
imprensa ter recebido pressões para acelerar o
processo de compra da Covaxin, da empresa indiana
Bharat Biotech. A negociação está sob suspeita em
razão do valor unitário das vacinas, considerado
elevado, em torno de R$ 80, e da participação de uma
empresa intermediária, a Precisa Medicamentos. Em
entrevista ao jornal O Globo, Luis Ricardo disse ter
alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre as
suspeitas. O governo nega qualquer irregularidade.
O requerimento convocando os depoentes foi do
relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
(Mais informações:Senado)
Fonte: Agência Senado
25/06/2021 -
Sem comum acordo, dissídio sobre proteção contra
Covid não pode ser instaurado
Segundo a Constituição, o comum acordo é
indispensável à instauração do dissídio coletivo. A
partir dessa premissa, a Seção Especializada em
Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do
Trabalho rejeitou recurso em que o Ministério
Público do Trabalho buscava o estabelecimento de
cláusulas emergenciais de proteção contra a Covid-19
para técnicos e auxiliares de enfermagem e
empregados em estabelecimentos de saúde do Grande
ABC (SP).
Em razão da epidemia, o sindicato dos profissionais
de saúde ajuizou dissídio coletivo de natureza
econômica contra o Sindicato dos Hospitais,
Clínicas, Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisa e
Análises Clínicas do Estado de São Paulo (Sindhosp),
a fim de que fossem adotadas medidas de emergência
aos empregados do grupo de risco, como afastamento
sem prejuízo de seus vencimentos e do contrato de
trabalho, fornecimento de equipamentos de proteção
individual (EPIs) e aplicação de testes para
detecção do coronavírus.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP)
julgou improcedentes os pedidos, por entender que o
afastamento indiscriminado dos profissionais do
grupo de risco comprometeria a estrutura da
atividade hospitalar. Em relação aos EPIs, o TRT,
embora reconhecendo sua importância, entendeu que
não houve comprovação de recusa no fornecimento, mas
sim de falta dos insumos no mercado, não sendo justo
ou razoável a obrigação imposta e a
responsabilização patronal.
No recurso ao TST, o MPT pedia a concessão de tutela
de urgência, apontando a resistência do sindicato
patronal à negociação e à implementação das medidas
preventivas requeridas.
O relator do recurso, ministro Ives Gandra Filho,
observou que o acolhimento do pedido do MPT não
seria possível, pois não houve comum acordo entre as
partes para o ajuizamento do dissídio coletivo —
conforme prevê o artigo 114, parágrafo 2º, da
Constituição da República.
Com base nesse dispositivo, a jurisprudência da SDC
é no sentido de que o comum acordo é indispensável à
instauração do dissídio, por se tratar de
pressuposto de constituição e desenvolvimento válido
e regular do processo. Da mesma forma, segundo o
relator, entende o Supremo Tribunal Federal, que
julgou constitucional a exigência de anuência mútua
das partes para o ajuizamento do dissídio coletivo
trabalhista. A decisão foi unânime. Com
informações da assessoria de imprensa do Tribunal
Superior do Trabalho.
1000880-95.2020.5.02.0000
Fonte: Consultor Jurídico
25/06/2021 -
Gilmar estende suspeição de Moro a mais dois casos
envolvendo Lula
A suspeição do ex-juiz Sergio Moro foi estendida às
ações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva no caso das denúncias contra ele nos casos do
sítio de Atibaia e do Instituto Lula, por decisão
tomada nesta quinta-feira (24/6) pelo ministro
Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
"Estendo a decisão que concedeu a ordem neste Habeas
Corpus às demais ações penais conexas processadas
pelo julgador declarado suspeito em face do paciente
Luiz Inácio Lula da Silva, de modo a anular todos os
atos decisórios emanados pelo magistrado,
incluindo-se os atos praticados na fase
pré-processual", escreve Gilmar em seu voto.
Ele atendeu um pedido dos advogados de Lula,
Cristiano Zanin, Valeska Teixeira Zanin Martins e
Rafael Valim, para que os atos do ex-magistrado
fossem declarados nulos.
Em seu voto, repleto de críticas à atuação do
ex-juiz e à chamada operação "lava-jato", Gilmar
afirma que nos processos do tríplex do Guarujá, no
sítio de Atibaia e nos recursos supostamente
dirigidos ao Instituto Lula, "houve a persecução
penal do paciente em cenário permeado pelas
marcantes atuações parciais e ilegítimas do ex- juiz
Sergio Fernando Moro".
Em todos os casos, de acordo com o ministro, a
defesa de Lula arguiu a suspeição em momento
oportuno e a reiterou em todas as instâncias
judiciais pertinentes. Além disso, diversos dos
fatos ocorridos e que fundamentaram a decisão da
Turma pelo reconhecimento da suspeição são
compartilhados em todas as ações penais, "como os
abusos em conduções coercitivas e na decretação de
interceptações telefônicas, o levantamento do sigilo
da delação premiada de Antonio Palocci Filho com
finalidades eleitorais em meio ao pleito em curso
naquele momento, entre outros".
HC 164.493
Fonte: Consultor Jurídico
25/06/2021 -
Lira volta a cobrar do governo envio de proposta de
novo programa social
"A maneira correta é esperar essa régua
econômica, o formato deve partir do governo para
estabelecer as regras”, disse o presidente da Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), cobrou do governo, mais uma vez, o envio de
uma proposta de um novo programa social de
transferência de renda. Ele defendeu a reformulação
do programa Bolsa Família para que seja mais
inclusivo e mais amplo.
Segundo Lira, apesar de os deputados discutirem o
projeto (PL 6072/19) que reformula os benefícios
financeiros do Programa Bolsa Família (Lei
10.836/04), o ideal é que o governo mande a proposta
indicando as fontes que irão bancar a alteração do
programa social. O presidente avalia que o ideal é
que a proposta seja votada logo após o recesso
parlamentar de julho.
“Essa diferença além do valor será determinante para
que a pessoa possa ter a garantia de dar
subsistência a sua família, dignidade para poder se
alimentar e ter acesso a voos mais altos. Agora, a
maneira correta é esperar essa régua econômica, o
formato deve partir do governo para estabelecer as
regras”, disse.
Lira afirmou ainda que o novo programa social vai
respeitar o teto de gastos de forma a demonstrar que
o País tem rigor fiscal. Segundo ele, o problema não
é financeiro já que a arrecadação do governo tem
aumentado cada vez mais. Lira disse ainda que é
preciso pensar em um programa de longo prazo.
“Não podemos fechar os olhos para as pessoas que
estão nessa situação de vulnerabilidade. Temos que
ficar atentos a essa questão social porque reflete a
vida de cada brasileiro. E lembrando que no ano de
2022, teremos uma folga orçamentária muito superior
a deste ano”, afirmou o presidente.
Em relação aos valores do novo benefício, Lira
afirmou que é preciso um valor que seja suportado
pela economia, mas admitiu que um benefício próximo
de R$ 300 pode ser possível.
“Adoraria uma lei que pagasse R$ 600, a questão é [a
economia] suportar. Se sairmos dos números do Bolsa
Família de hoje e partirmos para R$ 300, hoje seria
um ganho enorme para as pessoa”, destacou Lira.
Fonte: Agência Câmara
25/06/2021 -
STF forma maioria contra convocação de governadores
na CPI do Genocídio
Decisão confirma posição da relatora Rosa Weber e
abala estratégia da tropa de choque de Bolsonaro na
comissão
O Supremo Tribunal Federal (STF) já tem maioria para
sustentar a posição da ministra Rosa Weber contra a
convocação de governadores como testemunhas na CPI
do Genocídio. Gestores de 17 estados e do Distrito
Federal apresentaram a Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental (ADPF) 848 contra a obrigação
de ir à comissão.
Em seu voto, Weber ponderou que “a convocação de
governadores de estado pelo órgão de investigação
parlamentar do Senado Federal (CPI da Pandemia),
excedeu os limites constitucionais inerentes à
atividade investigatória do Poder Legislativo”.
Os votos dos ministros Edson Fachin, Alexandre de
Moraes, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Cármen
Lúcia respaldaram a posição da relatora e já
formaram a maioria necessária no plenário virtual.
Nesse sentido, apontou que haveria “possível
violação do princípio da separação dos poderes e da
autonomia dos Estados-membros, vulnerando princípios
basilares da Constituição e promovendo o
desequilíbrio e a desarmonia na dinâmica das
relações entre os Poderes da República”.
A convocação de governadores era uma estratégia da
tropa de choque bolsonarista na CPI para tentar
diminuir a responsabilidade do presidente Jair
Bolsonaro nas mortes ocorridas em decorrência da
pandemia de Covid-19 e tentar obstruir os trabalhos.
Anteriormente, Weber já havia concedido liminar em
favor do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC),
no dia 10 de junho, que desobrigava a presença do
gestor estadual na comissão.
Fonte: RevistaForum
25/06/2021 -
Banco Central prevê inflação de 5,8%, acima da meta
para 2021
O BC também vê um pico de inflação no mês de
agosto, com o IPCA atingindo variação de 8,5% em 12
meses.
No relatório de inflação do segundo trimestre de
2021, o Banco Central avaliou que a possibilidade de
crise hídrica pressiona a inflação e deve limitar o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos
bens e riquezas produzidos em um país).
O BC elevou de 3,6% para 4,6% a projeção de
crescimento do PIB, mas elencou a crise hídrica como
um dos fatores que impedem um crescimento econômico
mais robusto.
Outro fator que pode impedir a alta da atividade
econômica é o risco de disseminação de novas
variantes do novo coronavírus, ocasionando um novo
recrudescimento da pandemia, destacou o Banco
Central.
A autoridade monetária também citou a dificuldade
para obtenção de insumos e custos elevados em
algumas cadeias produtivas.
A crise hídrica, que deve causar elevação nos custos
da energia, também pressiona a inflação. De acordo
com o Banco Central, a inflação medida pelo Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode fechar o
ano em 5,8%. No relatório de inflação anterior, a
projeção estava em 5%.
O BC também vê um pico de inflação no mês de agosto,
com o IPCA atingindo variação de 8,5% em 12 meses.
Caso a estimativa de inflação para 2021 se confirme,
a inflação encerrará o ano acima do teto da meta do
governo. A meta de inflação é 3,75%, com tolerância
de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (ou
seja, a inflação deveria ficar 2,25% a 5,25%).
Fonte: Portal Vermelho
24/06/2021 -
Oposição na Câmara reage a denúncias na compra da
Covaxin
As denúncias de possíveis irregularidades no
processo de aquisição da vacina indiana Covaxin
começaram a movimentar também a oposição na Câmara
dos Deputados, que já fala em tentar protocolar
também ali uma nova Comissão Parlamentar de
Inquérito, que estão chamando de CPI da Corrupção na
Saúde.
O líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon
(PSB-RJ), informa que os partidos contrários ao
governo Jair Bolsonaro irão representar ao
Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas
da União para que sejam apuradas as denúncias.
Informações que vêm sendo apuradas pela CPI da Covid
no Senado apontam para suspeitas no processo de
compra da Covaxin. Ela seria a única aquisição de
imunizante feita pelo Ministério da Saúde com
intermediário. No caso, a empresa Precisa. E seria a
vacina mais cara a ser comprada, por US$ 15 a dose.
Em entrevista pela manhã, o ministro da Saúde,
Marcelo Queiroga, afirmou que o processo de compra
dessa vacina não foi concluído, uma vez que ela
ainda não teve a aprovação da Agência de Vigilância
Sanitária (Anvisa). Mas irritou-se quando foi
perguntado se a vacina viria a ser adquirida e
encerrou a entrevista.
Os líderes de oposição na Câmara dizem também que
irão convocar o ministro da Justiça, Anderson
Torres, para apurar se o presidente Bolsonaro levou
o caso até o ministério e se a Polícia Federal abriu
inquérito para investigar tais irregularidades. O
deputado Luís Miranda (DEM-DF), irmão do servidor do
Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, afirmou
que alertou o presidente sobre irregularidades no
processo de compra e que o presidente lhe dissera na
ocasião que acionaria a Polícia Federal.
“As denúncias de corrupção na importação da Covaxin
são gravíssimas. É preciso esclarecer quais medidas
foram tomadas após a comunicação dos fatos ao
presidente da República e quem são os envolvidos no
esquema. Por isso, vamos representar ao MPF, ao TCU,
convocar os ministros da Justiça e da Saúde e
coletar assinaturas pra CPI da Corrupção na Saúde”,
afirma Alessandro Molon.
Fonte: Congresso em Foco
24/06/2021 -
STF conclui julgamento e confirma suspeição de
Sergio Moro em ações contra Lula
Julgamento havia sido suspenso após pedido de
vista de Marco Aurélio Mello; placar foi de 7 votos
a 4 pela suspeição
O plenário do Supremo Tribunal Federal concluiu
nesta quarta-feira (23) o julgamento da suspeição do
ex-juiz Sergio Moro, confirmada por 7 votos a 4 no
processo do tríplex do Guarujá (SP), em que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi
condenado.
O julgamento havia sido suspenso em 22 de abril em 7
a 2, após pedido de vista do ministro Marco Aurélio
Mello. Agora, se confirma o restabelecimento dos
direitos políticos de Lula, que poderá concorrer na
eleição de 2022.
Com a declaração da parcialidade de Moro, todas as
provas colhidas e usadas contra o ex-presidente são
invalidadas. O caso, também por decisão do Supremo,
foi enviado para a Justiça Federal de Brasília, onde
terá de começar do zero.
O placar ratifica a decisão da Segunda Turma da
Corte, de um mês antes. Marco Aurélio e o
presidente, Luiz Fux, que faltam se pronunciar,
votaram contra a maioria. Além dos dois, foram
vencidos o relator, Edson Fachin, e Luís Roberto
Barroso. Votaram pela suspeição de Moro os ministros
Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes,
Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e
Rosa Weber.
“Só acaba quando termina”
Mesmo com a maioria já formada em abril, não se podia
“cravar” que o tribunal já havia resolvido a
questão. Isso porque “julgamento só acaba quando
termina”, como se costuma dizer das decisões do
Supremo, já que enquanto o presidente não proclama o
resultado qualquer ministro pode mudar seu voto e,
consequentemente, o resultado final.
A defesa quer agora que o STF estenda o
reconhecimento da parcialidade de Sergio Moro a
todos os processos envolvendo Lula conduzidos na 13ª
Vara, nos casos do triplex do Guarujá, do sítio de
Atibaia e das doações ao Instituto Lula. Em março, o
ministro Edson Fachin declarou a incompetência da
Justiça Federal do Paraná em todos os processos.
No julgamento da suspeição pela Segunda Turma,
realizado em 23 de março, a ministra Cármen Lúcia
mudou o voto original no julgamento, que foi
iniciado em 2018. Assim, o “colegiado pequeno”
formou maioria de 3 a 2 com os votos dela e de
Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.
“Todos têm o direito de ter um julgamento justo por
um juiz e um tribunal imparciais, e, principalmente,
no qual ele possa comprovar todos os comportamentos
que foram aos poucos consolidando o quadro
fundamental, um cenário diverso que veio a ser
desvendado nesse processo”, afirmou Cármen na
ocasião.
Na semana passada, a Corte já havia mantido o
entendimento que a Justiça de Curitiba não tinha
competência para julgar os casos de Lula. Com isso,
foi mantida anulação de todas as decisões tomadas
pela 13ª Vara nos processos contra o ex-presidente.
Inclusive as condenações no caso do tríplex no
Guarujá e no do sítio de Atibaia.
Fonte: Brasil de Fato
24/06/2021 -
Reforma administrativa pode gerar 1 milhão de cargos
de livre nomeação
Para o consultor do Senado Vinícius Amaral, as
mudanças propostas na PEC 32, do governo Bolsonaro,
vão favorecer o patrimonialismo e a corrupção.
O jornal O Globo divulgou nesta quarta-feira (23)
que a reforma administrativa de Jair Bolsonaro pode
disponibilizar 1 milhão de postos de livre nomeação
no serviço público, inclusive para não concursados.
O número abrange cargos em estados, municípios e
União.
A reportagem cita uma nota técnica elaborada pela
Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle (Conorf),
do Senado Federal. Os dados do documento, assinado
pelo consultor legislativo Vinícius Amaral, foram
publicados em maio pelo Portal Vermelho.
Segundo a nota técnica, serão pelo menos mais 207,3
mil vagas para cargos que hoje são ocupados
exclusivamente por servidores. Para Vinícius Amaral,
autor do estudo, a mudança prevista na Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 32/20, que implementa a
reforma administrativa, favorecerá o patrimonialismo
e a corrupção.
A PEC da reforma administrativa transforma cargos
comissionados e funções gratificadas (reservadas a
servidores) em novos cargos de liderança e
assessoramento. Isso abre a possibilidade de
contratação sem concurso para cargos de confiança,
na avaliação do consultor do Senado.
Fonte: Portal Vermelho
24/06/2021 -
Salles caiu após alerta de “bomba” contra Bolsonaro
no STF, diz Veja
Governo foi avisado de que uma leva de novas
provas contra Salles foi enviada ao STF e poderia
“contaminar o PR”
Afinal, por quais motivos Ricardo Salles, um dos
ministros mais alinhados ao bolsonarismo, caiu nesta
quarta-feira (23) do Meio Ambiente. Segundo o site
da revista Veja, uma denúncia-bomba, prestes a
explodir, foi determinante para a saída de Salles.
Diz a Veja: a decisão do presidente Jair Bolsonaro
pela exoneração decorreu do alerta de que os
inquéritos contra o ministro no STF (Supremo
Tribunal Federal) agravariam a crise política.
Salles é alvo de uma operação da Polícia Federal que
cumpriu mandados contra ele. O governo foi avisado
de que uma leva de novas provas contra Salles foi
enviada ao STF e poderia “contaminar o PR”.
Além disso, o aparelho de celular do ministro teria
sido enviado, segundo relato feito ao Planalto, aos
Estados Unidos para passar pela quebra de senha.
Também estaria próxima a chegada, no STF, das
quebras de sigilo bancário de Salles e da mãe dele.
Com informações de Veja.com
Fonte: Portal Vermelho
24/06/2021 -
Temporário tem direito a estabilidade em caso de
acidente, decide TST
O empregado submetido a contrato de trabalho por
tempo determinado goza da garantia provisória de
emprego decorrente de acidente de trabalho prevista
no artigo 118 da Lei nº 8.213/91.
Com base nesse entendimento, o juízo da Subseção
Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal
Superior do Trabalho negou, por unanimidade, recurso
contra acórdão da 2ª Seção de Dissídios Individuais
do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG)
que determinou que uma empresa conceda estabilidade
a um trabalhador com contrato temporário que sofreu
acidente no percurso entre a sua residência e o
local de trabalho.
No recurso, a empresa alegou que o acórdão
questionado violou o artigo 118 da Lei nº 8.213/91
ao aplicar a garantia de emprego em hipótese de
acidente atípico e em contrato por tempo determinado
e a reintegração em prazo superior ao previsto em
lei.
Ao analisar a matéria, o relator, ministro Luiz José
Dezena da Silva, argumentou que não merece acolhida
a sustentada incompatibilidade entre a garantia de
emprego e a modalidade contratual aplicada ao
recorrido, que, à época do evento, encontrava-se na
execução de contrato de experiência, espécie do
gênero dos contratos por prazo determinado (artigo
443, §2º, "c", da CLT).
"O acórdão rescindendo decidiu a causa de acordo com
a interpretação firmada por esta Corte Superior
sobre o tema, que assenta a compatibilidade entre a
garantia de emprego prevista no artigo 118 da Lei nº
8.213/91 e os contratos de trabalho celebrados a
prazo determinado, consoante diretriz contida no
item III da Súmula 378 do TST".
O magistrado também afastou a alegação de que a
reintegração teria sido deferida em prazo superior
ao previsto em lei, de modo a propiciar
enriquecimento indevido do trabalhador. Por fim, o
ministro explicou que o artigo 118 da Lei nº
8.213/91 trata da hipótese de "acidente de trabalho
latu sensu, conceito em que se enquadra também, por
expressa dicção legal, o acidente do trabalho
equiparado, previsto no artigo 21 da Lei nº
8.213/91".
Clique
aqui para ler o acórdão
11130-51.2018.5.03.0000
Fonte: Consultor Jurídico
24/06/2021 -
Ausência de publicação de edital em toda a base
territorial de sindicato inviabiliza dissídio
coletivo
O jornal em que o edital foi publicado não
circula em três cidades da base do sindicato.
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho manteve a extinção
de dissídio coletivo de natureza econômica
instaurado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material
Elétrico de Criciúma e Região (SC) porque a entidade
não publicou edital de convocação para a assembleia
geral em jornal que circule em todas as cidades da
sua base territorial.
O dissídio coletivo foi ajuizado contra o Sindicato
das Indústrias de Recuperação de Veículos e
Acessórios do Estado de Santa Catarina, que abrange
a maior parte das cidades da base territorial do
sindicato profissional, e contra a Federação das
Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), mais
abrangente. O sindicato dos trabalhadores e o das
indústrias fizeram acordo, mas a ação prosseguiu em
relação à Fiesc.
A federação requereu a extinção do feito, alegando
que o edital de convocação para a assembleia geral
fora publicado em jornal sem circulação em toda a
base territorial da categoria profissional. Segundo
a Fiesc, a publicidade não atingiu os trabalhadores
dos municípios de Orleans, São Ludgero e Braço do
Norte e, portanto, a convocação não teria observado
as formalidades estatutárias e legais.
Sem legitimidade
Após verificar que o jornal em que o edital fora
publicado não circula nos três municípios, o
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC)
concluiu que a convocação para a assembleia geral
não atingiu a totalidade dos trabalhadores
interessados e que o sindicato não teria
legitimidade para a instauração do dissídio
coletivo.
Ampla circulação
No recurso ordinário ao TST, o sindicato argumentou
que o edital tinha sido publicado no jornal A
Tribuna, periódico diário, com ampla circulação em
toda base territorial, inclusive na internet.
Segundo a entidade, os trabalhadores também foram
convocados por meio de cartazes fixados em todos os
locais de trabalho, com informações da assembleia
geral extraordinária realizada em Braço do Norte,
abrangendo, também, as cidades de Lauro Muller,
Orleans e São Ludgero, onde foram discutidas e
aprovadas as reivindicações salariais básicas e
mínimas da categoria.
Prévia autorização
O relator, ministro Caputo Bastos, observou que a
instauração de dissídio coletivo contra empresa está
condicionada à prévia autorização dos trabalhadores
diretamente envolvidos no conflito, nos termos da
Orientação Jurisprudencial (OJ) 19 da SDC. Segundo
ele, o edital de convocação da categoria e a ata da
assembleia geral em que for conferida autorização à
entidade sindical são peças essenciais, pois
comprovam sua legitimidade (OJ 29).
Em relação ao edital, ele deve ser publicado em
jornal que circule em todos os municípios
componentes da base territorial (OJ 28). O ministro
frisou que, ainda que a SDC, em julgados mais
recentes, tenha mitigado a exigência de divulgação
do edital em jornal de grande circulação, deve ser
demonstrado que parcela expressiva dos membros da
categoria foi atingida pelo meio de convocação
utilizado.
Assembleia com 10 trabalhadores
Na avaliação do relator, em relação aos três
municípios em questão, a presença reduzida funciona
como indicativo de que a convocação não atingiu a
sua finalidade: na assembleia de Braço do Norte,
apenas 10 trabalhadores compareceram.
Outro ponto observado pelo relator é que não há
provas de que o edital tenha sido publicado também
na internet, pois as atas fazem referência apenas à
edição impressa do periódico, com cópia juntada aos
autos. “Ainda que o edital tivesse sido divulgado
por meio digital, não é possível afirmar que número
expressivo de trabalhadores, localizados nos três
municípios, a ele tenham tido acesso, ante o número
reduzido de presentes à assembleia”, reiterou.
A decisão foi unânime.
Processo: RO-1071-52.2018.5.12.0000
Fonte: TST
24/06/2021 -
Proposta prevê 15 minutos de tolerância para
comparecimento a audiência trabalhista
Atualmente, a CLT concede tolerância de 15
minutos para o comparecimento do juiz
O Projeto de Lei 1278/21 concede tolerância de 15
minutos para que o autor de processo trabalhista e
para que o acusado cheguem à audiência. O texto em
análise na Câmara dos Deputados altera a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Atualmente, a CLT concede 15 minutos para o
comparecimento do juiz, mas determina que o não
comparecimento do reclamante implica o arquivamento
da ação. Já a ausência do empregador (reclamado)
importa confissão.
O autor, deputado licenciado Carlos Bezerra (MT),
explicou que trata-se da reapresentação de proposta
de sua própria autoria aprovada em 2016 pela
Comissão de Trabalho. Na época, o parlamentar disse
que a medida estabeleceria isonomia entre as partes.
“Após a reforma trabalhista promovida pela Lei
13.467/17, muitos projetos em tramitação foram
prejudicados pelo simples fato de abordar
dispositivo que de alguma forma tenha sido alterado
pela nova legislação, sem uma análise mais
aprofundada das propostas”, justificou Carlos
Bezerra.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, Administração
e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
23/06/2021 -
As 500 mil mortes equivalem a sete Maracanãs lotados
O jornal Valor Econômico publica reportagem sobre o
que significam as 500 mil mortes pela Covid-19 –
número que o Brasil alcançou no último sábado.
Por exemplo: 1) Sete Maracanãs lotados; 2) A
população de Florianópolis; 3) O total de nascidos
em 2019 no Rio, Minas e Mato Grosso do Sul…
Outros dados – O Brasil é o sétimo país em
que mais pessoas morrem hoje em dia pela doença
(quase 10 por milhão de habitantes).
A vacinação lenta deixa o País de fora da lista dos
50 que mais imunizaram sua população – atrás de
Guiana e Costa Rica.
O presidente Bolsonaro diz que é mais eficaz
contrair o vírus que se vacinar. Os números mostram
o contrário. As mortes das pessoas com mais de 65
anos vêm caindo em relação às demais faixas etárias.
Em dezembro, esse grupo representava 68,4% do total;
hoje, está em 34,9%.
Emprego – A taxa de desemprego em março
avançou para 14,7%, um recorde. A desigualdade
também cresceu. Segundo o IBGE, as 351 mil pessoas
que voltaram a buscar emprego no primeiro trimestre
não encontraram vaga.
Ensino – Quem conseguiu lidar melhor com o
ensino remoto foram as escolas privadas e,
tipicamente, famílias mais ricas, capazes de
oferecer às crianças mais infraestrutura e suporte.
Calcula-se que os estudantes brasileiros de 10 a 19
anos podem ter uma perda de quase 8% na renda ao
longo da vida caso as aulas perdidas não sejam
compensadas.
Mortes – Cerca de 40% das mortes por Covid-19
são de pessoas que chegaram ao menos ao ensino
médio. Isso será outra dificuldade econômica para um
País que não consegue aumentar a produtividade.
Pária – Com cerca de duas mil mortes por dia
e pouco mais de 11% da população já imunizada com as
duas doses da vacina, o Brasil virou um “pária
internacional”. Só o indiano sofre hoje mais
restrições à entrada no Exterior que o turista
brasileiro.
Acesse – valor.globo.com/
Fonte: Agência Sindical
23/06/2021 -
Privatizar Eletrobras é péssima ideia e, neste
momento, ainda pior
Em meio à pandemia e à alta dos preços, o governo
federal e sua base bolsonarista aprova a
privatização da energia
por Alexandre Padilha
Em meio a uma pandemia, exatamente em um momento em
que as famílias mais vulneráveis sofrem para bancar
o seu custo de vida, que só aumenta com o preço do
gás, preço dos alimentos, necessidades de cuidado
das pessoas, o governo federal e sua base
bolsonarista aprovam a privatização da Eletrobras.
