Blog - Notícias Anteriores - Novembro 2022
30/11/2022 -
Centrais debatem fortalecimento sindical, em
Brasília
30/11/2022 -
Emprego formal perde ritmo, demissões crescem mais
que admissões e salário diminui
30/11/2022 -
Prazo para pagamento de primeira parcela do 13º
termina nesta quarta
30/11/2022 -
PEC do Bolsa Família é protocolada no Senado
30/11/2022 -
Preços da indústria recuam 0,85% em outubro, diz
IBGE
30/11/2022 -
Governo Lula vai fazer pente-fino nas compras de
cloroquina por Bolsonaro
30/11/2022 -
Pesquisa mostra que população brasileira está se
endividando para comer
29/11/2022 -
Renda do trabalho diminui desde 2017. Salário não
chega a dois mínimos em metade dos empregos
29/11/2022 -
Equipe de Lula quer 'enterrar' de vez Carteira Verde
e Amarela
29/11/2022 -
Insatisfeitos com Bolsonaro, militares antecipam
transição
29/11/2022 -
PF frustra bolsonaristas e diz que não houve fraude
29/11/2022 -
'Núcleo duro' da Transição negocia PEC com validade
de dois anos
29/11/2022 -
Mercado financeiro eleva projeção da inflação de
5,88% para 5,91%
28/11/2022 -
Centrais defendem PEC, propõem mínimo de R$ 1.342 e
criticam ‘falso debate’ entre política fiscal e área
social
28/11/2022 -
“Não vai voltar
imposto sindical”, diz Alckmin sobre reforma
trabalhista
28/11/2022 -
Lula vai aliar
responsabilidade fiscal e avanços sociais, diz
Alckmin
28/11/2022 -
Quitação de débitos com INSS em rescisões
trabalhistas na pauta da CAS
28/11/2022 -
CAE vai debater direitos de trabalhadores em
cooperativas
28/11/2022 -
Em desespero,
Bolsonaro aciona STF contra Lula e Gleisi
28/11/2022 -
Empresa é dispensada da obrigação de reintegrar
dirigente sindical demitido
25/11/2022 -
Levantamento mostra destruição de direitos
trabalhistas sob Temer e Bolsonaro
25/11/2022 -
Racha na coligação: Republicanos tenta se
desvincular do golpismo do PL e recorre ao TSE para
não ser multado
25/11/2022 -
Maioria dos reajustes salariais em outubro ficou
acima da inflação
25/11/2022 -
Número de greves cresce 76% no primeiro semestre.
Mais da metade por violação de direitos
25/11/2022 -
O que caracteriza e como denunciar assédio moral no
trabalho
24/11/2022 -
Grupo de transição do Trabalho sinaliza para
negociação coletiva com fortalecimento dos
sindicatos
24/11/2022 -
Sindicalistas se reúnem com ministros do TST e do
Trabalho
24/11/2022 -
Gabinete de Transição denuncia atraso generalizado na
vacinação
24/11/2022 -
Câmara aprova requerimento para que Augusto Nardes
explique falas golpistas
24/11/2022 -
TRE-PR recomenda, mais uma vez, reprovação das
contas de Moro
24/11/2022 -
Moraes nega
pedido do PL e condena o partido de Bolsonaro a
pagar multa de R$ 22 milhões
23/11/2022 -
PL de Bolsonaro
tenta questionar resultado da eleição. Presidente do
TSE responde
23/11/2022 -
Todos ganham com o 13º salário, diz técnico do
Dieese
23/11/2022 -
65,5 milhões ganham até dois salários mínimos
23/11/2022 -
Desigualdade salarial entre negros e brancos
persiste, diz Dieese
23/11/2022 -
Ministro do TCU entra de licença após repercussão de
áudio com teor golpista
23/11/2022 -
A falácia do teto de gastos: economistas rebatem
Fraga, Malan e Bacha
23/11/2022 -
Inflação de outubro pressiona mais famílias de renda
alta
22/11/2022 -
Cabe a Lula reger os movimentos, diz economista
22/11/2022 -
Congresso fará a mediação necessária ao País nos
próximos quatro anos, diz Lira
22/11/2022 -
Bolsonaro usa PGR para impedir investigação de dados
da CPI da Covid
22/11/2022 -
Assédio no trabalho é desafio que se impõe, diz
presidente do TST
22/11/2022 -
Sindicatos de todo o mundo pedem regularização de um
bilhão de empregos informais
22/11/2022 -
‘Colocar o pobre no orçamento é fundamental’, afirma
Marcio Pochmann
21/11/2022 -
Peso de Lula pode reequilibrar Congresso
21/11/2022 -
Chegando a hora de governar
21/11/2022 -
Indústria tem desempenho negativo em outubro, diz
CNI
21/11/2022 -
Valorização do trabalhador retorna com Lula, diz
Adilson Araújo
21/11/2022 -
Bolsonaro se
queixa de espera “aflitiva” até posse de Lula e
reclama que não tem mais “poder algum”
21/11/2022 -
Ministro da Defesa será um civil, não militar,
adianta Mercadante
18/11/2022 -
País tem 2,6 milhões buscando trabalho há mais de
dois anos. Desemprego é maior para mulheres e negros
18/11/2022 -
“GM desrespeita liberdade sindical no Brasil”,
afirma centrais sindicais
18/11/2022 -
Trabalhadores pretos ganham 40,2% menos do que
brancos, aponta IBGE
18/11/2022 -
Mais de 79 mil militares receberam Auxílio
Emergencial indevidamente, diz TCU
18/11/2022 -
Alckmin entrega minuta da PEC da Transição, que
prevê retirar novo Bolsa Família do teto de gastos
18/11/2022 -
Transição vai propor revogação dos decretos de armas
17/11/2022 -
Presidentes de centrais sindicais estão na equipe de
transição do governo Lula
17/11/2022 -
Governo Bolsonaro deixará indústria nacional com
maior déficit da história
17/11/2022 -
Lula fala na COP27: “O Brasil está de volta”
17/11/2022 -
Lula recebe mapa para anular 'canetadas' de
Bolsonaro em 20 áreas
17/11/2022 -
Como duas ações de Lula podem tirar Bolsonaro das
próximas eleições
17/11/2022 -
Mourão diz que não vai colocar a faixa em Lula e
afirma estar limpando suas gavetas
16/11/2022 -
Centrais querem debater Conclat na transição
16/11/2022 -
Equipe de Lula planeja rever três pontos da reforma
trabalhista. Veja quais
16/11/2022 -
Pagamento do 13º salário põe quase R$ 250 bilhões na
economia, calcula Dieese
16/11/2022 -
Aliados de Bolsonaro não se comprometem com PEC da
Transição, mas apoiam auxílio de R$ 600
16/11/2022 -
Moraes diz a Lula que quer criar comissão de combate
à desinformação
11/11/2022 -
Inflação: IPCA volta a subir após as eleições e acumula
alta de 6,47% em 12 meses
11/11/2022 -
Lula chora e define erradicar a fome como “missão de
vida”
11/11/2022 -
Após gritaria bolsonarista, Defesa não vê fraude
eleitoral. Urnas são ‘orgulho nacional’, afirma TSE
11/11/2022 -
Deputados dizem que há clima favorável para aprovar
PEC da Transição
11/11/2022 -
Lula sinaliza nova legislação trabalhista para
incluir trabalhadores em aplicativos
11/11/2022 -
Sindicatos devem participar de ações sobre
contratações em estatais, decide STF
10/11/2022 -
Caminhos para um novo mundo do trabalho
10/11/2022 -
Lira diz a Lula que ajudará na governabilidade e
demonstra apoio à PEC da Transição
10/11/2022 -
Líder da Conacate assume FST
10/11/2022 -
Derrota de Bolsonaro acende esperanças
10/11/2022 -
TCU não encontra irregularidades em urnas no segundo
turno
10/11/2022 -
STF tem maioria para barrar medida de Bolsonaro
contra leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc
09/11/2022 -
Ministério Público recebeu 2.749 denúncias de
assédio eleitoral
09/11/2022 -
Bolsonaro entrega o Brasil sem dinheiro para
auxílio, merenda e remédios
09/11/2022 -
Moraes manda polícias identificarem líderes e
financiadores de atos golpistas
09/11/2022 -
Indústria recua em setembro em 12 locais pesquisados
pelo IBGE
09/11/2022 -
Proposta do novo governo de reajustar tabela do IR
já é discutida na Câmara
09/11/2022 -
"Simone Tebet vai trabalhar conosco na área do
desenvolvimento social", anuncia Alckmin
09/11/2022 -
Equipe de Lula busca barrar nomes de Bolsonaro no
Judiciário e no exterior
08/11/2022 -
Lula se reúne com Alckmin e governo de transição
para definir Bolsa Família de R$ 600
08/11/2022 -
Cesta básica volta a subir, e alta é generalizada em
2022. Salário mínimo vale menos
08/11/2022 -
O inferno astral de Bolsonaro é o fim do foro
privilegiado em janeiro
08/11/2022 -
Centrais querem debater reajuste do piso regional
com governador do RS
08/11/2022 -
Ganhos salariais melhoram em setembro
08/11/2022 -
Indústrias pequenas são menos afetadas por escassez
de matéria-prima
08/11/2022 -
Governo Bolsonaro entrega educação básica com verba
34% menor do que recebeu
07/11/2022 -
Centrais Sindicais repudiam decisão do Conselho de
Administração da Petrobras de antecipar distribuição
de lucros de quase R$ 44 bilhões
07/11/2022 -
PT começa tratativa para Lula ter maioria na Câmara
e no Senado
07/11/2022 -
Lula deve ampliar o aumento real e reajustar salário
mínimo para R$ 1.319 no primeiro ano de governo
07/11/2022 -
CNN: Lula processará Bolsonaro por abuso de poder
político e econômico
07/11/2022 -
Economista
classifica como “maldita” a herança fiscal de
Bolsonaro
07/11/2022 -
Relator apresenta parecer ao projeto do Estatuto do
Aprendiz na próxima quinta
04/11/2022 -
Equipe de Lula começa a negociar benefícios sociais
no orçamento de 2023 com o Congresso
04/11/2022 -
Manifestantes antidemocráticos serão tratados como
criminosos, diz Alexandre
04/11/2022 -
Com Lula, salário mínimo pode ter aumento real de
1,4% já em 2023
04/11/2022 -
Lula será convidado a expor seu projeto de nação no
Fórum Econômico Mundial
04/11/2022 -
Câmara aprova urgência a proposta do Senado para
custeio do piso da enfermagem
04/11/2022 -
Ministério do Trabalho forte une Sindicalismo, diz
Patah
04/11/2022 -
FMI reduz projeção da inflação no Brasil de 9,4%
para 6% em 2022
04/11/2022 -
Bolsonaro
cumprimenta Alckmin em reunião a portas fechadas no
Planalto
03/11/2022 -
“Eleições legítimas e povo soberano”, dizem centrais
em nota
03/11/2022 -
Novos
ministérios devem ser criados pelo governo Lula
03/11/2022 -
Vargas avalia vitória de Lula e desafios sindicais
03/11/2022 -
Geraldo Alckmin será o coordenador de transição do
governo de Lula
03/11/2022 -
Centrão começa a
abandonar Bolsonaro e prepara adesão à base de Lula
03/11/2022 -
Atividade industrial cai e acumula queda no ano.
Maioria dos setores tem produção menor
01/11/2022 -
Esperança em dias melhores: vitória de Lula é
celebrada pela NCST e classe trabalhadora
01/11/2022 -
Debate sobre salário mínimo transcende à eleição
01/11/2022 -
Lula vence. Mas Bolsonarismo mostra resistência
01/11/2022 -
Caminhoneiros bloqueiam Dutra e outras rodovias em
11 estados e no DF
01/11/2022 -
China e Rússia felicitam Lula pela vitória eleitoral
01/11/2022 -
Pacheco parabeniza Lula e garante colaboração do
Senado
01/11/2022 -
Sintaema realiza atos contra privatização da Sabesp
01/11/2022 -
Fome, trabalho e Teto de Gastos: os primeiros
desafios econômicos de Lula
30/11/2022 -
Centrais debatem fortalecimento sindical, em
Brasília
As Centrais Sindicais participam nesta semana, em
Brasília, do seminário Debates e Propostas: Pela
Reconstrução Sindical. O objetivo do evento é
apresentar propostas para o fortalecimento e a
reconstrução do sindicalismo brasileiro. O evento
será realizado quarta (30) e quinta (1º).
A organização do evento é da Excola Social. Segundo
o coordenador, professor Gerson Marques, os temas
que serão apresentados – negociação coletiva e
custeio – são oportunos. “Ambos os temas
encontram-se mal tratados no Direito brasileiro,
prejudicando essencialmente as atividades
sindicais”, afirma.
A ideia é formular propostas que serão apresentadas
ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, aos
tribunais e autoridades públicas, além de discutir
formas de ação imediatas, no campo da autonomia e
liberdade sindical.
Participam dos debates dirigentes da CUT, Força
Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras
do Brasil (CTB), UGT, Nova Central e CSB, além de
sindicalistas de outras entidades de classe.
Dentre os palestrantes, estão confirmados o ministro
do Tribunal Superior do Trabalho, Maurício Godinho
Delgado, o subprocurado-geral do Trabalho, Francisco
Gérson Marques de Lima, a vice-procuradora-geral do
Trabalho, Maria Aparecida Gugel, e o advogado Mauro
Menezes.
Seminário – Ocorre quarta (30) e quinta (1º),
no Hotel Kubitschek Plaza, em Brasília. As
inscrições já se encontram encerradas.
Mais – Site da
Excola
Social.
Fonte: Agência Sindical
30/11/2022 -
Emprego formal perde ritmo, demissões crescem mais
que admissões e salário diminui
Quem é contratado ganha menos do que aquele que é
demitido
Entre contratações e demissões, o país teve saldo de
159.454 postos de trabalho formais em outubro,
segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados, o “novo” Caged, divulgado nesta
terça-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e
Previdência. O resultado, embora positivo, mostra
redução do ritmo de admissões, inferior ao de
admissões, e salário menor. O estoque de emprego
chegou a quase 43 milhões (recorde de 42.998.607).
Entre os setores de atividade, houve forte
concentração em serviços, com saldo de 91.294 vagas.
O comércio abriu 49.356, com a proximidade das
festas de fim de ano. A indústria e a construção
civil ficaram mais próximas da estabilidade (14.891
e 5.348, respectivamente), enquanto a agropecuária
fechou 1.435 postos de trabalho.
O saldo no ano é de 2.320.252 vagas. Mas o ritmo de
admissões é menor que o de demissões, segundo os
dados do Caged. Enquanto as contratações cresceram
10,4% de janeiro a outubro, em comparação com igual
período do ano passado, os desligamentos aumentaram
15,4%. A criação de empregos com carteira, em 2022,
se concentra também em serviços (1.263.899).
Ainda pelos dados divulgados hoje, o salário médio
de admissão (R$ 1.932,93) é 2,4% menor que o de
desligamento (R$ 1.981,39). Ou seja, quem entra
ganha menos do que aquele que perde o emprego. Essa
situação se repete desde fevereiro. O salário dos
contratados também cai há dois meses.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/11/2022 -
Prazo para pagamento de primeira parcela do 13º
termina nesta quarta
Termina nesta quarta (30) o prazo para o pagamento
da primeira parcela do 13º Salário. A segunda
parcela deve ser paga até dia 20 de dezembro. Por
isso, o trabalhador precisa ficar atento.
O valor deve ser de 50% do salário nominal. Ou seja,
o valor que está registrado na Carteira de Trabalho
do empregado. Para chegar ao cálculo de quanto tem
direito, o trabalhador deve dividir o seu ordenado
em 12 partes e somar de acordo com os meses em que
trabalha na empresa.
Por exemplo, se o funcionário está na empresa desde
janeiro, recebe o valor cheio. Agora, se ele está
empregado desde junho, receberá o equivalente a 6/12
avos, ou seja, metade do salário.
O economista do Dieese, Rodolfo Viana, alerta: “O
empregado precisa ficar atento ao valor que será
depositado em sua conta bancária para evitar calote.
Em caso de qualquer divergência no 13º, ele deve
procurar imediatamente o Sindicato que o
representa”.
História – O direito ao 13º salário foi
instituído após intensas lutas do movimento
sindical. Em 1962, o governo João Goulart (Jango)
sancionou a Lei 4.090, que garante a todos os
trabalhadores.
Mais – Caso sua empresa não efetue o
pagamento da primeira parcela do 13º salário nesta
quarta (30) ou deposite o valor errado, informe
imediatamente ao seu Sindicato.
Fonte: Agência Sindical
30/11/2022 -
PEC do Bolsa Família é protocolada no Senado
A proposta é que o benefício seja de R$ 600 reais
e mais R$ 150,00 (famílias com crianças menores de 6
anos). A diferença desta proposta para a minuta
apresentada inicialmente é o prazo de validade que
agora prevê quatro anos.
O senador Marcelo Castro (MDB-PI) que também é o
relator geral do Orçamento de 2023, informou que
protocolou o texto da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) do Bolsa Família nesta
segunda-feira (28), no Senado.
O texto apresenta um montante de R$ 175 bilhões para
os beneficiários do programa Bolsa Família de R$ 600
reais mensais, mais R$ 150,00 para famílias com
crianças menores de 6 anos, além de R$ 23 bilhões
para investimentos em 2023, fora do teto. A
diferença desta proposta para a minuta apresentada
inicialmente é o prazo que prevê quatro anos de
validade da medida.
Agora, o documento precisa de 27 assinaturas para
começar a tramitar no Senado. A partir disso, o
texto será encaminhado para apreciação da Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, antes de
ser levado ao Plenário.
Ao chegar na sede do gabinete de transição no fim da
tarde de hoje para participar de reunião com o
presidente Lula no CCBB, o senador Marcelo Castro
falou sobre a importância do programa social para
ajudar as pessoas mais pobres e que acredita na
aprovação da PEC. Ele espera que a proposta seja
aprovada pelo Congresso Nacional até 16 de dezembro.
“É imprescindível e indispensável, a PEC precisa ser
aprovada sob pena de o país não ter um Orçamento
adequado no ano que vem. É impossível, inimaginável
que nós não tenhamos essa PEC aprovada”, disse ele.
A proposta de orçamento enviada ao Congresso pelo
governo Bolsonaro para 2023 não previa aumento do
Auxílio Brasil, do salário mínimo real, além de
recursos para manutenção de vários programas sociais
necessários para a população.
Fonte: Portal Vermelho
30/11/2022 -
Preços da indústria recuam 0,85% em outubro, diz
IBGE
Os preços dos produtos industrializados, na saída
das fábricas, caíram 0,85% em outubro deste ano. A
taxa é medida pelo Índice de Preços ao Produtor
(IPP), que calcula a inflação dos produtos na saída
das fábricas e que foi divulgado hoje (29) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Em setembro deste ano, deflação havia sido ainda
mais intensa, de -1,89%. Com o resultado, o IPP
acumula taxas de inflação de 5,04% no ano e de 6,50%
em 12 meses.
Das 24 atividades industriais pesquisadas, metade
apresentou deflação e a outra metade inflação, no
mês de outubro deste ano. Entre os ramos da
indústria com taxas de deflação mais significativas
estão outros produtos químicos (-4,58%), indústrias
extrativas (-3,44%), refino de petróleo e
biocombustíveis (-1,40%) e alimentos (-0,41%).
Entre as 12 atividades industriais com inflação, a
principal influência veio dos veículos, com alta de
preços de 0,38%.
Analisando-se as quatro grandes categorias
econômicas da indústria, a deflação foi puxada
apenas pelos bens intermediários, isto é, os insumos
industrializados usados no setor produtivo, cujos
preços recuaram 1,66% no mês.
As outras três grandes categorias econômicas tiveram
inflação: bens de capital, isto é, as máquinas e
equipamentos usados no setor produtivo (0,78%), bens
de consumo duráveis (0,39%) e bens de consumo semi e
não duráveis (0,15%).
