Blog - Notícias Anteriores - Agosto 2020
31/08/2020 -
Quem aposta em alta da popularidade de Bolsonaro,
pode cair do cavalo, diz Coimbra
31/08/2020 -
Desemprego cresce em 11 estados e chega a 13,3%
31/08/2020 -
Bolsonaro vai anunciar prorrogação do auxílio com
valor de R$ 300 na terça
31/08/2020 -
Grito dos Excluídos clama “contra tudo que Bolsonaro
representa”
31/08/2020 -
Guedes prepara ‘nova CPMF’ que poderá fazer
contribuinte sentir saudades da ‘velha’
31/08/2020 -
Em portaria, governo amplia setores que podem
trabalhar aos domingos e feriados
31/08/2020 -
Norma coletiva que se aplica apenas a unidade de
empresa é válida, diz TST
28/08/2020 -
Bolsonaro diz que país está se endividando com
pagamento do auxílio emergencial
28/08/2020 -
Ação pede bloqueio imediato de R$ 26 bilhões da
mineradora Vale
28/08/2020 -
Toffoli pede vista em julgamento sobre índice de
correção de dívida trabalhista
28/08/2020 -
Grupo vai analisar projetos para superar impacto
econômico da pandemia entre mulheres
28/08/2020 -
Senado avalia afastamento obrigatório de gestantes
do trabalho durante pandemia
28/08/2020 -
Paim defende regulamentação da renda básica de
cidadania
28/08/2020 -
Trabalhador readaptado com sucesso não tem direito a
estabilidade por doença
27/08/2020 -
Em período de menor proteção social, país tem menos
trabalhadores sindicalizados
27/08/2020 -
Maia minimiza atrito entre Bolsonaro e equipe
econômica
27/08/2020 -
Emenda Constitucional que garante a permanência do
Fundeb é promulgada
27/08/2020 -
TRF4, que condenou Lula, derruba sentença de Moro
contra tesoureiro do PT
27/08/2020 -
Gilmar Mendes propõe Selic, que tem menor taxa da
história, para corrigir ação trabalhista
27/08/2020 -
José Reginaldo representará a NCST no Webnar ‘Breque
na Precarização’
27/08/2020 -
Projeto desconsidera como acidente de trabalho
aquele ocorrido no trajeto da ida e volta do serviço
27/08/2020 -
Câmara aprova afastamento de gestantes do trabalho
presencial durante a pandemia
26/08/2020 -
Para dirigentes, saúde e segurança no trabalho estão
em risco
26/08/2020 -
Congresso promulga nesta quarta a Emenda
Constitucional 108, que torna o Fundeb permanente
26/08/2020 -
Bolsonaro deixará 20 milhões desassistidos com fim
do Farmácia Popular
26/08/2020 -
Guedes planeja acabar com deduções de despesas
médicas e de educação do Imposto de Renda da pessoa
física
26/08/2020 -
STF considera Moro parcial e anula condenação de
doleiro no caso Banestado
26/08/2020 -
Correios entram com dissídio coletivo no TST
25/08/2020 -
Em evento sobre a Covid-19, Bolsonaro ignora os mais
de 114 mil mortos e chama jornalistas de "bundões"
25/08/2020 -
Governo adia pacotão econômico por divergências
internas
25/08/2020 -
Bolsonaro prorroga novamente programa de redução de
salários e jornada
25/08/2020 -
Mesmo com lucro, ECT corta direitos e não paga PLR
25/08/2020 -
Maia defende liberdade de expressão e o direito de
jornalistas perguntarem
25/08/2020 -
Corte no mercado formal atingiu vendedores,
mulheres, ensino médio e faixa etária mais alta
25/08/2020 -
Servidores reagem à manutenção do veto que congela
salários
25/08/2020 -
TRT-12
confirma veto a reintegração de trabalhadores
demitidos
24/08/2020 -
Brasil registra 3,6 milhões de casos de covid-19 e
114,7 mil mortes
24/08/2020 -
Bolsonaro ameaça repórter da Globo: “Vontade de
encher de porrada”
24/08/2020 -
Mercado fecha 1 milhão de vagas no ano, e acordos
emergenciais alcançam 16 milhões
24/08/2020 -
Manutenção de empregos é discutida em 3,6 mil
negociações coletivas
24/08/2020 -
Flávio Bolsonaro pagou mais de R$ 440 mil em
vale-alimentação para Queiroz e familiares
24/08/2020 -
Senadores querem explicações de Guedes e falam em
convocação
24/08/2020 -
Redução de jornada após fim do prazo da Lei 14.020
divide especialistas
24/08/2020 -
Auxiliar de serviços gerais com doença degenerativa
tem indenização aumentada
21/08/2020 -
Para Maia, manutenção do veto a reajustes mostra
compromisso do Congresso com controle de gastos
públicos
21/08/2020 -
Auxílio emergencial será prorrogado até dezembro com
parcela de R$ 300
21/08/2020 -
Brasil tem 12,3 milhões de desempregados e 29
milhões de informais
21/08/2020 -
Por 9x1, STF determina suspensão de dossiê do
governo Bolsonaro sobre antifascistas
21/08/2020 -
Confiança da indústria cresce 8,4 pontos na prévia
de agosto
21/08/2020 -
Adicional de insalubridade não deve ser suspenso no
afastamento do empregado
21/08/2020 -
Paim destaca importância da Seguridade Social e
condena tentativas de privatização
21/08/2020 -
Projeto autoriza uso do FAT para financiar folha e
capital de giro de pequena empresa
20/08/2020 -
Governo quer enviar reforma tributária, corte de
gastos e Renda Brasil ainda em agosto
20/08/2020 -
Economia do país vai piorar para 41% dos
brasileiros, mostra Datafolha
20/08/2020 -
Após Senado derrubar veto de Bolsonaro, Guedes diz
que reajuste dos servidores é “crime contra o país”
20/08/2020 -
Bolsonaro diz que economia é pior que coronavírus e
que auxílio de R$ 600 “pesa muito” para a União
20/08/2020 -
Brasil bate marca de 110 mil mortos por coronavírus;
país é vice-líder mundial de óbitos
20/08/2020 -
Volks quer flexibilizar e cortar mais de 5 mil
trabalhadores
20/08/2020 -
Sindicato pode ajuizar ACP contra empresa que
descumpriu acordo com empregados
19/08/2020 -
Nota das centrais sindicais: Todo apoio à greve dos
trabalhadores e trabalhadoras dos Correios
19/08/2020 -
STF: plenário virtual retoma julgamento da
contribuição assistencial
19/08/2020 -
Governo Bolsonaro quer reduzir auxílio emergencial
para R$ 200
19/08/2020 -
Maia diz que prorrogação de auxílio emergencial ‘é
muito difícil’
19/08/2020 -
Perdem a validade nesta terça-feira duas MPs sobre o
Contrato Verde e Amarelo
19/08/2020 -
TST reafirma que competência para ajuizar ação
trabalhista é do local da contratação
19/08/2020 -
Pandemia mudou contexto de negociações coletivas,
aponta Dieese
18/08/2020 -
Maia cobra do governo proposta de renda mínima
permanente
18/08/2020 -
STrab não consegue aprovar Portaria para suspender
os exames médicos na pandemia
18/08/2020 -
Com 48,8% de aumento, orçamento da Defesa supera o
da Educação
18/08/2020 -
Candidatura de Lula em 2018 teria feito bem à
democracia, diz Edson Fachin
18/08/2020 -
Trabalhadores dos Correios decretam greve em todo o
país por tempo indeterminado
18/08/2020 -
Aumenta o índice de reprovação ao Congresso, aponta
Datafolha
17/08/2020 -
Brasil registra 620 novas mortes por coronavírus
17/08/2020 -
Mesmo com melhora na avaliação, 41% nunca confiam no
que Bolsonaro diz
17/08/2020 -
Delação de Palocci, que Moro vazou antes da eleição,
não tem provas, diz Polícia Federal
17/08/2020 -
O império da corrupção e o projeto autoritário de
Bolsonaro
17/08/2020 -
Desemprego na pandemia continua subindo e chega a
13,7%
17/08/2020 -
Taxação de livros é obscurantista, diz Sindicato dos
Escritores de SP
14/08/2020 -
Além de encolher, mercado de trabalho perde R$ 12
bilhões de renda em um trimestre
14/08/2020 -
Cerca de 50% dos trabalhadores pretendem pagar
dívidas com FGTS
14/08/2020 -
Desempenho de pequenas indústrias é recuperado no
segundo trimestre
14/08/2020 -
Aprovação de Bolsonaro aumenta em meio à pandemia e
é a maior desde que assumiu governo, diz Datafolha
14/08/2020 -
Congresso já tem 52 pedidos de impeachment contra
Bolsonaro
14/08/2020 -
Projeto permite saque integral do FGTS em caso de
calamidade ou pandemia
14/08/2020 -
Operadora não é obrigada a fornecer plano de saúde
individual, diz STJ
13/08/2020 -
STF suspende julgamento do índice a ser aplicado em
dívida trabalhista
13/08/2020 -
Bolsonaro quer precarizar mais o trabalho com
salário por hora para 50% dos funcionários de cada
empresa
13/08/2020 -
“Debandada” na Economia é derrota para Paulo Guedes
e Bolsonaro
13/08/2020 -
Bolsonaro anuncia união com Maia e Alcolumbre por
teto de gastos e fala em privatizações
13/08/2020 -
PDT pede ao STF o afastamento de Paulo Guedes
13/08/2020 -
Mesmo com alta taxa de retorno, FGTS segue em risco
com Bolsonaro
13/08/2020 -
Paulo Paim destaca importância do FGTS
12/08/2020 -
Manifesto Sindical contra a suspensão da
obrigatoriedade da realização dos EMO
12/08/2020 -
Conselho do FGTS aprova distribuição de R$ 7,5 bi
para trabalhadores
12/08/2020 -
Governo só deve enviar reforma administrativa após
eleição na Câmara e no Senado
12/08/2020 -
Produção industrial cresce em 14 locais em junho,
diz IBGE
12/08/2020 -
No Brasil, 40% dos jovens com ensino superior não
têm emprego qualificado
12/08/2020 -
Guedes diz que não apoia eventual tentativa de furar
teto de gastos
12/08/2020 -
Com 97% dos votos, metalúrgicos da Renault aprovam
acordo
11/08/2020 -
Não é um número que fará diferença, diz Pazuello
sobre os 100 mil mortos pela Covid-19 no Brasil
11/08/2020 -
Vetos de Bolsonaro agridem vítimas da covid-19,
dizem profissionais de saúde
11/08/2020 -
Dirigentes da NCST são convidados especiais do
programa 'A Hora do Trabalhador'
11/08/2020 -
Governo edita MP que permite vender partes da Caixa
até dezembro de 2021
11/08/2020 -
MPF move ação contra governo Bolsonaro por
discriminação contra mulheres
11/08/2020 -
Para Maia, reforma tributária é o eixo de
desenvolvimento do País
11/08/2020 -
Oposição quer explicações de ministro sobre dossiês
contra servidores
10/08/2020 -
Brasil registra mais 572 mortes por coronavírus e
total passa de 101 mil
10/08/2020 -
Bolsonaro propõe suspender o exame ocupacional, que
protege a saúde do trabalhador
10/08/2020 -
Gilmar quer colocar suspeição de Moro na pauta do
STF "assim que possível"
10/08/2020 -
Inflação medida pelo INPC registra 0,44% em julho
10/08/2020 -
Economia gerada pelo teletrabalho na administração
pública pode ir para combater a covid-19
10/08/2020 -
Livro sobre violência contra a mulher está
disponível gratuitamente no site da Câmara
10/08/2020 -
Proposta exige afastamento de trabalhadora gestante
durante a pandemia
07/08/2020 -
Centrais defendem a vida e o emprego em mobilização
nesta sexta
07/08/2020 -
98.493: Brasil se aproxima de 100 mil mortes por
coronavírus
07/08/2020 -
Pnad Contínua: taxa de desemprego sobe para 13,3% no
segundo trimestre
07/08/2020 -
Aprovada urgência para projeto que prevê direitos a
entregadores de aplicativos na pandemia
07/08/2020 -
Guedes diz que anunciará três ou quatro
privatizações em até 60 dias
07/08/2020 -
Flávio Dino: Reforma de Bolsonaro esmaga pobres e
classe média
07/08/2020 -
Paim pede aprovação de projeto que cria 14° salário
emergencial para aposentados
07/08/2020 -
Empregado que trabalhava em dias destinados à
compensação receberá horas extras
06/08/2020 -
Bolsonaro joga mais peso nos ombros dos
trabalhadores
06/08/2020 -
Com CPMF, sem FGTS: Guedes quer prejudicar
trabalhador duas vezes
06/08/2020 -
Paulo Guedes explica proposta de Reforma Tributária
no Congresso
06/08/2020 -
Incerteza sobre julgamento de suspeição de Moro no
STF cria expectativa no PT
06/08/2020 -
Latam vai demitir mais de 2 mil trabalhadores até
dia 14
06/08/2020 -
Paim destaca lançamento da Frente Parlamentar da
Renda Básica
06/08/2020 -
Proposta acrescenta um mês ao seguro-desemprego em
calamidade pública
06/08/2020 -
Fechamento de empresa não afasta estabilidade por
acidente de trabalho
05/08/2020 -
Dia de ‘luto e luta’ na sexta-feira: centrais vão
acender velas, pôr cruzes e cobrar o governo
05/08/2020 -
Bolsonaro veta indenização a trabalhador da saúde
incapacitado por covid-19
05/08/2020 -
Fórum Sindical se soma às Centrais com evento
on-line na sexta
05/08/2020 -
STF manda tirar delação contra Lula que Moro incluiu
dias antes da eleição em 2018
05/08/2020 -
Governo avalia reduzir de 8% para 6% contribuição
sobre salário do trabalhador para o FGTS
05/08/2020 -
STF determina: Ministro da Justiça tem 48 horas para
explicar “dossiê” contra antifascistas
05/08/2020 -
Governo acerta retirada de pauta e MP do saque
emergencial do FGTS perde a validade
05/08/2020 -
TST anula pedido de demissão de gestante por
ausência de assistência sindical e concede
estabilidade
04/08/2020 -
Brasil é o país com mais registros de mortes no
mundo por covid no mês de julho
04/08/2020 -
Guedes quer cortar outros programas sociais para
bancar Renda Brasil
04/08/2020 -
Contrapartida a microimposto será encargo zero a
quem contratar desempregado
04/08/2020 -
Bolsonarismo e pandemia jogam 3,8 milhões de
famílias nas classes D/E
04/08/2020 -
Randolfe propõe que aposentados que trabalham também
recebam auxílio
04/08/2020 -
Proibição de pagamento de hora extra para
teletrabalho pode ser revista
04/08/2020 -
Mulheres são mais afetadas por crise econômica
provocada pela Covid-19
03/08/2020 -
Plenário pode votar ampliação das possibilidades de
saque do FGTS durante pandemia
03/08/2020 -
Comissão mista sobre reforma tributária realiza
audiência com Paulo Guedes na quarta-feira
03/08/2020 -
Funcionários dos Correios decidem entrar em greve na
3ª feira
03/08/2020 -
Padrão de vida dos brasileiros terá queda recorde e
voltará ao nível de 2008
03/08/2020 -
Sindicatos internacionais rejeitam Weintraub na
diretoria do Banco Mundial
03/08/2020 -
Brasil tem 12,2 milhões de pessoas sem trabalho,
segundo IBGE
03/08/2020 -
Inflação de produtos na saída das fábricas fica em
0,61% em junho
03/08/2020 -
Empregado receberá benefício previdenciário cumulado
com pensão mensal
31/08/2020 -
Quem aposta em alta da popularidade de Bolsonaro,
pode cair do cavalo, diz Coimbra
Presidente do Vox Populi, Marcos Coimbra,
contesta pesquisa Datafolha;
Para Marilane Teixeira, da Unicamp, disputas
internas definirão futuro do governo
O presidente do Instituto Vox Populi, Marcos
Coimbra, criticou o “tratamento editorial”
dispensado à última pesquisa Datafolha. Divulgada em
meados de agosto, foi alardeada como “recorde” de
aprovação do presidente Jair Bolsonaro. Contudo,
Coimbra lembra que a pesquisa foi feita por celular,
e não presencialmente.
Ele participou, neste sábado (29), junto com a
economista Marilane Teixeira, do 4º Mutirão Digital
Lula Livre, movimento que pressiona por justiça para
o ex-presidente.
Para Coimbra, trata-se de uma pesquisa de “baixa
qualidade”. “Se o Datafolha achasse que pesquisa
telefônica era boa, porque a vida inteira fez
pesquisa presencial?”, provocou. A mudança de
metodologia se deu em função das restrições impostas
pela pandemia.
“Quando começarem a sair, outra vez, as pesquisas
feitas presencialmente, com todo mundo, muita gente
vai levar um susto. Todo mundo que embarcou nessa
ideia de que Bolsonaro consolidou aprovação superior
a um terço, chegando a 40%, tem grande probabilidade
de cair do cavalo”, afirmou.
Coimbra lembrou, por exemplo, que em cidades do
interior do Nordeste, a população com acesso ao
celular fica abaixo de 50%. Além disso, a pessoa
deve ainda estar disposta a responder um longo
questionário. “Primeiro, você não acessa todo mundo.
Segundo, tem uma barreira, que é o desinteresse.”
Economia
Para Marilane, pesquisadora do Centro de Estudos
Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade
Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp), a grande
popularidade de Bolsonaro pode ser atribuída ao
pagamento do auxílio emergencial. Idealizada pela
oposição, a prorrogação da proposta tem causado uma
queda de braço com o ministro da Economia, Paulo
Guedes.
Enquanto Guedes quer a retomada da agenda de
reformas neoliberais, outra ala do governo quer
manter o auxílio. Porém, em função do teto de
gastos, a criação do Renda Brasil, que substituiria
o programa Bolsa Família, implicaria em cortes de
gastos em outras áreas, inclusive. O resultado desse
enfrentamento deve ser visto em breve. “Os próximos
dias serão decisivos, porque o Orçamento tem que ser
enviado ao Congresso até dia 31 de agosto.”
Além disso, ela chamou a atenção para a continuidade
das propostas de precarização das formas de
contratação. Dentre os projetos gestados pelo
governo está uma nova versão da carteira verde e
amarela. Sem direitos trabalhistas, essa nova
modalidade ainda pretende impor a contratação por
hora.
Fonte: Rede Brasil Atual

31/08/2020 -
Desemprego cresce em 11 estados e chega a 13,3%
Segundo dados do IBGE, em lugares como Bahia e
Sergipe a taxa se aproxima de 20%. Desemprego também
é maior entre mulheres (14,9%) e negros (17,8%).
O desemprego ficou em 13,3% no país no segundo
trimestre de 2020, com crescimento de 1,1 ponto
percentual em relação ao 1º trimestre, quando a taxa
era de 12,2%. A taxa de desemprego cresceu em 11
unidades da federação e, em alguns estados, encostou
em 20%. Foi o caso de Bahia (19,9%), Sergipe (19,8%)
e Alagoas (17,8%). Mulheres e negros são os mais
afetados.
A taxa de desocupação para mulheres ficou em 14,9%
contra 12% para homens. Para negros, chegou a 17,8%,
ficando em 10,4% para a população branca.
Os dados estão na Pesquisa Nacional por Amostragem
de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta
sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Os maiores aumentos da taxa de desemprego em relação
ao primeiro trimestre ocorreram em Sergipe (4,3
pontos percentuais), Mato Grosso do Sul, (3,7 pontos
percentuais) e Rondônia (2,3 pontos percentuais). As
únicas quedas aconteceram no Pará (-1,6 ponto
percentual) e no Amapá (-5,8 pontos percentuais).
O número de desalentados (que não procuram emprego
porque acreditam que não conseguirão) foi de 5,6
milhões de pessoas, com alta de 19,1% em relação ao
trimestre anterior.
O percentual de empregados com carteira de trabalho
assinada era de 77,7% do total de empregados no
setor privado do país. O percentual da população
ocupada do país trabalhando por conta própria era de
26%. A taxa de informalidade para o Brasil ficou em
36,9% da população ocupada.
Fonte: Portal Vermelho

31/08/2020 -
Bolsonaro vai anunciar prorrogação do auxílio com
valor de R$ 300 na terça
O presidente Jair Bolsonaro vai anunciar na próxima
terça-feira (1º) os detalhes da prorrogação do
auxílio emergencial. A informação foi confirmada
pelo líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL). No
mesmo dia também serão apresentados a líderes
partidários aliados do governo os detalhes do Renda
Brasil, reformulação do Bolsa Família.
O Congresso em Foco confirmou com um senador aliado
do governo que o desejo de Bolsonaro é prorrogar o
auxílio até dezembro com o valor de R$ 300. O Renda
Brasil ainda não vai ser anunciado publicamente nos
próximos dias, a ideia é ajustar um texto de
consenso com o Congresso antes de fechar o conteúdo.
Bolsonaro já havia dito que o valor do auxílio não
continuará nos atuais R$ 600. A equipe econômica do
governo sugeriu o valor de R$ 200, mas Bolsonaro
quer que seja mais. Pelas regras atuais, o auxílio
emergencial acabará no dia 31 de agosto, na
segunda-feira.
Para ter validade imediata, o governo precisa enviar
uma medida provisória definindo os novos valores. O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou
que vai colaborar com o governo e fazer com que o
valor sugerido seja validado.
O Renda Brasil, que também será apresentado para
líderes na terça, é uma reformulação do Bolsa
Família com mais beneficiários e um valor maior.
Bolsonaro não ficou satisfeito com a proposta
enviada por Guedes no início desta semana e externou
isso na quarta-feira (26), desautorizando o ministro
na ideia de corte do abono salarial.
A equipe econômica busca alternativas de fonte de
financiamento para ampliar o Bolsa Família. A
intenção é que o valor do Renda Brasil, que
vigoraria em janeiro de 2021, seja igual a da
prorrogação do auxílio emergencial, que acabaria em
dezembro de 2020, mas talvez possa ficar menor que
os R$ 300 da prorrogação do auxílio. O governo
trabalha com intervalo de R$ 250 a R$ 300.
Guedes tem manifestado o desejo de vincular o Renda
Brasil à proposta de emenda à Constituição (PEC) do
Pacto Federativo, relatada pelo senador Márcio
Bittar (MDB-AC), que também é relator do orçamento
de 2021. A PEC determina corte de despesas
obrigatórias, com medidas como diminuição no salário
de servidores, o fim do reajuste pela inflação das
despesas com a máquina pública e o fim de gastos
mínimos com saúde e educação.
Fonte: Congresso em Foco

31/08/2020 -
Grito dos Excluídos clama “contra tudo que Bolsonaro
representa”
Lema da 26ª edição será “Basta de miséria,
preconceito e repressão! Queremos trabalho, terra,
teto e participação!”
A 26ª edição do Grito dos Excluídos defende a
preservação da vida em primeiro lugar e se opõe a
tudo que o governo de Jair Bolsonaro representa.
“Tem gente que não coloca a vida em primeiro lugar.
É triste quando se coloca em primeiro lugar o lucro,
a ganância. Além disso, hoje também tem muita gente
colocando em primeiro lugar o preconceito, a
violência, a tirania. É preciso servir, valorizar e
defender a vida. Nesse tempo de pandemia, de morte,
a vida precisa retornar ao seu lugar. O grito é
esperança”, afirmou Dom Mário Antônio da Silva,
bispo de Roraima, vice-presidente da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Neste ano, o lema do Grito dos Excluídos será “Basta
de miséria, preconceito e repressão! Queremos
trabalho, terra, teto e participação!”. Os
organizadores apontam que o lema se impôs ao
observar a crise social e sanitária imposta pela
pandemia mundial de covid-19 e os graves retrocessos
sociais impostos pelo governo Bolsonaro.
“Quem são os que gritam hoje? Não são apenas vozes.
Têm rostos. De encarcerados, povo em situação rua,
comunidades tradicionais, povos indígenas,
periferias, trabalhadores em serviços precarizados,
ciganos, migrantes, circenses. Gritamos porque tem
vozes sendo abafadas, oprimidas”, disse Dom Mário.
Um dos temas principais será a valorização do
Sistema Único de Saúde (SUS) e seus profissionais.
Rosilene Wansetto, coordenadora do Grito dos
Excluídos e da Romaria dos Trabalhadores, manifestou
solidariedade às famílias das 117 mil pessoas mortas
pela covid-19 e criticou a falta de um plano de
ação. Além do desdém do governo Bolsonaro sobre a
perda dessas vidas.
“Essas vidas poderiam ter sido poupadas se
tivéssemos um governo de verdade. Nós temos um
desgoverno. Lá em fevereiro a gente já via que
estávamos vivendo um governo sendo conduzido por um
fascista, um genocida, que não valoriza a vida.
Ainda não tínhamos em vista a pandemia, que se
construiu nos meses seguintes”, lembra Rosilene. “O
governo aplicou menos de 50% do orçamento para
combater a pandemia. É preciso lembrar que o SUS é a
política pública que tem salvado vidas nessa
pandemia. E valorizar a importância da saúde
pública”, afirmou.
Teto dos gastos
O Grito dos Excluídos também faz referência à urgente
necessidade de revogação da Emenda Constitucional (EC)
95, o chamado Teto de Gastos. Segundo a coordenadora
da Romaria dos Trabalhadores, a alardeada crise
econômica não pode mais servir de justificativa para
tirar direitos da população e reduzir serviços
públicos.
“A gente vê o quanto isso está impactando na
ausência de políticas públicas, em todas as áreas.
Revogar essa emenda constitucional é urgente. Essa
crise não é nossa, não é do povo brasileiro”,
afirmou.
O Grito dos Excluídos é celebrado anualmente no dia
7 de setembro, quando são realizadas manifestações
em vários locais do país. Mas, por conta da
pandemia, parte dos atos será realizada virtualmente
e também com carreatas. Além disso, neste ano, a
coordenação estabeleceu que todo dia 7 de cada mês,
antes e depois de setembro, será um “Dia D do
Grito”, por entender que a exclusão é uma constante
durante todo o ano, resultado de um sistema
econômico injusto.
Publicado originalmente na RBA
Fonte: Portal Vermelho

31/08/2020 -
Guedes prepara ‘nova CPMF’ que poderá fazer
contribuinte sentir saudades da ‘velha’
Acossado pela sanha eleitoreira de Bolsonaro - e
sua respectiva disposição para ‘gastar’ com agendas
populistas - o ministro da Economia, Paulo Guedes
prepara um imposto sobre transações digitais que
pode fazer o brasileiro sentir saudades da ‘velha
CPMF’
Com o velho discurso diversionista, o ministro da
Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 28,
que “não vai aumentar impostos” e defendeu um
imposto sobre “base ampla, nos moldes da CPMF”, que
serviria para “desonerar outros setores”.
A reportagem do portal Ig destaca a fala de Guedes:
“essa ideia de queremos criar um imposto novo, para
aumentar imposto, para fazer populismo, está
totalmente equivocada. É fake news mesmo, é guerra
política, é um equívoco, um erro. Só se fala em um
imposto de base ampla para desonerar, para tirar o
mais cruel de todos os impostos, que é o imposto
sobre folha de pagamento.”
Segundo Guedes, um imposto que onere amplamente a
economia serviria para reduzir, além da folha de
pagamento, até outros sete impostos: “quando se fala
num imposto de base ampla, de transações digitais,
tem que se entender o seguinte: se um imposto desse
surgir é basicamente para desonerar a folha e outros
impostos. Se for para tirar 3,4,5,6,7 impostos e
inclusive reduzir tributo sobre salário é disso que
estamos falando, não é nunca de aumento de imposto.”
Fonte: Brasil247

