Blog - Notícias Anteriores - Julho 2023
31/07/2023 -
CNTI realiza Live sobre a ADI 6309 Aposentadoria
Especial
31/07/2023 -
Desemprego tem menor taxa desde 2014. Informalidade
segue alta, e renda cresce
31/07/2023 -
Brasil abre mais de 157 mil empregos formais em
junho
31/07/2023 -
Comissão da MP
do salário mínimo ouvirá entidades sindicais e
governo
31/07/2023 -
Reajustes salariais acima da inflação no 1°semestre
foram os mais altos desde 2018
31/07/2023 -
Bolsonaro usou
doações de pix para fazer investimentos em renda
fixa
31/07/2023 -
Projeto permite uso do FGTS em construções ou
reformas
28/07/2023 -
Parcelamento de dívidas com o FGTS tem novas regras
28/07/2023 -
Brasil registra um acidente de trabalho a cada 51
segundos
28/07/2023 -
Marcio Pochmann será novo presidente do IBGE
28/07/2023 -
Três propostas ao ministro Marinho. Por João Franzin
28/07/2023 -
Mesa Nacional recebe reivindicações dos servidores e
nova reunião é agendada para agosto
28/07/2023 -
'Assédio no trabalho é porta de entrada para
adoecimento psíquico', afirma ministro do TST
27/07/2023 -
Uma regra de ouro nas relações de trabalho –
Clemente Ganz Lúcio
27/07/2023 -
Atualização da legislação trabalhista em pauta
27/07/2023 -
Em seis meses, mercado muda a percepção sobre a
política econômica do governo
27/07/2023 -
Haddad diz esperar que Selic feche o ano a 12%
27/07/2023 -
Duas sugestões
26/07/2023 -
FGTS aprova distribuição de R$ 12,7 bilhões a
trabalhadores
26/07/2023 -
Igualdade tem pressa, diz ministra Cida
26/07/2023 -
STF discutirá ampliação de prazo prescricional em
execução trabalhista
26/07/2023 -
Supremo anula decisão do TRF-3 sobre tributação do
terço de férias
26/07/2023 -
Lula volta a prometer isenção do IR a salários de
até R$5 mil e defende imposto sobre dividendos
26/07/2023 -
Governo prepara programa para reduzir depreciação da
indústria
26/07/2023 -
Mercado reduz previsão da inflação de 4,95% para
4,9% este ano
25/07/2023 -
Contrarreforma “é devastadora do ponto de vista dos
direitos”, diz Marinho
25/07/2023 -
Gleisi Hoffmann volta a defender revisão da reforma
trabalhista
25/07/2023 -
Revisão da vida toda: advogada pede que STF defina
como serão corrigidos salários
25/07/2023 -
TST promove seminário sobre Trabalho Decente
25/07/2023 -
Lira diz que reforma administrativa está pronta para
plenário e será próximo movimento
25/07/2023 -
INSS facilita a emissão do auxílio-doença; saiba
como conseguir o benefício
24/07/2023 -
Nova Central mobiliza dirigentes sindicais contra
proposta de Reforma Sindical, em Curitiba
24/07/2023 -
“É preciso reconstruir as finanças dos sindicatos”,
diz Luiz Marinho; confira destaques
24/07/2023 -
Sindicatos
aprovam greve de 72 horas contra perseguição
política na Eletrobras
24/07/2023 -
Abin aponta empresários e sindicato rural que
financiaram o terrorismo do 8 de janeiro
21/07/2023 -
Reforma sobre renda e consumo não visa aumento da
arrecadação
21/07/2023 -
CNI: fim de taxação de compras internacionais pode
causar 2,5 milhões de demissões
21/07/2023 -
Comunicação e formação para a luta sindical
21/07/2023 -
Fazenda revisa projeção e vê chance de inflação
ficar ‘dentro do teto’
21/07/2023 -
Carlos Viana sugere PEC para ampliar
licença-maternidade a 180 dias
21/07/2023 -
Proposta prevê o afastamento do lar de agressor em
caso de violência sexual, moral ou patrimonial da
mulher
20/07/2023 -
Sindicatos fiscalizarão igualdade salarial
20/07/2023 -
Sindicalista sofre ameaça de demissão por justa
causa por criticar gestão da Eletrobras
20/07/2023 -
Lula entrega o
que prometeu
20/07/2023 -
Temperatura, umidade e radiação ameaçam saúde do
trabalhador
20/07/2023 -
INSS estuda aceitar uso de transporte público como
prova de vida
20/07/2023 -
Governo retoma bônus de produtividade para reduzir
fila do INSS
19/07/2023 -
Ipec: confiança no presidente da República é a maior
registrada desde 2012
19/07/2023 -
Haddad altera data da reforma do Imposto de Renda e
prevê envio só no fim do ano
19/07/2023 -
Uma grande prioridade – valorização do salário
mínimo; por Nivaldo Santana
19/07/2023 -
Reunião da comunicação do Fórum das Centrais
apresenta propostas para programa de TV
19/07/2023 -
Alckmin destaca recorde de exportações
18/07/2023 -
Presidente da Nova Central fala sobre futuro do
movimento sindical no 2° Evento de Saúde e Segurança
no Trabalho da NCST-SC
18/07/2023 -
Deputado pede urgência para PL do Mínimo
18/07/2023 -
Centrais vão intensificar luta por valorização do
salário mínimo
18/07/2023 -
A cada 4 horas uma mulher é vítima de violência no
Brasil
18/07/2023 -
Haddad diz que contração de 2% da economia em maio é
resultado do alto patamar de juros: "está muito
pesado"
17/07/2023 -
Geração de empregos até maio era para ter sido maior
se não fosse o juro alto, afirma Luiz Marinho
17/07/2023 -
FGTS deverá distribuir R$ 12,7 bilhões de lucro aos
trabalhadores em agosto
17/07/2023 -
Desenrola Brasil: renegociação de dívidas da Faixa 2
começa na segunda
17/07/2023 -
Luiz Marinho:
governo deve enviar em setembro ao Congresso projeto
para regulamentar trabalho por aplicativos
17/07/2023 -
Produção industrial sobe em 12 dos 18 locais
pesquisados em maio ante 2022
17/07/2023 -
Senadores tratam em Plenário sobre alterações na Lei
de Terceirização
17/07/2023 -
Indústria de
calçados pagará horas extras por suprimir intervalos
para recuperação térmica
17/07/2023 -
Projeto amplia anistia por atraso na entrega de guia
do FGTS com fato gerador
14/07/2023 -
Revisão da Reforma Trabalhista vai para o Congresso
em agosto
14/07/2023 -
Marinho quer estado e sindicatos fortes
14/07/2023 -
Economia melhora, e negociações passam a garantir
aumento real a trabalhadores
14/07/2023 -
TCU pede suspensão de obras liberadas por Bolsonaro
na Educação
14/07/2023 -
Dirigentes da Nova Central foram impedidos de voar
para região Sul em alerta vermelho
13/07/2023 -
Presidente da Nova Central debate reforma sindical
na FITES
13/07/2023 -
Em Santa
Catarina, Nova Central começa giro pelo Sul para
debater futuro do movimento sindical
13/07/2023 -
Barroso diz que STF não vai retomar imposto sindical
obrigatório
13/07/2023 -
Sindicalismo aprova Reforma Tributária
13/07/2023 -
Terceirização da atividade-fim atenta contra os
trabalhadores, diz Paim
13/07/2023 -
Casos de desigualdade salarial podem ser denunciados
por e-mail ou telefone
13/07/2023 -
Ação contra Eduardo Bolsonaro no STF será relatada
por Nunes Marques
12/07/2023 -
Especialistas discutem alternativas de custeio dos
sindicatos após a reforma trabalhista
12/07/2023 -
Nova Central participa da assinatura do “pacto” pelo
trabalho decente no setor de café no Espírito Santo
12/07/2023 -
INPC tem queda
de 0,10% em junho, aponta IBGE
11/07/2023 -
Professor Oswaldo recebe homenagem póstuma no do
‘Dia da luta operária’, em São Paulo
11/07/2023 -
Mercado prevê inflação de 4,95% para este ano
11/07/2023 -
Haddad e Pacheco se reúnem para tratar da reforma
tributária no Senado
11/07/2023 -
A sindicalização entre os jovens
10/07/2023 -
Nova Central presente no 5º Encontro Nacional dos
Papeleiros, em São Paulo
10/07/2023 -
Voltamos a ter
Governo, diz consultor
10/07/2023 -
Preço da cesta
cai, mas não muito, diz Dieese
10/07/2023 -
Maioria do STF
vota por consignado para beneficiários de programas
sociais
10/07/2023 -
Assédio moral:
Justiça do Trabalho recebe mais de 6 mil ações
mensais
10/07/2023 -
Reforma
Tributária: líder do governo prevê votação no Senado
até novembro
07/07/2023 -
Fórum Sindical Ampliado suspende videoconferência
com o Ministro do Trabalho
07/07/2023 -
A força dos sindicatos nas negociações coletivas
07/07/2023 -
Papeleiros promovem Encontro Nacional
07/07/2023 -
Especialistas divergem sobre a proposta de
portabilidade do vale-refeição
07/07/2023 -
Lula defende “nova Revolução Industrial” para tornar
país competitivo
07/07/2023 -
Viana propõe acesso ao FGTS para trabalhadores que
se demitem
06/07/2023 -
9 de Julho: Dia da Luta Operária homenageia 6
personalidades
06/07/2023 -
Centrais pedem a Presidente do Senado afastamento
imediato de Campos Neto
06/07/2023 -
Igualdade salarial: agora é lei e vai doer no bolso,
diz Simone Tebet
06/07/2023 -
Mais uma vez, STF ratifica barbáries de 2017 – Artur
Bueno de Camargo
06/07/2023 -
Contaminação por amianto: TST responsabiliza
Usiminas por doença de trabalhador
06/07/2023 -
TSE envia ao TCU decisão que condena Bolsonaro à
inelegibilidade
06/07/2023 -
Governo vai pagar piso da enfermagem retroativo a
maio
05/07/2023 -
Sindicalistas, prefeitos e empresários participam de
audiência com o vice-presidente Alckmin
05/07/2023 -
Dieese faz síntese sobre igualdade salarial entre
homens e mulheres
05/07/2023 -
Senador propõe FGTS para o trabalhador que pedir
demissão
05/07/2023 -
Produção industrial cresce 0,3% em maio
05/07/2023 -
STF suspende julgamento sobre alterações de súmulas
na Justiça do Trabalho
05/07/2023 -
STF valida adoção de jornada de 12 por 36 horas por
meio de acordo individual
04/07/2023 -
Fórum Sindical Ampliado tem audiência com Marinho
quinta (6)
04/07/2023 -
Centrais
Sindicais: reforma tributária deve beneficiar o povo
04/07/2023 -
Segundo semestre agitado no Judiciário: STF, STJ e
PGR terão troca de integrantes
04/07/2023 -
Audiência debate MP sobre programas de alimentação
do trabalhador
03/07/2023 -
Taxa de desemprego recua ao nível de 2015, com menor
procura por trabalho
03/07/2023 -
Em Santa Catarina, Fetiesc se filia à Nova Central
03/07/2023 -
Negociação
coletiva e as transformações no mundo do trabalho
03/07/2023 -
Vitória da democracia: Bolsonaro está inelegível até
2030
03/07/2023 -
Aposentadoria especial do INSS: STF adia (de novo)
decisão sobre mudanças da Reforma da Previdência
03/07/2023 -
Governo muda sistema de metas de inflação
31/07/2023 -
Desemprego tem menor taxa desde 2014. Informalidade
segue alta, e renda cresce
Segundo o IBGE, país tem 8,6 milhões de
desempregados, 1,4 milhão a menos em relação ao ano
passado
A taxa de desemprego recuou para 8% no trimestre
encerrado em junho, no menor nível para o período
desde 2014. Assim, o total de desempregados agora é
de 8,647 milhões, queda de 8,3% ante março e de
14,2% em 12 meses. Em um ano, são 1,433 milhão a
menos. Os resultados são da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada
nesta sexta-feira (28) pelo IBGE.
Já o total de ocupados foi estimado em 98,912
milhões, crescimento de 1,1% no trimestre e de 0,7%
em 12 meses. A população fora da força de trabalho
soma 67,051 milhões, com estabilidade ante março e
alta de 3,6% em um ano.
Com e sem carteira
Por sua vez, os empregados com carteira de trabalho no
setor privado chegam a 36,773 milhões, também
estável no trimestre e com crescimento de 2,8% (mais
991 mil) na comparação anual. E os empregados sem
carteira agora são 13,109 milhões, alta de 2,4% em
relação a março e sem variação estatística em 12
meses. Os trabalhadores por conta própria (25,223
milhões) tiveram estabilidade no trimestre e
registram queda de 1,9% em relação a igual período
de 2022.
Ainda entre os ocupados, o número de trabalhadores
domésticos (5,847 milhões) aumentou 2,6% no
trimestre e ficou estável em relação ao ano
anterior. E os empregados no setor público somam
12,230 milhões, alta de 3,8% no trimestre e de 3,1%
em 12 meses.
Informalidade e subutilização
Segundo a pesquisa, a taxa de informalidade segue
alta, embora esteja um pouco menor na comparação com
o ano passado. Agora, está em 39,2%, ante 39% em
março e 40% em junho de 2022.
A chamada taxa de subutilização (que indica pessoas
que gostariam de trabalhar mais) está em 17,8%, com
queda nas duas comparações. A população subutilizada
é de 20,351 milhões, recuo de 17,7% em um ano. Os
desalentados são 3,672 milhões (3,3% da força de
trabalho), diminuindo 5,1% no trimestre e 13,9% em
12 meses.
Setores e rendimento
Nos setores de atividade, na comparação com 2022, o
emprego cai na agropecuária e na construção civil.
Sobe em áreas de serviços e na administração
pública. Mantém-se estável na indústria e no
comércio.
Estimado em R$ 2.921, o rendimento médio fica
estável em relação ao trimestre anterior e cresce
6,2% no ano. A massa de rendimentos, calculada em R$
284,1 bilhões, sobe 7,2% na comparação anual.
Dados da pesquisa (variação em um ano):
- Ocupados: 98,910 milhões (+0,7%)
- Desempregados: 8,647 milhões (-14,2%)
- Desalentados: 3,672 milhões (-13,9%)
- Renda média: R$ 2.921 (+6,2%)
Fonte: Rede Brasil Atual
31/07/2023 -
Comissão da MP do salário mínimo ouvirá entidades
sindicais e governo
A comissão mista que analisa a Medida Provisória
(MP) 1.172/2023, que aumentou o valor do salário
mínimo, vai promover duas audiências públicas na
próxima semana. A primeira está marcada para
terça-feira (1º), às 14h, e a segunda será na quarta
(2) no mesmo horário. Os encontros serão realizados
de forma interativa, com a possibilidade de
participação popular.
Para o debate de terça, estão convidados
representantes do Fórum das Centrais Sindicais (FCS),
do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), da Confederação
Nacional do Comércio (CNC) e da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entre outras
entidades. Já o debate de quarta deverá ter
representantes dos ministérios do Trabalho, da
Previdência, do Desenvolvimento Social e da Fazenda.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
também deverá enviar um representante.
A MP elevou o valor do salário mínimo para R$ 1.320
desde o dia 1º de maio. A mudança representa um
aumento de 2,8% com relação ao valor de R$ 1.302 do
início do ano. A medida sobrestou (suspendeu a
tramitação) a MP 1.143/2022, editada em dezembro de
2022 ainda no governo do ex-presidente Jair
Bolsonaro, que fixou o valor do salário mínimo em R$
1.302. O texto da MP 1.172 precisa ser votado até 28
de agosto para não perder a validade.
A comissão mista tem o senador Eduardo Gomes (PL-TO)
como presidente e o deputado Merlong Solano (PT-PI)
como relator. O deputado Samuel Viana (PL-MG) ocupa
a vice-presidência da comissão.
Fonte: Agência Senado
31/07/2023 -
Brasil abre mais de 157 mil empregos formais em
junho
Foram registradas 1.914.130 admissões e 1.756.932
desligamentos
O Brasil registrou um saldo positivo de 157.198
empregos com carteira assinada no mês de junho deste
ano. No período foram registradas 1.914.130
admissões e 1.756.932 desligamentos.
Os dados são do Novo Caged, Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados, divulgados na
quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e
Emprego.
No acumulado do ano (janeiro/2023 a junho/2023), o
saldo foi de 1.023.540 empregos, resultado de
11.908.777 admissões e 10.885.237 desligamentos.
Setores
O maior crescimento do emprego em junho ocorreu no
setor de serviços, com um saldo de 76.420 postos
formais. A agropecuária foi o segundo maior gerador
de postos no mês, com 27.159 empregos gerados. A
construção civil veio em seguida, gerando 20.953
postos, com destaque para obras de infraestrutura. O
comércio registrou saldo de 20.554 postos e a
indústria de 12.117 postos.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
disse que o desempenho do Caged faz parte das ações
do governo para a retomada da economia. “Estamos
fazendo um esforço grande para a retomada do
crescimento da economia, para gerar empregos de
preferência de qualidade”.
Segundo Marinho, um item que está atrapalhando a
geração de empregos no Brasil é a taxa de juros
praticada no país. “Se não fosse essa inadequação
esquizofrênica do comportamento dos juros no Brasil,
nós poderíamos estar falando em 200 mil novos
empregos em junho”.
Fonte: Agência Brasil
31/07/2023 -
Reajustes salariais acima da inflação no 1°semestre
foram os mais altos desde 2018
No período, 77,05% dos reajustes foram mais altos
que a variação do INPC; reajuste mediano foi 0,79%
superior à inflação
O boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas (Fipe), mostra que 77,05% das
negociações salariais do primeiro semestre de 2023
resultaram em reajustes acima da inflação acumulada
pelo INPC. É a maior proporção desde 2018, quando
83,54% das negociações resultaram em ganho real.
No primeiro semestre, o reajuste mediano foi 0,79%
superior à inflação. Todos os seis meses registraram
ganhos acima do INPC, segundo a fundação.
Construção civil lidera
A construção civil tem os maiores ganhos reais no
primeiro semestre, com um reajuste mediano 1,67%
superior à inflação. Em seguida, aparecem
agropecuária (1,17%), serviços (0,79%), indústria
(0,76%) e comércio (0,07%).
Nas aberturas por regiões do País, os destaques
ficam com Centro-Oeste (1,17%) e Sudeste (1,07%),
seguidos por Sul (0,67%), Norte (0,53%) e Nordeste
(0,32%). A categoria “interestadual” teve reajuste
real mediano de 0,09%.
Entre os Estados, os maiores reajustes reais
medianos foram contabilizados no Amapá (1,77%), Mato
Grosso do Sul (1,29%) e Distrito Federal, Espírito
Santo e Piauí (todos com 1,17%). Na ponta oposta,
aparecem Pernambuco e Roraima (0,17%), Amazonas
(0,11%) e Alagoas e Bahia (0,07%).
Fonte: InfoMoney
31/07/2023 -
Bolsonaro usou doações de pix para fazer
investimentos em renda fixa
Doações a Bolsonaro se referem “provavelmente” à
campanha para pagar multas recebidas durante seu
mandato presidencial
O pretexto era levantar recursos para, supostamente,
ajudar Jair Bolsonaro a financiar sua defesa frente
aos processos judiciais de que era alvo. Mas o
ex-presidente percebeu que a “vaquinha” poderia
ajudá-lo a faturar milhões e investiu todo o valor –
R$ 17 milhões doados via pix – em investimentos de
renda fixa.
A denúncia foi feita pelo Coaf (Conselho de Controle
de Atividades Financeiras) e divulgada pelo jornal O
Globo. Segundo o veículo, as doações a Bolsonaro se
referem “provavelmente” à campanha para pagar multas
recebidas durante seu mandato presidencial. Mas o
destino do dinheiro está longe de ser para esses
fins.
“O relatório mostra que o aporte milionário se deu
em títulos de Certificado de Depósito Bancário (CDB)
e RDB (Recibo de Depósito Bancário), duas das
principais modalidades de investimentos de renda
fixa. Em linhas gerais, a valorização, neste tipo de
transação, ocorre atrelada à taxa básica de juros, a
Selic, hoje fixada em 13,75% ao ano”, diz O Globo.
Bolsonaro foi multado por não usar máscara de
proteção em São Paulo durante as fases mais críticas
da pandemia de Covid-19. Como o ex-presidente não
pagou as multas, a Justiça pela Procuradoria Geral
do Estado (PGE), uma vez acionada, estipulou as
multas.
Fonte: Portal Vermelho
31/07/2023 -
Projeto permite uso do FGTS em construções ou
reformas
O saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) poderá ser usado pelo trabalhador para
aquisição de insumos para construções ou reformas,
de acordo com um projeto de lei (PL 2.550/2023)
apresentado pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC).
Segundo as regras atuais (Lei 8.036, de 1990), a
conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser
movimentada em situações como despedida sem justa
causa, aposentadoria, falecimento, pagamento de
financiamento imobiliário, doença grave, aquisição
de órtese ou prótese, ou atingimento de 70 anos de
idade. Para Petecão, o estímulo ao investimento na
moradia proporcionará um efeito multiplicador na
economia.
“A despeito de seu nobre fim de financiar moradias
populares, a conta do trabalhador possui rendimento
de apenas 3%, inferior ao rendimento da caderneta de
poupança, quando não são consideradas as
distribuições de resultado do fundo”, argumenta o
senador na justificativa do projeto.
O texto ainda estabelece que o Conselho Curador do
FGTS regulamentará a norma de modo a “não impactar
na sustentabilidade do fundo e das políticas que
estão entre as suas funções típicas”. A maior parte
dos recursos do fundo (pelo menos 60%, de acordo com
a lei) deve ser destinada ao financiamento de
habitação popular.
Fonte: Agência Senado
28/07/2023 -
Parcelamento de dívidas com o FGTS tem novas regras
Empresas poderão parcelar débitos em até 144
parcelas
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou
nesta quinta-feira (27) as regras para que empresas
devedoras do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) possam quitar as dívidas de forma parcelada.
Segundo o último relatório de gestão do Conselho
Curador do FGTS, 245 mil devedores estavam inscritos
na dívida ativa por dívidas que somadas alcançavam
um valor de R$ 47,3 bilhões, em 2022.
Uma das principais mudanças das regras é a ampliação
do número de parcelas, que passou de 85 meses para
pagamento em todos os casos para 100 parcelas, nos
casos de pessoas jurídicas de direito público.
Para o microempreendedor individual (MEI),
microempresa (ME), empresa de pequeno porte (EPP)
será possível parcelar em até 120 meses.
Os devedores em recuperação judicial podem parcelar
suas dívidas em até 120 meses. E nos casos de MEI,
ME e EPP em recuperação judicial, as parcelas
poderão alcançar até 144 meses.
Outra mudança importante é a operacionalização dos
parcelamentos, antes realizada integralmente pela
Caixa Econômica Federal, que agora passa à
Secretaria de Inspeção do Trabalho do MTE, nos casos
de débitos não inscritos em dívida ativa; e à
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) nos
casos inscritos em dívida ativa.
Haverá um período de transição de até um ano para
alguns casos, como os relativos às arrecadações
anteriores ao sistema FGTS Digital.
O parcelamento das dívidas de FGTS permanece
proibido para devedores inseridos no cadastro de
empregadores que tenham submetido trabalhadores a
condições análogas às de escravo. O contrato de
parcelamento pode, inclusive, ser rescindido quando
essa inserção acontecer durante o pagamento das
parcelas.
As novas regras preveem também a suspensão do
pagamento das parcelas em caso de estado de
calamidade pública no município em que o devedor
atue, mas a suspensão das parcelas só será mantida
durante o período do decreto reconhecido pela União,
com limite de até seis meses. Também será necessário
que o devedor apresente requerimento.
Fonte: Agência Brasil
28/07/2023 -
Brasil registra um acidente de trabalho a cada 51
segundos
Um acidente de trabalho é registrado a cada 51
segundos no Brasil, de acordo com dados da
Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esse
número coloca o Brasil no topo da lista de países
mais perigosos para os trabalhadores, ficando atrás
apenas de China, Índia e Indonésia.
Só em 2022, o país registrou 612,9 mil acidentes,
que causaram 2.538 mortes, um aumento de 22% em
relação a 2021.
De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos
Auditores-Fiscais do Trabalho (SINAIT), Bob Machado,
o aumento no número de acidentes laborais é um
reflexo da atual situação da inspeção do trabalho no
País.
“O Brasil conta, hoje, com o menor contingente de
auditores-fiscais do trabalho (AFTs) dos últimos 30
anos, operando com uma quantidade de profissionais
bem abaixo da ideal. Isso dificulta muito o trabalho
de fiscalização nas empresas e abre brechas para que
mais acidentes aconteçam”, disse.
Dados da OIT e do Ministério Público do Trabalho
(MPT) mostram que as principais causas de acidentes
laborais no Brasil são o descumprimento de normas
básicas de proteção aos trabalhadores e as más
condições nos ambientes de trabalho.
Para Bob Machado, isso mostra que o investimento na
prevenção de acidentes é fundamental para mudar o
atual cenário.
“Grande parte dos acidentes de trabalho poderia ser
evitada se houvesse um investimento maior na
prevenção”, pontuou o auditor-fiscal do trabalho.
Passo importante
“O recente anúncio do concurso com 900 vagas para AFTs
[feito em junho pelo governo] é um passo importante,
mas também é fundamental que empregadores e
trabalhadores entendam a importância da prevenção.
Ações simples, como averiguar o correto uso de
equipamentos de proteção individual, ajudam a criar
um ambiente de trabalho muito mais seguro”.
Na avaliação do auditor, também é importante que as
empresas invistam na realização de treinamentos
regulares para que os seus trabalhadores aprendam a
identificar – e a lidar com – situações de risco.
Até junho de 2023, segundo dados do Radar da
Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), os AFTs
já identificaram 131.062 irregularidades em Saúde e
Segurança do Trabalho (SST) em empresas brasileiras.
“Cada ocorrência dessas é a vida de um trabalhador
ou de uma trabalhadora que estava em risco. É
preciso fortalecermos essa cultura de prevenção de
acidentes para garantirmos que o Brasil seja um país
que verdadeiramente protege os seus trabalhadores”,
finalizou Bob Machado.
Fonte: Congresso em Foco
28/07/2023 -
Marcio Pochmann será novo presidente do IBGE
O governo do presidente Lula (PT), por intermédio do
ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo
Pimenta, anunciou, nesta quarta-feira (26), o nome
do novo presidente do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se do economista Marcio Pochmann. O diretor de
pesquisa, Cimar Azeredo, está, temporariamente, à
frente da presidência do órgão, desde o começo de
janeiro, quando Eduardo Rios foi exonerado. Ele
deverá ocupar o posto até a oficialização da chegada
de Pochmann.
“Marcio Pochmann que vai para o IBGE e não teve
nenhum ruído sobre isso. Vai ser o presidente, vai
assumir o IBGE”, disse Pimenta.
O ministro afirmou, ainda, que a opção de nomear o
economista para a presidência do instituto não teve
nenhuma espécie de veto dentro do governo.
Pochmann foi presidente do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), de 2007 a 2012, e
participou da transição do governo após a eleição de
Lula.
Além disso, foi presidente da Fundação Perseu Abramo,
candidato do PT à Prefeitura de Campinas, em 2012 e
2016, e também dirigiu a Secretaria Municipal do
Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade durante
gestão de Marta Suplicy (PT), em São Paulo.
Fonte: RevistaForum
28/07/2023 -
Três propostas ao ministro Marinho. Por João Franzin
Luiz Marinho foi metalúrgico, dirigente sindical,
ministro do Trabalho, prefeito de São Bernardo e
agora volta a ocupar a Pasta do Trabalho e Emprego.
É experiente, portanto.
Num governo progressista, cujo presidente da
República é também ex-metalúrgico e ex-dirigente
sindical, o Ministério do Trabalho tem que ser Pasta
forte.
Como Luiz Marinho trabalha nesse sentido, deixo aqui
três sugestões:
1) Reequipar o Ministério.
A Pasta foi destroçada pelo governo Bolsonaro. Sugiro
que o ministro Marinho comece a reforçar o
Ministério, com equipes e equipamentos, a partir dos
municípios com mais de 500 mil habitantes. São 41,
reunindo população de 58,8 milhões. Neles, vive
grande parte da massa trabalhadora urbana.
2) Campanha contra acidentes
Promover, em âmbito nacional, na mídia comercial, na
imprensa sindical e outros canais progressistas, uma
ampla campanha contra a insegurança e os acidentes
de trabalho. Acidente significa sofrimento pessoal e
às famílias. Acidente gera despesas previdenciárias.
Acidente derruba a produtividade.
3) Campanha nacional de sindicalização
Nos mesmos canais apontados no Item 2. Mostrar que a
sindicalização agrega pessoas e grupos sociais,
valoriza as entidades de classe, eleva a
conscientização dos trabalhadores, reduz a
rotatividade e ajuda a elevar salários.
Sugeri isso ao ministro Marinho, durante live
recente, e ele, educadamente, saiu pela tangente,
sob alegação de que essa tarefa cabe mais às
entidades e às Centrais Sindicais e que não é bem
esse o papel de um órgão governamental. Mas as
Centrais, cá entre nós, não sindicalizam.
De todo modo, retorno aos temas e espero de Luiz
Marinho a compreensão de que sindicalizar
significará agregar pessoas em torno de uma agenda
construtiva, ajudando a reduzir os impactos da
insidiosa divisão promovida pelo bolsonarismo.
O combate aos acidentes ajudará a própria rede
pública de saúde, que é ocupada quando chegam aos
postos e hospitais os afetados, atingidos ou
mutilados nos ambientes de trabalho.
Em tempo: sou sindicalizado desde 1979.
João Franzin. Jornalista da Agência Sindical.
Matrícula no Sindicato – 6068-SP.
Acesse – www.facebook.com/joao.franzin.1
Fonte: Agência Sindical
28/07/2023 -
Mesa Nacional recebe reivindicações dos servidores e
nova reunião é agendada para agosto
Os integrantes da MNNP (Mesa Nacional de Negociação
Permanente), compostas pelas bancadas do governo e
sindical se reuniram, nesta terça-feira (25), para
que as entidades pudessem entregar a agenda de
reivindicações.
A terceira reunião da Mesa Nacional está agendada
para a próxima sexta-feira (4).
Na oportunidade, serão tratadas pelas centrais
sindicais e os fóruns Fonacate (Carreiras Típicas de
Estado) e Fonasefe (Servidores Públicos Federais),
as pautas não remuneratórias que englobam diversas
questões essenciais para os segmentos do Executivo
federal.
Entre essas pautas estão a revogação das IN
(instruções normativas) 2/18 e 54/21, que limitam a
participação de servidores em atividades
associativas e sindicais. Há, ainda, os decretos
10.620/21, que transferiu a gestão de aposentadorias
e pensões para o INSS; e 9.262/18, que extingue
cargos efetivos vagos.
Mandato classista
Integram ainda as reivindicações dos servidores, a
liberação do mandato classista, a defesa da
consignação das mensalidades de entidades
associativas, entre outras demandas das entidades.
As centrais sindicais também cobram o cumprimento do
piso da enfermagem e reivindicam a regulamentação da
Convenção 151, da OIT (Organização Internacional do
Trabalho), que trata da negociação coletiva e do
direito de greve no setor público, pautas históricas
dos servidores públicos.
Coordenação das negociações
O secretário de Relações de Trabalho do MGI
(Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços
Públicos), José Lopez Feijóo, coordenou as
negociações. “Pelo diálogo, pela conversa e pela
negociação permanente, todos nós da mesa estamos
buscando soluções para as demandas apresentadas,
seja pelos servidores, seja pelo governo”, declarou
o secretário.
Feijóo acrescentou que “a mesa veio para preencher
lacuna da Constituição Federal: ao reconhecer o
direito a servidoras e servidores de se organizarem
em sindicato, mas não previu o direito à negociação.
A mesa supre essa lacuna”.
Fonte: Diap
28/07/2023 -
'Assédio no trabalho é porta de entrada para
adoecimento psíquico', afirma ministro do TST
Membro do Tribunal Superior do Trabalho, Alberto
Bastos Balazeiro lembra que empresas devem ter meio
anônimo de denúncia
Mensalmente, o Tribunal de Justiça do Trabalho (TST)
recebe, em média, mais de 6,4 mil ações relacionadas
a assédio moral no trabalho. A corte é a instância
máxima em processos do tipo, portanto, o número dá
uma dimensão real do tamanho do problema que o país
enfrenta, avalia o ministro do TST, Alberto Bastos
Balazeiro.