Fonte: Agência Brasil
30/11/2022 -
Governo Lula vai fazer pente-fino nas compras de
cloroquina por Bolsonaro
Está na mira, inclusive, a 'doação' de 2 milhões
de doses de cloroquina dos EUA ao Brasil, pouco
antes de o país revogar a autorização de uso
emergencial do remédio contra Covid
O governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), deverá passar uma espécie de
“pente-fino” nos contratos para a aquisição de
vacinas de cloroquina assinados pelo governo Jair
Bolsonaro (PL) durante a pandemia de Covid-19 no
Brasil.
Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL,
integrantes da equipe de transição no setor de saúde
confirmaram “a intenção de que, uma vez no poder, a
nova administração busque esclarecimentos sobre as
motivações por parte dessas compras que, no caso da
cloroquina, iam contra as orientações de cientistas
e da própria OMS [Organização MUndial de Saúde]”.
Ainda conforme a reportagem, um levantamento
semelhante também deverá ser feito junto ao
Itamaraty, “o que também vai implicar o exame de
temas relacionados com a pandemia. Mas, segundo
membros da equipe de transição, o trabalho irá bem
além da retirada dos sigilos de documentos
confidenciais ou telegramas sigilosos da diplomacia.
No Ministério da Saúde, o objetivo da análise é a de
saber qual foi a cadeia de comando na tomada de
decisões, de onde vieram as orientações e como foi o
processo de consultas com equipe técnica e
científica”.
Chade destaca que a doação de 2 milhões de doses de
hidroxicloroquina por parte dos Estados Unidos ao
Brasil, "como demonstração da solidariedade", também
está na mira do novo governo, uma vez que o uso da
droga no tratamento da Covid já havia sido
considerado ineficaz pela OMS quando o medicamento
foi entregue ao Brasil.
Pouco após enviar as doses ao Brasil, os Estados
Unidos suspenderam a autorização de uso emergencial
que permitia que o fosfato de cloroquina e o sulfato
de hidroxicloroquina fossem utilizados no tratamento
de pacientes hospitalizados com Covid-19.
Fonte: Brasil247
30/11/2022 -
Pesquisa mostra que população brasileira está se
endividando para comer
A situação do povo brasileiro é trágica; para
contornar a fome os mais pobres tomam empréstimo,
enquanto os mais ricos pegam dinheiro para investir.
Pesquisa do instituto Plano CDE mostra que entre 45%
e 50% da população das classes C, D e E fizeram
algum tipo de empréstimo para suprir a alimentação e
contas básicas. Nas classes A e B, esse número é de
30%. Os números foram divulgados em reportagem de
Lucas Bombana, da Folha de São Paulo.
Entre quem quer montar ou investir em um negócio,
46% tomam empréstimo nas classes A e B para isto,
enquanto nas classes D e E são 31%.
A grave situação famílias é decorrente pelo baixo
crescimento dos últimos anos e do mercado de
trabalho precarizado que vem se formando desde a
Reforma Trabalhista. O crédito consignado do Auxílio
Brasil foi colocado como um dos fatores que pode
prejudicar, ainda mais, as famílias já endividadas.
O estudo considera as classes D e E a renda familiar
de até 2 mil reais. A classe C2 é entendida entre 2
mil e 3 mil reais e C1 de 3 mil a 6 mil reais.
Classes A e B estão acima de 6 mil reais por
domicílio. Do total, 50% dos entrevistados pediram
dinheiro para familiares e conhecidos no último ano,
com a busca de recursos também feita em bancos
digitais e tradicionais. Os bancos digitais tem se
destacado entre as classes baixas que consideram a
facilidade de utilização e a gratuidade da conta
como os principais elementos para optarem por sua
utilização.
Com as faixas de classe consideradas, foi observado
que nas classes D e E metade das pessoas deixaram de
comprar tudo o que necessitava de alimentação para
saldar dívidas.
O estudo ainda indica que, entre os pesquisados,
metade da população teve gastos maiores do que a
renda, o que impede a formação de alguma poupança,
com maior incidência nas classes mais baixas (D e
E), alcançando 60%.
Fonte: Portal Vermelho
29/11/2022 -
Renda do trabalho diminui desde 2017. Salário não
chega a dois mínimos em metade dos empregos
Relação Anual de Informações Sociais (Rais)
mostra estoque de 48,7 milhões de empregos, entre
celetistas e estatutários. Mas metade não paga dois
salários mínimos
O emprego formal cresceu em 2021, segundo dados da
Relação Anual de Informações Sociais (Rais),
divulgada pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
O estoque de vagas em 31 de dezembro era de
48.728.871 vínculos, sendo 82,6% de celetistas e
17,4% de estatutários. Houve crescimento de 5,39% em
relação ao ano anterior. No entanto, a renda média
do trabalho caiu. E isso vem acontecendo desde 2017,
observa o supervisor técnico do Dieese em São Paulo,
Victor Pagani.
Segundo ele, houve recuperação de empregos em
relação a 2020, “o ano mais crítico da pandemia”. Em
todas as regiões e praticamente todos os setores,
com destaque para o Nordeste (alta de 7,92%) e a
construção (9,55%). Também aumentou a escolaridade:
51,5% eram trabalhadores com ensino médio completo.
Desde a “reforma” trabalhista, trabalho piorou
“Em que pese o crescimento do emprego e o trabalhador
estar mais escolarizado, a gente tem queda do
rendimento médio”, diz o economista, em entrevista a
Glauco Faria, na Rádio Brasil Atual. “Essa queda
ocorre desde 2017. Não à toa é desde 2017”, observa
o técnico do Dieese, lembrando que naquele ano foi
implementada a “reforma” trabalhista.
De 2020 para 2021, a retração na renda foi de 3,80%,
para R$ 3.488,14. Ou, em valores, R$ 137,85 a menos.
Quando se considera a mediana, Victor ressalta que
metade dos empregados ganhava até R$ 1.995, menos de
dois salários mínimos. Desde 2017, a perda é de
aproximadamente 6,5%.
Desafio para o próximo governo
O jornalista observa que esse é o panorama do emprego
formal no mundo do trabalho. Assim, se os sem
carteira e autônomos fossem incluídos nesse conta, a
situação seria ainda pior. O economista concorda e
acrescenta: “Isso coloca um desafio para o futuro
governo”.
Ele destaca dois itens, entre outros. O primeiro é
retomar a política de valorização do salário mínimo,
com seu efeito multiplicador. “O segundo é rever
aspectos da chamada reforma trabalhista, no sentido
de fortalecer as entidades sindicais e valorizar as
negociações coletivas, porque isso tem também como
resultado uma melhora da remuneração dos
trabalhadores.”
Ainda entre os números da Rais, os homens
representavam 55,8% dos vínculos no final de 2021 e
as mulheres, 44,2%. Pouco mais de um quarto do total
(27,3%) é de jovens com até 29 anos. E 23,,2% tinham
ensino superior completo.
O maior estoque era do setor de serviços:
27.414.659, ou 56% do total. Em seguida, o do
comércio (9.454.656). A indústria concentra
8.014.207. Declararam informações 8.472.949
estabelecimentos, 3,7% a mais do que em 2020.
De acordo com as informações, o maior estoque na
série histórica da Rais foi registrado em 2014:
49.571.510 vínculos.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/11/2022 -
Equipe de Lula quer 'enterrar' de vez Carteira Verde
e Amarela
Deputado Rogério Correia (PT-MG), que coordena o
grupo técnico do trabalho, disse que é preciso dar
fim ao projeto de lei
A equipe técnica que atua na área do trabalho do
futuro governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
pretende enterrar de vez o projeto da Carteira Verde
e Amarela, programa que sempre foi defendido pelo
ministro da Economia, Paulo Guedes, como uma forma
de estimular o emprego de jovens ao baratear as
contratações de funcionários pelas empresas.
Ao Estadão, o deputado Rogério Correia (PT-MG), que
coordena o grupo técnico do trabalho, disse que é
preciso dar fim ao projeto de lei da Carteira Verde
e Amarela, que tramita no Congresso.
"Esse projeto de lei tem que ser retirado da Câmara.
O governo Bolsonaro já tentou fazer essas mudanças
por meio de medida provisória e foi derrotado no
Senado, depois de uma resistência muito grande",
declarou o deputado.
"O projeto do Carteira Verde e Amarela significa a
carteira sem direitos para os jovens, precariza
muito a relação de trabalho, acaba com os direitos",
acrescentou.
O projeto de Bolsonaro tinha o objetivo de estimular
a contratação de jovens entre 18 e 29 anos que nunca
tiveram carteira de trabalho assinada.
Da forma como foi enviado ao Congresso, para os
contratados nessa modalidade, a contribuição para o
FGTS caía de 8% para 2% e o valor da multa do FGTS
em caso de demissão poderia ser reduzido de 40% para
20% sobre o saldo, em comum acordo entre empregador
e trabalhador. O programa também permitia que férias
e 13.º salário fossem adiantados mensalmente.
Pelo lado dos patrões, as contratações nesse modelo
ficariam isentas da contribuição patronal ao INSS
(de 20% sobre a folha), das alíquotas do Sistema S e
do salário educação.
Em 2020, o presidente Jair Bolsonaro chegou a editar
uma medida provisória (que tem efeito imediato) com
as regras do programa.
Enquanto esteve em vigor, de janeiro a abril, foram
contratadas 13 mil pessoas nesse modelo, 0,25% do
total dos empregos com carteira assinada nos quatro
meses.
As empresas ficaram com receio de aderir ao modelo e
a MP não ser aprovada pelos parlamentares. De fato,
o texto não passou pelo crivo do Congresso e não foi
convertido em lei.
Em agosto deste ano, o ministro Paulo Guedes, chegou
a dizer que o projeto seria retomado no ano que vem
se Bolsonaro vencesse as eleições.
"Esse projeto está fora de negociação, isso é algo
que temos de deixar claro. Temos de discutir como
ter direitos e ter empregos, as duas coisas juntas.
Uma sinalização importante é a retirada desse
projeto da pauta", afirmou Correia.
Reforma trabalhista
O deputado disse ainda que o governo fará uma revisão
da reforma trabalhista realizada em 2017 pelo então
presidente Michel Temer Trata-se de uma promessa de
campanha de Lula.
O grupo técnico do trabalho está concluindo um
relatório sobre o assunto e deverá concluir um
diagnóstico até o dia 30 de novembro. A instituição
do "trabalho intermitente", aquele que é prestado de
forma esporádica, é um dos temas que vão passar por
reformulação.
"O presidente Lula já sinalizou, durante a campanha,
que fará uma revisão completa da reforma
trabalhista, no sentido de ouvir tanto os
trabalhadores, por meio de centrais sindicais,
quanto os empregadores, sobre o que seria uma
reforma que preservasse direitos e avançasse na
geração de empregos", afirmou.
"O trabalho intermitente é uma das causas da
precarização do trabalho. Faremos uma comissão para
apresentar uma proposta, para algo a ser debatido."
Reforma administrativa
Outra medida que não terá o apoio do governo Lula é a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Servidor
Público, a PEC 32, que pretende promover uma reforma
administrativa no setor. Em outubro, o presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a sinalizar que
poderia retomar a votação do texto.
Segundo Rogério Correia, porém, já está acertado com
Lira que a votação não vai ocorrer. "Sabemos que a
PEC 32 está pronta, mas ela foi aprovada com um
texto substitutivo muito ruim e não será votada pelo
plenário. Arthur Lira já sinalizou que não será.
Minha avaliação é de que o governo deveria reiniciar
uma reforma administrativa que não tenha essa PEC
como parâmetro. Ela tem que ser retirada do mapa do
debate", disse o deputado.
O plano do governo eleito é que um novo texto seja
debatido, sem ter a PEC 32 como base para a
reestruturação do RH do serviço público. "Vamos
debater com servidores o funcionamento do serviço
público no Brasil, para que essa PEC não fique mais
como uma espada constante no pescoço do servidor
público."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Correio do Estado
29/11/2022 -
Insatisfeitos com Bolsonaro, militares antecipam
transição
Dos três comandantes das Forças Armadas, dois
enfatizaram a Bolsonaro que os pedidos de
intervenção militar “não têm base legal”. Os atos,
além do mais, “estariam gerado problemas de
segurança e discussões internas dentro das
corporações”.
As Forças Armadas estão fartas dos atos golpistas
que tomaram os portões dos quartéis após as
eleições. Em reunião com o presidente Jair Bolsonaro
(PL), na quinta-feira (24), no Palácio da Alvorada,
os comandantes do Exército, Marco Freire Gomes, da
Marinha, Almir Garnier, e da Aeronáutica, Carlos de
Almeida Baptista, cobraram uma posição do governo.
Conforme o relato da CNN, a reunião durou duas
horas. Dos três comandantes, dois enfatizaram a
Bolsonaro que os pedidos de intervenção militar “não
têm base legal”. Os atos, além do mais, “estariam
gerado problemas de segurança e discussões internas
dentro das corporações”. Era visível a insatisfação
com o silêncio do presidente, que chegou a ficar 20
dias em reclusão.
Bolsonaro ouviu que, sim, há “militares
inconformados” com a vitória de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial,
em 30 de outubro. Esses militares “estariam
fomentando os protestos, com a participação de
parentes e amigos”. Mas, de acordo com os
comandantes, esta não é a posição da cúpula das
Forças Armadas, que vai seguir a Constituição.
Num segundo momento da reunião, Bolsonaro autorizou
a participação das Forças Armadas na transição de
governo. O Exército ficará responsável pelo
cerimonial militar, enquanto a Aeronáutica passará a
coordenar “as tratativas para segurança do espaço
aéreo no dia da posse”. Já a Marinha vai preparar as
honras a chefes de Estado no Itamaraty.
Nesse ponto, os comandantes comunicaram a disposição
em entregar seus cargos antes mesmo da posse de
Lula, marcada para 1º de janeiro. A Aeronáutica, por
exemplo, marcou para 23 de dezembro a cerimônia de
transmissão do cargo.
Segundo o Estadão, “as demais Forças pretendem fazer
o mesmo em datas diferentes. Assim, a passagem de
bastão de um governo para o outro começaria pelas
Forças Armadas”. Bastaria Lula nomear os próximos
comandantes. A proposta não é comum. Em geral, o
novo ministro da Defesa assume o posto e, só então,
nomeia os comandantes militares.
Um fato, porém, cristalizou a ideia de antecipar a
transição: a cúpula militar é unânime no repúdio à
escalada golpista do presidente do PL, Valdemar
Costa Neto, que apresentou uma representação
fraudulenta ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a
fim de questionar o resultado do pleito. Na opinião
de generais ouvidos pela Folha de S.Paulo, “a ação
pode inflamar ainda mais as manifestações em frente
aos quartéis”.
Em resumo: os militares são gratos pela deferência
com que o governo Bolsonaro os tratou nos últimos
quatro anos, mas não querem ser vistos como braços
armados de um líder ou de um movimento
antidemocrático. O golpismo, mais uma vez, perdeu a
batalha.
Fonte: Portal Vermelho
29/11/2022 -
PF frustra bolsonaristas e diz que não houve fraude
“Não foi encontrada nenhuma ocorrência de fraude
ou tentativa de fraude à urna eletrônica no primeiro
e no segundo turnos das eleições gerais de 2022”,
concluiu a PF.
A Polícia Federal (PF) é mais uma instituição a
assegurar a lisura e a credibilidade das eleições
2022. Em nota divulgada na sexta-feira (25), o órgão
frustrou as hordas bolsonaristas ao confirmar que,
neste ano, não houve nem sequer tentativas de fraude
nas urnas eletrônicas – base do sistema eleitoral
brasileiro desde 1996.
A informação foi divulgada pelo portal UOL, que
questionou a PF sobre sua participação no “processo
de fiscalização e prevenção de fraudes nas
eleições”, com peritos, agentes e delegados. Segundo
o UOL, encerrada a votação, a Polícia Federal
realizou pesquisas ao longo de 18 dias em sistemas
de inquéritos.
“Não foi encontrada nenhuma ocorrência de fraude ou
tentativa de fraude à urna eletrônica no primeiro e
no segundo turnos das eleições gerais de 2022”,
concluiu a PF, conforme a nota. O UOL agrega que
“nenhum inquérito policial ou procedimento
investigativo criminal foi aberto com base em
denúncias de supostas fraudes em urnas eletrônicas
ou na totalização de votos”.
A acusação de supostas vulnerabilidades nas urnas
eletrônicas é uma das bases para apoiadores
extremistas do presidente Jair Bolsonaro (PL)
questionarem o resultado das eleições 2022. Em 30 de
outubro, no segundo turno, Bolsonaro foi derrotado
pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fonte: Portal Vermelho
29/11/2022 -
'Núcleo duro' da Transição negocia PEC com validade
de dois anos
Texto prevê excepcionalizar o Bolsa Família do
teto de gastos. Ideia inicial do governo eleito era
tirar o benefício dos limites do teto de forma
permanente
Integrantes do “núcleo duro” da transição do governo
de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negociam junto ao
Congresso Nacional a validade de dois anos para a
PEC da Transição, que visa excepcionalizar o Bolsa
Família e outros benefícios - cerca de R$ 198
bilhões - do teto de gastos. A avaliação é de que
"há mais chances" de aprovar o texto com validade de
dois anos.
Segundo Basília Rodrigues, da CNN Brasil, a
transição definiu um "núcleo duro" da equipe - um
núcleo de articulação política - para evitar
"desencontros de declarações". "Somente estes nomes
dessa equipe mais restrita de interlocução com os
outros partidos, com o Congresso, é que têm de fato
as respostas sobre quando virão os ministros, quando
sairá o texto de consenso da PEC da Transição".
Se aprovada, a PEC com o prazo de dois anos seria um
caminho intermediário entre o que desejava o PT, que
era deixar o Bolsa Família por quatro anos (ou por
tempo indeterminado) fora da regra do teto de
gastos, e o que defendem parlamentares
autodeclarados independentes e da base bolsonarista,
que sugerem a exceção à regra fiscal apenas em 2023.
"Nos últimos dias, a partir de conversas com esse
núcleo duro da articulação política, eles parecem
ter chegado a mais um consenso, em torno de dois
anos. Então se um [ano] é pouco, quatro é demais.
Seria uma PEC com Auxílio Brasil excluído por dois
anos".
O prazo de dois anos serviria para que o governo
eleito possa tomar ciência da real situação das
contas públicas, além de assegurar o pagamento do
benefício, no valor de R$ 600, para as famílias
cadastradas pelo período previsto. Além disso, o
prazo possibilita que o governo eleito articule uma
nova política fiscal.
Fonte: Brasil247
29/11/2022 -
Mercado financeiro eleva projeção da inflação de
5,88% para 5,91%
A previsão do mercado financeiro para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
considerada a inflação oficial do país, subiu de
5,88% para 5,91% para este ano. A estimativa consta
do Boletim Focus desta segunda (28), pesquisa
divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a
expectativa de instituições financeiras para os
principais indicadores econômicos.
Para 2023, a projeção da inflação ficou em 5,02%.
Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em
3,5% e 3%, respectivamente.
A previsão para 2022 está acima do teto da meta de
inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida
pelo Conselho Monetário Nacional, a meta é de 3,5%
para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5
ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o
limite inferior é de 2% e o superior de 5%.
Fonte: Agência Brasil
28/11/2022 -
Centrais defendem PEC, propõem mínimo de R$ 1.342 e
criticam ‘falso debate’ entre política fiscal e área
social
Sindicalistas ressaltam que aumento do piso
nacional beneficia 60 milhões de pessoas. E afirmam
que eventuais ajustes não podem ser feitos à custa
dos mais pobres
As centrais sindicais divulgaram nota de apoio à PEC
de responsabilidade social, criticando o que chamam
de “falso debate” entre essa questão e a política
fiscal. Que, por sua vez, não pode ser à custa dos
trabalhadores e da população mais pobre. As centrais
propõem ainda salário mínimo para 2023 no valor de
R$ 1.342, o que representaria aumento de 10,7% sobre
o atual piso nacional (R$ 1.212). Segundo os
sindicalistas, a quantia considera a soma da
estimativa de inflação de 2022 com o PIB de 2021.
Nesse sentido o texto cita a política de valorização
do salário mínimo, que vigorou de 2007 a 2019.