31/08/2020 -
Em portaria, governo amplia setores que podem
trabalhar aos domingos e feriados
Uma portaria (19.809/20) publicada no Diário Oficial
da União desta sexta-feira (28/8) ampliou de 78 para
91 os ramos de atividade que podem funcionar durante
domingos e feriados. Com a medida, empresas que
atuam nesses setores não precisam negociar com
sindicatos o trabalho em dias tradicionais de folga.
A normativa é assinada por Bruno Bianco Leal,
secretário especial de Previdência e Trabalho, e
atualiza uma outra portaria (604/19), publicada em
abril do ano passado.
No setor industrial, foram incluídas as atividades
de indústria de carnes e seus derivados, o que
contempla abate, processamento, armazenamento,
manutenção, higienização, carga, descarga,
transporte e conservação frigorífica.
A portaria também permite trabalho aos domingos e
feriados na indústria de beneficiamento de grãos e
cereais e na de fabricação de artigos e equipamentos
médicos, odontológicos, hospitalares e de
laboratórios.
No comércio, a portaria passa a contemplar
varejistas de peixes, carnes frescas e caça; de
frutas e verduras; aves e ovos; produtos
farmacêuticos; feiras-livres e mercados; agências de
turismo; locadoras de veículos e embarcações; e uma
série de outras funções.
A medida também afeta o setor dos transportes; da
comunicação e publicidade; educação e cultura;
serviços funerários; e agricultura e pecuária. A
portaria passou a valer na data de sua publicação.
Clique
aqui para ler a portaria
Portaria 19.809/20
Fonte: Consultor Jurídico

31/08/2020 -
Norma coletiva que se aplica apenas a unidade de
empresa é válida, diz TST
A negociação coletiva deve ser prestigiada e
valorizada, desde que não ofenda a proteção à saúde,
à segurança e à higiene do trabalhador. Assim, a 8ª
Turma do Tribunal Superior do Trabalho decidiu que é
válida a cláusula de norma coletiva que limita seu
alcance a uma das unidades da Electrolux do Brasil
S. A. em Curitiba (PR).
No caso, a norma coletiva, que regulamentou o
funcionamento do banco de horas da empresa, somente
previu o pagamento de indenização especial aos
trabalhadores da unidade Floor Care & Small
Appliances em caso de rescisão do contrato. O
objetivo, segundo a Electrolux, era implementar o
horário flexível naquela unidade, mediante a
contrapartida da indenização.
A reclamação trabalhista foi ajuizada por um
operador de manufatura de outra unidade, situada no
mesmo município, que pretendia receber a parcela. O
juízo de primeiro grau julgou a pretensão
improcedente, mas o Tribunal Regional do Trabalho da
9ª Região (PR) condenou a empresa ao pagamento, por
entender que haveria tratamento diferenciado entre
empregados.
Força de lei
A relatora do recurso de revista da Electrolux,
ministra Dora Maria da Costa, assinalou que os
instrumentos coletivos foram elevados ao nível da
Constituição da República (artigo 7º, inciso XXVI) e
têm força de lei no âmbito das categorias
participantes. Por isso, a restrição prevista deve
ser observada, pois foi firmada por ocasião da
regulamentação do banco de horas existente naquela
unidade específica.
Na avaliação da relatora, a flexibilização dos
direitos dos trabalhadores com base na autonomia
coletiva possibilita a obtenção de benefícios para
os empregados e para os empregadores, por meio de
concessões mútuas. Para a ministra, “desde que, é
claro, sejam observadas as normas mínimas de
proteção do trabalho e dos direitos indisponíveis do
empregado”, o que, a seu ver, não foi o caso, pois a
indenização sequer está prevista em lei. A decisão
foi unânime. Com informações da assessoria de
imprensa do Tribunal Superior do Trabalho.
RR 757-69.2015.5.09.0041
Fonte: Consultor Jurídico

28/08/2020 -
Bolsonaro diz que país está se endividando com
pagamento do auxílio emergencial
O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar nesta
quinta-feira (27) que o auxílio emergencial será
prorrogado até o final do ano, mas ponderou que o
benefício promove endividamento do país e afirmou
que o valor atual, de R$ 600, deverá ser reduzido.
“Vamos prorrogar o auxílio até o final do ano. Eu
falei na semana passada: R$ 600 é muito. O pessoal
bateu em mim. É pouco para quem recebe, mas é muito
para quem paga. Esse dinheiro é endividamento. São
R$ 50 bilhões por mês”, disse ele durante live
semanal em suas redes sociais. “Não dá para manter
os R$ 600. Falaram em R$ 200, é pouco também demais.
E digo: R$ 600 é pouco para quem recebe, mas muito
para quem paga. O pessoal da maldade. Não podemos
continuar nos endividando.”
Cloroquina
Bolsonaro comentou levantamento que aponta os estados
que não pediram cloroquina ao governo federal. “São
os estados mais de esquerda, né. Os governadores
parece que alguns ficaram contra mim e resolveram
politizar a questão do vírus”, afirmou. “Quem decide
se vai ser ministrado no paciente é o médico. Ponto
final.” Ainda assim, Bolsonaro voltou a usar
exemplos pessoais e de autoridades do governo que se
trataram com o medicamento.
Estudos internacionais apontam que não há eficácia
comprovada do medicamento no combate ao vírus. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a
hidroxicloroquina de seus testes científicos contra
o novo coronavírus. O medicamento já havia sido
suspenso pela OMS devido à falta de resultados.
Na última segunda-feira (21), o Palácio do Planalto
recebeu o evento “Encontro Brasil Vencendo a
Covid-19”, no qual médicos convidados fizeram defesa
enfática do chamado tratamento precoce contra o novo
coronavírus, que consiste no uso da
hidroxicloroquina.
O presidente também rebateu críticas de que tem
provocado aglomerações em plena pandemia, quando as
medidas de distanciamento social são recomendadas
por autoridades de saúde como medida de combate à
disseminação do vírus. “Problema é meu. Gosto de
estar no meio do povo. Durante a pandemia também
estive no meio do povo também, sem problema nenhum
da minha parte. E quem decide a minha vida sou eu,
ninguém tem que dar palpite na minha vida, tá
certo?”
A transmissão foi feita ao lado da ministra da
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares
Alves, que comentou casos de pedofilia e violência
doméstica durante a pandemia. Ao comentar o caso da
menina de 10 anos estuprada pelo tio, Damares disse
que o governo vai acompanhar e dar assistência à
criança.
“O governo Bolsonaro não vai apresentar nenhuma
proposta para mudar a legislação atual de aborto.
Isso é um assunto do Congresso Nacional, o Congresso
Nacional que decida por lá”, disse a ministra.
Fonte: Congresso em Foco

28/08/2020 -
Ação pede bloqueio imediato de R$ 26 bilhões da
mineradora Vale
Pedido é por danos causados pelo rompimento de
barragens em Brumadinho
A Justiça Estadual de Minas Gerais recebeu pedido
para bloquear de imediato R$ 26,6 bilhões da
mineradora Vale pelos “danos socioeconômicos
causados no estado devido ao rompimento das
barragens da Mina Córrego do Feijão, localizada em
Brumadinho (MG)”, informou nesta quinta (27) a
Advocacia-Geral da União (AGU), autora do pedido em
conjunto com o Ministério Público e a Defensoria
Pública.
As entidades pedem ainda “o pagamento de indenização
de aproximadamente R$ 55 bilhões, sendo R$ 28
bilhões por danos morais coletivos e danos sociais,
R$ 26,6 bilhões pelos danos econômicos sofridos pelo
estado mineiro e R$ 361 mil pelos danos causados ao
sítio arqueológico Berros II”.
Pedem também “o imediato julgamento, por meio de
decisão parcial de mérito”, destacando “a
necessidade da concessão de tutela de urgência”, sob
a alegação de que os danos causados pela Vale
atingem patamar superior a 45 bilhões de reais,
“colocando em risco a efetividade da prestação
jurisdicional”, referindo-se ao desastre que causou
a morte de 270 pessoas e o desaparecimento de outras
11 pessoas, ocorrido em janeiro de 2019.
De acordo com a ação, a magnitude da tragédia é
"incontestável", tendo causado "enorme devastação
ambiental" com reflexos sobre a vida e as atividades
econômicas de milhares de indivíduos, inclusive para
o crescimento da economia de Minas Gerais, estado
com grande produção mineral.
“Faz-se necessário assegurar que tais prejuízos
sejam efetivamente reparados”, argumenta a AGU, que
nesse processo atua como amicus curiae, o que
permite a ela interlocução constante em favor da
cooperação federativa e da efetivação do princípio
da reparação integral.
Procurada, a Vale ainda não comentou as decisões.
Fonte: Agência Brasil

28/08/2020 -
Toffoli pede vista em julgamento sobre índice de
correção de dívida trabalhista
A análise de quatro ações no Supremo Tribunal
Federal sobre qual índice deve ser aplicado para a
correção de dívidas trabalhistas foi suspensa por
pedido de vista do ministro Dias Toffoli. No
julgamento desta quinta-feira (27/8), a maioria dos
ministros entendeu que o uso da Taxa Referencial
(TR) é inconstitucional. A divisão entre os
ministros se põe sobre como será a aplicação do
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
Especial (IPCA-E).
O julgamento está empatado. Três ministros
acompanharam o relator, ministro Gilmar Mendes, que
votou ontem para que o STF defina um parâmetro até
que haja solução em lei. Para ele, a correção dos
depósitos recursais e de dívida trabalhista deve ser
feita pelo IPCA-E na fase pré-judicial, assim como
ocorre nas condenações cíveis em geral. A partir da
citação, o ministro entende que deve incidir a taxa
Selic.
Votaram da mesma forma os ministros Alexandre de
Moraes, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia.
Primeiro a votar nesta quinta, Alexandre divergiu do
relator apenas quanto à modulação, já que ele
entende que os efeitos da decisão devem retroagir à
lei que estabeleceu a TR como índice de correção.
Embora a modulação tenha tomado boa parte da
discussão de hoje, os ministros concordaram em
decidir neste primeiro momento sobre a
constitucionalidade ou não do índice e depois
analisar o tema.
Para Barroso, a solução adotada pelo relator atende
às demandas por isonomia. Conforme explicou o
ministro, a decisão que já transitou em julgado ou
se consumou não deverá ser afetada, como uma forma
de uniformizar a atualização dos débitos
trabalhistas com os índices da Justiça Civil.
(Mais informações: Conjur)
Fonte: Consultor Jurídico

28/08/2020 -
Grupo vai analisar projetos para superar impacto
econômico da pandemia entre mulheres
O colegiado deverá funcionar até o fim da atual
gestão da Secretaria da Mulher ou enquanto durarem
os efeitos da pandemia
A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados criou
um grupo de trabalho para analisar projetos de leis
em tramitação na Casa que pretendem minimizar os
impactos econômicos da pandemia da Covid-19 na vida
das mulheres.
Em reunião com a ONU Mulheres, programa das Nações
Unidas para as questões femininas, no início de
agosto, deputadas e especialistas apontaram que os
problemas econômicos decorrentes da pandemia estão
atingindo mais diretamente a população feminina.
Isso porque as mulheres são maioria em um setor
fortemente afetado, o de serviços, além de
representarem 80% dos trabalhadores informais do
País.
Diagnóstico e propostas
O colegiado, que foi criado a pedido da deputada
Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), deverá
fazer um diagnóstico sobre a situação da mulher e as
conseqüências econômicas que a pandemia causou no
mercado de trabalho para as brasileiras.
O grupo também poderá sugerir projetos de lei que
apresentem soluções específicas para superar o
quadro de desigualdades no mercado de trabalho
existentes entre homens e mulheres.
O trabalho do novo grupo será coordenado pela
deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). A deputada
Tereza Nelma (PSDB-AL) será a vice-coordenadora; e a
deputada Angela Amin (PP-SC), a relatora.
Fonte: Agência Câmara

28/08/2020 -
Senado avalia afastamento obrigatório de gestantes
do trabalho durante pandemia
O Senado pode votar em breve projeto de lei que
obriga o afastamento de gestantes do trabalho
presencial durante o estado de calamidade pública,
causado pelo novo coronavírus. O PL 3.932/2020 foi
aprovado na Câmara dos Deputados na última
quarta-feira (26). De acordo com o texto, a gestante
ficará à disposição para trabalho remoto, sem
prejuízo da remuneração.
As autoras da proposta, deputada Perpétua Almeida
(PCdoB-AC) e outras 15 parlamentares, ressaltaram
que o isolamento social é a medida mais eficaz para
evitar a covid-19, sendo assim, necessário o
afastamento das gestantes, pois, segundo elas, uma
infecção pode comprometer a evolução da gestação.
As autoras citaram, na justificação do projeto, uma
publicação do International Journal of Gynecology
and Obstetrics, que reporta a ocorrência de 124
óbitos maternos causados pela covid-19 no Brasil
entre 1º de janeiro e 18 de junho de 2020.
Por conta disso, a Federação Brasileira das
Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)
informou que mortes maternas podem ter aumento de 7%
no ano de 2020. A Febrasgo afirmou ainda que esse
número no Brasil é 3,5 maior que a soma do número de
mortes maternas, por covid-19, já reportado por
outros países até o momento.
Fonte: Agência Senado

28/08/2020 -
Paim defende regulamentação da renda básica de
cidadania
Em pronunciamento nesta quinta-feira (27), o senador
Paulo Paim (PT-RS) pediu a rápida regulamentação da
renda básica de cidadania e lembrou ter apresentado
um projeto de lei neste sentido, o PL 4.194/2020. O
benefício foi instituído pela Lei 10.835, de 2004,
que teve origem em proposta do ex-senador Eduardo
Suplicy. Mas passados 16 anos, ainda não foi
regulamentado.
Paim destacou a importância da instalação, em julho,
da Frente Parlamentar em Defesa da Renda Básica de
Cidadania, que tem por objetivo trabalhar pela
implantação do benefício, que deverá ser suficiente
para atender às despesas mínimas de cada pessoa com
alimentação, educação e saúde.
— Diz a lei que ela será instituída por etapas, a
critério do Poder Executivo, começando pelos mais
necessitados. Por exemplo, o Programa Bolsa Família,
implantado em 2004 no Brasil, pode ser considerado
uma etapa em direção à renda básica de cidadania,
afirmou.
Paim também homenageou o líder da luta pelos
direitos civis nos Estados Unidos, Martin Luther
King, pela passagem dos 57 anos do seu histórico
discurso “Eu tenho um sonho”, proferido durante a
Marcha sobre Washington, em 28 de agosto de 1963. E
ressaltou que Luther King considerava a implantação
da renda básica como uma medida eficaz para a
abolição da pobreza.
Fonte: Agência Senado

28/08/2020 -
Trabalhador readaptado com sucesso não tem direito a
estabilidade por doença
O trabalhador que adquire uma doença ocupacional e é
readaptado de maneira bem-sucedida a outra função
não tem direito a estabilidade em razão da
enfermidade. Foi o que decidiu a 8ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho, negando, assim, o
pedido de reintegração de uma empregada demitida
pelo banco Itaú Unibanco S.A..
O colegiado da corte trabalhista entendeu que não
ficou caracterizada patologia que impedisse o
trabalho da bancária na sua nova função e, por isso,
ela não tinha direito à estabilidade no cargo.
Contratada inicialmente para trabalhar como caixa, a
profissional adquiriu tendinite crônica no exercício
dessa função, conforme relatou em sua reclamação
trabalhista. Por causa do problema, acabou sendo
afastada do trabalho e, ao retornar da licença, foi
readaptada para auxiliar clientes na operação de
caixas eletrônicos. Depois de sete anos nessa
função, ela foi demitida. Em seguida, entrou com a
ação pedindo reintegração, com a alegação de ter
direito à estabilidade acidentária.
O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ)
considerou procedente o pedido e determinou a
reintegração. A corte estadual entendeu que o
trabalho desempenhado pela bancária na segunda
função atuou como concausa, ou causa concorrente,
para agravar a doença adquirida na primeira.
O banco, então, apresentou recurso de revista ao
TST, que modificou a decisão de segunda instância. A
relatora do recurso, ministra Dora Maria da Costa,
observou que, de acordo com a própria decisão do
TRT, no momento da dispensa a empregada estava apta
a executar as atividades para as quais fora
readaptada, sem nenhuma limitação laboral. Desse
modo, ela concluiu que a readaptação foi eficaz.
"Com o exercício das novas funções, houve a quebra
do nexo causal, não podendo se falar em doença
ocupacional a ensejar a pretendida reintegração",
explicou a ministra. Com informações da assessoria
de imprensa do TST.
RR 1803-56.2012.5.01.0224
Fonte: Consultor Jurídico

27/08/2020 -
Em período de menor proteção social, país tem menos
trabalhadores sindicalizados
Queda se deve, principalmente, ao setor público,
mas houve redução em todas as áreas e regiões
A taxa de sindicalização no Brasil, que em meados
dos anos 2000 se aproximou de 18%, caiu para 11,2%
no ano passado, segundo o IBGE. Havia
aproximadamente 10,567 milhões de trabalhadores
filiados a alguma entidade sindical, 951 mil a menos
em relação ao ano anterior. Mais da metade (531 mil
pessoas) saiu do grupo que abrange administração
pública, defesa e seguridade social, educação, saúde
e serviços sociais.
Em 2013, último ano em que se registrou aumento,
eram 14,615 milhões. Assim, em seis anos, mesmo com
mais gente no mercado de trabalho, o país perdeu
4,048 milhões de sindicalizados. A taxa naquele ano
era de 16,1%. Desde então, só caiu.
Isso acontece em um momento de menor proteção
social, com medidas como a “reforma” trabalhista,
implementada em 2017. E outras medidas que apontam
para redução de direitos.
Perda de recursos
“As grandes centrais sindicais congregam trabalhadores
do setor público e privado, como professores e
médicos, por exemplo. Num primeiro momento, as
atividades com mais contratos celetistas tiveram
maiores quedas em 2018, porém a perda nos recursos e
capacidade de organização e mobilização das centrais
sindicais pode, também, ter afetado o setor
público”, diz a analista do IBGE Adriana Beringuy.
Outro provável fator de queda está nas
aposentadorias. “Diante da tramitação da reforma da
Previdência, em 2019, vários servidores públicos que
já reuniam alguns requisitos para aposentadoria
adiantaram seus pedidos”, observa Adriana. “No
primeiro semestre de 2019, houve mais pedidos de
aposentadoria no setor público do que em todo o ano
de 2018. Os servidores mais antigos costumam ser
associados a sindicatos, e suas aposentadorias
representaram queda na taxa de sindicalização.”
De acordo com o instituto, entre as regiões a menor
taxa foi a do Centro-Oeste (8,6%) e a maior , do
Nordeste (12,8%). Em seguida, vêm Sul (12,3%),
Sudeste (10,8%) e Norte (8,9%). Ficou em 11,4% entre
os homens e 10,9% para as mulheres, que têm taxa
maior na região Nordeste.
Setores, carteira e escolaridade
Nos setores de atividade, o grupo que inclui
agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e
aquicultura teve a maior taxa de sindicalização
(19,4%). Na indústria, por exemplo, esse percentual
era de 13,5%, caindo para 4,2% na construção e 2,8%
nos serviços domésticos. E foi de 18,4% na
administração pública – era de 22% em 2018 e de
24,8% em 2012.
Empregados com carteira assinada no setor privado e
no serviço público tinham taxas maiores, de 14,5% e
22,5%, respectivamente. Entre os sem carteira,
apenas 4,5% eram sindicalizados. Segundo a
escolaridade, a menor taxa de sindicalização era a
dos ocupados com ensino fundamental completo e médio
incompleto (7,1%), e a maior, dos ocupados com
superior completo (17,3%).
A pesquisa mostrou ainda que, no ano passado, havia
8,4 milhões de pessoas ocupadas como empregador ou
por conta própria, com CNPJ. Taxa de 29,3%, a maior
da série, iniciada em 2012. Por outro lado, só 1,5
milhão (5,2%) estavam associadas a cooperativa de
trabalho ou produção, menor índice da série.
Fonte: Rede Brasil Atual

27/08/2020 -
Maia minimiza atrito entre Bolsonaro e equipe
econômica
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
minimizou nesta tarde (26) os atritos entre Jair
Bolsonaro e a equipe do Ministério da Economia após
a suspensão do Renda Brasil. De acordo com o
deputado, da mesma forma que o anúncio do programa
"vazou", o presidente se manifestou publicamente
sobre sua suspensão.
Maia voltou a defender o teto de gastos e disse que
Bolsonaro está ciente de que a Câmara não vai votar
"nada que vá desrespeitar o teto até 1º de
fevereiro". Ainda de acordo com o deputado, o
adiamento do Renda Brasil abre espaço para PEC dos
gatilhos. "É o caminho correto", disse. "Organizar
os gatilhos para ver até onde o parlamento está
disposto e o governo encaminhar as propostas. Têm
que ser matérias apresentadas e votadas de forma
independente".
Para o presidente da Câmara nada terá solução se
"não acabar com muitos programas, desindexar
orçamento público", por exemplo. "Ter uma PEC que
trata de muitas coisas me parece que vai dar errado.
Vamos enfrentar esse debate porque teremos de
encontrar uma solução além do Bolsa Família dentro
do teto de gastos. Não dá pra criar receita sem
respeitar o teto".
O deputado comentou que na reunião que teve com
Bolsonaro foi apresentado ao presidente a
dificuldade da prorrogação do auxílio-emergencial no
valor de R$ 600. "Chegamos em um ponto que não cabe
mais à Câmara discutir valor. No momento mais
difícil da pandemia defendemos R$ 600 e a
prorrogação por dois meses. Está na hora do governo
fazer sua proposta olhando o orçamento e a dívida
pública e trabalhar para criar convergência."
Maia apontou que há caminhos para serem trilhados
pelo governo e a equipe econômica. "Quando a gente
abre o aplicativo do banco dá uma vontade enorme de
usar o limite do cheque especial. Dá uma vontade
enorme de colocar R$ 30 bilhões de investimento, de
manter os R$ 600, mas depois vem a conta com aumento
do desemprego, com aumento de juros. Estou disposto
a fazer debates. O abono faz sentido. Tem que ir
pensando em outros programas para que o teto de
gastos seja liberado. Tem alguns caminhos.
Precisamos sentar e começa pelo Senado e depois vai
para a Câmara", apontou.
Fonte: Congresso em Foco

27/08/2020 -
Emenda Constitucional que garante a permanência do
Fundeb é promulgada
Foi promulgada nesta quarta-feira (26) a Emenda
Constitucional 108, que amplia o alcance e torna
permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb). A promulgação
foi realizada em sessão solene no Plenário do
Senado, com a participação de parlamentares
pessoalmente e de forma remota, pela internet.
O Fundeb foi criado em 2007 de forma temporária e é
uma das principais fontes de financiamento da
educação no país. Sem a mudança constitucional, o
fundo expiraria em 31 de dezembro deste ano.
O texto é resultado da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC 26/2020), aprovada na Câmara em
julho. No Senado, foi aprovada na noite de
terça-feira (25) com 79 votos favoráveis e nenhum
voto contrário nos dois turnos de votação. A
relatoria ficou a cargo do senador Flávio Arns (Rede-PR).
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado

27/08/2020 -
TRF4, que condenou Lula, derruba sentença de Moro
contra tesoureiro do PT
Desembargadores absolvem Paulo Adalberto Alves
Ferreira, que havia sido condenado por Sergio Moro a
9 anos e 10 meses de reclusão. Presidente da
empreiteira Construcap também teve sentença revogada
A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4), em julgamento na tarde desta quarta-feira
(26), derrubou as sentenças do ex-juiz Sergio Moro
contra o ex-tesoureiro do PT Paulo Adalberto Alves
Ferreira e o presidente da empreiteira Construcap,
Roberto Ribeiro Capobianco. Moro havia condenado os
réus por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e
associação criminosa. absolveu.
Em decisão por unanimidade, o desembargador João
Pedro Gebran Neto, relator dos recursos apresentados
pelos advogados de defesa, além dos também
desembargadores Thompson Flores e Leandro Paulsen,
decidiram absolver ambos os réus em processos por
corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação
criminosa. Ferreira havia sido sentenciado a 9 anos
e 10 meses de reclusão em regime fechado e
Capobianco, a 12 anos de prisão.
Essa é a segunda derrota de Moro esta semana. Na
terça (25), a Segunda Turma do Supremo Tribunal
Federal (STF) anulou a sentença que condenou o
doleiro Paulo Roberto Krug por fraude no antigo
Banco do Estado do Paraná (Banestado).
O TRF4, sediado em Porto Alegre, é o mesmo que
condenou o ex-presidente Lula em segunda instância
após a decisão de Sergio Moro.
A decisão do TRF aumenta as expectativas sobre a
aguardada decisão da Segunda Turma do STF sobre a
suspeição de Sergio Moro. O colegiado vai avaliar
sua atuação como juiz dos processos no âmbito da
Lava Jato, que condenaram o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. O julgamento deve ocorrer até
o final do ano.
Em 4 de agosto, o Supremo reconheceu o direito da
defesa de Lula ter acesso às provas contidas no
sistema da Odebrecht. Se o tribunal decidir pela
suspeição do ex-juiz, a condenação do ex-presidente
pode ser anulada.
Fonte: Rede Brasil Atual

27/08/2020 -
Gilmar Mendes propõe Selic, que tem menor taxa da
história, para corrigir ação trabalhista
O ministro Gilmar Mendes quer atrelar a taxa Selic
para ajustes em ações trabalhistas. De acordo com o
ministro, seria necessário usar na Justiça do
Trabalho os mesmos índices de correção monetária
vigentes para as condenações cíveis em geral: o
IPCA-E (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo
Especial), na fase pré-judicial, e, a partir da
citação —quando o réu é autuado—, a taxa Selic.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que
“o julgamento foi iniciado no dia 12 de agosto, com
as manifestações das partes e de entidades
interessadas. A análise foi retomada nesta terça. O
julgamento será retomado nesta quinta-feira (27).”
A matéria ainda acrescenta que “entidades que
representam bancos e empresas ramos de tecnologia e
comunicação defenderam em ADCs (ações diretas de
constitucionalidade) que o STF confirme a validade
da TR na correção dos créditos trabalhistas.”
Fonte: Brasil247

27/08/2020 -
Projeto desconsidera como acidente de trabalho
aquele ocorrido no trajeto da ida e volta do serviço
O Projeto de Lei 4004/20 revoga o dispositivo da
legislação que considera como acidente de trabalho
aquele ocorrido no percurso de ida e volta da
residência para o local de serviço, qualquer que
seja o meio de locomoção.
Esse dispositivo consta hoje na lei sobre os planos
de benefício da Previdência Social (Lei 8.213/91),
alterada pela proposta em análise na Câmara dos
Deputados.
Autor do texto, o deputado Laercio Oliveira (PP-SE)
alega que, por conta da pandemia de Covid-19, “as
empresas brasileiras, que já vêm sofrendo o grande
impacto da maior crise da história, não irão
suportar o ônus dos acidentes as quais elas não têm
responsabilidades”.
Fonte: Agência Câmara