“Isso mostra que o ambiente de trabalho no Brasil
está dominado pela competitividade”, afirma o
ministro em entrevista à edição desta quarta-feira
(26) do programa Bem Viver.
Segundo Balazeiro, o que mais preocupa o TST é o
chamado assédio moral institucional. “Ele acontece
quando a cultura da empresa estimula a competição
entre os trabalhadores”.
O ministro reconhece que é esperado que dentro do
ambiente profissional aconteça uma disputa
respeitosa entre os funcionários, porém, “não
podemos permitir que empresas públicas ou privadas
disseminem essa competição desmedida para, no
popular, estimular que as pessoas passem por cima
uma da outra”,
“O ambiente de trabalho se baseia no princípio
constitucional de solidariedade”, lembra o
especialista que também é coordenador nacional do
Programa Trabalho Seguro.
“O assédio moral é porta de entrada para o
adoecimento psíquico, por exemplo. É um dos fatores
graves de afastamento de trabalhadores no mundo
inteiro e pesquisas denotam esse crescimento,
principalmente durante e após a pandemia”.
Como identificar
Fora este, existem também mais três tipos de assédio:
o vertical descendente, quando o chefe age contra um
subordinado; o ascendente, que é o inverso do
anterior; e o horizontal, quando acontece entre
funcionários do mesmo nível de hierarquia.
Sobre o descendente, Balazeiro explica as diferentes
formas que ele pode acontecer.
“Não se trata apenas do chefe demandar
excessivamente o trabalhador. Pode acontecer
justamente o contrário, ele exclui o funcionário,
não passando nenhuma demanda, ou convocando uma
reunião sem chamar este ou aquele. Ou até chama, mas
ignorar a presença da pessoa”.
A partir do exemplo, o ministro explica o conceito
de assédio no trabalho.
“Assédio é a repetição de condutas que visam
excluir, seja por ofensas, cobras excessivas ou por
não passar trabalho, algum membro da equipe”.
“E tem uma terceira característica que é degradar o
ambiente de trabalho. A ambiente é feito para ter um
nível de saúde e segurança”, lembra o ministro.
Por fim, Balazeiro pondera que “nas relações de
trabalho existem discussões, que até fogem das
regras de convivência, por exemplo um xingamento, um
desentendimento, isso acontece muito em condições
verticais, quando existem hierarquias”.
Por tanto, isso não necessariamente é assédio,
quando acontece de forma isolada. Mas deve ter
atenção quando a conduta tem repetição ou frequência.
O que fazer
Toda empresa, seja pública ou privada, deve ter canais
anônimos para receber denúncias de assédio. “Se não
tem, essa já é uma denúncia”, alerta Balazeiro.
Outro caminho possível, é o Ministério Público do
Trabalho, que recebe denúncias pela página oficial
da instituição.
O ministro também lembra que o próprio Ministério do
Trabalho tem canais.
Por fim, Balazeiro lembra de contar com o apoio dos
sindicatos para situações do tipo.
Fonte: Brasil de Fato
27/07/2023 -
Uma regra de ouro nas relações de trabalho –
Clemente Ganz Lúcio
Uma das principais atribuições dos sindicatos é
promover a ampla proteção coletiva dos trabalhadores
e das trabalhadoras, regulando por meio de acordos
ou convenções coletivas as regras que regem as
relações de trabalho. Definem assim os parâmetros de
correção e de aumento dos salários, de duração e
controle da jornada de trabalho, tratam das formas e
procedimentos de contratação, dos benefícios diretos
e indiretos (auxílio creche, vale transporte,
auxílio moradia, etc.), dos adicionais de férias,
hora extra, periculosidade, insalubridade, de
formação profissional, de regras para promover a
igualdade entre homens e mulheres, para combater o
racismo, entre outros itens que compõem a pauta
sindical e que fazem parte dos processos negociais.
Quem se beneficia e deve seguir as regras
estabelecidas em acordos ou convenções coletivas?
Todos os trabalhadores e todas as empresas ou
somente os seus sócios? A resposta a esta questão
define característica essencial de um sistema de
relações de trabalho.
Há países no qual o sistema de relações do trabalho
define que as regras estabelecidas pelos contratos
coletivos protegem e devem ser seguidas somente
pelos associados, sejam os trabalhadores, sejam as
empresas. Ou seja, de um lado, somente as empresas
filiadas a uma organização empresarial que negociou
e celebrou uma convenção coletiva terão a obrigação
de cumprir suas regras e, de outro lado, somente
terão acesso às regras e delas se beneficiarão os
trabalhadores sindicalizados. Portanto, neste caso,
as empresas não sócias não precisam cumprir aquelas
regras estabelecidas nos instrumentos coletivos e os
trabalhadores não sindicalizados não têm acesso
àqueles direitos ou proteção.
Os países que praticam essa norma consideram os
efeitos perversos das exclusões e acabam adotando
procedimentos corretivos, como o de atribuir ao
governo, à justiça ou ao próprio setor empresarial o
direito de estender os benefícios de um contrato
coletivo aos trabalhadores não sindicalizados ou
vincular as empresas não filiadas para seguirem um
determinado contrato coletivo ou, ainda, estas tomam
a iniciativa de aderir voluntariamente.
Esses modelos favorecem e incentivam uma
concorrência desequilibrada entre empresas, atuam
para aumentar as desigualdades salariais, econômicas
e sociais; as disputas são mais frequentes e os
conflitos em maior número e intensidade.
No Brasil e em muitos outros países, adota-se outra
regra que formata um modelo diferente. Há uma sábia
regra que vale ouro para o sistema de relações de
trabalho e o sistema sindical.
A concepção que fundamenta o nosso sistema de
relações de trabalho considera o sindicato uma
organização de representação coletiva de interesse
geral, tanto dos trabalhadores como dos
empregadores. Como tal, as entidades sindicais têm
atribuição constitucional para definir as regras que
regem as relações de trabalho de todos os que fazem
parte de um âmbito de negociação.
De um lado, a representação coletiva reúne todos os
trabalhadores como categoria profissional e de
outro, todos os empregadores estão agrupados como
categoria econômica. Através dessa reunião,
expressam seus interesses gerais e específicos
delegando aos sindicatos e estes, quando necessário,
às suas estruturas verticais, o poder de
representação e de pactuação. A atribuição
constitucional de definir regras e normas para as
relações de trabalho por meio de acordos ou
convenções coletivas que são vinculantes para todos
os que participam de um âmbito de negociação é uma
regra de ouro.
Portanto, no sistema de relações de trabalho
brasileiro, o sindicato representa nos processos
negociais o coletivo abrangido pelo âmbito de
negociação, sócio e não sócio. Essa regra atribui um
poder regulador essencial e de alta escala aos
sindicatos – de trabalhadores e patronais –, o que
repercute em princípios para o exercício dessa
representação coletiva.
A experiência e as normas consagraram as
assembleias, nas quais participam sócios e não
sócios, como a instância de legitimação do sujeito
sindical para o exercício da representação coletiva.
São as assembleias e os processos de consulta e de
deliberação, atualmente também recepcionados pelos
meios virtuais e pela internet, o meio de expressão
e de processamento deliberativo para autorizar o
sindicato a iniciar e conduzir um determinado
processo negocial, formar a pauta com as demandas ou
propostas das partes, tratar das estratégias e
planos de negociação e de campanhas, debater e
deliberar sobre cada etapa, tratar da greve ou das
mobilizações, deliberar pelo aceite da proposta
construída na mesa de negociação, autorizar a
assinatura do acordo e a forma de financiar os
investimentos no processo negocial e na organização
sindical.
Todos devem ser convocados para uma participação que
é voluntária, porém deliberativa, autorizatória, com
direito propositivo e de oposição. Ausência
significa delegação para a deliberação tomada pela
maioria.
Essas regras que estendem os termos estabelecidos
nas negociações para todos, também denominada de
erga omnes, geralmente estão definidas nas leis que
regulam o sistema de relações de trabalho, as
negociações coletivas e o sistema sindical. A
literatura indica que esse modelo simplifica o
sistema, reduz custos de transação para as empresas,
atua para aumentar a equidade salarial, econômica e
social, diminui as disputas entre empresas e reduz
os conflitos. Essa regra faz parte do sistema
sindical brasileiro e é uma expressão da sua
virtude.
*Clemente Ganz Lúcio é sociólogo, coordenador do
Fórum das Centrais Sindicais, consultor, membro do
CDESS – Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social Sustentável da Presidência da República,
membro do Conselho da Oxfam Brasil e ex-diretor
técnico do DIEESE (2004/2020)
Fonte: Agência Sindical
27/07/2023 -
Atualização da legislação trabalhista em pauta
Sindicalismo sabe que a tramitação de matérias
trabalhistas exige uma ampla negociação no Congresso
Nacional
A frente “Vamos Juntos pelo Brasil”, formada pelo
PT, PSB, PCdoB, PV, PSOL, Rede e Solidariedade,
apresentou para o debate eleitoral o documento
denominado “Diretrizes para o Programa de
Reconstrução e Transformação do Brasil”.
Este documento aponta que “o novo governo irá
propor, a partir de um amplo debate e negociação,
uma nova legislação trabalhista de extensa proteção
social a todas as formas de ocupação, de emprego e
de relação do trabalho”.
Para cumprir esta proposição, as diretrizes ponderam
que é necessário revogar os marcos regressivos da
atual legislação trabalhista, agravados pela última
reforma, e incentivar a reestruturação sindical e
democratização das relações do trabalho.
Para tanto, o governo Lula baixou o decreto nº
11.477, de 6 de abril de 2023, instituindo o Grupo
de Trabalho Interministerial – GTI – para elaborar
proposta de reestruturação das relações do trabalho
e valorização da negociação coletiva.
Esse GTI é um órgão tripartite com 36 representantes
(12 do Governo federal, 12 dos trabalhadores e 12
dos empresários) e é coordenado pelo Ministério do
Trabalho e Emprego.
Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o GTI
deve apresentar proposta negociada ainda neste mês
de julho. “Não vai ter revogaço”, diz o ministro,
mas, sim, um projeto de lei para revisar pontos da
reforma trabalhista.
Dentre os pontos principais, o projeto de lei deve
tratar da ultratividade (manutenção do acordo ou
convenção coletiva para além do prazo de sua
vigência) regulamentação da terceirização e
contribuição negocial para toda a categoria.
O sindicalismo sabe que a tramitação de matérias
trabalhistas exige uma ampla negociação no Congresso
Nacional. Por isso, o consenso no GTI é fundamental
para conquistar o apoio de setores refratários à
mudança na legislação trabalhista.
Fonte: Portal Vermelho
27/07/2023 -
Em seis meses, mercado muda a percepção sobre a
política econômica do governo
Enquanto o FMI elevou a previsão de crescimento
do PIB para 2,1%, em 2023, a agência Fitch, de
classificação de risco, aumentou a nota de crédito
do país para BB
Em seis meses, o governo federal mudou a percepção
do mercado quanto a política econômica. Nesta terça,
o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a
previsão de crescimento para 2,1%, em 2023, enquanto
a agência Fitch aumentou a nota de crédito do Brasil
para BB.
Em abril, o FMI projetava o crescimento do Produto
Interno Bruto brasileiro em 0,9%. Nesta terça, o
Panorama Econômico Mundial atualizou o índice,
aumentando a expectativa em 1,2%. Segundo o órgão, a
melhora da previsão foi atribuída à forte produção
agrícola no primeiro semestre.
Já agência de classificação de risco Fitch elevou a
nota de crédito para BB, cuja perspectiva é
considerada estável. O país havia sido rebaixado
para o patamar BB- em 2018, no governo do golpista
Michel Temer.
“A atualização do Brasil reflete um desempenho
macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em
meio a sucessivos choques nos últimos anos,
políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a
expectativa da Fitch de que o novo governo
trabalhará para melhorias adicionais”, diz o
comunicado da Fitch.
A nova classificação sugere que o Brasil está menos
vulnerável ao risco no curto prazo. Recentemente, o
marco fiscal foi aprovado pelo Congresso e a reforma
tributária passou pela Câmara e segue para o Senado.
As recentes demonstrações dos órgãos do mercado
contrastam com o sentimento que a Faria Lima nutria
a respeito das políticas do governo Lula. O próprio
ex-ministro da Fazenda, ministro Paulo Guedes, em
entrevista para um canal do YouTube, em 2021, previu
que o país poderia virar uma Argentina em seis meses
e uma Venezuela, um ano e meio se o Brasil tomar as
decisões erradas".
Fonte: Portal Vermelho
27/07/2023 -
Haddad diz esperar que Selic feche o ano a 12%
Haddad disse ainda que se nada acontecer na
próxima reunião do Copom --em 1 e 2 de agosto-- isso
vai "surpreender o mundo, não só o Brasil"
(Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
afirmou esperar que a taxa básica de juros encerre
este ano em 12%, dizendo que dificilmente a Selic
pode fechar abaixo de dois dígitos.
Em entrevista ao portal Metrópoles, Haddad disse
ainda que se nada acontecer na próxima reunião do
Copom --em 1 e 2 de agosto-- isso vai "surpreender o
mundo, não só o Brasil". Segundo o ministro, a
permanência de Roberto Campos Neto como presidente
do BC até o fim do mandato é "questão de foro
íntimo".
No início da tarde desta quarta-feira, as taxas dos
contratos futuros de juros precificavam 68% de
chances de o Comitê de Política Monetária (Copom) do
Banco Central cortar a taxa básica Selic em 0,50
ponto percentual na próxima semana. A Selic está
atualmente em 13,75%. A probabilidade para corte de
0,25 ponto estava precificada em 32%.
Fonte: Brasil247
27/07/2023 -
Duas sugestões
A grande tarefa do ministro Marinho e de sua
equipe é a de revitalizar o Ministério do Trabalho,
extinto, recriado e destroçado pelo governo
Bolsonaro.
João Guilherme Vargas Netto*
Assim como na Revolução de 30, o ministério deve ter
atualmente papel central, reestruturado orçamentária
e funcionalmente.
O movimento sindical dos trabalhadores apoia estes
esforços, fazendo desses exigência e participando
com empenho nos diversos conselhos criados,
reforçando as fiscalizações e as superintendências.
Interessa aos trabalhadores, aos empresários e ao
governo ministério forte, dentro dos ditames
constitucionais, civilizatório e indutor de relações
do trabalho justas e democráticas em contexto de
desenvolvimento econômico e superação das
dificuldades.
Como contribuição para este bom desempenho sugiro 2
iniciativas que, a meu juízo, contribuiriam para o
avanço da pauta sindical atendida pelo ministério.
Campanha de sindicalização
Sugiro que o ministério patrocine campanha
institucional, nos meios de comunicação de massa —
grandes veículos e redes sociais — em defesa da
sindicalização.
Isso foi feito, por exemplo, no começo da década de
80 do século passado depois da vitória oposicionista
de 1982 no governo do Mato Grosso do Sul, com
resultados espetaculares. A campanha dizia,
simplesmente, “Sindicalize-se, faz bem para você,
faz bem para o Brasil”.
A campanha ministerial seria apoiada com ênfase pelo
movimento sindical que realizaria as suas próprias
campanhas de sindicalização e ressindicalização.
Pesquisa qualitativa
Outra iniciativa que sugiro é a da realização, pelo
ministério, contratando empresa especializada, de
pesquisa qualitativa sobre o que querem os
trabalhadores de aplicativos, capaz de orientar com
seus resultados todas as ações a serem empreendidas
neste complexo assunto, com a aquiescência dos
diretamente interessados.
(*) Membro do corpo técnico do Diap, é consultor
de entidades sindicais de trabalhadores
Fonte: Diap
26/07/2023 -
FGTS aprova distribuição de R$ 12,7 bilhões a
trabalhadores
Partilha deverá ser paga pela Caixa até 31 de
agosto
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) aprovou, nesta terça-feira (25), a
distribuição de quase R$ 12,848 bilhões entre os
trabalhadores que têm contas vinculadas ao fundo.
O valor total é o resultado líquido positivo obtido
pelo FGTS em 2022, ou seja, a diferença entre as
receitas (rendas/rendimentos com operações de
crédito, com títulos públicos federais e demais
títulos e valores mobiliários, entre outras) e as
despesas (remuneração das contas vinculadas, de TR +
3% ao ano, taxa de administração e outras).
Segundo o balanço apresentado nesta terça (25),
durante a reunião do Conselho Curador, no ano
passado, as receitas do Fundo somaram,
aproximadamente, R$ 49,7 bi. Já as despesas foram de
pouco mais de R$ 36,9 bi.
Os conselheiros aprovaram a distribuição de 99% dos
R$ 12,848 bi, ou seja, de cerca de R$ 12,712 bi. De
acordo com a Lei nº 13.466, de 2017, têm direito a
parte desta quantia os trabalhadores que tinham
saldo em contas vinculadas do fundo em 31 de
dezembro de 2022. A partilha será proporcional ao
saldo de cada conta vinculada e deverá ser
operacionalizada pela Caixa até 31 de agosto deste
ano.
A distribuição de resultado do FGTS tem o objetivo
de elevar a rentabilidade das contas vinculadas do
trabalhador. O valor referente à distribuição dos
resultados passa a compor o saldo da conta vinculada
e só pode ser sacado nas situações previstas em lei,
como nos casos de rescisão sem justa causa,
saque-aniversário, aposentadoria, aquisição da casa
própria e outros.
Fonte: Agência Brasil
26/07/2023 -
Igualdade tem pressa, diz ministra Cida
Plenária completamente lotada nos Químicos de SP
recepcionou na tarde desta segunda (24) a ministra
da Mulher, Cida Gonçalves. Na plateia, sindicalistas
de várias categorias profissionais, Centrais,
movimentos sociais diversos e coletivos femininos.
A ministra foi clara e enfatizou que a prioridade é
fazer funcionar a Lei da Igualdade Salarial
(14.611/2023) sancionada por Lula dia 3 de julho.
“Esperamos séculos por uma conquista desse alcance.
Agora, temos que fazer a lei funcionar na prática.
Isso é prioridade na minha Pasta”, disse.
Para Cida Gonçalves, não se trata de tarefa
exclusivamente feminina ou de seu Ministério. “É
tarefa de toda a Nação. Mulheres, homens,
empresários e governos”, afirmou. A ministra também
mencionou ação conjunta entre a Pasta da Mulher e o
Ministério do Trabalho e Emprego.
Segundo disse à plenária, lotada e atenta, “é
preciso identificar os locais que descumprem a lei e
denunciar”. A partir da denúncia, explicou Cida
Gonçalves, “o Ministério do Trabalho mobiliza seus
Auditores Fiscais”. Mas, enfatizou, é preciso atuar
na apuração do descumprimento e não deixar de
denunciar.
A organização do evento entregou à ministra da
Mulher Documento das entidades.
Violência – Cida Gonçalves fez um chamamento ao
combate à violência que vitima as mulheres, no
trabalho ou no ambiente doméstico. Ela também
criticou a acomodação masculina frente às tarefas de
casa. E alfinetou: “Só lavar um copo não basta. Tem
que fazer o churrasco, sim, mas também preparar o
arroz, a farofa, o vinagrete e a maionese”.
Mais – Assista no canal da TVT.
Fonte: Agência Sindical
26/07/2023 -
STF discutirá ampliação de prazo prescricional em
execução trabalhista
A Consif (Confederação Nacional do Sistema
Financeiro) ajuizou ação no STF (Supremo Tribunal
Federal) para questionar decisões da Justiça do
Trabalho que aplicam o prazo prescricional de 5 anos
para o ajuizamento de execuções individuais de
sentenças proferidas em ações coletivas. No Notícias
STF
O tema está em discussão na ADPF 1.075, distribuída
ao ministro Dias Toffoli.
Na ação, a confederação patronal pede que o STF
declare a inconstitucionalidade de conjunto de
decisões que entendem que o prazo de 5 anos previsto
na lei da ação popular (Lei 4.717/65) seria também
aplicável às ações civis públicas e coletivas.
Para a Consif, o prazo prescricional trabalhista de
2 anos previsto na CF (artigo 7º, inciso XXIX) não
poderia ser alterado pelo julgador, nem mesmo para
ampliar garantia ao empregado hipossuficiente.
Posição patronal
Segundo a entidade, as decisões afrontam o princípio
da isonomia, ao aplicar o benefício apenas a
trabalhadores que têm direitos reconhecidos em ações
coletivas, além dos princípios da segurança jurídica
e da separação dos Poderes.
O ministro Dias Toffoli solicitou informações às
autoridades envolvidas e decidiu remeter o exame da
matéria diretamente ao plenário.
Interrupção de prazo prescricional
Em outra ação, a Consif pede que o STF declare a
constitucionalidade do artigo 11, parágrafo 3º, da
CLT.
O dispositivo, incluído pela Reforma Trabalhista
(Lei 13.467/17), passou a prever, de forma
explícita, que a interrupção da prescrição para
discutir créditos resultantes das relações de
trabalho somente ocorrerá pelo ajuizamento de
reclamação trabalhista.
Na ADC 86, a entidade alega que decisões da Justiça
do Trabalho têm afastado a aplicação da norma sem,
contudo, declará-la inconstitucional, fomentando
“verdadeiro estado de incerteza”.
O relator é o ministro Edson Fachin. Os processos
são: ADPF 1.075 e ADC 86.
Fonte: Diap
26/07/2023 -
Supremo anula decisão do TRF-3 sobre tributação do
terço de férias
Por entender que o TRF-3 (Tribunal Regional
Federal da 3ª Região) afrontou decisão do STF
(Supremo Tribunal Federal), a ministra Cármen Lúcia,
do STF, anulou sentença sobre tributação do terço de
férias e reafirmou a suspensão dos processos sobre a
matéria. No Conjur
Na reclamação, o autor lembrou que, no mês passado,
o ministro André Mendonça, nos autos do RE
1.072.485, proferiu decisão em que decretou a
suspensão, em todo o território nacional, dos feitos
judiciais que versem sobre a questão presente no
Tema 985, que discute se é legítima a incidência de
contribuição social sobre o valor do terço
constitucional de férias.
O reclamante sustentou que, após a publicação da
decisão, o TRF-3 se posicionou no processo de
origem, e em outros pendentes de análise, de forma
contrária ao entendimento do STF, violando,
portanto, a competência do Supremo.
Ao analisar o caso, a ministra deu razão aos
argumentos do autor. “Pelo exposto, julgo procedente
a presente reclamação, para cassar a decisão
reclamada e determinar o sobrestamento do Processo
5002452-76.2018.4.03.6100 até o julgamento dos
embargos de declaração no Recurso Extraordinário
1.072.485, Tema 985, pelo Supremo Tribunal Federal”,
resumiu ela.
O autor da ação teve a causa patrocinada pelo
advogado Reginaldo Bueno, sócio da área tributária
do escritório CMT. O causídico entende que “a
decisão da reclamação preserva o contribuinte
justamente naquilo que foi o motivador da decisão do
ministro Mendonça: evitar resultados
anti-isonômicos, ajustando uma equivocada decisão do
TRF3”.
Fonte: Diap
26/07/2023 -
Lula volta a prometer isenção do IR a salários de
até R$5 mil e defende imposto sobre dividendos
"Até o final do meu mandato quem ganha até 5 mil
reais não vai pagar imposto de renda", insistiu o
presidente Lula, repetindo uma promessa feita na
campanha eleitoral
Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
reiterou nesta segunda-feira a promessa de isentar
de imposto de renda os salários de até 5 mil reais e
afirmou que quem vive de dividendos deveria pagar
imposto.
Em sua transmissão ao vivo semanal nas redes
sociais, o presidente também disse que foi eleito
para "cuidar do povo trabalhador", e afirmou que
banqueiros não precisam ser cuidados pelo governo.
"Até o final do meu mandato, quem ganha até 5 mil
(reais) não vai pagar imposto de renda. Escute o que
eu estou falando: até o final do meu mandato quem
ganha até 5 mil reais não vai pagar imposto de
renda", insistiu Lula, repetindo uma promessa feita
na campanha eleitoral do ano passado.
"Quem tem que pagar imposto de renda é quem é rico,
é quem vive de dividendo, quem sonega, não é o povo
trabalhador", acrescentou.
Em maio, o governo editou uma medida provisória que
eleva a isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física
para salários até 2.640 reais, equivalente a dois
salários mínimos.
Também em maio, o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, disse que ainda não sabe como viabilizar a
promessa de Lula de isentar do IR os salários de até
5 mil reais, em meio ao atual cenário fiscal do
país. O ministro lembrou que a medida é uma
"determinação do governo", mas que se trata de uma
"tarefa desafiadora".
Haddad também pretende encaminhar ao Congresso até o
final deste ano uma proposta de reforma da
tributação sobre a renda, que deve incluir a volta
da taxação sobre lucros e dividendos. O ministro, ao
mesmo tempo, reconheceu recentemente que esta parte
da reforma tributária deverá enfrentar mais
resistências do que a reforma da tributação sobre o
consumo, aprovada na Câmara dos Deputados e que
agora tramita no Senado.
Em sua live, Lula também disse que voltou a governar
o Brasil para cuidar dos mais pobres, mas não dos
banqueiros.
"O papel do governante é cuidar das pessoas. Aliás,
a palavra governar deveria ser abolida. É o
seguinte: eu vou ser eleito para cuidar, cuidar do
quê? Cuidar do povo. Que povo? Porque tem um povo
que não precisa que você cuide, banqueiro não
precisa que você cuide", disse Lula.
"Você precisa cuidar daquelas pessoas que trabalham,
que pagam imposto de renda, que estão desempregadas,
aquelas pessoas que estão sem casa. São essas
pessoas que precisam da figura do Estado",
acrescentou.
Fonte: Brasil247
26/07/2023 -
Governo prepara programa para reduzir depreciação da
indústria
Previsão é que incentivo para renovação de
maquinário varie entre R$ 3 bilhões a R$ 15 bilhões,
ao ano a partir do ano que vem
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, na
segunda-feira (24), que o orçamento para a chamada
depreciação acelerada, um novo programa de incentivo
que o governo irá conceder à indústria para a
renovação de maquinário, pode variar de R$ 3 bilhões
a R$ 15 bilhões ao ano a partir do ano que vem.
Segundo ele, vai depender do alcance da medida e das
condições que forem aprovadas pelo Congresso no
Orçamento.
“Hoje, reafirmamos o compromisso com a tese da
depreciação acelerada já para 2024. Mas ainda vamos
definir o alcance dela, que pode variar em relação
aos setores que vai abranger, em relação ao
encurtamento do prazo”, afirmou ministro.
“O pacote geral pode chegar a R$ 15 bilhões, mas ele
pode sair de R$ 3 bilhões, de R$ 5 bilhões, de R$ 9
bilhões… Vai depender muito do espaço que o
Congresso nos permitir em função das leis que nos
são encaminhadas”, acrescentou.
Haddad falou aos jornalistas ao lado do
vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio,
Geraldo Alckmin, depois de uma reunião no Palácio do
Planalto. Alckmin disse que a conversa com Haddad
havia sido sobre a produtividade da indústria. Na
avaliação do governo, a indústria nacional perde
competitividade com a “depreciação acelerada” das
suas plantas de produção, e o novo incentivo servirá
para reduzir esse processo.
Juros sobre capital
O ministro da Fazenda também confirmou ontem que o
governo estuda acabar com os juros sobre capital
próprio (JCP) no ano que vem. “É uma das medidas que
estão sendo elaboradas pela Fazenda”, disse.
A medida se insere no objetivo do governo de tentar
elevar a arrecadação para zerar o déficit das contas
públicas em 2024, compromisso previsto pelo projeto
do novo arcabouço fiscal. Em abril, Haddad anunciou
que havia pedido à sua equipe para fazer estudos
sobre o JCP, mecanismo previsto na legislação
brasileira que as empresas utilizam para distribuir
lucros aos seus acionistas.
Fonte: InfoMoney
26/07/2023 -
Mercado reduz previsão da inflação de 4,95% para
4,9% este ano
A previsão do mercado financeiro para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) –
considerado a inflação oficial do país – caiu de
4,95% para 4,9% neste ano. A estimativa está no
Boletim Focus desta terça-feira (25), pesquisa
divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a
expectativa de instituições financeiras para os
principais indicadores econômicos.
Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,9%.
Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os
dois anos.
A estimativa para este ano está acima do teto da
meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC.
Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a
meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para
baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o
superior 4,75%. Segundo o BC, no último Relatório de
Inflação a chance de a inflação oficial superar o
teto da meta em 2023 era de 61%.
A projeção do mercado para a inflação de 2024 também
está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%,
mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5
ponto percentual.
Fonte: Agência Brasil
25/07/2023 -
Contrarreforma “é devastadora do ponto de vista dos
direitos”, diz Marinho
Em entrevista ao portal Jota, o ministro do
Trabalho e Emprego, Luiz Marinho falou que não vai
ter “revogaço puro e simples, por canetaço [da
Reforma Trabalhista]. Não vai ter revogaço.”
“Temos um governo democrático, de composição com uma
base ampla e sabemos as contradições no mercado de
trabalho e no Congresso. Portanto, teremos mais
chances se a gente conseguir [debater as mudanças]
nos fóruns tripartites, o que já fazíamos nos
governos Lula 1 e 2, e Dilma, com as plenárias, as
conferências, os conselhos”, explicou.
Projeto de lei
“[...] até o fim de julho”, o GT (Grupo de Trabalho)
deve entregar ao ministro “formatação desse processo
para que a gente transforme rapidamente em projeto
de lei para encaminhar ao Congresso, com revisão de
pontos da legislação trabalhista”, disse Marinho.
“Assim como a lógica de pensar a reconstrução dos
sindicatos”, acrescentou.
Ultratividade
Um dos temas que deverá voltar a vigorar é a
ultratividade revogada com a Reforma Trabalhista no
contexto da Lei 13.467/17.
“Se você fez um contrato coletivo e não renovou,
porque o empregador está dificultando as
negociações, a cláusula desse contrato tem validade
enquanto outro contrato não substituí-lo. Isso
acabou na última reforma. Se o contrato coletivo tem
valor de lei, ele não pode expirar em uma data, a
não ser que esteja lá [registrado que] ‘esta
cláusula vale por tempo determinado’”, lembrou
Marinho.
O princípio da ultratividade consiste na prolongação
dos efeitos de determinada norma — no caso,
convenção ou acordo coletivo de trabalho —, para
além do prazo de vigência dessa. Desse modo, até que
nova convenção ou acordo se estabeleça, vale a
anterior.
Nova contribuição sindical
No debate em torno da reestruturação da organização
sindical, o ministro disse que está se pensando
“criar uma contribuição compulsória quando das
negociações coletivas para o conjunto da categoria.”
A nova contribuição deve ser baseada na legitimidade
do processo negocial.
Essa nova contribuição teria incidência para todos
os trabalhadores, sindicalizado ou não, pois,
segundo Marinho, “se o sindicato presta um serviço e
você se beneficia, é justo que contribua com essa
prestação de serviço, como, por exemplo, as
negociações coletivas. O sindicato faz o
investimento quando sua direção vai ao Congresso
conversar com deputados e senadores para pensar a
legislação trabalhista de interesse dos
trabalhadores. Então, é justo que o conjunto da
categoria contribua para a manutenção desse sistema.
Pode fazer oposição? Sim.”
Leia a íntegra da entrevista
Fonte: Diap
25/07/2023 -
Gleisi Hoffmann volta a defender revisão da reforma
trabalhista
Durante o evento de posse da nova diretoria do
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, neste domingo
(23), em São Bernardo do Campo (SP), a presidente
nacional do PT, Gleisi Hoffmann, voltou a defender
revisão da reforma trabalhista.
Gleisi convocou os trabalhadores e os metalúrgicos a
lutarem contra a taxa Selic e protestou contra o
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
alvo de críticas constantes do presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Este presidente do Banco Central está tentando
sabotar o Brasil”, disse. Lula também estava
presente no evento.
Ao longo de 2022 e no início de 2023, Gleisi fez uma
série de críticas ao novo modelo da legislação
trabalhista implementado pela gestão de Michel
Temer, em 2016, logo após o impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff.
No dia 3 de janeiro de 2023, Gleisi disse que o
ministro do Trabalho, Luiz Marinho, teria o desafio
de conduzir a revisão da reforma trabalhista. A
declaração foi feita durante a cerimônia de posse do
ministro.
A presidente do PT ainda reforçou, na ocasião, que o
governo federal iria reestruturar os direitos
trabalhistas com o retorno de benefícios e dignidade
aos trabalhadores.
Fonte: Congresso em Foco
25/07/2023 -
Revisão da vida toda: advogada pede que STF defina
como serão corrigidos salários
Advogada aposentada de São Gonçalo, no Rio de
Janeiro, entrou com pedido no STF (Supremo Tribunal
Federal) no processo que discute a “revisão da vida
toda” do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)
para que a Corte decida, em caráter de urgência,
sobre o sobrestamento dos processos nas instâncias
inferiores e que defina forma de correção dos
salários anteriores ao ano de 1977 e 1994 para
cálculo das aposentadorias.