“Instituída a partir de negociação com o movimento
sindical brasileiro, tem um enorme alcance como
política pública, atingindo cerca de 60 milhões de
pessoas entre assalariados, servidores,
beneficiários da Previdência e de outros
beneficiários de políticas sociais”, afirmam as
centrais.
Pobreza, fome e inadimplência
Os sindicalistas lembram ainda que 2022 foi um ano
“marcado por forte carestia”. O que resultou,
acrescentam, “em perda do poder de compra da classe
trabalhadora, aumento da insegurança alimentar e
aumento da inadimplência do orçamento das famílias.
A recomposição da renda da classe trabalhadora é
condição fundamental para a retomada do crescimento
econômico com justiça social”.
Leia a íntegra da nota:
As Centrais Sindicais reunidas no dia 25 de novembro
de 2022, em São Paulo, declaram seu apoio a
aprovação urgente da PEC (Proposta de Emenda
Constitucional) da Responsabilidade Social e à
retomada da Política de Valorização do Salário
Mínimo. Propomos que o valor do salário mínimo em
2023 seja de R$ 1.342,00, considerando a estimativa
da inflação de 2022 somado ao PIB de 2021.
Não concordamos com o falso debate instituído em
torno da PEC sobre a responsabilidade fiscal versus
a responsabilidade social. A responsabilidade fiscal
não pode ser às custas dos trabalhadores e
trabalhadoras, da população mais pobre, nem tão
pouco dos investimentos necessários para
reconstrução do país. Ao contrário, as medidas
previstas na PEC contribuem para a retomada do
crescimento econômico nacional.
A aprovação da PEC libera recursos para programas
que atualmente estão praticamente zerados no
orçamento de 2023, como: farmácia popular, merenda
escolar, programa Minha Casa, Minha Vida e o aumento
real do Salário Mínimo.
A Política de Valorização do Salário Mínimo que
vigorou entre 2007 a 2019, instituída a partir de
negociação com o movimento sindical brasileiro, tem
um enorme alcance como política pública, atingindo
cerca de 60 milhões de pessoas entre assalariados,
servidores, beneficiários da Previdência e de outros
beneficiários de políticas sociais.
A elevação do piso nacional contribuiu para reduzir
as desigualdades salariais entre homens e mulheres,
negros e não negros, entre regiões, com impacto
positivo sobre os reajustes dos pisos salariais das
diversas categorias de trabalhadores e de
aposentados e pensionistas. Junto com o Bolsa
Família, é reconhecida como um dos fatores mais
importantes para o aumento da renda da população
mais pobre e por induzir a ampliação do mercado
consumidor interno, fortalecendo a economia
brasileira. A política estabeleceu, ao mesmo tempo,
uma regra permanente e previsível, promovendo uma
recuperação gradativa.
O ano de 2022 foi marcado por forte carestia que
resultou em perda do poder de compra da classe
trabalhadora, aumento da insegurança alimentar e
aumento da inadimplência do orçamento das famílias.
A recomposição da renda da classe trabalhadora é
condição fundamental para a retomada do crescimento
econômico com justiça social.
Por esses motivos, as Centrais Sindicais defendem o
reajuste do salário mínimo em 2023, com aumento real
e o estabelecimento de uma mesa de negociação para
construir uma nova política de valorização
permanente do salário para os próximos anos.
As Centrais Sindicais conclamam os parlamentares a
se somarem na justa luta da classe trabalhadora e de
todo povo brasileiro, aprovando a PEC da
responsabilidade social.
São Paulo, 25 de novembro de 2022.
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antônio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
José Gozze, Presidente da Pública Central do Servidor
Fonte: Agência Sindical
28/11/2022 -
“Não vai voltar imposto sindical”, diz Alckmin sobre
reforma trabalhista
Conforme matéria da CNN, o vice-presidente eleito,
Geraldo Alckmin (PSB), disse neste sábado (26) que a
volta do chamado “imposto sindical”, bem como uma
revisão nas regras que deram mais peso para as
negociações coletivas nos direitos dos
trabalhadores, não são pontos da reforma trabalhista
que devem ser revistos pelo governo de Luiz Inácio
Lula da Silva (PT).
Alckmin mencionou, por outro lado, a fragilidade de
trabalhadores informais ligados a plataformas
digitais como um ponto que deve ser debatido.
“Não tem nenhuma reforma a ser desfeita”, afirmou
Alckmin, que falou nesta tarde durante participação
no Fórum Esfera Brasil, no Guarujá (SP).
“A reforma trabalhista é importante. Não vai voltar
imposto sindical e não vai voltar legislado sobre
acordado”, disse Alckmin, sob aplauso da plateia de
empresários.
“Mas nós estamos frente a uma questão de plataformas
digitais que precisam ser verificadas. Quando se tem
um menino entregador de lanche que não tem descanso
semanal, não tem saúde, não tem aposentadoria, não
tem nada, é preciso aprofundar essas coisas.”
Uma revisão da reforma trabalhista, feita em 2017,
foi um dos pontos defendidos por Lula durante a
campanha.
Segundo o documento da Conferência Nacional da
Classe Trabalhadora (CONCLAT), os sindicalistas
também não reivindicam a volta do imposto sindical.
O que se discute no documento é o fortalecimento das
negociações coletivas. Um sindicato forte para
negociar é fundamental, por isso todos os
trabalhadores beneficiados pelos acordos e
convenções coletivas devem financiar suas entidades.
E essa decisão seria feita nas assembleias que
decidem pautas e reivindicações. Esse debate deverá
ser discutido e aprovado no Congresso Nacional.
Com informações da CNN
Fonte: Rádio Peão Brasil
28/11/2022 -
Lula vai aliar responsabilidade fiscal e avanços
sociais, diz Alckmin
Alckmin defendeu a promessa de Lula de priorizar
o combate à miséria e à fome. “Não vejo como
incompatível ter responsabilidade fiscal e avanços
de natureza social”.
O futuro governo Lula (PT) terá o compromisso de aliar
responsabilidade fiscal com avanços sociais. É o que
afirma o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin
(PSB), que participou, neste sábado (26) do debate
“Os Desafios da Economia e o Desenvolvimento
Nacional”, promovido pelo Grupo Esfera Brasil, no
Guarujá (SP).
Empresários e rentistas presentes ao evento
perguntaram a Alckmin quem será o ministro da
Economia da próxima gestão. “Cada coisa vem a seu
tempo. Temos de aguardar um pouquinho”, desconversou
o vice.
De acordo com Alckmin, Lula já esclareceu os pilares
de seu governo. “O Brasil precisa fazer mais acordos
internacionais e reduzir o custo de capital, para
atrair mais investimento”; afirmou. Estabilidade
política e econômica, desburocratização e
investimentos na educação também foram citados.
Alckmin defendeu a promessa de Lula de priorizar o
combate à miséria e à fome. “Não vejo como
incompatível ter responsabilidade fiscal e avanços
de natureza social. Esse é o grande desafio: crescer
e atrair investimento e, de outro lado, procurar
melhorar a vida de quem sofre mais”, resumiu. “Não
pode ter inflação, porque ela não é socialmente
neutra, onera o mais pobre. E crescimento com
sustentabilidade, porque não pode destruir o meio
ambiente.”
Segundo Alckmin, “o foco do presidente Lula é o
Brasil crescer, atrair investimento, ter renda,
melhorar a vida das pessoas. Como eu sei que há uma
preocupação fiscal, eu já quero dizer: quem apostar
em irresponsabilidade fiscal vai se decepcionar.
Quem apostar em irresponsabilidade fiscal vai
errar”.
Ele defendeu a criação de leis que protejam os
trabalhadores por aplicativos, como Uber e iFood.
“Estamos frente às plataformas digitais que precisam
ser verificadas. Um menino que entrega lanche não
tem aposentadoria, não tem nada”, exemplificou.
Fonte: Portal Vermelho
28/11/2022 -
Quitação de débitos com INSS em rescisões
trabalhistas na pauta da CAS
Em reunião nesta terça-feira (29), às 11h, a
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) vota o Projeto de
Lei (PL) 2.896/2019, que altera a Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) para impedir as empresas de
negociarem verbas rescisórias com o trabalhador
demitido sem incluir a quitação de eventuais débitos
com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o
Imposto de Renda em ação movida na Justiça do
Trabalho.
“O presente projeto visa, ao mesmo tempo,
desencorajar o descumprimento da legislação
trabalhista, na medida em que, se não houver o
pagamento tempestivo e correto das verbas durante do
contrato de trabalho, não será mais possível a sua
quitação sem o recolhimento das parcelas
(previdenciárias e do IR)”, destacou o autor da
proposta, o senador Paulo Paim (PT-RS).
A aprovação do PL 2.896/2019 também é defendida pelo
relator, senador Paulo Rocha (PT-PA). Ao determinar
às empresas o pagamento desses tributos junto à
justiça trabalhista, a proposta não resguarda apenas
os interesses dos cofres públicos, mas do próprio
trabalhador, segundo assinalou Paulo Rocha.
A decisão da CAS é terminativa: se aprovado na
comissão e não houver recurso para votação em
Plenário, o projeto segue para análise da Câmara dos
Deputados.
Fonte: Agência Senado
28/11/2022 -
CAE vai debater direitos de trabalhadores em
cooperativas
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) vai promover
nesta quarta-feira (30), a partir das 9h, audiência
pública para debater o projeto de lei que
regulamenta os direitos trabalhistas dos
trabalhadores de cooperativas (PL 537/2019).
O projeto garante a inclusão dos trabalhadores
contratados por cooperativas no quadro de proteção
legal trabalhista, com fixação da jornada de
trabalho, negociação coletiva, piso salarial,
garantia a representação por organização sindical
específica e exclusiva da categoria, entre outros.
As regras se aplicam a todos os trabalhadores de
cooperativas sob o regime da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), independentemente do objeto ou da
natureza das atividades desenvolvidas pela
cooperativa ou por seus associados, sem prejuízo da
legislação aplicável.
A audiência ainda não tem participantes confirmados.
Foram convidados representantes de várias centrais
sindicais do país e também de sindicatos de setores
com forte atuação de cooperativas, como agricultura,
comércio e vestuário.
O PL 537/2019 veio da Câmara dos Deputados e está
sob relatoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que
já apresentou parecer favorável ao texto, sem
alterações. Depois da análise da CAE, a proposição
seguirá para o Plenário.
Fonte: Agência Senado
28/11/2022 -
Em desespero, Bolsonaro aciona STF contra Lula e
Gleisi
O presidente derrotado nas eleições alega que foi
vítima de supostos “crimes contra a honra”
Jair Bolsonaro (PL), em completo desespero, resolveu
apelar e acionar, nesta sexta-feira (25), o Supremo
Tribunal Federal (STF) contra o presidente eleito
Lula (PT) e a presidenta nacional do PT, Gleisi
Hoffmann. Ele alega que foi vítima de supostos
“crimes contra a honra”.
Para justificar sua atitude, Bolsonaro mencionou
comício que ocorreu no Complexo do Alemão, no Rio de
Janeiro, durante a campanha presidencial, além de
trechos de propagandas eleitorais do PT. Nessas
oportunidades, o presidente teria sido chamado de
“genocida, miliciano, assassino, demônio e canibal”.
A solicitação de Bolsonaro foi encaminhada pelo
Ministério da Justiça à ministra Rosa Weber,
presidenta do STF, e está assinada por Márcio Nunes
de Oliveira, delegado da Polícia Federal (PF). O
relator da ação será o ministro Kássio Nunes
Marques, nomeado por Bolsonaro.
“A representada também teria imputado ao
representante a prática de fatos definidos como
crime, além de ter difamado e injuriado Jair
Bolsonaro em diversas oportunidades. Assim agindo,
os representados teriam, conforme a representação,
praticado os crimes previstos nos artigos 138, 139 e
140 do Código Penal”, alega a representação, de
acordo com o Metrópoles.
Fonte: RevistaForum
28/11/2022 -
Empresa é dispensada da obrigação de reintegrar
dirigente sindical demitido
O Tribunal Superior do Trabalho liberou uma empresa
de bioenergia da obrigação de reintegrar um
ex-empregado que foi dispensado no exercício do
mandato de dirigente sindical. A decisão foi da
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais,
para a qual o encerramento das atividades produtivas
afasta o direito à estabilidade.
Na ação, o trabalhador disse que atuou na empresa
como carbonizador (extração de carvão) de outubro de
1986 a julho de 2017. Para ele, sua dispensa teria
sido ilegal, pois teria direito à estabilidade
provisória até um ano após o fim do mandato como
dirigente sindical da categoria.
O relator, ministro Renato de Lacerda Paiva,
analisou que a empresa não tinha mais faturamento em
razão do término da produção de carvão desde abril
de 2017. Foram mantidos apenas alguns empregados
para a manutenção florestal e a proteção
patrimonial.
De acordo com Paiva, o encerramento da atividade
preponderante da empresa na mesma base territorial
do sindicato é suficiente para que o trabalhador
perca o direito à estabilidade no emprego.
"Uma vez desativada a extração de carvão, cessa a
garantia de emprego, pois os interesses defendidos
pelo dirigente sindical deixaram de existir",
concluiu. Com informações da assessoria de imprensa
do TST.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 10774-92.2017.5.03.0064
Fonte: Consultor Jurídico
25/11/2022 -
Levantamento mostra destruição de direitos
trabalhistas sob Temer e Bolsonaro
Análise identificou tentativas de alteração de
1.540 normas na CLT, das quais 536 foram
concretizadas. Com Bolsonaro, via medida provisória,
investidas quase dobraram
A classe trabalhadora brasileira viveu um de seus
piores momentos durante os governos de Jair
Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB). O golpe que
retirou Dilma Rousseff (PT) da presidência teve,
entre outros objetivos, destruir direitos para
saciar o apetite de setores econômicos desprovidos
de compromisso com o povo brasileiro. Para mostrar
como esse desmonte se deu sobretudo nesse período, o
Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap) e a LBS Advogados fizeram um levantamento
sobre os estragos viabilizados por meio de medidas e
normas legais.
O Diap identificou, ainda em 2015, a tentativa de
alteração de 1.540 normas na Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), por meio de iniciativa de
projetos de lei e medidas provisórias encaminhadas
ao Congresso.
“Deste total, 536 dispositivos foram efetivamente
concretizados com a conversão das propostas em leis
ordinárias. A maioria das alterações foram
promovidas pela Lei 13.467/17, que trata das
contrarreformas Trabalhista e Sindical levadas a
cabo pelo governo Temer”, explica o levantamento,
assinado por Antonio Megale, advogado e sócio da LBS,
e Neuriberg Dias, analista político e diretor de
Documentação licenciado do Diap.
As tentativas de mudança se avolumaram em 2017,
quando houve 548, sendo 390 realizadas em
dispositivos. Já no governo Bolsonaro, o
levantamento aponta que quase dobraram as tentativas
de desmonte da CLT via medida provisória, que não
foram aprovadas pelo Congresso. “Ao todo, foram 918
dispositivos, sendo que 97 desses foram incorporados
na legislação trabalhista nesse período. Em 2019,
houve a tentativa de 563 mudanças, sendo 56 feitas
no ano; em 2020, foram 243, sendo oito modificações
na legislação”. O ano de 2021 somou 11, com dez
incorporadas; e em 2022, houve a tentativa de 101
modificações, sendo 23 concretizadas.
Agenda destrutiva
Ao se debruçarem sobre o período Bolsonaro, os autores
apontam para a “continuidade e aprofundamento da
agenda destrutiva legada pelo ex-presidente Michel
Temer”, com recorde de mudanças em dispositivos da
CLT.
“Diferentemente da Reforma Trabalhista, cuja origem
foi por meio de projeto de lei ordinária, e garantiu
algum debate no Parlamento, o governo Bolsonaro
extinguiu o Ministério do Trabalho e Emprego e
utilizou como instrumento para aprofundar as
contrarreformas, o uso excessivo de medidas
provisórias, cuja vigência é imediata, com o
propósito de dificultar e até mesmo inviabilizar a
participação do movimento sindical, que assim as
debateu como fato consumado”, explicam.
Dentre as medidas provisórias estabelecidas por
Bolsonaro está a 873/19, que não foi votada na
Câmara e no Senado e que expirou em 28 de junho de
2019. “A medida, publicada em 1º de março, reforçava
as mudanças determinadas pela Reforma Trabalhista
(Lei 13.467/17), ao tentar impedir o desconto em
folha salarial da contribuição sindical, que
passaria a ser feita por meio de boleto bancário
encaminhado à residência do empregado ou à sede da
empresa”, lembram os autores.
Outro ponto destacado foi a MP 881/19, transformada
na Lei 13.874/19, conhecida como Lei da Liberdade
Econômica, “que sofreu durante a tramitação mudanças
na tentativa de introduzir a autorização do trabalho
aos domingos e feriados, sem necessidade de
permissão prévia do Poder Público, e a revogação da
Lei 4.178/62, que veda a abertura de bancos e outros
estabelecimentos de crédito aos fins de semana.
Portanto, ameaçava a jornada de trabalho dos
bancários, que garante folga aos sábados”.
O levantamento recorda, ainda, a malfadada Carteira
de Trabalho Verde e Amarelo (MP 905/19), publicada
em 12 de novembro de 2019. Além de instituir o
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, a medida
buscava “implementar nova contrarreforma
trabalhista, com diversas alterações e inovações
relevantes também nas legislações previdenciária e
tributária. Foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
Mas sem consenso no Senado, a MP caducou em 20 de
abril 2020”.
Para ler a lista completa de dispositivos voltados a
desmontar os direitos dos trabalhadores nos últimos
anos,
acesse aqui a íntegra do levantamento.
Fonte: Portal Vermelho
25/11/2022 -
Racha na coligação: Republicanos tenta se
desvincular do golpismo do PL e recorre ao TSE para
não ser multado
“Não tenho nada a ver com isso", disse Marcos
Pereira, presidente do Republicanos, sobre a ação do
PL questionando o resultado das eleições
O presidente do Republicanos, Marcos Pereira,
afirmou que irá recorrer ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) para evitar o bloqueio de recursos
do partido decorrente de uma decisão do presidente
da Corte, ministro Alexandre de Moraes, em
decorrência da ação movida pelo PL para tentar
invalidar votos depositados em milhares de urnas no
segundo turno das eleições, realizado em 30 de
outubro. Republicanos, PL e Progressistas integram a
coligação da chapa de Jair Bolsonaro (PL), candidato
derrotado à reeleição.
“Não tenho nada a ver com isso, [a legenda] só está
ali por uma formalidade. Eu não fui consultado se
era para entrar com essa ação ou não. E, se fosse,
teria dito que não. Nós não comungamos dessa
opinião”, disse Pereira à CNN Brasil nesta
quinta-feira (24).
“Fizeram isso sem ouvir os outros partidos”, disse o
dirigente do Republicanos em referência à ação
movida pelo PL, que resultou na aplicação de uma
multa de R$ 22,9 milhões a todos os partidos da
coligação “Pelo Bem do Brasil” por “litigância de má
fé”.
Segundo Pereira, o PL tem procuração para se
manifestar em nome da coligação mas que, no caso
específico, os mais partidos deveriam ter sido
ouvidos antes que o questionamento sobre a higidez
do pleito fosse levado ao TSE.
Fonte: Brasil247
25/11/2022 -
Maioria dos reajustes salariais em outubro ficou
acima da inflação
A previsão é que o reajuste médio de novembro
fique em 7,3%
Em outubro, 67,8% dos reajustes salariais negociados
ficaram acima da inflação, mostra o boletim
Salariômetro - Mercado de Trabalho e Negociações
Coletivas, divulgado mensalmente pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Segundo a fundação, de 2021 para 2022 percebe-se um
movimento de reajustes acima do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC). O reajuste mediano
ficou em 8,1%, calculado a partir da análise de 283
instrumentos que tiveram correção. O piso mediano em
outubro foi de R$ 1.518. O INPC acumulado nos
últimos 12 meses é de 7,2%.
O salariômetro mostra também que 16,6% das
negociações garantiram reajuste igual ao INPC e
15,5% dos instrumentos analisados ficaram abaixo da
inflação.
Entre os dados divulgados, a Fipe apresenta também
uma prévia do salariômetro de novembro. A previsão é
que o reajuste médio fique em 7,3%, sendo que 62,8%
das negociações devem ficar acima do INPC.