Essa ação, na minha opinião, é uma evidência clara
de que, enquanto Ricardo Salles e Paulo Guedes
procuraram passar a boiada no meio da pandemia,
Bolsonaro e sua base fisiológica tentam fazer a
pilhagem final do estado brasileiro, com medo do
crescimento da candidatura progressista com o
presidente Lula e da mobilização popular nas ruas.
Ao mesmo tempo isso só mostra que Bolsonaro irá
dobrar a aposta para tentar acalmar o mercado e
reconquistá-lo integralmente com o seu projeto de
reeleição e continuar diariamente tentando desviar o
foco, mobilizar parte da sociedade brasileira na sua
pauta de restauração conservadora enquanto acelera a
agenda de pilhagem do estado e de destruição de
direitos.
A privatização da Eletrobras neste momento é
gravíssima. Primeiro porque colocará em risco direto
as famílias brasileiras, porque privatização do
sistema elétrico é sinônimo de aumento das tarifas e
aumento da conta da luz.
Segundo, é porque este é um momento em que o Brasil
vai precisar de um plano estratégico de oferta de
energia, seja para a recuperação econômica do país,
seja para a manutenção dos serviços de saúde, que
serão pressionados, não só pela pandemia, mas pelos
problemas de saúde represados que vão exigir mais
cirurgias, mais diagnóstico de imagens, mais
produção de insumos de saúde.
Em um aumento como esse, a privatização da
Eletrobras coloca em risco qualquer tentativa no
Brasil de controlar a pandemia e iniciar um plano de
recuperação econômica.
Mas assim como a mudança no Banco Central, colocando
o mesmo refém do sistema financeiro, a privatização
do sistema Eletrobras é uma tentativa desesperada do
bolsonarismo e de seus novos aliados fisiológicos
que sabem que cada vez mais cresce a chance de
interrupção do governo bolsonaro, pelo impeachment,
com mobilização nas ruas ou da vitória de uma
candidatura progressista nas eleições de 2022.
Muita luta pela frente pessoal, muita luta pela
frente. Vamos seguir em defesa da vida, em defesa da
segurança alimentar do povo brasileiro, em defesa da
recuperação do emprego, em defesa de um projeto de
reconstrução do Brasil.
Fonte: Portal Vermelho
23/06/2021 -
CPI da Covid pode enquadrar Bolsonaro como
investigado
Senadores já queriam incluir o presidente na
primeira lista de investigados anunciada na
sexta-feira
Falta pouco para a Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Covid-19, no Senado, enquadrar Jair
Bolsonaro como investigado. Senadores avaliam que,
com os documentos recebidos, depoimentos colhidos e
declarações dadas, o presidente já pode entrar na
lista de nomes sob investigação da CPI.
Para a cúpula do colegiado, o material reunido é
substantivo e deixa Bolsonaro em situação delicada.
Tanto que houve um forte movimento no G7 da comissão
(grupo formado por senadores de oposição e
independentes) para incluir o presidente logo na
primeira lista de investigados anunciada na
sexta-feira, composta por 14 investigados.
Segundo o jornal O Globo, Bolsonaro só não integrou
o primeiro escalão da CPI porque há, ainda,
controvérsia sobre o poder da comissão em investigar
o presidente da República. A palavra final tende a
passar por consultores do senador Renan Calheiros (MDB-AL),
relator da comissão.
Até o momento, segundo esses consultores, a opinião
geral é desfavorável ao presidente: a lei prevê que,
se o chefe do Executivo pode responder por crimes
cometidos no exercício do mandato, pode também ser
investigado pelo possível cometimento deles.
Com informações do O Globo
Fonte: Portal Vermelho
23/06/2021 -
Dispensa por justa causa exime empresa de pagar 13º
e férias proporcionais
A dispensa por justa causa, baseada em faltas de um
funcionários, exime o empregador da obrigatoriedade
de pagar o 13° salário e férias. A partir desse
entendimento, a 3ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho isentou uma empresa do pagamento do 13º
salário e de férias proporcionais a uma
trabalhadora.
Segundo os autos, a funcionária foi dispensada por
justa causa devido a faltas. Ela entrou com ação e
alegou que a empresa não aceitava seus atestados
médicos, mas não juntou aos autos esses documentos,
que poderiam justificar as faltas. Por outro lado,
nos cartões de ponto há registro de alguns
atestados, que justificava parte das faltas.
O tribunal de segunda instância entendeu que, mesmo
na dispensa por justa causa, a empregada tem direito
ao pagamento das verbas rescisórias relativas ao 13º
e às férias proporcionais. A decisão, baseada na
Convenção 132 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), observa que a empregada não faltou
injustificadamente ao trabalho por mais de 32 vezes
durante os meses de contrato.
Porém, ao analisar o processo, o ministro Alberto
Bresciani observou que, quanto à gratificação
natalina, o artigo 3º da Lei 4.090/1962, ao limitar
o pagamento da parcela somente aos casos de dispensa
imotivada, "exclui, por óbvio, o pagamento, quando o
afastamento ocorre por justa causa", destaca. Além
disso, o magistrado assinalou que, de acordo com a
Súmula 171 do TST, as férias proporcionais não são
devidas no caso de dispensa por justa causa. Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
RR-21904-60.2018.5.04.0341
Fonte: Consultor Jurídico
23/06/2021 -
STF impede extensão de auxílio-acompanhante para
todas aposentadorias
Supremo julgou recurso do INSS contra decisão do
STJ de 2018
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu vetar a
extensão do auxílio-acompanhante para todos os tipos
de aposentadorias. Por meio de votação virtual
encerrada na sexta-feira (18), a Corte confirmou que
benefícios e vantagens da Previdência Social só
podem ser criados ou ampliados após aprovação de
lei.
O STF julgou recurso do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) contra uma decisão do Superior
Tribunal de Justiça (STJ). Em 2018, a Primeira Seção
do tribunal decidiu que todos os aposentados
poderiam ter direito ao auxílio-acompanhante,
equivalente ao acréscimo de 25% no benefício mensal,
desde que comprovem a necessidade de auxílio
permanente de terceiros.
Antes da decisão do STJ, o acréscimo era garantido
somente para aposentados por invalidez que precisam
de auxílio permanente para pagar um cuidador, por
exemplo, conforme está previsto na Lei de Benefícios
Previdenciários, norma que específica os benefícios
aos quais os segurados têm direito.
Ao analisar o caso, a maioria dos ministros do
Supremo seguiu voto do relator, ministro Dias
Toffoli. Para o magistrado, o Poder Judiciário não
pode criar benefícios previdenciários. Além disso, a
criação de benefícios deve respeitar o equilíbrio de
sistema previdenciário, sendo precedida de aprovação
por lei e indicação de fonte de custeio para cobrir
a despesa.
Quem já recebeu
A maioria dos ministros também manteve o direito dos
segurados ao benefício no caso de decisões
transitadas em julgado até a data do julgamento.
Além disso, não será necessário realizar a devolução
de valores que foram recebidos de boa-fé, por meio
de decisão judicial ou administrativa até a
proclamação do resultado do julgamento.
Fonte: Agência Brasil
23/06/2021 -
Bolsonaro veta PL que dispensa carência do INSS para
novas doenças
Medida foi aprovada pelo Congresso Nacional
O presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar
integralmente o Projeto de Lei (PL) 7.797/2010, que
prevê a inclusão do lúpus e da epilepsia na lista de
doenças que acarretam dispensa do prazo de carência
para concessão dos benefícios de auxílio-doença e
aposentadoria por invalidez, concedidos pelo
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, o veto
ocorreu por orientação técnica do Ministério da
Economia porque a medida criaria despesa obrigatória
sem apresentar estimativa de impacto orçamentário e
financeiro.
"O projeto também contrariava o interesse público,
pois resta bastante evidente que o Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) já carece de receita
adequada para o financiamento de suas próprias
políticas, razão pela qual não há espaço fiscal para
se cogitar a ampliação da despesa promovida pelo PL
sem que se agrave ainda mais o equilíbrio financeiro
e atuarial do RGPS", diz a pasta, em nota.
O lúpus é uma doença rara provocada por um
desequilíbrio do sistema imunológico. As células
atacam os tecidos do próprio organismo, como pele,
articulações, fígado, coração, pulmão, rins e
cérebro. Entre os sintomas estão fadiga, erupções,
sensibilidade aos raios solares e alterações no
sistema nervoso.
A epilepsia é uma doença neurológica que pode causar
convulsões, espasmos musculares e perda de
consciência.
O PL vetado fazia uma alteração na Lei 8.213/1991,
dispositivo que dispensa portadores de determinadas
enfermidades, como tuberculose ativa, hanseníase e
câncer, de contribuir por 12 meses antes de ter
acesso ao auxílio-doença e à aposentadoria por
invalidez, desde que já sejam segurados do INSS.
Dessa forma, a lista de doenças dispensadas da
carência seria ampliada para incluir também a lúpus
e a epilepsia.
O projeto foi aprovado pelo Congresso Nacional, em
caráter conclusivo, ainda em 2018, mas a tramitação
ficou paralisada até maio deste ano, quando a
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deliberou
sobre a redação final do texto, que foi então
enviado para sanção presidencial.
O Parlamento poderá derrubar o veto presidencial.
Neste caso, é necessária a rejeição pela maioria
absoluta dos votos na Câmara dos Deputados e no
Senado Federal, ou seja, 257 votos de deputados e 41
votos de senadores, computados separadamente. Se
este placar não for alcançado em plenário, o veto é
mantido.
Fonte: Agência Brasil
22/06/2021 -
Fórum Sindical lamenta 500 mil mortes
500.000 mortes não é apenas um número. Significa
uma Florianópolis engolida por uma cova que se
aprofunda a cada dia.
O sindicalismo reage ao flagelo da pandemia, que já
matou mais de 500 mil brasileiros. O movimento, ao
mesmo em que pede vacina pra todos, aponta a
responsabilidade do presidente da República, Jair
Bolsonaro, na expansão da doença e na negação dos
procedimentos científicos.
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) emitiu Nota
Oficial. Segue:
“Todos consternados pelos números alarmantes de
mortes diárias e principalmente a quantidade
chocante que atingimos na semana passada.
São milhares de famílias que veem o fantasma da
existência passar levando seus pares e amigos.
A todos, nossos sinceros sentimentos, pois vivemos a
mesma dor.
500.000 mortes não é apenas um número. Significa uma
Florianópolis engolida por uma cova que se aprofunda
a cada dia.
Estamos tristes, pois tudo poderia ter sido evitado.
O momento é de ação, é tempo de união. A História
irá julgar os culpados das mortes. Além do mais, a
lição nos está sendo dada. A busca de uma Pátria
melhor se dará se nos preocuparmos uns com os
outros:
1 – “Dividir o pão”, mensagem divina de ação
solidária deve ser o papel de todos.
2 – Busca urgente de obtenção de vacinas com entrega
imediata, pra compensar o tempo perdido.
3 – Campanhas de vacinação em massa aos finais de
semana em ambientes públicos de grande circulação de
pessoas, que sejam motivo de estímulo aos descrentes
de sua eficácia.
4 – Campanhas que estimulem o distanciamento, uso de
máscaras e higiene das mãos, como forma de
demonstrar que está próximo o fim do flagelo, graças
à imunização.
Enfim, autoridades tenham respeito pelo povo,
guardem suas convicções e apliquem o que a CIÊNCIA
ensina.”
Brasília, 21 de junho de 2021
Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), coordenador
Oswaldo Augusto de Barros, também presidente da
CNTEEC.
Acesse – https://fstsindical.com.br/novo/
Fonte: Portal Vermelho
22/06/2021 -
STF retoma na quarta-feira julgamento da suspeição
do ex-juiz Sergio Moro
O Supremo Tribunal Federal deverá concluir nesta
quarta-feira (23/6) o julgamento sobre a
parcialidade do ex-juiz Sergio Moro. O ministro
Marco Aurélio havia interrompido o julgamento com
pedido de vista mas devolveu os autos para
julgamento em 30 de abril.
O Plenário da corte já formou maioria para manter a
decisão da 2ª Turma que declarou Moro suspeito para
julgar o ex-presidente Lula no caso do tríplex do
Guarujá (SP). Apenas o decano e o ministro Luiz Fux
ainda não apresentaram seus votos.
Gilmar Mendes proferiu o voto que prevaleceu. Ele
considerou que a declaração de incompetência da 13ª
Vara Federal Criminal de Curitiba para julgar Lula
não prejudicaria o julgamento sobre a suspeição do
seu antigo juiz titular, já que teria efeitos mais
amplos. A suspeição anularia os atos processuais,
por exemplo, enquanto a declaração de incompetência
da vara possibilita a manutenção desses atos caso
sejam ratificados pelo novo juiz.
O voto de Gilmar já ganhou apoio dos ministros Nunes
Marques, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Rosa
Weber, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.
Ficaram vencidos os ministros Luiz Edson Fachin,
relator do caso, e Luís Roberto Barroso. Fachin
considerou que o processo deveria ser extinto, já
que a análise de suspeição deveria ocorrer antes da
de incompetência. Já Barroso entendeu que o
julgamento da 2ª Turma seria nulo após o relator ter
extinguido o processo.
A inclusão do tema na pauta de julgamento ocorre
após pedido de Lula, feito no final de maio. A
defesa do ex-presidente apontava demora na conclusão
do julgamento, já que Marco Aurélio havia devolvido
os autos no dia 29/4. Assim, o julgamento vai se
encerrar antes da aposentadoria do decano, marcada
para 12 de julho. HC 193.726
Fonte: Consultor Jurídico
22/06/2021 -
Câmara aprova texto-base da MP da Eletrobras
A Câmara dos Deputados aprovaram nesta segunda-feira
(21) o texto-base da MP 1031/2021, que abre caminho
para a privatização da Eletrobras. A medida já
passou pela Casa em maio e, após mudanças no texto
aprovadas pelo Senado, volta a ser analisada pelos
deputados.
Os parlamentares correm contra o tempo, já que a MP
tem até esta terça-feira (22) para ser votada, ou
perde a validade. Pouco antes do início da sessão, o
relator, Elmar Nascimento (DEM-BA), apresentou seu
parecer.
Nos termos do parecer do relator, a Casa aprovou o
texto-base, por 258 votos favoráveis, 136 contrários
e 5 abstenções. Em uma segunda votação, os deputados
rejeitaram emendas ao texto feitas pelo Senado, como
propôs o relator Elmar Nascimento, por 2 votos
favoráveis (às emendas), 394 contrários e 7
abstenções. Os parlamentares analisam agora os
destaques, sugestões de mudanças no texto.
Mais cedo nesta segunda-feira (21), o relator da MP
na Câmara, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA),
adiantou ao Congresso em Foco que fez "pouquíssimas
alterações" no texto, que não exijam nova análise da
proposta pelos senadores.
A medida foi aprovada no Senado por um placar
apertado, 42 votos a 37, refletindo o alto nível de
discordância sobre o texto. Os senadores criticam
pontos incluídos pelos deputados - e mantidos pelos
senadores - considerados "jabutis", ou seja, que não
tem relação com a matéria. Por exemplo, a obrigação
de contratação de termelétricas a gás natural.
Parlamentares já adiantaram na semana passada que
vão ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a
MP.
Fonte: Congresso em Foco
22/06/2021 -
Justiça Federal absolve Lula de falsas acusações da
Operação Zelotes
Além do ex-presidente, Gilberto Carvalho,
ex-chefe de gabinete, também foi absolvido das
denúncias de suposto favorecimento de montadoras
A Justiça Federal em Brasília absolveu o
ex-presidente Lula, seu ex-chefe de gabinete,
Gilberto Carvalho, e mais cinco pessoas acusadas
pelo Ministério Público Federal (MPF) de favorecer
montadoras, por intermédio da edição da Medida
Provisória 471 de 2009. As informações são da coluna
Painel, na Folha de S.Paulo.
Segundo decisão do juiz Frederico Botelho de Barros
Viana, a investigação não “demonstrou de maneira
convincente” como Lula e Carvalho “teriam
participado no contexto supostamente criminoso”.
A acusação contra Lula, de 2017, teve origem na
Operação Zelotes.
Conforme o MPF, a empresa Marcondes e Mautoni
Empreendimentos, que representava a Caoa (Hyundai) e
MMC (Mitsubishi do Brasil), teria oferecido R$ 6
milhões a Lula e Carvalho em troca da edição da MP
471, que prorrogou incentivos fiscais a montadores
instaladas nas regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste.
No entanto, como não houve provas, a Procuradoria
reconheceu o erro e mudou de posição, em maio,
solicitando a absolvição do ex-presidente.
Sem evidências
“Embora existam elementos que demonstrem a atuação por
parte da empresa de Mauro Marcondes, no que se
refere à prorrogação de benefícios fiscais às
empresas CAOA e MMC, não há evidências apropriadas e
nem sequer minimamente aptas a demonstrar a
existência de ajuste ilícito entre os réus para fins
de repasse de valores em favor de Lula e Gilberto
Carvalho”, acrescentou o juiz, em sua decisão.
Fonte: RevistaForum
22/06/2021 -
Governo Bolsonaro superfaturou compra de vacina
indiana em mais de 1.000%
Escândalo de corrupção pode fragilizar ainda mais
o governo, no momento em que Jair Bolsonaro mostra
total descontrole emocional
No momento em que Jair Bolsonaro demonstra total
descontrole emocional, um escândalo de corrupção na
compra de vacinas pode fragilizar ainda mais o seu
desastroso governo. "Documentos do Ministério das
Relações Exteriores mostram que o governo comprou a
vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% maior do
que, seis meses antes, era anunciado pela própria
fabricante.
Telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova
Délhi de agosto do ano passado informava que o
imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o
preço estimado em 100 rúpias (US$ 1,34 a dose).
Em dezembro, outro comunicado diplomático dizia que
o produto fabricado na Índia 'custaria menos do que
uma garrafa de água'. Em fevereiro deste ano, o
Ministério da Saúde pagou US$ 15 por unidade (R$
80,70, na cotação da época) – a mais cara das seis
vacinas compradas até agora", aponta reportagem de
Julia Affonso, publicada no jornal Estado de S.
Paulo.
"A ordem para a aquisição da vacina partiu
pessoalmente do presidente Jair Bolsonaro. A
negociação durou cerca de três meses, um prazo bem
mais curto que o de outros acordos. No caso da
Pfizer, foram quase onze meses, período em qual o
preço oferecido não se alterou (US$ 10 por dose).
Mesmo mais barato que a vacina indiana, o custo do
produto da farmacêutica americana foi usado como
argumento pelo governo Bolsonaro para atrasar a
contratação, só fechada em março deste ano", aponta
a repórter.
Fonte: Brasil247
22/06/2021 -
Brasil já está "diante de terceira onda" de
Covid-19, afirmam secretários de Saúde dos estados
O patamar do número de óbitos voltou a ficar
acima de 2 mil no país, que ultrapassou a marca de
500 mil mortes pela doença
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de
Saúde (Conass), Carlos Lula, disse nesta
segunda-feira (21) que a aceleração no número de
casos de Covid-19 aponta que estamos “diante de uma
terceira onda” da pandemia no país.
O lento avanço da vacinação ajudou a diminuir o
número de óbitos em março e abril, mas agora está
sendo registrado um aumento no número de mortes.
Neste último fim de semana, 12 estados tiveram
óbitos em alta.
O patamar do número de óbitos voltou a ficar acima
de 2 mil no país, que ultrapassou a marca de 500 mil
mortes pela doença, informa reportagem do Globo. E,
ao longo dos últimos sete dias, o Brasil também foi
o segundo país com mais mortos pelo coronavírus,
atrás apenas da Índia.
Além disso, com a chegada do inverno, é esperado um
aumento de casos de pacientes com problemas
respiratórios.
Para o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, é
preciso acelerar a vacinação no país.
Fonte: Brasil247
22/06/2021 -
Rede aciona STF para que Bolsonaro apresente provas
de fraudes eleitorais
A Rede Sustentabilidade ajuizou no Supremo Tribunal
Federal um Mandado de Segurança (MS 38.005), com
pedido de liminar, requerendo que o presidente da
República, Jair Bolsonaro, exiba à Corte, no prazo
de dez dias, provas da alegada fraude eleitoral nas
eleições presidenciais de 2014 e 2018. O partido
argumenta que, como servidor público, o presidente,
se tem comprovação de fraudes, tem a obrigação legal
(Lei 7.347/1985) de levá-la ao conhecimento do
Ministério Público e de outras autoridades
responsáveis pela aferição dos fatos. O relator do
mandado de segurança é o ministro Gilmar Mendes.
Em transmissão ao vivo divulgada em redes sociais no
dia 17/6, Bolsonaro alegou que venceu a eleição de
2018 no primeiro turno e que o hoje deputado federal
Aécio Neves (PSDB) ganhou a disputa presidencial de
2014 e que ele teria provas dessa alegação.
Segundo a Rede, não há nenhum indício de fraude nas
eleições brasileiras desde que as urnas eletrônicas
foram adotadas e as afirmações públicas do
presidente da República a respeito são "de extrema
gravidade para a credibilidade do sistema eleitoral
brasileiro".
O partido argumenta que, como agente político da
maior envergadura, o presidente não pode guardar
para si informação tão relevante e tem "o dever
inafastável de oferecer as provas que diz poder
apresentar".
Crimes de prevaricação e desobediência
Caso Bolsonaro não apresente a documentação no prazo,
o partido pede a imposição de multa pessoal de R$ 10
mil diários, a serem revertidos ao enfrentamento da
epidemia, e sua incursão nos tipos penais de
desobediência (artigo 330 do Código Penal) e
prevaricação (artigo 319).
Não havendo a exibição das alegadas provas, ou sendo
os documentos considerados insuficientes, a Rede
requer que o MS seja deferido para que o presidente
da República ou seus assessores não mais se
manifestem publicamente sobre o assunto, sob pena de
incorrerem no crime de desobediência ou em outros
porventura cabíveis.
Outra frente
Em ofício assinado nesta segunda-feira (21/6), o
corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis
Felipe Salomão, determinou que as autoridades que
denunciaram a ocorrência de fraudes nas eleições
presidenciais de 2018 recebam prazo de 15 dias para
apresentar evidências ou informações que comprovem
suas falas. Com informações da assessoria de
imprensa do Supremo Tribunal Federal.
MS 38.005
Fonte: Consultor Jurídico
21/06/2021 -
Atos do 19J levam 750 mil brasileiros às ruas contra
Bolsonaro
Organizadores contabilizaram 427 atos no Brasil,
além de protestos em 17 outros países
O 19J pelo #ForaBolsonaro foi maior – bem maior –
que o 29M. Mesmo com as restrições impostas pela
pandemia de Covid-19, as manifestações deste sábado
(19) levaram cerca de 750 mil brasileiros às ruas,
na maior onda de protestos contra o presidente Jair
Bolsonaro e seu governo genocida.
As ações ocorreram na data em que o País ultrapassou
o patamar de 500 mil mortes em decorrência do novo
coronavírus. Em meio à indignação, os organizadores
contabilizaram 427 atos no Brasil, além de protestos
em 17 outros países. Há três semanas, nos atos de 29
de maio, eram 420 mil pessoas mobilizadas em 213
cidades brasileiras e outras 14 no mundo.
A jornada de lutas foi convocada por entidades da
Campanha Fora Bolsonaro, como a Frente Brasil
Popular, a Frente Povo sem Medo, centrais sindicais,
movimentos sociais, partidos políticos, instituições
religiosas e torcidas organizadas.
“Sabemos que não é tempo de aglomerações. Mas também
compreendemos a necessidade de protestar contra o
governo Bolsonaro, que é o governo da morte, da fome
e do desemprego”, declarou a presidenta do PCdoB e
vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos. “As
manifestações deste sábado mostram que a rejeição ao
presidente só cresce em todo o país. Saúdo aqui a
coragem e a organização dos que foram aos atos.”
“Estamos juntos nessa jornada do ‘Fora Bolsonaro’
por todo o País”, declarou, no ato em São Paulo,
João Paulo Rodrigues, coordenador do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Cabe a nós
conduzir a luta mesmo em uma situação adversa e
enfrentar o vírus do bolsonariamo e da Covid.”
Na capital paulista, os manifestantes se reuniram em
frente ao Masp e tomaram a Avenida Paulista. Houve
distribuição de máscaras e álcool gel pelos
organizadores. O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP),
o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o líder
do MTST Guilherme Boulos discursaram no carro-de-som.
No Recife (PE), o ato se concentrou na Praça do
Derby e percorreu a Avenida Conde da Boa Vista.
Diferentemente do 29M, não houve repressão por parte
da Polícia Militar. Conforme a organização, 10 mil
pessoas saíram às ruas da capital pernambucana.
Chamava atenção o uso de máscaras e álcool em gel
pelos manifestantes e os pedidos persistentes dos
organizadores por distanciamento social entre os
participantes.
No Rio de Janeiro, o ato durou quatro horas e teve
quatro quilômetros de trajeto até a Igreja da
Candelária. Estudantes, trabalhadores,
sindicalistas, servidores públicos e líderes
populares gritaram palavras de ordem contra o
governo Bolsonaro. As deputadas federais Jandira
Feghali (PCdoB-RJ) e Benedita da Silva (PT-RJ)
estavam presentes.
Em Belém (PA), a concentração aconteceu em frente ao
mercado de São Brás. Os belenenses foram às ruas por
vacina no braço, auxílio emergencial e em defesa das
liberdades civis garantidas pela Constituição. O ato
também denunciou a destruição da Amazônia e seus
culpados no governo, com o mote “Povo nas ruas em
defesa dos povos e da floresta”.
Em Maceió (AL), a mobilização reuniu milhares de
trabalhadores do campo e da cidade, unidos pelo
“Fora, Bolsonaro”. A manifestação se concentrou na
Praça Centenário, no bairro do Farol, por volta de 9
horas, e depois seguiu em caminhada pela Avenida
Fernandes Lima.
Em João Pessoa (PB), o ato começou por volta das 9
horas em frente ao Liceu Paraibano, no Centro da
cidade. De lá, os manifestantes seguiram para o
Parque Sólon de Lucena, também no Centro, às 10h30.
Em Brasília (DF), os indígenas do Levante pela Terra
– que pede o fim da retirada de direitos originários
com a presença de várias delegações do País –
somaram forças ao ato que demanda “Vacina no Braço,
Comida no Prato e Fora, Bolsonaro”. O protesto teve
início pela manhã na Biblioteca Nacional, bloqueando
o trânsito do Eixo Monumental.
Em Belo Horizonte (MG), 30 mil pessoas tomaram as
ruas com máscaras, cartazes e bandeiras. O grupo se
concentrou no início da tarde na Praça da Liberdade,
aos gritos de “Bolsonaro genocida”. No interior do
estado, cerca de 50 cidades também registraram
mobilizações por vacina e auxílio emergencial.
Em Porto Alegre, os manifestantes enfrentaram a
chuva e começaram a se reunir por volta das 15
horas, com concentração em frente à prefeitura, onde
foram feitas falas de lideranças políticas,
sindicatos e movimentos sociais. Segundo a
organização, o número de manifestantes superou os 30
mil do ato realizado em 29 de maio. Em todo o
estado, mais de 50 cidades registraram atos pelo
“Fora, Bolsonaro”.