27/08/2020 -
Câmara aprova afastamento de gestantes do trabalho
presencial durante a pandemia
Proposta estabelece que a gestante ficará à
disposição para trabalho remoto
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira
(26) proposta que torna obrigatório o afastamento da
gestante do trabalho presencial durante o estado de
calamidade pública em razão da pandemia do novo
coronavírus. O texto segue para análise do Senado.
Conforme o Projeto de Lei 3932/20, da deputada
Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e outras 15
parlamentares, a gestante ficará à disposição para
trabalho remoto. O texto foi aprovado na forma do
substitutivo apresentado pela relatora, deputada
Mariana Carvalho (PSDB-RO), cuja redação esclarece
que não haverá prejuízo à remuneração da gestante.
“Além do acesso das gestantes a serviços de saúde
adequados, entendo que, com urgência, deve-se
diminuir o risco de que sejam infectadas”, disse a
relatora. “O isolamento social é a forma mais eficaz
de evitar a Covid-19, e qualquer infecção grave pode
comprometer a evolução da gestação”, afirmam as
autoras.
Fonte: Agência Câmara

26/08/2020 -
Para dirigentes, saúde e segurança no trabalho estão
em risco
Desde a reforma trabalhista de 2017, passando pelo fim
do Ministério do Trabalho e pelas mudanças das NRs,
conquistas sindicais, de melhores condições de saúde
e segurança no trabalho, estão sendo ameaçadas e até
destruídas.
É o que relatam, neste artigo, dirigentes das seis
maiores Centrais Sindicais brasileiras. O
barateamento do trabalho e a dificuldade de
fiscalização, consequências diretas da reforma,
traduzem-se em uma situação alarmante que já se
desenhava, mas que a pandemia escancarou.
Confira artigo na íntegra:
Para tratar da questão da saúde e segurança no
trabalho, enfocamos a evolução dessa matéria nos
últimos 40 anos, mais especificamente entre as
grandes conquistas de 1979 e a recente onda de
retrocessos, iniciada pela reacionária reforma
trabalhista em 2017.
A escolha do ano de 1979 está relacionada às greves
iniciadas em São Bernardo do Campo em 1978. Isso
porque uma das grandes vitórias daquele movimento
foi a conquista da negociação direta. E, através das
convenções coletivas, que abriram a possibilidade de
diálogo e negociação, os sindicatos passaram a
reivindicar, além de valorização salarial, melhoria
das condições e do ambiente de trabalho.
A questão da saúde e segurança e a organização de
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas)
cresceram muito neste contexto. Tanto que o ano de
1979 foi considerado o marco inicial da luta
contemporânea pela saúde e segurança do trabalhador.
Isso levou os sindicatos a contratarem médicos do
trabalho e técnicos de segurança para assessorar os
trabalhadores, além de preparar quadros para esta
função, fazendo com que os próprios trabalhadores
passassem a fiscalizar as condições de trabalho e as
eleições para as Cipas.
Quando os sindicatos puderam negociar essas
questões, inúmeras denúncias de problemas de saúde
nas empresas surgiram, deixando claro que os índices
de acidentes de trabalho eram alarmantes e que o
reduzido número de fiscais do Ministério do Trabalho
era preocupante.
Naquele ano de 1979, consagrando o reforço da pauta
sanitária dentro dos sindicatos, foram realizadas as
duas primeiras Semanas de Saúde do Trabalhador (Semsat).
A primeira, concebida por médicos ligados ao Partido
Comunista Brasileiro (PCB), ocorreu entre os dias 14
e 19 de maio, em São Paulo, com a participação de
1.800 trabalhadores, 49 sindicatos e seis federações
de trabalhadores e trabalhadoras. O principal tema
de discussão foi a silicose e as doenças pulmonares
causadas por poeira. Foi naquela semana que surgiu a
ideia de o movimento sindical criar um departamento
para estudar as questões relacionadas à saúde e
segurança dos trabalhadores, como um “Dieese da
Saúde”, ideia que foi concretizada em agosto de
1980, com a fundação do Departamento Intersindical
de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de
Trabalho (Diesat).
Esse processo, desde as greves de 1978, a assinatura
de convenções coletivas, as Cipas representadas
pelos sindicatos e todo o movimento em torno da
saúde e segurança no trabalho, começou a melhorar o
ambiente de trabalho.
A Constituição de 1988 equiparou os trabalhadores
rurais aos trabalhadores urbanos, criou o seguro
desemprego, reduziu a jornada de trabalho de 48 para
44 horas semanais, ampliou a licença maternidade e a
licença paternidade, instituiu o abono de férias e
direitos trabalhistas a empregados domésticos, entre
outras coisas.
No que tange à matéria aqui tratada, a Constituição,
além de declarar que a saúde é direito de todos,
dispõe sobre a saúde de segurança no Trabalho no
art. 7º, inciso 22, que estabelece como direito
essencial a redução dos riscos inerentes ao
trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança e o inciso 28, do mesmo artigo, que prevê
seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
empregador, sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
Desde meados da segunda década do século 21,
entretanto, os avanços civilizatórios conquistados
pelos brasileiros sofrem graves ameaças. Vivemos uma
fase de flagrantes retrocessos, inaugurada com a
reforma trabalhista de 2017, no governo de Michel
Temer.
Essa reforma reacionária propôs a extinção de
direitos fundamentais, como a proteção às mulheres
grávidas ou lactantes em ambientes insalubres, uma
aberração que, felizmente, não se consolidou, pois
foi derrubada por uma ação direta de
inconstitucionalidade da Confederação Nacional dos
Trabalhadores Metalúrgicos, em maio de 2019.
A flexibilização da jornada de 8 horas diárias, com
a possibilidade do cumprimento de 12 horas de
trabalho seguidas, mesmo em ambientes insalubres, e
a redução do intervalo mínimo de descanso para 30
minutos são outras grandes perdas contempladas
naquele atentado aos direitos dos trabalhadores.
Submetidos a uma grande pressão e sobrecarga em suas
funções, os trabalhadores e as trabalhadoras estão
mais suscetíveis a processos de adoecimentos,
acidentes, afastamentos, e mortes relacionadas ao
trabalho.
Além dessas questões específicas que atingem os
trabalhadores e as trabalhadoras no seu dia a dia, a
reforma impôs um prejuízo generalizado, não apenas
relacionado à saúde e integridade física e mental,
mas também na questão econômica e na garantia do
cumprimento de todos os direitos previstos pela CLT
(Consolidação das Leis Trabalhistas) e recomendados
pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Trata-se do ataque deliberado aos sindicatos por
meio daquilo que na prática constituiu a suspensão
do financiamento sindical. Com isso, várias
atividades sindicais foram diminuídas drasticamente
ou até encerradas pelas entidades, como a
fiscalização, os espaços de orientação e formação
dos trabalhadores e os ambulatórios médicos e de
assistência à saúde.
No governo Bolsonaro, a partir de 2019, a classe
trabalhadora continuou sendo atacada e tendo seus
direitos sabotados. A saúde e segurança do
trabalhador foi prejudicada logo nos primeiros dias
do governo com a extinção do Ministério do Trabalho
e Emprego que era responsável pela fiscalização do
cumprimento dos direitos trabalhistas. Esse
Ministério foi incorporado ao Ministério da
Economia, simbolizando que o trabalho agora estaria
subordinado ao comando da economia.
E não parou aí. Em meados de 2019 o governo iniciou
uma ação no sentido de revisar todas as Normas
Regulamentadoras (NRs), que orientam os
procedimentos de segurança e saúde obrigatórios a
serem implementados pela empresa nos locais de
trabalho.
A representação dos trabalhadores na Comissão
Tripartite Paritária Permanente (CTPP) tem buscado
resistir às propostas de flexibilização das normas
de segurança e proteção ao trabalho construídas ao
longo de décadas.
Essas normas remontam, novamente, ao ano de 1978,
quando foram aprovadas pela Portaria N.°3.214, em 8
de junho. São elaboradas e revisadas em grupos
temáticos e depois nas comissões temáticas
tripartites e têm como 1 dos principais objetivos, a
padronização dos procedimentos de segurança e saúde
do trabalho.
Originalmente eram 36 NRs. Já foram revisadas, por
exemplo, as normas NR1, que fala sobre saúde e
segurança, NR 2, que regulamentava a fiscalização
dos estabelecimentos por um fiscal do trabalho antes
de sua abertura para funcionamento (que foi
revogada), e NR12, que trata da segurança no
trabalho com máquinas e equipamentos.
A alegação apresentada para tais alterações é o
estímulo à economia. Os argumentos escondem,
todavia, que todo o peso da produção de valor recai
nos ombros do trabalhador que, por sua vez, como a
realidade brasileira deixa claro, não compartilha
dos ganhos que permeiam esse processo.
Por fim, neste inusitado contexto de pandemia da
covid-19, escancarou-se a importância do Estado, e
não do mercado, como regulador da sociedade,
contradizendo o discurso liberal que baseou as
políticas reducionistas dos últimos anos. O cenário
da reforma trabalhista não poderia ser pior para o
trabalhador durante a pandemia. Não poderia ser pior
porque enfraqueceu (e praticamente proibiu) a ação
dos sindicatos quando os trabalhadores mais precisam
dele.
Mas, mesmo com todas as dificuldades que
enfrentamos, nós dos sindicatos desempenhamos um
grande papel durante a chamada “coronacrise”,
fortalecendo a relação entre as entidades sindicais
e as suas bases. A presença sindical é
constantemente acionada pelos trabalhadores para
negociar acordos de redução de jornada e salário,
além de protocolos para evitar os malefícios da
pandemia. Isso mostra como os sindicatos são
fundamentais em uma sociedade movida pelo trabalho.
Essa história da luta pela saúde e segurança do
trabalhador, desde 1979 até a atual situação de
retrocessos e retirada de direitos, nos deixa um
alerta. Um alerta que foi muito bem descrito pelo o
ex-senador italiano e jornalista José Luiz Del Roio
para a revista do Centro de Memória Sindical sobre
os 100 anos da greve de 1917. Diz ele: “o que os
trabalhadores conquistaram, eles nunca podem
considerar conquistas definitivas. E se o Estado for
oligárquico, escravocrata, eles estarão sempre
disponíveis a fazer voltar para trás as conquistas
operárias. Sempre! A história está marcada por isso,
sobretudo num país como o Brasil, com uma elite
escravocrata de origem e de mentalidade”.
Álvaro Egea, secretário-geral da Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB)
Canindé Pegado, secretário geral da União
Geral dos Trabalhadores (UGT)
Carmen Foro, secretária-geral da Central
Única dos Trabalhadores (CUT)
João Carlos Gonçalves, Juruna,
secretário-geral da Força Sindical
José Reginaldo Inácio, vice-presidente da
Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
Wagner Gomes, secretário-geral da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Fonte: Agência Sindical

26/08/2020 -
Congresso promulga nesta quarta a Emenda
Constitucional 108, que torna o Fundeb permanente
O Congresso Nacional promulga nesta quarta-feira
(26), às 11h, no Plenário do Senado, a Emenda
Constitucional 108, decorrente da PEC 26/2020, que
determina a instituição em caráter permanente do
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb).
A proposta também aumenta a complementação de
recursos pela União, distribui percentual do Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
aos municípios com melhoria na aprendizagem, e
assegura a participação da sociedade no planejamento
das políticas sociais.
Iniciada na Câmara, a matéria passou pela votação
dos deputados em julho, e foi aprovada pelo Senado
por unanimidade, com 79 votos a zero, em dois turnos
na tarde desta terça-feira (25) com relatório do
senador Flávio Arns (Rede-PR).
— Vamos cuidar de nossas crianças e de nossos
adolescentes, e estaremos cuidando de nosso futuro,
instituindo um Fundeb permanente, financeiramente
robusto e com critérios de distribuição justos,
adequados, melhorados, um compromisso solidário dos
três níveis federativos, no sentido de garantir
educação de qualidade para todos — afirmou o senador
Flávio Arns.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacou o
papel do Parlamento brasileiro, que fez uma
conciliação entre as propostas que tramitavam nas
duas Casas legislativas para a criação do novo
Fundeb.
— E da possibilidade de nós, de fato, em definitivo,
colocarmos na Carta Constitucional e assegurarmos
perenidade a essa proposta que prestigia e valoriza
o ensino educacional no Brasil — completou Davi
Alcolumbre.
Fonte: Agência Senado

26/08/2020 -
Bolsonaro deixará 20 milhões desassistidos com fim
do Farmácia Popular
Orçamento do programa deve ser revertido ao Renda
Brasil, que substituirá o Bolsa Família. Vice-líder
da Minoria critica proposta do governo Bolsonaro
Para criar o programa Renda Brasil, o ministro da
Economia, Paulo Guedes, avalia acabar com o Farmácia
Popular, programa criado em 2004, no governo Lula, e
que oferece medicamentos gratuitos ou com descontos
de até 90% em farmácias credenciadas pelo país. Em
2019, o programa atendeu 21,3 milhões de pacientes,
mas é considerado ineficiente pelo governo.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, a extinção do
programa Farmácia Popular é uma de várias medidas de
austeridade cogitadas por Paulo Guedes para
sustentar a criação do programa Renda Brasil, que
pretende substituir o Bolsa Família. Pelos planos do
governo, o Renda Brasil prevê a concessão de um
benefício médio de R$ 247.
Para a vice-líder da Minoria, deputada Jandira
Feghali (PCdoB-RJ), Bolsonaro “quer tirar dos pobres
para dar menos ainda aos pobres”, visto que o
“aumento” no novo programa do governo é inferior ao
valor de um botijão de gás.
“Governo Bolsonaro planeja acabar com o programa
Farmácia Popular e o abono salarial. E tudo isso
para mudar de nome o Bolsa Família e mendingar um
aumento de R$ 57! Valor menor que o de um botijão de
gás ou de um antibiótico. Imagine a desassitência. O
Farmácia Popupar garante uma rede gigantesca, bem
implementada, com medicamentos gratuitos e mais
baratos. O acesso vai de medicamentos para
hipertensão, diabetes, asma, a doença de Parkinson e
glaucoma. Os descontos também se aplicam a
contraceptivos e fraldas geriátricas. Sem falar do
direito ao abono, que reforça a renda de milhares de
brasileiros e brasileiras. Muitos deles, inclusive,
com renda familiar protegida pelo Bolsa Família”,
destacou a parlamentar.
Criado em 2004, durante o primeiro mandato do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Farmácia
Popular tem orçamento de R$ 2,5 bilhões para 2020,
sendo que R$ 1,5 bilhão já foi pago. As farmácias
credenciadas oferecem 35 medicamentos, sendo 20
gratuitos.
Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara com agências

26/08/2020 -
Guedes planeja acabar com deduções de despesas
médicas e de educação do Imposto de Renda da pessoa
física
O ministro da Economia, Paulo Guedes, é contra a
prorrogação do auxílio emergencial e o programa
Renda Brasil de 300 reais e exigiu de Bolsonaro,
para apoiar os projetos, o fim das deduções de
despesas médicas e de educação do Imposto de Renda
da pessoa física
Em mais uma reunião em que Paulo Guedes e Jair
Bolsonaro não se entenderam sobre o novo pacote de
medidas econômicas, o ministro da Economia se opôs
ao benefício de 300 reais e disse que o novo
programa social do governo só será possível se as
deduções do Imposto de Renda da pessoa física forem
extintas.
Guedes apresentou propostas de parcelas entre R$ 240
e R$ 270 para o programa Renda Brasil, sempre
condicionando à extinção de outros programas.
Bolsonaro propõe 300 reais, que mesmo sendo um valor
muito aquém dos atuais 600 reais pagos como auxílio
emergencial, ele acredita que pode influir no
aumento de popularidade e abrir caminho a sua
reeleição em 2022, informam os jornalistas Bernardo
Caram e Gustavo Uribe na Folha de S.Paulo.
O governo não tem margem fiscal para financiar o
Renda Brasil, o que explica a tentativa de remanejar
recursos de outros programas.
Os ministérios da Economia e da Cidadania preveem a
reformulação ou extinção de até 27 programas e
benefícios da área social para criar o Renda Brasil.
Mesmo no cenário mais amplo, o novo benefício não
chegaria a R$ 300, aponta a
reportagem.
Para o ministro Paulo Guedes, o programa Renda
Brasil só será possível extinguindo as deduções
médicas e de educação do Imposto de Renda da pessoa
física.
Fonte: Brasil247

26/08/2020 -
STF considera Moro parcial e anula condenação de
doleiro no caso Banestado
Com votos de Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski,
a corte avaliou que Sergio Moro foi parcial ao
condenar doleiro.
Decisão abre caminho para suspeição no caso do
ex-presidente Lula
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal anulou
nesta terça-feira (25) uma sentença que havia sido
proferida pelo então juiz Sergio Moro no caso
Banestado. A decisão abre caminho para suspeição do
ex-juiz no caso do ex-presidente Lula, cuja defesa
também aponta sua suspeição junto ao STF.
A sentença anulada hoje é a condenação do doleiro
Paulo Roberto Krug por suposto esquema de fraude no
antigo Banco do Estado do Paraná (Banestado),
atendendo a um pedido da defesa do doleiro.
Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski
votaram pela anulação da sentença, enquanto os
ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram
contra. O placar terminou em empate com a licença
médica de Celso de Mello. Com isso, os ministros
aplicaram o entendimento no direito penal de que o
empate favorece o réu.
Para a defesa do doleiro, Moro agiu de forma
irregular ao colher depoimentos durante a
verificação da delação premiada de Alberto Youssef,
e ao juntar documentos aos autos depois das
alegações finais da defesa – a última etapa de
manifestação das partes no processo antes da
sentença.
Fonte: Brasil247

26/08/2020 -
Correios entram com dissídio coletivo no TST
Os Correios anunciaram nesta terça-feira (25) que
entraram com dissídio coletivo de greve no Tribunal
Superior do Trabalho (TST) por não ter havido acordo
com as entidades que representam os funcionários
parados desde a segunda-feira passada (17). A partir
de agora, o tribunal vai mediar a negociação por
reajuste de salário dos empregados.
De acordo com os Correios, desde julho são
realizadas tentativas de negociação do Acordo
Coletivo de Trabalho (ACT) com as entidades que
representam os empregados. A estatal informou que os
salários dos empregados seguem resguardados e os
trabalhadores continuam tendo acesso, por exemplo,
ao benefício auxílio-creche e ao tíquete refeição e
alimentação, em quantidades adequadas aos dias úteis
no mês, de acordo com a jornada de cada trabalhador.
Mesmo com a greve, os Correios afirmam que mantêm a
rede de atendimento aberta em todo o país e os
serviços, inclusive o Sedex e o PAC, continuam
ativos. Mas as postagens com hora marcada, suspensas
desde o início da pandemia, ainda estão
indisponíveis.
“A Coleta Programada não sofreu alteração, assim
como a Logística Reversa, que permanece operando
normalmente em nossas agências, bem como o serviço
de telegrama, que continua sendo prestado com um
acréscimo de um dia ao prazo previsto de entrega”,
afirmou a empresa.
Greve
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em
Empresas dos Correios e Similares (Fentect), parte
dos trabalhadores decidiu cruzar os braços em
protesto contra a proposta de privatização da
estatal e pela manutenção de benefícios
trabalhistas.
A categoria também reivindica mais atenção, por
parte da empresa, quanto aos riscos que o novo
coronavírus representa para os empregados.
Fonte: Agência Brasil

25/08/2020 -
Governo adia pacotão econômico por divergências
internas
O ministro Paulo Guedes pretende acabar com dois
benefícios e com o Farmácia Popular para transformar
o Bolsa Família em Renda Brasil - com uma diferença
de R$ 50
O presidente Jair Bolsonaro pretendia entregar na
terça-feira (25) as aguardadas propostas relativas
ao pacote social e econômico prometido pelo
ex-capitão e pelo ministro Paulo Guedes, da
Economia.
Segundo informações de Gustavo Uribe, Bernardo Caram
e Fábio Pupo, da Folha de S. Paulo, a equipe
econômica do governo não conseguiu fechar todo
pacotão a tempo, apesar de Guedes ter garantido a
realização do evento na última sexta-feira.
A pasta tem sofrido pressões de todos os lados nas
últimas semanas em razão da manutenção ou não do
teto de gastos e da debandada de assessores de
Guedes. Setores do próprio governo divergem sobre a
condução econômica.
No pacote estaria o Renda Brasil, programa que
pretende substituir o Bolsa Família, a expansão do
auxílio emergencial, obras de infraestrutura, planos
para atrais capital privado e a nova Carteira Verde
e Amarela.
Segundo a Folha, o Renda Brasil seria o principal
ponto do impasse.
Informações de Geralda Doca e Marcello Corrêa, do O
Globo, apontam que Guedes pretende passar o Bolsa
Família de R$ 191 para R$ 247. Para isso, o ministro
estuda acabar com o abono salarial, com o programa
Farmácia Popular e com benefícios dados a
pescadores.
Para o ministro, esses programas não atendem a
população mais pobre e, por isso, devem acabar.
Fonte: RevistaForum

25/08/2020 -
Em evento sobre a Covid-19, Bolsonaro ignora os mais
de 114 mil mortos e chama jornalistas de "bundões"
Ao participar do evento intitulado "Vencendo a
Covid-19", Jair Bolsonaro não fez qualquer menção
aos quase 115 mil mortos pela doença no país e
voltou a atacar os jornalistas. “Quando pega num
bundão de vocês a chance de sobreviver é bem menor",
disse
Com o Brasil registrando mais de 114 mil mortes em
função da pandemia do novo coronavírus, Jair
Bolsonaro participou de um evento, intitulado
"Vencendo a Covid-19", nesta segunda-feira (24), no
Palácio do Planalto. Durante sua participação,
Bolsonaro não fez qualquer menção às vítimas da
Covid-19 e voltou a atacar os jornalistas. “Quando
pega num bundão de vocês a chance de sobreviver é
bem menor", disse. Neste domingo ele disse ter
vontade de “encher de porrada” a boca de um
jornalista.
Nesta segunda, Bolsonaro - que já foi contaminado
pela Covid-19 - relembrou que foi criticado ao dizer
que seu “histórico de atleta” ajudava a impedir
complicações de saúde derivadas do novo coronavírus
e que virou alvo do “deboche da mídia” ao mencionar
o fato. "Aquela história de atleta né, que o pessoal
da imprensa vai para o deboche, mas quando pega num
bundão de vocês a chance de sobreviver é bem menor",
disparou.
Ainda segundo ele, os jornalistas sabem "fazer
maldade" e "usar a caneta com maldade em grande
parte". Apesar disso, ele citou o jornalista
Alexandre Garcia – que vem atuando como uma espécie
de porta-voz informal do governo – como uma
“exceção”. "Tem exceções como aqui o Alexandre
Garcia. A chance de [um jornalista] sobreviver é bem
menor do que a minha. E quem falou 'gripezinha' foi
o Dráuzio Varella, deixar bem claro. E depois eu fui
atrás", disse.
No evento, organizado pelo assessor da Casa Civil
Arthur Weintraub para promover o uso da
hidroxicloroquina e da cloroquina no combate à
Covid-19, apesar do uso destes medicamentos não
serem indicados por órgãos como a Organização
Mundial de Saúde (OM), Bolsonaro afirmou que “se a
hidroxicloroquina não tivesse sido politizada, muito
mais vidas poderiam ter sido salvas dessas 115 mil
perdidas”.
Fonte: Brasil247

25/08/2020 -
Bolsonaro prorroga novamente programa de redução de
salários e jornada
Com medida, Benefício Emergencial será pago por
até seis meses
O presidente Jair Bolsonaro editou um novo decreto
nesta segunda-feira (24) à tarde para prorrogar mais
uma vez os prazos da redução de jornada e de salário
e da suspensão do contrato de trabalho para os
trabalhadores afetados pela pandemia de covid-19. A
medida será publicada em edição extra do Diário
Oficial da União (DOU), segundo informou a
Secretaria-Geral da Presidência da República. Em
julho, um decreto anterior estendia o programa de 90
para 120 dias, agora esse prazo será de 180 dias.
“Acabei de assinar um decreto prorrogando por dois
meses um grande acordo, onde o governo entra com
parte do recurso, de modo que nós venhamos a
preservar 10 milhões de empregos no Brasil”, afirmou
Bolsonaro em vídeo publicado nas redes sociais. Na
gravação, ele aparece ao lado do ministro Paulo
Guedes e do secretário especial de Previdência e
Trabalho, Bruno Bianco.
A proposta altera os períodos máximos de realização
dos acordos para redução proporcional de jornada e
de salário, suspensão temporária de contrato de
trabalho e pagamento do benefício emergencial em
razão da realização desses acordos.
Fonte: Agência Brasil

25/08/2020 -
Mesmo com lucro, ECT corta direitos e não paga PLR
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
registrou lucro de R$ 460 milhões no primeiro
semestre de 2020 – semestre contaminado pela
pandemia do novo coronavírus. Segundo a direção da
Federação Interestadual dos Trabalhadores em
Correios e Telégrafos (Findect), o faturamento da
estatal cresceu 20%.
Ainda que lucre, a empresa não paga a PLR –
Participação nos Lucros e/ou Resultados. O último
pagamento ocorreu em 2016. Ela também joga pesado
pra rebaixar os custos trabalhistas. Por isso, foi
ao Supremo Tribunal Federal, onde, sexta, dia 21,
conseguiu renovar a Convenção na qual havia feito
cortes em 70 itens.
Os cortes atingem desde o vale-alimentação até a
licença-maternidade, que cai de 180 dias para quatro
meses. Em greve, a categoria reage. Um dos itens que
mais pesam junto aos trabalhadores é o
compartilhamento nas despesas do Plano de Saúde.
Pela decisão do STF, o trabalhador passa a pagar 50%
do valor do plano e não mais 30%.
Banco – Há graves problemas no Fundo de
Pensão, inclusive por meio de banco norte-americano
(que tem representação no Rio de Janeiro). Tal fato,
segundo a Federação (Findect), gerou abertura de
processo nos Estados Unidos.
Fonte: Agência Sindical

25/08/2020 -
Maia defende liberdade de expressão e o direito de
jornalistas perguntarem
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou
como “ruim” e “desproporcional” a ameaça de agressão
física feita pelo presidente Jair Bolsonaro a um
repórter do jornal O Globo. Ele acrescentou que o
episódio, relacionado a depósitos feitos pelo
ex-assessor Fabrício Queiroz nas contas da
primeira-dama, Michelle Bolsonaro, não tem relação
com processo de impeachment.
“Este caso de ontem, apesar da perplexidade que
causou, não tem nenhuma relação com processo de
impeachment. Processo de impeachment tem que ser
crime de responsabilidade ocorrido durante o
mandato”, disse.
No domingo, ao ser questionado por um jornalista de
O Globo a respeito dos motivos dos depósitos de R$
89 mil feitos por Queiroz, entre 2011 e 2016, nas
contas da primeira-dama, Bolsonaro respondeu: “Minha
vontade é encher tua boca de porrada”.
Maia defendeu a liberdade de expressão e o direito
de o jornalista fazer a pergunta. “Muitas vezes, as
perguntas que vocês fazem nos desagradam. Mas não
cabe uma reação desproporcional como esta. Uma frase
como esta, vinda do político mais importante do
País, gera impacto negativo interna e externamente”,
disse.
Mais uma vez, o presidente da Câmara disse que não é
o momento de tratar de pedidos de abertura de
processo de impeachment protocolados na Câmara. Para
Rodrigo Maia, a análise destes pedidos podem agravar
a análise das reformas e medidas econômicas
destinadas a combater os efeitos da pandemia.
“Não é o momento de avaliar processo de impeachment.
Estamos em uma pandemia, com milhões de contaminados
e grande impacto econômico. Neste momento, não
podemos ampliar a crise”, disse.
Fonte: Agência Câmara