Até o fechamento do boletim, foram reunidos 43
instrumentos para o cálculo da prévia. Nesse
sentido, os resultados preliminares podem se alterar
com outras informações agregadas. Para a data-base
de outubro, a inflação deve ficar em 6,5%.
De janeiro a outubro, o setor que teve maior
reajuste mediano real por atividade foi a indústria
de joalheria, com oito instrumentos e índice de
0,76% acima da inflação. Em seguida está o setor de
vigilância e segurança privada, com 0,26% de ganho
real.
Na outra ponta da lista estão as empresas
jornalísticas que, no ano, tiveram índice de
reajuste mediano real de 3,52% abaixo da inflação. O
penúltimo da lista é o setor de Radiodifusão e
Televisão, com 2,41% abaixo da inflação.
Metodologia
O acompanhamento das negociações coletivas é feito por
meio de acordos e convenções registrados no Mediador
do Ministério da Economia.
A Fipe coleta os dados e informações disponíveis no
sistema, tabula e organiza os valores observados
para 40 resultados da negociação coletiva, reunidos
em acordos e convenções e também por atividade
econômica e setores econômicos.
Fonte: Agência Brasil
25/11/2022 -
Número de greves cresce 76% no primeiro semestre.
Mais da metade por violação de direitos
Quantidade só não é maior que a de 2018. Número
no setor privado e nas estatais praticamente não se
alterou. Já no funcionalismo público, se multiplicou
por cinco
Mais da metade das greves deflagradas no primeiro
semestre (53%) envolvia descumprimento de direitos,
como atraso no pagamento de salários, férias ou 13º,
entre outros. Segundo o Dieese, que divulgou balanço
dos movimentos na primeira metade do ano, os
chamados itens de caráter defensivo, em defesa de
direitos, estavam na pauta de 80% das 663
paralisações pesquisadas. Esse número (663)
representa 76% de aumento em relação a igual período
de 2021. Basicamente, pelo crescimento no setor
público.
Assim, a quantidade de greves só não é maior que a
do primeiro semestre de 2018 (901). As horas paradas
quase dobraram, chegando a 37 mil. Mas o número de
paralisações no setor privado e nas estatais
praticamente não se alterou. Já no funcionalismo
público, se multiplicou por cinco – de 82 para 412.
Questões salariais
“Questões salariais como reajuste (48%) e pagamento do
piso (31%) foram as mais frequentes”, informa o
instituto. “Itens relacionados à alimentação
(tíquetes, cestas básicas) vêm em seguida: estiveram
presentes em 19% das greves. O pagamento de
vencimentos em atraso (salários, férias, 13º)
continua entre as principais reivindicações – com
uma participação diminuída, no entanto (16%).”
Das 663 greves registradas de janeiro a junho, 438
(66%) foram de trabalhadores no setor público, sendo
412 no funcionalismo (62%) e 26 (4%), em estatais.
As paralisações “de advertência” representaram 45%
do total (setores público e privado), enquanto 53%
foram por tempo indeterminado. Em 2% dos casos, não
havia informação disponível.
Já movimentos que envolveram categorias
profissionais inteiras predominaram, com 60% do
casos. Outros 40% foram em empresas ou unidades do
funcionalismo.
Piso nacional da educação
“A frequência da deflagração das greves neste primeiro
semestre também se associa a questões salariais –
reajuste nos valores e pagamento do piso”, comenta o
Dieese. “De janeiro a março, a presença conjunta dos
dois itens vai progressivamente se destacando na
pauta das mobilizações. Abril marca novamente um
recuo e também o início do distanciamento entre os
dois itens, com a reivindicação por reajuste
salarial tornando-se preponderante.” O instituto
destaca a forte mobilização pelo piso salarial
nacional da educação básica.
Das 412 greves no setor público, 72% foram
deflagradas por servidores municipais, 19% por
estaduais e 8%, por federais. Mais da metade (55%)
foi de advertência, enquanto 87% envolveram
categorias profissionais.
“Itens de caráter defensivo estiveram presentes na
grande maioria das pautas grevistas (79%)”, lembra o
Dieese. “Ainda assim, itens propositivos também
foram muito frequentes (68%). A maioria das greves
trouxe, de modo combinado, reivindicações
caracterizadas das duas maneiras.” Reivindicações de
salários e pisos foram as mais frequentes, com 58% e
48%, respectivamente.
Maioria por tempo indeterminado
Por sua vez, no setor privado, de 223 paralisações
registradas, 161 (72%) foram no setor de serviços e
62 (28%), na indústria. Diferente do setor público,
só 28% foram de advertência e 67%, por tempo
indeterminado. Também predominaram as greves por
empresa ou unidade: 85% do total.
“Na pauta reivindicatória de 82% das greves
deflagradas estiveram presentes itens e caráter
defensivo, com predominância de pleitos relativos ao
descumprimento de direitos (62%)”, diz ainda o
estudo do Dieese. “A exigência de regularização de
valores em atraso (salários, férias, 13º) compôs a
pauta da maioria (47%) das mobilizações. Itens
relativos à alimentação (tíquete, cesta básica)
vieram a seguir (38%). A reivindicação por reajuste
salarial esteve presente em quase um terço das
greves (31%).”
Confira aqui a íntegra do estudo.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/11/2022 -
O que caracteriza e como denunciar assédio moral no
trabalho
Desde que comprovado o assédio, os responsáveis
podem pegar de um a dois anos de prisão, além de
multa
O assédio moral é uma conduta reiterada, prolongada
e abusiva cometida contra os trabalhadores dentro do
seu ambiente de trabalho que visam desestabilizar o
indivíduo. Essas práticas podem causar desde um
enfraquecimento da dignidade e da personalidade do
sujeito que é vítima do assédio, como também evoluir
para danos psíquicos e físicos.
Praticado tanto por superiores hierárquicos como
também por colegas de trabalho, o assédio moral no
trabalho é considerado crime desde a aprovação da
Lei 4742/2001, em março de 2019. Além do mais,
segundo a Constituição Federal a dignidade da pessoa
humana e do valor social do trabalho devem ser
preservados.
Com base nisso, desde que comprovado o assédio, os
responsáveis podem pegar de um a dois anos de prisão
mais o pagamento de multa. Quanto à vítima, o
processo pode resultar, além do acolhimento, na
rescisão do seu contrato de trabalho e em
indenizações.
O assédio moral pode ser caracterizado por ações
diretas ou indiretas, desde por exemplo, gritos,
humilhações públicas e insultos até a propagação de
boatos, fofocas e o isolamento do sujeito no local
de trabalho. Atitudes como não levar em conta
problemas de saúde do trabalhador, criticar a vida
particular ou ainda contestar a todo o momento as
suas decisões também se enquadram como assédio
moral.
Cartilha
De acordo com a
cartilha que orienta os trabalhadores sobre este
tipo de assédio, organizada pelo Tribunal Superior
do Trabalho (TST), existem diversos tipos de
assédio moral. Esta prática pode ocorrer
institucionalmente ou partindo de um indivíduo, além
de existir de forma vertical ou horizontal - levando
em conta os cargos ocupados pelos trabalhadores
envolvidos.
O que não é assédio moral
Entretanto vale ressaltar que algumas práticas não se
enquadram em assédio moral, como por exemplo a
exigência que o trabalho seja cumprido com
eficiência, o aumento do volume de trabalho em
certos períodos, de acordo a atividade desenvolvida
pelo trabalhador e o uso de mecanismos tecnológicos
de controle, como o registro do ponto eletrônico,
por exemplo. Estes casos somente podem vir a ser
caracterizados como assédio moral se forem impostos
somente a determinados trabalhadores.
Denúncia
Sabendo que assédio moral no trabalho é crime
previsto na lei, primeiramente é importante que os
trabalhadores conheçam os seus direitos. Vale
destacar que o acolhimento de colegas e familiares e
o apoio psicológico aos trabalhadores que sofrem de
assédio moral é essencial para que o sujeito consiga
passar por este momento.
Se você for vítima de assédio moral ou presenciar
algum caso, é importante reunir provas que comprovem
o ocorrido. Segundo as orientações contidas na
cartilha do TST, deve-se anotar, com detalhes, todas
as situações de assédio sofridas com data, hora e
local, e listar os nomes dos que testemunharam os
fatos.
A partir daí, se possível, deve-se tentar um diálogo
dentro da própria empresa, contatando o superior
hierárquico do assediador ou a ouvidoria
responsável. Caso essa movimentação não surte
efeitos, o trabalhador deve procurar o sindicato da
sua categoria ou ainda realizar uma denúncia na
Justiça do Trabalho ou no Ministério Público do
Trabalho. O trabalhador também pode avaliar a
possibilidade de ingressar com ação judicial de
reparação de danos morais.
Fonte: Brasil de Fato
24/11/2022 -
Grupo de transição do Trabalho sinaliza para
negociação coletiva com fortalecimento dos
sindicatos
De acordo com integrante da equipe de transição
do Trabalho, entre as prioridades do futuro governo
Lula estão a negociação coletiva, o Bolsa Família,
combater o endividamento das famílias e garantir o
aumento real do salário mínimo
A equipe de transição do presidente eleito, Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), na área do Trabalho
completou uma semana de trabalho com pelo menos três
prioridades definidas e a perspectiva de superar
algumas contradições entre as questões do mundo do
trabalho e sindicais impostas pela reforma
trabalhista. Entre elas, a de valorização da
negociação coletiva com fortalecimento dos
sindicatos. Apesar de a legislação, em vigor desde
2017, ter mantido a primazia da negociação, ao mesmo
tempo, ela enfraqueceu os atores sociais
responsáveis – as entidades dos trabalhadores.
Levantamento do Dieese, divulgado pela RBA em
agosto, apontou, por exemplo, uma queda do uso desse
instrumento nos últimos cinco anos. De 2011 a 2017,
o total de acordos e convenções fechadas oscilava de
46 mil a 49 mil. Mas, em 2021, o número não passou
de 35 mil, segundo o Sistema Mediador do Ministério
da Economia.
O consultor sindical Clemente Ganz Lúcio, integrante
da equipe de transição do governo Lula na área
trabalhista, garante, contudo, que o grupo tem uma
“perspectiva de valorização da negociação, de
fortalecimento do diálogo social entre trabalhadores
e empregadores por meio da negociação”, confirmou em
entrevista à edição desta quarta-feira (23) do
Jornal Brasil Atual.
Três medidas prioritárias
De acordo com Clemente, a proposta deverá ser fruto de
uma negociação entre trabalhadores e empregadores,
uma exigência do presidente eleito. “Para que eles
apresentem ao futuro governo aquilo que é o
entendimento de como se valoriza a negociação
coletiva, como se fortalece os sindicatos, ampliar
sua representação e dar capacidade para que
empregadores e trabalhadores tratem dos conflitos
inerentes da relação capital e trabalho”, detalhou.
O sociólogo, que é também assessor do Fórum das
Centrais Sindicais e ex-diretor técnico do Dieese,
comenta que, como medidas mais imediatas, para 1º de
janeiro, o grupo já indicou a necessidade da
manutenção do Auxílio Brasil, que voltará a ser
chamado de Bolsa Família, em R$ 600. A medida
econômica é considerada fundamental, segundo ele,
para proteger os trabalhadores e trabalhadoras mais
vulneráveis que estão no desemprego de longa
duração.
Além disso, uma segunda demanda emergencial é
enfrentar o endividamento das famílias. Pesquisa da
Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon),
publicada em fevereiro, mostrou que 69,7% das
famílias brasileiras estão endividadas. Sendo que
14,7% delas estão “muito endividadas”. “Estamos
também indicando ao grupo de Economia que tenhamos
propostas claras para o governo rapidamente atender
essa fragilidade econômica”, explicou Clemente.
O que pode ser feito
O grupo também indicou a importância do aumento real
para o salário mínimo e de uma nova política de
valorização do piso nacional. Clemente defende que
essas três medidas “são muito importantes e impactam
diretamente o cotidiano das pessoas”. Ele adverte,
porém, que o trabalho da equipe de transição é
indicar os problemas e apontar soluções de curto
prazo, para os próximos dias e semanas. A ideia é
viabilizar a tomada de decisões ao longo do mês de
dezembro e nos primeiros dias de janeiro pelo grupo
junto com o atual governo.
“Os grupos de transição não têm por objetivo
formular as políticas de governo, mas sim indicar
quais são as medidas necessárias. Evidentemente
olhando a plataforma apresentada pelo candidato Lula
como plataforma de governo.” Por causa disso,
mudanças em relação a marcos regulatórios, com
outros pontos da “reforma” trabalhista, irão exigir
diálogo com o Congresso Nacional.
“Muitas dessas medidas precisarão de alterações
legislativas. Portanto, tem um encaminhamento a ser
feito junto aos parlamentares. E há também um
entendimento que precisa ser realizado entre
trabalhadores e empregadores porque isso se refere
às relações de trabalho concretas, diferente do
atual e do governo anterior (de Michel Temer) que
fizeram mudanças sem diálogo social, impondo
especialmente aos trabalhadores mudanças que foram
perversas. (…) A ideia é normatizar as relações de
trabalho daqui para frente”, diz Clemente.
Diálogo com o atual governo
A equipe trabalha para concluir até 11 de dezembro o
diagnóstico completo. A perspectiva é positiva
também do ponto de vista do diálogo com o governo
derrotado de Jair Bolsonaro (PL).
Ela se reuniu ontem (22), pela primeira vez, com o
ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos
Oliveira, e sua equipe. A pedido do vice-presidente
eleito, Geraldo Alckmin (PSB), que coordena os
trabalhos de transição, a pasta já encaminhou
relatório com quase 800 páginas sobre programas,
projetos e contratos atuais que serão analisados
pelo grupo para indicar à futura equipe da área a
situação real em que se encontra o mundo do trabalho
no Brasil. “Vamos fazer um processo tranquilo,
transparente e de informação”, conclui Clemente.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/11/2022 -
Sindicalistas se reúnem com ministros do TST e do
Trabalho
Os presidentes das Centrais CUT, Força e UGT, Sérgio
Nobre, Miguel Torres e Ricardo Patah,
respectivamente, se reuniram em Brasília, terça
(22), com o ministro do Trabalho, José Carlos
Oliveira, o presidente do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), Lelio Bentes Corrêa, o ministro do
TST, Maurício Godinho Delgado, e o
subprocurador-geral do Trabalho, Francisco Gérson
Marques de Lima.
Os dirigentes estão em Brasília para debates do GT
do Trabalho, da equipe de transição do governo. De
acordo com os sindicalistas, as reuniões têm o
objetivo de fazer um Raio X do Ministério do
Trabalho.
Para Ricardo Patah, as reuniões foram proveitosas.
“A conversa com os ministros foi muito importante,
pois pudemos debater os principais pontos de
preocupação, no que se refere aos órgãos de
regulamentação do setor trabalhista, e isso é
fundamental para a gente saber quais os pontos que
daremos mais atenção”, afirma o presidente da UGT.
O líder ugetista ressalta a importância de coletar
todos os dados do Ministério do Trabalho, de forma
minuciosa, para apontar diagnóstico completo da
Pasta. “Desse diagnóstico, definiremos a estratégia
de quem vai se envolver de fato no Ministério. Mas o
mais importante nesse momento é ter ciência de como
se encontra a Pasta”, ele diz.
Desejo – “Queremos o Ministério como era na época
dos primeiros governos de Lula, com pujança, forte
atuação na defesa do trabalhador, qualificação,
capacitação profissional e corpo técnico adequado de
Servidores”, ressalta o líder ugetista.
Reuniões – Durante os encontros com os ministros do
Trabalho e do TST, os sindicalistas entregaram
cópias da Agenda da Classe Trabalhadora, com as
propostas aprovados durante a Conclat 2022
(Conferência da Classe Trabalhadora).
Mais – Sites da UGT, CUT e Força.
Fonte: Agência Sindical
24/11/2022 -
Gabinete de Transição denuncia atraso generalizado
na vacinação
Atraso não se restringe à vacinação contra a covid,
e afeta principalmente bebês e crianças, afirma
ex-ministro
O grupo técnico (GT) da Saúde do Gabinete da
Transição identificou atraso generalizado dos
programas de vacinação executados pelo Ministério da
Saúde, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Em
reportagem publicada nesta terça-feira (22), o
ex-ministro Arthur Chioro afirmou que o atraso não
ocorre apenas na imunização contra a covid-19, mas
também de outras doenças, como poliomielite,
difteria e tuberculose.
“Há uma descoordenação do ministério à frente do
programa nacional de imunização que é evidente,
pelas baixas coberturas vacinais”, disse Chioro, no
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília,
onde funciona o Gabinete da Transição. “Nenhuma
vacina para as crianças, bebês com menos de 1 ano
hoje, tem cobertura vacinal adequada”, frisou.
Atraso em vacinação vem de falta de planejamento
De acordo com o GT da Saúde, 85 milhões de brasileiros
ainda não tomaram a terceira dose contra a covid-19.
O grupo deve se reunir nesta quarta (23) com o
ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para cobrar
providências. Chioro destacou que a aquisição de
vacinas, entre outras obrigações, ainda é de
responsabilidade do atual governo. Assim, falhas de
planejamento comprometem o enfrentamento da nova
onda da pandemia.
“É situação de vulnerabilidade. Falta a dose para as
crianças de 3 anos em diante, não foi feita a dose
de reforço das crianças acima de 10 anos. É uma
situação que não dá para se dizer que é normal. Nós
podíamos estar muito mais bem preparados para
receber essa nova onda”, afirmou.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/11/2022 -
Câmara aprova requerimento para que Augusto Nardes
explique falas golpistas
No áudio de WhatsApp enviado a amigos do
agronegócio, o ministro do TCU incitou um golpe de
estado
A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço
Público, da Câmara dos Deputados, aprovou o
requerimento, de autoria da deputada federal
Fernanda Melchionna (PSOL-RS), para que o ministro
do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes,
compareça à Câmara dos Deputados para explicar as
insinuações que fez em áudios vazados sobre a
possibilidade de um golpe de Estado.
No áudio de WhatsApp enviado a amigos do agronegócio
e vazado no último domingo (20), Augusto Nardes,
afirma que "está acontecendo um movimento muito
forte nas casernas" brasileiras, e que "é questão de
horas, dias, no máximo, uma semana, duas, talvez
menos do que isso", para um "desenlace bastante
forte na nação, [de consequências] imprevisíveis,
imprevisíveis". Depois disso, ainda na segunda-feira
(21), Nardes se licenciou do cargo.
“Ninguém está acima da lei, nem ministros, nem
parlamentares, nem ex-presidentes. A fala do
ministro do TCU Augusto Nardes é gravíssima e
inadmissível. Qualquer um que apoie, incite, ou
sequer flerte, com atos antidemocráticos não passará
impune. Aguardo a presença do ministro do TCU para
que ele explique aos parlamentares, e ao povo
brasileiro, essa afronta às liberdades
democráticas”, salienta Fernanda.
O presidente da Comissão, deputado federal Leônidas
Cristino (PDT-CE), irá contatar o gabinete do TCU
para o agendamento da data.
Fonte: Brasil247
24/11/2022 -
TRE-PR recomenda, mais uma vez, reprovação das
contas de Moro
Mesmo depois de ex-juiz Sergio Moro apresentar
defesa e retificação, Justiça Eleitoral segue
apontando inconsistências na prestação de contas da
campanha ao Senado
Pela segunda vez neste mês, o Tribunal Regional
Eleitoral do Paraná apontou falhas e se manifestou,
nesta terça-feira (22), pela reprovação da prestação
de contas da campanha do ex-juiz Sergio Moro (União
Brasil), eleito senador pelo Paraná.
O parecer destaca inconsistências no uso do fundo
partidário; no fundo especial de financiamento de
campanha; nas receitas arrecadadas; nas despesas; na
prestação de contas; e nos gastos com militância de
rua e aluguel de veículos.
Nesta decisão, a Justiça Eleitoral rejeitou a defesa
e a retificação feita pela campanha de Moro após
apontamentos feitas pelo órgão e classificou como
“infração grave” a entrega de prestação de contas
que não corresponda à movimentação feita.