No julgamento da revisão da vida toda, em dezembro
de 2022, os ministros fixaram a tese de que o
aposentado tem o direito, diante de mudanças nas
regras previdenciárias, de optar pela regra que lhe
for mais favorável.
A advogada, que trabalhou como bancária desde 1975,
solicitou a correção do valor da aposentadoria. O
INSS, no entanto, requereu a suspensão do processo
até a decisão dos embargos de declaração no STF no
julgamento da revisão da vida toda e disse que os
cálculos só poderão ser feitos depois que o Supremo
decidir a forma de correção monetária.
“O INSS entende que não é possível, no presente
momento, efetuar cálculo de RMI revisada nos termos
do Tema 1.102-STF, porque o respectivo acórdão não
definiu os índices de atualização dos
salários-de-contribuição anteriores a julho de 1994,
o que torna, por ora, desconhecido o critério a ser
empregado na atualização dos
salários-de-contribuição anteriores a julho de
1994”, lê-se na petição protocolada pela autarquia.
Na peça enviada ao STF, a advogada escreve que o
INSS tenta procrastinar a solução da revisão da vida
toda com o “único o intuito de prejudicar os
aposentados, os quais são pessoas idosas e muitos
também são doentes, necessitando com urgência da
revisão de sua aposentadoria”.
Ao relator, ministro Alexandre de Moraes, ela pede,
em respeito ao princípio da dignidade humana, que
seja definida a correção e a suspensão dos processos
em caráter urgentíssimo. “Do que adianta tantos anos
de espera, para no final o INSS não corrigir os
salários em outra moeda de forma favorável ao
aposentado?”, questiona a advogada.
Embargos de declaração
Em maio de 2023, o INSS opôs embargos de declaração
contra a decisão do STF. A autarquia pediu a
suspensão de processos sobre o tema e a anulação do
acórdão que reconheceu o direito de aposentados a
optarem pela regra previdenciária que lhes for mais
favorável.
Caso não seja reconhecida a nulidade, o instituto
requer a modulação dos efeitos, de forma que a tese
fixada pelos ministros não se aplique a benefícios
previdenciários já extintos, a decisões transitadas
em julgado que negaram o direito à revisão da vida
toda e a diferenças no pagamento de parcelas de
benefícios quitadas antes da publicação do acórdão.
Enquanto ainda tramitam os embargos de declaração no
STF, parte das instâncias ordinárias manteve a
paralisação dos processos até a baixa definitiva da
ação no Supremo e outra parte deu andamento aos
processos. O INSS, inclusive, pediu ao STF que
suspenda todas as ações porque as instâncias
inferiores vêm rejeitando os pedidos da autarquia e
impondo multa pelo não cumprimento das decisões
individuais.
Os embargos de declaração, também chamados de
embargos declaratórios, são espécie de recurso com a
finalidade específica de esclarecer contradição ou
omissão ocorrida em decisão proferida por juiz ou
por órgão colegiado.
Via de regra, esse recurso não tem o poder de
alterar a essência da decisão, e serve apenas para
sanar os pontos que não ficaram claros ou que não
foram abordados. (Com informações do portal Jota)
Fonte: Diap
25/07/2023 -
TST promove seminário sobre Trabalho Decente
Entre os dias 1º e 3 de agosto, o Tribunal Superior
do Trabalho realizará o “Seminário Internacional
Trabalho Decente, em Brasília. Transmissão pelo
Youtube do TST.
Os debates abordarão a promoção do trabalho seguro e
o enfrentamento ao trabalho infantil e ao trabalho
escravo. O evento reunirá juristas e especialistas
do Brasil e do exterior, além de personalidades
reconhecidas internacionalmente por sua atuação pelo
trabalho decente.
Nobel – A conferência de abertura será
realizada por Kailash Satyarthi. Ele recebeu o
Prêmio Nobel da Paz em 2014 por sua atuação contra o
trabalho infantil.
Durante o seminário, também será lançada a “Carta da
Política de Trabalho Decente”, documento construído
por representantes da Justiça do Trabalho com
propostas de atuação frente aos novos desafios
relacionados a esses temas.
O seminário é aberto ao público, com certificado de
participação. As inscrições estão abertas.
Acesse –
Inscrições e programação completa
Fonte: Agência Sindical
25/07/2023 -
Lira diz que reforma administrativa está pronta para
plenário e será próximo movimento
Lira disse ainda que, uma vez que a reforma
tributária seja promulgada este ano, será possível
já no primeiro semestre do próximo ano avançar sobre
as leis complementares
(Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira (PP-AL), defendeu, nesta segunda-feira
(24), que o Congresso continue a trabalhar sobre a
reforma tributária para que a matéria seja
promulgada este ano e afirmou que a reforma
administrativa está pronta para ser votada em
plenário e será o próximo movimento.
Em evento do Lide em São Paulo, Lira disse ainda
que, uma vez que a reforma tributária seja
promulgada este ano, será possível já no primeiro
semestre do próximo ano avançar sobre as leis
complementares que ela vai requerer.
Fonte: Brasil247
25/07/2023 -
INSS facilita a emissão do auxílio-doença; saiba
como conseguir o benefício
Agora, a emissão do parecer conclusivo da perecia
médica federal não será mais necessária e prazo
máximo para concessão do benefício será de 180 dias
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tornou
mais fácil a concessão do benefício por incapacidade
temporária (conhecido como auxílio-doença). Agora, a
emissão do parecer conclusivo da perecia médica
federal não será mais necessária.
Para a concessão do benefício, será necessário o
envio de uma lista de documentos. De acordo com o
INSS, o prazo máximo para a concessão do benefício
será de 180 dias. Se o pedido for negado, um novo
requerimento pode ser solicitado num prazo máximo de
15 dias.
Os documentos poderão ser enviados por meio do
aplicativo Meu INSS ou pelo site. O requerimento
também poderá ser realizado pela Central 135, mas o
benefício ficará pendente “até que os documentos
sejam entregues em uma Agência da Previdência Social
(APS) ou anexados pela plataforma Meu INSS”, explica
o órgão.
De acordo com o INSS, as seguintes informações devem
ser enviadas:
- Nome completo do segurado;
- Data de emissão do documento – não pode ser superior
a 90 dias;
- Diagnóstico por extenso ou código da Classificação
Internacional de Doenças (CID);
- Assinatura e identificação do profissional
emitente, com nome e registro no conselho de classe,
ou carimbo;
- Data do início do afastamento ou repouso;
- Prazo necessário estimado para o repouso.
Na terça-feira, 18, o governo federal editou uma
medida provisória que cria o Programa de
Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS),
com o objetivo de reduzir as filas de atendimento do
INSS. A MP foi publicada em edição extra do Diário
Oficial da União. Hoje, 1,79 milhão de pessoas
aguardam na fila por análise de solicitação de
benefício e perícia médica, segundo o Portal da
Transparência Previdenciária.
O programa prevê que servidores administrativos e
peritos médicos que aderirem recebam um pagamento de
bônus de, respectivamente, R$ 68 e R$ 75 por
processo concluído. O foco será em processos que
aguardam na fila de espera do benefício há mais de
45 dias ou que tenham prazo judicial expirado, além
de perícias atrasadas há mais de 30 dias.
Fonte: InfoMoney
24/07/2023 -
Nova Central mobiliza dirigentes sindicais contra
proposta de Reforma Sindical, em Curitiba
Nesta quinta-feira, 20, dirigentes sindicais do
estado do Paraná se reuniram na sede da FETRACONSPAR,
em Curitiba, para participar de um evento de suma
importância convocado pela Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST). O objetivo do encontro era
debater e esclarecer sobre a última versão de um
documento que tratava de uma possível reforma
sindical, apresentado pelo coordenador do Fórum das
Centrais.
A NCST, após diversas reuniões com sua diretoria e
representantes estaduais, posicionou-se contrária à
proposta nos termos apresentados. O evento serviu
como uma oportunidade para discutir a construção de
um documento que permitisse abrir um diálogo
"democrático real" entre todas as entidades
sindicais, sem prejudicar nenhuma delas. A Nova
Central buscava esclarecer os fundamentos que
tornavam o projeto tão nefasto, alertando para os
prejuízos que a possível reforma poderia trazer para
os sindicatos, federações, confederações e,
principalmente, para os trabalhadores brasileiros.
O Presidente da NCST, Moacyr Auersvald, e o assessor
jurídico da entidade, Dr.Cristiano Meira, foram os
responsáveis por compartilhar informações e análises
acerca dos eventos já realizados em outras regiões
do país. A maratona de eventos promovida pela NCST
esta sendo apoiada pelas entidades sindicais
filiadas, incluindo Confederações (CNTI, CSPB, CNTTT,
CNTEEC e CONTRATUH), Federações e Sindicatos, além
do FST - Fórum Sindical de Trabalhadores.
Durante o encontro, os dirigentes sindicais
presentes puderam debater de forma aberta e
participativa sobre os impactos da proposta de
reforma sindical, expondo suas preocupações e
argumentos contra a aprovação nos moldes propostos.
A diversidade de perspectivas enriqueceu as
discussões e reforçou o compromisso com a defesa dos
direitos dos trabalhadores brasileiros.
A NCST destacou a importância do apoio de cada
dirigente sindical para barrar o avanço do projeto
de reforma sindical e priorizar a revisão da Reforma
Trabalhista, que havia retirado direitos essenciais
dos trabalhadores. A participação ativa dos
representantes sindicais do estado do Paraná foi
essencial para fortalecer o movimento e unir forças
na luta pelos interesses dos trabalhadores.
Ao final do evento, ficou evidente o compromisso da
Nova Central Sindical de Trabalhadores em continuar
mobilizando a classe trabalhadora em todo o país,
percorrendo diferentes regiões para conscientizar e
engajar os sindicatos, federações e confederações em
prol dos direitos laborais. O diálogo e a união
entre as entidades sindicais tornaram-se elementos
fundamentais na busca por um futuro mais justo e
equitativo para todos os trabalhadores brasileiros.
Fonte: Imprensa NCST-PR
24/07/2023 -
“É preciso reconstruir as finanças dos sindicatos”,
diz Luiz Marinho; confira destaques
Luiz Marinho fala sobre finanças dos sindicatos,
revisão da reforma trabalhista e mais; confira – O
ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que a
reforma trabalhista de 2017 é “devastadora” para os
trabalhadores, mas que não haverá um revogaço das
mudanças feitas pelo governo de Michel Temer. Porém,
o ministro defendeu que algumas “perversidades”
sejam revistas, como a lei da terceirização, e que
as finanças dos sindicatos sejam reconstruídas com
um novo modelo de contribuição sindical.
Em entrevista ao repórter Nivaldo Souza, do portal
JOTA, Marinho contou que o governo quer negociar com
o Congresso a revisão dos “pontos de perversidade”
da reforma de Temer, citando como exemplos a lei da
terceirização, o desmonte do custeio dos sindicatos
e o fim da homologação.
De acordo com ele, a lei da terceirização ficou
“ampla demais” e tem levado à precarização das
relações de trabalho, além de facilitar a ocorrência
de casos de trabalho análogo à escravidão.
“As operações [de terceirização], na grande maioria,
não se dão na atividade principal do contratante,
ocorrem exatamente em um dos elos da terceirização.
Muitas estão na terceira ou quarta subcontratação.
Infelizmente, o Supremo Tribunal Federal tem
colaborado com essa visão, mas acho equivocado dizer
que as terceirizações estão consagradas e podem ser
feitas sem nenhuma responsabilidade, porque temos
que responsabilizar o principal elo da cadeia”,
defendeu.
Apesar de duras críticas à reforma trabalhista, o
ministro observou que não é possível revogá-la no “canetaço”,
pois a revogação não se sustentaria.
“A opção foi sair da história que muitos desejavam,
de fazer um revogaço puro e simples, por canetaço.
Não vai ter revogaço. Temos um governo democrático,
de composição com uma base ampla e sabemos as
contradições no mercado de trabalho e no Congresso.
Portanto, teremos mais chances se a gente conseguir
[debater as mudanças] nos fóruns tripartites, o que
já fazíamos nos governos Lula 1 e 2, e Dilma, com as
plenárias, as conferências, os conselhos”, explicou.
Ele lembrou que este entendimento entre governo,
trabalhadores e empregadores já está sendo
construído no grupo de trabalho que trata do
fortalecimento da negociação coletiva. O objetivo do
grupo é chegar a uma proposta de revisão da reforma
que será encaminhada ao Congresso.
Custeio dos sindicatos
Outro ponto ressaltado por Marinho como facilitador da
precarização das relações de trabalho foi a extinção
de qualquer forma de custeio para os sindicatos, que
hoje recebem contribuição apenas de associados, mas
negociam em nome de toda a categoria que
representam.
“É preciso reconstruir as finanças dos sindicatos,
criar esse conceito, mas com razoabilidade.
Enxergamos que, além da mensalidade que está no
estatuto do sindicato para os associados, é preciso
criar uma contribuição compulsória quando das
negociações coletivas para o conjunto da categoria”.
O ministro explicou que a intenção é criar uma
contribuição para quando os sindicatos prestam
serviços que beneficiam a todos, como nas
negociações coletivas, mas com direito a oposição
por parte dos trabalhadores, o que não existia com o
imposto sindical.
“O sindicato faz o investimento quando sua direção
vai ao Congresso conversar com deputados e senadores
para pensar a legislação trabalhista de interesse
dos trabalhadores. Então, é justo que o conjunto da
categoria contribua para a manutenção desse sistema.
Pode fazer oposição? Sim. Se alguém discorda, tem
que ir na assembleia buscar convencer [do
contrário]. É uma contribuição negocial e, portanto,
é preciso ter uma contrapartida de serviço. Ou seja,
tem que ter uma convenção coletiva, cláusula
econômica e um benefício conjunto da categoria para
justificar uma contribuição”.
Mudanças no FAT
Ainda relacionado à sua pasta, Marinho contou que quer
corrigir as mudanças feitas no Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT) nos últimos anos, que distorceram
seu objetivo original.
“Outra coisa que é preciso corrigir, com o fim da
DRU [Desvinculação das Receitas da União] e as
maluquices dos governos Temer e Bolsonaro, acabou-se
vinculando a despesa previdenciária no FAT. É o
Fundo de Amparo ao Trabalhador, mas não é para a
previdência. É para manter a proteção aos abonos do
desemprego e ser um fundo de investimento para
geração de empregos. O BNDES administra os recursos
do FAT constitucional. O FAT tem que ser preservado
como um fundo público para investimento e proteção
ao trabalhador. A previdência não pode estar
vinculada ao fundo de investimento, tem que estar
vinculada às despesas previdenciárias e quando você
desvincula da folha de pagamento, tem que dizer onde
estará ancorada.”
Saque-aniversário do FGTS
Desde que assumiu o ministério, Marinho tem defendido
o fim do saque-aniversário do FGTS, pois vê não
apenas uma distorção da finalidade do fundo, como
trabalhadores ficando desamparados quando perdem o
emprego e precisam recorrer ao recurso, mas não
conseguem pois já se esgotaram ou foram bloqueados
devido ao saque. Porém, ele sinalizou que pretende
mudar as regras da modalidade, em vez de
extingui-la.
“Vamos buscar corrigir uma injustiça que tem com os
correntistas que foram demitidos e que recorreram ao
saque-aniversário, à alienação de parcela do seu
fundo assim e que estão impedidos por lei de sacar o
seu saldo. Terá que ser por lei. Estamos trabalhando
para [apresentar] uma proposição na retomada do
Congresso. Tem trabalhador com R$ 30 mil, R$ 40 mil,
R$ 50 mil de saldo no seu FGTS sem dívida contratada
por meio do saque-aniversário ou empréstimo
consignado junto a uma instituição financeira, mas é
proibido de sacar o saldo. É uma grande ansiedade de
milhares de pessoas que foram demitidas e não
puderam socorrer do seu patrimônio depositado ao
Fundo de Garantia”.
Fonte: Portal CSB
24/07/2023 -
Sindicatos aprovam greve de 72 horas contra
perseguição política na Eletrobras
Trabalhadores protestaram nesta sexta (21) na
sede da empresa, privatizada no governo Bolsonaro.
Na semana passada, a direção abriu processo de
demissão contra liderança sindical.
Os eletricitários aprovaram, nesta sexta (21), greve
de 72 horas nos dias 9, 10 e 11 de agosto. A
categoria acusa a direção privatizada da Eletrobras
de perseguição política e coação para a assinatura
do plano de demissões da companhia.
Cerca de 600 manifestantes protestaram nesta sexta
no porta da sede da Eletrobras, no Centro do Rio de
Janeiro.
“Por diversos descumprimentos do Acordo Coletivo de
Trabalho, os sindicatos acionaram judicialmente o
Tribunal Superior do Trabalho (TST) e deflagraram
greve de 72 horas nos dias 9, 10 e 11 de agosto”,
informou o Coletivo Nacional dos Eletricitários.
Os sindicatos alegam que os novos diretores da
companhia estão perseguindo líderes sindicais. O
engenheiro eletricista Ikaro Chaves, ex-dirigente
sindical e ex-conselheiro eleito do Conselho de
Administração (Consad) da Eletronorte, uma
subsidiária da Eletrobras, responde a um processo de
demissão por justa causa por seus posicionamentos
críticos à privatização da companhia, ocorrida em
2022, durante o governo do ex-presidente Jair
Bolsonaro.
Na semana passada, Chaves foi surpreendido com a
abertura do procedimento de demissão. A Eletrobras
concedeu cinco dias úteis, portanto, até sexta (21),
para apresentação da defesa.
As alegações do Grupo Eletrobras incluem supostas
violações ao código de ética da companhia, “ao
atribuir imagem negativa à companhia”, por
entrevistas na imprensa e participações de Chaves em
audiências públicas.
Uma dessas seria a participação do empregado em uma
audiência pública na Câmara dos Deputados, no dia 17
de maio deste ano, na qual ele teria feito acusações
ao presidente da empresa sobre as informações
financeiras da companhia, além de uma suposta
relação da redução de empregados com a segurança
operacional do sistema elétrico.
Segundo os sindicatos, ao abrir o processo, a
direção da empresa passa a perseguir politicamente
os funcionários.
Chaves recebeu apoio de vários parlamentares, entre
eles da presidente do PT e deputada federal, Gleisi
Hoffmann (PT-PR), e do deputado federal Orlando
Silva (PCdoB-BA).
“Vamos denunciar a política antissindical da
Eletrobrás, que persegue e ameaça trabalhadores em
retaliação política. Toda solidariedade e apoio a
Ikaro Chaves. Eletrobrás pública já!”, protestou
Orlando Silva.
Fonte: Portal Vermelho
24/07/2023 -
Abin aponta empresários e sindicato rural que
financiaram o terrorismo do 8 de janeiro
Responsáveis devem ser indiciados pela Polícia
Federal por financiamento de atos terroristas
De acordo com relatórios da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin), 83 pessoas e 13 empresas foram
identificadas como responsáveis pelo financiamento
de 103 ônibus usados em caravanas para os atos
golpistas de 8 de janeiro deste ano. Estes dados
foram enviados à Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, segundo reportagem
do jornal Estado de S. Paulo.
A Abin detalhou os nomes dos financiadores dos
ataques às sedes dos Três Poderes, entre eles Pedro
Luis Kurunczi, que contratou quatro ônibus que
levaram 153 pessoas a Brasília. Kurunczi é sócio de
pelo menos dez empresas nos setores imobiliário e de
construção civil.
Além dele, outros dois empresários, Marcelo Panho e
Marcos Oliveira Queiroz, financiaram mais de um
veículo para a tentativa de golpe. Até o momento, os
empresários não responderam ou não foram localizados
para comentar.
Os relatórios apontam a possibilidade de os
envolvidos no fretamento dos ônibus terem sido
usados como "laranjas" para ocultar os verdadeiros
financiadores das caravanas e manifestantes. A Abin
também observou que os preparativos para o ato de 8
de janeiro foram descritos pelos envolvidos como
"tomada pelo povo", com o objetivo de invadir o
Congresso.
Entre as empresas citadas pela Abin estão Associação
Direita Cornelio Procópio, Hilma Schumacher, Odilon
Araujo Junior Transportes, Alves Transportes LTDA,
Bernardes Bernardes Transportes LTDA, Sindicato
Rural de Castro, entre outras.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que 105
ônibus fretados chegaram a Brasília em 7 de janeiro,
transportando 3.951 passageiros, e outros 40 ônibus
chegaram no dia do ataque.
A Abin também apontou que o Sindicato Rural da
cidade de Castro (PR), que já havia sido mencionado
como suspeito de financiar os atos, financiou dois
ônibus.
Fonte: Brasil247
21/07/2023 -
Reforma sobre renda e consumo não visa aumento da
arrecadação
Renúncias fiscais e desonerações estão sendo
revistas, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta
quinta-feira (20) que a reforma tributária sobre o
consumo, em tramitação no Senado, e a reforma sobre
o imposto de renda, que ainda será apresentada pelo
governo ao Congresso Nacional, não têm como objetivo
aumentar a arrecadação para ajudar no ajuste fiscal.
“A reforma sobre a renda e sobre o consumo não podem
ter como objetivo o ajuste fiscal. O ajuste fiscal
está sendo feito com base em outros pressupostos que
é a eliminação dos penduricalhos que afetam o
sistema tributário como um todo, inclusive o
estadual. Estamos falando de renúncias [fiscais] da
ordem de 6% do PIB [Produto Interno Bruto]”, afirmou
Haddad, que participou da apresentação de 17
propostas para reformas financeiras no país esta
manhã no Rio de Janeiro.
Segundo o ministro, renúncias fiscais e desonerações
que foram feitas estão sendo revistas “à luz do
impacto social, na maioria das vezes, baixo”.
Haddad informou que a pasta está com muita cautela
em relação à reforma do imposto de renda que ele
classificou de muito complexa. Segundo o ministro, a
reforma sobre a renda vai precisar de um processo de
amadurecimento por ter sido menos discutida que a
reforma tributária sobre o consumo que está em
curso.
“A mãe de todas as reformas é a tributária,
sobretudo sobre o consumo. Ela tem impacto muito
grande na produtividade. Porque hoje, infelizmente,
o sistema tributário é tão desorganizado que premia
o menos eficiente”, afirmou.
“Se a gente não endereçar essas reformas e fazer o
país crescer, as tensões, logo mais, vão se acirrar
novamente. E tudo o que nós precisamos agora é nos
afastar desse ambiente de acirramento de tensões e
voltar para o modelo de desenvolvimento em harmonia
entre os poderes para a gente conseguir vislumbrar
um horizonte para o país. Eu sou um otimista”,
acrescentou Haddad.
Fonte: Agência Brasil
21/07/2023 -
CNI: fim de taxação de compras internacionais pode
causar 2,5 milhões de demissões
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima
que a isenção de tributos federais para compras
online de até US$ 50 poderá causar até 2,5 milhões
de demissões. A medida vai entrar em vigor no mês de
agosto, segundo anunciou o Ministério da Fazenda.
Nesta quarta-feira (19), o presidente da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson
Andrade, e o presidente do Instituto para
Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves
Filho estiveram com o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, para entregar um estudo sobre os possíveis
efeitos da medida.
Segundo o levantamento, o varejo demitiria 2 milhões
de trabalhadores até o fim do ano e a indústria, 500
mil. As entidades pediram a retomada da taxação
dessa faixa de compra, para evitar prejuízos à
economia. Em abril, Haddad anunciou que o governo
federal desistiu de tributar compras de comércio
digital estrangeiro de valor superior a US$ 50,
equivalente a aproximadamente R$ 250. A decisão,
segundo Haddad, partiu de uma ordem direta do
presidente Lula, e foi dada depois de ampla
repercussão negativa do caso, sobretudo em redes
sociais.
“Para se ter uma ideia, são mais de 1 milhão de
pacotes por dia que estão chegando com esse valor de
até US$ 50. Eles estão chegando numa proporção que
dará R$ 60 bilhões [em compras online] por ano. Só
na indústria, fizemos uma estimativa que vamos
perder 500 mil empregos, que representam R$ 20
bilhões da folha salarial”, declarou o presidente da
CNI.
As entidades defendem a retomada da taxação para
garantir isonomia entre os produtos importados com
os produtos nacionais. O presidente do IDV alertou
para o risco de a isenção estimular a entrada de
produtos falsificados no país. Isso porque, segundo
Gonçalves, a Receita Federal não conseguirá
fiscalizar a quantidade de pacotes.
“A isenção com esse valor virou um absurdo de
falsificação, produtos que não se sabe de onde vem,
que antes eram por pessoas físicas, pessoas
jurídicas, perdeu-se o controle”, criticou.
Com o recuo, o governo deve abrir mão de cerca de R$
8 bilhões diretos na arrecadação. A primeira-dama
Rosângela Silva, a Janja, chegou a fazer uma
postagem contrária à taxação em suas redes sociais.
No Congresso, o lobby feito por representantes das
empresas foi intenso junto aos parlamentares.
Fonte: Congresso em Foco
21/07/2023 -
Comunicação e formação para a luta sindical
O sindicalismo brasileiro, que foi alvo de violentos
ataques nos últimos anos, está diante de novo
cenário político mais favorável à luta dos
trabalhadores. A derrota do neofascista Jair
Bolsonaro (PL), inimigo declarado dos movimentos
sociais, e a vitória do ex-sindicalista Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) abrem perspectivas positivas para
o revigoramento da organização coletiva de classe e
para a conquista de emprego, renda e direitos.
Altamiro Borges*
Nesse contexto carregado de esperança, 3 grandes
desafios estão colocados. O primeiro é o de esmagar
as forças de extrema-direita do capital, que
ganharam força no mundo e no Brasil combinando
várias perversões — fascismo na política,
obscurantismo nos valores e ultraneoliberalismo na
economia. Não dá para vacilar diante desse perigo.
O fascismo foi derrotado no pleito presidencial, mas
cresceu nos executivos estaduais, no Senado e na
Câmara Federal e permanece influente na sociedade,
inclusive entre as camadas populares.
O segundo desafio é o de contribuir para o êxito do
governo Lula, viabilizando as mudanças que
empolgaram os brasileiros na eleição. Não será uma
batalha fácil. O novo governo está sob cerco: no
mundo, em crise e em guerra; na economia, estagnada
e sabotada; no Parlamento, sob domínio de forças
direitistas e fisiológicas. A frente ampla que foi
decisiva para garantir a vitória eleitoral também
enseja contradições, com intensa disputa de rumos no
governo. Como alertou Lula em dezembro: “Quero dizer
em alto e bom som: nós não precisamos de puxa-saco.
O governo não precisa de tapinha nas costas. Um
governo tem que ser cobrado todo santo dia.”
Ganhar musculatura no sindicalismo
O terceiro grande desafio é o de aproveitar o cenário
mais favorável para revigorar o sindicalismo. Na
fase que se abre é preciso apostar tudo em mais
mobilização, mais conscientização e mais organização
de classe. Essa é oportunidade ímpar para retomar o
fôlego e ganhar musculatura no enfrentamento aos
novos dilemas do mundo do trabalho. Nos últimos
anos, a classe sofreu duros golpes na sua
materialidade e subjetividade.
Só para ilustrar, o índice de sindicalização no
Brasil caiu de 24% nos anos 1990 para 11,2% no ano
passado. Já a participação institucional dos
trabalhadores também refluiu: em 2010, o
sindicalismo elegeu 83 deputados federais; em 2014,
caiu para 51; em 2018, despencou para 33; e no ano
passado, manteve-se estagnado com 34 deputados.
Atualmente, a estrutura do movimento sindical é bem
mais precária. A “deforma trabalhista” de 2017
visou, entre outros retrocessos, asfixiar a
organização de classe. Naquele ano, o sindicalismo
arrecadou R$ 2,24 bilhões com a contribuição
sindical; no ano passado, o sustento despencou para
R$ 207 milhões.
A batalha de ideias é estratégica
É nesse ponto nevrálgico para o sindicalismo, sobre
como recuperar o fôlego e ganhar musculatura, que
entra o debate sobre a importância da comunicação e
formação. Essas 2 frentes estão relacionadas à
batalha de ideias na sociedade, à disputa de
hegemonia, que mais do que nunca é estratégica. Sem
avançar nesse campo, não haverá avanços na
rudimentar luta econômica-sindical ou nas decisivas
batalhas políticas da classe. No cotidiano, os
trabalhadores enfrentam a artilharia ideológica do
capital — no local de trabalho, pela mídia
tradicional e agora na mídia digital. Se o
sindicalismo não investir nessas frentes estará
fadado à inanição!
No caso da comunicação, é preciso partir do rico
acúmulo do sindicalismo brasileiro. Com longa
história, este construiu forte imprensa sindical,
com boletins permanentes, alguns jornais diários ou
semanais, uso de rádios comunitárias, TV dos
Trabalhadores. Mas é preciso avançar ainda mais
nesse terreno. De imediato, superando o grave
equívoco de tratar a comunicação como gasto. Não é
gasto, é investimento — investimento na luta de
ideias. É preciso investir cada vez mais recursos
financeiros nessa frente estratégica.
O ideal é combinar todos os instrumentos — da
bicicleta de som às redes digitais. Cada ferramenta
tem a sua função e seu alcance, o jornal impresso,
por exemplo, garante o contato direto com a base, a
conversa tête a tête. A rádio — comunitária e
comercial — atinge lugares mais dispersos. Os
espaços na TV, inclusive os publicitários, alcançam
grandes públicos.
Nos últimos tempos, a internet tem ganhado cada vez
maior importância. Pesquisa recente aponta que mais
de 80% dos brasileiros utilizam as redes digitais e
de mensageria. Esse vasto campo, porém, exige
repensar a linguagem e os formatos. O sindicalismo
ainda é analógico e leva surra na internet, conforme
comprovam os serviços de ranking. Mais vídeos, memes
e emoção nas redes dos trabalhadores!
Por último, no que se refere à formação, suspeita
que exige comprovação: a de que houve recuo nesse
campo nos últimos anos. Com as dificuldades
vivenciadas pelo sindicalismo, ocorreu queda no
número de cursos, de seminários, de escolas e até de
responsáveis pela formação nas diretorias das
entidades.
Se isso for verdade, é urgente repensar o
planejamento. O sindicalismo não recuperará fôlego e
ganhará musculatura sem investir na formação de
novos quadros e na reciclagem dos mais antigos. Sem
priorizar a formação o processo de envelhecimento do
movimento sindical, que já é grande, será ainda mais
acelerado. É preciso repensar as grades da formação
para despertar o interesse e atrair a juventude.
(*) Jornalista. É coordenador do Centro de
Estudos de Mídia Barão de Itararé. Exposição
apresentada no Encontro Sindical Nacional do PCdoB,
realizado em Salvador (BA) em 16 de junho.
Fonte: Diap
21/07/2023 -
Fazenda revisa projeção e vê chance de inflação
ficar ‘dentro do teto’
Meta de inflação do ano que vem é de 3%, com
intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual para
mais ou para menos
O Ministério da Fazenda reduziu sua projeção para a
inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 e 2024. De acordo
com os novos parâmetros da Secretaria de Política
Econômica (SPE), a estimativa para 2023 caiu de
5,58% para 4,85%, muito próximo do teto da meta no
ano – que é de 4,75%. Segundo o secretário de
Política Econômica, Guilherme Mello, houve “aumento
expressivo das chances do IPCA terminar dentro da
banda superior da meta de inflação”.
Para 2024, a projeção de IPCA caiu de 3,63% para
3,30%. A meta de inflação do ano que vem é de 3%,
com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual
para mais ou para menos. O último boletim da SPE
havia sido divulgado em maio. Também foram
divulgadas novas projeções para o PIB.
No documento, a SPE argumenta que a revisão na
projeção para a inflação oficial neste ano foi
motivada, sobretudo, pelas “surpresas positivas” com
a divulgação do IPCA de abril (0,61%) e maio
(0,23%). Eles citaram como pontos relevantes o
reajuste autorizado para plano de saúde, que foi
levemente inferior ao projetado e a redução nos
preços dos combustíveis (gasolina, diesel e gás) nas
refinarias, além de revisões nas tarifas de energia
elétrica residencial e dos ônibus urbanos.
Em relação a 2024, a explicação dada pela SPE para a
redução da projeção reflete mudanças no cenário
externo, como o câmbio e o preço de commodities,
além de menores reajustes previstos para preços
monitorados.