25/08/2020 -
Corte no mercado formal atingiu vendedores,
mulheres, ensino médio e faixa etária mais alta
De quase 1,1 milhão de empregos eliminados de
janeiro a julho, mais da metade são de mulheres e
trabalhadores com ensino médio completo. Só houve
crescimento entre os jovens
O fechamento de quase 1,1 milhão de postos de
trabalho formais neste ano, conforme divulgado na
última sexta-feira (21), em que pese o resultado
positivo de julho, atingiu alguns segmentos com mais
intensidade. De acordo com os dados do “novo”
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), do Ministério da Economia, o corte foi mais
profundo, em números absolutos, entre mulheres.
trabalhadores com ensino médio, de faixas etárias
mais elevadas e no setor de serviços.
No recorte por idade, por sinal, os jovens foram os
únicos que tiveram crescimento de janeiro a julho. O
que pode indicar, também, abertura de vagas menos
qualificadas. O saldo é de 90.921 para a faixa até
17 anos e de 21.082 empregos com carteira de 18 a 24
anos. No intervalo de 30 a 39, foram fechados
366.425 postos de trabalho. De 40 a 49, menos
264.265. E de 50 a 64 anos, perda de 328.988.
Das vagas eliminadas neste ano, mais da metade
(594.617) é de trabalhadores com ensino médio
completo, segundo o Caged. Houve redução em todas os
níveis de escolaridade. Do total de empregos
perdidos, 53,5% (584.868) são mulheres.
Comércio demite vendedores
Entre os setores, o grupo de serviços que inclui
vendedores em lojas e mercados cortou 633.221 vagas,
com 2,074 milhões de contratações e 2,707 milhões de
demissões. Em seguida, a área de serviços
administrativos fechou 265.183.
No total de 2020, o país registra 7.821.801
admissões e 8.914.379 desligamentos, resultando em
menos 1.092.578 empregos com carteira. Nos últimos
meses, chamou a atenção a queda no ritmo de
demissões. Em entrevista ao jornal Valor Econômico,
analistas citaram algumas hipóteses: efeito de
medidas emergenciais, demora na coleta de
informações e mesmo subnotificação.
Fonte: Rede Brasil Atual

25/08/2020 -
Servidores reagem à manutenção do veto que congela
salários
A Câmara dos Deputados manteve quinta (20) o veto do
presidente Jair Bolsonaro, que impede, até 31 de
dezembro de 2021, aumentos salariais e a progressão
funcional para categorias de funcionários públicos
que atuam na linha de frente no combate ao
coronavírus.
O congelamento de salários e benefícios vale para
servidores de estados e municípios. Foram 316 votos
a favor da manutenção do veto e 165 contra. A
decisão reverteu a votação no Senado, que no dia
anterior tinha derrubado o arrocho salarial destes
segmentos do setor público.
O veto consta em projeto que prevê ajuda financeira
de R$ 60 bilhões a estados e municípios, como forma
de recompor a perda de arrecadação devido à pandemia
do novo coronavírus.
Ao sancionar o texto, Bolsonaro vetou trecho que
permitia aumentos de remuneração a algumas
categorias, como saúde e segurança. Sendo assim,
salários ficam congelados até 2021.
A suspensão de reajustes do funcionalismo foi
exigida pelo governo em troca do socorro financeiro
aos entes federados em razão da pandemia do novo
coronavírus.
Sindicalismo – Entidades sindicais
representantes dos Servidores repudiam a decisão.
Antonio Carlos Fernandes Lima Junior, presidente da
Conacate (Confederação Nacional das Carreiras e
Atividades Típicas de Estado), afirma: “Com a
medida, o governo engessa a ação de governadores e
prefeitos e, mais uma vez, os Servidores que estão
na linha de frente no combate a pandemia são
prejudicados”.
Mobilização – Dia 3 de setembro, entidades
promovem a jornada em defesa dos serviços e dos
servidores públicos. Segundo Sérgio Ronaldo da
Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef),
o objetivo é alertar a população para a relevância
do setor e seus trabalhadores.
“Com o argumento de uma suposta economia do Estado
em tempos de pandemia, o governo quer encerrar
serviços públicos para dar espaço para a iniciativa
privada”, diz o sindicalista. Ele completa: “É um
ataque inconstitucional, mas que atropelará a
população se ela não se mobilizar para proteger o
que é seu por direito”.
Fonte: Agência Sindical

25/08/2020 -
TRT-12 confirma veto a reintegração de trabalhadores
demitidos
O colegiado do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª
Região confirmou nesta segunda-feira (24/8) liminar
que suspendeu a reintegração de 182 trabalhadores
demitidos das empresas do Grupo Haco, em razão de
dificuldades financeiras derivadas do avanço da
Covid-19.
O processo teve origem em uma ação civil pública
ajuizada na 1ª Vara do Trabalho de Blumenau, feita
pelo Ministério Público do Trabalho, que pediu a
reintegração dos trabalhadores demitidos. A juíza
deferiu o pedido do MPT sob a alegação de anuência e
negociação com o sindicato.
A empresa impetrou mandado de segurança e obteve
liminar monocrática, afastando a decisão de
antecipação de tutela.
O MPT entrou com agravo interno, que acabou
indeferido na decisão colegiada. Segundo o advogado
Gustavo Villar Guimarães, que representou a Haco na
sustentação oral, o debate foi bastante rico. "O
voto da relatora, desembargadora Lígia Maria
Teixeira, fez uma defesa muito importante da
legislação em vigor que é o artigo 477-A da CLT, que
apesar de ser alvo de uma Adin no Supremo, segue em
vigor", explica. O voto da relatora prevaleceu pelo
placar de 7 a 1.
O artigo 477-A da CLT determina que dispensas
imotivadas individuais se equiparam para todos os
fins, não havendo necessidade de autorização prévia
de entidade sindical ou de celebração de convenção
coletiva.
"Esse precedente é importante na pandemia. Temos
empresas lutando para fechar contas no final do mês
e honrar a folha de pagamento. Fazendo redução de
jornada, férias coletivas, banco de horas e nem isso
tem sido suficiente para algumas empresas. Esse tipo
de caso deve se repetir no futuro próximo. Nesse
sentido esse julgamento é muito importante", resume.
0000247-25.2020.5.12.0000
Fonte: Consultor Jurídico

24/08/2020 -
Brasil registra 3,6 milhões de casos de covid-19 e
114,7 mil mortes
Número de recuperados já soma mais de 2,7 milhões
O Ministério da Saúde informou neste domingo (23)
que o Brasil está com um total de 3.605.783 casos
confirmados de covid-19 desde o início da pandemia.
Entre sábado e domingo, foram notificadas pelas
secretarias de saúde dos estados e municípios mais
23.421 pessoas diagnosticadas com o novo
coronavírus. O número total de óbitos pela doença é
de 114.744, sendo que 494 foram registrados nas
últimas 24 horas.
As estatísticas são menores aos domingos e
segundas-feiras em razão da dificuldade de registro
dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de
semana. Já às terças-feiras há tendência de números
maiores em função do acúmulo de registros que são
enviados ao sistema do Ministério da Saúde.
A atualização do Ministério da Saúde registrou ainda
752.004 pessoas em acompanhamento e outras 2.739.035
que já se recuperaram da doença.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de
casos) ficou em 3,2%. A mortalidade (quantidade de
óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 54,6. A
incidência dos casos de covid-19 por 100 mil
habitantes é de 1715,8.
Fonte: Agência Brasil

24/08/2020 -
Bolsonaro ameaça repórter da Globo: “Vontade de
encher de porrada”
Presidente ainda chamou jornalista de “seu
safado”
O presidente Jair Bolsonaro ameaçou diretamente um
repórter do jornal O Globo que lhe perguntou sobre
os depósitos em cheque feitos pelo ex-assessor
Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle
Bolsonaro. “A vontade que eu tenho é de encher sua
boca de porrada. Seu safado!”, afirmou Bolsonaro,
neste domingo (23), quando visitava a Catedral de
Brasília.
De 2011 e 2018, Queiroz depositou R$ 72 mil na conta
bancária de Michelle, num total de 21 cheques. Já
Márcia Aguiar, esposa de Queiroz e ex-funcionária
fantasma da Assembleia Legislativa do Rio, depositou
R$ 17 mil para a primeira-dama. Queiroz e Márcia
foram contratados no gabinete do então deputado
estadual Flávio Bolsonaro, filho do presidente e
hoje senador.
O jornal O Globo repudiou “a agressão do presidente”
e afirmou que seu repórter “apenas exercia sua
função, de forma totalmente profissional”. Segundo o
diário da família Marinho, “tal intimidação mostra
que Jair Bolsonaro desconsidera o dever de qualquer
servidor público, não importa o cargo, de prestar
contas à população”.
Em nota, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), por
meio de seu presidente, Felipe Santa Cruz, criticou
a volta do perfil autoritário” de Bolsonaro, “que
tanta apreensão causa nos democratas”. Para o
senador Humberto Costa (PT-PE), a ameaça ao
jornalista “mostra o desespero do presidente. Até
hoje, ele não deu qualquer explicação sobre o
assunto. Por quê? Cadê a resposta, falastrão?”.
Fonte: Portal Vermelho

24/08/2020 -
Mercado fecha 1 milhão de vagas no ano, e acordos
emergenciais alcançam 16 milhões
Apenas em julho, país criou 131 mil empregos com
carteira
Com redução do ritmo de demissões, o mercado formal
de trabalho teve saldo de 131.010 vagas com carteira
em julho, segundo o “novo” Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged). Mas no ano, até
agora, foram eliminados quase 1,1 milhão de postos
de trabalho (exatos 1.092.578, queda de 2,8%). O
estoque de empregos formais é de 37,7 milhões.
O Ministério da Economia informou ainda que, no
intervalo entre abril e julho, foram fechados 16,3
milhões de acordos de suspensão do contrato de
trabalho ou de redução de salário e jornada. Foram
modalidades criadas durante a pandemia.
Desses 16,3 milhões, 44% (7,2 milhões) foram de
suspensão do contrato. Mais de 3,5 milhões reduziram
o salário em 70% e quase 3 milhões, em 50%. Outros
2,3 milhões, em 25%. Os acordos preveem
complementação de renda com recursos públicos.
Setores
A maior parte dos acordos foi firmada no setor de
serviços (7,7 milhões). Depois vêm comércio (4,1
milhões), indústria (3,5 milhões) e construção (360
mil), entre outros.
Ainda de acordo com o Caged, os serviços fecharam
536.492 vagas no ano (-2,9%) e o comércio, 453.405
(-4,9%). A indústria eliminou 197.543 (-2,6%).
Aumentaram o nível de emprego a agricultura (86.217,
5,8%) e a administração pública (62.832, 1,3%).
Fonte: Rede Brasil Atual

24/08/2020 -
Manutenção de empregos é discutida em 3,6 mil
negociações coletivas
Levantamento divulgado sexta-feira (22), em São
Paulo, pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe), mostra que até as primeiras
semanas de agosto foram realizadas em todo o país
3,6 mil negociações coletivas para manutenção de
empregos.
Segundo a pesquisa, 27,6% das negociações coletivas
ocorridas de janeiro a julho deste ano foram para
manutenção de empregos, em um total de 3,5 mil
termos entre trabalhadores e empresas. Em relação
aos acordos coletivos e convenções assinadas em
julho, 34,5% foram para evitar demissões. Foram
analisadas 12,7 mil negociações efetivadas até
julho.
Antes de março, houve apenas 38 negociações entre
trabalhadores e empregadores visando manter postos
de trabalho. Em março, o número subiu para 362 e, em
abril, chegou a 1.840.
Redução de salário
Levando em consideração as negociações feitas também
no mês de agosto, com um total de 3.604 acordos e
convenções coletivas para manutenção de empregos,
69,8% envolveram redução dos salários, a partir de
uma medida provisória editada pelo governo federal.
A legislação permite cortes temporários de 25%, 50%
e 70% nas remunerações, com redução das jornadas de
trabalho. Em pouco mais da metade das negociações
(50,9%), a redução dos salários chegou ao máximo
permitido (70%).
Nas negociações em que não houve diminuição de
salário, o reajuste médio obtido pelas categorias
ficou em 2,9%.
Fonte: Agência Brasil

24/08/2020 -
Flávio Bolsonaro pagou mais de R$ 440 mil em
vale-alimentação para Queiroz e familiares
Há meses em que o benefício do ex-assessor chegou
a R$2.740,50, valor que se somava à remuneração
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) pagou
ao menos R$ 442,8 mil em auxílio-alimentação ao
ex-assessor Fabrício Queiroz e familiares na
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
O Ministério Público do Rio (MP-RJ) suspeita, no
entanto, que parte dos ex-assessores eram
funcionários fantasmas, além de praticarem
“rachadinha” no antigo gabinete do filho do
presidente.
Além de Queiroz, receberam auxílio-alimentação sua
mulher, Márcia Aguiar, que também está presa pelo
esquema de corrupção, suas filhas, Nathália e Evelyn,
e a enteada, Evelyn Mayara.
Segundo informações do jornal O Globo, em alguns
meses foram depositados R$2.740,50 só de benefício,
valor que se somava à remuneração de Queiroz.
Em julho deste ano, também foi revelado que Queiroz
e a esposa fraudaram documentos para esconder a
união estável e receber, junto à Alerj, benefícios
que não teriam direito se fossem casados.
Um dos benefícios foi o auxílio-educação para
custear os estudos dos filhos. Naquele período, só
era permitida a concessão do benefício a três filhos
por casal. Como ambos tinham seis filhos, ocultaram
a união estável e registraram endereços diferentes
para receber o dinheiro para os seis.
Fonte: RevistaForum

24/08/2020 -
Senadores querem explicações de Guedes e falam em
convocação
Senadores querem explicações do ministro da
Economia, Paulo Guedes, sobre críticas à decisão do
Senado de derrubar o veto do governo que impede
aumento de salários para servidores até 2021. Guedes
classificou a decisão do Senado como “um crime
contra o país”, o que gerou reações de
parlamentares. O veto depois foi mantido por decisão
da Câmara.
Alguns senadores pedem a convocação do ministro;
outros sugerem que ele venha como convidado. O
presidente do Senado, Davi Alcolumbre, protocolou
requerimento convidando Guedes a explicar a
declaração. Além de um pedido de convite, o senador
Esperidião Amin (PP-SC) apresentou requerimento de
convocação do ministro, apoiado por outros
senadores.
— Eu peço a assinatura de todos para o ministro
comparecer a uma sessão do Senado para explicar qual
a despesa que criamos, qual foi o gesto que criamos
e causou um crime. Assino a convocação porque nenhum
ministro de estado tem o direito de julgar uma
decisão do Senado. Como assim crime? — indagou Amin
à Agência Senado.
Diferentemente do convite, a convocação obriga Paulo
Guedes a dar explicações sob pena de responder a
crime de responsabilidade. Os pedidos precisam da
aprovação do Plenário do Senado e caberá a Davi a
decisão de incluir ou não os pedidos na pauta da
sessão de terça-feira (25).
Fonte: Agência Senado

24/08/2020 -
Redução de jornada após fim do prazo da Lei 14.020
divide especialistas
Por Rafa Santos
A redução proporcional de jornada de trabalho e de
salário — de forma parcial ou na totalidade dos
postos de trabalho da empresa por até 120 dias — foi
uma das medidas criadas pela Medida Provisória 936 e
convertida na Lei 14.020.
A MP criou Programa Emergencial de Manutenção de
emprego e da Renda e representa uma das principais
apostas do governo federal para conter os efeitos
negativos do avanço da Covid-19 na economia
brasileira.
Aprovada em julho, os prazos estabelecidos pela lei
estão perto do fim. Nesta sexta-feira (21/8), o
ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que irá
prorrogar pela segunda vez, por mais 60 dias, os
prazos dos acordos de redução de salário e suspensão
dos contratos de trabalho.
Antes da notícia, contudo, muitos empresários
estavam em dúvida sobre a possível manutenção da
jornada reduzida com o fim dos prazos estabelecidos
pelo governo federal. O certo é que agora ou em 60
dias a dúvida persistirá.
Para o advogado trabalhista Mourival Boaventura
Ribeiro existe a possibilidade de as empresas
manterem as jornadas reduzidas mesmo após o fim do
prazo estipulado pela MP 936.
"A CLT dispõe que nos contratos individuais de
trabalho é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, além disso,
também é possível, em caso de força maior ou
prejuízos devidamente comprovados, a redução dos
salários dos empregados da empresa, até o limite de
25%", explica.
O advogado lembra que o artigo 7 da Constituição
estabelece como direitos dos trabalhadores a
irredutibilidade do salário. Por isso, em caso de
necessidade ele recomenda que a manutenção da
jornada reduzida seja condicionada a acordo coletivo
com a entidade sindical.
Pensamento contrário ao de Ricardo Calcini,
professor de pós-graduação da FMU e organizador do
e-book Coronavírus e os Impactos Trabalhistas. "A
redução está atrelada ao decreto presidencial de 120
dias. Considerando a proximidade do decurso do
prazo, teremos que aguardar um novo decreto como
está sendo divulgado pela imprensa. Com isso, a
empresa garantirá que está agindo de acordo com o
que está previsto no artigo 7º da Constituição
Federal, evitando com isso questionamentos futuros
acerca da legalidade da medida, garantindo uma
segurança jurídica para a retomada", explica.
Quem também pensa de modo parecido a Calcini é
Roberto Ferlis, sócio da área trabalhista do
escritório Rayes & Fagundes Advogados Associados. "A
lei estabelece claramente os prazos. Essa eventual
redução ocorre apenas durante o estado de calamidade
pública. A prorrogação de 60 dias via decreto mostra
que o governo está se mexendo", explica.
Fonte: Consultor Jurídico

24/08/2020 -
Auxiliar de serviços gerais com doença degenerativa
tem indenização aumentada
A 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho majorou
o valor da pensão mensal devida a uma auxiliar de
serviços gerais que adquiriu doença degenerativa em
razão do trabalho em condições antiergonômicas. Para
o órgão, a indenização deve ser proporcional à
depreciação sofrida pelo trabalhador.
Na reclamação trabalhista, a auxiliar disse que
realizava esforço repetitivo em posições forçadas
dos membros. Alegou omissão da empresa em tomar
medidas preventivas e pleiteou pensão mensal
vitalícia correspondente à importância do trabalho
para o qual não estava mais habilitada.
O juízo da 2ª Vara do Trabalho de Presidente
Prudente (SP) reconheceu que as atividades
desempenhadas pela empregada atuaram como uma das
causas e agravaram o processo degenerativo das
lesões. Segundo a perícia, o déficit funcional foi
estimado em 18%. Assim, fixou pensão mensal
vitalícia de 10% sobre a remuneração da auxiliar. O
TRT da 15ª Região manteve a sentença.
A relatora do recurso de revista da empregada,
ministra Delaíde Miranda Arantes, explicou que, em
caso de lesão decorrente do trabalho, a indenização
incluirá pensão correspondente à importância do
trabalho para o qual o trabalhador se inabilitou ou
da depreciação sofrida. Tendo em vista o déficit
funcional estimado de 18%, a Turma, por unanimidade,
majorou o valor da pensão mensal para o mesmo
percentual. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
RR-11926-57.2015.5.15.0115
Fonte: Consultor Jurídico

21/08/2020 -
Para Maia, manutenção do veto a reajustes mostra
compromisso do Congresso com controle de gastos
públicos
Proibição de reajuste e progressão funcional
atinge servidores públicos que atuam na linha de
frente do combate ao coronavírus
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou que o resultado da votação que manteve o
veto presidencial que congelou salários de
servidores públicos é uma demonstração de que o
Congresso Nacional quer modernizar o Estado
brasileiro e controlar o gasto público.
“Não é possível que o gasto público cresça acima da
inflação”, disse o presidente após a votação.
A Câmara dos Deputados manteve, em sessão do
Congresso Nacional, proibição de reajustes e
progressão funcional até 31 de dezembro de 2021 para
categorias de servidores públicos que atuam na linha
de frente do combate ao coronavírus, como os das
áreas de saúde, segurança pública, limpeza urbana e
serviços funerários.
Ontem, os senadores votaram pela rejeição do veto do
presidente Jair Bolsonaro por 42 votos a 30. No
entanto, um veto só é derrubado se houver maioria
absoluta em ambas as Casas. Na Câmara, foram 165
votos contra o veto e 316 a favor. Maia diz
respeitar a votação do Senado e afirmou que a Câmara
cumpriu o papel de casa revisora do texto.
Fonte: Agência Câmara

21/08/2020 -
Auxílio emergencial será prorrogado até dezembro com
parcela de R$ 300
O vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues (DEM-RR),
confirmou nesta quinta-feira (20) que o auxílio
emergencial pago a trabalhadores informais e
desempregados será prorrogado até dezembro. O valor,
no entanto, será reduzido. As futuras parcelas serão
de R$ 300, metade do valor pago atualmente, de R$
600. Os detalhes da prorrogação devem ser
formalizados pelo governo na terça-feira (25) em
cerimônia no Palácio do Planalto.
Fonte: Agência Senado

21/08/2020 -
Brasil tem 12,3 milhões de desempregados e 29
milhões de informais
Em um mês, mais 438 mil pessoas ficaram sem
emprego, segundo o IBGE
Com a crise econômica e a pandemia do novo
coronavírus, a taxa de desemprego no Brasil subiu de
12,4% para 13,1% em julho, atingindo 12,3 milhões de
pessoas. No mês, mais 438 mil pessoas ficaram sem
emprego, se comparado a junho. Os dados são da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Mensal
(Pnad Covid19) divulgada, nesta quinta-feira (20),
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Segundo a pesquisa, a população ocupada caiu para
81,5 milhões de trabalhadores. O percentual de
pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de
trabalhar passou de 49% em junho para 47,9%, em
julho. Dos 9,7 milhões que estavam afastados do
trabalho, 6,8 milhões informaram que o motivo era o
distanciamento social provocado pela pandemia de
Covid-19, o que representa recuo de 42,6% na
comparação com o contingente de pessoas afastadas em
junho.
Para a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira,
o movimento pode significar retorno ao trabalho ou
demissão. “Isso corresponde a menos da metade das
pessoas que estavam afastadas em maio, quando a
pesquisa começou. Elas retornaram ao trabalho ou
podem ter sido demitidas”, observou. A pesquisa
apurou ainda que, entre os que não estavam afastados
do trabalho, 8,4 milhões trabalhavam de forma
remota, o que representam 11,7% da população ocupada
que não estava afastada.
No total de pessoas ocupadas, a proporção de
afastadas por causa da pandemia caiu de 14,2% para
8,3%. Todas as unidades da federação tiveram queda
nesse indicador, com exceção de Amapá, Rio Grande do
Sul e Rondônia. Da população ocupada, cerca de 3,2
milhões estavam sem a remuneração do trabalho, o que
representa 32,4% do total de pessoas afastadas do
trabalho. Em junho, quase metade dos afastados
(48,4%) ficou sem remuneração.
Informalidade
Segundo o IBGE, a taxa de informalidade sofreu ligeira
queda na passagem de junho para julho, quando chegou
a 33,6% da população ocupada no Brasil. No mês
anterior, essa taxa foi de 34,8%. Em números
absolutos, os informais são cerca de 29 milhões.
Para Maria Lúcia, a redução no número de informais
não chega a ser uma tendência – a volatilidade desse
contingente é grande. “Se em uma semana essa pessoa
não trabalha, ela migra logo para o contingente de
desocupados. Como estamos fazendo análises em
períodos muito curtos, a oscilação é natural. É
preciso verificar o comportamento desse grupo ao
longo de quatro ou cinco meses para identificar
algum movimento”, diz.
O IBGE considera informal o empregado do setor
privado sem carteira; o trabalhador doméstico sem
carteira; o empregador ou trabalhador por conta
própria que não contribui para o INSS; e o e
trabalhador não remunerado em ajuda a morador do
domicílio ou parente.
A população fora da força de trabalho foi estimada,
no mês passado, em 76,5 milhões de pessoas, alta de
2,1% em relação a junho. Do total, 28,2 milhões ou
36,9% gostariam de trabalhar, mas não buscaram
trabalho, e 19 milhões, 24,8%, disseram que a
pandemia ou à falta de trabalho na localidade
impediram a busca, apesar da vontade de trabalhar.
Auxílio emergencial
Ainda de acordo com a Pnad Covid19 Mensal, 30,2
milhões de domicílios brasileiros (44,1% do total)
tiveram acesso a algum tipo de auxílio emergencial
relacionado à pandemia, em julho. Mais 813 mil lares
foram beneficiados ante o mês anterior, quando ficou
em 43%. Todas as regiões registraram aumento no
percentual de domicílios recebendo o auxílio. Os
maiores foram no Norte (60,6%) e no Nordeste
(59,6%). Já no Sul, foram 30,9% dos lares. O valor
médio do auxílio saiu de R$ 885 para R$ 896.
Ainda na pandemia, 3,3 milhões de domicílios
conseguiram empréstimos para enfrentar esse período.
A pesquisa apontou que em cerca de 4 milhões dos
domicílios (5,9%) algum morador solicitou empréstimo
em julho para enfrentar a pandemia. Desse total, no
entanto, para 762 mil o empréstimo não foi
concedido.
Entre os que solicitaram e não conseguiram
empréstimo, 59,2% pertencem às duas classes de
rendimento mais baixas, que recebem menos de um
salário mínimo, aponta a pesquisa. Para 75,7% das
pessoas, os bancos e outras instituições financeiras
foram a maior fonte de empréstimos. Em 23,6% dos
domicílios, algum morador conseguiu empréstimo com
amigos ou parentes.
Da Redação, com agências
Fonte: Portal Vermelho

21/08/2020 -
Por 9x1, STF determina suspensão de dossiê do
governo Bolsonaro sobre antifascistas
Em nova derrota para o governo Jair Bolsonaro, o
plenário do STF considerou ilegal a produção de
dossiês pelo Ministério da Justiça contra centenas
de servidores antifascistas. Voto da relatora,
ministra Cármen Lúcia, foi seguido pela maioria da
Corte, com exceção de Marco Aurélio
O STF determinou, por nove votos a um, nesta
quinta-feira (20) que o governo Jair Bolsonaro
suspenda a coleta e registro de informações de
opositores, o denominado "dossiê dos antifascistas".
O documento reúne dados de 579 policiais e
professores.
O julgamento teve início nesta quarta-feira (19) com
o voto da relatora do caso, ministra Cármen Lúcia,
que se colocou contra o dossiê. Os demais ministros
acompanharam a relatora, menos o ministro Marco
Aurélio Mello, que divergiu.
Os magistrados ressaltaram, porém, que o ministro da
Justiça, André Mendonça, não teve influência na
produção do dossiê, já que o material passou a ser
coletado no mesmo dia em que o ex-ministro Sergio
Moro pediu demissão.
A ação julgada pelo Supremo é de autoria do partido
Rede Sustentabilidade, que acusa o governo Bolsonaro
de utilizar as informações para intimidar os
cidadãos, contrariando a liberdade de expressão, de
reunião, de associação e de cátedra.
Fonte: Brasil247