“A falta ou o atraso no envio das informações que
deveriam constar da prestação de contas parcial
frustra a transparência durante o pleito eleitoral e
compromete a fiscalização contemporânea à
arrecadação de receitas e contratação de gastos”,
diz o documento. Moro terá três dias para se
manifestar a respeito da análise.
Entre os pontos destacados pela área técnica, foram
mantidas as inconsistências em relação às enviadas
depois do prazo legal, que totalizam R$ 153 mil a
partir de sete doações com data de recebimento em 28
de outubro.
Também foi apontada divergência de valores gastos
com adesivos, eventos de candidatura, fundo de caixa
e programas para TV e rádio na prestação inicial, no
valor de R$ 624.870, e na final, cuja cifra é de R$
343.955. Na avaliação do TRE, essa situação
dificulta “medidas de controle concomitante,
transparência e fiscalização”.
Fonte: Portal Vermelho
24/11/2022 -
Moraes nega pedido do PL e condena o partido de
Bolsonaro a pagar multa de R$ 22 milhões
Inconformado com a derrota na eleição, o partido
de Jair Bolsonaro questionou o resultado das urnas e
apontou supostas falhas no processo eleitoral
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
Alexandre Moraes, não aprovou nesta quarta-feira
(23) o pedido do PL para anular o segundo turno das
eleições deste ano. O ministro condenou que o
partido de Jair Bolsonaro a pagar uma multa de R$ 22
milhões.
O PL apresentou na terça-feira (22) um relatório
apontando falhas no processo eleitoral.
No dia 30 de outubro, Bolsonaro teve 49,1% dos votos
no segundo turno da eleição presidencial contra Luiz
Inácio Lula da Silva (PT). O petista foi eleito com
50,9%.
Ao longo de sua gestão, o ocupante do Planalto
tentou passar para a população a mensagem de que o
Poder Judiciário atrapalha o governo. O chefe do
Executivo federal também defendeu a participação das
Forças Armadas na apuração do resultado das
eleições.
Publicamente, partidos de oposição denunciaram nos
últimos anos a possibilidade de Bolsonaro tentar um
golpe.
Desde o dia 30 de outubro, bolsonaristas também
fizeram bloqueios em estradas brasileiras, uma forma
de protesto contra o resultado da eleição. Neste
mês, o ministro Alexandre de Moraes, que também é
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
determinou o bloqueio de 43 contas ligadas a pessoas
e empresas suspeitas de financiar atos de
bolsonaristas.
Fonte: Brasil247
23/11/2022 -
PL de Bolsonaro tenta questionar resultado da
eleição. Presidente do TSE responde
Partido diz ter feito “auditoria” para mostrar
vitória do atual presidente. Ministro Alexandre de
Moraes pede que partido inclua dados do primeiro
turno
Passados 22 dias do segundo turno, o candidato
derrotado ainda não assimilou o resultado das urnas.
Agora, além de praticamente não aparecer mais em
público, tenta questionar a eleição, por meio de
seus aliados – sem contar os protestos em rodovias e
unidades militares. Assim, nesta terça-feira (22), o
presidente do PL, Valdemar Costa Neto, enviou ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de
invalidação de votos em urnas fabricadas até 2020.
O partido diz ter feito uma “auditoria” que teria
comprovado vitória de Jair Bolsonaro com 51,05% dos
votos. Isso porque parte das urnas teria problemas –
coincidentemente, isso alteraria o resultado a favor
do atual presidente. A vitória em 30 de outubro foi
de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 50,9% dos
votos válidos.
Prazo de 24 horas
No fim de semana, o ex-deputado já havia adiantado que
apresentaria alguma medida relativa ao processo
eleitoral. Mas a petição de hoje foi respondida em
pouco tempo pelo próprio presidente do TSE,
Alexandre de Moraes. O ministro pediu que o PL
apresente também dados referentes ao primeiro turno.
“As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial
foram utilizados tanto no primeiro turno, quanto no
segundo turno das eleições de 2022”, escreveu
Moraes. Além disso ele deu prazo de 24 horas para
que o partido do presidente da República inclua os
dois turnos no pedido, sob pena de indeferimento.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
disse considerar “inquestionável” o resultado das
eleições. Já o PSDB afirmou que o pedido feito hoje
ao TSE é uma “insensatez”.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/11/2022 -
Moraes convoca PMs para reunião no TSE; Mourão fala
em “estado de exceção”
Gesto do presidente do TSE é visto pelas cúpulas
das polícias como um interesse em se contrapor à ala
bolsonarista da PRF
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
ministro Alexandre de Moraes, convidou os
comandantes-gerais de todas as Polícias Militares
para uma nova reunião nesta quarta-feira (23).
Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo,
interlocutores das cúpulas das polícias disseram ver
no chamado de Moraes, depois das disputas
eleitorais, um interesse do ministro em se contrapor
à ala bolsonarista da PRF.
Mesmo assim, se sentem prestigiados com o convite
para sentar à mesa em Brasília. O ofício chegou aos
comandantes no dia 8 - data em que a PRF anunciou o
fim dos bloqueios totais nas estradas após mais de
uma semana de movimentações.
O vice-presidente, Hamilton Mourão, e o núcleo
próximo a Jair Bolsonaro manifestaram incômodo com
os acenos do TSE às tropas estaduais. Mourão chegou
a falar em “estado de exceção” provocado por
decisões de Moraes. O senador eleito faz consultas à
sua assessoria jurídica para tentar barrar a
interlocução.
Aliados do Planalto falam em desrespeito ao pacto
federativo e investida inconstitucional de Moraes
sobre as polícias, subordinadas aos governadores.
Fonte: Brasil247
23/11/2022 -
Todos ganham com o 13º salário, diz técnico do
Dieese
Os números relativos ao pagamento do 13º são
impressionantes. Segundo o Dieese, o benefício
natalino injetará R$ 250 bilhões na economia
nacional. No Estado de São Paulo, cerca de R$ 72
bilhões. Em Guarulhos, mais de R$ 1,2 bilhão.
“Podemos dizer que essa é uma estimativa modesta,
porque nem tudo o que é pago a título de 13º salário
acaba contabilizado”, afirma José Silvestre Prado de
Oliveira, diretor-adjunto de relações sindicais da
entidade. Isso porque, ele explica, os dados
referentes aos informais e intermitentes, por
exemplo, não são captados nos levantamentos.
E quem ganha com o aporte do 13º. salário? Todos.
Silvestre explica: “Ganha o empregado celetista, o
Servidor Público, o comércio, o informal, o setor de
serviços e todos os demais segmentos”. Até o governo
ganha, ele adianta, “porque sobre o benefício recaem
Fundo de Garantia, recolhimento de Previdência e
entram também os recursos originários dos impostos,
como o IR na Fonte ISS e ICMS”.
Brasil – Cerca de 85,5 milhões de brasileiros
receberão o 13º salário. Considerando-se a média
salarial de R$ 2.673,00, a soma chega perto dos R$
250 bilhões, informa pesquisa do Dieese publicada em
10 de novembro.
Em Guarulhos, um total de 359.497 trabalhadores
formais devem receber 13º. Desses, 48% trabalham na
indústria, que paga os melhores salários – em
setembro, a média estava em R$ 4.058,72. O
levantamento é do economista Rodolfo Viana, da
Subseção do Dieese em nosso Sindicato.
Emprego – Na medida em que o 13º entra no mercado,
há geração de emprego seja ele temporário ou até
mesmo definitivo. “As empresas costumam contratar
neste período, especialmente a partir de outubro.
Muitos deles de temporários passa a ser efetivados”,
afirma Silvestre.
Live – Silvestre Prado participou da live semanal no
Sindicato, quinta (17), com apresentação do
jornalista João Franzin. A íntegra pode ser acessada
no
Canal YouTube do Sindicato.
Fonte: Agência Sindical
23/11/2022 -
65,5 milhões ganham até dois salários mínimos
Salários são rebaixados sob Bolsonaro. Maioria da
população ocupada recebe até R$ 2.424
A transição presidencial de Bolsonaro (PL) para Lula
(PT) tem reservado diversas surpresas negativas
encontradas pelo governo eleito. Uma das heranças
será o rebaixamento de salários. Conforme traz o
Valor Econômico, 67,1% da população ocupada no país,
o que corresponde a 65,5 milhões de trabalhadores,
ganha até dois salários mínimos, R$ 2.424.
Os dados se referem ao terceiro trimestre desse ano
e foram compilados pela LCA Consultores com base
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad-IBGE). A população total ocupada é de 97,5
milhões. Considerando apenas as pessoas que ganham
até um salário mínimo, são 34,7 milhões de ocupados,
35,6% do total.
Entre os motivos levantados para essa grande parcela
da sociedade que vive com baixos salários em um
cenário de alta da inflação, que atinge
principalmente os alimentos, está a pandemia de
covid-19 que ampliou o número de trabalhadores que
aceitaram menores salários para continuarem
empregados ou mesmo como forma de se inserirem no
mercado de trabalho.
A baixa qualificação dos trabalhadores nacionais é
vista como um fator que impede que os salários, de
maneira geral, se valorizem com o consequente
aumento de produtividade. É considerado que o nível
de qualificação aumentou nas últimas décadas, mas
que ainda é preciso avançar na qualidade educacional
– situação agravada pelo governo Bolsonaro com os
cortes na educação.
Em 2021, nos dois últimos trimestres, a porcentagem
de trabalhadores que recebiam até 2 salários mínimos
chegou a 71%.
Fonte: Portal Vermelho
23/11/2022 -
Desigualdade salarial entre negros e brancos
persiste, diz Dieese
Boletim Especial do Dia da Consciência Negra,
divulgado pelo Dieese, mostra que a desigualdade
salarial entre negros e não negros persiste no
mercado de trabalho. Apesar de em 2022 a retomada
das atividades econômicas impulsionarem a geração de
novas vagas de trabalho, os trabalhadores negros
recebem salários menores.
De acordo com o Boletim, a renda média mensal dos
homens não negros no segundo trimestre de 2022 foi
de R$ 3.708,00, enquanto a mulher não negra recebeu
média de R$ 2.774,00 por mês. Já a trabalhadora
negra recebeu R$ 1.715,00 mensais e o homem negro,
R$ 2.142,00. Desta forma, a mulher negra teve
salário 46,3% menor do que o homem não negro.
“A diferença entre os rendimentos é constante nos
dados do mercado de trabalho e precisa ser
modificada a partir de políticas públicas e
sensibilização da sociedade. Não importa somente
elevar a escolaridade da população negra, mas
sensibilizar a sociedade em relação à discriminação
existente no mercado de trabalho, que penaliza
parcela expressiva de brasileiros”, sugere o Boletim
do Dieese.
Desemprego – Segundo dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do IBGE, a
taxa de desocupação total foi de 9,3% no segundo
trimestre de 2022, menor do que o registrado nos
três anos anteriores – 12,1% em 2019, 13,6% em 2020,
14,2% em 2021. Apesar disso, a dificuldade de
reinserção no mercado de trabalho enfrentado pelas
mulheres negras é maior.
No segundo trimestre de 2022, as trabalhadoras
negras representavam 13,9% na taxa de desocupação,
enquanto as mulheres não negras registraram 8,9%. Os
homens negros ficaram em 8,7% no nível de
desocupação, enquanto os não negros ficaram com a
menor taxa registrada, 6,1%.
Mais – Clique
aqui e acesse o Boletim Especial do Dia da
Consciência Negra, do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
23/11/2022 -
Ministro do TCU entra de licença após repercussão de
áudio com teor golpista
O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da
União, saiu de licença médica nesta segunda-feira
(21/11), um dia após o vazamento do áudio com teor
golpista que enviou para amigos. A informação foi
divulgada pelo portal UOL.
No áudio, revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, o
ministro afirma que "está acontecendo um movimento
muito forte nas casernas" brasileiras e que "é
questão de horas, dias, no máximo, uma semana, duas,
talvez menos do que isso" para um "desenlace
bastante forte na nação, (de consequências)
imprevisíveis".
Na gravação, Nardes ainda diz que o presidente Jair
Bolsonaro (PL) não está bem,"mas tem esperança de
poder se recuperar e poder melhorar sua condição
física. E certamente terá condições de enfrentar o
que vai acontecer no país".
Após a repercussão do áudio, o ministro divulgou uma
nota em que "lamenta profundamente a interpretação
que foi dada sobre um áudio despretensioso gravado
apressadamente e dirigido a um grupo de amigos". Ele
ainda disse que "repudia peremptoriamente
manifestações de natureza antidemocrática e
golpistas, e reitera sua defesa da legalidade e das
instituições republicanas".
Mesmo após a retratação, a Associação dos Membros
dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), o
Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de
Contas (CNPTC) e o Instituto Rui Barbosa (IRB)
divulgaram uma nota de repúdio às declarações de
Nardes.
"A anunciada retratação coloca a matéria em novos
termos. Entretanto, estava-se diante de sério agravo
à legitimidade democrática e ao ordenamento
jurídico, em contexto também incompatível com a
atuação da magistratura de Contas, que deve
fidelidade absoluta às normas de regência", diz
trecho do documento.
Fonte: Consultor Jurídico
23/11/2022 -
A falácia do teto de gastos: economistas rebatem
Fraga, Malan e Bacha
Em “Carta ao presidente Lula”, cinco economistas
defendem a revogação do teto de gastos e mostram que
a medida não funcionou no governo Bolsonaro
“A ideia de que o teto de gastos é fundamental para
garantir a disciplina fiscal é uma falácia.” A
opinião é compartilhada por cinco economistas – José
L. Oreiro, Luiz Fernando de Paula, Luiz Carlos
Bresser-Pereira, Kalinka Martins e Luiz C. Magalhães
– que assinam a “Carta ao presidente Lula”,
publicada nesta segunda-feira (21), no site do
jornal Folha de S.Paulo.
O texto é uma réplica a um artigo pró-teto de gastos
que os também economistas Arminio Fraga, Edmar Bacha
e Pedro Malan escreveram para o presidente eleito,
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 17 de fevereiro.
“O teto, hoje a caminho de passar de furado a buraco
aberto, foi uma tentativa de forçar uma organização
de prioridades”, opinou o trio. “Por que isso?
Porque não dá para fazer tudo ao mesmo tempo sem
pressionar os preços e os juros. O mundo aí fora
está repleto de exemplos disso.”
Na resposta a Fraga, Malan e Bacha, a “Carta ao
presidente Lula” defende a revogação do teto de
gastos – que, na prática, não vingou como indutor de
uma suposta responsabilidade fiscal. Segundo os
autores do texto, a Emenda Constitucional Nº 95 –
que impôs um limite apenas para investimentos em
áreas sociais – fracassou: “De fato, o teto se
mostrou incapaz de impedir que o governo de Jair
Bolsonaro (PL) realizasse um volume de gastos de R$
795 bilhões extrateto em quatro anos e de criar de
novos gastos públicos a menos de seis meses das
eleições”.
Com base no indicador Embi+, os cinco economistas
acrescentam que “a avaliação do mercado é clara: o
teto de gastos não foi capaz de reduzir o
risco-país”. Além disso, a redução dos gastos em
áreas sociais, decorrente do teto, provoca “um
esmagamento a longo prazo sobre o orçamento dedicado
a essas áreas”. Eles explicam: “ao congelar em
termos reais por um período de 20 anos os gastos
primários, o crescimento vegetativo dos gastos com
Previdência Social de 3% ao ano faz com que os
demais itens do Orçamento sejam comprimidos”.
A “Carta” conclui que o governo Bolsonaro
inviabilizou o teto. “Além da redução do
investimento público e dos recursos nas áreas de
saúde e educação, os salários dos servidores foram
reduzidos de uma média de 4,4% do PIB dos governos
FHC, Lula, Dilma e Temer para menos de 3% do PIB em
2022. Esse ajuste chegou ao seu limite, não sendo
mais sustentável mantê-los comprimidos”.
Assim, Oreiro, De Paula, Bresser-Pereira, Kalinka e
Magalhães avalizam a tese de Lula segundo a qual não
pode haver responsabilidade fiscal sem
responsabilidade social. Segundo eles, é “legítimo e
viável abrir espaço no Orçamento para viabilizar
gastos públicos para enfrentamento da crise social e
econômica, que deverá ser combinado, quando
empossado, com adoção de uma nova regra fiscal que
combine flexibilidade orçamentária com
sustentabilidade da dívida pública”.
Fonte: Portal Vermelho
23/11/2022 -
Inflação de outubro pressiona mais famílias de renda
alta
Reajuste de passagens aéreas e de planos de saúde
influencia cenário
As famílias com renda maior que R$ 17.260,14,
consideradas de renda alta, foram as que enfrentaram
maior inflação em outubro, segundo estudo divulgado
segunda-feira (21) pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea). Ele aponta o
encarecimento das passagens e dos planos de saúde
entre as causas do cenário. Para esta faixa de
renda, a variação de preços foi de 1,14%, enquanto a
inflação geral da economia ficou em 0,59%.
Já as famílias de renda muito baixa (até R$
1.726,01) e baixa (entre R$ 1.726,01 e R$ 2.589,02)
tiveram os menores índices de inflação: 0,51% e
0,52%.
Mesmo assim, quando é analisada a inflação
acumulada, tanto as famílias mais ricas quanto as
mais pobres estão acima da média nacional, enquanto
as de renda média estão abaixo da inflação geral.
Nos últimos 12 meses, as famílias de renda muito
baixa têm 6,73% de inflação, enquanto a inflação
geral é de 6,43%. As famílias de alta renda, por sua
vez, acumulam 7,95% de aumento de preços em sua
cesta de compras.
Valores diferentes
São consideradas famílias de renda média as que ganham
entre R$ 2.589,02 e R$ 4.315,04 (média baixa), entre
R$ 4.315,04 e R$ 8.630,07 (média) ou entre R$
8.630,07 e R$ 17.260,14 (média alta). Para essas
famílias, a inflação de outubro foi de 0,57%, 0,61%
e 0,64%, respectivamente, enquanto o índice
acumulado ficou em 6,17%, 6,39% e 6,38%.
O Ipea explicou que, para as quatro classes de renda
mais baixa, os maiores impactos na inflação vieram
dos grupos alimentos e bebidas e saúde e cuidados
pessoais. Enquanto isso, as famílias de renda mais
média alta e alta sofreram mais com o aumento de
preços nos transportes, com destaque para o reajuste
das passagens aéreas (23,4%).
O instituto também detalha que, mesmo dentro de um
mesmo grupo de despesas, há comportamentos
diferentes dependendo da renda. No grupo saúde e
cuidados pessoais, a alta dos artigos de higiene
(2,3%) pressionou especialmente a inflação dos
segmentos de renda mais baixa, enquanto o reajuste
dos planos de saúde (1,4%) impactou mais a inflação
das classes de renda mais alta.
Fonte: Agência Brasil
22/11/2022 -
Cabe a Lula reger os movimentos, diz economista
O presidente Lula tem histórico, legitimidade e
habilidade suficientes pra dialogar com os grandes
agentes do mercado e deixar claro os rumos de seu
governo.
A opinião é do economista e sindicalista Pedro
Afonso Gomes, ex-presidente do Sindicato dos
Economistas do Estado de São Paulo e atual
presidente do Conselho Regional – Corecon.
Pedro afirma: “Todos devem ser prudentes quanto a
assuntos como a PEC sugerida por Lula e o teto de
gastos. Prudência a Lula e especialmente a seus
assessores. Quanto ao teto, por exemplo, melhor
falar o próprio Lula ou o Alckmin, que coordena a
Transição”.
Social – “O governo Lula terá forte marca social, e
a Faria Lima sabe disso. A reformulação do
Bolsa-Família, um programa amplo e dinâmico, é
prioridade e justifica o recebimento de mais
recursos por quatro anos”, comenta o economista.
Pedro Afonso Gomes vê no Presidente Lula condições
de conduzir uma ampla pactuação nacional ou mesmo
setoriais. “Mas sempre deixando claro que o governo
não abre mão do crescimento, da geração de empregos,
da ampliação dos programas sociais, assim como de
ajustes que corrijam velhas distorções tributárias”,
defende.