Após a deflação de 0,08% no IPCA de junho, a
expectativa inflacionária para 2023 ficou estável em
4,95% no Boletim Focus divulgado nesta semana. Um
mês antes, a mediana era de 5,12%. Para 2024, foco
da política monetária, a projeção continuou em
3,92%. Há um mês, era de 4,00%. O Ministério da
Fazenda destacou a mudança no regime de meta de
inflação (para meta contínua, a partir de 2026) como
um fator que também deve ajudar para a convergência
das expectativas de inflação para este ano.
Salário mínimo
A Fazenda também reduziu a projeção para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – utilizado
para a correção do salário mínimo. De acordo com a
pasta, a estimativa para a alta do indicador neste
ano recuou de 5,34% para 4,48%. Para 2024, a
projeção foi revisada de 3,44% para 3,01%. Já a
estimativa para o IGP-DI em 2023 foi reduzida de
2,06% para -2,21%. Para o próximo ano, a projeção
caiu de 3,78% para 3,63%.
Fonte: Estadão
21/07/2023 -
Carlos Viana sugere PEC para ampliar
licença-maternidade a 180 dias
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) anunciou
apresentação uma Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) para que todas as mulheres tenham direito a
licença-maternidade de 180 dias. Atualmente, a
licença é de 120 dias para trabalhadoras de
iniciativa privada e 180 dias para servidoras
públicas. O senador observou que é preciso valorizar
a maternidade e pensar na situação demográfica do
país.
Fonte: Agência Senado
21/07/2023 -
Proposta prevê o afastamento do lar de agressor em
caso de violência sexual, moral ou patrimonial da
mulher
O Projeto de Lei 3257/19 prevê o afastamento de
agressor do lar em casos de violência sexual, moral
ou patrimonial contra a mulher. O texto, já aprovado
pelo Senado, está agora em análise na Câmara dos
Deputados.
Conforme a proposta, verificada a existência de
risco à vida ou à integridade física, sexual,
psicológica, moral ou patrimonial da mulher em
situação de violência doméstica e familiar, ou de
seus dependentes, o agressor será imediatamente
afastado do lar, domicílio ou local de convivência
com a ofendida.
O texto em análise altera a Lei Maria da Penha
(11.340/06). Atualmente, aquela norma, conforme a
redação dada pela Lei 13.827/19, já permite o
afastamento do agressor do lar nos casos em que se
verifique a existência de risco à vida ou à
integridade física ou psicológica da mulher ou de
seus dependentes.
Autora da proposta, a senadora Daniella Ribeiro
(PSD-PB) afirmou que a ideia é incluir a ocorrência
de violência moral ou patrimonial entre as
circunstâncias que permitem medida protetiva de
urgência. “Nunca é demais lembrar que esse tipo de
violência acarreta prejuízos graves tanto à mulher
quanto a seus filhos”, disse.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da
Mulher; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
20/07/2023 -
Sindicatos fiscalizarão igualdade salarial
Dia 3, o presidente Lula sancionou lei que garante
igualdade salarial entre homens e mulheres na mesma
função. Essa lei também estimula a igualdade de
oportunidades, a fim de combater a discriminação.
A tarefa agora é fazer a Lei 14.611 sair do papel. O
sindicalismo pressiona nesse sentido. Segunda (17),
delegação de trabalhadoras da Força Sindical se
reuniu com a Ministra da Mulher, Aparecida
Gonçalves, em Brasília, quando cobrou iniciativas
para efetividade da lei.
De acordo com Maria Auxiliadora dos Santos,
secretária de Políticas para Mulheres da Central, a
aprovação da lei representa avanço importante para a
luta feminina, por igualdade de direitos e
oportunidades. Ela afirma: “Mas precisa ser
respeitada na prática. E é papel do Estado fazer com
que a lei seja cumprida”.
O encontro foi liderado pelo presidente da Central,
Miguel Torres. Segundo o dirigente, o movimento
sindical está vigilante quanto à aplicação da Lei da
igualdade salarial. Ele defende mais fiscalização
nos locais de trabalho e apuração das denúncias de
empresas que descumprem a norma legal. “O movimento
sindical fará sua parte pra contribuir com a
aplicação da Lei, a fim de que as mulheres tenham
assegurado esse direito”, afirma.
Para a ministra Aparecida Gonçalves, é fundamental a
parceria do governo com o sindicalismo no sentido de
ampliar a fiscalização. Ela agradeceu a delegação
forcista e se comprometeu a trabalhar em prol de
ações e campanhas que visem esclarecer a sociedade e
o setor patronal para o respeito à lei.
Ainda durante o encontro, as sindicalistas
entregaram documento com outras demandas das
mulheres, a Pauta da Classe Trabalhadora (Conclat
2022) e as Agendas Legislativa e Jurídica.
Mais – Acesse o site da Força Sindical e do
Ministério da Mulher.
Fonte: Agência Sindical
20/07/2023 -
Sindicalista sofre ameaça de demissão por justa
causa por criticar gestão da Eletrobras
Sindicato e central sindical se solidarizam e
repudiam ação da empresa
Ex-dirigentes sindicais e demais trabalhadores que
lutam pela reestatização da Eletrobras vêm sofrendo
forte pressão e até perseguição dentro da empresa. É
o caso do engenheiro eletricista Ikaro Chaves, que
atua na Eletronorte (Subsidiária da Eletrobras), no
Distrito Federal, e foi surpreendido com um processo
de demissão por justa causa na última semana. Ikaro
tem até a próxima sexta-feira (22) para apresentar a
defesa das acusações de que estaria prejudicando a
imagem da Eletrobras.
"Eu militei contra a privatização e luto pela
reestatização da empresa, bem como sou crítico da
gestão, mas não da companhia. E não é crime
criticar, muito menos razão pra um processo de justa
causa", afirmou Ikaro, acrescentando que trabalha há
14 anos na empresa e apresenta desempenho de
avaliação, acima da média.
Ele é ex-dirigente sindical, ex-conselheiro eleito
do Conselho de Administração da Eletronorte e uma
das lideranças, em nível nacional, da luta contra a
privatização da empresa.
"Apesar de não ter recebido nenhuma advertência
formal ou suspensão, que normalmente são
procedimentos que antecedem a demissão por justa
causa, eu vinha recebendo ameaças veladas", afirmou
Ikaro.
Segundo ele, uma das principais críticas que faz a
atual gestão é a de que os dirigentes da Eletrobras
foram os que mais se beneficiaram internamente com a
privatização, pois tiveram seus salários aumentados.
Por outro lado, os demais funcionários apenas
tiveram prejuízos com o processo, como a perda da
estabilidade, apesar de terem entrado na empresa por
concurso público, como Ikaro.
Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Urbanas no Distrito Federal (STIU-DF)
classificou como "inacreditável" que a Eletrobras
demita profissionais altamente qualificados, com
ótimos serviços prestados às empresas do Grupo
Eletrobras. O sindicato ainda destacou as ameaças
que os dirigentes sindicais vêm recebendo, bem como
demais trabalhadores, com o objetivo de aumentar a
adesão à "demissão compulsória".
Outras entidades, como Central Única dos
Trabalhadores no Distrito Federal (CUT), também
destacaram o episódio de Ikaro, bem como deputados
progressistas que atuam no movimento pela
reestatização da Eletrobras, entregue à iniciativa
privada pelo ex-presidente Bolsonaro.
O Brasil de Fato DF entrou em contato com a
Eletronorte, empresa em que Ikaro atua, para
comentar o caso e falar das demais denúncias, mas
até o fechamento desta a matéria a assessoria de
imprensa não havia respondido.
Fonte: BdF Distrito Federal
20/07/2023 -
Lula
entrega o que prometeu
O governo lançou o Programa "Desenrola Brasil",
que refinancia dívida de pessoa física e zera débito
de até R$ 100 — mais de 1 milhão de brasileiros
serão beneficiados com essa anistia miúda.
João Franzin*
A anistia, em si, já é boa iniciativa. Mas também
importa muito limpar o nome e trazer de volta ao
mercado formal de consumo essas pessoas todas (os
números variam, mas pode ser que o Desenrola alcance
até 50 milhões de brasileiros).
O Programa vai dar certo? Depende. Depende do ânimo
de comunicação do próprio governo, como também dos
bancos. No que diz respeito ao governo, cabe chamar
a área de comunicação, dar a tarefa e mandar fazer.
Ainda da comunicação, vale escalar internautas, como
o deputado Janones, para ajudar na divulgação.
Entendo que o movimento sindical tem o dever de
massificar esse Programa nas bases, por seus
veículos e redes sociais. Se o trabalhador
registrado não está com o nome no SPC, alguém da sua
família ou vizinhança estará.
E esse trabalhador, bem informado, poderá informar
os endividados ou orientar a quem procurar. O
dirigente pode também gravar vídeos curtos sobre o
Desenrola.
Na medida em que a realidade concreta se impõe, as
lateralidades e o excesso de peso à pauta
identitária vão se diluindo.
Ao sindicalismo cabe também:
1) atuar pela reconstrução do Ministério do Trabalho;
2) conversar com a Câmara para que aprove a urgência
ao projeto de aumento continuado ao salário mínimo;
e
3) massificar a Lei da Igualdade Salarial entre mulher
e homem na mesma função.
Lula tem feito bom governo, procurando entregar o que
prometeu. Nós devemos ajudá-lo nessa tarefa.
(*) Jornalista. É coordenador da Agência Sindical
Fonte: Diap
20/07/2023 -
Temperatura, umidade e radiação ameaçam saúde do
trabalhador
Estresse térmico ocupacional, causado por
temperatura, umidade e radiação ameaça saúde dos
trabalhadores e tem se tornado um problema crescente
no ambiente de trabalho
Os meses de junho e julho deste ano estão sendo
marcados por algumas das temperaturas mais altas já
registradas em todo o planeta, conforme alertas da
Organização Meteorológica Mundial, OMM.
Os impactos do calor são sentidos não apenas no meio
ambiente, mas também no mundo laboral. Segundo a
Organização Internacional do Trabalho, OIT, o
estresse térmico é um problema crescente.
Risco de lesões e doenças
Os impactos recaem não apenas sobre os funcionários,
mas também sobre empresas e a economia em geral,
pois as temperaturas mais altas afetam a
produtividade.
Para lidar com este cenário, a OIT alerta que
horários de trabalho, rotinas, equipamentos e
regulamentações podem ter que mudar.
O economista do Departamento de Pesquisa da OIT,
Nicolas Maître, define estresse térmico ocupacional
como “uma situação em que é muito difícil trabalhar”
e que “põe em perigo a segurança e a saúde dos
trabalhadores”.
Segundo ele, essas situações dependem não só da
temperatura, mas também da umidade ou da radiação
solar. Caso não seja prevenido, o estresse térmico
aumenta “o risco de lesões e doenças relacionadas ao
calor”.
Perda de produtividade
Maître afirma que a produtividade do trabalho já
desacelera na temperatura acima de 24°C, e que a
partir de 33°C, o desempenho do trabalhador pode
cair até pela metade, dependendo da atividade.
De acordo com o economista, uma defesa natural para
lidar com o estresse térmico é fazer mais pausas e
limitar o número de horas de trabalho. Ambas as
medidas têm como consequência a redução da
produtividade.
O especialista reforça que os episódios de estresse
térmico não ocorrem apenas quando há exposição ao
sol. Outro ambiente propício é uma fábrica que não
esteja devidamente ventilada, ou quando há o uso
maquinaria pesada ou vestuário de proteção.
A OIT destaca a preocupação especial com os
trabalhadores independentes, para os quais a perda
de produtividade resulta numa redução direta de
rendimentos e meios de subsistência.
Para a agência, esse exemplo revela que o estresse
térmico tende a afetar mais aqueles que têm menor
capacidade de se adaptar às consequências.
Fonte: ONU News
20/07/2023 -
INSS estuda aceitar uso de transporte público como
prova de vida
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estuda
usar os equipamentos de controle biométrico de
sistemas de transporte público para que aposentados,
pensionistas e demais beneficiários de auxílios
federais provem que estão vivos.
“Estamos nos articulando com a Secretaria de
Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (DF)
para que um assegurado nosso, ao passar por uma
catraca [de ônibus ou metrô] em que haja
identificação biométrica, faça sua prova de vida”,
revelou o presidente do instituto, Alessandro
Stefanutto, na manhã desta quarta-feira (19).
A proposta, ainda em análise, seria futuramente
ampliada para outras localidades. O objetivo,
segundo Stefanutto, seria tornar a prova de vida
menos burocrática, ampliando as formas dos segurados
comprovarem que estão vivos para continuar recebendo
os benefícios previdenciários.
Este ano, a prova de vida passou a ser feita pelo
próprio INSS, por meio do cruzamento de informações
registradas em bases de dados do próprio instituto
ou de outros órgãos e entes federais. No começo de
fevereiro, o INSS publicou portaria detalhando os
procedimentos considerados válidos para atestar que
o beneficiário está vivo.
Os procedimentos são os seguintes:
1 – Acesso ao aplicativo Meu INSS com o selo ouro ou a
outros aplicativos e sistemas dos órgãos e entidades
públicas que possuam certificação e controle de
acesso, no Brasil ou no exterior;
2 - Realização de empréstimo consignado, efetuado
por reconhecimento biométrico;
3 – Atendimento presencial nas agências do INSS e
nas entidades ou instituições parceiras, desde que
feito o reconhecimento biométrico e também no
sistema público de saúde;
4 – Vacinação;
5 - Cadastro ou recadastramento nos órgãos de
trânsito ou segurança pública;
6 - Atualizações no CadÚnico
7 - Votação nas eleições;
8 - Emissão/renovação de passaporte; carteira de
motorista; carteira de trabalho; alistamento
militar; carteira de identidade (RG) ou outros
documentos oficiais que necessitem da presença
física do usuário ou reconhecimento biométrico;
9 - Recebimento do pagamento de benefício com
reconhecimento biométrico;
10 -Declaração de Imposto de Renda, como titular ou
dependente.
Fonte: Agência Brasil
20/07/2023 -
Governo retoma bônus de produtividade para reduzir
fila do INSS
Programa durará nove meses, prorrogáveis por mais
três
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) voltarão a ganhar bônus de produtividade para
reduzirem as filas no órgão. O Diário Oficial da
União publicou, em edição extraordinária, uma medida
provisória que cria o Programa de Enfrentamento à
Fila da Previdência Social e retoma algumas ações
emergenciais dos últimos anos.
O bônus de produtividade será pago aos funcionários
que trabalharem além da jornada regular na análise
de requerimentos de benefícios e na realização de
perícias médicas, principalmente nos processos com
mais de 45 dias ou com prazo final expirado. O
programa durará nove meses, prorrogáveis por mais
três.
Os servidores administrativos do INSS receberão
bônus de R$ 68 por tarefa; e os médicos peritos, R$
75 por perícia. Os ministérios da Previdência Social
e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos editarão
portarias com metas e avaliação de acompanhamento e
de alcance dos objetivos fixados.
O bônus de produtividade já foi posto em prática em
2019 para reduzir as filas na concessão de
aposentadorias, pensões e auxílios pelo INSS. Com o
crescimento do tempo de espera dos processos nos
últimos meses, o governo atual decidiu retomar a
prática.
No último dia 5, o Ministério da Previdência Social
lançou o Portal da Transparência Previdenciária.
Pela internet, qualquer cidadão pode consultar o
tamanho e o perfil da fila do INSS.
Até junho, o INSS tinha 1,8 milhão de requerimentos
para serem analisados, dos quais 64% superavam o
tempo legal de atendimento de até 45 dias. O
Ministério da Previdência quer que, até o fim do
ano, todos os processos sejam respondidos dentro do
prazo legal.
De acordo com o INSS, a retomada do bônus de
produtividade custará R$ 129 milhões ao governo. Não
será necessário fazer um crédito suplementar
(remanejamento de verbas) porque o valor estava
reservado no Orçamento deste ano.
Fonte: Agência Brasil
19/07/2023 -
Ipec: confiança no presidente da República é a maior
registrada desde 2012
Lula atingiu 50 pontos em uma escala de zero
(nenhuma confiança) a cem (muita confiança)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu
o maior nível da confiança dos brasileiros desde
2012, como mostra o Índice de Confiança Social (ICS),
feito desde 2009 pelo Ipec com a mesma metodologia.
Lula atingiu 50 pontos em uma escala de zero
(nenhuma confiança) a cem (muita confiança), segundo
pesquisa divulgada nesta terça-feira (18). Trata-se
de nove pontos a mais do que foi registrado em 2022,
último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Entre os eleitores do Nordeste, a confiança no
presidente Lula é de 66 pontos, sendo a maior
pontuação registrada. Por outro lado, entre os
eleitores das classes A e B, foram marcados apenas
39 pontos. Também entre os evangélicos, a pontuação
foi inferior a geral: 43 pontos. Esses dois públicos
foram os que votaram majoritariamente em Bolsonaro
nas eleições do ano passado.
Quanto à administração federal em si, a pontuação
também é maior do que a registrada no início do
governo anterior. Hoje são 52 pontos, cinco a mais
do que o contabilizado em 2022 e dois acima do que
marcado em 2019, primeiro ano do mandato
bolsonarista.
No total, foram entrevistados 2 mil brasileiros
presencialmente em 127 municípios entre 1º e 5 de
julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais
para cima ou para baixo em relação ao resultado
total da amostra. O intervalo de confiança é de 95%.
Fonte: Brasil de Fato
19/07/2023 -
Haddad altera data da reforma do Imposto de Renda e
prevê envio só no fim do ano
Ministro havia dito que texto sobre IR chegaria à
Câmara em agosto
Após prever a apresentação da reforma do Imposto de
Renda para agosto, o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, disse nesta terça-feira (18) que o governo
enviará o projeto ao Congresso apenas após a
aprovação da reestruturação dos tributos sobre o
consumo. “[Será] mais para o fim do ano”, afirmou
aos jornalistas.
Segundo Haddad, a Fazenda ainda vai começar as
discussões internas sobre a proposta de reforma da
tributação sobre a renda, mas adiantou que a ideia é
de que a desoneração da folha de salários entre de
“forma combinada” nessa segunda fase.
Para o ministro seria muito ruim misturar a
discussão da folha de pagamentos com a reforma que
está no Senado. “Você vai misturar assuntos muito
diferentes e comprometer a reforma sobre o consumo”,
avaliou.
O ministro disse ainda que não pretende aproveitar o
projeto de reforma da tributação da renda enviada
pelo governo de Jair Bolsonaro ao Congresso. O
projeto de taxação de dividendos com redução do
Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) chegou
a ser aprovado pela Câmara em 2021, mas não avançou
no Senado. “Não devemos aproveitá-la, não. Nesse
caso é lei ordinária, não é PEC. E não contamos com
isso para bater meta (de déficit primário)”,
completou.
(Com informações da Reuters)
Fonte: InfoMoney
19/07/2023 -
Uma grande prioridade – valorização do salário
mínimo; por Nivaldo Santana
As centrais sindicais brasileiras divulgaram uma
nota em que pedem urgência para a aprovação do
projeto de lei nº 2.385/23, de iniciativa do Governo
Federal, que define diretrizes para a política de
valorização do salário mínimo a partir de 2024.
Este projeto, protocolado na Câmara Federal no dia 5
de maio, foi elaborado a partir das discussões
ocorridas no grupo de trabalho criado para debater
novas regras para o reajuste do salário mínimo no
país.
Na exposição de motivos, os ministros Luiz Marinho,
Fernando Haddad, Carlos Lupi e Simone Tebet lembram
que a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio
Contínua (PNADC/2021) aponta que 70% dos brasileiros
recebem até dois salários mínimos.
Na Previdência Social, 65% dos beneficiários, quase
14 milhões de pessoas, recebem um salário mínimo.
Estudos realizados pelo Dieese demonstram que 60,3
milhões de brasileiros têm rendimento referenciado
no valor do salário mínimo.
Esses indicadores demonstram o imenso alcance social
de se restabelecer a política de valorização do
salário. Pode-se afirmar que esta política é uma das
principais medidas para melhorar a distribuição de
renda e diminuir as desigualdades no país.
A proposta em tela define que, a partir de 2024, o
salário mínimo deva ser reajustado com base no
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
calculado pelo IBGE, e com aumento real baseado no
PIB do segundo ano anterior ao ano de referência.
O governo estima que o impacto fiscal desse projeto,
em 2024, será de R$ 18,1 bilhões. Este recurso será
largamente compensado com o retorno em forma de
tributos e com a dinamização do mercado interno,
âncora para o crescimento econômico.
Uma das grandes tarefas do governo Lula, para
realizar o seu programa de reconstrução e
transformação nacional, é fazer a economia crescer
com geração de empregos e valorização do trabalho.
Nessa perspectiva, a retomada da política de
valorização do salário mínimo é indispensável. Além
de beneficiar diretamente mais de 60 milhões de
brasileiros, contribui, com o aumento do consumo,
para aquecer a economia.
Nivaldo Santana, Secretário Sindical Nacional do
PCdoB, secretário de Relações Internacionais da CTB
Fonte: Rádio Peão Brasil
19/07/2023 -
Reunião da comunicação do Fórum das Centrais
apresenta propostas para programa de TV
Nesta segunda-feira (17), ocorreu a reunião da
comunicação do Fórum das Centrais, na qual foram
discutidas importantes propostas para um programa de
TV. Representantes da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Intersindical Central da Classe
Trabalhadora, Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST) e Pública Central do Servidor, estiveram
presentes no encontro.
Durante a reunião, as entidades apresentaram suas
propostas para o programa, que visa fortalecer a
comunicação sindical e a representatividade dos
trabalhadores. A discussão foi marcada por um
diálogo aberto e colaborativo, com o objetivo de
elaborar um projeto que atenda às demandas das
diferentes centrais e promova a união entre elas.
“Os participantes ressaltaram a importância de
intensificar o diálogo entre as centrais sindicais,
na construção do projeto a fim de envolver todas as
entidades no programa e unificar esforços coletivos
em prol dos trabalhadores. A colaboração entre as
centrais é essencial para alcançar resultados
efetivos e fortalecer a representação dos
trabalhadores nos debates e nas lutas sindicais”,
disse Anderson Guahy, secretário de Comunicação e
Imprensa da CTB.
A expectativa é que, com a participação e
engajamento de todas as centrais, o projeto possa
ser encaminhado para dar continuidade às discussões
e começar a traçar as estratégias de implementação
do programa.
Fonte: Portal CTB
19/07/2023 -
Alckmin destaca recorde de exportações
No primeiro semestre deste ano, o Brasil registrou a
maior exportação da nossa história. Em vídeo
sintético, o vice-presidente e ministro do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços,
Geraldo Alckmin, comenta o resultado favorável e
manifesta seu otimismo quanto ao futuro nacional.
Segundo o ministro, o Brasil arrecadou 166,2 bilhões
de dólares no período. “Nossa balança comercial
registrou 45,5 bilhões de dólares de saldo positivo
para o País, outro recorde histórico na nossa
história”, comemora Alckmin.
O vice-presidente destaca ainda que, no mês de
junho, o superávit comercial alcançou um valor
nominal de 10,5 bilhões de dólares. Geraldo Alkmin
comenta: “Como diz o presidente Lula, nós vamos
surpreender o mundo gerando emprego e renda com
respeito ao meio ambiente”.
Viagem – Neste momento, Lula se encontra na Bélgica,
onde participa da cúpula que reúne países da
Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos
(Celac) e da União Europeia. No encontro entre os
líderes dos Blocos, que reúnem 60 países, Lula busca
ampliar a relação econômica entre esses dois
segmentos e fortalecer a multipolaridade na relação
entre nações.
https://www.youtube.com/watch?v=jFMdePDwVoM&t=1s
Fonte: Agência Sindical
18/07/2023 -
Deputado pede urgência para PL do Mínimo
Urgência na votação do Projeto de Lei 2.385/23, que
restabelece a política de valorização do salário
mínimo. É o que pede requerimento protocolado dia
29/6 pelo líder do governo, deputado José Guimarães
(PT-CE). Pedido ainda será apreciado pela
Presidência da Casa.
De autoria do Executivo, texto é fruto de discussões
entre governo e movimento sindical. A proposta
estabelece diretrizes para a valorização do salário
mínimo a partir de 2024, com reajustes baseados no
INPC acumulado nos 12 meses encerrados em novembro
do ano anterior ao do reajuste. Também prevê incluir
a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto. Em
caso de taxa negativa no PIB, reajuste será apenas
pela inflação.
A valorização do salário mínimo é determinante à
qualidade de vida da população, uma vez que cerca de
70% dos assalariados ganham até dois mínimos, de
acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra de
Domicílios Contínua. A política de valorização
beneficiará 40 milhões de pessoas, entre ativos,
aposentados, pensionistas e beneficiários de
programas sociais.
Diap – Segundo André Santos, analista
político do Diap, o requerimento precisa ser
aprovado em plenário. “Isso não garante celeridade
da votação. Ficará a critério do presidente da
Câmara, Arthur Lira”, explica. Por enquanto, o PL
está entre as pautas prioritárias do governo, que
tem também a reforma tributária, o Carf, entre
outras. “Mas é uma votação importante para os
trabalhadores e o conjunto da economia nacional”,
ele observa.
Mais – Sites da Câmara e do Diap.
Fonte: Diap
18/07/2023 -
Centrais vão intensificar luta por valorização do
salário mínimo
As centrais sindicais – CUT, Força Sindical, UGT,
CTB, NCST, CSB, Intersindical (Central da Classe
Trabalhadora) e PÚBLICA, Central do Servidor,
divulgaram nota nesta segunda-feira reafirmando que
irão intensificar a luta pela valorização do salário
mínimo.
No documento, as lideranças sindicais manifestaram
apoio na aprovação do requerimento de urgência do
Deputado Federal, José Guimarães (PT/CE) que
“requer, nos termos do art. 155 do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados, a tramitação sob o Regime
de Urgência do Projeto de Lei 2.385/23.
O Projeto de Lei n° 2.385/23 dispõe sobre a política
de valorização do salário mínimo. Essa política, que
beneficia toda a sociedade, foi negociada entre as
Centrais Sindicais e o Grupo de Trabalho (GT),
criado pelo presidente Lula, no âmbito do Ministério
do Trabalho. “É importante considerar que o novo
salário mínimo no valor de R$1.320,00 ainda que
registre ganho real, ele ainda está muito aquém das
necessidades das famílias brasileiras”, alertaram os
dirigentes sindicais.
Confira a seguir a íntegra da nota:
Nota das Centrais Sindicais – Intensificar a Luta
pela Valorização do Salário Mínimo
As centrais sindicais signatárias abaixo reafirmam
apoio, e irão intensificar a luta, pela aprovação do
requerimento de urgência do Deputado Federal, José
Guimarães (PT/CE) que “requer, nos termos do art.
155 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a
tramitação sob o Regime de Urgência do Projeto de
Lei 2.385/23.
O Projeto de Lei n° 2.385/23, vale ressaltar, dispõe
sobre a política de valorização do salário mínimo.
Essa política, que beneficia toda a sociedade, foi
negociada entre as Centrais Sindicais e o Grupo de
Trabalho (GT), criado pelo presidente Lula, no
âmbito do Ministério do Trabalho.
O cálculo para o valor do piso nacional leva em
conta a soma do INPC (Índice Nacional de Preço ao
Consumidor) mais a variação do PIB (Produto Interno
Bruto) de dois anos anteriores.
É importante considerar que o novo salário mínimo no
valor de R$1.320,00 ainda que registre ganho real,
ele ainda está muito aquém das necessidades das
famílias brasileiras. O levantamento feito pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) aponta que o mínimo deveria
ser de R$ 6.578,41, em junho.
Destacamos que valorizar o Salário Mínimo é uma
forma de distribuir renda e diminuir a profunda
desigualdade social ainda existente no País.
Ao ressaltar a importância da matéria, que,
aprovada, irá beneficiar milhões de brasileiros e
brasileiras, orientamos as entidades filiadas –
sindicatos, federações e confederações – que
intensifiquem o diálogo com as bases e os poderes
públicos, no sentido de sensibilizá-los da urgência
de se votar e aprovar a política de valorização do
salário mínimo.
A valorização do salário mínimo contribui para
reduzir as perdas econômicas de categorias de
trabalhadores e trabalhadoras e aposentados e
aposentadas. A valorização é uma forma de promover
uma recuperação gradativa do poder de compra do
salário mínimo.
Por isso, a classe trabalhadora conclama os
parlamentares a se somarem nessa justa luta em prol
de um País mais justo e igualitário. Salário Mínimo
justo é uma importante forma de distribuir renda e
contribuir para o desenvolvimento do país.
São Paulo, 17 de julho de 2023
Sergio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch, presidente da NCST (Nova Central
Sindical de Trabalhadores)
Antônio Neto, presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira de Almeida, Secretária-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
18/07/2023 -
A cada 4 horas uma mulher é vítima de violência no
Brasil
Dados são da Rede de Observatórios da Segurança
A cada 4 horas uma mulher é vítima de violência no
Brasil. Em 2022, foram mais de 2.400 casos
registrados, sendo que quase 500 foram feminicídios,
ou seja, a cada dia ao menos uma mulher morreu
apenas por ser mulher. Os dados são da Rede de
Observatórios da Segurança.
Formas de salvar as vidas e de acolher essas
mulheres estão sendo debatidas nesta segunda-feira
(17) e terça-feira (18) no 1° Encontro Nacional das
Casas da Mulher Brasileira, em Brasília.
A Casa presta atendimento humanizado e integrado às
mulheres vítimas de violência. São oferecidos, por
exemplo, serviços de acolhimento e triagem; apoio
psicossocial; delegacia; acesso à Justiça, ao
Ministério Público e à Defensoria Pública.
No encontro são trocadas experiências sobre o
trabalho realizado na Casa da Mulher e também
atualizadas as diretrizes e protocolos de
atendimento.
“Para que não tenhamos cada local com uma casa
isolada, sozinha, nós precisamos ter uma linha de
atendimento, uma linha da qualidade, da efetividade
do resultado, enquanto uma política nacional que vai
dar conta de respaldar a vida das mulheres e
garantir segurança no atendimento”, explicou a
ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
“Estamos falando de mulheres indígenas, negras, de
periferia, quilombolas e ribeirinhas que estão em
todos os lugares onde a violência também está muito
presente. Então é muito importante essa adequação,
esse olhar especial para essa diversidade. Não
podemos mais pensar em uma casa com atendimento de
forma padronizada”, disse a ministra dos Povos
Indígenas, Sônia Guajajara sobre a importância do
acolhimento diferenciado.
O governo federal anunciou em março a construção de
40 novas Casas da Mulher. Na Bahia, serão quatro,
com investimento de R$ 47 milhões, nas cidades de
Feira de Santana, Itabuna, Irecê e Salvador, com
previsão de serem inauguradas em outubro.
Já na Paraíba, serão construídas outras duas, uma em
João Pessoa e outra em Patos, com investimentos de
R$ 30 milhões.
As sete unidades em funcionamento estão localizadas
em Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, São Paulo, Boa
Vista, São Luís e na cidade de Ceilândia, no
Distrito Federal.
Fonte: Agência Brasil
18/07/2023 -
Haddad diz que contração de 2% da economia em maio é
resultado do alto patamar de juros: "está muito
pesado"
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT),
enfatizou nesta segunda-feira (17) que o resultado
desfavorável do Índice de Atividade Econômica do
Banco Central (IBC-Br) é uma consequência da
limitação econômica decorrente da alta dos juros e
ressaltou o compromisso da equipe econômica do
governo de criar as condições para o BC reduzir a
taxa básica (Selic). O Índice de Atividade Econômica
do Banco Central (IBC-Br), indicador do PIB,
apresentou uma queda de 2% em maio.
"Foi um resultado esperado. Os juros reais estão
muito altos. A pretendida desaceleração do Banco
Central teve um impacto significativo. Precisamos
ser cautelosos ao manter uma taxa real de 10% ao
ano. Isso está sobrecarregando a economia", afirmou
o ministro em uma conversa com jornalistas na sede
do Ministério da Economia, de acordo com o jornal O
Globo.
Apesar da queda registrada pelo IBC-Br,
especialistas e analistas do mercado financeiro
avaliam que a retração é pontual e não compromete as
estimativas de crescimento da economia brasileira ao
longo do ano.
Fonte: Brasil247
17/07/2023 -
Geração de empregos até maio era para ter sido maior
se não fosse o juro alto, afirma Luiz Marinho
Expectativa do Ministério do Trabalho é fechar
este ano com a geração de 2 milhões ou mais de novos
empregos
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
culpou, nesta sexta-feira (14), a taxa de juros, que
segundo ele “está sendo mantida elevada
irresponsavelmente”, por ter impedido que a geração
de empregos em maio chegasse a 180 mil postos de
trabalho. Segundo o Caged, houve criação líquida de
155.270 novas vagas de trabalho no mês.