21/08/2020 -
Confiança da indústria cresce 8,4 pontos na prévia
de agosto
Números são de pesquisa da Fundação Getulio
Vargas
O Índice de Confiança da Indústria cresceu 8,4
pontos na prévia de agosto, na comparação com o
número final de julho. Com o resultado, a confiança
chegou a 98,2 pontos, em uma escala de zero a 200,
segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV),
divulgados nesta quinta-feira (20), no Rio de
Janeiro.
A confiança dos empresários no momento atual cresceu
8,1 pontos e chegou a 97,2 pontos. Já a expectativa
dos empresários avançou 8,8 pontos e atingiu 99,3
pontos.
O resultado preliminar mostra que o Nível de
Utilização da Capacidade Instalada da Indústria
subiu para 75,4%, 3,1 pontos percentuais acima do
resultado de julho.
Fonte: Agência Brasil

21/08/2020 -
Adicional de insalubridade não deve ser suspenso no
afastamento do empregado
Por Murilo Chaves
O chamado adicional de insalubridade é devido,
constitucionalmente, a todo trabalhador celetista em
razão de sua exposição acima da tolerância a
ambiente nocivo à sua saúde, seja pelo caráter
próprio das atividades, pela sua natureza, condições
ou métodos de trabalho. Se o acréscimo salarial
incide justamente sobre o trabalho realizado, no
caso de afastamento ou ausência de suas funções,
estaria o empregador livre do pagamento do
adicional?
Ora, o adicional de insalubridade é um instituto
jurídico criado como um modo compensatório aos
trabalhadores que, em geral, estão expostos a
maiores riscos do que os trabalhadores em geral.
Trata, portanto, desigualmente os trabalhadores na
medida da desigualdade das funções que exercem.
Na mesma medida que o adicional de periculosidade,
diga-se, que garante pagamento de 30% sobre o
salário daqueles profissionais que trabalham com
exposição permanente à inflamáveis, explosivos ou
energia elétrica ou ainda àqueles que, em razão do
trabalho, estão expostos a risco de roubos ou
violência física.
A força desses institutos é tal em nosso ordenamento
jurídico que por relação análoga também os agentes
estatutários em diversos estados da União gozam do
mesmo direito constitucional e
infra-constitucionalmente assegurados.
Referidos adicionais pretendem valorizar o direito
fundamental à vida e, atrelados a ele, os direitos à
saúde e à integridade física, indispensáveis para a
garantia da dignidade de toda e qualquer pessoa,
como direitos irrevogáveis e fundamentais
inaugurados pela nossa ordem constitucional. E
funcionam como garantidor de saúde e da própria vida
de todo e qualquer funcionário que ocupe cargo que
envolva riscos. É o caso, por exemplo, dos
profissionais de saúde que hoje estão na linha de
frente do combate à pandemia da Covid-19.
Se, portanto, o caráter contingente dessas
atividades é intrínseco às atividades normais
desempenhadas por esses agentes, privados ou
públicos, a aplicabilidade da gratificação não pode
ser afastada quando o desempenho das funções é
interrompido, a exemplo da licença médica, sobretudo
em tempos de pandemia, a ponto de impedir o
pagamento do adicional nesses casos.
E esses institutos têm importância premente no
momento que atravessamos. Senão vejamos, mesmo que
os adicionais tenham em princípio caráter celetista,
foram balizados como garantia extensível aos agentes
públicos. Interpretação restritiva ao exercício de
fato das atividades colocaria em risco a própria
subsistência do trabalhador durante momentos tão
decisivos de sua recuperação. O adicional tem
natureza salarial, incorporado ao vencimento,
incluídos todos os afastamentos legais, sejam eles
férias ou mesmo por licença médica.
Ademais, e em razão do próprio princípio da
estabilidade financeira, inerente aos direitos e
garantias de todo aquele que trabalha, não se pode
pretender que, em afastamentos efetivamente
computados como tempo de serviço, seja o trabalhador
afastado do percebimento de parte de sua
remuneração.
Fonte: Consultor Jurídico

21/08/2020 -
Paim destaca importância da Seguridade Social e
condena tentativas de privatização
Em pronunciamento nesta quinta-feira (20), o senador
Paulo Paim (PT-RS) destacou a importância da
Seguridade Social e condenou as propostas de
privatizá-la. Para o o senador, a seguridade se
torna ainda mais necessária em tempos de pandemia,
de descaso com a saúde pública, de crise social e de
economia devastada, com 20 milhões de brasileiros
desempregados e mais de 30 milhões na informalidade.
Paim lembrou que a Constituição estabelece que a
Seguridade Social compreende saúde, Previdência e
assistência social, beneficiando, entre outros, 35
milhões de aposentados. Além disso, é primordial
para o cotidiano dos municípios e para impulsionar a
economia local.
— Dos 5.566 municípios brasileiros, em 3.875 (70%),
o valor dos repasses aos aposentados e demais
beneficiários da Previdência supera o próprio
repasse do FPM, o Fundo de Participação dos
Municípios. Em 4.589 municípios, os pagamentos aos
beneficiários do INSS superam a arrecadação
municipal, afirmou.
O senador denunciou que há enormes interesses por
trás das tentativas de privatização do sistema de
Seguridade Social. Ele negou a existência de deficit
e garantiu que isso foi comprovado pela CPI da
Previdência, da qual foi presidente.
Para Paim, se fosse implantado o sistema de
capitalização e desaparecesse a Previdência pública,
os aposentados e pensionistas teriam sérias
dificuldades para sobreviver, para garantir o
pagamento de alimentação, aluguel, energia, água,
gás e transporte. De acordo com o senador, muitos
são arrimo de família e ajudam filhos e netos.
Fonte: Agência Senado

21/08/2020 -
Projeto autoriza uso do FAT para financiar folha e
capital de giro de pequena empresa
Hoje o fundo é usado para pagar
seguro-desemprego, abono salarial e uma parcela
menor é destinada a empréstimos operados pelo BNDES
O Projeto de Lei 4240/20 determina que os recursos
do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) poderão ser
destinados ao financiamento de capital de giro e
folha de pagamento das micro e pequenas empresas e
dos empresários individuais afetados pela pandemia
de Covid-19. O texto tramita na Câmara dos
Deputados.
A proposta é da deputada Lauriete (PSC-ES) e altera
a Lei do Fat.
Abastecido por recursos da arrecadação federal, o
fundo só pode ser usado hoje no custeio do
seguro-desemprego e do abono salarial. Uma parcela
menor é destinada a empréstimos operados pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES).
“Com a aprovação do projeto haverá um novo modal de
distribuição dos valores do FAT, visando proteger
não só o trabalhador como também o seu trabalho”,
disse Lauriete.
A medida, segundo ela, também beneficia o governo,
pois protege os empregos, reduzindo a pressão sobre
o seguro-desemprego e outros benefícios sociais.
Fonte: Agência Câmara

20/08/2020 -
Governo quer enviar reforma tributária, corte de
gastos e Renda Brasil ainda em agosto
A equipe econômica do governo federal quer
encaminhar até o final de agosto para o Congresso um
conjunto de propostas de mudanças fiscais,
tributárias e de benefícios sociais. A ideia é
vincular as medidas de corte de despesas com as que
aumentam benefícios.
Uma parte das medidas vai ser incorporada à proposta
de emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo,
relatada pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC). Outros
pontos serão encaminhados por meio de projetos de
lei e PEC enviados para a Câmara.
“Vai ser apresentado um conjunto, não só na
relatoria da [PEC] 188, tem coisas que vão entrar
pela Câmara. O que é fundamental é que no conjunto
da obra você atenda os brasileiros que continuam
precisando, que é o Renda Brasil”, disse Bittar ao
Congresso em Foco.
A PEC do Senado traz corte de gastos como a redução
de salários de servidores e a desvinculação dos
gastos obrigatórios na saúde e educação.
O governo entregou no mês passado a primeira parte
da sua participação na reforma tributária, que trata
da unificação de impostos federais sobre consumo em
uma alíquota de 12%. Ainda faltam as reformas no
Imposto de Produtos Industrializados (IPI), no
Imposto de Renda, na desoneração da folha e a
criação de um imposto sobre transações digitais.
Na desoneração, o governo estuda reduzir as
alíquotas da contribuição patronal previdenciária.
No caso do primeiro emprego com rendimento de um
salário mínimo, a ideia é retirar totalmente os 20%
que as empresas recolhem da folha de salário para
bancar o INSS. No restante das faixas salariais, a
intenção é diminuir de 20% para 15% ou 10% o tributo
para o INSS.
O senador Márcio Bittar (MDB-AC), que se reuniu com
o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta semana,
defendeu as medidas e também disse que há a ideia de
retirar o IPI dos eletrodomésticos.
“A ideia, isso tudo está sendo construído, é tirar o
imposto dessa linha branca, eletrodomésticos todos,
que atende as pessoas, é um valor importantíssimo
para as pessoas de mais baixa renda. Também aumentar
a alíquota das pessoas que hoje estão isentas no
Imposto de Renda”, disse.
O emedebista ressaltou que a desoneração incluída no
pacote é diferente do que acontece desde 2015 no
governo da ex-presidente Dilma Rousseff, que é uma
desoneração setorial apenas para empresas intensivas
de mão de obra. O Congresso prorrogou por mais um
ano essa isenção, mas Bolsonaro a vetou. Executivo e
Legislativo travam um embate sobre a manutenção
desse veto.
Fonte: Congresso em Foco

20/08/2020 -
Economia do país vai piorar para 41% dos
brasileiros, mostra Datafolha
Aumento do desemprego, avanço da inflação e perda
do poder de compra afetam a percepção da situação
econômica do país sob o governo Bolsonaro
A economia do país vai piorar para 41% dos
brasileiros. É o que aponta o Datafolha em pesquisa
divulgada nesta quarta-feira (19). A percepção é de
que com desemprego, avanço da inflação e perda do
poder de compra a situação econômica do país vai se
deteriorar sob o governo Bolsonaro e com a economia
conduzida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes,
de inspiração neoliberal.
O pessimismo é o maior já registrado pelo instituto
durante o governo de Jair Bolsonaro, afirma
reportagem de Thais Carrança na Folha de S.Paulo.
Outros 29% avaliam que a situação econômica do país
vai ficar igual. E vai melhorar para 29% dos que
responderam. Cerca de 1% deles não soube opinar.
O Datafolha ouviu 2.065 pessoas por telefone em 11 e
12 de agosto. A margem de erro é de dois pontos
percentuais. Os maiores índices de pessimismo são
atingidos entre as mulheres (46%, contra 36% dos
homens), jovens de 16 a 24 anos (45%), pessoas com
ensino superior (46%) e trabalhadores com renda
familiar até dois salários mínimos (42%).
Segundo os dados históricos da pesquisa, em dezembro
de 2019, última vez em que foi feito o
questionamento e antes da pandemia do coronavírus, o
cenário era diferente. 43% avaliavam que a situação
econômica do país ia mudar para melhor, enquanto 31%
achavam que ficaria igual. Somente 24% pensavam que
a situação iria piorar adiante.
Com relação à avaliação do governo Bolsonaro, 56%
dos que acham o governo ruim ou péssimo esperam
também uma piora da atividade econômica, percentual
que cai a 29% entre aqueles que avaliam o governo
como ótimo ou bom.
Situação de cada um
O pessimismo derrubou também a percepção dos
entrevistados quanto a sua própria situação
econômica, que costuma ser sempre melhor do que a
avaliação com relação ao país.
O percentual de entrevistados que acha que sua
própria situação econômica vai melhorar despencou de
53% em dezembro de 2019 para 30% na nova pesquisa.
Os que acham que sua situação vai ficar como está
passaram de 30% a 49% na mesma base de comparação,
enquanto os que esperam que sua situação pessoal vai
piorar passaram de 15% a 19%.
Fonte: Rede Brasil Atual

20/08/2020 -
Após Senado derrubar veto de Bolsonaro, Guedes diz
que reajuste dos servidores é “crime contra o país”
Ministro da Economia, apoiado ao mesmo tempo
pelos bolsonaristas mais fanáticos e pela mídia
tradicional, inclusive pela Globo, mostrou mais uma
vez que é contra benefícios salariais aos
trabalhadores
O Senado Federal aprovou a derrubada de vários vetos
de Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (19). Um deles,
o veto ao reajuste dos servidores públicos durante a
pandemia, foi o que mais causou indignação no
ministro de Economia, Paulo Guedes.
Uma das poucas figuras no país que é apoiada ao
mesmo tempo pelo bolsonarismo e pela grande mídia,
inclusive pela Globo, Guedes defendeu o teto federal
de gastos, dizendo que ele é necessário para por
“uma trava que pressupõe a incapacidade da classe
política de trabalhar seus próprios orçamentos”.
“O teto sem as paredes, com o piso subindo, é uma
questão de tempo. Então vai ter um momento em que
nós vamos ter que superar isso e travar o piso,
recuperando o espaço para os investimentos públicos
e para as decisões corretas. Enquanto isso não
houver, o teto é indispensável. É como se fosse uma
promessa de seriedade na condução dos orçamentos
públicos”, comentou o ministro.
Em seguida, ele disse que o resultado da votação no
Senado é “um péssimo sinal”, e ainda classificou a
decisão dos senadores como “um crime contra o país”.
No entanto, afirma que ainda tem esperanças que a
Câmara dos Deputados, que ainda avaliará a questão
(e que adiou sua votação para esta quinta-feira),
produza um placar favorável ao governo.
“Tudo isso agora está empurrando a economia neste
final de ano, e nós esperamos ir aprofundando as
reformas. De forma que o Brasil, já olhando para o
ano seguinte, está de volta no trilho do
desenvolvimento sustentável, que é onde estávamos
antes”, concluiu Guedes.
Fonte: RevistaForum

20/08/2020 -
Bolsonaro diz que economia é pior que coronavírus e
que auxílio de R$ 600 “pesa muito” para a União
Em discurso nesta quarta-feira, Bolsonaro
reforçou sua confiança no ministro Paulo Guedes e
disse que não viu no mundo "quem enfrentou melhor
essa questão do que o nosso governo", em referência
às medidas econômicas adotadas durante a pandemia
Jair Bolsonaro discursou em cerimônia de assinatura
de medida que dá recursos a empresas nesta
quarta-feira (19) e aproveitou para reforçar
publicamente sua confiança no ministro da Economia,
Paulo Guedes, que vinha sendo apontado como a
próxima baixa no governo federal.
Bolsonaro falou que o auxílio emergencial de R$ 600,
uma conquista de parlamentares da oposição no
Congresso Nacional no início da pandemia, "pesa
muito" para a União, mas apontou que os R$ 200
indicados pela equipe de Guedes é um valor baixo e
que o governo deve trabalhar para chegar a um meio
termo.
Bolsonaro disse ainda que não viu no mundo "quem
enfrentou melhor essa questão do que o nosso
governo", em referência às medidas econômicas
adotadas para tentar conter a crise agravada pela
pandemia.
"Hoje tomei café com o [presidente da Câmara dos
Deputados] Rodrigo Maia no Alvorada e também
tratamos desse assunto do auxílio emergencial. Os R$
600 pesa muito para a União, isso não é dinheiro do
povo porque não está guardado, isso é endividamento.
É isso mesmo? Estou falando certo? Acho que estou
né? Para não me criticarem depois. É endividamento,
e se o País se endivida demais você acaba perdendo
sua credibilidade para o futuro. Então os R$ 600 é
muito, o Paulo Guedes falou, alguém falou da
Economia aí, em R$ 200, eu acho que é pouco, mas dá
para chegar a um meio termo e nós buscarmos que ele
venha a ser prorrogado por mais alguns meses, talvez
até o final do ano", falou.
Fonte: Brasil247

20/08/2020 -
Brasil bate marca de 110 mil mortos por coronavírus;
país é vice-líder mundial de óbitos
Dados do Ministério da Saúde revelam que 1.212
mortes foram registrados só nas últimas 24 horas;
total de infectados chega perto de 3,5 milhões
Um total de 111.100 pessoas morreram devido ao novo
coronavírus no Brasil em cinco meses. Os dados do
Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira
(19) mostram que, nas últimas 24 horas, foram
registrados 1.212 óbitos devido à doença.
Os números são compilados pelo Ministério da Saúde a
partir de dados enviados pelas secretarias estaduais
da Saúde. Somente são considerados casos que foram
confirmados como sendo de Covid-19, com exames.
O documento também mostra que 3.456.652 pessoas já
foram infectadas pelo vírus. Foram 49.298 registros
somente nas últimas 24 horas.
Com esses números, o Brasil mantém a triste marca de
vice-líder mundial do total de casos e mortes por
Covid-19. O ranking continua sendo encabeçado pelos
Estados Unidos.
Os presidentes dos dois países menosprezaram a
pandemia e fizeram declarações minimizando a
gravidade da doença. Jair Bolsonaro a classificou
como “gripezinha” e brigou contra o isolamento
imposto por governadores e prefeitos. Donald Trump
chegou a postar no Twitter que a gripe comum matava
mais do que a Covid-19 e nem por isso todos ficavam
de quarentena.
Fonte: RevistaForum

20/08/2020 -
Volks quer flexibilizar e cortar mais de 5 mil
trabalhadores
Quatro sindicatos de metalúrgicos começaram a
conversar com a montadora, que diz ser necessário se
adequar diante da pandemia
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou nesta
quarta-feira (19) que “iniciou um processo de
negociações com a Volkswagen” sobre uma pauta com
várias medidas de flexibilização. Uma das
principais, segundo a entidade, é a redução de 35%,
em média, do efetivo nas quatro fábricas da
montadora no Brasil. Isso significaria em torno de
5.200 trabalhadores. A Volks confirma a negociação
com os sindicalistas, mas não fala em números.
A pauta foi apresentada ontem, após reunião com as
representações sindicais nas fábricas de São
Bernardo do Campo, no ABC, São Carlos e Taubaté, no
interior paulista, e São José dos Pinhais, no
Paraná. Juntas, somam 15 mil funcionários. O
objetivo seria adequar a montadora aos efeitos da
pandemia, projetando uma recuperação demorada do
mercado.
Segundo o sindicato do ABC, as propostas da Volks
incluem ainda flexibilidade de jornada, corte do
reajuste salarial, redução do valor da participação
nos lucros ou resultados (PLR) “e alterações em
benefícios como transporte, alimentação e plano
médico”. Em nota, a entidade afirma que “vai debater
a pauta com a montadora, em conjunto com os
dirigentes sindicais dos outros três sindicatos
envolvidos na negociação, e vai informar os
trabalhadores do avanço das conversas ao longo do
processo”.
Revisão de acordos
A maior fábrica é de São Bernardo, com 8.600
empregados. É também a mais antiga, aberta em 1959.
Depois vêm as de Taubaté (1976), São Carlos (1996) e
São José dos Pinhais (1999).
Segundo a Volkswagen, a negociação conjunta sobre
“flexibilização e revisão” dos acordos coletivos tem
foco “na sustentabilidade de suas operações no
cenário econômico atual, muito impactado pela
pandemia do novo coronavírus”. A empresa cita
projeção da Anfavea, a associação nacional dos
setor, segundo a qual a produção de veículos deverá
cair 45% neste ano – e a recuperação é prevista
apenas para 2025.
Fonte: Rede Brasil Atual

20/08/2020 -
Sindicato pode ajuizar ACP contra empresa que
descumpriu acordo com empregados
Ministro Bredo Medeiros, do TST, declarou
legitimidade ativa do sindicato diante da natureza
homogênea da pretensão.
O ministro Breno Medeiros, do TST, decidiu que
sindicato pode ajuizar ACP contra empresa que
descumpriu acordo feito com empregados. Ao decidir,
o ministro reconheceu a legitimidade ativa do
sindicato em razão da natureza homogênea da
pretensão.
O sindicato de trabalhadores nas indústrias de
carnes e derivados do Estado de Go e TO ajuizou ação
civil pública em face de empresa alegando que a
referida demitiu em massa seus empregados,
realizando acordos para o pagamento das verbas
rescisórias, mas não o cumpriu. Assim, requereu o
bloqueio do montante do valor dado à causa, visando
o cumprimento do pagamento das verbas dos
substituídos.
Em 1º grau, a juíza concluiu que a ação civil
pública não era a via adequada, uma vez que não se
tratava de direito homogêneo, tendo em vista a
necessidade de exame de cada situação particular
vivenciada por empregado e extinguiu o processo sem
resolução do mérito. O sindicato ainda foi condenado
a pagar os honorários e custas processuais.
No TRT-10, o magistrado considerou correto o
entendimento da sentença, ressaltando que não resta
dúvida que, para verificar se os substituídos
possuem quais verbas rescisórias a receber,
necessário perquirir o contexto fático vivenciado
por eles.
Natureza homogênea
Ao analisar o recurso de revista, o ministro observou
que o direito pleiteado tem origem comum e afeta
vários indivíduos da categoria, não podendo ser
considerados individuais heterogêneos. Para S. Exa.,
ao contrário do que considerou o TRT-10, o fato de
ser necessária a individualização para apuração do
valor devido a cada empregado não descaracteriza a
natureza homogênea da pretensão.
“Ao considerar que o direito postulado pelo
Sindicato seria heterogêneo, o TRT o fez em
desarmonia com a pacífica jurisprudência desta Corte
Superior, devendo ser reconhecida a transcendência
política da matéria, autorizando o conhecimento do
recurso de revista, por ofensa ao art. 8º, III, da
CF.”
O ministro destacou que ao definir o pagamento de
custas processuais e honorários advocatícios, o
TRT-10 decidiu de forma contrária ao entendimento
pacificado na SBDI-1 e nas turmas da Corte, no
sentido de que o sindicato autor, na qualidade de
substituto processual, ao atuar na defesa dos
direitos individuais homogêneos da categoria, apenas
poderia ser condenado a pagar as custas se
comprovada a existência de litigando de má-fé.
Assim, conheceu do recurso e deu provimento para
declarar a legitimidade ativa do sindicato e
determinar o retorno dos autos à vara do Trabalho a
fim de que prossiga no exame dos pedidos e afastou a
condenação do sindicato ao pagamento de custas
processuais e honorários advocatícios.
O escritório Batista & Vaz Advogados Associados S/S
atua pelo sindicato.
Processo: 998-59.2018.5.10.0801
Fonte: Migalhas

19/08/2020 -
Nota das centrais sindicais: Todo apoio à greve dos
trabalhadores e trabalhadoras dos Correios
A luta dos grevistas transcende os interesses
particulares da categoria e diz respeito ao conjunto
do povo brasileiro, assinala nota assinada pelas 11
centrais sindicais.
Leia a íntegra:
Expressamos em nome da classe trabalhadora
brasileira total apoio e solidariedade à paralisação
dos Correios deflagrada a partir desta terça-feira,
18 de agosto, por tempo indeterminado. Não faltam
motivos para a greve.
A direção da empresa não dialoga com as lideranças
sindicais e decidiu suprimir 70 das 79 cláusulas do
Acordo Coletivo da categoria assinado para vigorar
até 2021.
Destruiu benefícios conquistados ao longo de 30 anos
de luta, como anuênio, vale alimentação,
licença-maternidade de 180 dias, creche, auxílio
morte e o pagamento de 30% de adicional de risco.
Reduziu de 70% para 50% a participação da empresa no
financiamento do Plano de Saúde e ainda retirou
dependentes como pais e mães. Mais de 15 mil
abandonaram o convênio depois que ficou mais caro e
restrito.
Os trabalhadores e trabalhadoras lutam também contra
a negligência da direção da empresa com a saúde dos
funcionários na pandemia do novo coronavírus. A
carência de EPIs básicos expõe os carteiros à
doença, e igualmente os clientes com quem estes
mantêm contatos diretos ou indiretos, com a
manipulação de mercadorias e correspondências.
A categoria, que hoje soma cerca de 100 mil no país,
já conta mais de 120 mortes pela Covid-19. A exemplo
do presidente Jair Bolsonaro, os atuais dirigentes
da empresa não dão a mínima para a vida e a saúde
dos funcionários. O objetivo que os orienta é a
privatização da empresa e para preparar o caminho
neste sentido demitiram nada menos que 30 mil nos
últimos quatro anos.
A luta é também contra a privatização. Neste aspecto
a importância da batalha dos grevistas transcende os
interesses particulares da categoria e diz respeito
ao conjunto da sociedade.
Os correios são um patrimônio do povo brasileiro que
não deve ser entregue a capitalistas privadas cujo
único objetivo é extrair de seus negócios o lucro
máximo. A empresa pública presta serviços relevantes
à população que desaparecerão após a privatização,
da qual também se deve esperar o aumento das
tarifas, a exemplo do que já ocorreu no ramo das
telecomunicações.
Exemplo do papel social dos Correios foi observado
em Minas Gerais durante as fortes chuvas que
castigaram o estado em janeiro. Para que a ajuda
humanitária chegasse com a rapidez necessária aos
milhares de desabrigados e desalojados espalhados
por Minas, a atuação dos Correios foi essencial.
“Nenhuma outra transportadora, mesmo que o estado
tivesse condições de pagar, teria prestado um
serviço como este. Os Correios acabaram fazendo com
que os donativos, alimentos, remédios, coisas
urgentes, chegassem até às mãos das pessoas que
precisam de forma rápida”, reconheceu o governador,
Romeu Zema.
A ação institucional “Solidariedade Expressa” é uma
iniciativa realizada pela empresa sempre que ocorrem
situações que envolvem estado de emergência ou de
calamidade. Isto enquanto a empresa permanecer como
propriedade pública, em que o lucro não é o único e
nem necessariamente o principal objetivo.
Não há justificativa econômica para a venda da
empresa, que extraiu de seus negócios um lucro
superior a R$ 1 bilhão entre 2017 e 2019 e tende a
ampliar o mercado e, por extensão, o faturamento com
a expansão do comércio eletrônico.
A luta contra a privatização dos Correios é do
interesse maior de todo nosso povo. As centrais
sindicais e entidades que subscrevem esta nota
conclamam o conjunto dos movimento sociais, as
organizações e forças democráticas e progressistas,
em especial os trabalhadores e trabalhadoras das
estatais e suas entidades, à solidariedade ativa com
os grevistas em defesa da saúde, dos direitos e do
patrimônio público nacional.
Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central
Única dos Trabalhadores
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT – União Geral
dos Trabalhadores
Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos – Presidente da NCST – Nova
Central Sindical de Trabalhadores
Alvaro Egea – Secretário geral da CSB – Central
dos Sindicatos Brasileiros
Atnágoras Lopes – Secretaria Executiva Nacional
da CSP-Conlutas
Nilza Pereira de Almeida – Secretária de
Finanças da Intersindical – Central da Classe
Trabalhadora
Ubiraci Dantas Oliveira – Presidente da CGTB –
Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
Emanuel Melato – Coordenação da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
José Gozze – Presidente da PÚBLICA, Central do
Servidor
Fonte: CTB