Selic – Para o presidente do Corecon-SP, é
infrutífero combater inflação com aumento da taxa
básica de juros – “até porque, não temos aqui
inflação de demanda, devido ao arrocho da massa
salarial”. A redução da Selic, ele sugere, pode ser
feita de forma gradativa, dentro de um programa
amplo, que dê sinais seguros a investidores de que o
País crescerá.
Fonte: Agência Sindical
22/11/2022 -
Congresso fará a mediação necessária ao País nos
próximos quatro anos, diz Lira
"Todas as pautas serão conduzidas de maneira
muito transparente”, afirmou
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), afirmou que o Congresso vai agir para
acalmar o País e fará a mediação necessária entre os
Poderes e a sociedade para garantir a legitimidade
das urnas nos próximos quatro anos. Lira participou
de evento promovido pela Associação Brasileira de
Atacadistas e Distribuidores (Abad) nesta
segunda-feira (21). Segundo ele, o Parlamento vai
contribuir com o País.
“Estará no Congresso a mediação e a tranquilização
das certezas que o Brasil precisará nos próximos
quatro anos, com a coerência de que o que fizemos
não poderá ser modificado. Nesse processo, todas as
pautas serão conduzidas de maneira muito
transparente”, afirmou.
De acordo com o presidente, a chamada PEC da
Transição ainda nem começou sua tramitação e há um
tempo exíguo para ser aprovada. Lira afirmou que
ainda não vai se posicionar porque até o momento não
há um texto formal e nem discussão no Senado e na
Câmara.
“Não posso me alongar muito sobre temas que não
decidirei sozinho”, justificou.
Ele afirmou que as discussões sobre esse assunto
acontecerão da forma mais transparente e responsável
possível. Lira destacou que a proposta ainda será
amplamente debatida pelos líderes partidários.
“A PEC está posta num anteprojeto e começará pelo
Senado. Ainda não temos texto nem assinaturas. O que
temos é um tempo exíguo de 17 dias para discutir um
texto desse. Sem entrar no mérito, não tivemos uma
reunião depois do segundo turno com os líderes,
nossas pautas encaminhadas demandam muitas
discussões, e a PEC da transição quem toca é a
equipe, e não houve reunião entre câmara e Senado
também”, explicou.
Orçamento
Arthur Lira voltou a defender as emendas de relator (RP
9) do Orçamento da União e criticou os que as
denominam de “orçamento secreto”. Segundo ele, o
orçamento atual é municipalista e democrático, pois
não está nas mãos de um único ministro que decidia
monocraticamente para onde iriam esses recursos que
hoje se transformaram nessas emendas de relator.
“O Orçamento é impositivo na sua totalidade, depois da
sua discussão, o Executivo tem que cumprir”,
afirmou.
Fonte: Agência Câmara
22/11/2022 -
Bolsonaro usa PGR para impedir investigação de dados
da CPI da Covid
Procuradoria ainda enviou ao STF um pedido para o
arquivamento dos autos da CPI, mas a Corte ainda não
se pronunciou.
Com uma ajudinha da PGR (Procuradoria-Geral da
República), o presidente Jair Bolsonaro conseguiu
travar a investigação de denúncias da CPI da Covid
contra o governo. Há três meses, a PGR barra o
acesso da Polícia Federal a dados da Comissão
Parlamentar de Inquérito, que foi realizada no
Senado em 2021.
“Os responsáveis pela apuração já pediram o
compartilhamento do material por duas vezes. A
solicitação foi feita em 19 de agosto, reiterada em
4 de outubro”, detalha a Folha de S.Paulo nesta
segunda-feira (21). “O caso tramita na PGR sob a
responsabilidade da vice-procuradora-geral da
República, Lindôra Araújo”.
A Procuradoria ainda enviou ao STF (Supremo Tribunal
Federal), neste mês, um pedido para o arquivamento
dos autos, mas a Corte ainda não se pronunciou. Uma
das diretrizes da gestão bolsonarista, após a
derrota do presidente para Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) nas eleições 2022, é justamente dar fim ao
máximo de ações e processos contra Bolsonaro. Na CPI
da Covid, ele foi acusado de “incitação ao crime”,
por estimular a população brasileira “a se
aglomerar, a não usar máscara e a não se vacinar”.
Com o relatório da CPI em mãos, o procurador-geral
da República, Augusto Aras, encaminhou dez
procedimentos ao STF sobre denúncias que envolviam
autoridades com prerrogativa de foro. Bolsonaro
também é denunciado por crimes de charlatanismo,
prevaricação, emprego irregular de verbas ou rendas
públicas, epidemia com resultado de morte e infração
de medida sanitária preventiva.
Fonte: Portal Vermelho
22/11/2022 -
Assédio no trabalho é desafio que se impõe, diz
presidente do TST
Na avaliação do presidente do Tribunal Superior do
Trabalho, ministro Lélio Bentes Corrêa, o ramo
trabalhista do Judiciário deve olhar para o futuro
imediato com um foco importante de ação: o combate
aos casos de assédio no ambiente profissional.
Esse foi o ponto destacado por ele na abertura do
16º Congresso Nacional do Judiciário, o evento em
que representantes de 91 tribunais brasileiros vão
usar para avaliar desempenho e definir caminhos a
serem trilhados em 2023.
"Na Justiça do Trabalho, particularmente, o desafio
que se impõe é o enfrentamento da questão do
assédio, sob a forma de assédio moral, sexual e
eleitoral, que aviltam e solapam a dignidade e a
independência dos cidadãos e cidadãs brasileiras e
que merecem ser rechaçados de forma firme pelo
Judiciário", disse.
Em 2022, o assédio foi muito discutido e visível por
causa da intensa disputa eleitoral que o país viveu.
Ainda antes do segundo turno das eleições, o
Ministério Público do Trabalho já somava mais de mil
ocorrências denunciadas.
O tema gerou preocupação no Tribunal Superior
Eleitoral e manifestação de seu presidente, ministro
Alexandre de Moraes. Pelo país, decisões impuseram
multas para o empresário que assediasse seus
empregados. Foi preciso até conceder uma liminar
para proibir um patrão de obrigar seus funcionários
a comparecerem a atos golpistas.
"Nessa medida, a meta 9 estabelecida para 2022 é da
maior relevância para todos os ramos do Judiciário,
mas particularmente para a Justiça do Trabalho, na
medida em que se relaciona com os objetivos do
desenvolvimento sustentável das Nações Unidas,
dentre os quais está assegurar o trabalho decente a
todos", afirmou o ministro Lélio Bentes Corrêa.
Fonte: Consultor Jurídico
22/11/2022 -
Sindicatos de todo o mundo pedem regularização de um
bilhão de empregos informais
Confederação Sindical Internacional lamenta que
diferença salarial entre homens e mulheres continue
superior a 20% em todo o mundo e "apela a salários
dignos para todos os trabalhadores, incluindo
trabalhadores informais e domiciliares".
Por France Presse
A Confederação Sindical Internacional (CSI) pediu a
regularização antes de 2030 de pelo menos metade dos
2 bilhões de empregos informais que, segundo suas
estimativas, existem no mundo.
A afirmação foi feita por ocasião de seu congresso
mundial, que acontece na Austrália de quinta a
terça-feira.
Em relação aos salários, a CSI lamenta que a
diferença salarial entre homens e mulheres continue
superior a 20% em todo o mundo e "apela a salários
dignos para todos os trabalhadores, incluindo
trabalhadores informais e domiciliares".
O movimento sindical global, que reúne 332
sindicatos e afirma representar 200 milhões de
trabalhadores, pede também "medidas urgentes (...)
para garantir uma taxa mínima de imposto para as
empresas a nível internacional".
No final de 2021, cem países assinaram um acordo
nesse sentido sob mediação da OCDE (Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico), mas sua
adoção demora devido a bloqueios em algumas regiões.
Diante da crise de saúde causada pela pandemia de
covid-19 e pelos desafios climáticos, "queremos
construir economias baseadas na prosperidade
compartilhada, com garantia de emprego seguro",
disse nesta sexta-feira o secretário-geral da CSI,
Sharan Burrow.
"Isso se traduz em um novo contrato social com seis
demandas claras": emprego, direitos, salários,
proteção social, igualdade e inclusão, acrescentou.
Dois candidatos disputam a sucessão de Sharan Burrow
no domingo, o italiano Luca Visentini e o turco
Kemal Özkan.
Fonte: G1
22/11/2022 -
‘Colocar o pobre no orçamento é fundamental’, afirma
Marcio Pochmann
Economista e professor da UFABC e da Unicamp
conversou com a Revista Brasil TVT dizendo que o
presidente eleito Lula vem fazendo um giro para
colocar a política no lugar da economia como base de
governo
O economista Marcio Pochmann, professor da
Universidade Federal do ABC (UFABC) e da Unicamp,
ambas em São Paulo, disse em entrevista ao programa
Revista Brasil TVT, da Rede TVT, que o presidente
eleito Luiz Inácio Lula da Silva deve mudar eixo de
governo, colocando no centro a política no lugar da
economia. Desta fora, ele vê como fundamental a
volta da população de baixa renda para o orçamento
federal, como iminente a queda do teto dos gastos e
defende investimentos sociais para para a construção
de um país diferente do atual.
“Há um aprendizado em relação à governança do
passado, denominada de presidencialismo de coalizão.
Um presidente que governava de forma ‘coesionada’
com o parlamento, mas isso muito subordinado aos
ditames econômicos. A economia, que é um meio, havia
se transformado em um fim em si mesmo. Se pensa no
circuito da financeirização não olhando nas pessoas
que precisam de emprego, trabalho, passam fome, não
tem moradia. O presidente Lula, entendo, vem fazendo
um giro para colocar a política no centro, porque é
ela quem define para onde queremos ir. O resultado
eleitoral apontou um rumo e esse rumo precisa ser
seguido. E para que isso possa ocorrer, a economia
deve voltar a ser um meio que viabilize o que a
política determine.”
Sete trilhões de reais
Marcio Pochmann cita um lado real do Brasil diferente
do oficial representado pelo mercado financeiro e de
outros mercados especulativos. “De gente que quer
trabalhar. O país tem mais de R$ 7 trilhões
depositados no sistema financeiro, adormecidos,
esperando serem validados pela taxa de juros. Esse
dinheiro poderia ser melhor aplicado na atividade
econômica, gerando emprego, tendo lucros, gerando
impostos. É disso que estamos tratando. De uma
atividade que não é para corromper o governo, para
utilizar para funções ilegais. Pelo contrário, é
para alimentar o povo, oferecer um horizonte, um
futuro de emprego e renda. Colocar o pobre no
orçamento é fundamental para construir um Brasil
diferente do que temos hoje.”
Teto de gastos
Dentro dessa linha, o economista entende ser
necessário o governo ter clareza que a própria
realidade mostrou que o teto de gastos é impossível
de ser perseguido. “O próprio governo que agora está
se encerrando executou um gasto próximo aos R$ 800
bilhões acima do limite que havia sido estabelecido
por uma emenda constitucional. É algo ridículo que
uma emenda constitucional termine não sendo
seguida.” Pochmann diz que Lula inova separando o
que é custeio do que é investimento. “Custeio é o
gasto com salários de funcionários públicos,
operação da máquina, aluguéis. Devem ser pagos com a
arrecadação existente. O investimento se
autofinancia, porque significa uma atividade nova,
que vai gerar emprego, renda e tributação. Então a
separação do orçamento me parece muito importante.”
E o gasto financeiro?
Ele afirma, ainda, que o tema do investimento tem, em
geral, poucos defensores. “Quando se tem uma lei de
teto, corta os investimentos, que é o nosso diálogo
com o amanhã. Então não temos o amanhã, só o hoje. E
se reduzem os gastos sociais. Veja que a lei define
o congelamento do gasto operacional, não faz menção
ao gasto financeiro. Esse está livre para ser gasto
o quanto for de interesse. Se é para não gastar, que
não gastasse nada, mas se deixa o financeiro
livre?”, questiona. “Infelizmente, no caso
brasileiro, no período mais recente, tivemos um caso
de subordinação da política aos interesses mais
diretos da economia. Então há um certo mal-estar
porque pretende-se mudar isso. Fazer valer o voto e
a maioria que votou.”
Fonte: Rede Brasil Atual
21/11/2022 -
Peso de Lula pode reequilibrar Congresso
A dinâmica do Congresso Nacional quase sempre é
movimentada do Executivo para o Legislativo.
Portanto, Presidentes fortes costumam ter mais
influência junto à Câmara e ao Senado.
A observação é do consultor parlamentar Antônio
Augusto de Queiroz, o Toninho do Diap, entidade que
integrou por mais de três décadas.
Fotografia – “Hoje, Lula tem apoio consistente de
140 deputados. Há 214 na oposição formal. Ao lado
disso, ele teria apoio condicionado de 159 nomes,
negociando cada matéria”, explica o consultor. A
Câmara possui 513 deputados. No Senado, a correlação
é parecida: 15 apoios consistentes, 32 que podem
apoiar mediante condições e 34 na oposição.
Toninho explica: “O Congresso que assume em janeiro
é ainda mais conservador que o atual. Por outro
lado, haverá um Presidente da República forte e um
Lula mais experimentado”. Caso Bolsonaro
continuasse, ele avalia, “seria uma tragédia, devido
às pautas conservadoras por parte do governo.”
Vários parlamentares, hoje na oposição formal ao
Presidente eleito no passado, já atuaram na base de
Lula. Toninho diz: “A força de Lula, sua experiência
e mesmo as relações do passado com esses
parlamentares tendem a trazê-los mais para o
centro”. Ele acredita que o bolsonarismo-raiz fique
em torno de 1/3 dos congressistas.
Sindicalismo – Não é positivo o saldo recente das
relações entre sindicalismo e Congresso, que aprovou
reformas neoliberais e cortou direitos. Para Antônio
Augusto de Queiroz, o ativismo sindical no
Parlamento tende a crescer. Mas, ele observa, “é
preciso foco bem definido, como na proibição das
bombas que desempregariam os frentistas e o Piso da
Enfermagem”.
Fonte: Agência Sindical
21/11/2022 -
Chegando a
hora de governar
A nova legislação precisará combater a
precarização e desregulação do trabalho e assegurar
direitos
por Nivaldo Santana
A histórica vitória da chapa “Vamos Juntos pelo
Brasil” nas eleições presidenciais gerou uma grande
expectativa sobre os novos rumos que o país
trilhará. Escolhido o Gabinete de Transição
Governamental, é chegada a hora de definir
prioridades e compor o governo.
O rumo a ser seguido deve partir das “Diretrizes
para o Programa de Reconstrução e Transformação do
Brasil”, documento que foi apresentado como uma
espécie de carta-programa para orientar as ações do
governo eleito.
Acredita-se, portanto, que as diretrizes devam
servir de base para todos os 31 grupos técnicos do
Gabinete de Transição. Cabe a eles, dessa forma,
fazer o relatório final da transição, incumbência
que também terá o Grupo Técnico do Trabalho.
O grande desafio do Grupo do Trabalho é elaborar
para o novo governo um conjunto de propostas que
materializem essas diretrizes, em especial aquelas
contidas no capítulo denominado “Desenvolvimento
Social e Garantia de Direitos”.
Neste capítulo, o documento aponta que “o novo
governo irá propor … uma nova legislação trabalhista
de extensa proteção social a todas as formas de
ocupação, de emprego e de relação de trabalho
…revogando os marcos regressivos da atual
legislação”.
Essa nova legislação, sempre conforme o documento,
precisará combater a precarização e desregulação do
trabalho e assegurar direitos que incorporem os
trabalhadores autônomos, por conta própria, de
aplicativos, domésticos e outros informais.
É destacada também a necessidade de reestruturação
que fortaleça os sindicatos. Para tanto, é preciso
assegurar direito de greve, a proibição de práticas
antissindicais, a garantia do financiamento
solidário dos sindicatos e a eliminação do entulho
autoritário dos últimos anos.
É certo que vivemos um período de grandes mudanças
na organização e gestão do trabalho. Uma legislação
contemporânea precisa se adequar a esta nova
realidade. Mas modernizar não é sinônimo de
precarização e retirada de direitos.
Os advogados da redução do custo da força de
trabalho falam que a CLT é da década de 40 do século
passado e, por essa razão, a legislação precisaria
ser modernizada. Mas a modernização, para eles, é
aumentar a jornada, reduzir salários e desregular as
relações do trabalho.
Mas a construção de uma sociedade democrática,
civilizada e socialmente justa precisa ter na
valorização do trabalho um dos seus pilares. Essa é
uma bandeira central do sindicalismo e a agenda a
ser defendida neste novo ciclo que se inicia no
país.
Fonte: Portal Vermelho
21/11/2022 -
Indústria tem desempenho negativo em outubro, diz
CNI
O desempenho da indústria foi negativo na passagem
de setembro para outubro, com queda da atividade, do
emprego e da utilização da capacidade instalada. Os
dados são da pesquisa Sondagem Industrial, divulgada
sexta-feira (18), em Brasília, pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI).
É o segundo recuo consecutivo na produção
industrial. O índice de evolução da produção
manteve-se abaixo dos 50 pontos, ao cair de 49
pontos para 48,5 pontos. Valores acima da linha
divisória de 50 pontos indicam aumento da produção
industrial e abaixo da linha de corte, queda. “É a
primeira queda na produção industrial para um mês de
outubro desde 2016”, informou a CNI.
O emprego do setor industrial também caiu após cinco
meses consecutivos de crescimento. O índice de
evolução do emprego passou de 51,4 pontos para 49,6
pontos indicando corte. É a primeira queda do
emprego industrial para um mês de outubro desde
2019.
Da mesma forma, o índice de Utilização da Capacidade
Instalada (UCI) registrou o segundo recuo
consecutivo e encerrou outubro em 71%. Nos últimos
dois meses, a UCI acumula queda de dois pontos
percentuais.
Fonte: Agência Brasil
21/11/2022 -
Valorização do trabalhador retorna com Lula, diz
Adilson Araújo
Presidente da CTB faz parte do grupo técnico da
transição do governo Lula na área do Trabalho.
Salário mínimo, correção da tabela do IR e garantia
do Bolsa Família são prioridades.
A plataforma de construção para um Brasil novo
começa pela urgência da valorização do salário
mínimo, com a correção da tabela do Imposto de Renda
e com a garantia do Bolsa Família, como explica
Adilson Araújo, presidente nacional da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e
membro da direção nacional do PCdoB.
Convocado para integrar o Grupo Técnico de transição
do governo Lula (PT) na área do Trabalho, o bancário
da Bahia falou ao Portal Vermelho sobre as
perspectivas e prioridades que já estão sendo
debatidas pela transição.
Bases de construção
A partir dos grupos técnicos da transição, as bases de
construção em cada área serão definidas. Todas têm a
responsabilidade de oferecer um diagnóstico do que
foi encontrado, de acordo com o que foi feito e do
que será deixado pelo governo de Jair Bolsonaro
(PL).
Apesar disso, o que já todos sabem, como aponta
Adilson, é que o “saldo político do governo
Bolsonaro é um desastre”.
Com 33 milhões de pessoas no mapa da fome, a
inflação dos alimentos que avança a cada dia e o
desemprego e a informalidade que assolam o país, o
desafio do próximo governo será enorme.
No entanto, o dirigente sindical aponta que a
vitória de Lula foi a resposta das camadas populares
da sociedade para enfrentar este momento.
“Lula é o único capaz de dar voz a um projeto
nacional de desenvolvimento com centralidade de
atenção à valorização do trabalho e do trabalhador”,
afirma.
Contemplando as diversas vozes que compreendem a
frente ampla que apoiou o presidente eleito, Adilson
reforça que os grupos de trabalho se colocam, em uma
primeira etapa, na construção de bases a partir da
realidade atual.
“É um trabalho que se coloca diante da urgência e da
emergência orçamentária, já que a PEC da Transição
está vocacionada a atender a um pleito imediato, que
é resolver o problema da fome, garantir os recursos
do Bolsa Família e o reajuste do salário mínimo”,
esclarece.
Ministério do Trabalho
O grupo pelo qual Adilson faz parte está voltado para
apurar o cenário em que o Ministério do Trabalho e
Previdência se encontra.
“Não temos dúvida de que o Ministério do Trabalho
reflete todo o processo de desmonte, de
desnacionalização e de desregulamentação do Direito
do Trabalho”, critica o presidente da CTB.