“Poderiam ter sido gerados 180 mil empregos se não
fosse o juro alto”, disse o ministro ao participar
na manhã da cerimônia que marcou as primeira vendas
de ônibus da Mercedes-Benz financiados com recursos
do programa do governo federal de estímulo à venda
de veículos. Marinho, que foi à fábrica de caminhões
e ônibus da Mercedes em São Bernardo do Campo (SP),
disse que nem esperava falar no evento, já que
estava apenas acompanhando o vice-presidente Geraldo
Alckmin.
“Nem esperava falar aqui hoje. Vim apenas para
acompanhar o presidente Alckmin, mas, já que estou
aqui e sou ministro do Trabalho e Emprego, vou falar
do Caged. Até maio acumulamos 800 mil novos empregos
abertos. Em maio poderíamos ter gerado 180 mil
empregos se não fosse o juro alto.”
Marinho disse que os juros já poderiam estar mais
baixos não por capricho, mas porque as condições
econômicas para tal já estão dadas. Ainda assim, de
acordo com o ministro, a expectativa de sua pasta é
fechar este ano com a geração de 2 milhões ou mais
de novos empregos.
Fonte: Estadão
17/07/2023 -
FGTS deverá distribuir R$ 12,7 bilhões de lucro aos
trabalhadores em agosto
Lucro é menor que de 2021 por causa de
inadimplência em linha de crédito da Caixa, criada
no governo Bolsonaro. Programa já extinto pela atual
gestão usava recursos do FGTS para cobrir eventuais
prejuízos
O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) decidirá, no dia 25 de julho, o valor
total da distribuição do resultado do lucro obtido
pelo fundo no ano de 2022, que será pago até o dia
31 de agosto deste ano.
O total dos lucros no ano passado foi de cerca de R$
12,8 bilhões. A expectativa é de que ao menos 99%
desse valor (R$ 12,7 bilhões) sejam pagos aos
trabalhadores e trabalhadoras que tinham contas
individuais ativas ou inativas com saldo em 31 de
dezembro de 2022.
No entanto, há outra possibilidade que é a divisão
do valor total seja paga de forma parcelada. Mas, o
trabalhador não poderá sacar este valor, apenas se
for dispensado sem justa causa e comprar um imóvel,
entre outras possibilidades. Isso porque o dinheiro
é depositado diretamente na conta de FGTS. Veja
abaixo quem tem direito e como receber.
Lucro do FGTS menor
Em 2022 o lucro do fundo apresentou uma queda de 3,7%
em relação ao ano de 2021, que foi de R$ 13,3
bilhões. De acordo com o balanço do Conselho Curador
do FGTS, o resultado se deu pelo aumento de provisão
com perdas, que aumentou 147% de um ano para outro.
Parte dos recursos do FGTS foram usados no Fundo
Garantidor de Microfinanças (FGM), criado pelo
governo de Jair Bolsonaro (PL) para cobrir eventuais
inadimplências de operações financeiras relacionadas
ao microcrédito na Caixa Federal, programa lançando
pelo então presidente do banco, o bolsonarista Pedro
Guimarães e suspenso pela atual presidente, Rita
Serrano.
O programa permitia empréstimos inclusive de
negativados, por meio do Sim Digital, com a garantia
dos aportes de recursos do FGTS.
Até o encerramento das operações de microcrédito, o
nível de inadimplência havia chegado a 80%. Cerca de
R$ 3 bilhões saíram do FGTS e foram aportados no FGM
para cobrir esse prejuízo. A devolução dos recursos
já foi solicitada pelo Conselho Curador do FGTS à
Caixa Federal, no mês passado.
"Vamos restituir os saldos líquidos do Fundo
Garantidor, assegurando todos os compromissos de
cobertura contratual das garantias", disse o
secretário de Proteção ao Trabalhador do MTE, Carlos
Augusto Gonçalves Jr.
Ele lembrou que o programa foi criado por Medida
Provisória de março de 2022, depois convertida em
lei, e o fundo apenas obedeceu o repasse.
"Apesar da Caixa ter parado essas operações, a
restituição é uma forma de impedir que o fundo venha
garantir novas operações que sejam realizadas”,
disse o secretário.
Veja quem terá direito ao lucro do FGTS:
- Quem tem saldo na conta até 31 de dezembro de 2022
- Quem sacou depois desta data também terá direito ao
valor a partir do saldo que tinha até 31 de dezembro
de 2022
- Quem sacou o FGTS antes de 31 de dezembro de 2022,
em qualquer dia e mês do ano passado, não terá
direito a receber a divisão de lucros.
Como consultar o saldo
O trabalhador pode verificar o saldo do FGTS acessando
o aplicativo FGTS, disponível para os telefones com
sistema Android e iOS. Também é possível consultar o
extrato do fundo no site da Caixa Econômica Federal.
Quem não puder fazer a consulta pela internet deve
ir a qualquer agência da Caixa pedir o extrato no
balcão de atendimento.
O banco também envia o extrato do FGTS a cada dois
meses para o endereço cadastrado na agência. Quem
mudou de residência deve procurar uma agência da
Caixa ou ligar para o número 0800-726-0101 e
informar o novo endereço.
Preciso fazer alguma coisa para receber o
dinheiro?
Não. O valor será depositado diretamente na conta do
FGTS.
Realizei saque – aniversário e/ou emergencial, tenho
direito a parte do lucro?
Quem sacou uma parte do Fundo de Garantia, seja o
saque emergencial ou o saque-aniversário receberá o
índice de distribuição sobre o saldo que restou em
31 de dezembro de 2021.
Pedi demissão, tenho direito ao FGTS?
O trabalhador que pediu demissão e que está com a
conta inativa há três anos - ou sejam sem cair
nenhum depósito na conta -, por estar desempregado
ou abriu um negócio próprio, tem direito a sacar o
Fundo e receber a distribuição de dividendos.
No entanto, se ele não sacou, por ter mudado de
emprego, o valor da distribuição de FGTS valerá
tanto para a conta do trabalho anterior como do
atual, caso ele tenha saldo nas duas contas, a
inativa e a ativa.
Fonte: CUT
17/07/2023 -
Desenrola Brasil: renegociação de dívidas da Faixa 2
começa na segunda
Esta etapa atende brasileiros com renda de R$ 2,6
mil até R$ 20 mil
O Ministério da Fazenda autorizou nesta sexta-feira
(14) que as instituições financeiras credenciadas
pelo Banco Central (BC) para operações de crédito
podem começar, a partir de segunda-feira (17), a
renegociação de dívidas da Faixa 2, pelo Programa
Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas
Físicas Inadimplentes, o Desenrola Brasil.
A
portaria foi publicada no Diário Oficial da
União.
A Faixa 2 do programa atende à população com renda
mensal de dois salários mínimos (R$2.640) a R$ 20
mil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou
nas redes sociais o início do programa, que, segundo
o governo, vai beneficiar 70 milhões de brasileiros
que possuem dívidas.
"Ninguém gosta de ficar com o nome sujo. Vamos
ajudar o povo a reconquistar dignidade."
As dívidas poderão ser quitadas nos canais indicados
pelos agentes financeiros e poderão ser parceladas
em, no mínimo, 12 prestações. Também é necessário
ter sido incluído no cadastro de inadimplente até 31
de dezembro de 2022.
Nesta etapa do programa, também serão perdoadas as
dívidas bancárias de até R$ 100. Nesse caso, o nome
da pessoa será retirado dos cadastros de devedores
automaticamente pelas instituições financeiras.
Segundo o Ministério da Fazenda, com essa medida,
cerca de 1,5 milhão de pessoas deixarão de ter
restrições e voltarão a poder ter acesso a crédito.
Fonte: Agência Brasil
17/07/2023 -
Luiz Marinho: governo deve enviar em setembro ao
Congresso projeto para regulamentar trabalho por
aplicativos
A mesa de negociações inclui o Executivo federal,
representações dos trabalhadores e as empresas de
serviços
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
deve enviar ao Congresso Nacional em setembro o
projeto de lei para regulamentar o trabalho por
aplicativos. Entre as propostas em negociação estão
a definição de remuneração para os trabalhadores das
plataformas, que seria baseada no salário mínimo
atual, com regras de proteção social e jornada de
trabalho. A mesa de negociações inclui o governo,
representações dos trabalhadores e as empresas de
serviços.
"As coisas estão indo mais rápido do que eu estava
achando. Nos aplicativos, o debate conceitual está
indo super bem. A disposição de que tenha
remuneração mínima, controle para não ter excesso de
jornada, proteção social, Previdência. Nos
conceitos, está indo bem. Vamos ver, na hora de
precificar esses conceitos, como vai ser", disse o
ministro em entrevista ao jornal O Estado de
S.Paulo.
De acordo com o titular da pasta, pode haver um
modelo híbrido de contratos entre os trabalhadores e
as plataformas. "Estamos discutindo isso ainda. É
possível que tenha um ‘modelo mix’, que tenha
(trabalhador) autônomo, pode ter, mas a chave é que
tenha a proteção, valorize a remuneração, isso são
os pontos importantes", afirmou.
Fonte: Brasil247
17/07/2023 -
Produção industrial sobe em 12 dos 18 locais
pesquisados em maio ante 2022
A maior expansão em 12 meses ocorreu no Pará
(29,6%); em São Paulo, maior parque industrial do
país, houve uma alta de 2,6%
A produção industrial cresceu em 12 dos 18 locais
pesquisados em maio de 2023 ante maio de 2022,
segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal –
Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi
destacado pelo instituto que maio de 2023 teve os
mesmos 22 dias úteis do que igual mês do ano
anterior.
Em São Paulo, maior parque industrial do país, houve
uma alta de 2,6%. As demais expansões ocorreram no
Pará (29,6%), Amazonas (7,6%), Pernambuco (6,3%),
Mato Grosso (5,3%), Minas Gerais (5,2%), Paraná
(5,0%), Mato Grosso do Sul (4,5%), Rio Grande do
Norte (4,2%), Rio de Janeiro (2,9%), Espírito Santo
(1,3%) e Goiás (0,2%).
Na direção oposta, houve perdas no Maranhão (-9,6%),
Ceará (-8,1%), Santa Catarina (-4,4%), Bahia
(-3,3%), Região Nordeste (-2,7%) e Rio Grande do Sul
(-0,4%).
Na média global, a indústria nacional avançou 1,9%
em maio de 2023 ante maio de 2022, segundo o IBGE.
Na comparação mensal, a alta foi de 0,3%, após queda
de 0,6% em abril. Nessa base de comparação, dez dos
15 locais pesquisados apresentaram taxas positivas.
Fonte: InfoMoney
17/07/2023 -
Senadores tratam em Plenário sobre alterações na Lei
de Terceirização
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, em
pronunciamento no Plenário, a liberação pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) para a prática da
terceirização da atividade-fim. Para ele, o
instrumento potencializa a ocorrência de trabalho em
condições análogas ao de escravidão. Paim avaliou
como essencial a aprovação do Novo Estatuto do
Trabalho (SUG 12/2018), do qual é relator, para
reverter a decisão do STF. Já o senador Laércio
Oliveira (PP-SE), relator da Lei da Terceirização,
defendeu que a terceirização de serviços garante
dignidade para o trabalhador.
Fonte: Agência Senado
17/07/2023 -
Indústria de calçados pagará horas extras por
suprimir intervalos para recuperação térmica
A 1ª Turma limitou o pagamento a 2019, quando a
pausa deixou de ser prevista na norma
regulamentadora
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou a Alpargatas S.A., de Campina Grande (PB),
a pagar horas extras a um operador de prensa
referentes à não concessão de pausa para recuperação
térmica. O colegiado destacou a jurisprudência do
TST nesse sentido e limitou a condenação a
8/12/2019, quando a medida deixou de ser exigida
pelo Ministério do Trabalho.
Na ação, o operador relatou que, de 2016 a 2020,
trabalhava dentro de um moinho, em ambiente
artificialmente quente, durante toda a jornada e,
por isso, teria direito ao intervalo para
recuperação térmica de 20 minutos a cada uma hora e
40 minutos de trabalho.
Duplicidade
A 1ª Vara do Trabalho de Campina Grande e o Tribunal
Regional do Trabalho da 13ª Região (PB) julgaram
improcedente o pedido. De acordo com o TRT, não é
devida indenização pela não concessão das pausas
previstas no Anexo 3 da Norma Regulamentadora (NR)
15 do Ministério do Trabalho e Emprego, porque o
trabalhador já recebia o adicional de insalubridade,
que teria o mesmo fato gerador - o trabalho em
condições superiores aos limites de tolerância para
exposição ao calor.
Jurisprudência
O relator do recurso de revista do operador, ministro
Dezena da Silva, explicou que, de acordo com a
jurisprudência do TST, uma vez constatada a
exposição ao calor excessivo, nos termos do Anexo 3
da NR-15, a não observância do intervalo para
recuperação térmica justifica o pagamento do período
correspondente como hora extraordinária.
Limitação temporal
Contudo, a NR-15 foi alterada pela Portaria SEPRT
1.359/2019, que não prevê mais os intervalos. Por
isso, para a Primeira Turma, a condenação ao
pagamento de horas extras deve se limitar a dezembro
de 2019, quando ocorreu a alteração.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-435-46.2020.5.13.0014
Fonte: TST
17/07/2023 -
Projeto amplia anistia por atraso na entrega de guia
do FGTS com fato gerador
O Projeto de Lei 554/23 prevê a anistia de infrações
e a anulação das multas por atraso na entrega da
Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço e Informações à Previdência Social (Gfip)
com fato gerador. O texto em análise na Câmara dos
Deputados altera a Lei 14.397/22.
A Gfip está prevista na Lei do FGTS e na Lei
Orgânica da Seguridade Social e deve ser entregue à
Receita Federal. Autor da proposta, o deputado Marco
Bertaiolli (PSD-SP) explicou que a lei estabeleceu
anistia de multas e penalidades por atraso na
entrega de guias sem fato gerador – ou seja, sem
movimento.
“Ao conceder anistia apenas para as Gfips sem
movimento, a lei segrega aquelas com movimento,
trazendo nítido desequilíbrio para situações
equivalentes, ferindo o princípio constitucional da
isonomia e, principalmente, causando problemas de
mercado e de ordem concorrencial”, disse o deputado
ao defender a mudança.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
14/07/2023 -
Revisão da Reforma Trabalhista vai para o Congresso
em agosto
Forma de financiar os sindicatos, sem a volta de
taxa, é um dos pontos principais
Por Samanta Sallum
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que a
proposta será encaminhada ao Legislativo “sem
canetaço”. Pregando a construção de um entendimento
entre empresas e trabalhadores, ele fez participação
especial na abertura do Sicomercio 2023, evento que
reúne 2 mil representantes de sindicatos patronais,
em Brasília. Afirmou que não há intenção de revogar
a Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, no governo
Michel Temer. Mas que são necessários ajustes
pontuais.
“Será uma revisão pontual. Vamos encaminhar o texto
em agosto “, disse. Perguntado pelo blog, sobre o
foco dos ajustes, apontou para a estruturação dos
sindicatos. “Temos de ver a questão das finanças,
como poderão se sustentar” apontou. Mas esclareceu
que não está relacionada à volta da cobrança do
imposto sindical dos trabalhadores.
As revisões, explicou o ministro, estão sendo
discutidas em grupos de trabalho tripartites, com
participação de governo, trabalhadores e
empregadores.
“Chega de ódio “
No discurso, Marinho pregou fim ao “ódio” e foi
aplaudido. “A democracia voltou. É importante
ressalta o papel do Supremo. Chega de rancor e de
preconceitos”, destacou.
Não estava prevista oficialmente a participação do
ministro do Trabalho no evento organizado pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo (CNC). O presidente da entidade, Jose
Roberto Tadros, tem boa relação com o ministro e fez
a convite. Marinho discursou para uma plateia de
empresários.
O presidente da CNC também fez a defesa dos
trabalhadores em seu discurso defendendo “ salário
mínimo mais justo”. Disse que é ultrapassado falar
em “luta de classes”.
“Prestigiar o diálogo no ambiente negocial é a
melhor solução para alcançar a paz social no âmbito
das relações de trabalho”, destacou Tadros.
“Entendemos que o negociado tem mais valor do que o
legislado”, acrescentou. Os empresários participam
do GT da Reforma Trabalhista.
Tributária
Para Luiz Marinho, o texto aprovado da Reforma
Tributária não é “exatamente” o que o governo
gostaria, mas é a “possível para o Brasil crescer
economicamente. Reconheceu a importância do suporte
a empresas.
“Para gerar empregos, precisamos cuidar bem das
pequenas e médias empresas, precisamos dar uma
atenção ao comércio e serviços”, destacou.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avaliou
que a reforma tributária não é a “ideal”, mas a
versão do texto aprovado pela Câmara dos Deputados
trouxe avanços. “Se não é a reforma ideal, tenham a
certeza de que trouxemos avanços significativos, que
beneficiam o setor terciário. E precisamos mostrar
isso para as empresas”, apontou.
Fonte: Correio Braziliense
14/07/2023 -
Marinho quer estado e sindicatos fortes
“O presidente Lula defende Estado forte, com
Sindicatos também fortes”. Essa pode ser considerada
a síntese da entrevista do ministro Luiz Marinho, do
Trabalho e Emprego, ao Canal do Barão de Itararé, na
noite de quarta, dia 12.
Mas sua Pasta praticamente tem que ser reconstruída,
pois foi extinta por Jair Bolsonaro no primeiro dia
de governo, em 2019. “Reconstruir é mais difícil do
que começar do zero”, disse durante a entrevista
comandada pela jornalista Rita Casaro, do Sindicado
dos Engenheiros do Estado de SP e do Centro de Mídia
Alternativa Barão de Itararé, fundado e conduzido,
por anos, pelo jornalista e escritor Miro Borges.
Estrutura – Segundo Marinho, já foi aberto
concurso pra 900 vagas de Auditores Fiscais do
Ministério. Ao responder pergunta do coordenador da
Agência Sindical, João Franzin, a partir de pedido
do dirigente metalúrgico Josinaldo José de Barros
(Cabeça), de Guarulhos-SP, o ministro garantiu que a
estrutura de equipe e equipamento já está em
reconstrução. “Mas não é tão rápido assim”, deixou
claro.
Luiz Marinho, que, pela segunda vez, dirige a Pasta
do Trabalho, pediu que os Sindicatos gerem demanda
.“Não entendo por que não se retoma a luta pela
jornada de 40 horas semanais”, observou. Quanto à
proposta de Franzin pra uma campanha nacional de
sindicalização, Luiz Marinho entende que “esse papel
é mais do conjunto do sindicalismo do que de um
governo, embora não queira dizer que não possamos
estar juntos”.
Emprego – Luiz Marinho, ex-metalúrgico,
mostrou otimismo com a economia brasileira. “O
governo se empenha pra gerar até dois milhões de
empregos neste ano”, disse na entrevista. O ministro
também ressaltou a urgência da reindustrialização,
que, nas suas palavras “deve ser agora”. Entre os
setores em fraco crescimento, ele citou a indústria
naval.
Programa – Teve dois blocos, três
entrevistadores cada, duração de uma hora e meia.
Participaram do Bloco 1 Getúlio Xavier (Carta
Capital), Pedro Zambarda (Diário do Centro do Mundo)
e Conceição Lemes (Viomundo). Do segundo, Solon Neto
(Alma Preta), João Franzin (Agência Sindical) e Ivan
Longo ( Revista Fórum).
Transmissão – Entrevista foi ao ar pelo canal
do Barão de Itararé, com transmissão simultânea
também via Fundação Perseu Abramo, TVT, Agência
Sindical, Viomundo, Fórum e Pão com Ovo.
Fonte: Agência Sindical
14/07/2023 -
Economia melhora, e negociações passam a garantir
aumento real a trabalhadores
Pesquisas indicam recordes em acordos salariais
mais vantajosos a empregados em maio
O primeiro semestre de 2023 foi de mudança nos
termos de negociações salariais no país. Após anos
de reajustes abaixo da inflação, empregados voltaram
a obter ganhos reais em vencimentos.
O movimento foi captado por duas pesquisas
diferentes. Tanto o boletim De Olho nas Negociações,
do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), como o
Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe), indicam que, desde dezembro, os
acordos salariais fechados no país, na média,
garantiram reajustes acima do aumento de preços.
A melhoria para os empregados começou tímida. Em
maio, último mês com análises já publicadas, ela
atingiu patamares recordes.
O Salariômetro da Fipe indicou que 91,9% dos acordos
coletivos fecharam reajustes acima da inflação no
mês –maior percentual da série histórica iniciada em
2015. A pesquisa ainda apontou que o reajuste médio
dos salários foi de 5,3% –isso é 1,5 ponto
percentual mais alto do que a inflação acumulada em
12 meses até maio (3,8%, medida pelo INPC).
Já segundo o Dieese, em 88% das 759 negociações com
data-base em maio foram encerradas com aumentos
reais aos trabalhadores. Desde 2018, quando a
entidade passou a acompanhar os acordos e convenções
coletivas, apenas em cinco ocasiões esse percentual
havia ultrapassado a marca de 80%: em quatro meses
em 2018 e um de 2019.
“De fato, observamos ao longo deste primeiro
semestre, uma melhora nos resultados das negociações
coletivas de reajuste salarial. Há um aumento no
percentual de categorias que têm conquistado algum
tipo de aumento real de salário, um reajuste
salarial acima da inflação”, confirmou Victor Pagani,
diretor adjunto do Dieese.
Segundo Pagani, há uma série de fatores que explicam
essa melhoria. Ele lembrou que a inflação está em
queda no país. Isso facilita que reajustes salariais
negociados superem o índice de aumento de preços.
Afirmou também que o mercado de trabalho brasileiro
reaqueceu após o fim da pandemia, o que tende a
elevar os salários.
Pagani disse também que o governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) concedeu aumento extra
para o salário mínimo em maio. Esse aumento empurrou
o nível salarial do país para cima já que o reajuste
do piso nacional serve como uma referência.
Por fim, o diretor adjunto do Dieese explicou que
trabalhadores estão mobilizados em busca da
recuperação de benefícios perdidos nos últimos anos.
Na pandemia, eles foram obrigados a aceitar
reajustes inferiores. Agora, contudo, querem
compensá-los.
Hélio Zylberstajn, professor sênior da Faculdade de
Economia da Universidade de São Paulo (USP) e
coordenador do Salariômetro, vê o mercado de
trabalho nacional mais aquecido. Ele ressaltou,
porém, que os indicadores salariais apurados pela
Fipe só dizem respeito ao mercado formal de
trabalho, do qual fazem parte menos de 40% dos
trabalhadores.
“O trabalhador informal é aquele sem carteira
assinada ou que trabalha por conta própria. Esse tem
que batalhar sozinho”, explicou Zylberstajn. “Agora,
na medida que o mercado formal se equilibra, ele
também acaba sendo beneficiado.”
Melhora relativa
Zylberstajn também afirmou que a melhora recente no
mercado de trabalho é relativa. Os salários podem
até ter crescido, mas ainda são baixos. Só vão
melhorar de forma significativa se a economia voltar
a crescer.
“A média salarial do trabalhador brasileiro é de R$
3 mil reais. Cerca de 70% deles ganham até R$ 3,5
mil. Você acha isso bom?”, questiona.
Pagani, do Dieese, confirma que há muito caminho a
ser percorrido. “Ainda convivemos com taxas de
desemprego em patamares muito elevados, com taxas de
subutilização da força de trabalho bastante altas,
com uma precarização das relações do trabalho”,
disse.
Fonte: Brasil de Fato
14/07/2023 -
TCU pede suspensão de obras liberadas por Bolsonaro
na Educação
Liberações em análise chegam a R$ 7,2 bilhões.
Esquema consistia em fatiar os repasses em valores
mínimos para fugir da chancela da área técnica do
FNDE.
O Tribunal de Contas da União (TCU) quer anular
liberações de obras da educação da gestão do
ex-presidente Jair Bolsonaro. As autorizações são
avaliadas em R$7,2 bilhões e foram firmadas pelo
então ministro Milton Ribeiro.
O ex-ministro da educação deixou o cargo em 2022
após o escândalo das propinas em ouro solicitada por
pastores veio à tona. O TCU investiga a concessão de
obras educacionais sem critérios técnicos e com
possíveis indícios de corrupção.
Segundo a denúncia, os recursos eram obtidos através
do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), que liberava empenhos fracionados em
pequenas quantias, na maioria das vezes de R$30 mil.
O Fundo é responsável por suprir a maior parte dos
programas de educação básica do país — como os de
transporte escolar, merendas e compras de livros
didáticos nas escolas públicas.
As denúncias chegaram ao TCU através dos deputados
federais Bira do Pindaré (PSB-MA), Luciene
Cavalcante (PSOL-SP), Lídice da Mata (PSB-BA), entre
outros.
O esquema proporcionou milhares de novas obras, de
acordo com reportagem da Folha de S.Paulo. Entre
2020 e maio do ano passado, o FNDE firmou 3.356
termos de compromisso entre o órgão e prefeituras
relacionados a novas obras (construção de creches,
escolas, quadras e reformas).
Ao somar os valores das operações aprovadas a partir
de empenhos menores, chega-se a R$ 8,8 bilhões. O
valor é 14 vezes superior ao que estava no orçamento
para essa finalidade.
O esquema possibilitava o empenho do recurso de
forma provisória sem a liberação ser chancelada pela
área técnica do órgão.
Fonte: Portal Vermelho
14/07/2023 -
Dirigentes da Nova Central foram impedidos de voar
para região Sul em alerta vermelho
Por conta dos riscos do ciclone extratropical que
atingiu a região Sul do país, o presidente da Nova
Central, Moacyr Auersvald, e o assessor jurídico,
Cristiano Meira, foram impedidos de voar para
região.
Os dois já estavam a caminho, em São Paulo, mas por
conta de um acidente com um avião, que desviou na
pista, os voos do aeroporto de Florianópolis foram
cancelados. Além disso, Porto Alegre está
enfrentando muita chuva e ventania.
Portanto, as conversas sobre o futuro do movimento
sindical previstas para hoje (13) em Santa
Catarina(SC) e amanhã (14) em Porto Alegre (RS)
serão remarcadas.
A Nova Central lamenta o ocorrido e pede aos
companheiros do Sul que observem as orientações do
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que
colocou a região em alerta vermelho, na situação de
“grande perigo”.
Contamos com a colaboração e compreensão de
todos.
Em breve vamos retomar as nossas conversas sobre o
futuro do movimento sindical no Sul.
Fonte: NCST
13/07/2023 -
Barroso diz que STF não vai retomar imposto sindical
obrigatório
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (12) que é
um "equívoco" dizer que a Corte discute a volta do
imposto sindical obrigatório. Ele palestrou em
evento realizado pela Confederação Nacional do
Comércio (CNC) em Brasília.
Uma ação que tramita no Supremo discute se
empregados não sindicalizados devem pagar a
contribuição assistencial se forem beneficiados por
negociação coletiva.
"O Supremo continua a achar que a contribuição
sindical é facultativa", disse Barroso em relação ao
imposto que foi extinto pela reforma trabalhista e,
depois, teve seu fim validado pelo STF. "Mas, para
incentivar a negociação coletiva, se ressuscitou a
contribuição assistencial", afirmou.
O julgamento foi suspenso por pedido de vista do
ministro Alexandre de Moraes no início do ano. Em
junho, o ministro devolveu o processo para
julgamento e agora falta definir uma data. Falta um
voto para a formação de maioria no sentido de
permitir a cobrança da contribuição assistencial de
funcionários não sindicalizados.
Barroso, que votou a favor da cobrança, disse que o
objetivo é "dar sobrevida aos sindicatos".
Fonte: UOL
13/07/2023 -
Sindicalismo aprova Reforma Tributária
O conjunto do movimento sindical aprova a Reforma
Tributária votada, em primeiro turno, na Câmara dos
Deputados. O movimento saúda também o empenho
pessoal do presidente Lula pela aprovação.
A medida era antiga reivindicação das entidades
trabalhistas e integra a Pauta Unitária da Classe
Trabalhadora, aprovada na Conclat 2022. O Item 48 da
Pauta pleitea: “Reformar o sistema tributário.
Orientá-lo pela capacidade contributiva de cada
brasileiro; progressividade dos impostos; revisão
dos impostos de consumo e sobre renda e patrimônio,
aumento da tributação das grandes heranças e
riquezas, lucros e dividendos”.
NOTA – Dia 7, as Centrais Força, UGT, Nova
Central e CSB publicaram “Reforma
Tributária aprovada: vitória da Câmara Federal,
vitória do povo!”. Diz o Nota: “As Centrais
Sindicais abaixo-assinadas parabenizam a Câmara dos
Deputados e seu presidente Arthur Lira pela
aprovação do projeto de Reforma Tributária”. A CTB
não assinou e a CUT preferiu publicar Nota
específica, o que coloca em questão a chamada
unidade na luta apregoada em discursos e praticada
em certas ações conjuntas.
A Nota das quatro Centrais também ressalta que “A
aprovação revela o compromisso de parlamentares,
lideranças partidárias, governadores e prefeitos com
a Nação, uma vez que permitirá mudança estrutural no
sistema tributário brasileiro. Destacamos, nesse
sentido, medidas como a desoneração da cesta básica
de alimentos e a transparência tributária, pontos
que beneficiarão diretamente a população mais
carente”.
As entidades lembram que a Reforma é antiga
reivindicação dos brasileiros: “O País vira uma
página de mais de três décadas de debate e se
integra a outros 170 países com boas práticas
tributárias”.
Assinam – Miguel Torres, presidente da Força;
Ricardo Patah, da UGT; Antonio Neto, da CSB; e
Moacyr Tesch, da Nova Central.
Fonte: Agência Sindical
13/07/2023 -
Terceirização da atividade-fim atenta contra os
trabalhadores, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) atacou em
pronunciamento na terça-feira (11) a terceirização
da atividade-fim no mercado de trabalho. Para ele, a
prática representa um "risco enorme para a dignidade
e segurança dos trabalhadores, potencializando a
ocorrência de trabalho escravo, exploração de mão de
obra e precarização do trabalho". O parlamentar
lamentou a liberação desse tipo de tercerização pelo
Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Paim, é essencial que o Congresso Nacional
aprove o Novo Estatuto do Trabalho (SUG 12/2018), do
qual é relator. Segundo o senador, a proposta é uma
"ferramenta essencial" para reverter a decisão
tomada pelo STF. Ele também anunciou a apresentação
do PL 859/2023, que veda a prática expressamente.
O senador sugeriu uma campanha nacional para proibir
terceirização da atividade-fim e ressaltou que a
prática não pode virar uma "ferramenta para a
legalização do trabalho escravo". Para o
parlamentar, é dever do Congresso assegurar a
proteção dos trabalhadores e o respeito aos seus
direitos.
— É fundamental compreendermos que uma das formas
mais efetiva de combatermos o trabalho escravo é
eliminar, em primeiro lugar, a terceirização na
atividade-fim. No entanto, não basta apenas coibir
essa prática. Precisamos investir de forma forte e
corajosa nos órgãos de fiscalização e valorizar os
profissionais responsáveis por garantir o
cumprimento das leis trabalhistas. É imprescindível
destinar mais recursos e verbas no orçamento da
União para fortalecermos os órgãos de fiscalização —
disse Paim.
Fonte: Agência Senado
13/07/2023 -
Casos de desigualdade salarial podem ser denunciados
por e-mail ou telefone
Vítimas de discriminação de gênero podem também
continuar acionando Justiça do Trabalho
Possíveis violações à nova Lei da Igualdade Salarial
e de Critérios Remuneratórios, sancionada pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há uma
semana, podem ser denunciadas por canais digitais ou
por telefones.
De acordo com os ministérios das Mulheres e do
Trabalho, situações de disparidade salarial entre
pessoas de gêneros distintos que ocupam as mesmas
funções podem ser encaminhadas à Secretaria de
Inspeção do Trabalho (SIT), através do e-mail
denuncia.sit@trabalho.gov.br. É possível também
utilizar o disk 158 ou o site para denúncias
trabalhistas.
O disk 100, destinado para violação de direitos
humanos, e o disk 180, para apresentar situações de
violações de direitos de mulheres, também podem ser
acionados.
Outros caminhos
A nova lei, cujo projeto foi encaminhado pelo Planalto
ao Congresso no dia 8 de Março, cria uma série de
mecanismos que buscam fortalecer o dispositivo da
paridade salarial entre homens e mulheres. A
previsão de vencimento iguais para a mesma função já
existia tanto na Constituição como na Consolidação
das Leis Trabalhistas (CLT). Assim, acionar a
Justiça do Trabalho, inclusive em casos em que o
contrato já foi rescindido, ainda continua válido
para as trabalhadoras que estejam nesta situação.
A grande novidade das novas regras são mecanismos
que permitem uma atuação mais pró-ativa do próprio
Estado, incluindo o Ministério Público do Trabalho,
na fiscalização e implementação da igualdade
salarial.