19/08/2020 -
STF: plenário virtual retoma julgamento da
contribuição assistencial
No Supremo Tribunal Federal, continua nesta semana o
julgamento virtual do Recurso Extraordinário com
Agravo nº 1.018.459 referente ao julgamento do
Plenário Virtual em fevereiro de 2017 que reafirmou,
em repercussão geral, que é inconstitucional exigir
de empregados não sindicalizados a contribuição
assistencial, por acordo, convenção coletiva ou
sentença normativa.
As centrais sindicais esperam que se retire o
julgamento do plenário virtual, dando possibilidade
de atuação mais ampla do debate, com participação de
interessados ao processo e que se considere, a luz
dos precedentes e da especificidade da matéria, a
possibilidade de efeito modificativo para que,
reconhecida a repercussão geral, retome o tema o seu
curso normal, sem adentrar o mérito, para exame da
matéria pelo Plenário da Corte, oportunizando maior
debate, considerados os precedentes.
O julgamento iniciou no dia 14 de agosto e deve ser
concluído na próxima sexta (21).
ARE 1.018.459
A proposta pela repercussão geral foi do relator do
ARE 1.018.459, ministro Gilmar Mendes, que foi
acompanhado por todos os ministros da Corte, com
exceção do ministro Ricardo Lewandowski e da
presidente Cármen Lúcia, que não votaram no plenário
virtual. Agora, a decisão no caso valerá para os
demais casos similares analisados pelo Judiciário.
O processo envolve o Ministério Público do Trabalho
da 9ª Região e o Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Metalúrgicas, de Máquinas, Mecânicas,
Material Elétrico, de Veículos Automotores, de
Autopeças e de Componentes e partes para veículos
automotores da Grande Curitiba.
Íntegra
Fonte: Diap

19/08/2020 -
Governo Bolsonaro quer reduzir auxílio emergencial
para R$ 200
Valor era o que constava do projeto original; ele
foi elevado pela Câmara para R$ 600 e pagamento
ajudou a melhorar avaliação do presidente
O governo Bolsonaro estuda pagar novas parcelas do
auxílio emergencial para trabalhadores informais e
pessoas de baixa renda. O valor, no entanto, deve
ser cortado para R$ 200 ou no máximo R$ 300.
O auxílio foi instituído para ajudar trabalhadores
informais e a população vulnerável que perdeu renda
com a pandemia do novo coronavírus.
Os R$ 200 eram a quantia que a equipe econômica do
governo federal queria pagar às pessoas mais
duramente atingidas pela emergência de saúde. Mas o
projeto foi modificado na Câmara dos Deputados e o
valor ficou nos R$ 600.
Se fosse apenas prorrogar o auxílio como está, o
governo não precisaria da MP. Como pretende reduzir
o valor, vai precisar de nova medida legislativa.
Apesar de não ter proposto os R$ 600 inicialmente, o
capitão reformado levou todo o crédito pelo
pagamento do auxílio nesse novo valor, que foi
fundamental para que ele visse sua avaliação
melhorar, como mostrou pesquisa do Datafolha.
De crítico a defensor
De olho nessa população que passou a aprovar o
governo, Bolsonaro quer criar um novo programa
social de transferência de renda, nos moldes do
Bolsa Família, implementado no governo do
ex-presidente Lula. A ideia é chamá-lo de Renda
Brasil.
O pagamento de novas parcelas menores do auxílio
emergencial seria uma forma de transição desse
benefício para o novo programa. Nos bastidores, os
técnicos do governo chamam essa transição de
“desmame”. Quando era deputado federal, o atual
presidente era crítico do Bolsa Família. Chegou a
dizer, em palestra na Universidade Federal
Fluminense, que o “voto do idiota” era comprado com
o benefício.
Fonte: RevistaForum

19/08/2020 -
Maia diz que prorrogação de auxílio emergencial ‘é
muito difícil’
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
disse, nesta terça-feira, 18, que prorrogar o
auxílio emergencial novamente com o valor de R$ 600
“é muito difícil”. “O Parlamento tem
responsabilidade. Eu acho que a gente sabe que a
manutenção dos R$ 600 é muito difícil”, afirmou.
O parlamentar reclama do impacto nos cofres
públicos, já que o benefício representa um custo
superior a R$ 50 bilhões por mês. Maia fala na
possibilidade de inflação e comenta o novo programa
social do governo de “ampliação” do Bolsa Família
com o Renda Brasil. Ele disse que, antes de o
governo definir um valor para os beneficiários, deve
ser feita uma sondagem com o Congresso.
Fonte: Brasil247

19/08/2020 -
Perdem a validade nesta terça-feira duas MPs sobre o
Contrato Verde e Amarelo
Perde a validade nesta terça-feira (18) a medida
provisória (MP) 955/2020. Editada no dia 20 de
abril, ela revoga a MP 905/2019, que criava o
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo e flexibilizava
a legislação trabalhista para estimular a
contratação de jovens entre 18 e 29 anos.
Com a edição da MP 955/2020 em abril, a MP 905/2019
teve a tramitação suspensa no Congresso Nacional.
Uma vez que a MP 955/2020 perde a validade nesta
terça-feira, a MP 905/2019 deveria voltar a tramitar
normalmente.
No entanto, a MP 955/2020 foi editada no último dia
de vigência da MP 905/2019. Por isso, de acordo com
o portal do Congresso, os parlamentares teriam até
esta terça-feira para deliberar também sobre o
Contrato Verde e Amarelo.
Com a perda da validade das duas medidas
provisórias, o Congresso tem 60 dias para editar um
decreto legislativo que discipline as relações
jurídicas decorrentes das MPs. O prazo termina no
dia 16 de outubro.
Fonte: Agência Senado

19/08/2020 -
TST reafirma que competência para ajuizar ação
trabalhista é do local da contratação
A competência para o ajuizamento de uma ação
trabalhista é do local da contratação ou da
prestação de serviços, conforme determina a CLT.
Esse entendimento foi reforçado pela 8ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho na análise de um
recurso relativo a uma reclamação ajuizada por uma
recepcionista que foi demitida durante a gravidez.
Alagoana de Pilar, cidade sob a jurisdição da vara
de Atalaia, a reclamante trabalhava (inicialmente
como arrumadeira, depois como recepcionista) no
Hotel Praia Grande Ltda., no centro de Niterói (RJ).
Em 2018, em estágio inicial de gravidez, ela foi
demitida e, em seguida, voltou à sua terra natal,
onde entrou com ação contra a antiga empregadora.
A profissional teve suas demandas parcialmente
atendidas pelo juízo de primeiro grau e a sentença
foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da
19ª Região (AL). A corte estadual argumentou que a
ação deve ser ajuizada no local que mais beneficie o
trabalhador, conforme os princípios constitucionais
do amplo acesso à Justiça.
O hotel, então, apresentou recurso de revista ao TST
com o argumento da incompetência territorial da vara
de Atalaia para julgar a ação. A empresa ressaltou
que a recepcionista foi recrutada, contratada e
trabalhou em Niterói, onde deveria ter ajuizado a
demanda. Por isso, requereu a nulidade da sentença e
a remessa do processo a uma das varas da cidade
fluminense, no que foi atendida pela corte superior
por unanimidade.
A ministra Dora Maria da Costa, relatora do recurso,
lembrou que o TST já consagrou o entendimento de que
prevalecem os critérios objetivos na fixação da
competência territorial, nos termos do artigo 651 da
CLT. Segundo o dispositivo, a competência é
determinada pela localidade onde o empregado presta
os serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado em outro local ou no estrangeiro.
A relatora ressaltou ainda que o ajuizamento da
reclamação trabalhista no domicílio do empregado,
quando o local for diverso, só pode ser admitido se
a empresa tiver atuação em âmbito nacional, o que
não era o caso do hotel. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
RR 554-81.2018.5.19.0055
Fonte: Consultor Jurídico

19/08/2020 -
Pandemia mudou contexto de negociações coletivas,
aponta Dieese
De março até junho foram registrados 7.398
instrumentos coletivos; mais da metade se refere a
cláusulas relacionadas à covid-19
Levantamento feito pelo Dieese mostra que a maioria
das cláusulas de negociações coletivas, no primeiro
semestre, envolve questões relacionadas à pandemia
do novo coronavírus. A maioria dos instrumentos
menciona a Medida Provisória (MP) 936, que,
aprovada, se tornou a Lei 14.020.
Desde o início da pandemia, em março, até junho,
foram registrados 7.398 instrumentos coletivos no
Sistema Mediador, base de dados do Ministério da
Economia. Do total, 55% deles tiveram cláusulas
relacionadas à covid-19.
O sociólogo Luís Ribeiro, um dos integrantes da
equipe técnica do estudo, afirma que diversos temas
foram tratados, como o home office. “Tem questões
que envolvem as medidas provisórias, como a MP 936,
sobre a redução de salário e jornada, além da
suspensão temporária de contrato”, disse, em
entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual.
Ribeiro explica que o reajuste salarial deixou de
ser o principal tema, dando lugar à negociação sobre
suspensão de contrato. “Foi tratado por todas as
categorias, principalmente a de atendimento ao
público, como comércios, transporte e restaurantes.
O que nos surpreendeu é que foi uma negociação
difundida em todo o Brasil”, acrescentou.
Negociações coletivas
O levantamento mostra que as cidades paulistas têm o
maior percentual de garantias sobre as questões
envolvendo o coronavírus. Na região Sul, em especial
no Rio Grande Sul, a proporção de negociações sobre
o tema é menor.
O Dieese mostra também que a maior parte dos
instrumentos com cláusulas sobre a covid-19 foi
negociada pelo setores dos serviços (43%) e da
indústria (41%). “Nesse estudo tentamos observar
três setores: o comércio, a indústria e os serviços.
De certo modo, foram os mais afetados pelo impacto
econômico da pandemia”, disse Luís.
Já a MP 396 foi mais debatida nos instrumentos
coletivos dos metalúrgicos, comerciários e
trabalhadores nos transportes. A redução salarial e
da jornada de trabalho foram os principais pontos
discutidos por estas categorias.
Ribeiro relata ainda que o trabalho remoto, o
chamado home office, também foi bastante debatido
nesse período. “Muitas empresas estão descobrindo o
home office e querem que se torne uma prática
permanente, e precisamos lutar para que isso não
seja um problema para o trabalhador. As empresas não
podem transferir o custo do trabalho ao empregado.
Esses assuntos já estão na negociação, consequência
da pandemia”, finalizou.
Fonte: Rede Brasil Atual

18/08/2020 -
Maia cobra do governo proposta de renda mínima
permanente
"Precisamos saber quais condições o governo
brasileiro tem para transformar o bolsa família num
programa mais amplo”, disse
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
defendeu que o governo apresente proposta de renda
mínima permanente para substituir os atuais R$ 600
do auxílio emergencial, cujo benefício se encerra no
mês que vem. Segundo ele, mesmo que a origem do
auxílio emergencial tenha sido da Câmara – projeto
do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) –, o
importante é que a sociedade foi atendida pelo
auxílio. A declaração foi feita em entrevista à TV
Tropical, do Rio Grande do Norte, nesta
segunda-feira (17).
“Precisamos, já olhando para o próximo ano,
organizar algo que garanta às famílias mais
vulneráveis uma condição, uma renda mínima que deixe
de ser emergencial para ser permanente. Precisamos
saber quais condições o governo brasileiro tem para
transformar o bolsa família num programa mais
amplo”, disse o presidente.
Reformas
Maia também voltou a pedir que o governo encaminhe a
proposta de reforma administrativa e ressaltou que o
texto não tem como objetivo perseguir servidor nem
cortar salários do funcionalismo. Para Rodrigo Maia,
a reforma administrativa vai melhorar a qualidade do
serviço público prestado, atender melhor o cidadão,
reduzir a burocracia para garantir um estado moderno
e eficiente.
“Queremos é valorizar os servidores, e a gente sabe
que há reclamação da sociedade. Queremos melhorar
esse marco regulatório para ter um Estado moderno e
eficiente na prestação do serviço para o cidadão”,
defendeu Maia. “Não queremos desgastar o presidente
com esse tema”, reforçou.
Rodrigo Maia também ressaltou a importância da
reforma tributária. Para ele, o sistema tributário
brasileiro é muito complexo, e a unificação e
simplificação do sistema vai facilitar os
investimentos privados no País. “A tributação só é
boa quando ela vem para o Estado e é aplicada em
serviços públicos com qualidade”, disse o
presidente.
Impeachment
Questionado sobre o andamento dos processos de
impeachment do presidente Jair Bolsonaro, Maia
reafirmou que a prioridade deve ser o enfrentamento
ao coronavírus e a crise econômica por ele
provocada. No entanto, destacou que, no momento
adequado, vai se posicionar sobre o tema, avaliar o
mérito e decidir de forma correta “para não criar
uma crise institucional”, disse.
Fonte: Agência Câmara

18/08/2020 -
STrab não consegue aprovar Portaria para suspender
os exames médicos na pandemia
Os treinamentos dos trabalhadores também
permanecem. Derrota da Secretaria do Trabalho (STrab)
é benéfica à classe trabalhadora e é fruto de
efetiva mobilização das centrais sindicais.
Após a
Nota Informativa SEI nº 19627/2020/ME, a
Secretaria do Trabalho – STrab dava como certa a
suspensão dos exames médicos ocupacionais, exceto o
demissional e também os treinamentos eventuais e
periódicos exigidos pela legislação de segurança e
saúde do trabalho e pela Constituição Federal, sendo
que a Bancada dos Trabalhadores na Comissão
Tripartite Paritária Permanente – CTPP, composta por
representantes da CTB, CSB, CUT, Força Sindical,
NCST e UGT não aceitaram a proposta de portaria na
reunião realizada nos últimos dias 13 e 14 de
agosto.
Entre os vários motivos para a Bancada dos
Trabalhadores dizer NÃO a proposta da Portaria,
estão presentes os constitucionais, onde a STrab
tenta trazer parte da Medida Provisória n° 927 que
não foi aprovada pelo Congresso Nacional e por
critérios técnicos e preventivos, sendo que além do
risco do contágio do COVID-19 nos ambientes de
trabalho, os trabalhadores também estarão sem o
controle de sua saúde frente aos perigos e os riscos
ambientais desses ambientes, os quais em
determinadas atividades são extremamente agressivos.
Diante da defesa e argumentos apresentados pela a
Bancada dos Trabalhadores na reunião da CTPP e por
sua convicção na defesa da classe trabalhadora, a
STrab fez outra proposta que ainda será avaliada e
discutida.
A Bancada dos Trabalhadores não aceita que os exames
médicos ocupacionais e os treinamentos, os quais são
direitos dos trabalhadores brasileiros, sejam
negligenciados neste momento tão cruel da pandemia e
prevaleça o bom senso de ambas as partes, Governo,
Empregadores e Trabalhadores.
Fonte: Centrais Sindicais

18/08/2020 -
Com 48,8% de aumento, orçamento da Defesa supera o
da Educação
Será a primeira vez em dez anos que o Ministério
da Defesa terá um valor superior ao da pasta da
Educação.
O governo de Jair Bolsonaro prevê reservar R$ 5,8
bilhões a mais no Orçamento do ano que vem para
despesas com militares do que com a educação no
País. Será a primeira vez em dez anos que o
Ministério da Defesa terá um valor superior ao da
pasta da Educação.
O jornal Estado de S.Paulo afirma ter tido acesso à
proposta com a divisão dos recursos entre os
ministérios, que está nas mãos da equipe do ministro
da Economia, Paulo Guedes, e deve ser encaminhada
até o fim deste mês ao Congresso.
Bolsonaro foi eleito tendo os militares como parte
de sua base de apoio. Na quinta-feira passada, em
sua live semanal, o presidente disse sofrer pressão
para aumentar os recursos destinados às Forças
Armadas, mas reclamou que “o cobertor está curto”.
“Alguns chegam: ‘Pô, você é militar e esse
ministério aí vai ser tratado dessa maneira?’ Aí tem
de explicar. Para aumentar para o Fernando (Azevedo
e Silva, ministro da Defesa) tem de tirar de outro
lugar. A ideia de furar o teto (de gastos) existe, o
pessoal debate, qual o problema?”, disse o
presidente, em referência à regra que limita
aumentar despesas acima da inflação. Na mesma
ocasião, ele afirmou que a Defesa pode ter “o menor
orçamento da história”.
Não é o que está na proposta mais atual em discussão
no governo. Segundo a previsão, a Defesa terá um
acréscimo de 48,8% em relação ao orçamento deste
ano, passando de R$ 73 bilhões para R$ 108,56
bilhões em 2021. Enquanto isso, a verba do
Ministério da Educação (MEC) deve cair de R$ 103,1
bilhões para R$ 102,9 bilhões.
Os valores, não corrigidos pela inflação, consideram
todos os gastos das duas pastas, desde o pagamento
de salários, compra de equipamentos e projetos em
andamento, o que inclui, no caso dos militares, a
construção de submarinos nucleares e compra de
aeronaves.
Na semana passada, reitores de universidades
federais alertaram que a possível redução do
dinheiro pode inviabilizar atividades nas
instituições.
Fonte: Estado de S.Paulo

18/08/2020 -
Candidatura de Lula em 2018 teria feito bem à
democracia, diz Edson Fachin
Voto vencido no julgamento da ação no STF que
impediu a candidatura de Lula nas eleições
presidenciais de 2018, Fachin fez críticas veladas a
Bolsonaro e comparou situação atual do Brasil com a
Itália fascista de Benito Mussolini
Em palestra online na abertura do Congresso
Brasileiro de Direito Eleitoral na manhã desta
segunda-feira (17), o ministro Edson Fachin, do
Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a
candidatura de Lula em 2018 “teria feito bem à
democracia”, depois de uma longa exposição com
referências a um “cavalo de Troia” dentro da
institucionalidade brasileiro e ao regime fascista
de Benito Mussolini na Itália nos anos 1920.
Em 2018, Fachin foi voto vencido no julgalmento do
STF que decidiu por seis votos a um por impedir a
candidatura de Lula com base na Lei da Ficha Limpa.
Na ocasião, Lula estava preso na Superintendência da
Polícia Federal de Curitiba após a controversa
condenação de Sérgio Moro, na Lava Jato, ser
confirmada por outra decisão polêmica dos
desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF-4).
“O tempo mostrou que teria feito bem à democracia
brasileiro se a tese que sustentei no TSE tivesse
prosperado na Justiça Eleitoral. Fazer fortalecer no
Estado democrático o império da lei igual para todos
é imprescindível, especialmente para não tolher
direitos políticos”, disse Fachin.
“No julgamento no TSE em que esteve em pauta a
candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva fiquei vencido, mas mantenho a convicção de
que não há democracia sem ruído, sem direitos
políticos de quem quer que seja. Não nos deixemos
levar pelos ódios”, complementou o ministro.
Na sua explanação, Fachin fez referência velada ao
governo Jair Bolsonaro e comparou a atual situação
brasileira com o governo facista de Benito Mussolini
na Itália. “Atentemos para aqueles que consideram os
princípios constitucionais um estorvo”, disse ele,
se referindo a políticos com mandato que acusam
opositores de criminosos, espalham notícias falsas e
estimulam a violência.
Com informações do Valor Econômico
Fonte: RevistaForum

18/08/2020 -
Trabalhadores dos Correios decretam greve em todo o
país por tempo indeterminado
Paralisação luta contra a privatização da estatal
e a "negligência com a saúde dos trabalhadores" na
pandemia
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos
Correios e Similares (FENTECT) anunciou que
funcionários da estatal entraram em greve em todo o
país nesta segunda-feira (17). Segundo a entidade,
não há prazo para o fim da paralisação.
De acordo com a federação, a paralisação luta contra
a privatização da estatal e a “negligência com a
saúde dos trabalhadores” na pandemia. Trabalhadores
também pedem que direitos sejam garantidos.
De acordo com reportagem do G1, a entidade afirma
que, em agosto, trabalhadores foram surpreendidos
com a revogação do atual Acordo Coletivo, que
estaria em vigência até 2021.
“Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30%
do adicional de risco, vale alimentação, licença
maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização
de morte, auxílio creche, indenização de morte,
auxílio para filhos com necessidades especiais,
pagamento de adicional noturno e horas extras”, diz
comunicado da Federação.
Confira a nota completa:
Os Correios não pretendem suprimir direitos dos
empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios
concedidos ao que está previsto na CLT e em outras
legislações, resguardando os vencimentos dos
empregados.
Sobre as deliberações das representações sindicais,
os Correios ressaltam que a possuem um Plano de
Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à
população em qualquer situação adversa.
No momento em que pessoas e empresas mais contam com
seus serviços, a estatal tem conseguido responder à
demanda, conciliando a segurança dos seus empregados
com a manutenção das suas atividades comerciais,
movimentando a economia nacional.
Desde o início das negociações com as entidades
sindicais, os Correios tiveram um objetivo
primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da
empresa, a fim de retomar seu poder de investimento
e sua estabilidade, para se proteger da crise
financeira ocasionada pela pandemia.
A diminuição de despesas prevista com as medidas de
contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões
anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez,
custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão
no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019.
Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.
Respaldados por orientação da Secretaria de
Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST),
bem como por diretrizes do Ministério da Economia,
os Correios se veem obrigados a zelar pelo
reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em
parte, isso significa repensar a concessão de
benefícios que extrapolem a prática de mercado e a
legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois
grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a
manutenção dos empregos de todos.
Fonte: RevistaForum

18/08/2020 -
Aumenta o índice de reprovação ao Congresso, aponta
Datafolha
A queda na avaliação do Congresso Nacional coincidiu
com o arrefecimento do conflito entre Jair Bolsonaro
e o Legislativo. De acordo com pesquisa Datafolha
divulgada nesta segunda-feira (17), a reprovação ao
Congresso subiu cinco pontos percentuais nos últimos
dois meses, três acima da margem de erro, que é de
dois pontos.
O Datafolha ouviu 2.065 pessoas por telefone entre
os dias 11 e 12 de agosto.
Em comparação com a pesquisa feita em maio, o índice
de aprovação da atual legislatura manteve-se
estável, oscilando entre 18% e 17% nas avaliações
ótimo ou bom. Mas o percentual daqueles que
consideram a atuação do Congresso ruim ou péssima,
que era de 32% em maio, chegou a 37%. A avaliação do
trabalho dos parlamentares como regular oscilou
entre 47% e 43%.
Os ministros do STF mantiveram a estabilidade na sua
avaliação. O percentual de aprovação da corte
oscilou entre 30% e 27%, as avaliações como regular
ficaram entre 40% e 38%. Já o índice de reprovação à
atuação dos ministros foi de 26% em maio e 29% em
agosto.
Na pesquisa anterior, tanto o poder Judiciário
quanto o Legislativo haviam apresentado quedas nos
índices de rejeição popular em relação a dezembro de
2019.
O primeiro semestre foi marcado por conflitos entre
o presidente e o Congresso Nacional. Primeiro houve
disputa quanto ao orçamento. Em seguida, as medidas
de combate à pandemia estiveram no centro da
discórdia entre os poderes. O clima de tensão com o
Supremo foi marcado por decisões do STF e a
participação do presidente em atos pró-ditadura
militar e pelo fechamento do Congresso e do Supremo.
Com a prisão de Fabrício Queiroz em junho, amigo de
Bolsonaro e ex-assessor de Flávio
Bolsonaro,investigado no caso das "rachadinhas", o
presidente baixou o tom contra o Legislativo e
contra a corte. Ele adotou um discurso mais
conciliador com os demais poderes.
A rejeição ao Congresso é maior entre a população
mais rica. Aqueles que ganham mais de dez salários
mínimos rejeitam o Congresso em 51% e o Supremo em
52%. O melhor índice de aprovação dos parlamentares
vem da população mais pobre, 22% dessa faixa da
população avaliam os parlamentares como ótimos ou
bons.
Fonte: Congresso em Foco

17/08/2020 -
Brasil registra 620 novas mortes por coronavírus
Dados revelados neste domingo são superiores aos
de sete dias atrás
Dados divulgado pelo Ministério da Saúde neste
domingo (16) trazem 620 novas mortes aos registros
oficiais da pandemia do novo coronavírus no Brasil.
Com a atualização publicada às 18h, o país chegou a
107.852 óbitos provocados pelo Sars-Cov-2.
Além disso, já são 3.340.197 casos confirmados no
país, sendo 23.101 nas últimas 24h.
Aos domingos, as taxas são inferiores em razão da
dificuldade de notificação. Os números deste
domingo, no entanto, são superiores ao do último
domingo (9), quando foram registradas 572 mortes e
23.010 novas infecções.
Fonte: RevistaForum

17/08/2020 -
Mesmo com melhora na avaliação, 41% nunca confiam no
que Bolsonaro diz
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14),
mostrou que o presidente Jair Bolsonaro está agora
com sua melhor avaliação popular desde o início do
mandato.O levantamento aponta que 37% dos
brasileiros consideram o atual governo ótimo ou bom.
Ainda assim, a maior parte dos entrevistados não
acredita no que o presidente diz.
41% dos entrevistados afirmaram nunca confiar no que
o presidente diz. Em 24 de junho esse índice era de
46% e no fim de abril, 38%.
Por outro lado, 22% dos entrevistados disseram
sempre confiar no que Jair Bolsonaro diz, um aumento
de um ponto percentual na comparação com o fim de
junho, portanto dentro da margem de erro. 35% dos
entrevistados disseram confiar às vezes nas
declarações do presidente.
Fonte: Congresso em Foco

17/08/2020 -
Delação de Palocci, que Moro vazou antes da eleição,
não tem provas, diz Polícia Federal
A Polícia Federal concluiu que a delação de
Antonio Palocci, vazada pelo então juiz Sergio Moro
às vésperas das eleições de 2018, não tem provas e
foi desmentida pela investigação
A Polícia Federal concluiu que as acusações feitas
por Antonio Palocci e vazada pelo então juiz Sergio
Moro às vésperas das eleições de 2018, sobre um
suposto caixa milionário de propinas para Lula
administrado pelo banqueiro André Esteves, do BTG,
não têm provas e foram todas desmentidas pela
investigação. A informação é da jornalista Mônica
Bergamo.
De acordo com a PF, depoimentos de testemunhas e de
delatores desmentiram a delação de Palocci, que
ganhou prisão domiciliar, além de benefícios em seus
processo em troca da delação.
O delegado Marcelo Daher encerrou o inquérito sem
indiciar os acusados e afirmando que as informações
dadas por Palocci em sua delação "parecem todas
terem sido encontradas em pesquisas de internet",
sem "acréscimo de elementos de corroboração, a não
ser notícias de jornais".
Ainda segundo Daher, "as notícias jornalísticas,
embora suficientes para iniciar o inquérito
policial, parece que não foram corroboradas pelas
provas produzidas, no sentido de dar continuidade à
persecução penal".
Ele encaminhou o resultado ao Ministério Público
Federal.
Fonte: Brasil247