Nesse sentido, a extinção de direitos da
Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) com a
Reforma Trabalhista, assim como os desdobramentos da
Reforma da Previdência e da aprovação da
terceirização generalizada e irrestrita são alvo de
investigação do grupo técnico.
“Isso afetou a massa salarial dos trabalhadores,
ajudou a elevar o número de trabalhadores informais
e desalentados, bem como contribui para uma taxa de
desemprego elevada”.
Reforma Trabalhista
Conforme lembra Adilson Araújo, o presidente eleito
assumiu o compromisso de tratar sobre o “entulho
autoritário” que ganhou voz com a Reforma
Trabalhista.
“Prometeram com a Reforma Trabalhista segurança
jurídica para fortalecer a negociação coletiva e
gerar empregos, mas essas encomendas não vieram e
não virão, até porque nós empreendemos uma derrota
política que justifica trilharmos uma perspectiva de
um novo tempo”, afirma.
Segundo o cetebista, será fundamental discutir no
grupo técnico o direito ao custeio sindical, assim
como a representação pelos sindicatos nas
negociações. Outro ponto de debate é a
ultratividade, que garante a manutenção de direitos
do acordo ou convenção coletiva até a renovação.
“Para o movimento sindical, substancialmente, é
necessário que a gente tenha a garantia da
ultratividade dos acordos, porque, com o fim da
ultratividade, a maioria dos acordos e das
convenções coletivas não foram renovados. Tudo a
pretexto dos patrões imporem a subtração de
direitos”, diz.
Novas regulamentações
Com as novas tecnologias que se inserem no mundo do
trabalho, a questão dos trabalhadores por
aplicativos também deve permear o debate sobre novas
regulamentações. A finalidade é garantir direitos a
estes trabalhadores essenciais que, geralmente, são
mal remunerados e não tem nenhum respaldo das
empresas pela qual prestam serviços.
“As mudanças contemporâneas que ganharam maior
espaço com a pandemia sugerem a necessidade de
discutirmos a regulamentação dos trabalhadores por
aplicativos. É uma questão que faz parte da agenda
que devemos construir nesse próximo período e que
vai exigir muita mobilização social”, completa
Adilson Araújo, presidente da CTB.
Grupo Técnico de Trabalho
Confira os nomes que compõe o grupo técnico de
trabalho na transição do governo Lula.
- Adilson Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB);
- André Calixtre, pesquisador do Ipea;
- Clemente Gantz Lucio, ex-diretor técnico do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (DIEESE);
- Fausto Augusto Júnior, diretor-técnico do
Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos (DIEESE);
- Laís Abramo, socióloga, ex-diretora da Divisão de
Desenvolvimento Social da Cepal, diretora da OIT no
Brasil e especialista regional em Gênero e Trabalho
da OIT para a América Latina;
- Miguel Torres, presidente da Força Sindical;
- Patrícia Vieira Trópia, docente do Instituto de
Ciências Sociais da Universidade Federal de
Uberlândia;
- Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT);
- Sandra Brandão, economista, mestre em Economia
pela Unicamp;
- Sérgio Nobre, presidente Nacional da Central Única
dos Trabalhadores (CUT).
Fonte: Portal Vermelho
21/11/2022 -
Bolsonaro se queixa de espera “aflitiva” até posse
de Lula e reclama que não tem mais “poder algum”
Derrotado, Bolsonaro diz que está apenas “batendo
ponto” e “esperando o tempo passar”. Para ele, o
presidente eleito deveria tomar posse logo depois da
vitória
Bolsonaro não aguenta mais. Segundo a jornalista
Mônica Bergamo, ele se queixou a interlocutores que
é “aflitiva” a espera até a posse de Lula e reclama
que não tem mais “poder algum”. Segundo esses
interlocutores, Bolsonaro gostaria de entregar o
poder já.
Para ele, a lei deveria mudar, e o novo governante
deveria tomar posse logo depois de abertas as urnas
-mas terá que esperar até 1º de janeiro de 2023. A
não ser que renuncie antes.
Bolsonaro teria reclamado que o presidente que está
deixando o cargo já não tem mais poder algum e suas
opiniões não têm relevância. A ele restaria,
portanto, ficar “batendo ponto” e esperando o tempo
passar -mas sequer bater o ponto está batendo, pois
não aparece para o trabalho no Planalto desde a
derrota.
Na política estadunidense, essa condição transforma
o presidente em fim de mandato num “pato manco”. No
Brasil, diz-se que a alguém na condição de Bolsonaro
só se serve café frio no palácio.
Apático e deprimido, segundo assessores, Bolsonaro não
tem nenhum compromisso na agenda oficial e mandou
Mourão receber as cartas credenciais de embaixadores
que vão atuar no Brasil, na última quarta-feira
(16). Entre os embaixadores que assumirão os cargos
no Brasil está o argentino Daniel Scioli, indicado
pelo presidente Alberto Fernández, amigo pessoal de
Lula, que é considerado inimigo por Bolsonaro.
Mourão classificou a reclusão de Bolsonaro no
Palácio da Alvorada como "retiro espiritual" e
instou o líder do governo a assumir a derrota para
ter chances de liderar a oposição.
No entanto, a cada dia, Bolsonaro aumenta o
isolamento. Desde a vitória de Lula, o presidente só
esteve no Planalto por duas vezes para se reunir com
Paulo Guedes, no dia 31 de Outubro, e para
cumprimentar o vice-presidente eleito, Geraldo
Alckmin (PSB), no dia 3 de novembro.
Nos últimos 17 dias, Bolsonaro não teve nenhum
compromisso na agenda oficial em 4 deles - sem
contar os finais de semana e feriados.
Nos demais, o presidente despachou do Palácio da
Alvorada, onde também não compareceu às conversas
diárias que tinha com apoiadores.
Fonte: RevistaForum
21/11/2022 -
Ministro da Defesa será um civil, não militar,
adianta Mercadante
Coordenador dos grupos temáticos do Gabinete de
Transição do governo Lula (PT), o ex-ministro
Aloizio Mercadante adiantou nesta sexta-feira (18)
que o ministro da Defesa da nova administração será
um civil, e não um militar, como acontecia no
governo Jair Bolsonaro.
"O ministro da Defesa será um civil. Foi um no
governo dele e continuará sendo", falou.
Mercadante ainda afirmou que o grupo de trabalho
sobre Defesa do time de transição será uma "bela
surpresa", em razão da "composição do grupo, pela
representatividade, pela estatura das pessoas que
vão participar. Vai ser uma excelente solução. O
grupo é muito representativo para essa tarefa que é
o diálogo com as Forças Armadas”.
"O presidente Lula está chegando e vamos fechar o
grupo, acho que vocês vão ter uma bela surpresa.
Está muito bem construído. Vai ser anunciado no
começo da semana, segunda-feira tá resolvido.
Aguardem! Não vamos falar de nomes ainda. Quero
primeiro falar com o presidente” completou.
Fonte: Brasil247
18/11/2022 -
País tem 2,6 milhões buscando trabalho há mais de
dois anos. Desemprego é maior para mulheres e negros
Número dos que estão em busca de trabalho há pelo
menos dois anos diminuiu de 2021 para 2022, mas
cresce 76,6% em 10 anos
A taxa de desemprego cedeu nos últimos meses, em
parte pela base de comparação com o período da
pandemia, mas procurar trabalho segue sendo em
desafio. No terceiro trimestre, 44,5% dos
desempregados (4,2 milhões) buscavam nova ocupação
de um mês a menos de um ano, 27,2% (2,6 milhões) há
dois anos ou mais e 16,6% (1,6 milhão) há pelo menos
um mês. Os dados são da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE.
O grupo de desempregados há mais de dois anos
diminuiu de 2021 para 2022. Mas na comparação com
2012, cresce 76,6%. Hoje, o IBGE estima em 9,5
milhões o total de desempregados no Brasil.
Informalidade atinge quase 40%
Segundo os resultados da pesquisa, a taxa de
informalidade no país segue próxima dos 40% –
corresponde a 39,4% dos ocupados. Mas varia de 25,9%
(Santa Catarina) a 60,5% (Pará). Em São Paulo, é de
30,6%. Entram nessa conta empregados no setor
privado e trabalhados domésticos sem carteira,
empregadores e trabalhadores por conta própria sem
registro no CNPJ. No total, 39,1 milhões.
A divulgação mais recente da Pnad Contínua mostrou
taxa de desemprego menor, equivalente a 8,7% da
força de trabalho. Mas a contratação sem registro em
carteira é recorde na série histórica.
Variações regionais
A taxa de desemprego no terceiro trimestre é bem maior
para mulheres (11%) do que para homens (6,9%). E
também para pretos (11,1%) e pardos (10%), enquanto
a dos brancos fica abaixo da média nacional (6,8%).
Cresce para pessoas com ensino médio incompleto
(15,3%) e cai para quem tem superior completo
(4,1%).
No recorte por regiões, o desemprego é maior no
Nordeste (12%) e menor no Sul (5,2%). Vai a 6,5% no
Centro-Oeste, 8,2% no Norte e 8,7% no Sudeste. Entre
as unidades da federação, as maiores taxas de
desemprego foram registradas na Bahia (15,1%), em
Pernambuco (13,9%) e no Rio de Janeiro (12,3%). As
menores, em Rondônia (3,9%), Mato Grosso e Santa
Catarina (ambas com 3,8%). Em São Paulo, 8,6%,
estável em relação ao segundo semestre, como a
maioria das UFs.
Fonte: Rede Brasil Atual
18/11/2022 -
“GM desrespeita liberdade sindical no Brasil”,
afirma centrais sindicais
As centrais sindicais divulgaram, na manhã desta
quinta-feira (17), nota conjunta exigindo a
readmissão imediata dos sindicalistas Luiz Carlos
Prates, o Mancha, dirigente da Secretaria Executiva
Nacional da Central Sindical e Popular CSP –
Conlutas (planta São José dos Campos) e Gilvan
Miranda Landim, diretor do Sindicato dos
Metalúrgicos de São Caetano do Sul/SP.
Na nota, assinada pelas lideranças das centrais
sindicais, os sindicalistas ressaltam que tal
atitude, General Motors do Brasil (GM), é arbitrária
e antissindical. “Essa demissão viola frontalmente o
artigo 8° da Constituição Federal, bem como a
Convenção 98 da OIT (Organização Internacional do
Trabalho), do qual o Brasil é signatário, e garantem
a liberdade e o direito à organização sindical”, diz
o texto.
Os sindicalistas exigem, na nota, o respeito ao
direito de liberdade sindical, às convenções da OIT,
o fim da perseguição política e as práticas
antissindicais. “Nos solidarizamos com o companheiro
Mancha, reivindicamos o imediato cancelamento desta
demissão e nos colocamos à disposição para intervir
no sentido de superação deste impasse.”
Confira a seguir a íntegra da nota:
Nota das Centrais Sindicais
GM desrespeita liberdade sindical no Brasil
Pela readmissão imediata dos dirigentes sindicais
Mancha e Gilvan
As centrais sindicais brasileiras, representantes
legítimas dos trabalhadores no país, vêm manifestar
sua contrariedade à atitude arbitrária e
antissindical da General Motors do Brasil (GM) ao
demitir, recentemente, Luiz Carlos Prates, o Mancha,
dirigente da Secretaria Executiva Nacional da
Central Sindical e Popular CSP – Conlutas (planta
São José dos Campos) e Gilvan Miranda Landim,
diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano
do Sul/SP.
Essa demissão viola frontalmente o artigo 8° da
Constituição Federal, bem como a Convenção 98 da OIT
(Organização Internacional do Trabalho), do qual o
Brasil é signatário, e garantem a liberdade e o
direito à organização sindical.
Exigimos respeito ao direito de liberdade sindical,
às convenções da OIT, o fim da perseguição política
e práticas antissindicais.
Nos solidarizamos com o companheiro Mancha,
reivindicamos o imediato cancelamento desta demissão
e nos colocamos à disposição para intervir no
sentido de superação deste impasse.
São Paulo, 17 de novembro de 2022
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antônio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário executivo nacional da
Central Sindical CSP-Conlutas
Nilza Pereira, Secretária-geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
José Gozze, Presidente da Pública Central do
Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
18/11/2022 -
Trabalhadores pretos ganham 40,2% menos do que
brancos, aponta IBGE
O Brasil praticamente não registrou avanços desde
2012 no que se refere à renda do trabalho no
segmento da população preta, é o que aponta a
pesquisa divulgada pelo IBGE e, sendo assim, os
trabalhadores e trabalhadoras pretos do país, mais
uma vez, não têm o que comemorar no próximo domingo
(20 de novembro), Dia Nacional da Consciência Negra.
Há 10 anos os trabalhadores pretos ganhavam 42,8%, a
menos do que os brancos por hora trabalhada.
Atualmente, os pretos ganham 40,2% ou seja, a
desigualdade salarial se mantém praticamente a
mesma.
Outras vítimas desta desigualdade são os
trabalhadores pardos que ganham 38,4% menos do que
os trabalhadores brancos. Em média os brancos ganham
R$ 19,22; os pretos R$ 11,49 e os pardos R$ 11,84,
por hora trabalhada. Isso significa que para ganhar
o valor do salário mínimo atual de R$ 1.212, os
pretos precisam trabalhar quase 105,5 horas,
enquanto os brancos 63 horas.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostragem de
Domicílio (PNAD) Contínua, divulgada em agosto pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), com informações referentes ao segundo
trimestre do ano.
Educação superior
A falta de acesso à educação superior é um dos fatores
que influenciam na diferença de renda. Segundo um
documento do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) divulgado em 2021, nas últimas duas
décadas 65,1% dos cargos de nível superior eram
ocupados por pessoas brancas. Já pretos e pardos
preenchiam 27,3% dessas vagas.
População brasileira por etnia
Segundo o IBGE, as populações preta e parda
representam 9,1% e 47%, respectivamente, da
população brasileira. Já na força de trabalho, a
população parda representa 45%, e a preta, 10,2%.
Com informações do IBGE
Fonte: Rádio Peão Brasil
18/11/2022 -
Mais de 79 mil militares receberam Auxílio
Emergencial indevidamente, diz TCU
Segundo a pasta, no início do pagamento do
Auxílio Emergencial, a lista dos beneficiários
estava disponível apenas para o Ministério da
Cidadania.
O presidente em exercício do Tribunal de Contas da
União (TCU), Bruno Dantas, afirmou, em coletiva de
imprensa nesta quarta-feira (16), que cerca de 79
mil militares receberam indevidamente o Auxílio
Emergencial durante o governo de Jair Bolsonaro
(PL). Segundo ele, apesar da lista de beneficiários
estar escondida pelo Ministério da Cidadania, a
situação foi descoberta.
“No início do pagamento do Auxílio Emergencial, a
lista dos beneficiários estava disponível apenas
para o Ministério da Cidadania. O TCU identificou
logo no primeiro mês, mais de 79 mil militares que
recebiam indevidamente o benefício (…) Um dos
critérios de elegibilidade era de que as pessoas
fossem desempregadas, então quem era militar não
podia receber aquele auxílio”, afirmou Dantas.
O ministro disse ainda que, ao tomar conhecimento do
dado supracitado, a primeira medida do TCU foi
determinar ao Ministério da Cidadania que tornasse
pública a lista com todos os beneficiários, como
mandam os manuais de transparência.
Má gestão do governo Bolsonaro
O ministro também entregou à equipe de transição
governamental uma série de relatórios para auxiliar
o futuro governo no desenvolvimento de políticas
públicas para o país. Em um dos documentos
disponibilizados para o vice-presidente eleito
Geraldo Alckmin, chefe da transição, são listados 29
tópicos considerados “de risco”, com os quais o novo
governo terá de lidar e, no outro, é feito um
balanço das políticas públicas nos últimos quatro
anos, além de detalhar as contas e os gastos do
atual presidente.
“A Lista de Alto Risco consolida fiscalizações do
Tribunal de Contas da União, em que identificamos
riscos como vulnerabilidade à fraude, desperdício,
abuso de autoridade, má gestão ou necessidade de
mudanças profundas nos objetivos ou na execução
dessas políticas públicas”, explicou Dantas.
Dantas ainda prometeu entregar nos próximos dias um
relatório comparativo entre os programas Auxílio
Brasil e Bolsa Família.
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi
Hoffmann (PR), acendeu o alerta para a situação e
disse, através do Twitter, que a “descoberta foi do
TCU que diz que sistema criado por Bolsonaro
facilita fraude e pede volta do Bolsa Família por
ser mais eficiente no combate à pobreza e redução da
desigualdade social”.
Fonte: Portal Vermelho
18/11/2022 -
Alckmin entrega minuta da PEC da Transição, que
prevê retirar novo Bolsa Família do teto de gastos
O vice-presidente eleito e coordenador do governo de
transição, Geraldo Alckmin, apresentou ao Congresso
Nacional, na noite da quarta-feira (16), a minuta do
texto da PEC da Transição. Alckmin entregou o texto
ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), e ao relator-geral do Orçamento, senador
Marcelo Castro (MDB-PI).
A PEC vai começar a tramitar no Senado e, por isso,
será assinada por um senador. Castro será o primeiro
signatário da proposta.
Pelo texto, os gastos com o Auxílio Brasil, que vai
voltar a se chamar Bolsa Família, estarão fora
permanentemente da regra do teto de gastos. A PEC
também prevê que 40% das receitas extraordinárias
sejam aplicadas em investimentos. Assim, esses
recursos também estariam fora do teto de gastos.
Atualmente, toda receita extra deve ser usada para
abater a dívida pública porque as despesas têm um
limite fixo.
Alckmin afirmou que a proposta não significa um
“cheque em branco” para o governo do presidente
eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, tudo
está sendo feito no sentido de fortalecer o
Legislativo. “Não há nenhum cheque em branco, mas
não se pode colocar na Constituição Federal nenhum
detalhamento. Esse detalhamento está na LOA [Lei
Orçamentária Anual]”, declarou.
Fonte: Agência Câmara
18/11/2022 -
Transição vai propor revogação dos decretos de armas
A equipe de transição do governo eleito deve propor
a revogação dos decretos editados pelo presidente
Jair Bolsonaro que facilitaram a compra de armas de
fogo e munições no país, afirmou, nesta quinta-feira
(17) Flávio Dino, ex-juiz, ex-governador do Maranhão
e senador eleito pelo PSB-MA, que integra o grupo de
trabalho da Justiça e Segurança Pública do governo
de transição.
“No que se refere a armas, não há dúvida que temos
hoje um desacordo entre a lei de 2003, o Estatuto do
Desarmamento [Lei 10.826/2003], e decretos e
portarias. Então, seguramente, um dos primeiros
produtos do grupo de trabalho será essa sugestão ao
presidente [Lula], de revogação de atos que
recomponham, para o futuro, o sistema de controle, e
nós ponhamos fim ao liberou geral”, disse Dino.
Segundo ele, as sugestões de revogação de atos serão
apresentadas até o dia 30 de novembro ao coordenador
dos grupos técnicos, Aloizio Mercadante.diz Dino.
(Mais informações:Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
17/11/2022 -
Presidentes de centrais sindicais estão na equipe de
transição do governo Lula
O movimento sindical estará presente na equipe de
transição de governo anunciada hoje pelo
vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.
Alckmin fez o anúncio na sede do Centro Cultural Banco
do Brasil (CCBB) em Brasília, que é o local onde
está a equipe de transição do governo Jair Bolsonaro
para o governo Lula.
Os nomes apresentados para seus integrantes do grupo
sobre trabalho. Confira:
- Adilson Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
- André Calixtre, pesquisador do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada, foi chefe da Assessoria
Técnica da Presidência do IPEA e assessor da
Secretaria-geral da Presidência da República;
- Clemente Ganz Lucio, sociólogo, foi diretor
técnico do Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e membro do
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
- Fausto Augusto Júnior, professor
universitário e diretor técnico do Departamento
Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos;
- Laís Abramo, socióloga, mestre e doutora em
Sociologia pela USP; foi diretora da Divisão de
Desenvolvimento Social da Cepal, diretora da OIT no
Brasil e especialista regional em Gênero e Trabalho
da OIT para a América Latina;
- Miguel Torres, presidente da Força Sindical;
- Patrícia Vieira Trópia, doutora em Ciências
Sociais pela Unicamp, docente do Instituto de
Ciências Sociais da Universidade Federal de
Uberlândia;
- Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT);
- Sandra Brandão, economista, mestre em
Economia pela Unicamp;
- Sérgio Nobre, presidente Nacional da Central
Única dos Trabalhadores (CUT).