Além da ampliação da multa em caso de
descumprimento, empresas com mais de 100
funcionários deverão publicar relatórios, evitando
exposição individual de cada trabalhador, de
transparência salarial semestralmente. A não
publicação também poderá acarretar multas. Com esses
dados, a expectativa é de que o acompanhamento, por
parta das próprias trabalhadoras ou dos órgãos de
fiscalização, se torne mais fácil.
Além do quadro salarial, as empresas também terão a
obrigação de tornarem acessíveis os critérios
utilizados para promoções na carreira, o que também
permitirá uma maior fiscalização para implementação
da igualdade salarial. Caso haja violações, as
empresas deverão formular um plano de mitigação com
a participação de representantes dos trabalhadores.
As pastas informam ainda que a lei será
regulamentada a partir da atuação de um Grupo de
Trabalho Interministerial que será coordenado pelo
Ministério do Trabalho e pelo Ministério das
Mulheres. Ainda que enfoque tenha sido dado à
disparidade de gênero, a regra também impede a
discriminação salarial por etnia, nacionalidade ou
idade.
Fonte: Brasil de Fato
13/07/2023 -
Ação contra Eduardo Bolsonaro no STF será relatada
por Nunes Marques
Para deputada Luciene Cavalcante (Psol), Eduardo
Bolsonaro proferiu “discurso de ódio” e incitou
ataques a professores ao comparar a categoria a
traficantes
O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal
Federal (STF), será o relator da ação protocolada
contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). No
último domingo, o filho “zero 3” do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL) atacou os professores do país e
os comparou a bandidos e traficantes. Ele proferiu
as agressões durante ato armamentista em frente ao
Congresso Nacional, em Brasília.
“Não tem diferença de um professor doutrinador para
um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar
os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o
professor doutrinador seja ainda pior, porque ele
vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando
opressão em todo tipo de relação. Fala que o pai
oprime a mãe e a mãe oprime o filho e [que] aquela
instituição chamada família tem que ser destruída”,
declarou o parlamentar.
A fala do deputado causou repulsa entre educadores.
Como resultado, a deputada federal Luciene
Cavalcante (Psol-SP) protocolou uma notícia-crime na
STF solicitando a abertura de um inquérito contra
Eduardo Bolsonaro. Ela também é professora e
supervisora escolar da rede municipal de São Paulo,
e disse que teve sua honra afetada pelo discurso
raivoso do parlamentar.
Nunes Marques é um dos dois nomes que Bolsonaro
indicou ao STF. O outro é o ministro André Mendonça.
Ódio aos professores
Na ação, a deputada aponta que a fala constitui
“verdadeiro discurso de ódio contra professores” e
buscou incitar os manifestantes a intimidá-los. Além
disso, cita que as falas ocorreram durante evento
que promovia o armamento da população. Dessa
maneira, os ataques também caracterizariam incitação
ao crime, além dos delitos de ameaça e
constrangimento ilegal.
“A fala em questão é um convite para que os ouvintes
ajam contra os professores, para que os impeçam de
lecionar conteúdos que não sejam aceitos pela sua
visão de mundo. Importante contextualizar que a fala
foi feita em um evento pró armas de fogo em um
momento do país com recorrentes ataques violentos às
escolas e aos professores”, afirma a deputada na
petição.
Além desta ação, o ministro da Justiça e Segurança
Pública, Flávio Dino, determinou nessa segunda-feira
(10) analise os discursos proferidos por Eduardo
Bolsonaro. Do mesmo modo, ele citou que o objetivo é
identificar indícios de eventuais crimes,
“notadamente incitações ou apologias a atos
criminosos”.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/07/2023 -
Especialistas discutem alternativas de custeio dos
sindicatos após a reforma trabalhista
“É preciso que o movimento sindical se reúna,
debata e busque solução para seus problemas”, disse
representante do Ministério Público do Trabalho em
debate sobre o fim da contribuição sindical
obrigatória, com a reforma de 2017
Agência Brasil – Quais os impactos da reforma
trabalhista para os sindicatos? Com o fim da
contribuição sindical obrigatória, quais são as
alternativas de arrecadação das entidades? Essas
foram algumas das questões debatidas nesta
segunda-feira (10) no evento 80 Anos de CLT e o
Futuro do Direito Sindical, promovido Instituto dos
Advogados Brasileiros (IAB), no Rio de Janeiro.
O vice-procurador-chefe do Ministério Público do
Trabalho da 1ª Região, Fábio Goulart Villela,
defendeu a discussão de uma nova forma de custeio
das organizações sindicais. Para ele, os sindicatos
são importantes agentes garantidores dos direitos
dos trabalhadores. A reforma trabalhista (Lei 13.467
de 13 de julho de 2017), de acordo com Villela,
deliberadamente buscou enfraquecer esses atores e,
consequentemente, retirar direitos dos empregados.
“É preciso que o movimento sindical se reúna, debata
e busque solução para seus problemas e não fique à
mercê dos outros agentes porque quem perde não é o
sindicato só, quem perde é a classe trabalhadora.
Com a classe trabalhadora fraca, a sociedade é
fraca, o mercado é fraco e não tem crescimento
econômico. O crescimento econômico vem com poder de
compra, que vem com melhoria das condições de
trabalho da classe trabalhadora”, disse.
A reforma trabalhista alterou a Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT). Entre as mudanças, a reforma
pôs fim à obrigatoriedade da contribuição sindical
e, com isso, acabou com a principal fonte de renda
dos sindicatos.
A contribuição sindical, que estava prevista na CLT,
era paga pelo trabalhador uma vez por ano, no valor
correspondente à remuneração de um dia normal de
trabalho, sem inclusão de horas extras. A
contribuição foi criada na década de 1940 para
fortalecer o movimento sindical. Segundo dados
apresentados no evento, com a mudança, os
rendimentos dos sindicatos caíram mais de 90% em
2021 em relação ao que era arrecadado em 2017, antes
de a reforma entrar em vigor.
De acordo com a professora de direito do trabalho
Benizete Ramos de Medeiros, este é o momento de os
sindicatos se reinventarem. Ela acredita que não
haverá uma volta da contribuição.
“Se a reforma e o desmonte do sindicalismo e do
movimento coletivo no Brasil são políticos, o que
tem de ser feito é política. Agora, os sindicatos
precisam se reinventar, são quase 11 milhões de
sindicatos de trabalhadores no Brasil, mas podemos
afirmar que poucos são representativos. É o momento
de os sindicatos se reinventarem, buscarem dizer a
que vieram e sair do feudo de uma contribuição
sindical obrigatória, porque ela não vai voltar a
ser obrigatória, acho muito difícil”, destacou.
O secretário da Comissão de Direito do Trabalho do
IAB, Pedro Milione, concorda com o fim da
contribuição compulsória. Para ele, o erro da
reforma neste quesito foi não ter estabelecido um
prazo para que as entidades pudessem se adequar. Sem
o prazo, de acordo com ele, a prestação de serviços
por parte das organizações foi praticamente
inviabilizada. Agora, seis anos após a alteração,
Milione defende que “os sindicados precisam olhar
para frente e fazer aquilo que toda associação
privada faz, buscar associados”.
Villela, Medeiros e Milione participaram do painel
Finanças dos Sindicatos: Formas de Custeio, que foi
também transmitido online.
Pela manhã, o ministro da Previdência Social, Carlos
Lupi, também participou do evento e criticou a
reforma trabalhista de chamando-a de antirreforma.
“Como um sindicalismo pode existir se não tiver
fonte de renda, fonte de receita? De que maneira,
como organizar os seus sindicalistas?”, questionou.
Contribuição assistencial
Em entrevista, o presidente da Central Única dos
Trabalhadores – Distrito Federal (CUT-DF), Rodrigo
Rodrigues, explica que a discussão hoje não é a
volta do imposto sindical, mas sim uma maior
garantia da taxa negocial ou assistencial. “Não
estamos discutindo a volta do imposto como existia,
o que está sendo discutido é a taxa negocial ou
assistencial, que é cobrada quando há negociação
coletiva, quando há mobilização dos sindicatos e que
ela seja aprovada em assembleia”, diz.
A Constituição Federal diz que “a assembleia geral
fixará a contribuição que, em se tratando de
categoria profissional, será descontada em folha,
para custeio do sistema confederativo da
representação sindical respectiva, independentemente
da contribuição prevista em lei”.
O que ocorre, de acordo com Rodrigues é que
atualmente não há uma obrigatoriedade desse
pagamento. Os trabalhadores que quiserem contestar a
cobrança podem fazê-lo e não precisam pagar a
contribuição. O pleito dos sindicatos é que a
obrigatoriedade ou não seja definida pelas
categorias em assembleia geral. “Se for aprovado,
paga todo mundo e, se não for aprovado, não se
cobra.”
Rodrigues ressalta também o papel dos sindicatos
que, na atuação, acabam beneficiando a todos os
trabalhadores e não apenas os sindicalizados, o que
justificaria o pagamento da contribuição quando
houvesse alguma mobilização sindical.
“Os sindicatos têm importância de defesa dos
interesses dos trabalhadores, não apenas da
categoria que representam, mas de toda a classe
trabalhadora. São parte fundamental da democracia
brasileira, são eles que constroem as propostas de
avanço dos direitos daqueles que constroem a riqueza
do Brasil e do mundo”, ressaltou Rodrigues.
Atualmente, um recurso sobre a inconstitucionalidade
da contribuição assistencial está em julgamento no
Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com
Rodrigues, a questão está também sendo discutida
pela CUT junto ao Ministério do Trabalho. A atual
legislação trabalhista está sendo discutida pela
pasta, que deve encaminhar ao Congresso Nacional
propostas de mudanças.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/07/2023 -
INPC tem queda de 0,10% em junho, aponta IBGE
O IBGE divulgou nesta terça-feira (11) o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve
queda de 0,10% em junho (primeira deflação desde
setembro de 2022) e acumula 3% nos últimos doze
meses. O INPC abrange o custo de vida para famílias
com rendimento de um a cinco salários mínimos.
Fonte: IBGE
11/07/2023 -
Professor Oswaldo recebe homenagem póstuma no do
‘Dia da luta operária’, em São Paulo
O professor Oswaldo Augusto de Barros, ex-presidente
da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST),
recebeu na sétima edição do Dia da Luta Operária,
neste último domingo (9), homenagem in memoriam pela
vida intensa dedicada ao fortalecimento do movimento
sindical do Brasil.
Além do professor Oswaldo foram homenageados mais
cinco personalidades: a militante Ana Dias, o
jornalista Sérgio Gomes, e mais três in memoriam
João Felício, professor e ex-presidente da CUT,
Dirceu Travesso (militante bancário e fundador do
PSTU) e José Ibrahim (metalúrgico de Osasco, preso
político e sindicalista).
“Fiquei muito feliz em fazer parte de um dia tão
simbólico como esse. Especialmente honrada e
emocionada em representar a família do professor
Oswaldo Augusto de Barros, um homem preocupado com o
bem-estar coletivo que dedicou sua vida defendendo
os direitos dos trabalhadores em Educação e Cultura.
Trabalhei com ele por quase 20 anos. Ele, como um
bom professor, multiplicava seus conhecimentos com
generosidade, perseverança e amor. Gratidão,
professor Oswaldo”, agradeceu Edna Garcia,
assistente de diretoria da Federação Paulista dos
Auxiliares em Administração Escolar (FEPAAE),
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Educação e Cultura (CNTEEC),
entidades que o professor Oswaldo presidia além da
Nova Central.
“Representamos a esposa do professor, Edelweis
Justolim de Barros, seus filhos Daniel e César,
netos e uma legião de amigos e admiradores do seu
trabalho. Conviver com o professor Oswaldo foi um
privilégio. Um ser visionário, batalhador e
entusiasta da vida”, afirmou Leane Texeira,
departamento financeiro da FEPAAE/CNTEEC.
Orlando Bira, suplente da Secretaria de Comunicação
da Nova Central Sindical de Trabalhadores no Estado
de São Paulo (NCST/SP), afirmou: Nós, da Nova
Central, do movimento sindical brasileiro,
agradecemos imensamente ao professor Oswaldo por
seus quase 50 anos de sua luta em defesa dos
trabalhadores da educação, da cultura e de toda
classe trabalhadora. Professor Oswaldo fez a
diferença por onde passou e vamos honrar o seu
legado”.
“Vale lembrar que a data, que integra o calendário
do município de São Paulo, também é lembrada como
uma espécie de contestação ao feriado oficial. Nós
da NCST-SP participamos efetivamente desde o
primeiro ano e fazemos questão de reverenciar José
Martinez, sapateiro morto durante a greve geral de
1917, no mesmo dia. Isso é importante mencionar para
valorizar a importância da atuação de partidos
ligados à classe trabalhadora que instituíram esse
dia e valorizam a classe operária do Brasil”, disse
Luiz Gonçalves (Luizinho) presidente da NCST-SP.
Apoio ao MST
O Dia da Luta Operária é uma iniciativa de 10 centrais
sindicais, em parceria com o deputado estadual
Antonio Donato (PT). Ainda no mandato de vereador,
ele apresentou o projeto que criou a data, que se
tornou a Lei municipal 16.634, de 2017. Participaram
da organização o Centro de Memória Sindical,
Instituto Astrojildo Pereira e o IIEP (Intercâmbio,
Informações, Estudos e Pesquisas). O local escolhido
neste ano foi o Armazém do Campo, do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra, em solidariedade ao
MST, alvo de uma CPI na Câmara dos Deputados.
Fonte: NCST
11/07/2023 -
Mercado prevê inflação de 4,95% para este ano
É a oitava queda seguida do índice
O mercado financeiro reduziu a previsão da inflação
para este ano pela oitava vez. Segundo projeção do
Boletim Focus, divulgada nesta segunda-feira (10)
pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 4,95%. Há uma
semana, a projeção do mercado era de que a inflação
este ano ficasse em 4,98%%. Há quatro semanas, a
previsão era de 5,42%.
A projeção continua acima da meta de inflação para
este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN), definida em 3,25%, com margem de tolerância
de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Dessa forma, a meta será considerada formalmente
cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Para 2024,
a projeção é de que o IPCA fique em 3,92%.
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como
principal instrumento a taxa básica de juros, a
Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de
Política Monetária (Copom). A taxa está no maior
nível desde janeiro de 2017, quando também estava
nesse patamar.
Fonte: Agência Brasil
11/07/2023 -
Haddad e Pacheco se reúnem para tratar da reforma
tributária no Senado
O ministro da Fazenda vai solicitar ao presidente
do Senado que dê prioridade a votação do projeto que
garante o voto de qualidade no Carf
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
receberá nesta terça-feira (10) o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, para debaterem a
tramitação da proposta de reforma tributária naquela
Casa.
O ministro vai solicitar ao senador que dê
prioridades a votação do projeto que garante o voto
de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais (Carf), aprovado pela Câmara na última
sexta-feira (7).
Sobre a reforma, Haddad vai defender que a proposta
não receba alterações consideráveis para evitar o
retorno dela à Câmara.
“A equipe econômica do governo pretende levar a
Pacheco a supressão de alguns pontos específicos,
que ainda não foram definidos. Essa modalidade de
alteração, segundo o regimento do Congresso, não faz
o texto voltar para a análise da outra Casa”,
revelou o jornalista Gerson Camarotti, no seu blog
no G1.
Haddad diz que a reforma tributária não é uma
proposta de governo, mas uma necessidade do país
para economia e produtividade avançar.
“Essa maneira ultrapassada com que os tributos estão
organizados atrapalha muito a indústria, o comércio,
os serviços. Precisamos despolarizar essa discussão,
despartidarizá-la. É um projeto de país que vai
beneficiar a todos. Uma vitória para nós e para as
próximas gerações”, escreveu o ministro no Twitter.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe
Rodrigues (Sem partido-AP), disse que a prioridade
esta semana é para a escolha do relator do projeto
do Carf e da reforma tributária.
“Uma das prioridades nossas, no âmbito do Senado é
dialogarmos, sobretudo com o presidente do Senado
para que nós possamos avançar e ter ainda nesta
semana um relator”, disse ele à GloboNews.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH),
senador Paulo Paim (PT-RS), aposta que o Senado pode
concluir a votação da reforma em agosto, após o
recesso parlamentar.
Paim destacou o clima de conciliação em torno da
proposta e o empenho do presidente Lula, Haddad,
Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL).
O parlamentar destacou ainda a decisão de zerar os
impostos sobre a cesta básica que terá alíquotas
zero.
“Então, agora, de fato, espero eu que a alimentação
chegue à mesa do brasileiro e que ele tenha direito
a três refeições por dia: café, almoço e janta. Não
é que vai resolver, mas vai ajudar muito a reforma
nos moldes que está sendo aprovada”, afirmou.
Oposição
No senado, a oposição ao governo promete não ser
resistente ao projeto. O senador Ciro Nogueira,
ex-ministro da Casa Civil do Bolsonaro, disse ao
programa Canal Livre deste domingo (9), na Band, que
a votação não tem nada a ver com apoiar ou não o
governo.
“Não podemos fazer uma reforma pensando em um
governo. Isso é uma reforma para o país, são 50, 60
anos que se anseia por uma reforma tributária no
nosso país e não é por conta de você estar apoiando
ou fazendo oposição ao governo que vamos deixar de
votar coisas que são importantes para a sociedade,
para o país”, disse ele.
Fonte: Portal Vermelho
11/07/2023 -
A
sindicalização entre os jovens
Sindicalização é ação permanente e parte do
trabalho de base e cotidiano de dirigentes e
ativistas sindicais. Em artigo anterior
sistematizei¹ argumentos que abordam a queda na
densidade sindical, usando como base amplo estudo
realizado nos países da OCDE². Neste artigo tratarei
da sindicalização entre os jovens.
Clemente Ganz Lúcio*
São permanentes os desafios para a sindicalização em
todas as faixas etárias, requerendo inovações nas
estratégias que buscam abordar as trabalhadoras e os
trabalhadores para participarem de atividades e
aderirem voluntariamente ao sindicato, ampliando
dessa forma a representatividade, a representação e
de cobertura sindical.
A dificuldade para atrair a juventude para a vida
sindical é destacada no trabalho de filiação. O
estudo da OCDE indica que a composição etária da
força de trabalho é uma das causas para a queda na
filiação sindical em geral. Os jovens representam 7%
do total de sindicalizados na área da OCDE e são os
menos propensos a se sindicalizar. O estudo aponta
que a taxa de sindicalização por idade segue a forma
de ‘U’ invertido, menor entre os mais novos e os
mais velhos e maximizada na faixa dos 40 anos.
A adesão pelo trabalhador a 1 sindicato é resultado
do desenvolvimento de relações contínuas de presença
na base, de descobertas sobre o papel dos sindicatos
e de oportunidades de participação. Sindicalizar-se
é, em última instância, ato e decisão individual,
muito tensionada por pressões contrárias, por
estigmas e preconceitos.
Filiar-se é decisão de celebrar vínculo e
estabelecer compromisso com sujeito coletivo,
algumas vezes recém-descoberto. O trabalho de base
que leva à sindicalização apresenta e enaltece os
benefícios que a filiação trará, com destaque para
os serviços que a entidade oferece. Mas é a
capacidade de o sindicato melhorar os salários,
ampliar as conquistas econômicas, proteger os
direitos trabalhistas, cuidar das condições de
trabalho, da saúde e a segurança que dão lastro para
o trabalho de sindicalização e para a decisão de se
filiar.
São os trabalhadores em movimento, por meio das
lutas e posicionamentos relacionados aos fatos do
cotidiano presentes no chão das empresas, que
empoderam o sindicato e o levam a ser esse sujeito
coletivo observado, testado, acompanhado e atraente.
Nos movimentos e processos de mobilização, o
sindicato se apresenta como possibilidade de
descoberta e de vínculo. Tempo, continuidade,
perseverança e atenção são atributos do bom trabalho
de sindicalização.
A maior dificuldade para filiar jovens sempre esteve
associada ao menor tempo de vida laboral de quem
inicia sua trajetória profissional e, portanto, para
avaliar os benefícios da filiação sindical e da
proteção coletiva. Os direitos trabalhistas e
sociais muitas vezes aparecem naturalizados como
dado do mundo do trabalho, sem história e sem luta.
Descobrir como e de onde surgiram os direitos leva
tempo, exige acesso à informação e é parte
constitutiva do trabalho de base e de formação
sindical.
Entretanto, não se deve menosprezar alguns dos
motivos que têm levado à baixa sindicalização entre
os jovens e, muito menos, deixar de observar que
ocorre queda na sindicalização. Compreender esses
motivos ajuda a formular as estratégias de atração
dos jovens para o sindicalismo.
A atuação antissindical de parte do empresariado é
grave obstáculo, com ameaças aos trabalhadores e
iniciativas para impedir o acesso dos sindicatos aos
locais de trabalho.
A desindustrialização e o encolhimento do setor
manufatureiro, a expansão de ocupações no setor de
serviços e a queda do emprego no setor público, a
disseminação de formas flexíveis de contratos, a
crescente precarização, a informalidade e a
rotatividade constituem o duro contexto no qual as
jovens e os jovens iniciam a vida laboral e formam
contexto situacional adverso para a atividade
sindical.
As desigualdades nas condições gerais de trabalho
entre os jovens e parte da classe trabalhadora
madura é muitas vezes abissal, distâncias que
precisam ser superadas na política sindical para
articular novas pautas, lutas e negociações.
Há mudança importante na relação entre gerações. As
gerações maduras estão “entregando”, para filhas,
filhos, netas e netos que chegam para a vida
profissional, 1 mundo do trabalho muito ruim, com
salários menores, postos precários, inseguros,
trajetória protetiva socialmente desvalorizada, 1
presente sem futuro, 1 vir a ser sem esperança.
Estamos em dívida com as gerações dos jovens.
Destaca-se no estudo da OCDE, a manifestação entre
os jovens de ultra individualismo, de maior
distanciamento dos jovens no envolvimento com 1
empresa e, aparentemente de forma contraditória, de
estarem disponíveis para ações coletivas, mas se
destacando a opinião de que os sindicatos são pouco
atraentes ou mesmo antiquados. Nesse solo, o
trabalho sindical tem que semear.
Mas há dicas muito interessantes no estudo da OCDE
como, por exemplo, quando compara os jovens (20 a 34
aos) com a faixa etária de 35 a 54 anos. Os jovens,
em relação aos mais velhos, valorizam mais a
liberdade individual, são mais apegados à
solidariedade, apoiam mais ações coletivas como
manifestações ou iniciativas para arrecadar fundos
para causas sociais ou políticas. Têm participação
semelhante aos seus pares mais velhos em
organizações ambientais ou de consumidores.
A pesquisa constata que a confiança nos sindicatos é
maior entre os trabalhadores mais jovens em 23 dos
32 países analisados. Destaca-se a demanda frustrada
dos jovens por sindicalização e a percepção mais
aguçada sobre a indispensabilidade dos sindicatos na
proteção dos direitos dos trabalhadores. São
elementos essenciais para abordagem crítica e
criativa para o trabalho de sindicalização.
Interessante observar, porém, que também aparece de
forma destacada nos estudos analisados a constatação
de que os trabalhadores jovens parecem menos
convencidos de que precisam de sindicatos fortes
para proteger seus interesses. A relação entre
confiança e convencimento é elemento fértil para o
desenvolvimento do trabalho de base visando à
sindicalização.
O sindicato é antiquado? Está parado no tempo?
Mantem-se longe do mundo real precário e inseguro?
Atua com linguagem que não comunica? Gerar respostas
críticas e qualificada à estas questões podem
iluminar a elaboração de inovações para o trabalho
de sindicalização e de formulação de estratégias
consistentes para o futuro do sindicalismo.
As inovações tecnológicas e a inteligência
artificial já estão lançando ingredientes explosivos
nesse duro e bruto mundo do trabalho e serão os
jovens trabalhadores que terão a tarefa de
enfrentá-las, pois essas tecnologias já fazem parte
do presente e estão formatando o futuro. Fazer da
tecnologia aliada do trabalho e da vida é uma luta
de hoje e de sempre.
Colocar no tempo presente o futuro almejado como
construção social e histórica, e encantar o duro
cotidiano com a esperança de utopias que somos
capazes de construir coletivamente, são desafios a
serem superados como tarefa daqueles que querem 1
sindicalismo renovado, dinâmico e de luta, com forte
presença das trabalhadoras e dos trabalhadores
jovens.
(*) Sociólogo, coordenador do Fórum das Centrais
Sindicais, consultor, membro do Cdess (Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável da
Presidência da República), membro do Conselho
Deliberativo da Oxfam Brasil e ex-diretor técnico do
Dieese (2004-2020).
____________________
1 Linque: https://www.dmtemdebate.com.br/causas-para-queda-na-sindicalizacao/
2 OCDE (2019), “Negotiating Our Way Up: Collective
Bargaining in a Changing World of Work”, OECD
Publishing, Paris, disponível em: https://www.oecd.org/employment/negotiating-our-way-up-1fd2da34-en.htm
Fonte: Diap
10/07/2023 -
Voltamos a ter Governo, diz consultor
O Brasil amanheceu diferente e melhor na sexta, dia
7. O consultor político e membro histórico do Diap,
Antônio Augusto de Queiroz (Toninho), faz a síntese
da reforma tributária aprovada quinta (6) na Câmara
Federal, com larga vantagem de votos. “Voltamos a
ter governo em nosso País”, ele afirma.
Toninho aponta três eixos da reforma. Ele diz:
“Simplifica os impostos; dá transparência, porque a
pessoa saberá o quanto estará pagando e sobre o quê;
e reequilibra diferenças entre Estados, pois, ao
cobrar no destino, haverá um partilhamento mais
justo do que for arrecadado”. Esse último item pode
reduzir a chamada guerra fiscal.
No que diz respeito à política, o atual dirigente da
consultoria Queiroz Assessoria destaca a vitória
exponencial do governo e a divisão do campo
conservador, especialmente da ala bolsonarista mais
radical.
Cenário – A reforma já aprovada, mais os
ajustes que ainda virão, clareiam o cenário para
investidores daqui e de fora. Antônio Augusto de
Queiroz afirma: “Índia, Indonésia e Brasil são hoje
os países preferidos pelos grandes investidores. E o
Brasil, por diversas razões, se torna o mais
atrativo dos três”.
O consultor compara as condições atuais ao cenário
do primeiro governo Lula. Ele diz: “No primeiro
mandato do Presidente Lula, tivemos crescimento
econômico, equilíbrio nas contas públicas e avanço
na inclusão social. Aquele ciclo pode se repetir.”
Para Toninho, também ficou patente o ativismo do
Presidente da República ante os quatro anos de
confusão e retrocesso de Bolsonaro. Segundo o
consultor, “reformas dessa envergadura costumam
ocorrer em governos autoritários ou em processos
constituintes”.
Por isso, ele destaca a liderança e capacidade do
presidente Lula. E resume: “Agora, o Brasil volta a
ter governo”.
Cesta – O consultor sindical João Guilherme
Vargas Netto destaca, na aprovação da reforma, com
382 votos favoráveis, ante a necessidade de 308, a
desoneração da cesta básica. Ele avalia: “Para o
fundo do quadro, ou seja, a população pobre, essa é
a grande conquista que precisamos valorizar a e
massificar”.
A matéria segue agora para o Senado.
Mais – Nos sites da Câmara de Deputados e
Congresso em Foco.
Fonte: Agência Sindical
10/07/2023 -
Preço da cesta cai, mas não muito, diz Dieese
O valor somado dos alimentos básicos diminuiu em 10
das 17 Capitais onde o Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos faz
mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de
Alimentos.
Entre maio e junho de 2023, as quedas maiores
ocorreram em Goiânia (-5,04%), Brasília (-2,29%) e
Vitória (-2,08%). Houve altas em Recife (5,79%),
Natal (5,00%), João Pessoa (4,12%), Aracaju (2,41%),
Campo Grande (0,84%), Florianópolis (0,84%) e
Salvador (0,26%).
São Paulo – Na Capital, os alimentos básicos
somam o maior custo (R$ 783,05). Depois, Porto
Alegre (R$ 773,56), Florianópolis (R$ 771,54) e Rio
de Janeiro (R$ 741,00).
No Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é
diferente, os menores valores médios foram
observados em Aracaju (R$ 567,11), Salvador (R$
595,84) e João Pessoa (R$ 604,89).
A comparação dos valores da cesta, entre junho de
2022 e junho de 2023, mostra que 13 Capitais tiveram
aumento, com variações entre 0,63%, em Fortaleza, e
4,37%, em Belém. Outras três apresentaram queda:
Brasília (-1,58%), Goiânia (-0,70%) e Vitória
(-0,22%). Em Curitiba, relativa estabilidade
(-0,01%).
No primeiro semestre, o custo da cesta básica
aumentou em 10 cidades. Destaque para as taxas de
Recife (9,92%), Aracaju (8,84%) e Natal (8,20%). As
quedas variaram entre -5,79%, em Belo Horizonte, e
-1,04%, em SP.
Mínimo x horas – O tempo médio necessário pra
se adquirir os produtos da cesta básica variou de
113 horas e 19 minutos, em maio, pra 113 horas e 13
minutos, em junho. Em junho de 2022, essa jornada
média era de 121 horas e 26 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário
mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5%, à
Previdência, verifica-se que esse trabalhador
comprometeu em média, em junho de 2023, o
equivalente a 55,63% do rendimento líquido, pra
adquirir os produtos alimentícios básicos; em maio,
55,68%. Em junho de 2022, esse percentual era de
59,68%.
Mais – Site do Dieese
Fonte: Agência Sindical
10/07/2023 -
Maioria do STF vota por consignado para
beneficiários de programas sociais
Julgamento está suspenso por pedido de vista; PDT
contestou desconto na fonte de empréstimo para
beneficiários de programas como BPC e Bolsa Família
Em votação no plenário virtual, o Supremo Tribunal
Federal (STF) formou maioria entre ministros para
manter a liberação de empréstimos consignados para
beneficiários de programas sociais como o Benefício
de Prestação Continuada (BPC) e Bolsa Família.
Apesar da maioria o julgamento foi suspenso, pois o
ministro Alexandre de Moraes pediu vista do caso
para analisá-lo. A retomada não tem prazo
estabelecido.
O julgamento ocorre por pedido do PDT que acionou a
corte para barrar o modelo de empréstimo pessoal
consignado para o público dos programas sociais.
Segundo o partido, o modelo de crédito com descontos
de parcelas na fonte pode gerar superendividamento
de pessoas vulneráveis, uma vez que o benefício fica
comprometido antes mesmo da pessoa recebê-lo.
O relator do caso, ministro Nunes Marques, rejeitou
o pedido da legenda ainda no ano passado. A medida
havia sido alterada pela gestão do ex-presidente
Bolsonaro. A mudança ainda contemplou o aumento de
35% para 45% no limite de renda que pode ser
descontado em folha por crédito consignado de
empregados pela CLT e aposentados do INSS – situação
também contestada pelo PDT.
Nesta votação em plenário, o relator manteve a
posição por manter o consignado com desconto em
folha, pois não observa “inconstitucionalidade”.
Ao defender sua posição, disse não perceber
“qualquer baliza normativa que justifique tomar-se
como inconstitucional a ampliação do acesso ao
crédito consignado” e que “os novos limites da
margem consignável não se mostram incompatíveis com
os preceitos constitucionais aventados pelo autor”.
Nesse sentido, argumentou que, ao contrário de
prejuízo, as famílias podem obter vantagem com o
consignado ao poderem liquidar dívidas e pagar
despesas urgentes.
Os votos feitos em plenário virtual, sem deliberação
presencial, ocorreram em 30/6 e o resultado foi
divulgado na última quinta-feira (5). Edson Fachin,
Dias Toffoli, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia
acompanharam o voto de Marques.
*Informações Agência Brasil. Edição Vermelho,
Murilo da Silva
Fonte: Portal vermelho
10/07/2023 -
Assédio moral: Justiça do Trabalho recebe mais de 6
mil ações mensais
Só no ano passado, foram mais de 77 mil casos.
Número pode ser muito maior. Resolução aponta três
tipos de assédio no ambiente corporativo
A Justiça do Trabalho recebe, em média, 6.400 ações
por mês relacionadas a casos de assédio moral.
Segundo o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o
cálculo leva em conta o volume de processos a partir
de 2022. No ano passado, foram ajuizadas 77.500
ações com esse tema no país.
Apenas na 2ª Região, que inclui a Grande São Paulo e
a Baixada Santista, foram recebidos 23.673 processos
em primeira e segunda instâncias (Varas do Trabalho
e Tribunal Regional). Com recursos, chegaram ao TST
1.993 casos.
Medo inibe denúncias
De acordo com o tribunal, os casos de assédio sexual
representam aproximadamente 4.500 processos no ano.