Com informações do Brasil de Fato
Fonte: Portal Vermelho
21/06/2021 -
Câmara realiza sessão nesta segunda-feira para votar
MP da Eletrobras
A Medida Provisória 1031/21, sobre a desestatização
da Eletrobras, é o único item da pauta de sessão
deliberativa remota da Câmara dos Deputados
convocada para as 15 horas de segunda-feira (21).
A MP perde a vigência às 24h de terça, e os
deputados precisam analisar 28 emendas do Senado ao
texto do relator, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA),
aprovado pela Câmara em maio.
Uma das emendas muda as regras para compra de
energia de termelétricas pelo governo quando da
desestatização da Eletrobras, prevendo a compra de
um total de 2 mil MW de usinas instaladas na região
Sudeste, dos quais 1 mil MW em 2029 e de cidades já
abastecidas com gás.
Em 2030, serão 250 MW para essas cidades e 750 MW
para outras que ainda não possuem gasoduto, devendo
estas serem localizadas nos estados de Minas Gerais
e Espírito Santo, que estão na área de atuação da
Sudene.
Essa emenda também limita a 1% das ações
remanescentes da Eletrobras em poder da União o lote
que poderá ser comprado pelos empregados da empresa
e de suas subsidiárias em virtude de demissão.
Fonte: Agência Câmara
21/06/2021 -
6,6 milhões de pessoas perderam o emprego entre o 1º
trimestre de 2020 e o de 2021
Um total de 6,6 milhões de trabalhadores e
trabalhadoras perderam o emprego entre o 1º
trimestre de 2020, antes do início da pandemia do
novo coronavírus, e o 1º trimestre de 2021. O número
de desempregados pulou de 12,9 milhões para 14,8
milhões.
Os dados são do boletim sobre os indicadores
trimestrais do mercado de trabalho elaborado pelo
Dieese a partir das informações da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
A comparação entre os dois períodos mostra ainda que
a proporção de pessoas que procuraram trabalho há
mais de 5 meses aumentou de 49,6% para 61,3%.
Já o número de pessoas fora da força de trabalho –
pessoas com 14 anos ou mais que não estavam ocupadas
nem desocupadas - foi de 76,5 milhões, dessas, 11,4
milhões eram pessoas que não estavam trabalhando nem
procurando um emprego, mas poderiam gostariam ou
precisariam de uma oportunidade de trabalho.
De acordo com a análise do Dieese, a pandemia
aprofundou o quadro de desestruturação do mercado de
trabalho, que já era grave antes da pandemia, e está
longe de dar sinais de recuperação.
E um sinal disso é a taxa que combina desocupados e
desalentados (pessoas que desistiram de procurar
trabalho devido a falta de oportunidades), que
passou de 16,0%, no primeiro trimestre de 2020, para
19,5%, no mesmo período de 2021. Entre os chefes de
família, a taxa foi de 11,2%, em 2020, e a 13,4%, em
2021.
Os rendimentos médios do trabalho, calculados por
hora, ficaram estáveis – R$ 15,13 no 1º trimestre
de 2020 e R$ 15,41, no mesmo período de 2021, porém
o dado não permite comemoração, uma vez que os que
ganhavam menos foram os que mais sofreram com a
pandemia, perdendo emprego e renda, ressalta o
Dieese no boletim. Os que tinham maiores rendimentos
permaneceram em casa, trabalhando, o que manteve a
média no mesmo patamar de 2020, complementa.
Fonte: Mundo Sindical
21/06/2021 -
Retomada frágil e sem emprego fará Brasil ter
desemprego recorde com Guedes e Bolsonaro
Média do ano ficará em 14,3%, segundo previsões
de economistas
A frágil retomada econômica brasileira, puxada pelo
agronegócio, setor que emprega pouco, fará com que o
Brasil mantenha uma taxa de desemprego recorde em
2021. É o que aponta reportagem de Arícia Martins,
no Valor Econômico. "Segundo a mediana de
estimativas de 28 consultorias e instituições
financeiras ouvidas pelo Valor Data, a fatia de
desempregados na força de trabalho ficará em 14,3%
na média do ano. Este seria o nível recorde da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua, do IBGE, iniciada em 2012", informa.
"Embora o Brasil não esteja vivenciando uma 'jobless
recovery' - expressão em inglês para uma recuperação
sem geração de vagas -, economistas apontam que a
dinâmica desigual da retomada, em que setores mais
informais da economia estão patinando, faz com que o
emprego responda com defasagem ainda maior ao
aquecimento da atividade. Nesse cenário, enquanto o
PIB já recuperou as perdas da pandemia no primeiro
trimestre, a população ocupada só deve voltar ao
nível pré-covid no fim do ano ou no começo de 2022",
aponta a jornalista.
Fonte: Brasil247
21/06/2021 -
Posso ser demitido por justa causa se recusar a
vacina da covid-19?
Especialista diz que alguns requisitos precisam
ser observados para ser considerada válida a
demissão por justa causa.
Com o avanço da vacinação em todo o país, crescem as
dúvidas de empregados e empregadores, das mais
variadas áreas, sobre a caracterização da recusa à
vacina contra a covid-19 como motivo para demissão
por justa causa.
Embora não haja obrigatoriedade legal em tomar a
vacina, empresas têm avaliado o risco que um
funcionário não vacinado pode representar para toda
a corporação, influenciando no aumento do contágio e
na sensação de insegurança dos demais empregados no
retorno às rotinas normais de trabalho.
A demissão por justa causa da funcionária de
hospital infantil que se recusou a tomar a vacina,
em São Caetano do Sul/SP, provou a possibilidade da
demissão nessas circunstâncias. Tal decisão se
ancora na determinação do STF, que permite a
aplicação de consequências jurídicas àqueles que não
tomarem a vacina, no posicionamento do MPT, previsto
no artigo 158 da CLT, que obriga o empregado a
colaborar com a empresa para garantir um ambiente de
trabalho seguro e no direito à vida e à saúde
coletiva, que se sobrepõem aos interesses
individuais.
No entanto, a advogada especialista em Direito do
Trabalho, Alessandra Arraes, do escritório Aparecido
Inácio e Pereira Advogados Associados, alerta:
"É necessário que sejam observados alguns requisitos
para ser considerada válida a demissão por justa
causa, como a ausência de justificativa para a
recusa, por exemplo. Também é fundamental que o
empregador, antes da demissão, trabalhe na
conscientização de seus empregados a fim de
convencê-los sobre a importância da vacinação para a
proteção do meio ambiente de trabalho."
Além disso, empresas podem exigir, sempre que
necessário, os comprovantes de vacinação, que podem
ser analisados como condição para a manutenção do
emprego.
"Em minha opinião, a recusa à vacina pode ser vista
como um ato reprovável e egoísta, já que estamos
diante de uma pandemia que tirou inúmeras vidas no
país e no mundo. Ela é o meio mais eficaz para
alcançar a erradicação do vírus e, embora existam
direitos fundamentais que asseguram a
individualidade, eles não podem se sobrepor ao
interesse coletivo", encerra a advogada.
Fonte: Migalhas
21/06/2021 -
Comissão aprova seguro-desemprego para aposentados
demitidos durante pandemia
Texto prevê pagamento de três parcelas do
benefício
A Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara
dos Deputados aprovou, na quinta-feira (17), o
Projeto de Lei 341/21, que prevê a concessão de três
parcelas de seguro-desemprego aos aposentados do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) demitidos
sem justa causa durante o estado de emergência de
saúde pública decorrente da pandemia de Covid-19.
O parecer da relatora, deputada Geovania de Sá
(PSDB-SC), foi favorável ao projeto, da deputada
Aline Gurgel (Republicanos-AP), com emenda deixando
claro que a medida terá vigência apenas enquanto
perdurar a emergência em saúde pública causada pelo
novo coronavírus.
A relatora destaca que, durante a pandemia, muitos
empregos foram perdidos e as pessoas idosas
enfrentam mais dificuldades para a recolocação no
mercado de trabalho.
Geovania de Sá considera a medida importante, desde
que cumpridos os requisitos previstos na proposta: o
valor da aposentadoria não pode ser superior a R$
1.500; o idoso deve preencher os requisitos
previstos na Lei 7.998/90, que regula o Programa do
Seguro-Desemprego; e não poderá estar recebendo
benefício de prestação continuada da Previdência
Social.
Hoje, pela Lei 7.998/90, uma pessoa aposentada que
tem um vínculo de emprego - e que, portanto, está
recebendo o benefício da aposentadoria e o salário
referente ao emprego atual - não terá direito ao
seguro-desemprego caso venha a ser dispensada sem
justa causa.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, Administração e Serviço
Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
18/06/2021 -
Servidores e Centrais unem-se contra PEC 32
Centrais Sindicais e lideranças do funcionalismo se
reuniram nesta quarta (16) pra definir ações contra
a Proposta de Emenda Constitucional 32, a PEC 32, da
Reforma Administrativa. O encontro definiu linhas de
enfrentamento da PEC, que tramita na Câmara.
Participaram CUT, Força, CTB, CSB, UGT, Nova Central
e CGTB. Pelo funcionalismo, lideranças das esferas
municipal, estadual e federal. O Movimento Basta!,
que tem articulado a frente de Servidores,
participou com seu coordenador Antonio Carlos F.
Lima Júnior.
Uma das resoluções é fortalecer a comunicação com a
sociedade pra informar os prejuízos da proposta e
ressaltar a importância do serviço público,
especialmente os que atendem a população mais
carente.
Comunicação – “Se unificarmos a comunicação e
as ações, teremos capilaridade pra chegar a todos os
cantos do Brasil”, crê Lineu Mazano, Secretário do
Setor Público da Nova Central. “Querem desmontar o
Estado brasileiro. Precisamos mostrar isso à
sociedade”, diz Sergio Luiz Leite, dirigente da
Força Sindical. “Temos que desfazer o argumento de
que a PEC moderniza e melhora os serviços públicos.
Pensamos num manifesto, apoiado por parlamentares”,
sugere Sérgio Nobre, presidente da CUT.
Também será retomado o Fórum dos Servidores Públicos
das Centrais, preparatório de um Encontro Nacional.
Será divulgada Carta Aberta e haverá reforço no
diálogo parlamentar.
Agenda – Dia 24, os sindicalistas voltam a se
reunir para novas deliberações.
Mais – Acesse o
site das Centrais, da
CSPB e do Movimento Basta!
Fonte: Agência Sindical
18/06/2021 -
Centrais realizam Ato Unitário nesta sexta em SP
Dia 19, sábado, movimentos sociais e partidos fazem
manifestações em todo o Brasil, contra o governo e
baseados no Fora Bolsonaro! O sindicalismo fará ato
unitário nesta sexta, 18. A ideia é reforçar a
pauta, por Vacina pra todos, Auxílio Emergencial de
R$ 600,00 e iniciativas em defesa do emprego.
Em SP – Às 7 da manhã desta sexta (18), os
presidentes da CUT, Força Sindical, UGT e demais
Centrais vão participar de ato unitário em frente à
Metalúrgica MWM, na Zona Sul.
Os dirigentes vão dialogar com trabalhadores e
alertar para a gravidade da situação nacional,
devido às crises econômica e sanitária. A ideia é
também chamar para os protestos no sábado (19).
Presidente da Força Sindical, Miguel Torres lembra
que a pandemia já matou quase meio milhão de
brasileiros. “São vidas que poderiam ser preservadas
se tivéssemos um governo responsável e não um
negacionista. A população precisa reagir”, afirma.
Segundo Miguel, o momento pede a união de forças do
sindicalismo, dos movimentos sociais e da população.
A pauta sindical unitária foi definida em reunião
dia 5 de janeiro (Vacina; Auxílio Emergencial de R$
600,00 e medidas de pró-emprego, entre elas crédito
a pequenas e micro empresas). Essa pauta tem sido
levada ao Congresso Nacional, especialmente a luta
pelo Emergencial.
“O Brasil tem milhões de pessoas passando fome. E o
Auxílio Emergencial oferecido pelo governo não
compra nem uma cesta básica. Não podemos achar
normal essa situação de desespero que as famílias
enfrentam”, alerta Ricardo Patah, presidente da UGT.
Mais – Acesse o
site das
Centrais.
Fonte: Agência Sindical
18/06/2021 -
Lula apoia ato do dia 19 de junho, luta do povo
contra Bolsonaro
Para não dar munição aos críticos sobre sua
conduta política, ele colocou dúvida sobre se irá
participar do 19J
O ex-presidente Lula manifestou apoio às
manifestações contra Bolsonaro marcadas para ocorrer
em todo o país e no exterior no próximo sábado (19).
“A sociedade começou a andar. As manifestações vão
ocorrer em muitas cidades do Brasil, e isso é uma
coisa muito boa, porque significa que a sociedade
está acordando, está se levantando e está começando
a brigar pela conquista do seu direito à
reconstrução do nosso país”, disse ele em entrevista
em à rádio Tribuna do Norte, de Natal, nesta
quinta-feira (17).
Para não dar munição aos críticos sobre sua conduta
política, ele colocou dúvida sobre se irá participar
do evento. “Eu ainda não sei se vou na manifestação.
Tenho uma preocupação. Não quero transformar um ato
político em um ato eleitoral. Não quero os meios de
comunicação explorando isso como o Lula se
apropriando de uma manifestação convocada pela
sociedade brasileira”, escreveu no Twitter.
O ex-presidente também defendeu a legitimidade dos
atos em meio à pandemia. “E não adianta falar que
‘ah, mas o povo agora tá aglomerando’. O povo está
aglomerado todo dia e faz tempo. Pra trabalhar, pra
pegar ônibus. E sem estar todo mundo vacinado,
porque o Bolsonaro recusou as ofertas pra comprar
(vacina) enquanto era tempo”, disse.
Lula deixou claro que há uma diferença entre os atos
contra e pró-Bolsonaro. “Fico feliz que o povo
esteja brigando pelos seus direitos. E não adianta
querer igualar as manifestações. Veja a diferença
entre as manifestações contra o genocida e os atos
promovidos por ele. Um lado usa máscara, álcool gel,
o outro lado vai sem máscara e nega a vacina”,
explicou.
Fonte: Portal Vermelho
18/06/2021 -
Paim critica MP sobre privatização da Eletrobras e
pede amplo debate
Em pronunciamento na quarta-feira (16), o senador
Paulo Paim (PT-RS) declarou que a possível
privatização da Eletrobras é um “crime de
lesa-pátria”, que vai contra a soberania energética
do país. Ele disse que o assunto precisa ser objeto
de um amplo debate, com a participação de várias
entidades e representantes da sociedade. O senador
criticou a medida provisória que trata do tema (MP
1.031/2021), já aprovada pela Câmara dos Deputados e
que começa a ser debatida nesta quarta-feira no
Plenário do Senado.
Paim afirmou que essa proposta retira R$ 600 bilhões
dos consumidores ao longo de 30 anos de concessão.
Segundo ele, entre 2013 e 2018 a capacidade
instalada no Brasil cresceu 70% no setor. Também
disse que a Eletrobras tem capacidade de gerar 30,1%
da energia e possui 44% das linhas de transmissão do
país.
— Sendo assim, por que privatizá-la? A privatização
aumenta o custo e vai provocar forte aumento das
contas de energia, que vai onerar, prejudicar, as
famílias e as empresas brasileiras.
O senador afirmou que só os chamados “jabutis” (os
dispositivos inseridos em uma proposta apesar de
serem alheios ao seu tema principal) acrescentados
na Câmara custarão R$ 41 bilhões e que isso
representaria um aumento de 10% na conta dos
consumidores de energia elétrica.
Para Paim, a privatização é desnecessária porque a
Eletrobras é uma empresa que está em boa situação e
gera lucro. Ele argumentou que, se essa medida
provisória for aprovada pelo Congresso, isso
representará um passo na contramão do que está sendo
feito na Europa, onde, segundo ele, mais de 800
empresas anteriormente privatizadas voltaram ao
âmbito do Estado, pois os serviços que estavam sendo
prestados aos consumidores eram de má qualidade e
altos preços.
Fonte: Agência Senado
18/06/2021 -
STF começa julgamento sobre ultratividade de acordos
coletivos de trabalho
O Supremo Tribunal Federal começou a julgar nesta
quinta-feira (17/6) a ADPF 323, que discute a
ultratividade de normas coletivas, situação em que
cláusulas de acordos e convenções coletivos, com
validade já expirada, são incorporadas aos contratos
individuais de trabalho, até que outra norma
coletiva sobrevenha. Após a leitura do relatório
pelo ministro Gilmar Mendes e as manifestações de
partes e dos interessados, o julgamento foi suspenso
e continuará em data a ser determinada.
A ação foi ajuizada pela Confederação Nacional dos
Estabelecimentos de Ensino para questionar a Súmula
277 do Tribunal Superior do Trabalho, que mantém a
validade das cláusulas nos contratos vigentes e nos
novos, e considera que só poderão ser modificadas ou
suprimidas mediante negociação coletiva. Em outubro
de 2016, o relator concedeu medida cautelar para
suspender todos os processos e os efeitos de
decisões no âmbito da Justiça do Trabalho que
discutam a matéria.
Em nome de diversas entidades sindicais de
trabalhadores, o advogado José Eymard Loguercio
observou que a ultratividade é central para a
valorização da negociação coletiva e para conferir
segurança jurídica aos trabalhadores nesse processo.
Sem essa possibilidade, afirmou, a cada data-base,
as negociações teriam de ser retomadas do zero, o
que aumentaria conflitos entre empregados e
empregadores na formulação de novo acordo.
A advogada Zilmara David de Alencar, também
representando entidades sindicais de trabalhadores,
argumentou que a ultratividade decorrente de
negociações coletivas é necessária para a harmonia
das relações de trabalho. Segundo ela, a Súmula 277
do TST é essencial para a pacificação de conflitos,
a valorização da negociação coletiva e o respeito à
autonomia coletiva no âmbito das relações de
trabalho. Com informações da assessoria de
imprensa do Supremo Tribunal Federal. ADPF 323
Fonte: Consultor Jurídico
18/06/2021 -
Eleições 2022: Paraná Pesquisas mostra Lula e
Bolsonaro em empate técnico
Pesquisa nacional encomendado pelo PSL ao instituto
Paraná Pesquisas, divulgada nesta quinta-feira (17),
mostra o ex-presidente Lula (PT) e Jair Bolsonaro
(Sem partido) em situação de empate técnico no
primeiro turno das eleições 2022.
O levantamento mostra o atual presidente
numericamente à frente em todos os cenários
pesquisados de primeiro turno. No segundo turno, a
situação se inverte e Lula venceria por 40,2% dos
votos contra 40% de Bolsonaro.
Primeiro turno
Em um cenário mais provável até o momento, Bolsonaro
tem 36,9% das intenções de votos contra 34,6% de
Lula – a margem de erro é de dois pontos porcentuais
para mais ou para menos.
Ciro Gomes (PDT) aparece em um distante terceiro
lugar, com 6,2%, à frente de João Doria (PSDB), com
4%, e Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 3,6%.
No principal cenário pesquisado, o apresentador José
Luiz Datena – que já teria desistido da candidatura
– aparece à frente de Ciro Gomes, com 7,5% das
intenções de voto. O pedetista marca 5,8%.
Nessa simulação, Bolsonaro lidera com 34,3% das
intenções de voto, empatado tecnicamente com Lula,
com 32,5%. Doria marca 3,4%, Mandetta, 3,2%, e
Simone Tebet (MDB), 1,1%.
Rejeição
Entre os candidatos pesquisados, Doria registra o
maior índice de rejeição, de 57,2%, seguido de Ciro
Gomes com 50,9%. Bolsonaro vem na sequência, com
50,4%.
O ex-presidente Lula registra 49,7% de rejeição e
Datena 42%.
Entre aqueles que dizem que “com certeza votaria”,
Bolsonaro tem 27,4% e Lula 26,4%. O petista, no
entanto, tem um potencial maior de virar voto, com
21,6% dizendo que poderiam votar nele, contra 19,5%
de Bolsonaro.
Reprovação
O índice de reprovação de Jair Bolsonaro segue acima
dos 50%, segundo o Paraná Pesquisas. Entre os
entrevistados, 53,8% desaprovam o governo, sendo que
45,6% classificam como “ruim ou péssimo” – 21,5%
acham regular e 31,6% ótimo ou bom.
A pesquisa foi realizada nos 26 estados brasileiros
e Distrito Federal entre os dias 11 e 15 de junho.
Foram ouvidos 2.040 eleitores e o grau de confiança
é de 95%.
Fonte: RevistaForum
18/06/2021 -
Paulo Guedes defende dar “sobras” a mais pobres para
combater a fome
“Fazemos almoços onde às vezes há uma sobra
enorme. Isso vai até o final, que é a refeição da
classe média alta, até lá há excessos”, afirmou o
ministro, em evento para anunciar projeto de
flexibilização da validade dos alimentos.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu nesta
quinta-feira (12) que sobras de alimentos de
famílias de classe média e restaurantes sejam doadas
a pessoas vulneráveis.
Ele também associou a fome à quantidade de comida
consumida pela classe média brasileira, afirmando
que, na Europa, as pessoas consomem “pratos
relativamente pequenos”. Os brasileiros, segundo o
ministro, cometem “excessos” na refeição e deixam
“uma sobra enorme”.
“Fazemos almoços onde às vezes há uma sobra enorme.
Isso vai até o final, que é a refeição da classe
média alta, até lá há excessos”.
“Como utilizar esses excessos que estão em
restaurantes e esse encadeamento com as políticas
sociais, isso tem que ser feito. Toda aquela
alimentação que não for utilizada durante aquele dia
no restaurante, aquilo dá para alimentar pessoas
fragilizadas, mendigos, desamparados. É muito melhor
do que deixar estragar essa comida toda”, afirmou.
Paulo Guedes deu as declarações durante um anúncio
de projeto de flexibilização da regra que trata da
validade de alimentos no Brasil, durante o 1º Fórum
da Cadeia Nacional de Abastecimento, realizado pela
Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).
Fonte: Portal Vermelho
18/06/2021 -
Dino vai ao PSB para tentar ser vice de Lula na
frente da "democracia contra a ditadura"
Governador do Maranhão, que saiu do PCdoB, vê uma
eleição plebiscitária entre forças democráticas e o
projeto autoritário de Jair Bolsonaro
O governador do Maranhão, Flávio Dino, concedeu sua
primeira entrevista, após sair do PCdoB, à
jornalista Cristiane Agostine, do Valor Econômico, e
indicou que seu caminho será construir uma grande
frente democrática contra o projeto autoritário de
Jair Bolsonaro. "Dino é cotado tanto para concorrer
ao Senado em seu Estado como para ser vice na chapa
presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. O
governador terá papel central na costura de alianças
com partidos de centro e de centro-direita para a
candidatura de Lula", informa a jornalista.
“Minha contribuição é para que os diálogos além da
esquerda se viabilizem”, disse ele. “Todos os
partidos que estão no centro, centro-direita devem
ser procurados por uma razão: é preciso isolar
Bolsonaro. É uma eleição plebiscitária entre
democracia e ditadura, entre civilização e barbárie,
entre a Constituição de 1988 e aqueles que querem
destruí-la. Não é pouca coisa em jogo. Por isso
mesmo devemos aglutinar todas as forças possíveis.
Todos aqueles que têm compromisso com a Constituição
de 1988 podem ser nossos aliados. Bolsonaro é
inconstitucional”, completa.
Fonte: Brasil247
17/06/2021 -
Senador Paim participa de encontro com o FST
De origem metalúrgica e ex-dirigente sindical em
Canoas, o senador Paulo Paim (PT-RS) mantém seus
vínculos classistas.
Nessa condição, na manhã da quarta-feira (16), o
senador Paulo Paim participou de bate-papo virtual
com o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST).
O senador agradeceu o convite e combinou uma live
ampla sobre temas trabalhistas. “Precisamos dar mais
visibilidade ao trabalho sindical. Valorizar a
atuação das entidades é um compromisso que tenho”,
afirmou.
Live – “A data da live será definida com
antecedência. O tema merece uma transmissão que
repercuta no meio sindical e político. Os Sindicatos
têm trabalhado pelo social, ajudando a minimizar a
angústia que estamos vivendo”, comenta Oswaldo
Augusto de Barros, coordenador do FST e presidente
da Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Educação e Cultura – CNTEEC.
Acesse o site – http://fstsindical.com.br/
Fonte: Agência Sindical
17/06/2021 -
Projeto obriga repor inflação no salário
O Boletim de Olho nas Negociações, do Dieese, mostra
que 60% dos reajustes de abril ficaram abaixo da
inflação de 6,94%, pelo INPC. Acima do índice, 17%
dos acordos.
Contra esse arrocho, o senador Paulo Paim (PT/RS)
deve apresentar Projeto de Lei que assegura aos
trabalhadores, anualmente, a reposição da inflação.
O projeto nasceu de preocupação levantada pelo
sindicalismo. Quem explica é Artur Bueno de Camargo,
presidente da CNTA (Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Alimentação).
Segundo Artur, as empresas mesmo as lucrativas, se
negam a repor a inflação. Ele afirma: “Em tempos de
pandemia, com dificuldades de mobilização, empresas
utilizam a crise pra negar o reajuste, mesmo tendo
lucros. Queremos evitar essa artimanha”, afirma.
O Projeto de Lei, ainda em fase inicial, deve ser
aprimorado, a fim de estabelecer critérios viáveis.
Mas a ideia é apresentá-lo o quanto antes.
“Vamos começar a articulação com o sindicalismo, a
fim de unir forças e avançar”. Artur explica que
reunião deve ser agendada com o senador na próxima
semana para discutir o cenário no Congresso.
“É fundamental evitar esse arrocho salarial, que
prejudica o poder aquisitivo, o consumo, a produção
e por consequência, impacta no emprego”, afirma o
sindicalista.
Mais –
Clique aqui e acesse o PL 2.161/2021.
Acesse –
www.cntaafins.org.br
Fonte: Agência Sindical
17/06/2021 -
PSDB, DEM, Cidadania, PV e PODE se reúnem para
debater “terceira via”
Partidos de direita e centro-direita afirmam que
não querem apoiar nem Lula nem Bolsonaro em 2022;
PDT e PSL foram convidados, mas não compareceram
Partidos de direita e centro-direita se reuniram
nesta quarta-feira (16) para uma conversa em torno
da composição de um bloco de “terceira via” para as
eleições de 2022, contra o ex-presidente Lula e o
presidente Jair Bolsonaro.
Segundo informações do jornalista Paulo Cappelli, de
O Globo, participaram do encontro dirigentes de DEM,
PSDB, Cidadania, PV e Podemos, além de
representantes de MDB e Solidariedade. O ex-ministro
Luiz Henrique Mandetta (DEM), que comandou a Saúde
no início do governo Jair Bolsonaro, foi um dos
promotores da reunião.
Em coletiva de imprensa foi anunciado um “consenso”
de não apoiar nem Lula nem Bolsonaro. “O número de
brasileiros que se posiciona hoje para uma nova
alternativa é maior que o apoio a Lula ou Bolsonaro.
Mas é uma maioria silenciosa, que não faz motociata
nem manifestação. É para esses brasileiros que
queremos falar”, disse o presidente do PSDB, Bruno
Araújo.
A ideia do grupo seria a de lançar uma candidatura
presidencial até o início de 2022. Mandetta é
apontado como possível pré-candidato.
Um dos nomes que era cotado para fazer o papel de
uma “terceira via” de direita era o do apresentador
Luciano Huck, que anunciou nesta quarta que seguirá
na TV Globo.
Carlos Lupi, presidente do PDT de Ciro Gomes, e
Luciano Bivar, do PSL que elegeu Bolsonaro em 2018,
foram convidados para o encontro, mas não
participaram.