17/08/2020 -
O império da corrupção e o projeto autoritário de
Bolsonaro
Os sucessivos flagrantes de malfeitos não deixam
dúvidas de que o governo do presidente Jair
Bolsonaro está permeado por indícios de corrupção. A
recente decisão do ministro Félix Fischer, do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), de revogar a
prisão domiciliar de Fabrício Queiroz – personagem
das entranhas do círculo do presidente – e sua
esposa, Márcia Aguiar, levanta mais um pouco o
tapete bolsonarista.
De acordo com a decisão do ministro, o ex-assessor
do senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ) não
comprovou ter a saúde debilitada e tentou destruir
provas. E indícios de provas não faltam na relação
promíscua de Queiroz – espécie de eminência parda do
sistema de malfeitos do bolsonarismo, conforme as
denúncias, que transita por diferentes frentes de
atuação – com o clã Bolsonaro.
Seria ele o operador do esquema de “rachadinha” –
apropriação indevida de parte dos salários dos
servidores – na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)
envolvendo Flávio, que paira no ar desde o final de
2018. De acordo com o ministro Fischer, há indícios
também de envolvimento de Queiroz com o ex-policial
militar Adriano da Nóbrega, chefe da milícia
conhecida como “Escritório do Crime”, morto numa
controvertida operação policial no estado da Bahia.
Num caso semelhante ao da “rachadinha” da Alerj, há
a revelação de que a filha de Queiroz, Nathália,
teria depositado parte do seu salário na conta do
pai quando trabalhou no gabinete do então deputado
Jair Bolsonaro. E há, ainda, os depósitos que
Queiroz e sua mulher teriam feitos na conta de
Michelle Bolsonaro, a esposa do presidente – além da
revelação do antigo dono da loja de chocolates
comprada por Flávio Bolsonaro de que foi ameaçado ao
tentar denunciar um esquema de notas frias no
estabelecimento.
O rol de crimes denunciados é grande, um verdadeiro
império da gambiarra, mas a origem é uma só:
corrupção. O conjunto merece ser submetido ao devido
processo legal, com os rigores da legalidade
democrática. Os indícios não deixam dúvidas de que o
bolsonarismo se fez e se mantém à base de usos e
costumes típicos da prática de corrupção. São as
conhecidas artimanhas para romper com a lógica da
função pública para favorecer interesses privados.
Esse assunto tem dado ensejo a debates acalorados,
como é legítimo e saudável que aconteça, mas ele
deve ser analisado numa perspectiva temporal mais
ampla, como um trágico capítulo da história
brasileira. As evidências de desmandos e corrupção
se somam às investidas do presidente, com nítido
viés autoritário, para a instauração de um Estado
antípoda ao Estado Democrático de Direito.
O bolsonarismo não pode se amoldar ao regime
democrático por incompatibilidade com o escopo
ideológico que lhe corre nas veias, por sua lógica
de relação promíscua com o poder político. O Estado
Democrático de Direito aplicado com rigor certamente
levaria a um severo acerto de contas com essas
práticas e com o projeto de poder autoritário do
bolsonarismo. Esse deve ser o norte das forças
democráticas, levando em conta o propósito espúrio
desse projeto.
Fonte: Portal Vermelho

17/08/2020 -
Desemprego na pandemia continua subindo e chega a
13,7%
Nos últimos quatro meses, em que o país passa pela
pandemia de covid-19, cerca de 3 milhões de pessoas
ficaram sem trabalho. Na quarta semana de julho, a
taxa de desocupação chegou a 13,7%, o que
corresponde a 12,9 milhões de pessoas. Os dados são
da edição semanal da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílio (Pnad) Covid-19, divulgada sexta-feira
(14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Quando a pesquisa teve início, na primeira semana de
maio, eram 9,8 milhões de pessoas desocupadas. Na
comparação com a terceira semana de julho, houve
aumento de 550 mil pessoas entre os desocupados. A
população ocupada do país foi estimada em 81,2
milhões, estável em relação à semana anterior e com
queda em relação à semana de 3 a 9 de maio, quando
83,9 milhões de pessoas entravam nessa categoria.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Maria
Lúcia Vieira, os demais dados relacionados a
trabalho ficaram estáveis na comparação com a semana
anterior, apesar da variação em relação a maio.
“Comparando com o início da pesquisa, o saldo da
investigação é que a população ocupada está menor em
2,9 milhões de pessoas. A população desocupada está
maior, pouco mais de 3 milhões. E a taxa de
desocupação também está maior em 3,2 pontos
percentuais. Isso num contexto em que a população
informal vem caindo também”.
Após queda na semana anterior, o número de pessoas
que estavam temporariamente afastadas do trabalho
por causa do distanciamento social voltou a crescer
e somou 5,8 milhões, o que representa 7,1% da
população ocupada. No início de maio eram 16,6
milhões de pessoas afastadas do trabalho, o que
representava 19,8%. O trabalho remoto está sendo
exercido por 8,3 milhões de profissionais (11,5%),
apenas 300 mil a menos do que no início da pesquisa.
O grupo de pessoas que gostaria de trabalhar, mas
não procurou emprego por causa da pandemia ou por
falta de trabalho perto de casa, somou 18,5 milhões.
A informalidade atinge 27,2 milhões de pessoas, 2,7
milhões a menos do que no início de maio. A taxa
está em 33,5%, 1 ponto percentual acima do
registrado na terceira semana de julho.
Maria Lúcia explica que entre os informais estão os
empregados do setor privado e trabalhadores
domésticos sem carteira assinada; empregadores e
trabalhadores por conta própria que não contribuem
para o INSS; e trabalhadores não remunerados que
ajudam morador do domicílio ou parente.
“Vimos na divulgação da semana passada que essa
população tinha caído. É uma força de trabalho que
oscila bastante nessas comparações curtas. As
pessoas entram e saem da força de trabalho com muita
facilidade. Com mais facilidade que a população
ocupada, que é formalizada”.
A população fora da força de trabalho era de 76
milhões de pessoas, estável em relação à semana
anterior e ao início da pesquisa. Desses, 36,9%
disseram que gostariam de trabalhar.
Fonte: Agência Brasil

17/08/2020 -
Taxação de livros é obscurantista, diz Sindicato dos
Escritores de SP
Entidade prevê agravamento de crise no setor e
defende que livros devem ser subsidiados, não
taxados.
O Sindicato dos Escritores de São Paulo divulgou nota
neste sábado (15) em que classifica o governo de
“obscurantista” devido à proposta do ministro da
Economia, Paulo Guedes, de incluir o setor dos
livros na cobrança de uma alíquota de 12% da
Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), uma nova
contribuição que unifica Pis/Pasep e Cofins.
Atualmente, o livro é isento de imposto e, no caso
das contribuições Pis/Pasep e Cofins, a lei
10.865/2004 isenta a tributação sobre vendas e
importações. Com a proposta do governo, as vendas de
livros perderiam a isenção, encarecendo o produto.
A nota cita o presidente da Câmara Brasileira do
Livro, Vitor Tavares, que afirmou que “a taxação
pode inviabilizar as atividades de livrarias e
distribuidoras”. Argumenta ainda que a taxação
agravaria a situação de um setor já em crise.
De acordo com o Sindicato dos Escritores de SP,
devido à combinação da crise sanitária com a crise
econômica, o mercado de livro, que já vinha caindo
desde 2018, amarga uma queda nas vendas com recuo de
48% até abril. Já as vendas nas livrarias
despencaram 70% no período em que permaneceram
fechadas. “ O livro, em lugar de ser taxado, deve
ser subsidiado”, defende.
Confira a íntegra da nota.
Fonte: Portal Vermelho

14/08/2020 -
Além de encolher, mercado de trabalho perde R$ 12
bilhões de renda em um trimestre
Em um ano, são quase 10 milhões de pessoas a
menos na força de trabalho, mostra a Pnad Contínua,
do IBGE.
Desempregados somam mais de 12 milhões
A edição mais recente da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE,
mostrou, mais que aumento da taxa de desemprego, uma
saída dramática de pessoas da força de trabalho
brasileira. No trimestre encerrado em junho, havia
quase 10 milhões a menos entre os ocupados. Eles
somavam 83,347 milhões, ante 93,342 milhões em igual
período do ano passado. A força de trabalho (96,138
milhões) caiu praticamente na mesma proporção,
enquanto os desempregados somam 12,791 milhões.
O encolhimento mostra outra face negativa da crise e
com efeitos para toda a economia. Com tanta gente
fora do mercado, a renda do trabalho também cai. A
massa de rendimentos, que em junho de 2019 atingia
R$ 212,911 bilhões, agora é de R$ 203,519 bilhões.
Quase R$ 9,4 bilhões a menos. Essa retração se
concentrou no segundo trimestre deste ano, que
perdeu R$ 12 bilhões em relação ao primeiro.
Individualmente, a renda do trabalho não teve tanta
variação na Pnad Contínua. Estimado em R$ 2.500, o
rendimento médio até cresceu, tanto em relação ao
primeiro trimestre deste ano como na comparação com
o segundo trimestre do ano passado. O que indica que
as vagas fechadas foram as de menor remuneração.
Consumo cai e puxa o PIB
A queda na renda já pôde se observar no Produto
Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, embora
ainda sem todo o impacto da pandemia. Em relação ao
último período de 2019, o consumo das famílias (R$
1,2 trilhão) caiu 2%. Na comparação com os três
primeiros meses do ano passado, queda de 0,7%. “Esse
resultado pode ser explicado pela pandemia aliada ao
distanciamento social que afetou negativamente o
mercado de trabalho, prejudicando a demanda, além
dos efeitos sobre a oferta”, diz o IBGE. O PIB do
segundo trimestre será divulgado em 1º de setembro.
O Brasil é um país de salários baixos e com
disparidades na renda. Uma população com maior poder
aquisitivo significaria mais potencial de consumo de
produtos e serviços. No ano passado, a renda média
domiciliar per capita ficou estagnada em R$ 1.439,
de acordo com o IBGE. Variou de R$ 636 (Maranhão) a
R$ 2.686 (Distrito Federal).
Fonte: Rede Brasil Atual

14/08/2020 -
Cerca de 50% dos trabalhadores pretendem pagar
dívidas com FGTS
Pesquisa foi feita pela Serasa
Levantamento feito pela Serasa mostrou que 67% dos
trabalhadores entrevistados pretendem realizar o
Saque Emergencial do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS). Desses, 52% devem usar os recursos
para o pagamento de dívidas. A pesquisa mostrou que
59% dos entrevistados têm valores disponíveis de
FGTS para saque.
De acordo com a Serasa Experian, entidade a qual
está ligada a Serasa, isso indica maior consciência
sobre a importância de manter o nome limpo perante
as instituições financeiras mesmo durante o período
da pandemia de covid-19.
“O saque emergencial de até R$ 1.045 vai desempenhar
um papel muito importante na organização do
orçamento das famílias brasileiras, que já encontram
dificuldade com as despesas básicas do dia a dia,
complicando ainda mais a vida financeira se
estiverem com dívidas”, afirmou a especialista em
Pesquisa e Comportamento do Consumidor da Serasa,
Jéssica Vicente.
A injeção de recursos do FGTS deve chegar a R$ 37,8
bilhões na economia, beneficiando cerca de 60
milhões de pessoas.
A pesquisa entrevistou 1.290 pessoas entre homens e
mulheres de todas as regiões do Brasil, entre 18 e
85 anos de idade. O estudo foi realizado no formato
online, por meio de uma metodologia quantitativa que
reflete o comportamento da população brasileira como
um todo.
Fonte: Agência Brasil

14/08/2020 -
Desempenho de pequenas indústrias é recuperado no
segundo trimestre
Depois de tombo em abril, indicador aproxima-se
de média histórica
Depois de sofrer um tombo em abril, por causa da
pandemia do novo coronavírus, a atividade das
indústrias de pequeno porte recuperou-se no restante
do segundo trimestre, revelou pesquisa divulgada
nesta quinta-feira (13) pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI). O Indicador de Desempenho da
Pequena Indústria fechou junho em 41,3 pontos, um
pouco abaixo do registrado em junho de 2019 (41,8
pontos) e próximo da média histórica de 42,7 pontos.
Média ponderada do desempenho das pequenas
indústrias extrativas, de transformação e da
construção, o indicador varia de 0 a 100 pontos.
Quanto maior o nível, melhor o desempenho. Em abril,
um mês depois do início da pandemia, o índice chegou
a 27,1 pontos. Em maio, subiu para 33,8 pontos.
Segundo a CNI, o salto de 7,5 pontos em junho indica
que o pior momento da crise parece ter passado, mas
que a reposição das perdas trazidas pela pandemia de
covid-19 levará tempo. A entidade cobra a conclusão
da reforma tributária em discussão no Congresso
Nacional como ponto crucial para a retomada da
atividade econômica no médio e no longo prazo.
(Mais informações:Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil

14/08/2020 -
Aprovação de Bolsonaro aumenta em meio à pandemia e
é a maior desde que assumiu governo, diz Datafolha
O índice de rejeição caiu 10 pontos, segundo o
levantamento realizado entre 11 e 12 de agosto
Pesquisa Datafolha, divulgada na edição desta
quinta-feira (14) da Folha de S.Paulo, revela que
mesmo em meio às críticas pela condução das medidas
de combate ao coronavírus a aprovação de Jair
Bolsonaro aumentou cinco pontos porcentuais – ante o
último levantamento realizado em junho – e chegou a
37% de avaliação ótimo ou bom, o maior índice desde
o início de seu mandato.
A pesquisa, realizada entre 11 e 12 de agosto,
mostra ainda que a rejeição teve uma queda ainda
maior, passando de 44% em junho para atuais 34%.
Outros 27% classificam o governo como regular – eram
23% no estudo anterior.
No total, foram ouvidas 2.065 pessoas por telefone,
devido à pandemia. A margem de erro é de dois pontos
porcentuais para mais e para menos.
Fonte: RevistaForum

14/08/2020 -
Congresso já tem 52 pedidos de impeachment contra
Bolsonaro
Segundo Perpétua Almeida, partidos de oposição
continuam a insistir na abertura do processo
Com um pedido protocolado nesta quarta-feira (12)
pela Coalizão Negra por Direitos, há agora 52
processos de impeachment contra o presidente Jair
Bolsonaro esperando a avaliação do Congresso. A
oposição admite que o clima para afastamento esfriou
por causa da aliança com o Centrão e do freio nos
ataques aos outros Poderes.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
tem mantido os pedidos na gaveta. Recentemente, ele
passou a dizer que não vê motivos para autorizar o
início desse julgamento pelo Congresso.
Os pedidos feitos até agora tratam de temas diversos
– da participação em manifestações durante a
pandemia a acusação o ex-ministro da Justiça Sergio
Moro de tentativa de interferir na Polícia Federal
para preservar aliados das investigações. A primeira
petição pendente é de março de 2019, sob o argumento
de quebra de decoro ao publicar “vídeo com forte
conteúdo pornográfico, a pretexto de crítica ao
carnaval” (o episódio do “golden shower”).
Apenas quatro pedidos de afastamento são de 2019 –
os demais foram apresentados este ano. Mais de 50%
das petições ocorreram em meio à pandemia, devido,
sobretudo, à postura do presidente em não defender o
isolamento e recomendações da Organização Mundial da
Saúde (OMS) contra a Covid-19. É o caso do pedido da
Coalizão Negra por Direitos. Março teve o recorde de
solicitações (14), seguido por abril (13) e maio
(10).
Há duas semanas, Maia afirmou, em entrevista, que
arquivará todos esses pedidos, mas que não fez isso
até agora porque caberia recurso ao plenário contra
essa decisão, o que tiraria o foco da Covid-19.
Segundo a líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida
(AC), os partidos de oposição reclamaram com ele
dessa posição e continuam a insistir na abertura do
processo.
“Quando ele respondeu que não tinha crime para
impeachment, dissemos para ele que ele não leu os
pedidos que fizemos. Podia até dizer que é uma
combinação de fatores, mas crime há”, disse.
Entre deputados da oposição e governistas, há a
avaliação de que não há força para que um pedido
desses prospere hoje. Bolsonaro formou aliança com
parte do Centrão, liderada por PP, PL, PSD e
Republicanos, que garantiu mais dos que os 171 votos
necessários para barrar um processo.
O presidente ainda afastou aliados do grupo mais
“ideológico” e fez pontes com o mundo político. A
última troca, nesta quarta, foi do líder do governo
na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO), por Ricardo Barros
(PP-PR).
O líder da minoria no Congresso, o deputado Carlos
Zarattini (PT-SP), admite que o clima para
impeachment “amainou”, mas ele acredita que a
pressão ressurgirá em breve. “O Bolsonaro parou de
confrontar os Poderes, o que reduziu a tensão”, diz.
“Mas o assunto vai voltar quando voltarem os
movimentos de rua. E, quando voltar, estará mais
forte, com 20 milhões de desempregados e uma
situação econômica caótica.”
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Portal Vermelho

14/08/2020 -
Projeto permite saque integral do FGTS em caso de
calamidade ou pandemia
O Projeto de Lei 4193/20 permite o saque integral de
recursos disponíveis em contas ativas e inativas do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em
razão de estado de emergência, calamidade pública ou
pandemia, reconhecidos pelos governos municipal,
estadual, distrital ou federal.
Pela proposta em análise na Câmara dos Deputados, o
saque será permitido desde a publicação do ato que
reconhece esses estados e enquanto durar a situação
de excepcionalidade. O trabalhador deverá residir em
áreas atingidas pela situação.
Para a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), autora da
proposta, a medida é “uma maneira eficiente de
proporcionar um auxílio financeiro imediato à
população brasileira para enfrentar os reflexos
econômicos, já visíveis, em razão da pandemia pelo
Covid-19 ou qualquer outra situação de
excepcionalidade vivenciada”.
Outras propostas
O saque extraordinário do FGTS durante a pandemia já
foi tema de uma medida provisória neste ano. A MP
946/20, que permitia ao trabalhador sacar até R$
1.045 (um salário mínimo) do fundo, perdeu a
validade por não ter sido votada dentro do prazo.
As alterações feitas na Câmara e no Senado, que
ampliaram a possibilidade de saque, fizeram o
Planalto desistir da proposta.
Depois disso, o relator da MP, deputado Marcel Van
Hattem (Novo-RS), apresentou o Projeto de Lei
4085/20, recuperando o conteúdo do parecer. Os
líderes partidários pedem urgência na votação dessa
proposta.
Fonte: Agência Câmara

14/08/2020 -
Operadora não é obrigada a fornecer plano de saúde
individual, diz STJ
A operadora de plano de saúde coletivo empresarial
que exerce o direito de cancelar unilateralmente o
contrato, respeitando prazos, não pode ser obrigada
a fornecer plano individual ao consumidor. O direito
que surge ao segurado é de fazer a portabilidade, em
novo contrato observando os prazos de carência do
plano anterior.
Com esse entendimento, a 3ª Turma do Superior
Tribunal de Justiça deu provimento a recurso
especial de uma seguradora para reformar decisão que
a obrigava a ofertar plano individual aos
integrantes do contrato anterior, que fora
rescindido. O entendimento é o mesmo aplicado na 4ª
Turma do STJ.
O julgamento do caso registrou divergência parcial
em voto do ministro Ricardo Villas Bôas Cueva,
entendimento que foi incorporado no voto da
relatora, ministra Nancy Andrighi. A resolução
passou pela interpretação do artigo 3º da Resolução
Consu 19/1999, que a qual "exclui expressamente a
obrigação de transferência dos beneficiários das
operadoras que não mais comercializam a modalidade
individual de apólice de seguro".
Segundo a 3ª Turma, uma interpretação literal pode
agravar a vulnerabilidade do consumidor contribuiu
para o serviço até ter seu contrato rescindido, além
de favorecer o exercício arbitrário das operadoras
de planos de saúde coletivos empresariais.
"Na ausência de norma legal expressa que resguarde o
consumidor na hipótese de resilição unilateral do
contrato coletivo empresarial pela operadora, sem a
contratação de novo plano pelo empregador, há de se
reconhecer o direito à portabilidade de carências",
afirmou Andrighi.
A portabilidade consta da Resolução 438/2018 da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e prevê
expressamente a possibilidade de portabilidade de
carências na hipótese específica de rescisão do
contrato coletivo por parte da operadora ou da
pessoa jurídica contratante.
No caso concreto, os dois autores da demanda estão
em tratamento por doenças graves. A decisão do STJ
determina que o plano de saúde mantenha o plano
coletivo enquanto durar esse tratamento, abrindo
depois prazo para a portabilidade de carência para
os consumidores.
REsp 1.819.894
Fonte: Consultor Jurídico

13/08/2020 -
STF suspende julgamento do índice a ser aplicado em
dívida trabalhista
Ministros voltam a discutir o tema em 26 de
agosto
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para 26 de
agosto a continuação do julgamento das ações que
discutem qual o índice deve ser aplicado para a
correção monetária de dívidas trabalhistas. O
julgamento começou nesta quarta-feira (12), mas foi
interrompido após as manifestações das partes. Na
retomada do julgamento, os votos dos ministros serão
proferidos.
O debate envolve a aplicação do Índice de Preços ao
Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), mais favorável
aos trabalhadores, ou da Taxa Referencial (TR),
prevista na reforma trabalhista de 2017, para
correção de valores devidos.
No dia 27 de junho, o ministro Gilmar Mendes
suspendeu todas as ações sobre a questão em
tramitação na Justiça do Trabalho para aguardar a
decisão da Corte. A decisão foi assinada pouco antes
de o Tribunal Superior do Trabalho (TST) retomar o
julgamento sobre o assunto. No mesmo mês, o tema
chegou a entrar na pauta do plenário da corte
trabalhista, onde 17 dos 27 ministros já votaram
pela adoção do IPCA.
A maioria dos ministros do TST considerou, até o
momento, inconstitucional o trecho da reforma
trabalhista que prevê a correção dos débitos
trabalhistas pela TR, índice calculado pelo Banco
Central que costuma ficar abaixo da inflação anual.
Em 2019, a TR foi de 0%.
Além de garantir segurança jurídica, Gilmar Mendes
citou a crise econômica provocada pela pandemia da
covid-19 como uma das razões para conceder a
liminar. “Diante da magnitude da crise, a escolha do
índice de correção de débitos trabalhistas ganha
ainda mais importância”, argumentou o ministro.
Fonte: Agência Brasil

13/08/2020 -
Bolsonaro quer precarizar mais o trabalho com
salário por hora para 50% dos funcionários de cada
empresa
Contratação por hora, e não mais com salário
mensal, é o eixo central do projeto da carteira de
trabalho verde-amarela
Depois da reforma trabalhista de Michel Temer, que
prometia gerar empregos e não teve nenhum impacto
positivo no mercado de trabalho, Jair Bolsonaro quer
precarizar ainda mais as regras trabalhistas, com
salários pagos por hora – e não mais fixados em
valores mensais. Este é o eixo do projeto da
carteira de trabalho verde-amarela.
"O projeto do governo para afrouxar regras de
contratação de trabalhadores prevê que até metade
dos empregados de empresas privadas sejam pagos por
hora trabalhada, em vez de salário mensal. Essa
modalidade de contratação deve ser a base da
proposta da carteira verde e amarela. O governo diz
que o objetivo é incentivar a criação de empregos",
informa o jornalista Antônio Temóteo, em reportagem
publicada no Uol.
"O projeto que deve ser enviado ao Congresso prevê
uma implantação gradual: no primeiro ano, as
empresas poderiam ter 10% dos empregados contratados
pelo regime de pagamento por hora trabalhada. No
segundo ano, 20% e, no terceiro, 30%. Empresas de
saneamento seriam exceção e já começariam com 50% no
primeiro ano. Especialistas dizem que a medida pode
criar empregos, mas causar a demissão dos
trabalhadores atuais, porque os outros seriam mais
baratos", aponta ainda o repórter.
Fonte: Brasil247

13/08/2020 -
“Debandada” na Economia é derrota para Paulo Guedes
e Bolsonaro
Fiasco da política econômica joga pressão sobre
Guedes, já que a crise e o desemprego devem crescer
neste segundo semestre
As baixas mais recentes na equipe econômica abalaram
o ministro Paulo Guedes e seu projeto ultraliberal,
além de pôr em xeque, mais uma vez, o apoio do
mercado ao presidente Jair Bolsonaro. Salim Mattar,
da Secretaria Especial de Privatizações, e Paulo
Uebel, da Secretaria Especial de Desburocratização,
abandonaram o governo na noite desta terça-feira
(11). O próprio ministro definiu as demissões como
uma “debandada” e admitiu que ambos estavam
insatisfeitos com o andamento de suas áreas.
O foco de Guedes, agora, é avançar na reforma
tributária (na realidade, uma mera simplificação de
tributos). Agentes do mercado já reconhecem que a
agenda liberal prometida pelo ministro será menos
ambiciosa do que eles esperavam. Tanto Uebel quanto
Mattar reclamaram que nem Bolsonaro nem o núcleo
político do governo apoiam reforma administrativa ou
privatizações, que não avançarão. É uma derrota de
Guedes e Bolsonaro – e uma boa notícia para a
população brasileira.
Em meio a isso, Bolsonaro tem sido pressionado por
parlamentares da própria base e por ministros a
flexibilizar ou mesmo abrir mão do nefasto teto de
gastos, para ampliar os investimentos públicos – uma
necessidade do Brasil em meio à crise. O
enfraquecido Guedes disse que brigará com qualquer
ministro “fura-teto” e declarou quem defende isso
quer levar Bolsonaro para o impeachment. O
presidente sinalizou nesta quarta (12) que, pelo
menos publicamente, apoia Paulo Guedes. “Nosso norte
continua sendo a responsabilidade fiscal e o teto de
gastos”, postou Bolsonaro no Facebook.
No final deste mês, vence o prazo para envio do
orçamento de 2021 ao Congresso. O fiasco da política
econômica joga pressão sobre Guedes, já que a crise
e o desemprego devem crescer neste segundo semestre,
mesmo com a retomada gradual das atividades
econômicas. Além disso, para substituir os
secretários, Guedes sofrerá pressões dos aliados de
Bolsonaro no Congresso e dos militares nas
substituições.
É certo que, com a abertura do governo ao Centrão, o
ministro da Economia está cada vez mais isolado no
governo. Segundo um auxiliar do presidente que
defende um amplo programa de obras federais para
debelar a crise, Guedes é “o maior fura-teto” do
governo, que já gastou R$ 926 bilhões, de forma
excepcional, para conter os danos causados pelo novo
coronavírus.
O ministro está fazendo Bolsonaro e todo o país
embarcarem em uma narrativa falsa, já que a própria
crise explodiu o teto e elevou o déficit fiscal.
Assim, incluir em ações emergências um pacote de
obras e de programas sociais não alteraria a
situação fiscal de forma significativa. E ajudaria o
País a se recuperar, de acordo com a ala
desenvolvimentista da equipe de Bolsonaro.
As palavras usadas por aliados bolsonaristas contra
Paulo Guedes são duras: “idiota”, “bobo político” e
“primário” então entre elas. A narrativa é que o
ministro não consegue perceber que há alternativas
que permitiriam a inclusão das obras e de gastos
sociais no orçamento sem que elas alterassem o
problema fiscal. Guedes se limitaria a repetir
palavras de ordem sem sentido prático, interditando
uma discussão razoável sobre o problema.
Liderada pelo ministro Walter Braga Netto (Casa
Civil), a ala desenvolvimentista tenta articular um
programa de despesas com obras que extrapolaria o
teto. Isso seria possível se elas fossem
consideradas emergenciais. Braga Netto é apoiado por
outros militares e pelos ministros Rogério Marinho
(Desenvolvimento Regional) e Tarcísio Freitas
(Infraestrutura). O grupo tentou colocar R$ 35
bilhões em obras no orçamento fora do teto – mas a
reação de Paulo Guedes brecou a iniciativa.
Com informações do Infomoney e da Folha
Fonte: Portal Vermelho