Na média, 378 ações trabalhistas por mês. “Em ambos
os casos, o volume de ocorrências em que
trabalhadoras e trabalhadores são vítimas pode ser
maior, já que muitas pessoas têm receio ou não sabem
como denunciar as práticas abusivas que sofrem no
ambiente de trabalho”, observa o TST.
Por causa disso, o tribunal decidiu promover a
campanha “É assédio!” em suas redes sociais.
“Informação é essencial para enfrentar o assédio no
trabalho”, afirma. Assim, em todas as sextas-feiras
deste mês, serão publicados posts ilustrando
situações dessa prática no ambiente corporativo.
“Compreendê-las auxilia a vítima a identificar
quando uma atitude pode ser caracterizada como
assédio.” Quem quiser compartilhar o conteúdo pode
usar a hashtag #ChegaDeAssédio.
Modalidades
O tribunal também cita a Resolução 351/2020. do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). sobre política
de prevenção, mostrando que o assédio pode ser de
três tipos: moral, moral organizacional ou sexual.
Confira abaixo as definições.
Tipos de assédio
- Assédio moral: processo contínuo e reiterado
de condutas abusivas que, independentemente da
intenção, atenta contra a integridade, a identidade
e a dignidade humana. A prática se caracteriza por
condutas como exigir o cumprimento de tarefas
desnecessárias ou excessivas, discriminar, humilhar,
constranger, isolar ou difamar a pessoa,
desestabilizando-a emocional ou profissionalmente.
- Moral organizacional acontece quando a
instituição, pública ou privada, é conivente com
condutas abusivas reiteradas, amparadas por
estratégias organizacionais ou métodos gerenciais
desumanos, com o objetivo de obter engajamento
intensivo dos colaboradores.
- Sexual se caracteriza por toda conduta de
conotação sexual praticada contra a vontade de
alguém. Isso pode ocorrer de forma verbal ou física,
por meio de palavras, gestos ou contatos físicos,
com a finalidade de constranger a pessoa e obter
vantagens ou favores sexuais. A prática também está
tipificada como crime no Código Penal, quando o
agente se prevalece de sua condição de superioridade
hierárquica ou de sua ascendência em razão de cargo
ou função.
Além disso, o TST observa que não é necessário que
haja poder hierárquico para configurar assédio.
Tanto o moral como o sexual podem ser “vertical
descendente”, da chefia para subordinados,
“ascendente” (de subordinados para o gestor) e
“horizontal” (entre colegas do mesmo nível na
hierarquia interna).
Com informações do Tribunal Superior do Trabalho
Fonte: Rede Brasil Atual
10/07/2023 -
Reforma Tributária: líder do governo prevê votação
no Senado até novembro
O Senado deverá votar até novembro a Reforma
Tributária (PEC 45/2019) aprovada pela Câmara dos
Deputados. É o que prevê o líder do governo no
Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (AP).
A proposta unifica impostos federais, com a criação
da Contribuição sobre Bens e Serviços, e tributos
estaduais e municipais, para a instituição do
Imposto sobre Bens e Serviços. Além disso,
estabelece isenções e redução de impostos para
alguns setores, a exemplo da cesta básica, e altera
a tributação sobre heranças.
Segundo Randolfe, o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco, deverá designar o relator nos próximos dias
para discussão a partir de agosto. Já o senador
Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou que um grupo de
trabalho será criado na Comissão de Assuntos
Econômicos e disse que podem ocorrer mudanças na
proposta.
Fonte: Agência Senado
07/07/2023 -
Fórum Sindical Ampliado suspende videoconferência
com o Ministro do Trabalho
Lideranças sindicais de todo o país, tidas como as
articuladoras da criação do Fórum Sindical Ampliado
(FSA), se reuniram no início da tarde desta
quarta-feira (05/07) para avaliar os impactos de
mais uma tentativa frustrada para a realização da
audiência com o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho, com o objetivo de apresentar-lhe as minutas
de um Projeto de Lei (PL) e de uma Medida Provisória
(MP) com o intuito de promover uma urgente
contrarreforma trabalhista de modo a ser recuperar
os direitos subtraídos da classe trabalhadora, pela
reforma neoliberal de 2017, e estabelecer mudanças
positivas para o movimento sindical brasileiro.
A videoconferência que estava agendada para essa
quinta-feira (06/07) entre o ministro Luiz Marinho,
lideranças sindicais de todo o país que se unem pelo
Fórum Sindical Ampliado (FSA) e parlamentares da
Frente Parlamentar de Participação Social, restou
cancelada conforme nota encaminhada pela assessoria
de gabinete do Deputado Federal Pedro Uczai (PT-SC),
com os seguintes dizeres: “O Presidente da Câmara
Arthur Lira solicitou o cancelamento de todas as
reuniões das Comissões e das Frentes Parlamentares
desta semana, tendo em vista os esforços para
votação do arcabouço fiscal e da reforma tributária.
Dessa maneira, fica cancelada a live sobre o “Mundo
do Trabalho e Legislação Trabalhista”, que estava
programada com a participação do ministro do
Trabalho, Luiz Marinho, no dia 06/07, às 18h”.
Deste modo, cônscios da importância desta votação
para a governabilidade do Governo Lula e para a
viabilização de uma sociedade brasileira menos
desigual e mais justa, os dirigentes do Fórum
Sindical Ampliado (FSA) optaram por suspender a
videoconferência, reprogramando-a para uma nova data
a ser anunciada nos próximos dias.
Mais uma vez lamentamos o imprevisto e agradecemos o
engajamento das mais de 900 entidades sindicais
laborais, envolvidas neste movimento que surgiu das
bases e representa os interesses de mais de 20
milhões de trabalhadores e trabalhadoras, de todos
os Estados e de múltiplas categorias.
Fonte: Comunicação Fetiesc
07/07/2023 -
A força dos sindicatos nas negociações coletivas
Segundo os dados do Salariômetro, da Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas), divulgados na
quarta-feira, 28 de junho, nove em cada dez
reajustes salariais garantidos pelos trabalhadores a
partir de negociações e convenções coletivas, no mês
de maio, superaram a inflação acumulada nos 12 meses
anteriores.
Os aumentos deste ano, em média, foram de 1,5 ponto
percentual maiores que o INPC (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor).
Conforme a Fipe, a média dos reajustes do mês
passado foi de 5,3%. Já a inflação acumulada nos 12
meses anteriores foi de 3,8%. Sendo o maior ganho
real em um mês na parcial de 2023. Somente 1,4% dos
reajustes de maio ficaram abaixo da inflação. Outros
6,7% foram iguais ao INPC.
Melhora para o trabalhador
Este levantamento de 2023 traz números melhores do que
os registrados no ano passado. Nos primeiros cinco
meses do ano, 74,7% dos reajustes negociados ficaram
acima da inflação. No mesmo período de 2022, foi
menor, 19,5%.
Seja sócio e fortaleça o Sindicato
Para o secretário-geral do Sindicato, Manoel do
Cavaco, os bons resultados das negociações coletivas
mostram a importância da atuação sindical na vida
dos trabalhadores. “Negociar é uma das dimensões dos
sindicatos para se chegar a acordos ou regulações
que se traduzem em conquistas à classe
trabalhadora”, diz Manoel.
O secretário-geral também pede apoio da categoria na
manutenção estrutural da entidade. “Muitos ainda não
se convenceram do papel fundamental do Sindicato
para o avanço de melhorias. Por isso, são
importantes esses dados das negociações coletivas.
Provam que, ao contar com um sindicato atuante, os
companheiros e companheiras só tem a ganhar.
Precisamos de mais sócios e sócias para fortalecer a
nossa luta.”
Fonte: Rádio Peão Brasil
07/07/2023 -
Papeleiros promovem Encontro Nacional
Organizar a luta da categoria para a campanha
salarial 2023. Essa é a prioridade do 5º Encontro
Nacional dos Papeleiros, na Praia Grande, Litoral de
SP. Começou quarta (5) e se estende até sexta, dia
7.
Coordenado pela Federação da categoria nos Estados
de SP e Mato Grosso do Sul, o evento deve reunir
mais de 300 participantes. Com 21 Sindicatos
filiados e 45 mil trabalhadores representados, a
Federação é a maior do setor.
Segundo José Roberto Vieira da Silva Campos Junior,
Betinho, presidente da entidade, os participantes
têm três dias pra apresentar ideias e estratégias.
Ele informa: “Nosso foco serão os temas relacionados
aos trabalhadores dos setores de papel e celulose e
artefatos de papel”.
Campanha – Neste ano, o tema é “Recuperar salários
com aumento real, manter e ampliar as conquistas”.
Categoria tem data-base em 1º de outubro.
Palestras com o Dieese, Diap e também o professor e
economista Marcio Pochmann, entre outros, visam
atualizar e preparar os sindicalistas para as
negociações coletivas.
Segundo Betinho, o 5º Encontro será essencial pra
alinhar posicionamentos com vistas a fortalecer a
campanha salarial 2023 e demandas futuras.
“Considero fundamental o debate pra que se chegue a
uma convergência de posições”, afirma.
Marinho – O Encontro terá participação de Luiz
Marinho, ministro do Trabalho e Emprego. Dirigentes
da Federação lhe entregarão documento com a posição
da entidade acerca da proposta de atualização
sindical, debatida por algumas Centrais. Essa
proposta não tem consenso no movimento. “A
expectativa é que a gente consiga alinhar posições”,
diz Betinho.
Mais – Site da Federação dos Papeleiros de SP/MS.
Fonte: Agência Sindical
07/07/2023 -
Especialistas divergem sobre a proposta de
portabilidade do vale-refeição
A adoção da portabilidade no auxílio-refeição,
prevista na Medida Provisória (MP) 1.173/2023,
dividiu a opinião dos convidados de audiência
pública interativa realizada nesta quarta-feira (5)
na comissão mista encarregada de emitir parecer à
matéria. Para alguns, a portabilidade simplifica a
vida do usuário do benefício. Para outros,
representa prejuízos para bares, restaurantes e
custo adicional nas refeições. O único consenso
entre os especialistas foi a necessidade de
aprimoramento do Programa de Alimentação ao
Trabalhador (PAT), criado há 47 anos e que beneficia
hoje 24 milhões de brasileiros, dos quais 20 milhões
que recebem até cinco salários mínimos.
Os especialistas também defenderam o
descredenciamento de estabelecimentos envolvidos em
operações suspeitas com o vale-refeição, a criação
de um canal de denúncias pelo governo para
identificação de irregularidades no uso do
benefício, a atuação da Vigilância Sanitária e a
adoção de boas práticas a partir de tecnologias
digitais.
Editada em maio, a MP 1.173/2023 prorrogou em um ano
o prazo para regulamentação, pelo Poder Executivo,
dos programas de alimentação do trabalhador. Em
2022, o Congresso aprovou a Lei 14.442, a qual
determina que o auxílio-alimentação (ou
vale-refeição) destina-se exclusivamente para
pagamento em restaurantes e similares ou de gêneros
alimentícios comprados no comércio. A norma deu
prazo para regulamentação da regra até 1º de maio de
2023. O Ministério do Trabalho e Emprego, no
entanto, alega que não houve tempo hábil para o
cumprimento desse dispositivo, em razão da
complexidade do tema. Entre outros itens, a
regulamentação deverá tratar da portabilidade e da
operacionalização dos programas de alimentação, que
atualmente são opcionais e envolvem incentivo fiscal
a empresas.
Empresários e trabalhadores
O relator da MP, o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR),
aposta na elaboração de um relatório que contemple
os interesses tanto dos empresários quanto dos
trabalhadores.
— Vamos continuar ouvindo a todos até a apresentação
do relatório final para chegarmos a um parecer
minimamente apoiado pela grande maioria. Agradar a
todos será impossível. Mas nós iremos procurar fazer
um parecer que seja melhor para toda a sociedade.
Meu relatório ainda não está maduro o suficiente
para iniciar um debate nesse sentido. Podemos sim
modificar, avançar em alguns temas. Mas gostei muito
do que ouvi e me ajuda a amadurecer um relatório que
será para atender, da melhor forma possível, a todos
os interessados. Não adianta a gente se preocupar só
com o empresário e não se preocupar com o usuário.
Temos que fazer um relatório favorável tanto para os
empresários, que estão recebendo o benefício fiscal,
como para o trabalhador — afirmou o senador.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
07/07/2023 -
Lula defende “nova Revolução Industrial” para tornar
país competitivo
Em reunião que retomou os trabalhos do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI),
presidente reforçou necessidade de acelerar processo
de recuperação do setor
Após sete anos inoperante, o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Industrial (CNDI), criado em 2004,
foi reativado pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva nesta quinta-feira (6), com o foco na
necessidade de acelerar a reindustrialização do país
por meio da elaboração de uma nova política para o
setor, de caráter inovador, sustentável e
socialmente inclusivo.
Na reunião, realizada no Palácio do Planalto, com a
presença de membros do CNDI, entre os quais
ministros e representantes do setor produtivo e dos
trabalhadores, Lula salientou que seu governo “não
tem tempo a perder” e que não voltou a governar
“para fazer o mesmo” que já fez.
“Voltamos para tentar fazer as coisas diferentes e
fazer uma nova Revolução Industrial neste país para
a gente ser competitivo de verdade. A hora é agora”,
declarou. Ele acrescentou que isso “está nas nossas
mãos fazer isso” e que da parte do governo, “a gente
vai criar as condições”.
O presidente disse, ainda, que “serão três anos e
meio em que ninguém vai poder se queixar de que o
governo está atrapalhando”. Ele acrescentou que “se
hoje for votada a reforma tributária, será a
primeira vez na história do país que a gente faz uma
reforma tributária num regime democrático — a última
foi no regime militar. Estamos fazendo em um regime
democrático, negociando com todo mundo e ela vai ser
aprovada”.
Ele também criticou a existência de restrições para
o financiamento dos demais entes federativos. “Não
se empresta dinheiro para prefeitura nem para o
estado porque alguém decidiu que não empresta. Se o
estado ou a prefeitura tem capacidade de
endividamento, por que não emprestar? Por que o
estado faz o papel de bandido? Por que se tomou
quase R$ 600 bilhões de volta do BNDES que, ao invés
de investir, devolveu ao Tesouro, para o Tesouro
fazer o que? O que foi feito com todo o dinheiro que
deixou de ser investido neste país?”, questionou.
O presidente também disse que “acabou aquela bobagem
de se o Estado tem que ser forte ou o Estado tem que
ser fraco. O Estado tem que ser o Estado necessário
para poder dirigir e induzir o crescimento econômico
do país. ‘Ah, o Estado não pode se meter’. Quando
houve a crise de 2008, quem salvou a economia? Foi o
Estado. Quando houve agora a crise da pandemia, quem
salvou de ser uma mortalidade (ainda maior)? Foi o
Estado (…). O Brasil precisa dos dois, do Estado e
do setor privado e precisa formar profissionais mais
qualificados se a gente quiser verdadeiramente
voltar a ser um país industrializado”.
Outro ponto tratado pelo presidente foi a distribuição
de renda através do crescimento econômico. “Muito
dinheiro na mão de poucos significa pobreza,
miséria, prostituição, violência, o que vemos em
todos os países pobres. Agora, pouco dinheiro na mão
de muitos significa distribuição de renda, menos
pobreza, mais poder de consumo, significa melhorar a
vida da sociedade que é o que nós precisamos fazer”.
Lula lembrou que “com as medidas que já tomamos até
aqui, o dinheiro está circulando, está correndo, se
ele chegar lá embaixo, não vai ser aplicado na
Bolsa, não vai comparar dólar, ele vai voltar para o
comércio. Quando ele volta para o comércio, ganha o
comércio, a indústria, o emprego, ganha todo mundo.
Não precisa ser doutor honoris causa para saber
disso. O povo precisa ter acesso aos recursos”.
Por fim, disse estar otimista porque “o Brasil tem a
chance que jamais teve”. E completou: “O fato de ter
ficado exilado do mundo nesses últimos seis anos deu
ao mundo uma sede, uma necessidade do Brasil;
precisamos tirar proveito do fato de que o Brasil
não tem contencioso com ninguém. O Brasil gosta de
todo mundo e todo mundo gosta do Brasil. E é por
isso que não quero me meter na guerra da Ucrânia e
da Rússia, minha guerra é aqui, contra a fome, o
desemprego, conta a pobreza e a
desindustrialização”.
Retomada do CNDI
Há anos, e sobretudo no período mais recente, o Brasil
vem enfrentando um processo de declínio precoce em
sua indústria, com a produção voltada cada vez mais
a itens primários e pouco investimento em ciência,
tecnologia e inovação, o que é essencial para
agregar valor aos produtos brasileiros, tornar o
segmento mais competitivo, o país menos dependente e
impulsionar o desenvolvimento nacional.
Fazem parte do CNDI 20 ministros, além do presidente
do BNDES e 21 conselheiros representantes da
sociedade civil, entre entidades industriais e
representantes de trabalhadores. O colegiado é
vinculado à Presidência da República e presidido
pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços, comandado pelo vice-presidente
Geraldo Alckmin.
Ao longo dos próximos meses, o CNDI se debruçará
sobre a missão de elaborar uma política industrial,
tendo em vista necessidades sociais como a segurança
alimentar e nutricional; a prevenção e o tratamento
de doenças; infraestrutura, moradia, saneamento e
mobilidade sustentáveis; soberania e defesa
nacionais; empresas competitivas em tecnologias
digitais em segmentos estratégicos; e
descarbonização da indústria e ampliação de cadeias
associadas à transição energética e à bioeconomia.
Fonte: Portal Vermelho
07/07/2023 -
Viana propõe acesso ao FGTS para trabalhadores que
se demitem
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) defendeu, em
pronunciamento no Plenário na quarta-feira (5), o
Projeto de Lei (PL) 3.135/2023), da sua autoria, que
dá acesso ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) aos trabalhadores que pedem demissão. Segundo
o parlamentar, a medida dá mais autonomia ao
trabalhador para decidir como e quando usar a
reserva.
— A pessoa sai do emprego porque tem um contrato
melhor, sai porque deseja uma nova fase, um novo
estudo, e não pode usar o fundo de garantia que é
seu. Quando o empregado pede demissão, ele fica no
prejuízo [...]. O saldo das contas do fundo de
garantia fica retido, com atualização monetária
insuficiente, e em benefício do sistema financeiro,
que sustenta, entre outras coisas, as políticas
habitacionais — afirmou.
Viana destacou que a legislação atual precisa ser
melhorada e expressou descontentamento com medidas
como o saque-aniversário, que, segundo ele, podem
prejudicar os trabalhadores caso percam seus
empregos sem justa causa.
— A lei impõe a impossibilidade de sacar todo o
saldo restante da conta. Na verdade, uma vez preso
nessa cilada da antecipação, o eventual desempregado
só poderá receber a multa de 40%. Mais uma vez, há
um flagrante caso de injustiça na lei que rege
atualmente o fundo de garantia. Aliás, o próprio
ministro do Trabalho [Luiz Marinho] declarou há bem
pouco tempo que a modalidade da antecipação não
passaria de uma armadilha mascarada de liberdade de
saque — disse.
Fonte: Agência Senado
06/07/2023 -
9 de Julho: Dia da Luta Operária homenageia 6
personalidades
O Dia da Luta Operária foi instituído pela lei
municipal (nº 16.634/17) de autoria do ex-vereador
Donato (PT), em memória da paralisação de 1917.
Seis personalidades com histórico de vida
relacionado à defesa das causas sociais e do
movimento operário brasileiro serão homenageadas no
Dia da Luta Operária (9 de julho) em 2023. São elas:
a militante Ana Dias, o jornalista Sérgio Gomes, o
bancário Dirceu Travesso, o professor João Felício,
o metalúrgico José Ibrahim e o também professor
Oswaldo Barros.
Ana Dias e Sérgio Gomes receberão o Troféu José
Martinez. O troféu homenageia o sapateiro
anarco-sindicalista José Martinez, que no dia 9 de
julho de 1917, foi baleado e morto por soldados da
antiga Força Pública na paralisação que tomou conta
de várias empresas em SP e que é considerada a
primeira greve geral do Brasil. Dirceu Travesso,
João Felício, José Ibrahim e Oswaldo Barros (todos
falecidos) receberão, através de seus familiares,
placas em agradecimento pela dedicação à luta dos
trabalhadores.
Vale ressaltar que a iniciativa é das centrais
sindicais: CSP-Conlutas, CSB, CTB, CUT, UGT, Força
Sindical, NCST, Pública e Intersindical Instrumento
de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, em
parceria com o mandato do deputado estadual Donato
(PT). Participam da organização do evento o Centro
de Memória Sindical, o Instituto Astrojildo Pereira
e o IIEP – Intercâmbio Informações Estudos
Pesquisas.
Agenda: Dia de Luta Operária – 9 de Julho 2023
Local: Galpão do MST, Alameda Eduardo Prado, 474,
Campos Elíseos, São Paulo (SP)
Horário: 9 horas
Informações sobre o Ato e Homenageados: https://memoriasindical.com.br/
Fonte: NCST
06/07/2023 -
Centrais pedem a Presidente do Senado afastamento
imediato de Campos Neto
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco,
recebeu de lideranças sindicais e de movimentos
sociais o pedido para o afastamento imediato do
presidente do Banco Central do Brasil, Roberto de
Oliveira Campos Neto.
As centrais sindicais e movimentos sociais
entregaram um documento que aponta as principais
razões para que Campos Neto seja afastado
imediatamente do comando do Banco Central.
Clique aqui e veja o documento na íntegra
Fonte: Rádio Peão Brasil
06/07/2023 -
Igualdade salarial: agora é lei e vai doer no bolso,
diz Simone Tebet
Ministério do Trabalho está pronto para
fiscalizar
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet,
comentou nesta quarta-feira (5) a sanção da Lei
14.611 de 2023, que trata da obrigatoriedade de
igualdade salarial e de critérios remuneratórios
entre mulheres e homens. “Agora é lei. Vai doer no
bolso”, disse, ao participar de entrevista a
emissoras de rádio durante o programa Bom dia,
ministra.
“Comecei a fazer política há 20 anos, naquela época
em que a gente sofria violência política e nem podia
dizer. A violência política contra a mulher era uma
coisa que a gente sofria e não sabia. Aquela coisa
do autoritarismo, os parlamentares de dedo em riste
na nossa cara, com o seu físico, impondo uma certa
conduta, numa ameaça velada”, recordou.
O texto da lei prevê que, na hipótese de
discriminação por motivo de sexo, raça, etnia,
origem ou idade, o pagamento das diferenças
salariais devidas não afasta o direito de quem
sofreu discriminação de promover ação de indenização
por danos morais, considerando-se as especificidades
do caso concreto.
Penalidade da lei
“O Ministério do Trabalho está pronto para fiscalizar.
Aqueles poucos, ou muitos, não sei, que pagam
menores salários para mulheres só pelo fato de serem
mulheres vão ter a penalidade da lei”, avaliou Tebet,
ao destacar que o governo prepara um serviço do tipo
Disque Denúncia para atender ao tema e aplicar as
multas devidas, que podem chegar a até dez vezes a
diferença do salário pago para a mulher.
“A regulamentação ainda não está pronta. Vai ser
feita o mais rápido possível, mas o importante é que
é lei e é uma lei que já pegou”, analisou.
“Há mais de 10 anos que venho recebendo essa demanda
por parte de mulheres trabalhadoras, do chão de
fábrica, comerciárias, da iniciativa privada. Até
porque, no serviço público, isso não acontece.
Homens e mulheres, no serviço público, já têm
igualdade salarial porque a Constituição assim
determina”, finalizou.
Fonte: Agência Brasil
06/07/2023 -
Mais uma vez, STF ratifica barbáries de 2017 – Artur
Bueno de Camargo
Lamentavelmente, o Supremo Tribunal Federal, no dia 30
de junho, reconheceu que a jornada de trabalho de
12×36 pode ser pactuada individualmente entre o
trabalhador e a empresa, sem a participação do
sindicato.
O entendimento do STF de que o artigo 59-A da CLT,
aprovado pela Reforma Trabalhista de 2017, ao
permitir a jornada de 12×36, por acordo individual,
é constitucional, sem levar em conta o inciso XIII
do artigo 7° da Constituição Federal, em minha
modesta avaliação, demonstra absoluto descompasso
com a lei maior, constitucional.
Não me parece razoável que um trabalhador,
vulnerável, com necessidades financeiras, tenha
condições de pactuar acordos individuais de trabalho
com seus empregadores por dois aspectos: primeiro; o
trabalhador é a parte hipossuficiente da relação
laboral, de modo que, diante da necessidade pessoal,
se curva ao que oferece o empregador; segundo; estes
trabalhadores, em grande maioria, não gozam de
estabilidade no emprego a ponto se insurgirem contra
as condições colocadas pelo empregador.
Esse quadro demonstra que a participação do
sindicato na representação dos trabalhadores é
essencial, de modo que o reconhecimento do acordo
individual entre empregado e empresa não demonstra
necessariamente ter havido negociação prévia, pois
sempre prevalecerá a vontade do patrão.
Tenho convicção, cada vez mais, de que as
representações da classe trabalhadora precisam
urgentemente ocupar os espaços políticos para poder
fortalecer as entidades – e os direitos dos
trabalhadores -, visando a garantia das conquistas e
também para promover o avanço delas, e não o
contrário.
A falta de um equilíbrio dos segmentos nas
representações políticas facilita a prevalência
daqueles que representam a ganância do capitalismo
mais perverso, que tem como compromisso único o
lucro a qualquer custo.
Penso que o movimento sindical precisa se organizar
politicamente nos municípios do nosso país para
melhorar as representações nas câmaras municipais e,
assim, obter uma voz e uma representação mais
consistentes em todas as instâncias.
Não podemos ficar dependendo de decisões do
judiciário para a defesa dos direitos dos
trabalhadores, que já sofreram ataques impensáveis
nos últimos seis anos.
Artur Bueno de Camargo, presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
da Alimentação (CNTA Afins).
Fonte: Agência Sindical
06/07/2023 -
Contaminação por amianto: TST responsabiliza
Usiminas por doença de trabalhador
Funcionário trabalhou mais de 30 anos na
siderúrgica exposto ao pó e teve diagnóstico de
câncer
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) reconheceu a responsabilidade civil da
Usiminas pelo fato de um funcionário ter tido câncer
após constante exposição a poeira de amianto. Na
decisão, a Justiça se baseou em legislação que
reconhece o chamado nexo técnico-epidemiológico (NTEP)
entre a exposição ao amianto e o desenvolvimento de
várias doenças. Com isso, o caso voltará à primeira
instância para que o julgamento prossiga.
O operador trabalhou durante 32 anos na siderúrgica,
de 1979 a 2011. Na ação, segundo o TST, ele disse
que utilizava “tecido de amianto na fabricação de
unidades isolantes, chamadas de colchões, para as
bases e fornos de recozimento”. De acordo com o
relato, como a manipulação era feita a seco, saía
muita poeira do tecido.
Diagnóstico depois da demissão
Quatro anos depois de ser dispensado, o trabalhador
recebeu o diagnóstico de câncer de garganta. “Ele
sustentou que, de acordo com as informações do
médico que o atendia, uma das possíveis causas para
o surgimento da doença seria a exposição ao amianto,
fato comprovado por laudo pericial”, relata o TST.
Foi quando ele entrou com reclamação na Justiça
pedindo que a empresa fosse responsabilizada.
Por sua vez, a Usiminas alegou que o empregado não
comprovou que a doença surgiu ou foi agravada pelo
trabalho. A empresa citou uma portaria do Ministério
da Saúde segundo a qual a chamada neoplasia de
nasofaringe não faz parte das doenças relacionadas à
exposição ao amianto. Tanto na primeira instância
(2ª Vara do Trabalho de Coronel Fabriciano, em Minas
Gerais) como na segunda (Tribunal Regional do
Trabalho da 3ª Região), o pedido foi considerado
improcedente. O TRT chegou a afirmar que câncer de
garganta pode ter diversas causas.
Atividade econômica expõe trabalhador
O caso chegou, então, ao TST. E o relator do recurso,
ministro Mauricio Godinho Delgado, observou que o
Decreto 6.042/2007 estabeleceu o nexo entre a
exposição ao amianto e o desenvolvimento de várias
patologias, incluindo o câncer de nasofaringe. “É
possível, então, a responsabilização da empresa, uma
vez que a sua atividade econômica expõe os
trabalhadores ao contato direto com o amianto, fato
comprovado pelo NTEP”, sustentou.
O ministro disse ainda que o Supremo Tribunal
Federal (STF) declarou a constitucionalidade de
dispositivos da legislação previdenciária “que
preveem a presunção de vínculo entre a incapacidade
do segurado e suas atividades profissionais”. Ainda
que a decisão seja para nortear a atuação do INSS em
perícias, segundo o juiz também tem impacto em casos
de acidentes do trabalho. E deve ser analisada caso
a caso.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/07/2023 -
TSE envia ao TCU decisão que condena Bolsonaro à
inelegibilidade
TCU avaliará os gastos da União com a reunião do
ex-presidente com o ex-embaixadores. Bolsonaro. Nova
punição pode impedir ex-presidente de disputar
eleições de 2030
O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), determinou, nesta terça (4), o
envio da decisão que condenou o ex-presidente Jair
Bolsonaro à inelegibilidade para o Tribunal de
Contas da União (TCU).
O ministro Gonçalves foi o relator do julgamento que
condenou Bolsonaro por abuso de poder político e uso
indevido dos meios de comunicação por atacar o
processo eleitoral brasileiro em reunião com
embaixadores no Palácio do Alvorada, em 2022.
O envio ao TCU foi aprovado pela maioria dos
ministros que acompanharam o voto do relator, que
proferiu o primeiro voto desfavorável a Bolsonaro. O
placar do julgamento foi de 5 votos a 2.
Na mesma decisão, Benedito Gonçalves também decidiu
enviar ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes
no Supremo Tribunal Federal (STF) depoimentos
prestados por aliados e ministros de Bolsonaro
durante a tramitação do processo no TSE.
Moraes é relator do processo que apura à divulgação
de inquérito sigiloso da Polícia Federal sobre
ataques virtuais à credibilidade das urnas
eletrônicas.
Com o envio da condenação ao TCU, o tribunal poderá
determinar o cálculo dos gastos para ressarcimento
dos cofres públicos pela realização da reunião que
Bolsonaro fez com embaixadores, em julho do ano
passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o
sistema eletrônico de votação.
Agora, o ex-presidente também pode ficar inelegível
pelo tribunal de contas. O prazo de inelegibilidade
do TCU conta a partir do trânsito em julgado, ou
seja, no fim do processo de ressarcimento, elevando
o fim da inelegibilidade de oito anos para depois do
pleito de 2030.
Com Agência Brasil
Fonte: Portal Vermelho
06/07/2023 -
Governo vai pagar piso da enfermagem retroativo a
maio
Anúncio foi feito na 17ª Conferência Nacional de
Saúde, em Brasília
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta
quarta-feira (5) que o governo vai pagar o piso
nacional da enfermagem, com retroativo desde maio. O
anúncio foi feito durante a 17ª Conferência Nacional
de Saúde, em Brasília.
“O governo federal trabalha para a implementação do
piso da enfermagem. Vamos implementá-lo no setor
público tal como a decisão do Supremo Tribunal
Federal [STF], garantindo as nove parcelas previstas
para 2023.”
Durante discurso no evento, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva confirmou o pagamento retroativo a
maio, mês em que o ministro do STF Luís Roberto
Barroso estabeleceu regras para o pagamento do piso
aos profissionais que trabalham no sistema de saúde
de estados e municípios nos limites dos valores
recebidos pelo governo federal.
Lula argumentou que o trabalho da enfermagem não
pode ser considerado menor. “Tem gente que acha que
o salário de uma enfermeira de R$ 4 mil e pouco é
caro”, disse. “Mas é preciso que a gente avalie
efetivamente o valor do trabalho por aquilo que ele
representa na nossa vida. Quem leva as pessoas para
tomar banho, quem vai limpar as pessoas, quem dá
comida, quem aplica injeção, quem mede a pressão,
quem leva ao banheiro é exatamente o pessoal de
baixo, que trabalha. E, por isso, esse pessoal tem
que ser valorizado”, acrescentou.
Em entrevista a emissoras de rádio durante o
programa Bom dia, Ministra, a ministra do
Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que
algumas falhas no texto da lei atrasaram o repasse
do valor para estados e municípios, mas que isso
será resolvido.