Fonte: RevistaForum
17/06/2021 -
Lira vê risco de racionamento de energia semelhante
ao de 2001
Governo já anunciou medidas para garantir
fornecimento de energia elétrica
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vê
risco de racionamento de energia neste ano
semelhante àquele ocorrido em 2001 no governo
Fernando Henrique Cardoso. O presidente também
chamou atenção para a alta de preço da conta de luz.
A chamada crise do apagão, ocorrida no Brasil entre
2001 e 2002, afetou o fornecimento e distribuição de
energia elétrica. A campanha pelo racionamento de
energia evitou cortes forçados e blecautes em todo o
País. “Se houver a conscientização dos setores de
reduzir o consumo na hora do pico, ajuda”, afirmou
Lira.
Ele se encontrou com o ministro de Minas e Energia,
Beto Albuquerque, nesta terça-feira (15) na
Residência Oficial. Segundo o presidente da Câmara,
o risco de apagão foi descartado, mas não a alta dos
preços. “Não se falou em apagão, falou-se em
racionamento, na economia [de energia], a gente não
manda na chuva. Mas não acredito que tenha apagão,
pode ter energia mais cara por causa do uso das
térmicas”, disse.
Lira disse não acreditar que a medida provisória que
autoriza a desestatização da Eletrobras possa ter
algum dispositivo para ajudar na crise energética. O
texto está no Senado e, caso haja alterações, a
proposta deve voltar à Câmara. Segundo Lira, o
problema agora é o gerenciamento. “A MP da
Eletrobras não vai resolver esse problema. O
problema é de gerenciamento e reservatório, outras
escolhas, de economia, de educação. É melhor você
ter um dano controlado do que um dano
desorganizado”, ponderou.
Medidas
Em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta
terça-feira (15), diretores da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS) afirmaram que as medidas
anunciadas pelo governo para garantir o fornecimento
de energia elétrica neste ano afastam o risco de
racionamento no curto prazo. Entre as medidas
anunciadas estão o acionamento de usinas
termelétricas disponíveis e o aumento da importação
de energia da Argentina e Uruguai.
Fonte: Agência Câmara
17/06/2021 -
Senado adia para esta quinta-feira votação da
privatização da Eletrobrás
O parecer do relator, senador Marcos Rogério (DEM),
foi lido e começou a ser discutido
Foi adiada para amanhã (17) a votação do PLV 7/2021,
que viabiliza a privatização da Eletrobras. O
parecer do relator, senador Marcos Rogério (DEM-RO),
foi lido e começou a ser discutido. A sessão está
marcada para às 10h.
Especialistas de diversas áreas e trabalhadores do
setor elétrico denunciam que a privatização da
Eletrobrás resultará na perda da soberania no setor
elétrico, no aumento considerável da tarifa de luz e
na abertura de mais espaço para as térmicas, em
detrimento de fontes renováveis. A Eletrobras é
responsável por pelo menos 30% da energia do país e
gerou R$ 30 bilhões de lucros nos últimos três anos.
Fonte: Brasil247
17/06/2021 -
Copom sobe mais uma vez a taxa de juros, ao maior
nível em 15 meses
Selic foi a 4,25% ao ano. Segundo o Banco
Central, economia se recupera, mas inflação preocupa
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central decidiu pela terceira vez seguida aumentar a
taxa básica de juros, a Selic. Desta vez, a alta foi
de 0,75 ponto percentual, para 4,25% ao ano. Decisão
unânime e sem surpresa, a não ser pela magnitude da
elevação, anunciada no início da noite desta
quarta-feira (16). É a maior taxa desde março do ano
passado.
Assim, no informe publicado logo depois do
encerramento da 239ª reunião que elevou a taxa de
juros, o Copom afirma que indicadores mostram
recuperação da atividade econômica acima do previsto
e redução significativa de riscos. Por outro lado,
diz ainda o comitê, a pressão inflacionária
“revela-se maior que o esperado”.
Juros x inflação
De agosto de 2019 a setembro de 2020, a taxa básica
foi sendo reduzida. Nesse período, foi de 6,50% para
2%, patamar em que permaneceu até março. Com isso,
desde então, retomou o caminho de alta: 2,75%, 3,50%
e, agora, 4,25%.
Em junho do ano passado, a inflação oficial (IPCA,
calculada pelo IBGE) somava 2,13% em 12 meses. Em
maio último, estava acumulada em 8,06%.
Aumento nefasto
Para a Força Sindical, o aumento é “nefasto” e
desnecessário. “Juros altos que seguem na contramão
da produção, do crédito, do consumo e da geração de
empregos”, afirma a central.
O colegiado se reunirá novamente em 3 e 4 de agosto.
A expectativa é de nova alta da taxa básica.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/06/2021 -
Trabalhadores têm até 30 de junho para sacar
Pis-Pasep 2020-2021
Caso o beneficiário não retire o valor agora, só
poderá receber em 2022
Mais de 700 mil brasileiros, que ainda não sacaram
quase R$ 440 milhões do abono salarial do Fundo
PIS-Pasep 2020-2021, têm até o dia 30 de junho para
retirar o valor. De acordo com a Caixa Econômica
Federal, aqueles que não sacarem até a data
prevista, terão de esperar o próximo calendário do
abono salarial, somente em 2022.
No caso do Programa de Integração Social (PIS), que
é destinado aos trabalhadores do setor privado,
cerca de 560 mil brasileiros ainda não sacaram R$
328 milhões. Já em relação ao Programa de Formação
do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), pago aos
trabalhadores do setor público, são 200 mil
brasileiros que deixaram de sacar R$ 120 milhões,
segundo a Caixa.
O valor pago entre ambos varia de R$ 92 a R$ 1.100,
dependendo do período em que o trabalhador teve
carteira assinada em 2019. O valor total de um
salário mínimo só será pago, por exemplo, àqueles
que trabalharam durante os 12 meses daquele ano.
Para isso, também é necessário preencher alguns
requisitos, como estar cadastrado em um dos dois
programas no mínimo há cinco anos; ter recebido um
salário médio de até dois salários mínimos em 2019,
com carteira assinada; para pessoas jurídicas, ter
atividade remunerada por pelo menos 20 dias
consecutivos; e ter os dados pessoais registrados
pelo empregador na Relação Anual de Informações
Sociais (RAIS)/eSocial.
Agora, para sacar o dinheiro, é necessário ter o
Cartão do Cidadão e a senha cadastrada. Com isso em
mãos, o trabalhador deve se dirigir aos terminais de
autoatendimento da Caixa ou a uma casa lotérica.
Caso o trabalhador não tenha o Cartão Cidadão, é
possível sacar o dinheiro em qualquer agência do
banco, mas somente mediante a apresentação de
documento de identificação. Ainda, os trabalhadores
que não têm conta no banco, podem movimentar o
dinheiro por meio do aplicativo Caixa Tem.
Para mais informações, é possível acessar o site
www.caixa.gov.br/abonosalarial ou ligar para o
número 0800-726-02-07 da Caixa. Em ambos, é
necessário ter o Número de Identificação Social (NIS)
em mãos.
Fonte: Brasil de Fato
17/06/2021 -
Ipea: rendimentos efetivos dos trabalhadores têm
queda de 2,2%
Recuo é devido a impacto da pandemia de covid-9
Os rendimentos efetivos dos trabalhadores
registraram queda de 2,2% no primeiro trimestre de
2021, na comparação com igual período do ano
passado, devido ao impacto do “recrudescimento” da
pandemia de covid-19. A avaliação é de estudo
divulgado, nesta quarta-feira (16), pelo Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com uma
análise sobre o efeito da pandemia no mercado de
trabalho. A análise levou em consideração os dados
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Esse padrão [de queda no rendimento] se repetiu
para trabalhadores com diferentes grupos
demográficos, tendo apenas as mulheres [crescimento
de 1,33%] e trabalhadores com mais de 60 anos
[7,06%] não apresentado uma queda da renda efetiva”,
diz o estudo.
No entanto, acrescenta o estudo, a análise por tipo
de vínculo revela que o impacto da segunda onda da
pandemia nos rendimentos foi concentrado nos
trabalhadores privados com carteira assinada. “Os
trabalhadores por conta própria [queda de 3,6%], que
de modo geral haviam sido os mais atingidos pela
pandemia, mostraram um crescimento de 3,9% da renda
efetiva”, destaca o estudo.
“Os dados da Pnad Contínua apresentam em linhas
gerais o mesmo quadro da Pnad Covid-19: um forte
impacto inicial da pandemia e uma lenta recuperação
do mercado de trabalho, que ainda se encontrava
incompleta, especialmente se considerarmos também as
informações sobre o nível de ocupação ao final do
ano, quando o país foi atingido pelo início da
segunda onda de covid-19 – a exceção fica para os
trabalhadores de maior escolaridade”, comentou o
técnico de planejamento e pesquisa na Diretoria de
Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea
e autor do estudo, Sandro Sacchet de Carvalho.
Massa de rendimentos
De acordo com a pesquisa, nos primeiros três meses do
ano, a queda da massa de rendimentos habituais
chegou a 6,7%, atingindo R$ 212,5 bilhões, enquanto
a queda da massa efetiva alcançou 9,5% se comparado
ao ano anterior, totalizando R$ 225,8 bilhões.
A proporção de domicílios sem nenhuma renda do
trabalho também sofreu influência da pandemia e
passou de 25% no primeiro trimestre de 2020 para
29,3% no mesmo período de 2021. “Essa diferença
reforça a avaliação de que está sendo lenta a
recuperação do nível de ocupação entre as famílias
de renda mais baixa a patamares anteriores à
pandemia”, indicou o estudo.
Perfil
Nas regiões, o Nordeste teve maior impacto nos
rendimentos por causa da segunda onda da pandemia. O
recuo ficou em 7,05% da renda efetiva. Já o
Centro-Oeste apresentou o menor efeito na renda, com
queda de 0,84%. As mulheres registraram crescimento
de 1,3% da renda efetiva, enquanto para os homens
houve queda de 4,7% no primeiro trimestre de 2021.
Na avaliação por faixa etária, a mais atingida pela
segunda onda foi a dos jovens adultos entre 25 e 39
anos, com queda de 7,73% dos rendimentos. Ao
contrário, a renda dos trabalhadores com 60 anos ou
mais subiu 7,06%. A explicação é a alta proporção de
trabalhadores por conta própria nessa faixa etária.
Quanto à escolaridade, todas as categorias
apresentaram recuo nos rendimentos, com destaque
para os trabalhadores que completaram o ensino
médio, que alcançaram 8,37% de queda.
“De fato, enquanto muitos grupos apresentaram uma
queda dos rendimentos efetivos no quarto trimestre
de 2020, as quedas foram amplamente generalizadas no
primeiro trimestre de 2021, sendo as mulheres e os
trabalhadores com mais de 60 anos as exceções”,
apontou o pesquisador.
Horas trabalhadas
O estudo mostrou ainda que as horas efetivamente
trabalhadas, não foram afetadas significativamente
pela segunda onda da covid-19. No último trimestre
de 2019, a diferença entre as horas habitualmente
trabalhadas e as efetivamente trabalhadas era de
96%. No segundo trimestre de 2020, em razão da
primeira onda da pandemia, a proporção caiu para
78%. Nos primeiros três meses de 2021, essa relação
voltou ao patamar de 2019, com diferença de 94%.
Fonte: Agência Brasil
16/06/2021 -
Trabalho da Câmara aprova realização de audiência
sobre Agenda Legislativa 2021, das centrais
sindicais
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
aprovou, nesta terça-feira (15),
Requerimento 62/21 para realização de audiência
pública destinada à apresentação da
Agenda Legislativa das centrais sindicais no
Congresso Nacional: Prioridades Legislativas 2021 -
Vida, Emprego e Democracia.
De autoria dos deputados do PT no colegiado —
Rogério Correia (MG), Carlos Veras (PE), Marcon
(RS), Erika Kokay (DF), Leonardo Monteiro (MG) e
Bohn Gass (RS) —, a Agenda é composta de
proposições, em discussão na Câmara e no Senado, que
são prioritárias para as entidades sindicais.
Ainda sem data para realização da reunião, trata-se
de evento relevante para o movimento sindical, pois
as centrais poderão publicizar o conteúdo da
proposta para atuação no âmbito do Congresso
Nacional.
A Agenda foi elaborada com a assessoria do DIAP e
visa dar organicidade à atuação do movimento
sindical no Poder Legislativo.
O documento foi apresentado ao vice-presidente da
Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), em 26 de maio,
pelas lideranças sindicais.
Fonte: Diap
16/06/2021 -
Trabalhadores farão greve contra privatização da
Eletrobras
Mais de 12 mil eletricitários farão greve de 72
horas, a partir desta terça (15), contra a
privatização da Eletrobras. A Medida Provisória
1.031, da privatização da empresa, deve ser votada
no Senado na quarta. “Os trabalhadores não farão
troca de turnos e todas as atividades programadas
estão suspensas”, conta Eduardo Annunciato, o Chicão,
presidente do Sindicato dos Eletricitários de SP e
dirigente da Força Sindical.
A paralisação enfraquecerá o sistema, mas não
cortará a energia. Serão afetados apenas o
atendimento de manutenção preventiva e o programado.
Cerca de 70% dos trabalhadores da Eletrobras atuam
na manutenção e operação do sistema.
Os eletricitários pedem imediata suspensão da MP
1.031. Para a categoria, as consequências econômicas
e sociais da privatização não foram explicadas à
sociedade. O presidente do Sindicato alerta: “Quando
o serviço é privado, o lucro vai pro acionista e a
conta fica nas costas da população. Encarecerá o
custo industrial também”.
A conta de luz deve ficar até 20% mais cara às
famílias e empresas. Além disso, há risco de
apagões, como houve depois que privatizaram a
Companhia de Eletricidade do Amapá.
Engenheiros – Outras categorias, como os
engenheiros, estão mobilizadas contra a
privatização. A resistência é articulada pela
Federação Nacional e seus 18 Sindicatos associados.
Mais – Acesse o site do
Sindicato dos Eletricitários SP
Fonte: Agência Sindical
16/06/2021 -
Polêmica, privatização da Eletrobras está na pauta
do Plenário nesta quarta-feira
Com indefinições quanto ao posicionamento sobre
a Medida Provisória (MP) 1.031/2021, que trata da
desestatização da Eletrobras, os senadores irão
apreciar a polêmica matéria em sessão deliberativa
remota nesta quarta-feira (16), às 16h. Também estão
na pauta o Projeto de Lei (PL) 827/2021, que
suspende medidas de desocupação e remoção forçada
durante a pandemia, e o Projeto de Lei Complementar
(PLP) 73/2021, referente a apoio financeiro da União
aos estados e municípios para garantir ações
emergenciais voltadas ao setor cultural.
Após aprovação na Câmara, a MP 1.031/2021 foi
assunto de debates no Senado. O primeiro foi
realizado na Comissão de Direitos Humanos (CDH), no
dia 31 de maio. Em audiência pública, senadores e
especialistas sinalizaram temer, com a privatização
da Eletrobras, a perda da soberania no setor
elétrico, o aumento considerável da tarifa de luz e
a abertura de mais espaço para as térmicas, em
detrimento de fontes renováveis. A Eletrobras é
responsável por pelo menos 30% da energia do país e
gerou R$ 30 bilhões de lucros nos últimos três anos.
Fonte: Agência Senado
16/06/2021 -
Brasileiro está mais pobre, triste e estressado,
segundo estudo da FGV
A crise e econômica, agravada pela pandemia do novo
coronavírus, que deixou milhões de trabalhadores e
trabalhadoras desempregados e informais sem renda,
aliada a falta de políticas públicas efetivas e
propostas concretas para aquecer a economia e gerar
emprego, aumentou a desigualdade de renda, derrubou
o rendimento médio do trabalho e deixou os
brasileiros mais infelizes.
Estudo de Marcelo Neri, do Centro de Políticas
Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social),
publicado no jornal Valor Econômico, comprova que os
brasileiros estão mais tristes, estressados e com
mais raíva.
Uma medida geral de felicidade obtida a partir do
levantamento da Gallup World Poll mostra que, numa
escala de 0 a 10, a satisfação do brasileiro ficou
em 6,1 no ano passado, uma queda de 0,4 ponto
percentual ante 2019, atingindo o menor ponto da
série histórica.
A média de 40 países aponta que a percepção de
felicidade ficou estagnada de 2019 a 2020: de 6,02
para 6,04. A pesquisa inclui nações como Áustria,
China e Zimbábue.
Os mais infelizes, claro, são os mais pobres que
mais estão sofrendo as consequências do agravamento
da crise econômica e da falta de políticas efetivas
do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) para ajudar os
mais vulneráveis, gerar emprego e renda, vacinas
toda população para a economia voltar a crescer. E
para piorar, em setembro do ano passado, Bolsonaro
reduziu o valor do auxílio emergencial aprovado pelo
Congresso Nacional de R$ 600 para 300. Este ano,
depois de três meses sem pagar o benefício, reduziu
mais ainda e passou a pagar entre R$ 150 e R$ 375
reais e ainda para apenas metade as pessoas que
receberam em 2020.
Neste cenário, o estudo da FGV mostra que a queda
geral da satisfação foi puxada pelos 40% mais pobres
e o grupo intermediário, entre os 40% a 60% mais
pobres. Já nas duas camadas acima, a avaliação ficou
praticamente igual de um ano a outro.
“A nota média de felicidade dos 40% mais pobres fica
em outro patamar (5,5) em relação aos grupos de
renda mais alta, todos acima de 6, chegando a 6,9
nos 20% mais ricos. A diferença entre os extremos
era de 7,9% em 2019 e sobe para 25,5% na pandemia”,
disse Neri ao jornal, destacando que o dado é
consistente com a disparidade no mercado de
trabalho.
Brasileiros estão mais preocupados, com mais
raiva, estresse e tristeza
O agravamento da crise gerou ainda uma onda de emoções
negativas entre os brasileiros, relatava a
reportagem. Também de 2019 a 2020, aumentou de 56%
para 62% a fatia de brasileiros que disseram estar
preocupados, enquanto a média de 40 países aumentou
só 2,4 ponto, de 38,5% para 40,9%.
Os brasileiros disseram ter sentido mais raiva
(24%), estresse (47%) e tristeza (31%).
Desigualdade
Ainda segundo a reportagem, a renda média per capita
recuou pela primeira vez abaixo de R$ 1 mil mensais,
para R$ 995 no primeiro trimestre de 2021, ainda
segundo o estudo. O dado caiu 11,3% ante um ano
antes, quando estava em R$ 1.122, o maior nível da
série iniciada em 2012.
O estudo da FGV Social considera a renda
efetivamente recebida do trabalho dividida pelos
integrantes da família, e usa os microdados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Já a renda do trabalho na população em idade ativa,
considerando os desocupados, caiu 10,89% entre os
primeiros trimestres do ano passado e deste ano.
Entre a fatia dos 50% mais pobres, o recuo foi o
dobro, de 20,81%. Para a população em geral, a queda
na taxa de participação no mercado de trabalho
respondeu por mais de 80% do recuo na renda. Já
entre os mais pobres, o aumento da taxa de
desemprego teve peso maior.
Fonte: Mundo Sindical
16/06/2021 -
Sindicato responde por prejuízo causado por advogado
indicado aos associados
Configurada a relação jurídica entre sindicato e
advogado, a entidade responde de forma objetiva e
solidária pelos atos ilícitos praticados pelo
profissional indicado para prestar assistência
jurídica aos sindicalizados.
Com esse entendimento, a 3ª Turma do Superior
Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso
especial ajuizado pelo Sindicato dos Motoristas e
Servidores da Polícia Militar de São Paulo contra
acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo.
O caso trata de processo movido contra a Prefeitura
de São Paulo por meio da assistência jurídica
prestada pelo sindicato. Na sede da entidade, o
advogado a ela vinculado convenceu um sindicalizado
a revogar os poderes dos antigos patronos da causa e
assinar nova procuração em seu favor, para atuar na
demanda.
Este advogado levantou numerário que cabia ao autor
da demanda no processo e não fez repasse algum. Com
isso, o sindicalizado moveu processo contra o
patrono e também o sindicato, cuja resultado foi a
condenação solidária a pagar R$ 41,1 mil pela
retenção indevida e outros R$ 8 mil a título de
danos morais.
Ao STJ, o sindicato defendeu que não pode responder
pelo dano porque não presta atividade de escritório
de advocacia e não foi o responsável por levantar o
valor de forma indevida. Alegou que a indicação de
um mero profissional para tutelar as ações dos
associados não pode originar uma obrigação civil que
é inerente do advogado.
Relator, o ministro Marco Aurélio Bellizze apontou
que o próprio instrumento mandato outorgado
identifica o advogado como contratado do sindicato.
Logo, atuou na condição de comitente na prestação da
assistência judiciária ao sindicalizado.
Nos termos do artigo 932, inciso III do Código
Civil, são também responsáveis pela reparação civil
o empregador ou comitente, por seus empregados,
serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir.
Ainda que não seja exigência da lei, entendeu o
relator que, diante da existência de vínculo de
confiança existente entre o sindicato e o
sindicalizado, notadamente em relação ao
profissional indicado, caberia à entidade o dever de
fiscalizar e acompanhar os atos praticados pelo
advogado corréu.
"No caso concreto, o ora recorrente, em observância
ao princípio da boa-fé objetiva — que exige de
entidade sindical uma maior cautela na escolha dos
profissionais que atuam na defesa dos interesses de
seus associados —, atraiu para si a responsabilidade
pela contratação do advogado responsável pela
condução do processo", concluiu.
Clique
aqui para ler o acórdão
REsp 1.920.332
Fonte: Consultor Jurídico
15/06/2021 -
DEM oficializa expulsão de Rodrigo Maia, que deve ir
para o PSD
O ex-presidente da Câmara rompeu com o partido
após ser traído na eleição que sagrou Arthur Lira (PP)
como seu sucessor
A Executiva Nacional do Democratas decidiu nesta
segunda-feira (14) oficializar a expulsão do
deputado federal Rodriga Mais (DEM-RJ),
ex-presidente da Câmara dos Deputados, de seu quadro
de filiados após ataques do parlamentar ao
presidente do partido, ACM Neto.
Em nota, a legenda informa que a decisão foi
unânime. “Após garantir o amplo direito de defesa ao
parlamentar, os membros da Executiva apreciaram o
voto da relatora, deputada Prof. Dorinha. A comissão
nacional, à unanimidade de votos, deliberou pelo
cometimento de infração disciplinar, e consequente
expulsão do deputado”, afirmam.
Maia já havia entrado com ação no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) para deixar a sigla por “justa
causa”, devido à traição durante a eleição de Arthur
Lira (PP-AL), candidato de Jair Bolsonaro (Sem
partido), para o comando da casa. O parlamentar
havia formado um arco de alianças em torno de Baleia
Rossi (MDB-SP), que desmoronou com apoio do DEM.
O deputado deve, agora, migrar para o PSD de
Gilberto Kassab, que já recebeu o prefeito do Rio de
Janeiro, Eduardo Paes. Paes também integrava o DEM.
A mudança tratou de sinalizar uma abertura para uma
frente anti-bolsonarista no estado do Rio em 2022
que reúna o prefeito da capital e o deputado federal
Marcelo Freixo (PSB-RJ) em uma mesma chapa. Maia
também entraria nessa.
Enquanto Paes migrou do DEM para o PSD, Freixo foi
do PSOL para o PSB. Essa composição teria o apoio do
ex-presidente Lula (PT), que se reuniu com os dois
durante viagem à capital carioca na última semana.
Fonte: RevistaForum
15/06/2021 -
Mais de 500 cidades devem receber atos contra
Bolsonaro em 19 de junho
Organizadores dos protestos contra o presidente Jair
Bolsonaro, que estão marcados para este sábado
(19.jun.2021), disseram ao jornal Folha de S.Paulo
que mais de 500 cidades brasileiras devem ter atos.
João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST
(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e da
Frente Brasil Popular, afirmou que já há confirmação
de atos em mais de 150 cidades. “Há muitas reuniões
marcadas nesta semana para definir as atividades.
Nossa projeção é que teremos protestos em mais de
500 municípios”, afirmou.
Atos contrários ao presidente já foram realizados em
29 de maio. Na época, ocorreram manifestações em ao
menos 213 cidades do país e 14 do exterior, segundo
estimativa dos movimentos organizadores.
Os manifestantes cobraram a aceleração da vacinação,
a proteção dos povos indígenas, o combate ao
racismo, defenderam o auxílio emergencial e pediram
a valorização da saúde e educação no país.
Fonte: Poder360
15/06/2021 -
PEC 32/20: relator defende mudança ampla, mas sem
parlamentares
O relator da PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) 32/20, que trata da Reforma
Administrativa, cujos trabalhos na comissão especial
da Câmara se iniciam nesta semana, deputado Arthur
Maia (DEM-BA) afirmou, nesta segunda-feira (14), que
defende a inclusão de funcionários públicos do
Judiciário na reforma.
No entanto, ele se mostrou reticente com a ideia de
incluir parlamentares — deputados e senadores — na
reforma proposta pelo governo.
“Sou favorável à inclusão do Judiciário. Entendo,
também, que o governo Federal pense da mesma forma.
No entanto, não será possível colocar os
parlamentares na proposta”, disse.
“A reforma quer acabar com a estabilidade; deputados
e senadores não tem um emprego garantido. Dependem
das eleições. Não há como acabar com uma
estabilidade que não existe”, acrescentou o relator.
O relator da PEC 32 afirmou que pretende concluir os
trabalhos na comissão especial em cerca de 60 dias.
A comissão especial foi instalada na última
quarta-feira (9).
O colegiado volta a se reunir, nesta quarta-feira
(16), às 14h30, para a apresentação do plano de
trabalho, deliberação de requerimentos e eleição dos
vice-presidentes.
Fonte: Diap
15/06/2021 -
Movimento Basta avança no combate à PEC 32
Dia 23 haverá grande mobilização contra a Proposta
de Emenda Constitucional 32 – PEC 32, da Reforma
Administrativa. Ato é convocado pelo Movimento
Basta, que reúne centenas de entidades de Servidores
de todas as esferas e Poderes.
O Movimento, nascido em 2017 a fim de intervir no
debate político e parlamentar, denuncia os
malefícios da PEC 32 encaminhada pelo governo ao
Congresso, em março de 2020. A causa une setores
público e privado, além de agregar entidades da
segurança pública civil e militar (municipal,
estadual e federal).
Manifesto à Nação alerta para a gravidade da
proposta que fragiliza o Estado e também a proteção
social.
Clique aqui e leia.
A PEC flexibiliza e terceiriza serviços essenciais,
bem como concentra no Executivo prerrogativas
inúmeras por Decreto Autônomo, pra mudar a estrutura
da Administração Pública de acordo com sua vontade,
alerta o documento.
Antonio Carlos Fernandes de Lima Junior, presidente
da Confederação Conacate, é o coordenador nacional.
Ele denuncia que a PEC 32 visa atender a interesses
de políticos e do mercado. “A proposta acaba com o
Estado Brasileiro, que é garantidor do
funcionamento, equilíbrio e preservação das redes de
proteção social essenciais. É preciso que a
população saiba disso”, alerta.
Dia 9, sindicalistas e parlamentares fizeram ato em
frente ao Congresso. Eles entregaram abaixo-assinado
ao presidente da Câmara, Arthur Lira, com mais de
112 mil, contra a PEC 32. O documento foi organizado
pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço
Público.
Dia 23 – Carreatas, tuitaços, ações
presenciais em várias regiões, incluindo Brasília.
Transmissão pelas redes sociais do Basta e outros
integrantes. Agência Sindical transmitirá.