13/08/2020 -
Bolsonaro anuncia união com Maia e Alcolumbre por
teto de gastos e fala em privatizações
O presidente ainda minimizou a pandemia que já
matou mais de 100 mil e disse que "o Brasil está
indo bem"
O presidente Jair Bolsonaro participou nesta
quarta-feira (12) de uma coletiva de imprensa com os
presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), onde anunciou a
união das forças em favor do teto de gastos,
reformas e até mesmo privatizações. Os três tiveram
uma reunião durante a tarde.
A resposta acontece após uma debandada no Ministério
da Economia e pressões de Guedes – com ameaça até de
impeachment – diante da defesa por parte da
oposição, setores do centrão e do próprio governo
por maiores investimentos em razão da pandemia do
novo coronavírus.
“Nós respeitamos o teto dos gastos, queremos
responsabilidade fiscal e o Brasil tem como,
realmente, ser um daqueles países que melhor reagirá
à crise. Assuntos variados foram tratados como
privatizações e outras reformas, como a
administrativa. Nós nos empenharemos, mesmo em ano
eleitoral, para juntos destravar nossa economia”,
declarou o presidente durante a coletiva.
O ex-capitão ainda afirmou que o Brasil, que é o
segundo do mundo com mais mortes provocadas pela
Covid-19 – mais de 100 mil – está indo bem. “Em que
pese a pandemia, o Brasil está indo bem, a economia
está reagindo. Decidimos unir as nossas forças para
o bem comum, para aquilo que todos nós defendemos,
nós queremos progresso desenvolvimento e bem estar
do nosso povo”, declarou.
A união foi anunciada no dia em que foi apresentado
o 56º pedido de impeachment contra Bolsonaro. Apesar
de rusgas do passado e ataques de apoiadores do
ex-capitão, Maia afirmou em entrevista ao Roda Viva
que não vê crimes de responsabilidade cometidos pelo
presidente e que não vai dar prosseguimento aos
pedidos.
Fonte: RevistaForum

13/08/2020 -
PDT pede ao STF o afastamento de Paulo Guedes
O partido pede que Guedes fique afastado até a
conclusão das investigações sobre possíveis fraudes
cometidas pelo ministro nos fundos de pensão
O PDT informou que pediu ao STF nesta quarta-feira
(12) o afastamento do ministro da Economia, Paulo
Guedes, até que sejam concluídas as investigações
acerca de possíveis fraudes cometidas pelo ministro
nos fundos de pensão.
A ação do PDT solicita que "o Senhor Paulo Roberto
Nunes Guedes, Ministro do Estado da Economia, seja
afastado do cargo até a conclusão de todos os
procedimentos investigativos nos órgãos de
persecução penal" em razão "do alto grau de
lesividade aos preceitos fundamentais indicados, até
o julgamento final desta Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental".
A Operação Greenfield, que envolve Guedes, apura
fraudes que chegam a R$ 1 bilhão contra fundos de
pensão.
Fonte: Brasil247

13/08/2020 -
Mesmo com alta taxa de retorno, FGTS segue em risco
com Bolsonaro
Em nome dos interesses privados, governo tenta
descapitalizar fundo que é hoje uma das principais
poupanças públicas para os trabalhadores e a
sociedade brasileira
O Conselho do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço) aprovou, nesta terça-feira (11), a proposta
do governo de Jair Bolsonaro para distribuir R$ 7,5
bilhões entre os trabalhadores cotistas. O montante
é referente a parte do lucro do fundo de garantia em
2019, que deve ser depositado até 31 de agosto.
Cerca 167 milhões de contas, ativas e inativas, irão
receber, segundo os cálculos da Caixa Econômica
Federal (CEF), em média R$ 45 pela proposta.
A medida é a mesma que já foi implementada pelo
governo de Michel Temer e, no ano passado, pela
gestão Bolsonaro. Dessa vez, o valor será
equivalente a 66,2% do arrecadado pelo FGTS em 2019.
O lucro prova que o fundo de garantia tem uma taxa
de retorno, inclusive acima da taxa de juros operada
pelo mercado. O rendimento, por exemplo, será
superior ao da caderneta de poupança e à inflação,
que fecharam em 4,46% e 4,31%, em 2019,
respectivamente.
O que, por outro lado, coloca em dúvida o conjunto
de medidas que o governo Bolsonaro tem apresentado,
na direção de desmobilizar o FGTS, como adverte o
diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior. Em
sua coluna no Jornal Brasil Atual, ele ressalta que,
além de ser uma poupança individual para cada
trabalhador acessar em um momento de emergência, do
ponto de vista coletivo, o fundo é ainda uma “grande
poupança pública”. É ele que dá capacidade ao Estado
para fazer investimentos necessários de
infraestrutura social, como habitação e saneamento,
que dificilmente receberiam aporte da iniciativa
privada.
Descapitalização
“Quando olhamos para o fundo público, no debate que
temos, sabemos que o Brasil sempre careceu de uma
poupança de investimentos. E nós temos dois grandes
fundos que foram criados justamente para isso, o
FGTS e o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador)”,
explica Fausto.
O risco, contudo, de que esse fundo seja
descapitalizado, é cada vez mais presente. Na
prática, a retirada de recursos já ocorre. No ano
passado, por exemplo, com o programa de saque
imediato do governo Bolsonaro, R$ 26 bilhões foram
retirados do FGTS. Além de R$ 125,3 bilhões sacados
das contas dentro das modalidades previstas em lei,
como demissão por justa causa, aposentadoria e
compra de imóveis. Na pandemia, o saque de recursos
também foi liberado.
O diretor técnico do Dieese acrescenta ainda no
cenário a proposta do governo de desonerar as
empresas da obrigação do depósito para o FGTS, na
chamada reforma tributária. Medidas que colocam em
xeque a função do fundo de garantia, tanto no
momento de emergência do trabalhador, como no
sentido de mobilizar investimentos públicos e
sociais.
Pela poupança privada
“Quando se promove a tal da desoneração da folha, uma
das coisas que se faz é reduzir as entradas do
fundo. E ao reduzi-la, de um lado, diminui essa
poupança de segurança, esse recurso de seguro, que
de certo modo o trabalhador tem para a emergência.
Mas está também reduzindo essa poupança pública”,
alerta Fausto.
Hoje, a arrecadação já é puxada para baixo por conta
da ampliação da informalidade no mercado de trabalho
e do aumento da taxa de rotatividade, fatores que
diminuem a capacidade do FGTS. E a intenção por trás
dessas investidas do governo Bolsonaro é sobretudo
em nome dos interesses do mercado. A equipe
econômica quer implementar a ideia de uma nova
poupança, dessa vez, privada.
“Essa discussão tem a ver com a proposta de reforma
da Previdência e de capitalização que o governo,
logo quando entrou, colocou em discussão, mas foi
derrotado no Congresso Nacional. Ele ainda vislumbra
em algum momento implementar”, observa o diretor
técnico do Dieese.
Fonte: Rede Brasil Atual

13/08/2020 -
Paulo Paim destaca importância do FGTS
O senador Paulo Paim (PT-RS) ressaltou, em
pronunciamento nesta quarta-feira (12), a
importância do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) para todos os brasileiros. Paim também
criticou medidas que possam fragilizar o FGTS. Para
ele, o fundo foi criado para proteger o trabalhador
e sua família.
— É inaceitável que se fale em medidas que
fragilizem o nosso FGTS. E também os mecanismos de
entrada de recursos na nossa Previdência Social e
pública. Não! não à privatização, não à
capitalização. As perdas são enormes, atingindo a
vida de milhões de trabalhadores e trabalhadoras,
aposentados e pensionistas. Uma situação que com
certeza vai piorar ainda mais as desigualdades
sociais e o desemprego no país — afirmou.
O senador destacou também os benéficos que o FGTS
pode trazer para o trabalhador, como aquisição da
casa própria, aposentadoria e demissão sem justa
causa além, da utilização em caso de doenças graves.
De acordo com o senador, só em 2019 o FGTS
beneficiou 24 milhões de trabalhadores.
— Ele é necessário para a vida das pessoas e para o
desenvolvimento do nosso país. O FGTS gera emprego,
renda, moradia e ainda uma indenização em caso de
demissão. O que seria do nosso país se não fosse a
seguridade social? Vamos juntos defender sempre a
nossa seguridade social e o nosso fundo de garantia
— defendeu.
Fonte: Agência Senado

12/08/2020 -
Manifesto Sindical contra a suspensão da
obrigatoriedade da realização dos EMO
MANIFESTO SINDICAL CONTRA A SUSPENSÃO DA
OBRIGATORIEDADE DA REALIZAÇÃO DOS EXAMES MÉDICOS
OCUPACIONAIS (Nota Informativa SEI Nº.
19627/2020/ME)
Em 29/07/2020, o Governo Federal, por meio do
Ministério da Economia, emitiu a Nota Informativa
SEI nº 19627/2020/ME com mais um ataque brutal à
saúde das classes trabalhadoras.
Como se não bastasse a mórbida omissão à proteção
social de quem trabalha praticada por esse Governo,
agora seus atentados continuados contra o povo
brasileiro impõem a triste e interminável sina de um
crime humanitário, um suplício coletivo para mais de
3 milhões de pessoas contaminadas e assombradas
pelas mais de 100 mil mortes por COVID-19.
Tragicamente isso se tornou a marca pedagógica desse
Governo e uma tendência genocida que se espalha pelo
país.
Na Nota Informativa SEI nº 19627/2020/ME,
dissimuladamente o Governo reedita parte da MP
927/20, que foi objeto de amplo debate pelas
organizações da sociedade civil, pelo sindicalismo,
além de instituições públicas e privadas do
judiciário e pelo Congresso Nacional, aonde juntos,
coletivamente, rejeitaram tal proposição,
mantendo-se, assim, em franca defesa da vida das
classes trabalhadoras e da população brasileira em
geral.
Diante disso, o Governo Federal, como de costume,
mais uma vez, em nítido desrespeito e afronta à
Democracia e à Constituição, promove outro ataque
vil e grotesco ao processo democrático e às
deliberações do Parlamento Federal, ao usar como
pretexto a pandemia da COVID-19 para reeditar a
parte da MP 927 que dispensava as empresas de
realizarem exames médicos ocupacionais obrigatórios
(admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho,
exceto os demissionais), enquanto durar o estado de
‘calamidade pública’, e ainda por mais 180 dias,
justamente no ápice da pandemia, no qual o maior
rigor aos processos de prevenção e acesso nos
ambientes de trabalho deve ser prioridade e
exigência estatal obrigatória em suas normas
laborais e sanitárias.
Em momentos de aumento de ameaças à saúde e à vida,
o esperado são atos governamentais em defesa do
reconhecimento e da valorização da percepção das
condições físicas e mentais de quem trabalha
amparados pelo reforço do direito de saber e de agir
em prol de sua própria sanidade, jamais algo que
impulsiona a sua passividade ou as das equipes de
saúde laboral.
As Centrais Sindicais, assim como a Frente Ampla em
Defesa da Saúde dos Trabalhadores, afirmam que,
“existe consenso de que tal iniciativa atende apenas
a interesses patronais inomináveis; deixa a
descoberto o monitoramento e vigilância das
condições de saúde dos trabalhadores e trabalhadoras
(inclusive em relação à COVID-19), e abre
precedentes de irrelevância e descartabilidade dos
programas e ações de Saúde e Segurança dos
trabalhadores, de responsabilidade dos empregadores,
preconizados na Constituição Federal, em várias
convenções internacionais do âmbito da OIT (155, 161
entre outras) e também em diversas Normas
Regulamentadoras (NR)”.
Diante disso, de modo unânime, todas as Centrais
Sindicais, com representação na Comissão Tripartite
Paritária Permanente (CTPP), manifestam-se contra a
suspensão da obrigatoriedade da realização dos
exames médicos ocupacionais (Nota Informativa SEI
Nº. 19627/2020/ME), bem como se posicionam
radicalmente contrárias à qualquer tratativa de
discussões com fins de alteração da Portaria nº
1224/2018.
Brasília, 10 de agosto de 2020
Sérgio Nobre
Presidente da CUT - Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Adilson Araújo
Presidente da CTB - Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos
Presidente da NCST - Nova Central Sindical de
Trabalhadores
Álvaro Egea
Presidente da CSB - Central dos Sindicatos Brasileiros
Ricardo Patah
Presidente da UGT - União Geral dos Trabalhadores
Clique
aqui e
baixe o documento original
Fonte: Centrais Sindicais

12/08/2020 -
Conselho do FGTS aprova distribuição de R$ 7,5 bi
para trabalhadores
Dinheiro será depositado até 31 de agosto nas
contas vinculadas
O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) aprovou nesta terça-feira (11) a
distribuição de parte dos lucros para os
trabalhadores. Serão creditados nas contas
vinculadas ao fundo R$ 7,5 bilhões, equivalentes a
66% do resultado positivo de 2019. O resultado total
do ano passado foi de R$ 11,32 bilhões.
Conforme a deliberação, os créditos devem ser pagos
até 31 de agosto. A distribuição será feita
proporcionalmente ao saldo de 31 de dezembro de
2019.
Segundo informações apresentadas durante a reunião
do conselho, a distribuição dos recursos permitirá
que o FGTS tenha rendimento de 4,90%, somados juros
e correções obrigatórias. Dessa forma, o fundo passa
a render mais que a poupança, que fechou 2019 com
rentabilidade de 4,26%, e a inflação medida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), que terminou o ano passado em 4,31%.
A decisão do conselho não altera as hipóteses em que
o trabalhador pode sacar o FGTS. No site da Caixa é
possível obter mais informações, inclusive sobre os
saques emergenciais do fundo devido aos efeitos da
pandemia da covid-19 na renda dos brasileiros.
Fonte: Agência Brasil

12/08/2020 -
Governo só deve enviar reforma administrativa após
eleição na Câmara e no Senado
O governo federal não vai enviar a proposta de
emenda à Constituição (PEC) da reforma
administrativa, que permite o fim da estabilidade
para futuros servidores públicos, antes de serem
definidos os próximos presidentes da Câmara e do
Senado. As eleições das mesas diretoras das duas
casas legislativas serão realizadas no começo de
fevereiro de 2021.
“Não existe definição ainda. Eleições municipais e
das duas Casas devem influenciar a decisão”, disse
um importante integrante do governo que está a par
das negociações sobre o tema.
A reforma no serviço público tem sido defendida pelo
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que
cobrou reiteradas vezes o envio do texto do governo.
Como a matéria trata dos servidores dos três
Poderes, Maia acredita que a iniciativa tem de
partir do Executivo.
Inicialmente, o envio da proposta estava previsto
para o final de 2019, mas foi adiado devido às
fortes resistências políticas. Nos primeiros meses
de 2020, o governo prometeu e adiou sucessivas vezes
a entrega da iniciativa. A ideia é que seja enviada
primeiro uma PEC com a ideia geral da reforma e
depois uma série de projetos de lei que regulamentem
as mudanças de forma mais clara.
Fonte: Congresso em Foco

12/08/2020 -
Produção industrial cresce em 14 locais em junho,
diz IBGE
Maiores altas foram observadas nos estados do
Amazonas e Ceará
A produção industrial cresceu em 14 dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), na passagem de maio para junho
deste ano. As maiores altas foram observadas nos
estados do Amazonas (65,7%) e do Ceará (39,2%), de
acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal
divulgados nesta terça-feira (11).
Também tiveram crescimento acima da média nacional
(8,9%) os estados do Rio Grande do Sul (12,6%), de
São Paulo (10,2%) e Santa Catarina (9,1%).
Completaram a lista dos estados com alta na produção
Minas Gerais (5,8%), Paraná (5,2%), Pernambuco
(3,5%), Pará (2,8%), Goiás (0,7%), Rio de Janeiro
(0,7%), Bahia (0,6%) e Espírito Santo (0,4%).
A Região Nordeste, única a ter a produção de todos
os estados calculada de forma conjunta, cresceu 8%.
Mato Grosso foi o único local com queda (-0,4%).
Outros tipos de comparação
Na comparação com junho de 2019, 12 dos 15 locais
pesquisados tiveram queda na produção, com destaque
para Espírito Santo (-32,4%) e Ceará (-22,1%). Os
três locais com alta foram Pernambuco (2,8%), Mato
Grosso (1,6%) e Goiás (5,4%).
No primeiro semestre do ano, houve redução em 13 dos
15 locais, na comparação com o mesmo período do ano
anterior. As maiores quedas foram observadas no
Ceará (-22%), Espírito Santo (-20,8%) e Amazonas
(-19,6%). Rio de Janeiro (2,3%) e Goiás (0,9%) foram
os únicos locais com alta.
Já no acumulado de 12 meses, foram observadas quedas
em 12 locais, com destaque para o Espírito Santo
(-19,6%). Os estados com alta na produção foram Rio
de Janeiro (4,4%), Goiás (2,2%) e Pará (0,4%).
Fonte: Agência Brasil

12/08/2020 -
No Brasil, 40% dos jovens com ensino superior não
têm emprego qualificado
No Brasil, 40% dos jovens graduados estavam em
ocupações que não exigem ensino superior. O número
corresponde a cerca de 525,2 mil brasileiros entre
22 e 25 anos, de acordo com levantamento da
consultoria iDados
No primeiro trimestre de 2020, 525,2 mil jovens
brasileiros graduados estavam em ocupações que não
exigem ensino superior. O número corresponde a cerca
de 40% da população entre 22 e 25 com faculdade no
currículo, de acordo com levantamento da consultoria
iDados. A informação é do portal G1.
"Houve uma formação muito grande de pessoas com
ensino superior nos últimos 10 anos", afirma Ana
Tereza Pires, pesquisadora do iDados e responsável
pelo levantamento. "As pessoas que se formaram a
partir de 2015 enfrentaram um cenário de crise, em
que elas não conseguiam mais encontrar uma vaga
compatível com o nível de estudo."
O levantamento da consultoria iDados tem como base
os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio (Pnad), apurada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), acrescenta a
reportagem.
"O principal motor (para esse elevado nível de
sobre-educação) foi a desaceleração da economia",
diz Ana. "A crise econômica fez com que as pessoas
não conseguissem encontrar vagas em níveis
compatíveis com a formação delas."
Fonte: Brasil247

12/08/2020 -
Guedes diz que não apoia eventual tentativa de furar
teto de gastos
Declaração foi feita após reunião com presidente
da Câmara
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta
terça-feira (11) que não apoia eventuais medidas
para furar o teto de gastos do governo, limite
estabelecido na Constituição em 2016 para impedir o
aumento de despesas no Orçamento que será elaborado
para o ano seguinte. A declaração do ministro foi
feita após reunião com o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Guedes reafirmou que não há apoio para uma eventual
tentativa de furar o teto de gastos do governo para
garantir investimentos públicos no país. “Não haverá
nenhum apoio do ministério da Economia a fura-tetos.
Se tiver ministro fura-teto, eu vou brigar com
ministro fura-teto”, disse.
O ministro também afirmou que o país foi obrigado a
gastar mais recursos com saúde neste ano devido à
pandemia da covid-19, mas que o padrão de gastos não
pode ser mantido em 2021.
“Se nós tentamos ano seguinte seguindo com o padrão
de gastos, nós vamos para o caos. Os conselheiros do
presidente [Bolsonaro] que estão aconselhando a
pular a cerca e furar-teto vão levar o presidente
para uma zona de incerteza, para uma zona sombria,
zona de impeachment, zona de irresponsabilidade
fiscal, e o presidente sabe disso. O presidente tem
nos apoiado”, afirmou.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
também defendeu o equilíbrio fiscal e disse que os
investimentos devem vir do corte de despesas
públicas.
“Nossa decisão de estar aqui falando em conjunto é
para mostrar para a sociedade brasileira, para o
governo brasileiro, para o Legislativo brasileiro
que nós queremos encontrar caminhos para melhorar a
qualidade do gasto público, mas não será furando o
teto de gastos. Não há jeitinho para resolver os
problemas de gasto público no Brasil. Só tem um
jeito, é reformar o Estado brasileiro”, disse Maia.
Fonte: Agência Brasil

12/08/2020 -
Com 97% dos votos, metalúrgicos da Renault aprovam
acordo
Depois de 21 dias, chegou ao fim a greve dos
trabalhadores da Renault em São José dos Pinhais,
região metropolitana de Curitiba. Eles voltarão ao
serviço nesta terça-feira (12), após aprovar acordo
que inclui reajuste, abono, participação nos
resultados e plano de demissões voluntárias (PDV),
além de medidas de flexibilização na fábrica, que
atualmente tem por volta de 7.300 funcionários.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande
Curitiba (Simec), quase 5.300 trabalhadores
participaram da votação remota. Desse total, 5.119
(97%) foram a favor da proposta negociada com a
empresa, enquanto 164 votaram contra.
Com isso, foram anuladas as 747 demissões feitas em
21 de julho, correspondente ao fechamento do
terceiro turno. No entanto, eles não voltam ao
trabalho amanhã, junto com os demais colegas.
Ficarão em casa até o próximo dia 20, quando termina
o PDV. Se a meta da montadora não for atingida, será
implementado lay-off (suspensão dos contratos), com
garantia de pagamento de 85% do salário líquido,
durante pelo menos cinco meses. Se preciso, poderá
haver redução de jornada e salário com base na Lei
14.020 (originária da Medida Provisória 936).
Abono e reajuste
Na data-base deste ano e do próximo, em vez de
reajuste será pago abono de R$ 2.500. Em 2022 e
2023, os reajustes voltarão a ser aplicados, com
base na variação do INPC. Esse índice será usado nos
quatro anos para o vale-mercado.
A participação nos lucros ou resultados (PLR) também
vale para quatro anos. O valor depende do
cumprimento de metas. Neste ano, por exemplo, se as
metas forem atingidas integralmente, o prêmio somará
R$ 26.500. A primeira parcela já tem o valor fixado
em R$ 8.500.
Ainda de acordo com o sindicato, a Renault “se
comprometeu a tentar adiantar a vinda de um novo
produto para a fábrica”.
Fonte: Rede Brasil Atual

11/08/2020 -
Não é um número que fará diferença, diz Pazuello
sobre os 100 mil mortos pela Covid-19 no Brasil
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello,
afirmou que o fato do Brasil ter ultrapassado o
registro de 100 mil mortes em decorrência da Covid-19
“fará pouca diferença” na política oficial do
governo Jair Bolsonaro para enfrentar a pandemia do
novo coronavírus. "Não é um número que vai fazer a
diferença. Não é 95, 98 ou 101 que vai fazer a
diferença. O que faz a diferença é cada brasileiro
que se perde. Precisamos compreender como parar o
sangramento com diagnóstico precoce, tratamento
imediato e suporte respiratório antes da UTI", disse
Pazuello nesta segunda-feira (10).
Pazuello voltou a insistir no “tratamento precoce”
da Covid-19, apesar de não existir nenhum
medicamento com eficácia comprovada para controlar a
contaminação. "O brasileiro que tiver qualquer
sintoma deve procurar o médico, esse médico tem todo
o poder soberano de diagnosticar de forma clínica,
com base em exames de imagens e testes para definir
o tratamento. O brasileiro que for diagnosticado,
receba a prescrição dos medicamentos e tome. Não
agravando seu quadro, ele não precisará de UTI".
Jair Bolsonaro vem defendendo publicamente o uso da
hidroxicloroquina e da cloroquina em pacientes da
Covid-19. O medicamento, porém, não tem eficácia
comprovada e seu uso não é recomendado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesta segunda, a
instituição emitiu um alerta afirmando que “a
proliferação do coronavírus no Brasil não cai, a
cloroquina não funciona e a doença continua
ativamente se espalhando pelo país”.
Fonte: Brasil247

11/08/2020 -
Vetos de Bolsonaro agridem vítimas da covid-19,
dizem profissionais de saúde
Presidente vetou indenização para trabalhadores
da Saúde incapacitados permanentemente ou mortos
pela covid-19
“Bolsonaro mostra seu descaso aos que colocam em
risco a vida para cuidar dos acometidos pela covid-19.
Esse desamparo nos faz sentir sem proteção e
desvalorizados”, afirma a auxiliar de enfermagem
Débora Cristiano, diretora do Sindicato dos
Trabalhadores Públicos da Saúde do ABC (SindSaúde
ABC). Ela se refere ao veto do presidente a uma
indenização aprovado pelo Congresso Nacional a
agentes incapacitados para o trabalho depois de
contrair covid-19.
A lei aprovada, de autoria dos deputados federais
Reginaldo Lopes (PT-MG) e Fernanda Melchiona (Psol-RS),
previa uma compensação de R$ 50 mil a profissionais
da saúde afetados permanentemente em consequência da
intensa exposição ao novo coronavírus. Bolsonaro
ignorou a matéria, vetando-a completamente. Para a
Rede Sindical UNISaúde, a ação agrava o descaso com
que ele trata a pandemia desde o início.
“Essa decisão do presidente Jair Bolsonaro só
reforça a nossa queixa (no Tribunal Penal
Internacional em Haia, na Holanda) e é mais uma
atitude dele que demonstra seu descaso e agressão
aos trabalhadores da saúde”, disse o secretário
regional da UNI Américas, Márcio Monzane, em
referência a denúncia coordenada pela entidade de
que Bolsonaro comete crime contra a humanidade e
genocídio durante a gestão da pandemia.
Conjunto
O veto ao auxílio não é a primeira ação de Bolsonaro
oposto ao cuidado, tanto com profissionais de saúde
como da população em geral vítima da covid-19. Desde
o início da pandemia, em março, o presidente
desdenha do vírus. Sempre defendeu que medidas de
isolamento não fossem tomadas. “Abrir o comércio é
um risco que eu corro. Se agravar, vai cair no meu
colo”, disse no dia 17 de abril. Naquele dia, o
Brasil tinha 2.141 mortos pela doença. Menos de
quatro meses depois, passa de 100 mil mortos.
A UNISaúde lembra também de outras situações de
irresponsabilidade. “O veto à ajuda aos
profissionais de saúde é apenas mais um golpe do
governo federal contra esses trabalhadores.
Levantamentos (…) mostram que o presidente já
publicou ao menos oito vetos que prejudicam esses
trabalhadores. Além do veto do projeto de
indenização de R$ 50 mil, está o de nº 17, que
congela os reajustes de salários dos servidores da
saúde. As entidades cobram de deputados e senadores
que rechacem o veto”, afirma a entidade, em nota.
Situação dos trabalhadores
Até o momento, 232.992 profissionais da saúde foram
atingidos pela covid-19. De acordo com estudo da
Fundação Getúlio Vargas (FGV), menos da metade de
todos os profissionais ativos sequer foi testada
para a doença, o que mostra que a subnotificação que
o país vive também prejudica esses trabalhadores,
que estão na linha de frente do combate ao vírus.
Edição: Fábio M. Michel
Fonte: Rede Brasil Atual

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