Fonte: Agência Brasil
05/07/2023 -
Sindicalistas, prefeitos e empresários participam de
audiência com o vice-presidente Alckmin
O vice-presidente Geraldo Alckmin, Ministro do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços,
recebeu uma comitiva de dirigentes sindicais,
empresários e lideranças políticas nesta
segunda-feira, 3 de julho, em Brasília, para ouvir
as reivindicações dos respectivos segmentos e falar
sobre os planos do Governo Lula e de seu Ministério
para acelerar a economia, a indústria nacional, a
geração de empregos e a valorização das categorias
profissionais como a da enfermagem e dos servidores
públicos.
Participaram: Miguel Torres, presidente da Força
Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de
São Paulo e Mogi das Cruzes, Rafael Chang
(presidente da Toyota), Vagner Freitas (presidente
do Conselho Nacional do Sesi), os prefeitos de
Sorocaba, Rodrigo Maganhato, de Taubaté, José
Antônio Saud, e de Sumaré, Luiz Alfredo Dalben, e os
diretores da Confederação dos Servidores Públicos do
Brasil: presidente João Domingos e diretor jurídico
Eduardo Maia.
Fonte: Rádio Peão Brasil
05/07/2023 -
Dieese faz síntese sobre igualdade salarial entre
homens e mulheres
Na Síntese Especial 13, o DIEESE foca na questão
da desigualdade dos rendimentos recebidos por
trabalhadoras e trabalhadores
Na Síntese Especial 13, o DIEESE trata de alguns
aspectos que envolvem a participação das mulheres no
mercado de trabalho, focando a questão da
desigualdade dos rendimentos recebidos por
trabalhadoras e trabalhadores e a Lei 1.085,
sancionada ontem pelo presidente Lula, sobre
igualdade salarial entre homens e mulheres que
exercem a mesma função.
Confira:
https://www.dieese.org.br/outraspublicacoes/2023/sinteseEspecial13.pdf
Fonte: Rádio Peão Brasil
05/07/2023 -
Senador propõe FGTS para o trabalhador que pedir
demissão
Foi apresentado pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG)
o PL 3135/2023, que permite a movimentação da conta
vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) na hipótese de pedido de
demissão. O senador justifica que a emancipação dos
trabalhadores passa pelo direito de usufruir de seus
fundos de poupança no momento que julgarem
conveniente.
Fonte: Agência Senado
05/07/2023 -
Produção industrial cresce 0,3% em maio
A produção industrial brasileira apresentou
crescimento de 0,3% em maio deste ano, na comparação
com o mês anterior. A alta veio depois de uma queda
de 0,6% em abril deste ano. A Pesquisa Industrial
Mensal (PIM) foi divulgada nesta terça-feira (4)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Na comparação com maio de 2022, o setor teve alta de
1,9%. Na média móvel trimestral, o avanço é de 0,3%.
Apesar disso, o indicador acumula queda de 0,4% no
ano e estabilidade no acumulado de 12 meses.
“O setor industrial se encontra 1,5% abaixo do
patamar pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020, e
18,1% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de
2011”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.
“A produção industrial, que avançou 1,5% nos três
últimos meses de 2022 e prossegue com saldo positivo
de 0,4% nesse início de 2023 frente ao patamar que
havia encerrado o ano passado, ainda assim permanece
distante de recuperar as perdas do passado recente”.
Dezenove dos 25 ramos industriais analisados na
pesquisa apresentaram alta em relação a abril, com
destaques para coque, produtos derivados do petróleo
e biocombustíveis (7,7%), veículos automotores,
reboques e carrocerias (7,4%) e máquinas e
equipamentos (12,3%).
Por outro lado, entre as seis atividades em queda,
os principais impactos vieram dos produtos
alimentícios (-2,6%) e produtos farmoquímicos e
farmacêuticos (-9,7%).
Das quatro grandes categorias econômicas da
indústria, três apresentaram alta de abril para
maio: bens de consumo duráveis (9,8%), bens de
capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados
no setor produtivo (4,2%) e bens intermediários, ou
seja, os insumos industrializados usados no setor
produtivo (0,1%).
Fonte: Agência Brasil
05/07/2023 -
STF suspende julgamento sobre alterações de súmulas
na Justiça do Trabalho
O Supremo Tribunal Federal suspendeu na última
sexta-feira (30/6) o julgamento de uma ação em que a
Procuradoria-Geral da República questionou trecho da
reforma trabalhista que fixa regras para a alteração
de súmulas e enunciados de jurisprudência sem força
vinculante pelo Tribunal Superior do Trabalho e
pelos Tribunais Regionais do Trabalho. O ministro
Alexandre de Moraes pediu vista do caso, que era
analisado no Plenário Virtual.
Na ação, a PGR afirma que os trechos que tratam da
uniformização da jurisprudência violam "direta e
ostensivamente" os princípios da separação dos
poderes e da independência orgânica dos tribunais.
Também defende que o quórum qualificado de dois
terços para alteração de súmulas e enunciados ofende
os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
Já há nove votos no julgamento, mas o Supremo ainda
não formou maioria. Até o momento, vence o voto do
ministro Ricardo Lewandowski, que relatou o pedido
da PGR antes de aposentar.
Ele votou pela procedência integral da ação por
entender que a alteração apresentada pela reforma
trabalhista cerceia o TST e os Tribunais Regionais
do Trabalho. Foi acompanhado pelos ministros Edson
Fachin, Kassio Nunes Marques, Cármen Lúcia e Rosa
Weber, presidente do STF.
"É inconstitucional a iniciativa do Poder
Legislativo de cercear os tribunais no tocante à sua
atribuição, derivada da função jurisdicional que
lhes é inerente, de estabelecer ou cancelar
enunciados sumulares", argumentou Lewandowski.
O ministro Gilmar Mendes abriu a divergência. Para
ele, não é possível vislumbrar "movimento abusivo do
Poder Legislativo ou o estabelecimento de
procedimento irrazoável". Gilmar foi seguido pelos
ministros Dias Toffoli, Luiz Fux e Luís Roberto
Barroso.
Clique
aqui para ler o voto de Lewandowski
Clique
aqui para ler o voto de Gilmar
ADI 6.188
Fonte: Consultor Jurídico
05/07/2023 -
STF valida adoção de jornada de 12 por 36 horas por
meio de acordo individual
O inciso XIII do artigo 7º da Constituição não
proíbe a jornada de 12 horas de trabalho por 36
horas de descanso. O dispositivo apenas estabelece
que a jornada de oito horas diárias ou 44 horas
semanais pode ser relativizada mediante compensação,
conforme acordo ou negociação coletiva. No modelo 12
x 36, as quatro horas a mais de jornada diária são
compensadas por uma quantidade maior de horas
consecutivas de descanso.
Com esse entendimento, o Plenário do Supremo
Tribunal Federal validou o artigo 59-A da CLT,
introduzido pela reforma trabalhista de 2017, que
autoriza a adoção da jornada 12 x 36 por meio de
acordo individual, convenção coletiva ou acordo
coletivo. O julgamento virtual se encerrou na última
sexta-feira (30/6).
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS)
contestou a regra por meio de ação direta de
inconstitucionalidade. Segundo a entidade, o
dispositivo da reforma violou o inciso XIII do
artigo 7º da Constituição, que não menciona a
possibilidade de acordo individual. A autora também
argumentou que a adoção de uma jornada ininterrupta
não poderia ser pactuada sem a intervenção dos
sindicatos.
Nada anormal
A maioria do colegiado seguiu o voto do ministro
Gilmar Mendes. Ele considerou "natural" que a
reforma normatizasse a jornada 12 x 36 na CLT e
permitisse sua adoção via contrato individual, "com
base na liberdade do trabalhador".
O magistrado lembrou que tal modelo já era
amplamente aceito na jurisprudência. Antes da
reforma, a Súmula 444 do Tribunal Superior do
Trabalho validava a jornada 12 x 36 de forma
excepcional, caso prevista em lei ou ajustada em
negociação coletiva. Além disso, o STF já permitiu a
estipulação dessa jornada para bombeiros civis.
"Não vejo qualquer inconstitucionalidade em lei que
passa a possibilitar que o empregado e o empregador,
por contrato individual, estipulem jornada de
trabalho já amplamente utilizada entre nós,
reconhecida na jurisprudência e adotada por leis
específicas para determinadas carreiras", assinalou
o ministro.
Objetivo da reforma
Para Gilmar, "as diversas alterações propostas pela
reforma trabalhista empreendem um reencontro do
Direito do Trabalho com suas origens privadas,
fazendo com que a autonomia assuma posição de
destaque, sem prejuízo, logicamente, da tutela da
dignidade humana".
O ministro ressaltou que a reforma foi a resposta
encontrada pelo Congresso "para proceder à
composição entre a proteção do trabalho e a
preservação da livre iniciativa", dentro do
"exercício de sua discricionariedade epistêmica e
estrutural".
A ideia dos autores da reforma foi garantir uma
maior flexibilidade às contratações, para tentar
reduzir a taxa de desemprego. De acordo com o
magistrado, o artigo 7º da Constituição "não tem
vida própria", pois "depende do seu suporte fático:
o trabalho". Ou seja, "sem trabalho, não há falar-se
em direito ou garantia trabalhista" e "tudo isso
estará fadado ao esvaziamento".
O voto de Gilmar foi acompanhado pelos ministros
Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Kassio
Nunes Marques, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia.
Entendimento vencido
O ministro Marco Aurélio, relator do caso, depositou
seu voto antes de sua aposentadoria, ocorrida em
2021. Ele considerou inconstitucional a
possibilidade de adoção da jornada 12 x 36 por meio
de acordo individual. Os ministros Luiz Edson Fachin
e Rosa Weber o acompanharam.
Marco Aurélio ressaltou que a Constituição permite a
compensação de horários e a redução da jornada de
oito horas diárias mediante acordo ou convenção
coletiva, mas "não contempla o acordo individual".
Para ele, "o menosprezo aos ditames constitucionais
foi grande", pois "a reforma trabalhista
potencializou o fim em detrimento do meio, colocando
em segundo plano comezinha noção de Direito".
Clique
aqui para ler o voto de Gilmar
Clique
aqui para ler o voto de Marco Aurélio
ADI 5.994
Fonte: Consultor Jurídico
04/07/2023 -
Fórum Sindical Ampliado tem audiência com Marinho
quinta (6)
O presidente da Fetiesc (Federação dos Trabalhadores
nas Indústrias de Santa Catarina), Idemar Martini
voltou a convocar as lideranças sindicais
brasileiras para o encontro com o ministro do
Trabalho, Luiz Marinho, transferido para a próxima
quinta-feira (6), em live que vai ser transmitida
para todo o Brasil.
“Vamos nos manter mobilizados para que mais
lideranças se juntem à nossa proposta de modo que
possamos salvar o movimento sindical, a Justiça do
Trabalho e os direitos de todos os trabalhadores”,
disse Martini.
A audiência, que ocorreu na semana passada, mesmo
sem a presença do ministro, fortaleceu o movimento
sindical brasileiro e se constituiu em marco para
revigorar as forças da classe trabalhadora para
voltar à luta para garantir os direitos conquistados
por séculos com muitas lutas, sangue e mortes.
“Nosso maior desafio é unificar as bases e não
excluir! Precisamos manter a unicidade sindical e as
propostas que apresentamos nesses documentos, que
foram elaboradas por técnicos de diferentes
segmentos, que entendem da vida e do dia a dia da
classe trabalhadora”, completou.
Contrarreforma
Na oportunidade, o desembargador do TRT-4, Marcelo D’Ambroso,
apresentou as principais propostas construídas pelo
movimento sindical e que já foram protocoladas pelo
FSA no Ministério do Trabalho e Emprego em forma de
minutas de MP (Medida Provisória) e PL (Projeto de
Lei).
Esses documentos, por meio dos quais, visam resgatar
as condições dignas da classe trabalhadora e
fortalecer a democracia.
Após o encontro, lideranças sindicais se
manifestaram em apoio às propostas do FSA (Fórum
Sindical Ampliado), destacando a importância de se
investir em atividades de congraçamento da classe
trabalhadora, de modo a revigorar as forças e se
manter na luta coletiva pela classe trabalhadora.
FSA
Trata-se de movimento unitário, que mobiliza mais de
900 entidades sindicais, às quais juntas,
representam os interesses de mais de 20 milhões de
trabalhadores e trabalhadoras. Das entidades que se
juntaram no FSA conta-se 750 sindicatos (11.184.398
de trabalhadores na base), 98 federações
(11.492.989); e 9 confederações (16.300.980); além
de demais formas de associações, universidades e
outros tipos de entidades (2.150.704).
Fonte: Diap
04/07/2023 -
Centrais Sindicais: reforma tributária deve
beneficiar o povo
Em meio ao debate sobre a votação da reforma
tributária, as centrais sindicais divulgaram nesta
segunda (3) um documento elencando itens para que a
reforma beneficie os trabalhadores e o povo
brasileiro. Assinam o documento a CUT (Central Única
dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral
dos Trabalhadores), CTB (Central de Trabalhadoras e
Trabalhadores do Brasil), CSB (Central dos
Sindicatos do Brasil), NCST (Nova Central Sindical
de Trabalhadores), Pública (Central do Servidor) e
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora).
As entidades pedem que seja uma reforma em sintonia
com o a Pauta da Classe Trabalhadora, entregue ao
presidente Lula durante a campanha eleitoral
prevendo, desta forma, orientá-la “pela capacidade
contributiva de cada brasileiro e brasileira; pela
progressividade dos impostos; pela revisão dos
impostos de consumo e dos impostos sobre renda e
patrimônio, aumento da tributação sobre grandes
heranças e riquezas, lucros e dividendos.”
O documento também pede que a reforma possa
contemplar medidas como a desoneração da cesta
básica, instituir o imposto sobre grandes fortunas,
correção da tabela do Imposto de Renda, entre
outros.
Leia aqui o documento
Por uma reforma tributária que garanta justiça
fiscal e desenvolvimento econômico
Fonte: Rádio Peão Brasil
04/07/2023 -
Segundo semestre agitado no Judiciário: STF, STJ e
PGR terão troca de integrantes
Rosa Weber sairá do Supremo e será substituída na
Presidência por Barroso; Luta também escolherá novo
PGR
O segundo semestre de 2023 será marcado por mudanças
importantes para a cúpula do sistema de Justiça no
Brasil. Haverá mudanças no Supremo Tribunal Federal
(STF), na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no
Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Além disso, espera-se que duas grandes questões
pendentes do primeiro semestre voltem à pauta do
STF: a definição em torno do marco temporal para
demarcação de terras indígenas e a descriminalização
do porte de drogas. A agenda de votações para o
segundo semestre, no entanto, ainda não foi
divulgada. Isso deve acontecer ao final do recesso
ou na primeira semana de atividades após o
intervalo.
Há forte expectativa para que o julgamento do marco
temporal, interrompido por um pedido de vista de
André Mendonça, seja finalizado ainda em 2023. Isto
porque a questão faz parte da agenda de Rosa Weber,
atual presidenta do Supremo. Ao fazer o pedido de
suspensão, Mendonça se comprometeu a ser rápido - e
apresentar seu voto a tempo de Weber participar do
julgamento.
A sinalização de Mendonça diz respeito ao fato de
que Weber se aposentará em outubro de 2023, por
atingir a idade máxima para compor a Corte. Isso
abrirá a segunda indicação de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) ao STF em seu terceiro mandato. A
presidência do tribunal será assumida, de acordo com
a tradição, pelo atual vice-presidente, Luis Roberto
Barroso.
PGR e STJ
Augusto Aras, atual procurador-geral da República,
também terá seu mandato encerrado em setembro deste
ano. Formalmente, o atual representante do
Ministério Público na cúpula da Justiça brasileira
poderia ser reconduzido, mas o fato de ter sido
indicado ao cargo por Jair Bolsonaro (PL) deve pesar
contra sua permanência.
Lula deverá indicar ainda três nomes para o STJ, por
conta da saída de Jorge Mussi, Paulo Sanseverino e
Felix Fischer. Musse e Fischer se aposentaram e
Sanseverino faleceu.
Mussi e Sanseverino serão substituídos por
integrantes de instâncias inferiores do Judiciário.
Em 23 de agosto, o Plenário do STJ votará uma lista
de quatro nomes, escolhidos entre indicados de
tribunais inferiores, que será encaminhada à
Presidência da República.
No caso de Fischer, o STJ aguarda a elaboração de
uma lista de seis nomes elaborada pela Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB). A partir das indicações
da advocacia, o plenário da Corte elaborará uma
lista tríplice. Esta última, por sua vez, é
encaminhada para a escolha do presidente Lula.
Fonte: Brasil de Fato
04/07/2023 -
Audiência debate MP sobre programas de alimentação
do trabalhador
A comissão mista que analisa a Medida Provisória
(MP) 1.173/2023 — que prorroga em um ano o prazo
para regulamentação dos programas de alimentação do
trabalhador — faz audiência pública nesta
quarta-feira (5), às 14h30.
Foram convidados representantes da Associação
Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador
(ABBT), da Associação Brasileira de Bares e
Restaurantes (Abrasel), do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), da Associação Brasileira
de Supermercados (Abras) e da Associação Brasileira
das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
Também devem participar representantes da Associação
Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag),
da Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e da
empresa Zetta.
A medida provisória estende o prazo fixado pela Lei
14.442, sancionada em setembro de 2022. Derivada de
uma medida provisória aprovada pelo Senado em agosto
do ano passado, essa lei determina que o
auxílio-alimentação (ou vale-refeição) destina-se
somente para pagamento em restaurantes e similares
ou de gêneros alimentícios comprados no comércio. A
norma também estabelecia prazo para regulamentação
até 1º de maio de 2023. No entanto, de acordo com o
Ministério do Trabalho e Emprego, ainda não houve
tempo hábil para isso. Com a nova MP, o prazo é
estendido até maio de 2024.
Editada em 1º de maio pelo governo federal, a MP
1.173/2023 será analisada pela Câmara dos Deputados
e pelo Senado num prazo de 60 dias prorrogáveis por
igual período. Em 21 de junho foi instalada a
comissão mista destinada à análise inicial da medida
provisória. O deputado federal Alfredinho (PT-SP)
preside o colegiado, tendo o senador Mecias de Jesus
(Republicanos-RR) como relator.
Fonte: Agência Senado
03/07/2023 -
Taxa de desemprego recua ao nível de 2015, com menor
procura por trabalho
Total de desempregados caiu para 8,9 milhões.
Informalidade segue alta. Rendimento sobe em relação
a 2022
A taxa de desemprego calculada pelo IBGE recuou para
8,3% no trimestre encerrado em maio, após 8,6% em
fevereiro e 9,8% em igual período do ano passado.
Segundo o instituto, é a menor desde 2015, de acordo
com a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios
(Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (30). O
número de desempregados caiu para 8,945 milhões,
queda de 15,9% em um ano.
A diminuição do desemprego não se dá pela criação de
postos de trabalho, mas pelo menor número de pessoas
procurando uma ocupação. “Esse recuo no trimestre
foi mais influenciado pela queda do número de
pessoas procurando trabalho do que por aumento
expressivo de trabalhadores. Foi a menor pressão no
mercado de trabalho que provocou a redução na taxa
de desocupação”, afirma Adriana Beringuy,
coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio
do IBGE.
Com e sem carteira assinada
Assim, o total de ocupados (estimado em 98,4 milhões)
ficou estável no trimestre. E teve pequena alta, de
0,9%, em relação a igual período de 2022. Já a
população fora da força de trabalho (67,136 milhões)
cresceu 0,6% e 3,6%, respectivamente.
De acordo com a pesquisa, o número de empregados com
carteira de trabalho no setor privado foi de 36,826
milhões. Ficou estável ante o trimestre anterior e
cresceu 3,5% em um ano. Por sua vez, os empregados
sem carteira somam 12,933 milhões, estável nas duas
comparações.
Os trabalhadores por conta própria são 25,219
milhões. Também estável no trimestre e com queda de
1,7% em relação a 2022. Igualmente sem variação, o
número de trabalhadores domésticos foi de 5,731
milhões. Os empregados no setor público totalizam
12,064 milhões, com alta de 2,8% no trimestre e de
3,9% na comparação anual.
Mais de 38 milhões na informalidade
A taxa de informalidade segue elevada. Corresponde a
38,9% da população ocupada, mesmo número do
trimestre anterior. Há um ano, chegava a 40,1%. São
38,3 milhões de trabalhadores nessa situação. Já os
subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar
mais, somam 20,7 milhões, com taxa de 18,2%, menor
no trimestre e no ano.
Ainda pela Pnad Contínua, o total de desalentados
caiu para 3,726 milhões, -6,2% em três meses e
-14,3% na comparação anual. Eles representam 3,4% da
força de trabalho.
Renda cresce na comparação com 2022
Entre os setores, na comparação com igual período de
2022, algumas áreas de serviços tiveram crescimento,
como administração pública e seguridade social,
atividades financeiras, transporte e armazenagem. O
emprego caiu na agricultura (-6,2%) e na construção
(-3,7%) e permaneceu estável tanto na indústria como
no comércio.
Estimado em R$ 2.901, o rendimento médio ficou
estável no trimestre e cresceu 6,6% em 12 meses. A
massa de rendimentos soma R$ 280,9 bilhões, aumento
de 7,9% na comparação anual.
Fonte: Rede Brasil Atual
03/07/2023 -
Em Santa Catarina, Fetiesc se filia à Nova Central
Na quinta-feira (29), a Federação dos Trabalhadores
nas Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fetiesc)
formalizou a filiação à Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST).
O presidente da Nova Central, Moacyr Auersvald,
celebrou: “Para nós da Nova Central é motivo de
grande satisfação receber a filiação da Fetiesc.
Sabemos da luta da federação, da então resistência
da entidade em se filiar a uma central. Por isso, a
nossa satisfação é redobrada por nos escolher.
Motivo de orgulho! Nosso ex-presidente Calixto dizia
que o movimento sindical era uma chama e hoje, mais
uma vez, estamos aqui reavivando essa chama e
fortalecendo o movimento sindical como um todo.
Esperamos a sua contribuição e assumimos o
compromisso de apoiar a federação em defesa da
entidade e do sistema confederativo”.
Moacyr ainda agradeceu ao presidente da Nova Central
Santa Catarina, NCST-SC, Izaias Otaviano: “Gostaria
de agradecer à NCST/SC pelo empenho e dedicação que
tem aos nossos sindicatos e trabalhadores. Izaias,
você foi um grande articulador da filiação da
Fetiesc à Nova Central”.
"A Fetiesc é uma das maiores federações de Santa
Catarina. Sem dúvida, a que demonstra mais trabalho.
É uma federação que a gente acompanha o trabalho do
companheiro Martine. E para nós da estadual, da
nacional, é sempre motivo de orgulho ter uma
federação do porte da Fetiesc ajudando a construir
novas ideias e administrar esse movimento. A
estadual engrandece demais com essa filiação.
Recebemos com grande satisfação essa notícia. O
trabalhador precisa da gente, o trabalho do chão de
fábrica, o real motivador do nosso trabalho. A
filiação da Fetiesc vai levar ainda mais
conhecimento para o trabalhador”, enfatizou Izaias
Otaviano.
O presidente da Fetiesc, Idemar Antonio Martini,
falou sobre a importância da filiação: ”Moacyr,
agradeço por ter se deslocado de Brasília e ter
vindo aqui oficializar a filiação. A escolha do
nosso colegiado pela Nova Central. E a resistência
para se filiar porque sempre tivemos alguns
problemas, mas os tempos exigem isso. E acreditamos
que com a Nova Central podemos crescer e fazer valer
a vontade dos trabalhadores na esfera sindical e
política. Precisamos ter uma representação política
no Congresso. Espero que possamos construir um mundo
melhor juntos. Estamos aqui para somar”.
Fonte: NCST
03/07/2023 -
Negociação coletiva e as transformações no mundo do
trabalho
Por Clemente Ganz Lucio
O mundo do trabalho está mergulhado em um oceano de
transformações tecnológicas, muita disruptivas. Na
extensão, as mudanças abrangem todos os setores
produtivos, todas as atividades econômicas e
impactam todos os postos de trabalho e profissões.
Na dinâmica, são contínuas, multiplicam-se e se
espraiam. Na velocidade, circulam em crescente
aceleração. Na intensidade e profundidade,
ultrapassam limites e alcançam áreas, postos e
processos, rompendo paradigmas.
No Brasil, essas mudanças ocorrem em um ambiente
econômico de baixo crescimento. Essa realidade é
justificada, entre outras causas, por uma
produtividade do trabalho estagnada devido ao frágil
investimento em inovação e ampliação da capacidade
produtiva, pela regressão das cadeias produtivas
industriais, pela ausência de valorização universal
da educação em todos os níveis, pela desmobilização
dos instrumentos do Estado que são articuladores e
mobilizadores de inovação, pelos baixos salários e
péssima qualidade da maior parte dos postos de
trabalho.
Dramaticamente, o país precisa conceber e
implementar uma estratégia coordenada de crescimento
econômico verde, digital e igualitário, que
estruture relações virtuosas entre tecnologia,
inovação e trabalho. Um plano no qual as mudanças no
mundo do trabalho abram caminho para uma atividade
laboral humanizada que seja capaz de espraiar
qualidade de vida para todos.
Temos, como país e nação, o desafio de posicionar
nosso sistema de relações de trabalho como
instrumento para enfrentar 2 desafios:
- ser uma institucionalidade agente de incremento da
produtividade do trabalho e de justa distribuição
dos ganhos; e
- ser um meio eficaz de compreender, tratar e regular
as transformações em curso, respondendo às inovações
e às situações inéditas, tratando dos problemas que
afligem empresas e trabalhadores em tempo real, aqui
e agora.
Negociações coletivas, bem estruturadas, lastreadas
nos princípios da boa-fé e da confiança que se
estabelece pela relação contínua, poderão responder
aos 2 desafios acima.
Os problemas que irrompem nas transformações, as
novas situações e as demandas que emergem exigem
respostas inovadoras, que sejam capazes de oferecer
a segurança demandada pelas partes interessadas,
flexibilidade para a melhoria contínua e capacidade
de criar respostas processuais diante das
descobertas realizadas ou situações inéditas. Só o
que pode resultar em respostas “a quente”, no chão
da empresa, no cotidiano do processo de trabalho,
nos novos encadeamentos produtivos em curso é a
negociação coletiva –espaço no qual empresas e
trabalhadores são capazes de abordar os problemas,
colocá-lo sob a perspectiva de desafios e construir
soluções pelo entendimento compartilhado.
Se as respostas construídas no espaço de negociações
e de acordos coletivos estiverem em consonância com
o incremento da produtividade e com a humanização do
mundo do trabalho, abrem-se portas para que o
sistema produtivo impulsione com qualidade a
dinâmica de crescimento econômico e de
desenvolvimento socioambiental.
Por isso, hoje estamos desafiados a inovar,
promovendo mudanças nos marcos normativos do sistema
de relações de trabalho brasileiro, lastreando e
valorizando a negociação coletiva e fortalecendo os
sindicatos para terem ampla base de representação e
alta representatividade. Assim, passam a ter as
condições essenciais para processarem e celebrarem
acordos e convenções coletivas que protegerão todos
os trabalhadores e todas as empresas de uma
determinada esfera de negociação.
Podemos ousar mais, e será fundamental fazê-lo,
criando uma institucionalidade que promova a
autonomia das partes interessadas, empresas e
trabalhadores, para regularem de maneira autônoma o
sistema sindical e as negociações coletiva.
Clemente Ganz Lúcio Clemente Ganz Lúcio, 64 anos, é
sociólogo e professor universitário. Foi diretor
técnico do Dieese e integrante do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social.
Fonte: Poder360
03/07/2023 -
Vitória da democracia: Bolsonaro está inelegível até
2030
Depois de ameaçar o processo eleitoral por
inúmeras vezes, ex-presidente é considerado culpado
pela maioria do plenário do TSE.
O Tribunal Superior Eleitoral formou, nesta sexta
(30) maioria para condenar ex-presidente Jair
Bolsonaro por crimes de abuso de poder e uso
indevido de meios de comunicação. A decisão
colegiada deixa Bolsonaro inelegível até 2030.
Bolsonaro foi processado por deslegitimar o processo
eleitoral durante uma reunião convocada pelo
ex-presidente a embaixadores no Palácio da Alvorada,
em 22 de julho de 2022. No evento, o então
presidente e candidato a reeleição mentiu sobre as
urnas eletrônicas, chantageou o a justiça eleitoral,
mencionando sugestões das Forças Armadas, além
utilizar aparelho público para atiçar suas bases
como estratégia eleitoral.
A maioria no TSE foi formada pelos ministros
Benedito Gonçalves, o relator e corregedor-geral da
Corte, além dos ministros Floriano Marques, André
Ramos, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Abriram
divergência o ministro Raul Araújo e Nunes Marques.
Fonte: Portal Vermelho
03/07/2023 -
Aposentadoria especial do INSS: STF adia (de novo)
decisão sobre mudanças da Reforma da Previdência
O Supremo Tribunal Federal adiou mais uma vez o
julgamento da ADI (Ação Direta de
Inconstitucionalidade) 6.309, que contesta as
mudanças da Reforma da Previdência na aposentadoria
especial do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS): na idade mínima, no cálculo e na conversão
de tempo para pedir o benefício.
A análise no plenário virtual havia sido retomada na
semana passada e acabaria nesta sexta-feira (30),
mas o ministro Dias Toffoli pediu o destaque do
processo, para que ele seja votado no plenário
físico — fazendo com que o julgamento vá recomeçar
do zero, em data ainda a ser definida.
O relator da ação é o ministro Luís Roberto Barroso,
que considerou constitucionais as mudanças da
reforma e votou contra os pedidos da CNTI
(Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria). O ministro Edson Fachin divergiu de
Barroso, mas o julgamento agora será retomado do
zero no plenário físico.
A aposentadoria especial era um benefício concedido
em três modalidades, antes de ser alterada pela
Reforma da Previdência de 2019:
- Após 15 anos para o mineiro que trabalha no subsolo;
- Após 20 anos para o mineiro que trabalha na rampa da
superfície ou com exposição ao amianto; ou
- Após 25 anos para os trabalhadores expostos a todos
agentes nocivos (biológicos, químicos, agentes
cancerígenos, ruído, calor, radiação ionizante,
etc.).
Mudanças no benefício
Com a reforma, a aposentadoria especial deixou de ter
natureza preventiva e passou a exigir idade mínima
(55 anos para mineiro do subsolo, 58 anos para
mineiro na rampa e 60 anos para os demais
trabalhadores expostos aos agentes nocivos).
Também foi criada uma regra de transição: além de
cumprir o tempo mínimo de exposição (15, 20 e 25
anos), o segurado tem também uma pontuação (66
pontos quando é aposentadoria de 15 anos, 76 se for
de 20 e 86 se for de 25 anos).
Além disso, a reforma da Previdência também mudou o
cálculo do benefício (que era de 100% da média dos
80% maiores salários desde julho de 1994). Ele
passou a ser um percentual de 60% mais 2% a cada ano
que supere os 15 anos de tempo de contribuição.
Fonte: InfoMoney
03/07/2023 -
Governo muda sistema de metas de inflação
A nova forma dá ao BC um prazo maior para
perseguir a meta. Com a decisão, o BC abandona o
ano-calendário e passa para a meta contínua, que,
segundo a Fazenda, será de 24 meses
O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou, na
quinta (29), a mudança no sistema de metas de
inflação. A nova forma estabelece que o Banco
Central deve perseguir a meta de forma contínua, e
não mais anualmente.
O CMN é composto pelo ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, pela ministra do Planejamento, Simone Tebet,
e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que
a mudança passará a vigorar em 2025, quando o BC
abandonará o ano-calendário, ou seja, quando o
objetivo da meta de inflação é verificado com base
na variação de preços entre janeiro e dezembro de
cada ano.
“Em relação à meta de inflação, eu anunciei ao
Conselho Monetário Nacional e explico o porquê,
porque é uma prerrogativa do presidente da república
uma mudança do regime em relação ao ano calendário,
de maneira que agora, conforme já discutido com a
sociedade em inúmeras ocasiões, já tinha manifestado
minha simpatia por uma mudança desse padrão que só
se verifica em dois países do mundo, dentre os
quais, o Brasil, de maneira que nós adotaremos agora
meta contínua a partir de 2025”, afirmou.
A nova proposta partiu do Governo Federal que
entende que perseguir a meta com um horizonte de
tempo maior é mais efetivo para a política
monetária. De acordo com o ministro, o “horizonte
revelante” a ser perseguido pela meta contínua será
definido pelo próprio BC.
No entanto, Haddad afirmou que a janela tende ser de
24 meses, a exemplo de experiências internacionais.
No modelo contínuo, a inflação tem que estar na meta
ao longo de um horizonte de tempo.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, informou
que apesar da decisão do CMN, para a medida ter
efeito é necessário que o presidente da República
assine um decreto para oficializar a mudança.
Fonte: Portal Vermelho
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