Mais – Acesse o site do Basta e da Conacate
Fonte: Agência Sindical
15/06/2021 -
E-mails provam que governo Bolsonaro teve pressa
para comprar cloroquina e empurrou com a barriga
aquisição de vacinas
Único empenho do governo durante a pandemia foi
para comprar remédios ineficazes contra a covid-19,
que serviram apenas ao charlatanismo presidencial
O governo de Jair Bolsonaro nunca teve interesse em
adquirir vacinas e se empenhou fortemente apenas
para adquirir insumos para cloroquina, remédio
ineficaz contra a covid-19, que serviu apenas ao
charlatanismo presidencial. É o que aponta
reportagem de Julia Affonso e Vinícius Valfré, no
jornal Estado de S. Paulo.
"Troca de e-mails entre a diplomacia brasileira e a
chancelaria indiana e representantes de
farmacêuticas do país asiático mostra a agilidade
com que o governo de Jair Bolsonaro buscou adquirir
hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19,
medicamento sem eficácia comprovada contra a doença.
Algumas mensagens foram respondidas pelo governo
brasileiro em 15 minutos, à noite e até em fins de
semana. O esforço pelo medicamento se contrapõe à
postura do Executivo em relação às vacinas. No caso
da Pfizer, o governo demorou pouco mais de dois
meses para responder aos contatos da empresa",
informam os repórteres.
"A série de 54 e-mails expõe a postura proativa do
governo brasileiro para liberar cargas de
matéria-prima da hidroxicloroquina a empresas que
fabricam o medicamento no País. As mensagens foram
enviadas pelo ministro-conselheiro da Embaixada do
Brasil na Índia, Elias Antônio de Luna e Almeida
Santos, segundo na hierarquia do posto diplomático",
apontam. Os documentos sigilosos, em poder da CPI da
Covid, foram obtidos pela agência de dados Fiquem
Sabendo, especialista em Lei de Acesso à Informação.
Fonte: Brasil247
15/06/2021 -
Lira deve definir relatores da reforma tributária
até o fim desta semana
Câmara vai analisar a parte infraconstitucional
da reforma, que cria a CBS, com alíquota de 12%, em
substituição ao PIS e à Cofins
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (14) que os
relatores da reforma tributária serão definidos até
o final desta semana. O acordo firmado com o Senado
é que naquela Casa tramitem as duas PECs (45/19 e
110/19) e na Câmara a parte infraconstitucional da
reforma.
Os deputados devem começar a analisar e discutir o
Projeto de Lei 3887/20. A tramitação do PL é mais
rápida, já que pode ser aprovado por maioria
simples. O texto institui a CBS, com alíquota de
12%, em substituição ao Programa de Integração
Social (PIS) e à Contribuição para Financiamento da
Seguridade Social (Cofins).
Além da CBS, há outros temas da reforma que poderão
ser discutidos sem o quórum qualificado de PEC (3/5
dos parlamentares), como os debates sobre o Imposto
de Renda, a cobrança de lucros e dividendos e as
questões que envolvem o passaporte tributário e o
imposto digital.
“Ainda no âmbito da reforma tributária, tenho
reuniões nesta semana com os líderes e com
integrantes da equipe econômica sobre as questões
relativas ao Imposto de Renda”, informou o
presidente por meio de suas redes sociais.
Lira disse ainda que espera que os relatores das
PECs no Senado sejam definidos também nesta semana
para que as duas Casas comecem a discutir o tema
simultaneamente.
Fonte: Agência Câmara
15/06/2021 -
MP-SP abre inquérito contra organizadores de
“motociata”
Ato foi realizado no sábado; procurador cogita
entrar com ação civil pública contra responsáveis
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) abriu
nesta 2ª feira (14.jun.2021) inquérito para apurar
se os organizadores da “motociata” realizada em São
Paulo no sábado (12.jun) devem ser responsabilizados
pelo descumprimento de regras sanitárias de
enfrentamento ao coronavírus. Batizado de “Acelera
para Jesus”, o evento foi feito em apoio ao governo
do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o procurador Arthur Pinto Filho,
responsável pela portaria que instaura o inquérito,
o grupo de motoqueiros descumpriu o decreto estadual
que obriga o uso de máscaras em locais públicos. Ele
também informou que a investigação pode levar ao
ajuizamento de uma ação civil pública contra os
responsáveis pelo evento.
“Evidente que não se está a buscar obstar de nenhuma
maneira o direito de reunião e manifestação, que não
estão suspensos por conta da pandemia. Deseja-se,
somente, que tais direitos sejam exercidos dentro
dos limites gizados pelas normas jurídicas em vigor
e pela situação pandêmica de nosso Estado”, afirma o
procurador.
O objetivo da apuração é identificar as lideranças
que descumpriram as normas sanitárias, dar a
oportunidade para que se manifestem e, ao final,
responsabilizar os organizadores por dano moral e
social coletivo.
“O uso de máscara é o mínimo civilizatório em tempos
pandêmicos. Não há nenhum infectologista com um
mínimo de credibilidade que oriente a população em
sentido contrário. Aqueles que são useiros e
vezeiros em contrariarem este mínimo civilizatório
são justamente o dirigente máximo do País e seus
seguidores nos atos no Brasil em que Sua Excelência
participa”, prossegue a portaria.
O procurador encaminhou uma cópia do documento ao
MPF (Ministério Público Federal) para que a
instituição decida se a conduta de Bolsonaro também
deve ser investigada.
Multa
O governo de São Paulo, chefiado por João Doria
(PSDB), chegou a multar Bolsonaro por não usar
máscara e provocar aglomeração no ato político.
De acordo com a nota da assessoria do governo
paulista, o presidente e o deputado federal Eduardo
Bolsonaro, seu filho, foram flagrados por equipes da
Saúde e Segurança Pública sem máscara. O Ministro da
Infraestrutura, Tarcísio Gomes, também foi autuado.
O governo do Estado disse que os 3 desrespeitaram as
medidas preventivas já conhecidas contra a covid-19.
O uso de máscaras é obrigatório no Estado de São
Paulo desde maio de 2020.
Fonte: Poder360
15/06/2021 -
Copom se reúne sob expectativa de aumento da Selic
para 4,25%
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco
Central, reúne-se nesta terça (15) e quarta-feira
(16) para discutir a taxa básica de juros. Devido à
sinalização feita na última reunião, em maio, e ao
aumento da inflação, a expectativa do mercado é por
uma terceira alta consecutiva da Selic, com um
reajuste de 0,75 ponto porcentual, elevando o índice
para 4,25%.
Vale lembrar que, na reunião de março, o Copom
promoveu a primeira alta da taxa de juros em seis
anos, depois de ela se manter sete meses em 2%, a
mais baixa já registrada.
Fonte: Congresso em Foco
14/06/2021 -
‘Lula é o principal nome para liderar a luta
democrática’, afirma Rodrigo Maia
O deputado federal e ex-presidente da Câmara dos
Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ), em entrevista à TV
247, reconheceu que o ex-presidente Lula é o
principal nome para liderar a corrida eleitoral em
2022 de uma chapa de defesa da democracia
brasileira. Ele ainda deixou claro que votará em
Lula em um eventual segundo turno contra Jair
Bolsonaro e falou da importância de deixar o “canal
aberto” com o ex-presidente para formar alianças no
próximo ano.
“Hoje nós temos duas grandes forças políticas,
gostemos ou não, que é o presidente Bolsonaro e o
presidente Lula. O presidente Lula tem um histórico
de defesa da democracia, uma agenda, principalmente
do primeiro governo, de defesa contundente da
redução da pobreza, fez um bom governo no primeiro
governo, do meu ponto de vista, e, claro, com tudo
que ele passou, com a idade, tem trabalhado nessa
linha de tentar agregar apoios, agregar diálogos.
Acho fundamental o que ele fez em Brasília. Vir aqui
dialogar com todos, discutir política, perguntar
opinião, dar a opinião dele”, disse o deputado que,
na sequência, falou sobre uma possível aliança com o
petista.
“Acho que isso é muito importante para o futuro do
país. Independente em que campo, em que projeto eu
estarei e outros estarão em 2022, é muito importante
a gente deixar esse canal aberto para que nós
possamos, em um processo desse de questionamento das
instituições democráticas, da legitimidade do
processo eleitoral, estar conversando, dialogando e
construindo alianças que podem ocorrer no primeiro
turno ou no segundo. Acho que o importante é que o
diálogo garanta que aqueles que defendem como
princípio a democracia deixem uma sinalização clara
de que no segundo turno todos estarão com certeza
juntos”, falou.
Maia concluiu reconhecendo a força de Lula como
líder da luta democrática. “O presidente Lula hoje é
quem tem a maior liderança para conversar, para
liderar uma resistência democrática e as condições
para conversar com o centro”.
Fonte: Brasil247
14/06/2021 -
Bolsonaro chega a 60% de desaprovação e perderia de
Lula e Ciro
Pesquisa XP/Ipespe ainda revelou que 62% aprovam
a CPI da Covid e 64% desaprovam realização da Copa
América no Brasil.
O governo do presidente Jair Bolsonaro atingiu sua
pior avaliação segundo pesquisa XP/Ipespe divulgada
nesta sexta-feira (11). De acordo com o
levantamento, 50% consideram o governo ruim e
péssimo, enquanto 26% avaliam a gestão de Bolsonaro
como boa ou ótima.
O percentual dos que consideram o governo ruim ou
péssimo subiu um ponto em relação a maio, quando
estava em 49%. Já a proporção dos que consideram o
governo bom ou ótimo recuou três pontos percentuais
na comparação com o mês passado, quando era de 29%.
Ainda de acordo com a pesquisa, o percentual dos que
consideram o governo regular está em 22%, dois
pontos acima dos 22% registrados na pesquisa XP/Ipespe
de maio.
O levantamento apontou ainda que 60% desaprovam o
governo Bolsonaro, contra 34% que aprovam. A
expectativa para o resto do mandato do presidente da
República é ruim ou péssima para 47% dos
participantes da pesquisa, boa ou ótima para 29% e
regular para 19%.
Pandemia
Quando questionados sobre a atuação de Jair Bolsonaro
para enfrentar a pandemia, 58% responderam que é
ruim ou péssima, mesmo percentual de março e maio.
Apenas 22% consideram a ação do presidente no
combate à Covid-19 ótima ou boa.
Além disso, 62% aprovam a CPI da Covid, contra 25%
que reprovam 13% que não sabem ou não responderam. A
pesquisa mostra que um alto índice de pessoas tomou
conhecimento da CPI: 76% sabem que ela está
ocorrendo.
Para 46%, o principal objetivo da CPI é investigar
as falhas e omissões do governo federal durante a
pandemia, enquanto 28% disseram que é investigar
irregularidades e desvios do governo estadual e
municipal.
Copa América
A pesquisa XP/Ipespe também indica que a maioria dos
brasileiros desaprova a realização da Copa América
no Brasil em um momento de descontrole da pandemia.
Bolsonaro apoia ostensivamente a realização do
campeonato em território brasileiro.
Segundo o levantamento, 64% desaprovam que o país
seja sede da Copa América, contra 29% que aprovam.
Entre os que fazem uma avaliação negativa do governo
Bolsonaro, a desaprovação ao campeonato chega a 83%.
Entre os que avaliam o presidente positivamente o
cenário se inverte e a aprovação à Copa América
chega a 58%.
Eleições
A pesquisa também analisou cenários eleitorais, que
mostram uma situação difícil para Bolsonaro. Na
estimulada para o 1º turno, o ex-presidente Luís
Inácio Lula da Silva, do PT, tem 32% das intenções
de voto contra 28% de Bolsonaro.
No segundo turno, Jair Bolsonaro perderia de Lula
por 45% a 36% e de Ciro Gomes, do PDT, por 41% a
37%.
O atual presidente empataria com Sergio Moro, cada
um com 32% das intenções de voto, e venceria Luciano
Huck (37%x34%), Guilherme Boulos (40%x30%) e João
Doria (39%x33%).
Fonte: Portal Vermelho
14/06/2021 -
STF: “revisão da vida toda” está empatada; Alexandre
de Moraes vai decidir
A votação da “revisão da vida toda” pelo STF
(Supremo Tribunal Federal) está empatada. O voto do
ministro Ricardo Lewandowski empatou o placar, que
até então estava contrário à correção das
aposentadorias. O último voto vai ser do ministro
Alexandre de Moraes, que vai fazer o desempate.
A deliberação começou na última sexta-feira (4) e
vai se encerrar na próxima semana. O presidente do
STF, ministro Luiz Fux, determinou que a sessão se
encerrasse após o voto de Lewandowski, pois que
faltaria tempo devido à quantidade de sustentações
orais pendentes.
Alexandre de Moraes pediu vista do processo de modo
a refletir sobre os argumentos contrários e
favoráveis e foi atendido. A sessão retorna na
próxima quinta-feira (17).
Entenda o caso
A “revisão da vida toda” em julgamento no STF pode
levar ao aumento dos benefícios previdenciários —
aposentadorias e pensões — de segurados do INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social).
A ação inclui os salários de contribuição anteriores
a julho de 1994 no cálculo dos benefícios. É válida
para trabalhadores que se aposentaram após 1999 e
não puderam computar no benefício os salários de
contribuição anteriores a 1994.
Isso porque o INSS realizou cálculo com valores
recolhidos após o início do Plano Real. Em alguns
casos, os beneficiários que tiverem a revisão
acatada pela Justiça podem receber até R$ 200 mil em
indenizações sobre os valores pendentes do INSS.
Voto dos ministros
O ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo,
votou a favor da revisão alegando que os aposentados
que se enquadram nos requisitos para a revisão têm
direito a escolher o benefício mais vantajoso. Com
ele, votaram Carmen Lúcia, Rosa Weber, Edson Fachin
e Ricardo Lewandowski.
Os ministros que consideram o reajuste
inconstitucional são Nunes Marques, Gilmar Mendes,
Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Luiz Fux.
PGR concorda com a tese de revisão
O processo já tinha o parecer favorável da PGR
(Procuradoria Geral da República), que seguira
entendimento dado pelo STJ (Superior Tribunal de
Justiça) no ano passado.
Atualmente, o INSS utiliza somente as remunerações
em reais e, com a mudança, a correção contaria com o
recálculo da média salarial, pegando todos os
salários do trabalhador mesmo antes da implantação
do Plano Real, em julho de 1994.
Fonte: Diap
14/06/2021 -
Número de óbitos por covid-19 no Brasil se aproxima
de 490 mil pessoas
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 78.700
novas infecções e 2.037 óbitos pela covid-19,
totalizando 486.272 mortes
Conforme dados divulgados neste sábado (12), no
boletim do Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(Conass), o Brasil registrou nas últimas 24 horas
mais de 2.037 óbitos pela covid-19. Neste mesmo
período foram registrados 78.700 novos diagnósticos.
Com os novos dados, o Brasil atingiu a maior média
de mortes por covid-19 nos últimos 20 dias. Ao todo,
são 486.272 óbitos e 17.374.818 casos durante todo o
período pandêmico.
Vacinação
Dados do Consórcio de veículos de imprensa, divulgados
nesta sexta-feira (11), apontam que aproximadamente
23,6 milhões de pessoas tomaram as duas doses de
vacinas contra a covid-19, representando 11,6% da
população do Brasil. A primeira dose foi aplicada em
53.842.583 pessoas, o que equivale a 25,43% da
população.
Discurso de Bolsonaro
Em frente ao Parque do Ibirapuera, ao final da
motociata realizada neste sábado (12), Jair
Bolsonaro manteve seu discurso em defesa da
utilização de hidroxicloroquina, críticas ao
isolamento social, além de sugerir a implementação
de um decreto contra o uso de máscaras preventivas
ao vírus da covid-19, como publicou o site Carta
Capital.
Alvo da CPI da Pandemia no Senado, o presidente
alegou que estava para "salvar vidas", sugerindo a
utilização de remédios sem comprovação científica,
como hidroxicloroquina e ivermectina.
De acordo com o site Carta Capital, Bolsonaro também
voltou a repetir a mentira da "supernotificação" de
casos da covid-19 no Brasil. Ou seja, a utilização
indevida de um documento manipulado por um servidor
público e inserido no sistema do Tribunal de Contas
da União (TCU).
Pfizer entre 12 e 15 anos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
anunciou a aprovação do uso da vacina Pfizer contra
a covid-19 em adolescentes de 12 a 15 anos. O uso do
imunizante já é autorizado para aplicação em pessoas
a partir dos 16 anos de idade.
Apesar da permissão para a nova faixa etária, ainda
não há perspectiva para o início da aplicação das
doses produzidas pela empresa estadunidense entre
pessoas de 12 a 15 anos pelo país. O Ministério da
Saúde ainda não garantiu as vacinas da Pfizer
previstas para o país. No exterior, estudos e testes
com o imunizante estão sendo feitos em bebês e
crianças com 11 anos ou menos.
Fonte: Brasil de Fato
14/06/2021 -
Prova de vida pode ser feita sem sair de casa
Medida beneficia 36 milhões de aposentados e
pensionistas
Beneficiários do Instituto Nacional de Seguro Social
(INSS) podem realizar a prova de vida por meio dos
aplicativos Meu gov.br e Meu INSS, pelo site, em
caixas eletrônicos ou até por procuração.
A medida tem o objetivo de evitar aglomerações
durante a pandemia. A necessidade de fazer a prova
de vida foi retomada neste mês, após interrupção em
março do ano passado. Durante o período, os
beneficiários não deixaram de receber seus
pagamentos.
O novo sistema viabiliza a prova de vida online
através de tecnologia de biometria facial,
desenvolvida pelo Serpro e pela Dataprev. O
procedimento vai facilitar a vida de cerca 36
milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários
de programas assistenciais. Para utilizar a
funcionalidade, é necessário que o usuário tenha
feito a coleta de biometria para o título de
eleitor, além de possuir uma conta no gov.br, o
portal de serviços de governo.
Os aplicativos Meu Gov.br e Meu INSS estão
disponíveis na Google Play e App Store, ou, ainda,
nos ambientes web.
Fonte: Agência Brasil
14/06/2021 -
Indicador antecedente de emprego da FGV sobe 4,7
pontos em maio
Essa é a segunda alta consecutiva do índice
O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido
pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou
crescimento de 4,7 pontos na passagem de abril para
maio deste ano. Essa é a segunda alta consecutiva do
indicador, que havia subido 1,6 ponto de março para
abril.
Com o resultado de maio, o Iaemp chegou a 83,4
pontos. O indicador busca antecipar tendências do
mercado de trabalho com base em entrevistas com
consumidores e com empresários da indústria e dos
serviços. A principal contribuição para a alta deste
mês veio do componente da Situação Atual dos
Serviços.
“A melhora nas expectativas para o mercado de
trabalho tem sido influenciada pela flexibilização
das medidas restritivas e do avanço do programa de
vacinação. O cenário para os próximos meses parece
ser de continuidade dessa retomada, mas ainda de
maneira gradual e com alguns riscos, em especial, o
de novas ondas da pandemia”, diz o economista da FGV
Rodolpho Tobler.
Fonte: Agência Brasil
11/06/2021 -
Movimentos preparam novo ato por vacina e contra
Bolsonaro: ‘O Brasil se levantou’
Atos estão marcados para o próximo dia 19. Para
organizador, ações de 29 de maio foram mais
representativas que todos os “manifestos de repúdio”
assinados ao longo de 2020
Depois do chamado 29M, com atos que alcançaram
números consideráveis de participação popular, em 29
de maio, contra o governo de Jair Bolsonaro, dezenas
de movimentos sociais organizam nova manifestação
presencial, marcada para o próximo dia 19, sábado. A
ideia é repetir o formato, com atividades por todo o
país – a de São Paulo voltará a ser diante do Masp,
a partir das 16h –, mas ampliando o leque de apoios.
Tanto de entidades, como as centrais sindicais, como
entre forças partidárias.
Os atos de 29 de maio foram vistos com cautela mesmo
entre apoiadores do “fora Bolsonaro”, devido aos
riscos causados por aglomerações na pandemia.
Responsáveis pelo já nomeado 19J entendem as
ressalvas. No entanto, argumentam que a crise
(sanitária, econômica, política) chegou a um limite.
E que o presidente não pode permanecer no cargo até
2022. Assim, as ruas são um elemento decisivo para
alterar a correlação de forças no Congresso e
aumentar a pressão pelo impeachment, que não é posto
em pauta apesar das dezenas de pedidos já
apresentados.
Mais que “notas de repúdio”
Coordenador da Central de Movimentos Populares e da
Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim enfatiza a
importância do “fator rua” para sensibilizar
parlamentares e a própria sociedade. Segundo ele, o
peso é muito maior do que a infinidade de “notas de
repúdio” divulgadas repetidamente contra Bolsonaro.
“A manifestação do dia 29 teve mais repercussão do
que todos os manifestos de 2020”, afirma. “Não foi
só a rua, a repercussão nas redes sociais foi
fantástica. O Brasil se levantou.”
Ele mesmo diz ter se admirado com a amplitude dos
atos do mês passado, que atingiram todas as regiões
e tiveram concentração significativa nas cidades
maiores. “Confesso que fiquei surpreendido. Em São
Paulo, estava esperando 30 mil pessoas, e foi
superado de longe”, diz Raimundo, observando que
mesmo setores do campo democrático “não botavam fé”
no protesto. “Foi o maior ato contra o governo
Bolsonaro, não só na pandemia.” Segundo ele, muitas
pessoas que mantinham isolamento “abriram exceção”
para participar das atividades e, dessa forma,
mostrar sua insatisfação.
Protocolos sanitários
O ativista admite que nos atos com maior quantidade de
pessoas é mais difícil controlar a questão do
distanciamento, mas mesmo assim a preocupação em
seguir cuidados e protocolos foi constante. E isso
irá se repetir no dia 19. Segundo ele, os cuidados
serão “redobrados”, com equipes de saúde e
recomendações insistentes para que as pessoas tentem
manter distância de pelo menos 1,5 metro umas das
outras e levem máscaras e álcool em gel – inclusive
para oferecer a outros manifestantes, se necessário.
Plenária nacional marcada para esta quinta-feira
(10) vai discutir detalhes da organização,
preparada, principalmente, pelas frentes Brasil
Popular e Povo sem Medo. Ontem, centrais sindicais
anunciaram manifestações na véspera e apoio ao ato
do dia 19.
O que acontece, avalia Raimundo, é que a situação
chegou a um limite. “A grande maioria dos
trabalhadores nunca teve o direito de ficar isolado.
Pega trem, metrô, ônibus, se aglomerando para
sobreviver. O índice de desemprego aumenta. A CPI
(da Covid, no Senado) avança para de fato colher
provas materiais do que foi a política criminosa de
sabotagem na compra de vacinas. É um governo
criminoso, que precisa ser afastado.”
Ameaça à democracia e a direitos
Ele aponta queda da popularidade do presidente, mas
acrescenta que isso acontece devido ao “sofrimento”
das pessoas. “O Brasil virou chacota internacional.
(Há uma) ameaça forte à democracia e de destruição
do próprio Estado, que deveria assegurar o bem-estar
da população”, diz ainda o ativista, citando como
exemplos a política de privatizações em curso e as
tentativas de fragilizar o licenciamento ambiental.
Por isso, argumenta, o “elemento rua” é decisivo. “O
que teremos de Estado em 2022?”
Raimundo critica ainda a decisão do governo de
sediar a Copa América em meio à pandemia. “Enquanto
os cemitérios estão abarrotados e pessoas em filas
de hospitais. Uma irresponsabilidade que só se
justifica pelo interesse econômico da Conmebol, da
CBF. É o lucro acima da vida.”
Fonte: Rede Brasil Atual
11/06/2021 -
CPI aprova quebra de sigilos de integrantes do
“gabinete paralelo”
A CPI da Covid aprovou requerimentos de quebra de
sigilos de aliados do presidente Jair Bolsonaro
acusados de integrar o “gabinete paralelo”, uma
espécie de grupo conselheiro do Planalto na gestão
da pandemia de covid-19.
A quebra dos sigilos é considerada pelos senadores
um passo importante para lançar luz sobre as
investigação da CPI. Os parlamentares têm buscado
provas sobre a atuação desse gabinete e possíveis
interfências em decisões do Ministério da Saúde,
além da recusa de doses de imunizantes contra o
coronavírus pelo governo e propagando o uso de
remédios sem eficácia comprovada para o tratamento
da doença, como a ivermectina e a cloroquina.
Entre os nomes que deverão ter o sigilo quebrado
estão o do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello,
do ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto
Araújo, o do assessor internacional da Presidência
da República, Filipe Martins, o da médica do
ministério da Saúde conhecida como “Doutora
Cloroquina”, Mayra Pinheiro, e o do empresário
Carlos Wizard.
O médico Paolo Zanotto também teve o sigilo quebrado
pelos senadores. O sigilo da médica Nise Yamaguchi
estava na pauta dos senadores, mas o requerimento
não foi votado.
Os senadores aprovaram ainda a quebra dos sigilos do
tenente-médico da Marinha Luciano Dias Azevedo. Ele
é acusado de ser o autor da minuta do decreto que
alterava a bula da cloroquina através da Anvisa em
reunião no Palácio do Planalto.
Fonte: Congresso em Foco
11/06/2021 -
Lei que garante direito de sindicalização a
empregados de sindicatos é constitucional
A Constituição Federal assegura o direito de
associação sindical a todos os trabalhadores, com
exceção apenas dos militares. Por isso, o Supremo
Tribunal Federal declarou, por unanimidade, a
constitucionalidade de alteração na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) que garantiu o direito de
sindicalização aos empregados de entidades
sindicais.
Na sessão virtual encerrada na segunda-feira (7/6),
o Plenário julgou improcedente uma ação direta de
inconstitucionalidade (ADI) proposta pela
Confederação Nacional do Comércio (CNC).
A CNC propôs a ação contra a alteração introduzida
pela Lei 11.295/2006 na redação do artigo 526 da
CLT, que vedava a associação em sindicato de
trabalhadores desse segmento. Para a entidade, eles
não configuram uma categoria profissional, e os
organismos para os quais trabalham não se qualificam
como categoria econômica. Assim, haveria
incompatibilidade com o modelo constitucional de
representação sindical.
Novo paradigma constitucional
Em voto condutor do julgamento, a relatora, ministra
Rosa Weber, lembrou que a Constituição Federal de
1988 (artigo 8º, caput) assegurou o direito de
associação sindical a todos os trabalhadores, com
exceção apenas dos militares.
Diante do novo paradigma constitucional, a União
editou a Lei 11.295/2006, reconhecendo expressamente
o direito de sindicalização dos empregados de
organismos sindicais.
A ministra enfatizou, ainda, que a jurisprudência do
Tribunal é no sentido da consagração do chamado
livre impulso associativo pela nova ordem
constitucional.
Dessa forma, todas as disposições legislativas que
restringem a liberdade de associação sindical, salvo
as que garantem a unicidade na mesma base
territorial, não foram recepcionadas pela
Constituição da República. Com informações da
assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal.
Clique
aqui para ler o voto de Rosa
ADI 3.890
Fonte: Consultor Jurídico
11/06/2021 -
Anúncio de Bolsonaro sobre medida contra máscaras
surpreende equipe de Queiroga
Assessores do ministro afirmaram a colunista do
Metrópoles que não estavam esperando
A equipe do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi
pega de surpresa com o anúncio feito pelo presidente
Jair Bolsonaro de que ele e o ministro pretendem
desobrigar o uso de máscara de proteção a pessoas
que já foram vacinadas contra a Covid-19 ou que já
tenham sido infectadas pela doença do coronavírus.
Assessores de Queiroga afirmaram ao colunista Igor
Gadelha, do Metrópoles, que nunca haviam ouvido
falar na possibilidade. Isso contraria, de certa
forma, o que disse Bolsonaro.
“Acabei de conversar com Queiroga e ele vai ultimar
um parecer visando a desobrigar o uso de máscara por
parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram
contaminados para tirar esse símbolo que obviamente
tem a sua utilidade para quem está infectado”, disse
Bolsonaro em discurso.
A medida contraria todos os protocolos utilizados ao
redor do mundo para conter o avanço do coronavírus,
já que a maioria da população deve estar vacinada –
o que não é o caso do Brasil – para que se atinja um
grau seguro de imunidade. Além disso, o presidente
mente ao afirmar que máscara “tem sua utilidade para
quem está infectado”, já que ela protege quem não
tem a doença de se infectar. Além disso, já é
comprovado que é possível uma pessoa ser infectada
pela Covid-19 mais de uma vez.
Fonte: RevistaForum
11/06/2021 -
Começam a valer prazos mais rápidos para concessão
de benefícios do INSS
A partir desta quinta-feira (10/6) passam a valer os
novos prazos para concessão de benefícios do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As datas
foram estipuladas após acordo entre a autarquia e
outros órgãos do governo federal, como o Ministério
Público Federal e a Defensoria Pública da União.
Os benefícios assistenciais ao idoso e à pessoa com
deficiência agora têm prazo de 90 dias, assim como
as aposentadorias que não sejam por invalidez. As
aposentadorias por invalidez, tanto na modalidade
comum quanto na acidentária, ganham o prazo de 45
dias. O prazo para a pensão por morte e o auxílio
reclusão é de 60 dias, enquanto o do salário
maternidade é de 30.
Caso os prazos não sejam cumpridos, haverá o
pagamento de juros de mora ao segurado. O pedido
será encaminhado à Central Unificada para o
Cumprimento Emergencial, com prazo de dez dias para
conclusão da análise.
Segundo Leonardo Rolim, presidente do INSS, o acordo
busca reduzir o tempo de espera do segurado, o que a
instituição vem tentando garantir desde o último
ano: "Contratamos servidores temporários; ampliamos
as equipes de análise em 22%; ampliamos o número de
benefícios concedidos de forma automatizada;
realizamos mutirões para os benefícios mais
solicitados, como auxílio-maternidade e pensão por
morte, entre outras ações", destaca. Com
informações da Agência Brasil.
Fonte: Consultor Jurídico
11/06/2021 -
Projeto prevê participação no lucro proporcional ao
tempo trabalhado
O Projeto de Lei 1269/21 determina que o pagamento
da participação nos lucros ou resultados será feito
em valor proporcional ao tempo trabalhado na
hipótese de rescisão do contrato durante o período
usado para cálculo.
A proposta em tramitação na Câmara dos Deputados
insere o dispositivo na Lei de Participação nos
Lucros das Empresas. Segundo a norma, essa
participação não substitui ou complementa a
remuneração e não pode ser paga mais de duas vezes
no ano ou em periodicidade inferior a um trimestre.
“Embora a lei atualmente não mencione o pagamento
proporcional no caso de rescisão do contrato de
trabalho, parece óbvio que esse direito não pode ser
subtraído do trabalhador”, disse o autor do projeto,
o deputado licenciado Carlos Bezerra (MT).
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
10/06/2021 -
Centrais Sindicais convocam mobilização para 18 de
junho e apoiam Fora Bolsonaro no dia 19
Mobilizar os trabalhadores nos locais de
trabalho e construir maioria sustentável contra
Bolsonaro e sua política de morte
Neste contexto de crise econômica, sanitária,
política e social sem precedentes na história do
Brasil, torna-se fundamental mobilizar os
trabalhadores e as trabalhadoras, a partir de seus
locais de trabalho, na luta:
- Em defesa do auxílio emergencial de R$ 600,00
- Contra a fome
- Contra a carestia
- Por vacina já para todos
- Pela extensão do Programa Emergencial de Manutenção
do Emprego e Renda
- Contra a reforma administrativa (PEC 32/2020)
- Em defesa da Agenda Legislativa das Centrais, que
está no Congresso Nacional
- Pelo Fora Bolsonaro
Para pressionar por essa pauta, as Centrais
Sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB,
CSP-Conlutas, Inersindical, CGTB, Pública –
decidiram realizar, no próximo dia 18 de junho, em
âmbito nacional, mobilizações nos locais de trabalho
e terminais de transporte público. Serão feitas
assembleias, atos, panfletagens e paralisações
pontuais, sob total respeito a todos os protocolos
sanitários para evitar propagação do Coronavírus.
As mobilizações de 18 de junho também servirão à
orientação sobre a importância de trabalhadores e
trabalhadoras cumprirem esses protocolos sanitários
no dia seguinte, 19 de junho, durante protesto
nacional contra o presidente Bolsonaro.
As Centrais Sindicais apoiam o protesto de 19 de
junho.
A pandemia de Coronavírus, que já tirou a vida de
quase meio milhão de brasileiros e brasileiras ante
a incompetência do governo federal, segue um risco à
população, que deve evitar aglomeração durante
protestos e manifestações.
Porém, é preciso dar capilaridade às mobilizações
envolvendo todos os trabalhadores e trabalhadoras na
luta dos sindicatos e das demais organizações
populares para avançarmos na construção de um país
democrático e no combate à prática de destruição das
nossas instituições e dos nossos direitos adotada
pelo governo federal.
Faz parte do combate ao desgoverno Bolsonaro
repudiar o obscurantismo, o negacionismo e as fake
news e disseminar entre os trabalhadores e
trabalhadoras a conscientização da gravidade da
pandemia, bem como informações para que todos possam
proteger a vida, não só a própria, como a de todos.
Fonte: Rádio Peão Brasil
10/06/2021 -
“Revisão da vida toda”: Toffoli, Barroso e Gilmar
acompanham divergência aberta por Nunes Marques
Os ministros do STF (Superior Tribunal
Federal), Dias Toffoli, Roberto Barroso e Gilmar
Mendes acompanharam, sem oferecimento de voto
escrito, a divergência aberta pelo ministro Nunes
Marques, contrária à revisão para os aposentados,
portanto a favor do recurso do INSS (Instituto
Nacional de Seguridade Social).
Acompanharam o voto favorável do relator, ministro
Marco Aurélio Mello, os ministros Edson Fachin e
Cármen Lúcia.
O julgamento segue até sexta-feira (11) e ainda
faltam votar 4 ministros: Ricardo Lewandowski, Luiz
Fux, Rosa Weber e Alexandre de Moraes.
Desse modo, o placar do julgamento está agora com 3
votos favoráveis aos aposentados e 4 votos
contrários.
Entenda o que está em julgamento
O caso discute a possibilidade de considerar todas as
contribuições previdenciárias que o segurado tenha
feito em sua vida profissional, incluindo as
anteriores a julho de 1994.
No recurso extraordinário, a Corte examina se é
possível considerar a regra definitiva no cálculo do
salário de benefício quando esta for mais favorável
do que a regra de transição aos segurados que
ingressaram no RGPS (Regime Geral de Previdência
Social) até o dia anterior à publicação da Lei
9.876, ocorrida em 26 de novembro de 1999.
A referida lei ampliou gradualmente a base de
cálculo dos benefícios, que passou a corresponder
aos maiores salários de contribuição relativos a 80%
de todo o período contributivo do segurado, em
substituição à antiga regra, que determinava o valor
do benefício a partir da média aritmética simples
dos 36 últimos salários de contribuição anteriores
ao afastamento do segurado da atividade ou da data
da entrada do requerimento administrativo.
A nova lei também trouxe regra de transição,
estabelecendo, em seu artigo 3º, que, no cálculo do
salário de benefício dos segurados filiados à
Previdência Social até o dia anterior à sua
publicação, o período básico de cálculo só
abrangeria as contribuições vertidas a partir de
julho de 1994, quando houve a estabilização
econômica do Plano Real.
Fonte: Diap
10/06/2021 -
IBGE: indústria cai em nove dos 15 locais
pesquisados em abril
Produção foi afetada pela queda nos derivados de
petróleo
Seguindo tendência nacional, a produção industrial
regional recuou em nove dos 15 locais analisados
pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional)
divulgada nesta quarta-feira (9) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na
passagem de março para abril, as indústrias locais
foram afetadas pelo baixo desempenho do setor de
derivados do petróleo.
A produção nacional, divulgada na semana passada,
caiu 1,3% em abril frente a março. A maior queda
ocorreu na Bahia, que recuou 12,4%, a maior
diminuição desde abril de 2020, uma queda de 23,4%.
Com a quinta taxa negativa, a Bahia acumula perdas
de 31,8%.
A Região Nordeste teve a segunda maior queda, de
7,8% no mês, influenciada pelo resultado da
indústria de couro, artigos de viagens e calçados. A
queda acumulada em cinco meses negativos chega a
17,1%.
São Paulo recuou 3,3%, queda também acima da média
nacional, afetada pelo desempenho dos setores de
derivados do petróleo, farmacêutico e de outros
produtos químicos. Completam os locais com taxas
negativas em abril, Goiás (-3,6%), Pernambuco
(-2,4%), Santa Catarina (-2%), Ceará (-1,2%), Mato
Grosso (-1,1%) e Minas Gerais (-0,9%).
Fonte: Agência Brasil
10/06/2021 -
Inflação para famílias com renda mais baixa é maior
que a oficial
Em maio, índice de 0,96% superou o de abril
(0,38%)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a variação da cesta de compras para
famílias com renda até cinco salários mínimos, ficou
em 0,96% em maio deste ano, a maior taxa para o mês
desde 2016 (0,98%).
O índice ficou acima do observado em abril (0,38%),
segundo dados divulgados nesta quarta-feira (9), no
Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O INPC acumula 3,33% no ano e 8,9% em 12 meses. O
INPC teve percentuais maiores do que os da inflação
oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), que acusou variações de
0,83% em maio, de 3,22% no ano e de 8,06% em 12
meses.
Em maio, os produtos alimentícios, medidos pelo
INPC, tiveram inflação de 0,53%, enquanto os não
alimentícios registraram alta de preços de 1,1%, no
período.
Fonte: Agência Brasil
10/06/2021 -
Lira reafirma que reforma administrativa não vai
atingir atuais servidores públicos
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL),
reafirmou que a reforma administrativa não vai
atingir o direito dos atuais servidores públicos.
Ele disse que o marco temporal da proposta vai ser
do dia da promulgação do texto para a frente. A
comissão especial para analisar o texto foi
instalada nesta quarta-feira (9).
“Não mexerá em direito adquirido, mas dará um novo
rumo de despesas, gastos e de serviços para um
Brasil do futuro”, afirmou o presidente. Segundo
Lira, quando a maioria da Casa tiver o convencimento
necessário de que o texto não mexerá em direitos
adquiridos, a tramitação ocorrerá de forma mais
tranquila.
Fonte: Agência Câmara
10/06/2021 -
Inflação fica em 0,83% em maio, maior alta para o
mês em 25 anos
IPCA acumula taxas de 3,22% no ano e 8,06% em 12
meses
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,83% em
maio deste ano. A taxa é superior ao 0,31% de abril
e a maior para um mês de maio desde 1996 (1,22%),
segundo dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
O IPCA acumula taxas de 3,22% no ano e 8,06% em 12
meses.
Os nove grupos de produtos e serviços pesquisados
apresentaram inflação em maio, com destaque para
habitação (1,78%) e transportes (1,15%).
Os itens que mais influenciaram esses grupos foram
energia elétrica (5,37%), que passou para a bandeira
tarifária vermelha patamar 1 no mês, e gasolina
(2,87%).
Outros grupos com taxa de inflação importantes foram
saúde e cuidados pessoais (0,76%), alimentação e
bebidas (0,44%) e artigos de residência (1,25%). Os
demais grupos variaram entre 0,06% (educação) e
0,92% (vestuário).
Fonte: Agência Brasil
10/06/2021 -
Lula vence Bolsonaro no 2º turno com 11 pontos de
vantagem, mostra pesquisa
Pesquisa PoderData sobre as eleições presidenciais
de 2022, divulgada nesta quarta-feira (9), mostra
que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vence
Jair Bolsonaro no segundo turno com 11 pontos
percentuais de vantagem, por 48% a 37%.
Segundo levantamento, feito por telefone, no
primeiro turno, os dois candidatos aparecem
tecnicamente empatados, com Bolsonaro com 33% contra
31% de Lula.
A pesquisa, em parceria com o Grupo Bandeirantes,
ouviu 2.500 pessoas por telefone, entre os dias 7 e
9 de junho, nas 27 unidades da Federação. A margem
de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para
menos.
Fonte: Brasil247
10/06/2021 -
Reprovação de Bolsonaro é maior na advocacia, diz
pesquisa Datafolha
A reprovação do presidente Jair Bolsonaro entre
advogados e advogadas é de 54%, superando a média da
população, que é de 45%. Os dados são de uma
pesquisa do DataFolha divulgada nesta quarta-feira
(9/6) pela Folha de S.Paulo.
Em relação aos que consideram a gestão de Bolsonaro
ótima ou boa, os percentuais da advocacia e da
sociedade em geral ficam mais próximos. Entre os
advogados, são 28% que o aprovam; no geral, 24%.
O jornal destacou algumas variações: entre advogados
católicos, 59% dos entrevistados avaliam o governo
como ruim ou péssimo, e 24% como ótimo ou bom. Entre
os evangélicos, é quase o contrário: 52% consideram
ótimo ou bom, e 33%, ruim ou péssimo.
A pesquisa também tentou mapear as orientações
políticas dos advogados. O resultado foi que 26% dos
entrevistados se declararam de centro; 24% de
centro-direita e 19% de centro-esquerda. Outros 9%
se declararam inteiramente de esquerda; 14%,
inteiramente de direita; e 7% não souberam se
posicionar.
Com relação a temas morais, quase metade dos
advogados entrevistados (46%) acha que a lei sobre o
aborto deve permanecer como está, enquanto 5%
defendem a proibição total da prática e outros 48%
defendem a flexibilização da autorização (32% acham
que deve ser permitido em mais situações; 16% acham
que deve ser totalmente liberado). Entre as mulheres
advogadas, 20% defendem a liberação em qualquer
situação, contra 11% dos homens.
Outro assunto de costumes tem mais ampla aceitação
na advocacia: 80% dos entrevistados apoia a união
civil de pessoas do mesmo sexo, enquanto 13% se
disseram contrários e 6%, indiferentes.
Por fim, 51% dos advogados brasileiros são contra a
posse de armas, contra 47% que defendem que esse
seja um direito do cidadão. Só 2% afirmaram não ter
opinião sobre o assunto. O jornal não mostrou qual é
a prevalência dessas opiniões por recorte religioso.
Mais de dois terços dos advogados defendeu a
criminalização das drogas. Perguntados se "o uso de
drogas deve ser proibido porque toda a sociedade
sofre com as consequências", 68% disseram concordar.
A única outra opção oferecida de resposta era que "o
uso de drogas não deve ser proibido, porque é o
usuário que sofre com as consequências", e com essa
afirmativa só 26% concordaram. Outros 6% não tinham
opinião.
Para justificar a criminalidade, a maioria dos
entrevistados apontou que é a falta de oportunidade
que a causa, com 60% das respostas. Outros 34% acham
que o que causa a criminalidade é a maldade das
pessoas. 6% não souberam responder.
A pesquisa foi feita por telefone, com 303 advogados
de todas as regiões do país, antes da abertura da
CPI da Covid, na qual o governo vem sendo duramente
criticado.
Fonte: Consultor Jurídico
09/06/2021 -
Governo decidiu prorrogar auxílio emergencial até
setembro
O martelo já está batido. O atual auxílio
emergencial (valor médio de R$ 250) terá prorrogação
de 2 meses e vai durar até setembro. O governo pagou
R$ 17,9 bilhões até agora dos R$ 44 bilhões
previstos inicialmente para 2021, segundo o Portal
da Transparência.
No portal Poder360
A lógica é que o benefício contemple os mais
vulneráveis enquanto não há vacina. Governadores têm
estimado que até setembro todos os brasileiros
adultos já estarão vacinados.
É por isso que o governo de Jair Bolsonaro acha que
o benefício deve ser estendido até lá. Se a previsão
de vacinação não se confirmar, aí muda tudo.
Pouco antes do fim do auxílio, a expectativa do
governo é anunciar um Bolsa Família turbinado: o
benefício médio subiria dos atuais R$ 190, em média,
para R$ 250 (valor médio igual ao do auxílio
emergencial) e começaria a ser pago no último
trimestre de 2021.
Prioridade: portas de saída
O ministro João Roma (Cidadania) está desenhando a
reforma do Bolsa Família. Como já foi noticiado, o
governo deseja muitas portas de saída para que o
beneficiário seja incentivado a progredir e não
ficar dependente do dinheiro estatal.
O desenho final do novo programa ainda não está
pronto. A grande dúvida é sobre como essas propostas
serão recepcionadas no Congresso. Deputados e
senadores devem ser consultados sobre o esboço do
projeto nas próximas semanas.
Na avaliação da equipe ministerial, é relevante que
o novo Bolsa Família esteja sendo recriado com
ferramentas que incentivem a saída das pessoas. Por
exemplo, alguém que está em vários programas e ganha
benefícios somados equivalentes a R$ 1.000
dificilmente sairia do assistencialismo.
Pelo que está sendo arquitetado, se essa pessoa
receber uma oferta de emprego com salário de R$
1.500, o governo manteria metade do valor da bolsa
anterior e a renda mensal seria de R$ 2.000 – os R$
1.500 do salário + os R$ 500 remanescentes do
auxílio estatal.
Fonte: Diap
09/06/2021 -
Líderes querem debater fim dos supersalários antes
da reforma administrativa
Líderes partidários defendem a votação da proposta
que acaba com os chamados supersalários antes da
reforma administrativa (PEC 32/20). O projeto dos
supersalários já passou pelo Senado e está na Câmara
dos Deputados desde 2018. A proposta normatiza as
regras para o pagamento das verbas e gratificações
que ultrapassem o teto constitucional, que é o
salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF), hoje fixado em R$ 39,2 mil (salário bruto).
Após reunião dos líderes que debateu acordos de
procedimento para tramitação da reforma
administrativa na comissão especial, que deverá ser
instalada nesta quarta-feira, alguns parlamentares
afirmaram que há praticamente unanimidade sobre
debater o limite do teto remuneratório do serviço
público.
O líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ),
afirmou que é importante que o colegiado garanta uma
ampla representatividade dos parlamentares no
debate. Freixo também cobrou que o tema dos
supersalários seja discutido e votado de forma
rápida.
“Tem que ser tratado, não se pode começar um debate
sobre reforma administrativa sem dar um recado à
sociedade sobre o real combate a privilégios, que
existem. Ninguém defende um Estado ineficaz, ou
Estado que não funciona. Defendemos carreira de
Estado, defendemos que a estabilidade é estratégia e
não privilégio. Privilégio é supersalário”, disse.
O líder do Novo, deputado Vinícius Poit (SP), também
disse que é importante votar o fim dos supersalários
antes da reforma administrativa. Poit concorda com a
necessidade da modernização do Estado brasileiro e
cobrou que o governo também participe do debate e
defenda a proposta.
“Vários líderes cobraram: precisamos do
comprometimento do governo. O debate vai ter
desgaste para um lado ou para outro e o governo tem
que ir até o fim. Não pode depois sair e sobrar a
parte ruim para qualquer um no Congresso. Temos que
ir em frente”, afirmou o deputado.
Mais cedo, após a reunião, o presidente da Câmara,
Arthur Lira, já havia indicado que todos os partidos
irão integrar a comissão especial que vai analisar a
reforma administrativa.
Fonte: Agência Câmara
09/06/2021 -
Servidor do TCU que escreveu estudo paralelo foi
indicado por filhos de Bolsonaro para o BNDES
A indicação de Alexandre Figueiredo Costa Silva
Marques para o BNDES, no entanto, foi barrada pelo
próprio TCU
O auditor do Tribunal de Contas da União (TCU)
Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, apontado
como responsável por um relatório que sugeria uma
suposta "supernotificação" de óbitos por Covid-19 no
Brasil, foi indicado pelos filhos de Jair Bolsonaro
para uma diretoria no Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo
Valdo Cruz, do G1. A indicação, no entanto, foi
barrada pelo próprio TCU.
O tribunal informou nesta terça-feira (8) que vai
apurar a conduta do servidor Alexandre Marques pela
elaboração do documento.
O "estudo paralelo" do auditor foi utilizado por
Bolsonaro na segunda-feira (7) como base para
afirmar que metade das mortes por Covid-19 no Brasil
tiveram, na verdade, outras causas.
Fonte: Brasil247
09/06/2021 -
Em maio, cesta básica fica mais cara em 14 capitais
brasileiras
A capital que apresentou maior alta foi Natal,
diz Dieese
Em maio, o custo médio da cesta básica ficou mais
alto em 14 das 17 capitais brasileiras que são
analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica,
estudo divulgado mensalmente pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). No mês passado, a cesta só
ficou mais barata em Campo Grande (-1,92%) e Aracaju
(-0,26%).
O Dieese analisou, mas não divulgou o custo médio da
cesta básica de Belo Horizonte, por mudança na
metodologia.
A capital que apresentou a maior alta no mês foi
Natal (4,91%), seguida por Curitiba (4,33%) e
Salvador (2,75%).
Entre as capitais analisadas, a cesta mais cara foi
a de Porto Alegre, onde o custo médio dos produtos
básicos somou R$ 636,96. Em seguida aparecem São
Paulo (R$ 636,40), Florianópolis (R$ 636,37) e Rio
de Janeiro (R$ 622,76). A cesta mais barata foi a de
Aracaju, cujo preço médio encontrado foi de R$
468,43.
Com base na cesta mais cara, registrada em Porto
Alegre, o Dieese estimou que o salário mínimo do
país deveria ser de R$ 5.351,11, valor que
corresponde a 4,86 vezes o piso nacional vigente, de
R$ 1.100,00.
Fonte: Agência Brasil
09/06/2021 -
Trabalhadores vão receber 2 saques do PIS/Pasep de
uma vez
O governo federal anunciou que o saque do PIS/Pasep
este ano referente ao ano calendário 2020, ou seja,
para aqueles que trabalharam ao menos 30 dias em
2020, não vai mais ser pago em julho deste ano como
previsto.
A medida que chega e preocupa os trabalhadores que
já contavam com o benefício também servirá como
apoio no ano que vem, já que para o ano que vem será
possível realizar o saque do abono referente ao ano
calendário 2020 e 2021.
Conforme informações do governo, o calendário com
base nos anos de 2020 e 2021 devem ser programados
para serem pagos simultaneamente.
Pagamento do abono salarial
A decisão de adiar o pagamento do abono salarial veio
após reunião do Codefat (Conselho Deliberativo do
Fundo de Amparo ao Trabalhador) com representantes
dos trabalhadores, empresas e governo que decidiram
pelo adiamento do calendário que seria pago este
ano.
Desse modo, segundo decisão do Codefat, o pagamento
do PIS/Pasep 2020 será realizado integralmente em
2022. O calendário ainda não foi publicado, no
entanto o pagamento deve seguir por ordem de
nascimento. Além disso, está definido que todos os
valores precisam ser pagos no primeiro semestre de
2022.
PIS/Pasep 2022
As regras para recebimento do abono salarial não serão
alteradas, logo, para ter acesso ao abono salarial
será necessário ter trabalhado ao menos 30 dias de
carteira assinada em 2020 e 2021.
No entanto, vale lembrar que o valor do PIS/Pasep
varia conforme o tempo de trabalho, por exemplo,
quem trabalhou apenas 1 mês recebe valor mínimo e
quem trabalhou o ano todo recebe o valor cheio do
abono, ou seja, 1 salário mínimo.
Para ter acesso aos valores do abono salarial é
necessário se enquadrar nessas regras:
• ter trabalhado registrado ao menos 30 dias no ano
calendário
• estar cadastrado no NIS/Pasep há pelo menos 5
anos;
• ter recebido de empregador contribuinte do PIS/Pasep
(inscrito sob CNPJ) remuneração mensal média de até
2 salários mínimo durante o ano-base; e
• ter seus dados informados pelo empregador
corretamente na Rais (Relação Anual de Informações
Sociais) do ano-base considerado.
Fonte: Diap
09/06/2021 -
Salário mínimo necessário em maio foi R$ 5.351
O valor corresponde a 4,86 vezes o salário mínimo
vigente, de R$ 1,1 mil.
Em abril, montante necessário à sobrevivência de
uma família foi R$ 5.330,69.
O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) estimou que o
salário mínimo necessário, suficiente para atender
às necessidades de uma família de quatro pessoas
(dois adultos, duas crianças), deveria ser
equivalente a R$ 5.351,11 em maio de 2021.
O valor corresponde a 4,86 vezes o piso nacional
vigente, de R$ 1,1 mil. Em abril, montante havia
sido de R$ 5.330,69.
O salário necessário foi calculado com base na cesta
básica mais cara do país no mês passado, registrada
para Porto Alegre, no valor de R$ 636,96. Segundo a
Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada pelo
Dieese, 14 de 17 capitais registraram aumento do
custo do conjunto de alimentos básicos em maio na
comparação com abril.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos
da cesta em maio ficou em 111 horas e 37 minutos
(média das 17 capitais), maior que em abril, quando
foi de 110 horas e 38 minutos.
Quando se compara o custo da cesta com o salário
mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à
Previdência Social (7,5%), verifica-se que o
trabalhador que recebe um salário de R$ 1,1 mil,
comprometeu, em média, 54,84% da renda líquida para
comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta
em maio. Em abril, o percentual foi de 54,36%.
Fonte: Portal Vermelho
09/06/2021 -
Prestar informações negativas sobre ex-empregada
gera danos morais
Quando empregada de empresa presta declarações
desfavoráveis sobre ex-funcionária, a
responsabilidade da empregadora é objetiva, de
acordo com os artigos 932, inciso III e 933 do
Código Civil.
Com esse entendimento, a 3ª Turma do Tribunal
Regional da 18ª Região manteve condenação de empresa
ao pagamento de danos morais a ex-empregada, pois
outra funcionária teria feito declarações negativas
sobre ela, dificultando sua recolocação no mercado
de trabalho.
A empresa recorreu da decisão da Vara do Trabalho de
Jataí (GO), argumentando que não há provas que a
recorrente orientou que sua funcionária difamasse a
autora da ação e que isso foi feito sem seu
consentimento.
O juiz convocado Celso Moredo Garcia entendeu que
prestar declarações desabonadoras a respeito da
ex-funcionária, ocasionando dificuldade para que ela
encontrasse novo emprego, configurou ato ilício e
abuso de direito, gerando dano moral a ser
indenizado.
Mesmo a ofensora ter indicado a autora para vagas de
emprego, buscando minimizar os efeitos negativos da
conduta, o dano não pode ser afastado e a condenação
deve ser mantida, afirmou Garcia.
A ofensa foi considerada como de natureza leve, pois
o TRT-18 considerou provado que a empresa não sabia
que sua funcionária havia prestado aquelas
informações, então, reduziu o valor da indenização
de R$ 10 mil para R$ 3 mil. Com informações da
assessoria do TRT-18.
0010394-03.2020.5.18.0111
Fonte: Consultor Jurídico
08/06/2021 -
TCU desmente Bolsonaro sobre mortes por Covid
O tribunal negou que exista qualquer estudo que
aponte que os óbitos provocados pela doença não
foram provocados pela doença
O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou um nota
nesta segunda-feira (7) desmentindo uma declaração
dada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta manhã a
seus apoiadores no cercadinho do Palácio do
Alvorada.
O mandatário afirmou que divulgaria um relatório “em
primeira mão para vocês” do TCU que, segundo ele,
revelaria que cerca de metade das mortes registradas
em 2020 por Covid-19 não teriam sido pela doença.
Isso, no entanto, não era verdade.
“O TCU esclarece que não há informações em
relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de
50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram
por Covid’, conforme afirmação do Presidente Jair
Bolsonaro divulgada hoje”, diz mensagem publicada
pelo órgão em seu perfil oficial no Twitter.
Pela manhã, o presidente disse o seguinte: “Óh… Em
primeira mão para vocês. Não é meu. É do tal do
Tribunal de Contas da União, questionando o número
de óbitos no ano passado por Covid. E aí ali, o
relatório final, não é conclusivo, mas em torno de
50% de dos óbitos por Covid o ano passado não foram
por Covid, segundo o Tribunal de Contas da União”.
“Esse relatório saiu há alguns dias. E logicamente
que a imprensa não vai divulgar”, emendou.
Segundo o TCU, o relatório não existe.
O país já soma 474.414 vidas perdidas para a
pandemia de Covid-19. A CPI do Genocídio no Senado
Federal apura se há responsabilidade direta do
governo Bolsonaro nesse número trágico de óbitos.
Fonte: RevistaForum
08/06/2021 -
Dieese mostra perda salarial pra 60% das categorias
Recessão e pandemia prejudicam as negociações
salariais da maioria. É o que mostra o “Boletim de
Olho nas Negociações”, do Dieese. Segundo o órgão
técnico, 60% dos reajustes de abril ficaram abaixo da
inflação de 6,94%, pelo INPC. Acima do índice
inflacionário ficaram 17% dos acordos; e iguais, 23%.
Para José Silvestre Prado, diretor-adjunto do
Dieese, o resultado reflete a crise econômica
agravada pela pandemia e a alta inflação. “É uma
conjuntura extremamente adversa”, afirma.
Categorias com data-base em maio precisariam de
reajuste de 7,59% – inflação pelo INPC – pra recompor
o poder de compra dos salários.
Setores – O pior desempenho está nos
serviços, cujos acordos indicam 71,7% abaixo da
inflação, entre janeiro e abril deste ano. Já as
negociações do comércio são as que registram maior
percentual de reajustes iguais ou superiores à
inflação.
Segundo o Dieese, em abril do ano passado, ocorreram
30,9% negociações acima da inflação. Naquele mês,
31,4% empataram e 37,6% perderam. Agora, a perda –
em 60% – mostra que a situação piorou.
Sindicatos – Silvestre destaca a importância
da atuação sindical, seja com ações para reverter
esse cenário, seja atuando nas negociações
salariais. Ele diz: “Sem dúvida quanto maior a
organização dos trabalhadores fortalecendo seus
Sindicatos, o resultado tende a ser melhor”.
Mais informações – Clique
aqui
e leia o Boletim do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
08/06/2021 -
Governo quer tirar trabalhadores dos fundos de
pensão e transferir patrimônio aos bancos
Objetivo é a transferência para a gestão de
bancos e seguradoras de mais de R$ 1 trilhão
acumulado pelos 290 fundos de pensão fechados
existentes
Por José Ricardo Sasseron e Marcel Barros
Sob a gestão do banqueiro Paulo Guedes, o Ministério
da Economia vem atuando para esvaziar os fundos de
pensão fechados, aqueles patrocinados por empresas
privadas, estatais e órgãos públicos para seus
empregados. O objetivo é facilitar a transferência,
para a gestão de bancos e seguradoras, de mais de R$
1 trilhão acumulado pelos 290 fundos de pensão
fechados existentes. Sessenta e três por cento deste
patrimônio pertencem aos fundos patrocinados por
empresas estatais e entes públicos.
O negócio é apetitoso. Os bancos cobram uma taxa de
administração média de 1,25% ao ano sobre o
patrimônio de seus planos de previdência privada, os
VGBL e PGBL. A gestão do R$ 1 trilhão dos fundos
fechados lhes renderia R$ 12,5 bilhões ao ano, a uma
taxa de administração de 1,25%.
A Reforma da Previdência de 2019, proposta por
Bolsonaro e aprovada pelo Congresso Nacional, deu um
passo decisivo a favor dos bancos. O poderoso lobby
do sistema financeiro conseguiu incluir na
Constituição Federal a possibilidade de administrar
os planos de previdência dos servidores públicos,
que tendem a ser os maiores do país em alguns anos.
Para concretizar este passo, falta apenas alterar as
leis complementares 108 e 109 de 2002, que regem a
previdência complementar. É o que está sendo gestado
pelo Governo.
As alterações, no entanto, não se restringem aos
planos de previdência dos servidores. O governo
aproveita para atacar também os planos patrocinados
por empresas públicas ou de economia mista – caso da
Previ, Funcef, Petros, Postalis e outros, que são os
maiores em patrimônio.
Dentre as maldades em ebulição, está a possibilidade
de os participantes optarem pelos fundos de pensão
existentes ou por outros que sejam oferecidos por
bancos aos quais as empresas patrocinadoras tenham
aderido. Querem abrir a porteira para os bancos
entrarem, em prejuízo dos participantes, que não
teriam qualquer interferência na gestão de seu
patrimônio, da sua aposentadoria e de seus direitos.
O patrocinador público poderia, ainda, levar o plano
de previdência de seus funcionários para uma
entidade patrocinada por empresa privada, que não
seja obrigada a cumprir a paridade de representação
nos órgãos de governança com determina a Lei
Complementar 108. Neste caso, a empresa
patrocinadora teria a maioria do conselho
deliberativo e decidiria tudo conforme os seus
interesses, podendo inclusive mudar regulamentos,
contribuições e os direitos dos participantes à sua
revelia.
Hoje, o que garante algum grau de proteção aos
participantes é a gestão paritária conquistada a
duras penas em fundos como a Previ e Funcef, onde os
trabalhadores elegem a metade da diretoria e dos
conselhos deliberativo e fiscal. É esta proteção que
o atual governo quer destruir, para facilitar a
destruição dos planos de previdência e a
transferência de centenas de bilhões de reais para a
gestão dos bancos.
Não é só o governo que ataca os direitos dos
trabalhadores. A proposta de mudança tem origem no
IMK (Iniciativas de Mercado de Capitais),
autodenominado grupo de estudo composto por
representantes do Governo, da Federação Brasileira
dos Bancos, da B3 e de outros interessados no rico
patrimônio dos trabalhadores. Infelizmente,
entidades representativas de fundos de pensão que se
mantêm com recursos dos participantes ativos e
aposentados também colaboram com esta iniciativa.
O que menos interessa a eles é que os trabalhadores
tenham uma aposentadoria digna. E o que mais
interessa é que os trabalhadores não participem da
gestão de seu patrimônio.
*Marcel Barros é vice-presidente da Anapar, foi
diretor da Contraf e diretor de Seguridade da Previ.
*José Ricardo Sasseron foi presidente da Anapar,
diretor do SEEB São Paulo e diretor de Seguridade da
Previ
Fonte: Rede Brasil Atual
08/06/2021 -
Rosa Weber pede avaliação da PGR sobre Bolsonaro ter
cometido genocídio
Iniciativa da magistrada é protocolar e ocorre no
âmbito de uma ação ajuizada individualmente por
advogado
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa
Weber pediu uma avaliação da Procuradoria-Geral da
República (PGR), órgão administrativo do Ministério
Público Federal (MPF), sobre se o presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) teria cometido os crimes de
genocídio e charlatanismo, ambos com previsão no
Código Penal. O despacho da magistrada foi dado na
última sexta-feira (4), mas veio à tona somente
nesta segunda.
Já amplamente proclamada em diferentes protestos de
segmentos populares e de atores políticos no
Congresso Nacional, a acusação é oficialmente
dirigida a ele por meio de uma ação movida
individualmente pelo advogado Jefferson de Jesus
Rocha em maio deste ano.
Rocha também aponta que Bolsonaro teria cometido os
crimes de fraude processual e perigo para a vida ou
a saúde dos demais por conta da forma como tem se
comportado na pandemia.
Em sua argumentação, o advogado apresentou um
discurso religioso, com citação de passagens da
Bíblia, para justificar o pedido.
"Estávamos em um verdadeiro apocalipse. Além de
alertar os pastores da minha região, joguei suco de
uva na frente das igrejas, vesti roupa de pano de
saco, bem como preguei panfletos nas portas das
igrejas ainda em 2019", disse, por exemplo, ao
narrar o contexto do país em meio ao alastramento do
novo coronavírus.
Por conta da narrativa religiosa utilizada para
tentar embasar a petição, Rosa Weber tinha a opção
de arquivar o pedido. Como isso não ocorreu, em caso
de anuência da PGR em relação à ação, o
procurador-geral da República, Augusto Aras, pode
oferecer uma denúncia oficial para que o STF avalie
se o chefe do Executivo deve ou não ser investigado
com base nas acusações.
Fonte: Brasil de Fato
08/06/2021 -
MDB e PSL falam em apoiar mesmo candidato para as
eleições de 2022
O MDB e o PSL estão dialogando para apoiar um mesmo
candidato para as eleições de 2022. Políticos do
MDB, como o ex-presidente Michel Temer e a senadora
Simone Tebet, são cotados, mas há grandes chances de
apoio a um candidato de outro partido. As
informações são da Folha de S.Paulo.
Outro nome cotado pelas siglas é do apresentador
José Luiz Datena, que já fez parte do MDB, – afirmou
à Rádio Bandeirantes em abril que estava saindo da
sigla – e de outros 4 partidos: DEM, PRP, PP e PT.
Mas ainda não há consenso no nome que deve receber o
apoio para a disputa para presidente.
As eleições também estão sendo discutidas pelos
partidos para a construção de um programa conjunto
de ideias. O projeto em comum seria produzido pelas
líderes dos partidos para ser apresentado em 2022.
O jornal O Globo mostrou que o presidente do PSL, o
deputado Luciano Bivar, jantou com Temer na 3ª feira
(1º.jun.2021). O projeto comum às duas siglas teria
sido combinado na ocasião. Também foi discutida a
possível candidatura de Temer. O jantar foi
organizado pelo presidente do MDB, o deputado Baleia
Rossi (MDB-SP).
Fonte: Poder360
08/06/2021 -
Na pandemia, 1.338 feminicídios. Ligue 180.
Há diversos serviços do Estado que a sociedade pode
utilizar, e nem sempre o faz. É o caso, por exemplo,
do telefone 180, exclusivo para questões ligadas à
violência contra a mulher.
O problema da violência chama atenção especialmente
pela manchete da Folha de S. Paulo desta segunda,
dia 7, que abre a página B4. Diz: Brasil registra
1.338 feminicídios durante a pandemia”. Ou seja,
média superior a três assassinatos por dia.
A Região Sul registrou queda de 13,9%. Mas na Norte
o crescimento foi de 36,8%. No Centro Oeste,
assassinato de mulheres cresceu 14,2%. Sudeste teve
queda de 2,9%.
180 – A Agência Sindical ligou no 180 e foi
prontamente atendida. O sistema – que recebe,
analise e encaminha denúncias de violência – oferece
várias opções, inclusive em Espanhol e Inglês. Ao
teclar 9, uma atendente se põe à disposição. Embora
nossa ligação fosse apenas para checar o serviço, a
chamada gerou um protocolo.
Especialista da ONU Mulheres Brasil, Aline Yamamoto
diz à reportagem da Folha: “Ter uma arma leva a uma
probabilidade muito maior de haver vítimas de
assassinato em casa, que geralmente são mulheres e
crianças”.
Março-Mulher – Em março deste ano, o
sindicalismo realizou um mês inteiro de ações e
debates acerca da violência por companheiros,
ex-companheiros, namorados, enfim, a corja toda. É o
Março-Mulher, que, além de defender a saúde na
pandemia, denunciou o aumento no assassinato de
mulheres: 1.221 em 2018; 1.318 em 2019; e 1.338 no
ano passado.
Acesse – www.folha.uol.com.br
Fonte: Agência Sindical
08/06/2021 -
Proposta modifica regra em caso de acidente no
trajeto para o trabalho
Autor do projeto diz que mudar o caminho não
exclui a caracterização de acidente de trabalho
O Projeto de Lei 399/21 determina que, na situação
excepcional de desvio de percurso, o acidente que
vitimar o empregado será equiparado ao acidente de
trabalho para fins previdenciários, desde que haja
compatibilidade entre tempo de deslocamento e
percurso da residência ao trabalho, ou vice-versa.
A proposta em tramitação na Câmara dos Deputados
insere o dispositivo na Lei de Benefícios da
Previdência Social. Essa norma já prevê, hoje, que o
acidente no trajeto do empregado será equiparado ao
acidente de trabalho.
Segundo o autor, deputado Carlos Bezerra (MDB-MT), a
mudança é necessária porque a Lei 13.467/17 acabou
com a possibilidade de incluir, na jornada, o
período de deslocamento do empregado em caso de
locais de difícil acesso, sem transporte público
regular ou quando o empregador fornece o transporte.
“Não há que se exigir, para a caracterização do
acidente durante o trajeto, ter o empregado
percorrido o caminho habitual ou de menor extensão”,
disse Carlos Bezerra. “O desvio de rota deve ser
relevante, já que os pequenos desvios no percurso de
ida ou volta do trabalho não ferem o espírito da
lei”, explicou.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Seguridade Social e
Família; de Trabalho, Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
07/06/2021 -
STF segue até sexta-feira (11) votação da
“desaposentadoria”
Começou na última sexta (4) e vai até a próxima
sexta-feira (11), no plenário virtual do STF
(Supremo Tribunal Federal), o julgamento da ação
pode mudar a vida de parte dos brasileiros
aposentados. A corte vai decidir se quem se
aposentou após 1999 — ano em que houve mudança na
forma de calcular os benefícios — pode solicitar
revisão incluindo na conta contribuições feitas
antes de julho de 1994. Há chances de aumento no
valor das aposentadorias.
O ministro-relator no Supremo, Marco Aurélio Mello
ofereceu voto-guia concordando com a tese de revisão
na forma mais vantajosa para o beneficiário.
Trata-se da “revisão da vida toda”. A questão surgiu
por conta da Lei 9.876, de 1999, que alterou a forma
de calcular o benefício de quem se aposenta pelo
INSS.
Até então, a conta considerava a média das últimas
36 últimas contribuições feitas à Previdência
oficial. Com a lei — a mesma que criou o fator
previdenciário — a base do cálculo mudou, e passou a
ser a média de todas as contribuições realizadas,
excluindo as 20% de menor valor.
Assim, para alguém que tivesse 500 contribuições ao
INSS ao longo da vida, a conta passou a considerar
as 400 maiores (80%) e excluir as 100 de menor valor
(20%). O objetivo era evitar distorções — não eram
raros, por exemplo, os casos de trabalhadores
autônomos que pagavam valores baixos durante anos e
aumentavam a contribuição apenas nos últimos 36
meses.
Fonte: Diap
07/06/2021 -
Centrais sindicais repudiam ameaças à Manuela
d’Ávila
As centrais sindicais se somam à diversas
instituições e personalidades que também
manifestaram solidariedade à ex-deputada comunista.
Em nota divulgada sexta-feira, 4, as centrais
sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova
Central, CSB, CGTB, Conlutas, Pública, Intersindical
e Intersindical Instrumento de Luta declaram apoio à
ex-deputada federal, Manuela d´Ávila (PCdoB), que
relatou ter sofrido ameaças de morte e que, além
disso, sua filha de cinco anos também foi vítima de
ameaça de estupro.
Como já registrado neste site, diversas entidades e
personalidades já se pronunciaram em defesa da
deputada gaúcha.
As centrais sindicais relacionaram na nota, o caso
de Manuela à situação política, marcada pelo
ressurgimento da extrema-direita, que o país vive
hoje: “Um caso que revela uma cultura de misoginia,
ódio, perversidade e violência que infelizmente
persiste em segmentos da nossa sociedade e que
pavimentou a grave situação política que vivemos no
Brasil atualmente” e estenderam o apoio a todas e
todos que vivem “situações que constrangem, ameaçam
e aterrorizam mulheres e crianças”.
Leia a nota:
Nota das centrais sindicais: solidariedade à
Manuela D´Ávila
As Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB,
Nova Central, CSB, CGTB, Conlutas, Pública,
Intersindical e Intersindical Instrumento de Luta,
manifestam apoio e solidariedade à companheira,
ex-deputada federal e ativista, Manuela d’Ávila.
Na última quarta-feira, 2/6, Manuela relatou em suas
redes sociais que sua filha de apenas cinco anos
está sofrendo ameaças de estupro e que ela mesma
está sofrendo ameaças de morte.
Trata-se de um caso repulsivo praticado por
criminosos que devem ser investigados e punidos
conforme a lei.
Um caso que revela uma cultura de misoginia, ódio,
perversidade e violência que infelizmente persiste
em segmentos da nossa sociedade e que pavimentou a
grave situação política que vivemos no Brasil
atualmente.
Cabe a todos e todas, homens, mulheres de todas as
raças, credos e orientação sexual, garantir e
construir um ambiente de convivência respeitosa e
saudável em nosso país. Neste sentido, nós
sindicalistas, manifestamos, em nome da ex-deputada
Manuela D’Ávila, total e absoluto repúdio a
situações que constrangem, ameaçam e aterrorizam
mulheres e crianças.
#ForçaManu! Punição aos criminosos!
São Paulo, 4 de junho de 2021
Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos
Trabalhadores – CUT
Miguel Eduardo Torres, presidente da Força
Sindical – FS
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores – UGT
Adilson Gonçalves de Araújo, presidente da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
– CTB
Antônio Neto, presidente da Central dos
Sindicatos Brasileiros – CSB
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores – NCST
Ubiraci Dantas Oliveira, presidente da CGTB
– Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva
Nacional da CSP – Conlutas
Edson Carneiro Índio, Intersindical –
Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenação da Intersindical
– Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
José Gozze, presidente – Pública Central do
Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
07/06/2021 -
OIT diz que mercado de trabalho não vai se recuperar
da pandemia antes de 2023
A agência das Nações Unidas prevê que o número de
desempregados deve cair a 205 milhões no próximo ano
- ainda bem acima dos 187 milhões registrados em
2019, antes de a crise do coronavírus causar
estragos
Reuters - Pelo menos 220 milhões de pessoas devem
permanecer desempregadas em todo o mundo este ano,
bem acima dos níveis pré-pandemia, com a fraca
recuperação do mercado de trabalho agravando as
desigualdades existentes, disse nesta quarta-feira a
OIT (Organização Internacional do Trabalho).
A agência das Nações Unidas prevê que o número de
desempregados deve cair a 205 milhões no próximo ano
— ainda bem acima dos 187 milhões registrados em
2019, antes de a crise do coronavírus causar
estragos.
Segundo os modelos da OIT, isso equivale a uma taxa
de desemprego global de 6,3% neste ano, caindo para
5,7% no próximo, mas ainda acima da taxa
pré-pandemia de 5,4% em 2019.
"O crescimento do emprego será insuficiente para
compensar as perdas sofridas até pelo menos 2023",
disse a OIT no relatório Perspectiva Social e de
Emprego Mundial: Tendências 2021.
Stefan Kuehn, economista da organização e principal
autor do relatório, disse à Reuters que o verdadeiro
impacto no mercado de trabalho é ainda maior quando
a redução da jornada de trabalho imposta a muitos
trabalhadores e outros fatores são contabilizados.
"O desemprego não capta o impacto no mercado de
trabalho", disse Kuehn, observando que, enquanto nos
Estados Unidos as contratações foram retomadas após
perdas massivas de empregos, muitos trabalhadores em
outros lugares, especialmente na Europa,
permaneceram em esquemas de horário reduzido.
Fonte: Brasil247
07/06/2021 -
Bolsonaro recusou vacina quando a Pfizer venderia ao
Brasil com 50% de desconto
Preço oferecido pela Pfizer era metade do cobrado
aos EUA e à União Europeia
Jair Bolsonaro ignorou proposta da Pfizer de vender
a vacina contra a Covid-19 por US$ 10 a dose, quando
o valor chegava a US$ 20 em outros países.
O governo de Jair Bolsonaro considerou caro o preço
cobrado pela Pfizer e deixou de comprar em agosto de
2020 até 70 milhões de doses, que poderiam ter sido
entregues pela farmacêutica a partir de dezembro,
informa a Folha de S.Paulo.
A vacinação antecipada teria evitado mortes e os
prejuízos bilionários provocados pelo fechamento da
economia.
Com o atraso nos contratos, as primeiras doses da
Pfizer só chegaram ao Brasil em abril. Oito meses se
passaram entre a primeira oferta e a entrega.
O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP), contabilizou 53 e-mails
enviados pela Pfizer ao governo a partir de agosto
cobrando resposta sobre a oferta dos 70 milhões de
doses.
Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da
Saúde, general Eduardo Pazuello, considerou a
proposta da Pfizer como “agressiva” e disse que o
preço da dose por US$ 10 era muito caro, valor pelo
qual meses depois o próprio Pazuello autorizou
comprar.
Fonte: Brasil247
07/06/2021 -
Home Office ainda é para
poucos
Pandemia e quarentena fizeram explodir o trabalho remoto. Ou home office.
De uma hora pra outra, um grande número de pessoas foi incumbida de
tocar tarefas profissionais baseada em suas próprias residências. Ocorre
que apenas uma pequena parcela dispõe de condições e infraestrutura.
O assunto é manchete desta sexta (4) no Valor Econômico: “Home office só
é possível para 17,8% dos trabalhadores”. Por condições mínimas,
entenda-se espaço, local adequado, eletricidade regular e acesso à
internet.
As condições do home estão ligadas também ao grau de desenvolvimento dos
países. Em julho passado, no Brasil, 10,4% disseram haver trabalhado em
casa. Em países como Estados Unidos e Dinamarca, essa percentagem chega
a 40.
A matéria do jornal Valor se apoia em pesquisa do Instituto Brasileiro
de Economia da FGV. Os dados também confirmam que o teletrabalho é mais
factível entre os de maior escolaridade e renda.
O estágio da economia de cada país também influi na possibilidade do
trabalho home office. No Brasil, informa o Instituto, apenas 25,% (ou
seja, ¼) desempenham tarefas e funções que podem ser realizadas home
office.
Sindicalismo – Em recentes negociações coletivas, a normatização
do home (apoio econômico, fornecimento de micros etc.) já começou a ser
debatida pelo movimento sindical.
Acesse – https://valor.globo.com/
Fonte: Agência Sindical
07/06/2021 -
Rodrigo Pacheco promulga lei do salário mínimo de R$
1,1 mil
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo
Pacheco, promulgou a Lei 14.158, de 2021, que fixa o
salário mínimo em R$ 1,1 mil a partir de 1º de
janeiro de 2021. O texto estabelece a diária em R$
36,67 e o valor horário do salário mínimo em R$ 5. O
texto foi publicado no Diário Oficial da União desta
sexta-feira (4).
A nova lei é resultado da medida provisória (MP)
1.021/2020, aprovada pelo Senado no dia 27 de maio.
O relator da matéria, senador Luiz do Carmo (MDB-GO),
rejeitou as 30 emendas apresentadas pelos
parlamentares e acolheu o texto original editado em
dezembro de 2020 pelo presidente da República, Jair
Bolsonaro. Como não sofreu alterações de mérito no
Parlamento, a Lei 14.158, de 2021, foi promulgada
por Rodrigo Pacheco — e não sancionada por
Bolsonaro.
Fonte: Agência Senado
07/06/2021 -
Produção industrial recua 1,3% em abril, diz IBGE
No acumulado do ano, houve alta de 10,5%
A produção industrial brasileira caiu 1,3% na
passagem de março para abril. Foi a terceira queda
seguida do setor, que acumula perda de 4,4% nesses
três meses. O dado, da Pesquisa Industrial Mensal,
foi divulgado na quarta-feira (2), no Rio de
Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Apesar do recuo de março para abril, a indústria
registrou um crescimento de 34,7% na comparação com
abril de 2020. Essa foi a maior alta neste tipo de
comparação desde o início da série histórica, em
2002.
No acumulado do ano, houve alta de 10,5%. Já no
acumulado de 12 meses o crescimento chega a 1,1%. É
a primeira alta neste tipo de comparação depois de
22 meses em queda.
Na comparação de abril com março, a produção caiu em
18 das 26 atividades industriais pesquisadas pelo
IBGE. Entre as principais quedas estão as
registradas pelo ramo de coque, produtos derivados
do petróleo e biocombustíveis (-9,5%) e de produtos
alimentícios (-3,4%).
Entre as oito atividades em alta, destacam-se as
indústrias extrativas (1,6%), máquinas e
equipamentos (2,6%) e veículos automotores, reboques
e carrocerias (1,4%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas, duas
tiveram queda: bens intermediários, isto é, os
insumos industrializados usados no setor produtivo
(-0,8%) e os bens de consumo semi e não duráveis
(-0,9%).
Outras duas categorias tiveram alta: bens de
capital, isto é, as máquinas e equipamentos usadas
no setor produtivo (2,9%), e bens de consumo
duráveis (1,6%).
Fonte: Agência Brasil
02/06/2021 -
Movimentos já planejam novos atos de rua contra
Bolsonaro
Nova agenda deve ser costurada até a segunda
quinzena de junho
Depois de atos massivos contra o presidente Jair
Bolsonaro em 29 de maio, em mais de 200 cidades e
dez países, os movimentos sociais se articulam,
nesta semana, para decidir a data para mais uma
rodada de protestos. Há perspectivas de que uma nova
agenda seja costurada até a segunda quinzena de
junho.
Nesta terça-feira (1), às 17 horas, a coordenação da
Frente Povo Sem Medo – que que engloba diversos
movimentos sociais – faz reunião virtual com cerca
de 20 lideranças para avaliar o último ato e iniciar
a construção do calendário do mês. A expectativa é
de um encontro entre as frentes Povo Sem Medo e
Brasil Popular (outra aglutinadora de organizações)
ainda nesta semana. Ambas integram a Campanha Fora
Bolsonaro.
Além do calendário, as organizações ainda devem
decidir novas estratégias. A decisão do governo em
trazer a Copa América, se mantida, eleva o tom dos
próximos atos. O caso já virou alvo de ação no
Supremo Tribunal Federal. Também surge a proposta de
conectar essas manifestações a greves que estão em
curso.
Estão paralisados os trabalhadores da Petrobras
Biocombustível, desde 20 de maio em usinas na Bahia
e em Minas Gerais e em escritório no Rio de Janeiro.
Além disso, seguem sob “estado de greve” os
funcionários de subsidiárias da Eletrobras, como
Eletronorte, Furnas e Companhia Hidrelétrica de São
Francisco. As duas categorias protestam contra as
privatizações de seus setores e pedem preservação
dos direitos trabalhistas.
Um desafio é o aumento de casos de Covid-19 em
eventual terceira onda da pandemia, agravada pela
variante indiana. Estudo da Fundação Oswaldo Cruz
mostrou em maio que uma nova leva de contaminações
será catastrófica, porque o Brasil partirá de um
patamar alto mantido no curto período de
estabilidade. Para o médico Miguel Nicolelis, o País
só vence essa fase com 3 milhões de vacinados por
dia e sob a adoção de lockdown. Segundo a
organização Our World in Data, só 10,4% dos
brasileiros foram totalmente vacinados até agora: 22
milhões de pessoas.
Mesmo que pesquisas tenham minimizado a
responsabilidade de grandes protestos para a
disseminação da Covid, como nos atos pela morte de
George Floyd, preocupações sanitárias levaram
organizações a anunciarem que não convocariam atos
para 29 de maio. Josué Rocha, coordenador da Povo
Sem Medo, admite que não é um momento fácil para se
tomar a decisão de ir ou não ir às ruas. Mas a linha
defendida pela organização é de que as mobilizações
têm que seguir.
A tentativa é dialogar com quem se disponibiliza a
ir ao protesto, apesar da exposição ao vírus, mas
adotando discurso e prática responsáveis em relação
à prevenção. Em São Paulo, por exemplo, houve uso de
máscaras e álcool em gel pela imensa maioria dos
manifestantes, além de fornecimento de equipamentos
de proteção por equipes de saúde.
“A gente respeita quem não se sente à vontade nesse
momento e continua convocando coletivamente”, diz
Rocha. “Não há uma divergência na política. Há
grande unidade sobre a necessidade de mobilização
pelo Fora Bolsonaro. O que existe é uma situação
delicada que colabora para posições diferentes sobre
o momento de estar na rua.”
Com informações da CartaCapital
Fonte: Portal Vermelho
02/06/2021 -
Agenda Legislativa 2021 das Centrais Sindicais
Para participar do debate legislativo no
Congresso de forma mais organizada e qualificada, as
Centrais produziram a Agenda Legislativa 2021.
As Centrais Sindicais têm atuado de forma articulada
e unitária no Congresso Nacional, tratando de
defender os interesses dos trabalhadores e das
trabalhadoras. A Câmara dos Deputados e o Senado
trabalham com uma vasta e complexa gama de temas que
têm múltiplos impactos sobre a sociedade e a
economia. Os parlamentares e partidos expressam
posicionamentos e recepcionam diferentes interesses.
A atuação junto às atividades parlamentares exige
que a sociedade civil organizada e representativa
oriente-se por debates qualificados e por propostas
e posicionamento bem construídos.
Para participar do debate legislativo no Congresso
Nacional de forma mais organizada e de maneira ainda
mais qualificada, as Centrais Sindicais (CUT, Força
Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical, CSP
Conlutas, CGTB e Pública) produziram a Agenda
Legislativa 2021, na qual apresentam as prioridades
de projetos e medidas legislativas do movimento
sindical. Esta versão da Agenda traz o
posicionamento sindical em relação à 23 medidas ou
projetos relacionados às diretrizes de proteção da
vida, dos empregos e da democracia, eixos
prioritários que orientam as ações do Fórum das
Centrais Sindicais.
A Agenda foi produzida por um Grupo Executivo
destacado pelas Centrais e conta com a assessoria do
DIAP e do DIEESE. Há também disponível um outro
documento que faz o mapeamento de dezenas de medidas
e projetos que impactam a vida dos trabalhadores e
das trabalhadoras, alguns reunidos por tema nesta
Agenda. Os documentos estão disponíveis no site do
DIAP –
www.diap.org.br.
O objetivo da Agenda é orientar e subsidiar a
atuação das Centrais Sindicais nos debates junto às
Comissões, aos partidos e aos parlamentares,
apresentando o posicionamento favorável ou contrário
às medidas e projetos legislativos, assim como
oferecendo propostas e alternativas. Esse trabalho
contínuo produzirá também a atualização permanente
da Agenda, seja com novos posicionamentos, seja
destacando temas, medidas e projetos.
A primeira prioridade destacada pela Agenda é a
proteção econômica por meio do Auxílio Emergencial,
que na proposta sindical deve ser de R$ 600,00, com
as mesmas regras de 2020 e idêntica cobertura para
os quase 70 milhões de beneficiados. Essa medida é
essencial para oferecer condições para os
trabalhadores resistirem às consequências do
isolamento e paralisia de muitas atividades
econômicas. A lentidão da vacinação exige que o
Auxílio tenha duração maior que os quatro meses
previstos.
A segunda prioridade é a proteção dos empregos e
salários, assim como o posicionamento contrário em
relação às medidas de flexibilização e precarização
laboral. Reforma Tributária, Reforma Administrativas
e as privatizações estão entre os projetos
destacados.
Com a Agenda procura-se participar do debate
qualificado no Congresso Nacional para a construção
de um Projeto Nacional de Desenvolvimento que, na
perspectiva sindical, dê centralidade à geração de
empregos de qualidade, ao crescimento dos salários,
à proteção laboral e social, ao combate da pobreza e
das desigualdades. Espera-se que o aumento da
produtividade oriunda da educação, ciência,
tecnologia e inovação seja bem distribuído, que o
Estado articule estratégias de desenvolvimento que
promova o bem comum e a qualidade de vida para todos
com sustentabilidade ambiental.
Clique aqui e leia mais opiniões de Clemente
Ganz Lúcio
Fonte: Agência Sindical
02/06/2021 -
Rosa Weber pede manifestação da CPI sobre convocação
de governadores
Presidente da comissão tem cinco dias para
prestar informações
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa
Weber concedeu nesta terça-feira (1º) prazo de cinco
dias para que o presidente da Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Omar Aziz
(PSD-AM), se manifeste sobre as convocações de
governadores para prestar depoimento na comissão.
Após receber a manifestação legal do senador, da
Advocacia-Geral da União (AGU) e da
Procuradoria-Geral da República, que também terão o
mesmo prazo para enviarem suas informações, a
ministra vai dar prosseguimento à análise da ação na
qual 19 governadores questionam a legalidade de
depoimento à comissão.
Na ação, os governadores sustentam que só podem ser
investigados pelo legislativo estadual e não podem
ser chamados a prestar depoimento na CPI do Senado.
As convocações foram aprovadas na quarta-feira (26).
Deverão comparecer à comissão os seguintes
governadores: Wilson Lima (Amazonas), Helder
Barbalho (Pará), Ibaneis Rocha (Distrito Federal),
Mauro Carlesse (Tocantins), Carlos Moisés (Santa
Catarina), Antonio Denarium (Roraima), Waldez Góes
(Amapá), Marcos Rocha (Rondônia) e Wellington Dias
(Piauí).
Fonte: Agência Brasil
02/06/2021 -
Fachin dá cinco dias para Bolsonaro explicar por que
não usa máscara e causa aglomerações
Determinação do ministro é consequência de ação
movida pelo PSDB, que argumenta que Bolsonaro viola
o direito fundamental à vida e a moralidade na
administração pública
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin deu cinco dias para que Bolsonaro explique
por que não utiliza máscara e segue provocando
aglomerações por onde passa. São vários os exemplos
de ocasiões em que Bolsonaro provocou aglomerações e
desrespeitou as medidas sanitárias de prevenção ao
coronavírus.
A determinação de Fachin desta terça-feira (1) vem
como consequência de uma ação movida pelo PSDB
apresentada em 24 de maio, que pede que, caso
Bolsonaro descumpra as medidas sanitárias, seja
multado.
"É fundamental, então, que os danos gerados à
credibilidade das políticas do Ministério da Saúde
pela conduta do requerido sejam imediatamente
cessados para que se restaure a proteção da saúde e
a coesão nacional no combate ao SARS-CoV-2", diz a
peça.
O partido sustenta que a conduta de Bolsonaro fere
os artigos 5º e 6º da Constituição no tópico sobre o
direito fundamental à vida. Além disso, o chefe do
governo federal também viola a moralidade na
administração pública, de acordo com a sigla.
Fonte: Brasil247
02/06/2021 -
Manifestações contra Bolsonaro mostram força do povo
As grandes manifestações de sábado, dia 29 de maio,
confirmam o que indicam as pesquisas sobre a
rejeição do governo Bolsonaro. As bandeiras
levantadas pela manifestação – vacina, comida,
emprego e fora Bolsonaro – e os cuidados tomados, em
contraposição à aglomeração irresponsável e marcada
por ataques à democracia feita pelos bolsonaristas,
merecem destaque. E demonstram que o povo na rua
fortalece a luta contra Bolsonaro e a posição dos
senadores da CPI da Covid-19 que querem ir a fundo
na apuração da postura do governo diante da pandemia
que tragou mais de 460 mil vidas.
Setores da mídia não deram destaque às
manifestações, mesmo sendo alvo de Bolsonaro,
escondendo o protagonismo do povo. Mas o essencial é
que houve um pronunciamento enfático de setores
importantes da sociedade contra a barbárie que
assola o país. As manifestações, além dos efeitos
imediatos, podem impulsionar mais debates e
prospecção de ideias para, em primeiro lugar, pôr um
ponto final no pesadelo bolsonarista, e, depois para
a busca de alternativas e saídas, um novo rumo para
o país.
Mais do que nunca, o Brasil precisa debater o seu
destino. A união de forças para conter a escalada de
barbaridades do governo Bolsonaro traz em si a
indagação sobre as alternativas para a reconstrução
nacional. Ainda não é possível ter a dimensão exata
do estrago que essa aventura irresponsável da
extrema direita vem causando, mas é perfeitamente
calculável o tamanho do desafio que vem pela frente.
A combinação de crise econômica com crise sanitária
certamente forma um cenário que representa uma das
piores situações já vividas no país.
Está em questão nada mais do que o futuro do Brasil
como nação. As forças políticas consequentes estão
diante da tarefa de encontrar meios para uma espécie
de reconstrução nacional, tarefa que exige uma
sólida união de pensamentos e de mobilização social.
Essas manifestações podem ser consideradas uma
iniciativa de grande importância nesse sentido. Elas
demonstraram que há, sim, condições concretas para a
deflagração de ações mais efetivas para conter o
bolsonarismo e que o país precisa, urgentemente,
pensar sua reconstrução.
Fonte: Portal Vermelho
02/06/2021 -
PIB tem alta de 1,2% no primeiro trimestre de 2021
Dados são do Sistema de Contas Nacionais
Trimestrais do IBGE
O Produto Interno Bruto (PIB) - a soma dos bens e
serviços produzidos no Brasil - cresceu 1,2%, no
primeiro trimestre deste ano, na comparação com os
últimos três meses do ano passado. É o terceiro
resultado positivo, depois dos recuos de 2,2% no
primeiro e de 9,2% no segundo trimestres de 2020,
quando a economia recuou 4,1%, afetada pela pandemia
da covid-19.
Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 2,048
trilhões. Os dados são do Sistema de Contas
Nacionais Trimestrais, divulgados nesta terça (1º)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Com a alta de 1,2% no primeiro trimestre, embora
ainda esteja 3,1% abaixo do ponto mais alto da
atividade econômica do país, alcançado no primeiro
trimestre de 2014, o PIB retornou ao patamar do
quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia.
Os resultados positivos na agropecuária (5,7%), na
indústria (0,7%) e nos serviços (0,4%) contribuíram
para a expansão da economia brasileira. A
coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca
Palis, observou que esse crescimento ocorreu apesar
da evolução da pandemia no país, “Mesmo com a
segunda onda da pandemia de covid-19, o PIB cresceu
no primeiro trimestre, já que, diferente do ano
passado, não houve tantas restrições que impediram o
funcionamento das atividades econômicas no país”,
disse.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
02/06/2021 -
Inflação na saída das fábricas recua para 1,89% em
abril, diz IBGE
Taxa é inferior à registrada no mês anterior que
ficou em 4,63%
A inflação de produtos industrializados na saída das
fábricas brasileiras, medida pelo Índice de Preços
ao Produtor (IPP), ficou em 1,89% em abril. A taxa é
inferior à registrada no mês anterior, que ficou em
4,63%.
Na comparação com abril de 2020, no entanto, houve
um aumento do índice, já que naquele mês, a inflação
havia sido de 0,11%. Segundo dados divulgados nesta
terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o IPP acumula taxas
de inflação de 16,08% no ano e de 35,69% em 12
meses.
Dezoito das 24 atividades industriais pesquisadas
registraram alta de preços em abril. Os principais
impactos na inflação do mês vieram de outros
químicos (4,54%), alimentos (1,53%), metalurgia
(4,97%) e produtos de metal (5,96%).
Sete atividades registraram deflação (queda de
preços) no mês, entre elas indústrias extrativas
(-0,70%) e derivados de petróleo (-0,55%). Entre as
quatro grandes categorias econômicas da indústria, a
maior taxa de inflação em abril foi observada nos
bens intermediários, isto é, os insumos
industrializados usados no setor produtivo (2,47%).
Os bens de capital, isto é, as máquinas e
equipamentos usados no setor produtivo tiveram alta
de preços de 1,16%. Já os bens de consumo
registraram as seguintes variações de preços:
duráveis (1,34%) e semi e não duráveis (1,01%).
Fonte: Agência Brasil
01/06/2021 -
Centrão se põe como fiel da balança após protestos
contra Bolsonaro
O número de participantes dos protestos de sábado
(29) contra o presidente Jair Bolsonaro surpreendeu
até os partidos de oposição, responsáveis pela
convocação do ato. Na prática, a mobilização
interrompeu a hegemonia dos apoiadores do presidente
nas ruas durante a pandemia, acendeu a luz amarela
no Planalto e estimula oposicionistas a organizarem
novos eventos. Também reforçou a polarização entre
Jair Bolsonaro e Lula - diferentemente do
presidente, que compareceu a atos convocados a seu
favor, o petista não participou dos protestos pelo
impeachment.
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros
(PP-PR), e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira
(PP-PI), avaliaram que os protestos mostram que é
pequeno o espaço para uma terceira via.
“Vai um ou outro (Lula ou Bolsonaro). Quem levar o
centro, ganha”, disse Nogueira à Folha de S.Paulo.
Segundo ele, quem conquistar o Centrão, leva 2022.
Já em entrevista ao Valor, o presidente do PP diz
que, se a eleição presidencial fosse hoje, Bolsonaro
não se reelegeria. "O governo não tem uma imagem
positiva na pandemia. Essa mesma imagem se reflete
na intenção de voto", afirmou.
No entanto, o líder do Centrão também disse, na
entrevista ao Valor, que o cenário de 2022 será bem
mais positivo para o presidente, devido à uma
possível retomada da economia. "Quem elege e reelege
presidente é a economia", pontuou Nogueira. Ele
também disse ter "carinho" pelo ex-presidente Lula,
mas disse que "não há nada mais odiado no Brasil do
que o PT".
Os governistas se dividiram entre ironizar o tamanho
dos protestos, na comparação com os promovidos por
eles, e o discurso da oposição de que apenas o
presidente Bolsonaro provoca aglomeração. A
cobertura das manifestações pelos principais jornais
do país causou polêmica no domingo. Apenas a Folha
de S.Paulo, dentre os três maiores impressos,
destacou os atos em sua capa. Nas redes sociais,
apoiadores dos atos centraram críticas em O Globo e
O Estado de S. Paulo por terem, segundo eles,
"escondido" os protestos.
Fonte: Congresso em Foco
01/06/2021 -
Pesquisa mostra que pandemia prejudicou emprego ou
renda de 62% dos brasileiros
De acordo com levantamento feito no final de maio
pelo PoderData, 60% afirmaram terem deixado de pagar
alguma conta no último mês
Emprego ou renda na pandemia ficaram piores para 62%
dos brasileiros, segundo pesquisa realizada entre os
dias 24 e 26 pelo PoderData e divulgada nesta
segunda-feira (31). A coleta de dados mostra, ainda,
que 60% dos entrevistados afirmaram terem deixado de
pagar alguma conta no último mês.
O percentual, no primeiro quesito, é seis pontos
percentuais menor do que o registrado no
levantamento anterior (68%), feito um mês antes. No
sentido oposto, 36% disseram não terem tido emprego
e renda prejudicados por conta da pandemia, contra
30% da pesquisa anterior. O índice de quem afirmou
não saber permaneceu nos 2%.
A parcela dos entrevistados que diz ter ficado
inadimplente também caiu, sete pontos, já que no mês
passado o índice havia ficado em 67%. Por outro
lado, 35% afirmaram agora terem pago as contas em
dia, ante 30% do mês passado. O índice dos que não
souberam responder subiu de 2% para 6%.
O PoderData informa que entrevistou por telefone
2.500 pessoas de 462 municípios nas 27 unidades da
federação. A margem de erro é de 2 pontos
percentuais, para mais ou para menos. Os números nem
sempre dão exatamente 100% devido ao arredondamento.
Desemprego
A taxa de desemprego no país foi de 14,7% no trimestre
encerrado em março, segundo dados do IBGE divulgados
na quinta-feira (27). É o maior índice da série
histórica, com total de desempregados se aproximando
dos 15 milhões. São 14,805 milhões, também o maior
índice da série, 880 mil a mais em três meses
(crescimento de 6,3%), e 1,956 milhão, ou 15,2%, a
mais em relação a igual período de 2020. Os dados
fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua.
Os dados mostram, ainda, que o desemprego continua
atingindo segmentos sociais de forma desigual, sendo
maior entre negros, mulheres e pessoas com menos
escolaridade. Entre os homens o índice ficou em
12,2%, contra 17,9% para as mulheres. Já entre os
brancos, é de 11,9% contra 18,6% para pretos e 16,9%
para pardos. Para quem têm ensino médio incompleto,
o desemprego é de 24,4% contra 8,3% de quem tem
ensino superior completo e 17,5% de quem tem curso
superior incompleto.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/06/2021 -
Senadores e especialistas condenam privatização da
Eletrobras em audiência
Perda da soberania no setor elétrico, aumento
considerável da tarifa de luz e abertura de mais
espaço para as térmicas (carbonização) em detrimento
das fontes renováveis (água, sol e vento) são três
das principais preocupações de senadores com a
privatização da Eletrobras, empresa responsável por
pelo menos 30% da energia do país. Esses e outros
pontos polêmicos da Medida Provisória (MP)
1.031/2021, que dispõe sobre a venda acionária da
estatal, foram debatidos nesta segunda-feira (31) em
audiência pública realizada na Comissão de Direitos
Humanos (CDH) do Senado.
Diante de possível racionamento por conta da crise
hídrica e das problemáticas da crise
econômico-sanitária resultante da covid-19, os
senadores que participaram da audiência pública
foram enfáticos em condenar a discussão de uma
privatização neste momento, por meio de uma MP.
— Esse processo tem avançado de forma extremamente
rápida, pulando etapas do processo legislativo
normal e, ao mesmo tempo, sem a devida discussão dos
impactos que acarretará sobre a atividade econômica,
sobre especialmente a vida das pessoas — afirmou o
senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da CDH.
Paulo Paim (PT-RS), autor do requerimento da
audiência, disse ser certo que o custo maior da
energia terá efeito cascata, ou seja, os valores dos
produtos finais também aumentarão de preço,
desequilibrando o orçamento das famílias e,
consequentemente, influenciando negativamente o
processo inflacionário.
— Estudos apontam que o setor elétrico tem atraído
investimento suficiente para garantir a sua
expansão. Portanto, privatizar a Eletrobras para ter
recursos privados para a expansão do setor não é
necessário. Esses investimentos já estão ocorrendo.
Entre 2003 e 2018, a capacidade instalada no Brasil
cresceu 70%. A Eletrobras tem capacidade para gerar
30,1% de energia e possui 44% das linhas de
transmissão. Com a privatização dessa estatal, o
poder de mercado nas mãos de uma empresa privada não
vai gerar competição justa, e caminharemos para uma
injustiça social. Vai prejudicar principalmente os
consumidores.
Pelo processo de privatização, o governo deverá
emitir novas ações da empresa, com oferta a
investidores privados, o que reduzirá sua
participação no capital da Eletrobras, que teve
lucro de R$ 30 bilhões nos últimos três anos. Hoje o
governo tem 51,82% das ações ordinárias. A
estimativa é de que reduza esse percentual a 45%,
mas com direito a “golden share”, ou seja, direito
de vetar em decisões consideradas mais sensíveis.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
01/06/2021 -
IGP-M
de 37% expõe alta da inflação
A chamada inflação do aluguel subiu 37,04% nos
últimos 12 meses. Em maio, alta de 4,10%. O
acumulado é de 37,04% em um ano.
O aumento no Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M),
segundo a Folha de S.Paulo do dia 29, incidirá no
aluguel. Um contrato de aluguel, por exemplo, de R$
2.000,00 seria renovado em R$ 2.740,08.
Vários índices compõem o IGP-M. Entre eles o INCC
(Índice Nacional de Custo de Construção), da
construção civil, o IPC, do consumidor, e o IPA –
preços ao produtor amplo. Tais índices, acumulados,
estão assim: IPA, 50,21%; INCC, 14,62%; IPC, 7,36%.
Já o IPCA, cuja variação em maio ainda não foi saiu,
acumula 6,76%.
Salários – Para reajuste salarial, tem-se
adotado o INPC-IBGE. E muitas categorias não
conseguem reposição nas datas-bases. Estudo do
Dieese mostra que a maioria das negociações em março
ficou abaixo da inflação, o que reforça a curva de
arrocho salarial.
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos), 63,9% das
negociações não conseguiram o INPC. Distribuição dos
reajustes salariais de 2021: 13% acima, 26% iguais e
61% abaixo do INPC.
Mais – www.folha.uol.com.br
Fonte: Agência Sindical
01/06/2021 -
“Tenho certeza de que Fux vai pautar a suspeição de
Moro. Ele não vai me frustrar”, diz Marco Aurélio
O decano do STF, Marco Aurélio Mello, quer que
julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro
seja finalizado antes de sua aposentadoria,
programada para 5 de julho
O ministro da Suprema Corte Marco Aurélio Mello diz
estar seguro de que o presidente do Tribunal, Luiz
Fux, vai pautar a suspeição de Sergio Moro para que
o julgamento seja finalizado antes de ele se
aposentar, no dia 5 de julho.
Marco Aurélio pediu vista para ter mais tempo de
analisar o assunto no julgamento iniciado em abril .
No dia 29 de abril, ele devolveu o processo, mas Fux
ainda não pautou o tema.
Há um temor na defesa do ex-presidente Lula de que
Fux adie a conclusão do julgamento para depois da
aposentadoria de Marco Aurélio, o que deixaria a
situação indefinida e impedindo que os processos
contra o petista sejam anulados por causa da
parcialidade de Moro, destaca a jornalista Mônica
Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo.
Fonte: Brasil247
01/06/2021 -
Bolsonaro fecha com Patriota para 2022; presidente
já passou por oito partidos
Notícia partiu de Flávio Bolsonaro em convenção
partidária; presidente da sigla prepara terreno para
chefe do Executivo
O presidente Jair Bolsonaro, hoje sem partido, e
seus filhos devem se filiar ao Patriota, sigla
conservadora comandada por Adilson Barroso.
A notícia foi dada pelo senador Flávio Bolsonaro
(RJ), um dos herdeiros do chefe do Executivo, que se
filiou à legenda e discursou em convenção partidária
nesta segunda (31), ocasião na qual divulgou a
novidade.
A ideia é que o clã concorra às eleições de 2022
pelo novo partido, que ainda aguarda a inscrição
oficial de Bolsonaro em seus quadros. Em seu
discurso, Flávio disse que o objetivo é construir “o
maior partido do Brasil após as eleições”.
O parlamentar, que anunciou saída do Republicanos no
último dia 26, comparou o contexto do Patriota ao
histórico do PSL, sigla pela qual o pai se elegeu no
último pleito e que tinha apenas um deputado antes
da chegada de Bolsonaro: “Fizemos bancada com 52
deputados. Não tenho dúvida de que a gente pode
construir um partido maior ainda que o PSL”.
Além de Flávio, Bolsonaro tem ainda outros dois
filhos que atuam na política institucional: o
deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o
vereador Carlos Bolsonaro, que já legisla pelo
Patriota no Rio de Janeiro.
Em sua trajetória política, Jair Bolsonaro já passou
por oito legendas. Foram elas: PDC (1990-1994), PPR
(1993-1995), PPB (1995-2003), PTB (2003-2005), PFL
(2005), PP (2005-2016), PSC (2016-2017) e PSL
(2018-2019). O chefe do Executivo ainda não comentou
publicamente a ida ao Patriotas.
Patriota
Durante a convenção partidária desta segunda (31),
Adilson Barroso chegou a afirmar que o presidente
Bolsonaro teria fechado a filiação à sigla “sem
pedir uma bala” em troca.
Nos bastidores, o dirigente tenta fertilizar o
terreno dentro da legenda para facilitar a filiação
do chefe do Executivo e seus aliados.
Dentro do Patriota alguns nomes fazem eco contrário
à novidade. É o caso do líder do MBL Rubinho Nunes.
Atual vereador de São Paulo (SP), ele se manifestou
nesta segunda pelo Twitter criticando a notícia:
“Bolsonaro comprou o Patriota. A vinda do senador
Flávio Bolsonaro é profundamente lamentável. Um
partido que já foi prejudicado pelo bolsonarismo no
passado tomar uma atitude destas [é algo que] mostra
a pequeneza do partido e a ausência de valores
éticos e morais”, postou.
Outros correligionários se queixam ainda de
ilegalidade na convenção do Patriotas realizadas
nesta segunda. O deputado federal Fred Costa (MG),
que lidera um dos grupos internos do partido, está
entre eles. Adilson Barroso não comentou o assunto.
O Patriota é o antigo Partido Ecológico Nacional (PEN),
que mudou de nome entre 2017 e 2018, após
autorização do TSE. O presidente Bolsonaro chegou a
flertar com a sigla em 2017, quando, inclusive,
assinou ficha de filiação. Na sequência, no entanto,
ele migrou para o PSL, consolidando a aliança que o
levou à Presidência da República.
Fonte: Brasil de Fato
01/06/2021 -
PGR pede instauração de inquérito contra ministro
Ricardo Salles
Em petição endereçada ao Supremo Tribunal Federal, a
Procuradoria-Geral da República pede a instauração
de inquérito para apuração de suposta prática de
delitos cometidos pelo ministro do Meio Ambiente,
Ricardo de Aquino Salles. Ele teria em tese
incorrido, segundo a peça, nas condutas de praticar
advocacia administrativa, obstar ou dificultar a
fiscalização ambiental e impedir ou embaraçar a
investigação de infração penal que envolva
organização criminosa. O documento é assinado por
Humberto Jacques de Medeiros, vice-procurador-geral
da República.
O pedido foi encaminhado à ministra Cármen Lúcia,
relatora das representações que apontam
irregularidades nas ações de Salles e outros
servidores ligados ao Ministério.
A notícia-crime que desencadeou o pedido da PGR foi
feita pelo delegado Alexandre Saraiva, ex-chefe da
Polícia Federal no Amazonas. O delegado sustenta que
Salles defendeu publicamente madeireiros
investigados na maior apreensão de madeira ilegal da
história (operação "handroanthus").
O ministro não teria explicado suas manifestações,
se limitando a chamar a notícia-crime de infundada.
Além dos seus comentários favoráveis à legalidade da
madeira apreendida, seu comparecimento ao local das
investigações deverão ser devidamente esclarecidos,
segundo a peça.
O presidente do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),
Eduardo Fortunato Bim, também deverá esclarecer por
que solicitou "o envio de peças de informação,
incluídos os documentos técnicos/periciais, que
embasaram a operação e as apreensões da Operação
Handroanthus".
Para a PGR, há notícias suficientes de que
servidores do Ministério do Meio Ambiente atuaram no
sentido de regularizar cargas apreendidas pela PF e
que seriam exportadas ilegalmente para os Estados
Unidos.
"Tal cenário evidencia, de forma ampla, a
necessidade de aprofundamento investigativo dos
fatos noticiados à Procuradoria-Geral da República e
ao Supremo Tribunal Federal, concernentes à atuação
do mencionado agente político", conclui a peça.
Petição 9.595
Fonte: Consultor Jurídico
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