O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre se
manifestou nas redes sociais sobre participar da
equipe de transição disse: “Muito honrado por
integrar a equipe do Governo de Transição do
presidente eleito Lula. Mais um desafio aceito em
defesa dos interesses da classe trabalhadora.”
Outro que se manifestou é o presidente nacional da
UGT, Ricardo Patah: “Fui indicado para participar da
transição na área do Trabalho do governo Lula, junto
com Sérgio Nobre, presidente da CUT, e Miguel
Torres, presidente da Força Sindical e outros
dirigentes do mundo do trabalho. Esperamos fazer um
projeto para toda a sociedade.”
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres
agradeceu por fazer parte da equipe de transição e
disse: "Estaremos a disposição para fazer o melhor
para os trabalhadores e ao nosso povo brasileiro!"
Esta será a oportunidade do movimento sindical
apresentar mais uma vez o documento da Pauta da
Classe Trabalhadora.
No grupo de Minas e Energia um sindicalista estará
presente. O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Fonte: Redação Mundo Sindical - Manoel Paulo com
informações do g1
17/11/2022 -
Governo Bolsonaro deixará indústria nacional com
maior déficit da história
Produtos manufaturados – que, em 2000, respondiam
por 59% das exportações nacionais – agora
representam apenas 28%
Em 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro
(PL), a indústria nacional deve registrar um déficit
comercial sem precedentes. De acordo com a
Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a
diferença entre as importações e as exportações do
setor produtivo pode chegar, neste ano, a US$ 125
bilhões – o equivalente a R$ 666 bilhões.
“No ano passado, a conta da balança comercial de
manufaturados teve um déficit grande, de US$ 111
bilhões”, lembra José Augusto de Castro, presidente
da AEB. Segundo ele, o número de 2022 “é o maior
saldo negativo da história, disparado”.
É também uma evidência de como Bolsonaro acentuou o
processo de desindustrialização da economia
brasileira, cortando uma série de postos de
trabalho. “Quando o país tem déficit desse tamanho
na balança comercial da indústria, significa que
estamos gerando emprego de qualidade e de melhor
remuneração no exterior – e não internamente”, diz
Castro ao Correio Braziliense.
De janeiro a outubro deste ano, conforme a
Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do
Ministério da Economia, os valores das exportações
nacionais cresceram 19,1%, enquanto o total de
produtos exportados subiu somente apenas 4,4%. Com
isso, os produtos manufaturados – que, em 2000,
respondiam por 59% das exportações nacionais – agora
representam apenas 28%.
Fonte: Portal Vermelho
17/11/2022 -
Lula fala na COP27: “O Brasil está de volta”
Lula enfatizou a importância da questão climática em
vários momentos. Discurso do presidente foi um dos
mais esperados.
Ele sugeriu que a Cop30 seja no Brasil para que o
mundo conheça a Amazônia.
Foi a primeira vez desde eleito que fala em um
evento oficial internacional.
“Este convite, feito a um presidente recém-eleito
antes mesmo de sua posse, é o reconhecimento de que
o mundo tem pressa de ver o Brasil participando
novamente das discussões sobre o futuro do planeta e
de todos os seres que nele habitam”, disse o petista
que foi ovacionado pelo público.
Em seu Twitter, logo após o discurso, o presidente
disse que “Se pudermos resumir em uma palavra a
contribuição do Brasil neste momento, que essa
palavra seja aquela que sustentou o povo brasileiro
nos tempos mais difíceis: esperança. A esperança
combinada com uma ação imediata e decisiva, pelo
futuro do planeta e da humanidade“.
Assista ao discurso no
Twitter de Lula
Fonte: Rede Brasil Atual
17/11/2022 -
Lula recebe mapa para anular 'canetadas' de
Bolsonaro em 20 áreas
Há grande expectativa na posse do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), menos
pela festa, e mais pelas mudanças tão aguardadas em
e por vários segmentos da sociedade brasileira.
Então, assim que tomar posse, em janeiro, o governo
do presidente eleito Lula vai receber mapeamento
técnico das chamadas “canetadas” do presidente Jair
Bolsonaro (PL) e dos ministros do atual governo.
São cerca de 200 atos infralegais, como portarias,
instruções normativas e até decretos que Lula poderá
revogar com urgência, sem necessidade de ações ou
medições do Congresso Nacional. É o que, na
linguagem técnica se chama de “revogaço”.
Vinte especialistas, entre cientistas políticos e
advogados, sistematizaram e cruzaram 20 mil
documentos para identificar o que chamaram de
“método de destruição” do Estado Democrático em 4
eixos, aplicado pelo atual governo.
Desmontes podem ser amenizados
Foram definidas 20 áreas de ação governamental cujos
desmontes podem ser amenizados. As revogações
possíveis abarcam mecanismos do chamado teto de
gastos, da exclusão alimentar, do desmonte
científico e da saúde pública, do programa de
estatizações e vão até as ações sobre o acesso às
armas, à proteção ambiental e à redução da
participação democrática.
O estudo, denominado “Revogaço”, foi promovido pelas
fundações Lauro Campos e Marielle Franco (FLCMF),
ligada ao PSol, e Rosa Luxemburgo, vinculada ao
partido alemão Die Linke (A Esquerda), que atua no
Brasil com projetos de cooperação internacional.
Coordenado pelo cientista político Josué Medeiros,
professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de
Janeiro) além de coordenador do Opel (Observatório
Político e Eleitoral) e do Nudeb (Núcleo de Estudos
Sobre a Democracia Brasileira), o monitoramento das
20 áreas selecionadas como prioritárias para o
governo eleito ganhou a primeira versão, com 192
páginas, e foi entregue na última semana pelas duas
fundações à presidente nacional do PT, deputada
federal reeleita Gleisi Hoffmann (PR), que coordena
a articulação política da equipe de transição.
'Método Bolsonaro de destruição'
“O trabalho não terminou. Até o final deste governo
seguiremos monitorando as medidas do desmonte, que
chamamos 'Método Bolsonaro de Destruição'”, afirma o
cientista político.
Segundo o pesquisador, o método se dá em quatro
eixos: orçamentário, de políticas públicas,
ideológico (legitimação da violência e do
autoritarismo) e institucional, com o foco na
demolição dos sentidos públicos e universais da
Constituição de 1988.
A partir desta identificação, a pesquisa, que é
qualitativa, detalhou as áreas mais afetadas e
identificou as ações infralegais que poderão ser
anuladas.
Diagnóstico do método bolsonarista
A presidente da FLCMF, Natalia Szermeta, avalia que “a
pesquisa trouxe um diagnóstico muito consistente
sobre o método bolsonarista e tem o intuito de
colaborar no processo de transição”.
“É possível afirmar que muitas medidas de destruição
bolsonarista são reversíveis. No entanto, será
necessária unidade para se sustentar as mudanças
estruturantes que assegurem estabilidade democrática
e justiça social em longo prazo no País”, pondera a
presidente da fundação do PSol.
O coordenador de Projetos da Fundação Rosa
Luxemburgo, Jorge Pereira Filho, acrescenta: “O 'Revogaço'
quer, sobretudo, estimular o debate sobre as medidas
que precisam ser praticadas para construirmos um
país com justiça social e ambiental. Apenas se
avançarmos nesta direção faremos jus à importância
histórica da vitória que tivemos nas urnas”.
A pesquisa aponta a necessidade de revogação em 20
áreas governamentais e pode ser acessada neste
linque:
https://flcmf.org.br/revogaco/
Fonte: Diap
17/11/2022 -
Como duas ações de Lula podem tirar Bolsonaro das
próximas eleições
“Ideia é aumentar a pressão sobre o atual
ocupante Palácio do Planalto depois que ele deixar o
governo, além de aumentar as chances de ele ser
condenado e perder o direito de disputar eleições”,
afirma a jornalista Malu Gaspar.
Recém-derrotado nas eleições presidenciais de 2022,
Jair Bolsonaro (PL) pode ficar de fora de futuras
disputas. A coligação vitoriosa neste ano, formada
por Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), deve
apresentar ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral,
ministro Benedito Gonçalves, duas AIJEs (Ações de
Investigação Judicial Eleitoral) contra o presidente
nas próximas semanas. A informação é da colunista
Malu Gaspar, do jornal O Globo.
“A ideia é aumentar a pressão sobre o atual ocupante
Palácio do Planalto depois que ele deixar o governo,
além de aumentar as chances de ele ser condenado e
perder o direito de disputar eleições”, afirma a
jornalista. “Os novos processos vão acusar o
presidente da República de promover abuso de poder
político e econômico ao desembolsar bilhões de reais
para garantir o Auxílio Brasil de R$ 600 em pleno
período eleitoral.”
A chapa de Lula também quer processar Bolsonaro por
uso indevido dos meios oficiais de comunicação em
benefício próprio. Em diversos momentos do mandato –
mas sobretudo neste ano –, o presidente usou a
estrutura do Palácio da Alvorada para atacar as
urnas eletrônicas, o sistema eleitoral e o Poder
Judiciário.
Se for condenado nessas AIJEs, Bolsonaro deve ser
declarado inelegível e, portanto, ficará impedido de
disputar as próximas eleições. Não há prazo para o
julgamento de ações do gênero. Na condição de
corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito
Gonçalves é que “dita o ritmo do processo, determina
diligências, analisa provas decide quanto liberar o
caso para análise dos colegas. Até agora, o ministro
tem tratado essas investigações com celeridade”.
Bolsonaro já é alvo de seis ações da campanha Lula.
“Por enquanto, a principal aposta do PT contra
Bolsonaro é uma ação aberta no mês passado, em que o
partido pede a investigação de uma rede de
desinformação para favorecer o presidente da
República”, informa Malu Gaspar.
Fonte: Portal Vermelho
17/11/2022 -
Mourão diz que não vai colocar a faixa em Lula e
afirma estar limpando suas gavetas
"Não sou presidente e não vou botar a faixa em
Lula", declarou
O vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão
disse estar limpando as gavetas do Palácio do Jaburu
e afirmou que não pretende entregar a faixa
presidencial ao presidente eleito Luiz Inácio Lula
da Silva. "Estamos no ritmo daquela musiquinha: 'Se
Acabou'. Estamos no ritmo de limpar mesinhas,
preparar as coisas. O tempo está comendo aí, pô. Um
novo inquilino [Geraldo Alckmin] está chegando",
disse ele, em entrevista ao Valor Econômico.
"Se o presidente, vamos dizer assim, ele não vai
querer passar a faixa, não adianta dizer que eu vou
passar. Eu não sou o presidente. Eu não posso botar
aquela faixa, tirar e entregar. Então, se é para
dobrar, bonitinho, e entregar para o Lula, pô,
qualquer um pode ir ali e entregar", acrescentou.
Mourão falou ainda sobre como será a relação do
governo Lula com os militares. "O relacionamento dos
governos do PT com as Forças Armadas foi mais ou
menos tranquilo. A única questão foi aquela coisa da
Comissão da Verdade. E aí foi a Dilma que meteu os
pés pelas mãos. O Lula nunca meteu os pés pelas mãos
junto às Forças. Vai escolher um ministro da Defesa,
um civil qualquer desses aí, tem várias
especulações", afirmou.
Fonte: Portal Vermelho
16/11/2022 -
Centrais querem debater Conclat na transição
Dia 7 de abril, as Centrais Sindicais realizaram em
São Paulo a Conferência Nacional da Classe
Trabalhadora, terceira Conclat, com apoio também de
Confederações, Federações e grande número de
Sindicatos.
Lula, em 14 de abril, recebeu a Pauta Unitária da
Conclat em ato na Casa de Portugal, Centro da
Capital. E comentou: “Mais que um conjunto de
reivindicações. Vocês me apresentam aqui quase um
Programa de Governo”.
Os eixos principais da Pauta tratam de “democracia,
emprego, desenvolvimento, direitos e defesa da
vida”, tendo em vista a devastação pela pandemia da
Covid-19. Entre os direitos se destaca a “retomada
da política de aumento real para o salário mínimo”.
Transição – O sindicalismo, que apoiou Lula em peso,
tenta agora levar ao Grupo de Transição a Pauta
Unitária. Várias iniciativas de agendar com Geraldo
Alckmin, líder da transição, estão sem resposta.
Aloísio Mercadante também não estaria respondendo às
mensagens via WhatsApp.
Síntese da Pauta Unitária:
• Propostas desenvolvimentistas, defesa dos direitos
trabalhistas e previdenciários, valorização do
trabalho. Mudança do modelo econômico e rigor com
ante o rentismo.
• Unidade de ação do movimento, em torno daquilo que
é trabalhista, sindical e conquistas democráticas.
• Combate ao custo de vida, com ações concretas – à
época, a inflação descrevia forte curva ascendente.
Renda Básica às famílias pobres.
A Conclat foi convocada pela Central dos Sindicatos
Brasileiros, Central Sindical e Popular Conlutas,
Central dos Trabalhadores e do Brasil, Nova Central
Sindical de Trabalhadores, Central Única dos
Trabalhadores, Força Sindical, Intersindical
Central, Intersindical Instrumento de Luta, Central
do Servidor e União Geral dos Trabalhadores.
Mais – Sites das Centrais, Dieese e Diap.
Fonte: Agência Sindical
16/11/2022 -
Equipe de Lula planeja rever três pontos da reforma
trabalhista. Veja quais
Está na mira a revisão do trabalho intermitente,
que passaria a ser autorizado em setores
específicos, como turismo. Proposta também deve
incluir regras para trabalhadores de apps
A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) priorizou rever três pontos da reforma
trabalhista realizada na gestão de Michel Temer e
que completa cinco anos nesta sexta-feira. Em uma
sinalização à ampla frente que o apoiou, o petista
não vai propor revogação de todas as mudanças
trabalhistas, como chegou a ser defendido no passado
pelo partido.
De acordo com pessoas da equipe de transição
envolvidas diretamente neste debate, os três pontos
considerados fundamentais para serem revistos são: o
regime de trabalho intermitente, por hora de
serviço; a chamada ultratividade das normas
coletivas; e a autorização para acordos firmados
diretamente entre patrões e empregados sem o aval do
sindicato da categoria.
Uma das inovações da reforma, o regime intermitente
não deve acabar, mas deve passar por ajustes. Nesse
modelo, o trabalhador pode prestar serviço de forma
esporádica e a várias empresas, podendo ganhar por
horas, dias ou meses. São garantidos os direitos
trabalhistas, mas se a contribuição previdenciária
não for suficiente, ele precisa complementar do
bolso.
Hoje, a modalidade está presente em várias
atividades da economia, como entretenimento,
restaurantes e lanchonetes, indústria alimentícia,
comércio, escolas, consultório médico e metalurgia,
por exemplo. Segundo dados do Ministério do
Trabalho, o saldo de empregos para intermitentes
passou de 72.275 em 2020 para 92.696 em 2021. Até
setembro deste ano foram abertas 59.158 vagas nesse
regime.
Acordo direto entre patrão e empregado
Na visão de pessoas próximas ao presidente eleito,
contudo, o modelo é considerado contrato precário. A
ideia é permitir que o regime intermitente de
trabalho valha apenas para setores específicos, como
turismo, shows e buffets.
Esses auxiliares também querem rever a medida que
autorizou acordos diretos entre patrões e empregados
sem o aval do sindicato. O tema chegou a ser
analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que
autorizou, durante a pandemia, a redução de salário
e de jornada em situações de emergência.
— O objetivo é resgatar o papel dos sindicatos e o
fortalecimento das negociações coletivas – disse
Antonio Megale, sócio da LBSs Advogados e consultor
jurídico da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Convenções coletivas prolongadas
A equipe de Lula também pretende voltar com a figura
da ultratividade, que permite prolongar acordos e
convenções coletivas em vigor até que as partes
cheguem a um novo entendimento. Isso acabou com a
reforma.
— Com o fim da ultratividade, direitos sociais
conquistados há décadas e que representam um avanço
para as categorias caem por terra com o fim do
acordo e, geralmente, as negociações são demoradas —
disse o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
Para o advogado Bruno Freire e Silva, professor de
Direito Processual do Trabalho da UERJ, ainda que o
novo governo reveja pontos específicos da reforma, a
medida pode causar insegurança jurídica a
trabalhadores e empresas, com reflexos na economia.
— Mexer na ultratividade, nos intermitentes e na
negociação individual será um retrocesso, no caminho
adotado nas opções legislativas de flexibilização
das relações trabalhistas – disse Freire.
Segundo ele, a pandemia acabou por atrapalhar a
perspectiva de geração de empregos trazida pela
reforma.
— No atual cenário vislumbro a necessidade de
regulamentação de trabalhos informais e em
plataformas digitais. Há muito trabalho, mas sem uma
devida regulamentação, que não foi realizada pela
Reforma Trabalhista.
Trabalhadores de plataformas
A equipe de Lula também estuda criar regras e proteção
social para os trabalhadores de plataformas, como
Uber, mas ainda não há detalhes. A estratégia será
abrir um canal de diálogo com esses prestadores de
serviço.
O governo de Jair Bolsonaro discutiu o tema, mas não
chegou a encaminhar uma proposta ao Congresso. A
ideia era cobrar uma contribuição previdenciária
descontada do salário dos trabalhadores pelas
plataformas.
Segundo interlocutores, a estratégia do governo Lula
para mexer na reforma será criar um grupo
tripartite, com a representação de empregadores,
trabalhadores e governo para rever os pontos da
reforma.
Imposto sindical obrigatório
Por outro lado, não há previsão da equipe de transição
em rever pontos como o fim do imposto sindical
obrigatório, uma das mudanças mais criticadas por
centrais sindicais, algumas delas ligadas a partidos
que apoiaram Lula na campanha eleitoral. Na visão da
equipe que trabalha na transição, não é possível
voltar com a cobrança que foi extinta.
Nos pontos que devem ser mantidos também estão a
prevalência de acordos firmados entre empresas e
sindicatos de trabalhadores sobre o legislado, além
de artigos que tratam sobre banco de horas, home
office, jornada de trabalho, divisão de período de
férias, dentre outros.
A reforma trabalhista abrange todos os trabalhadores
com carteira assinada. Segundo dados do Ministério
do Trabalho e Previdência, o estoque de assalariados
atingiu recorde de 42,825 milhões em setembro.
Após o retorno das atividades com o controle da
pandemia de Covid, em 2021 e neste ano, houve uma
desaceleração na geração de empregos, mas com saldo
positivo de 2,147 milhões entre janeiro e setembro.
— A reforma trabalhista deve estimular a
formalização do mercado de trabalho, ao reduzir os
custos de contratação – afirmou o analista da
Tendências Consultoria, Lucas Assis.
Desemprego em queda
Para o economista José Márcio Camargo, a ideia de
rever os três pontos considerados prioritários não
“mataria” a reforma, aprovada em 2017, mas é um
retrocesso.
— A reforma é bastante ampla. Tem várias coisas
importantes. Por exemplo, valoriza a negociação
coletiva em detrimento da legislação, flexibiliza o
próprio contrato de trabalho, acaba com o
financiamento dos sindicatos via imposto, cria novos
tipos de contrato de trabalho – disse Camargo.
Segundo ele, essa é uma das razões da queda na taxa
de desemprego, porque os salários ficaram mais
flexíveis.
— O mercado está funcionando de forma muito mais
eficiente, o que reduz a taxa de desemprego, que,
por sua vez, gera pressão inflacionária – destacou o
economista.
Os retrocessos no Brasil em 2022
A mudança na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
teve início em dezembro de 2016, com o ex-presidente
Michel Temer. Com apoio das centrais sindicais, ele
enviou ao Congresso um projeto de lei propondo uma
minirreforma trabalhista. Na prática, legalizava
acordos firmados entre empresas e sindicatos de
trabalhadores não reconhecidos pela Justiça.
Nas mãos do relator, deputado Rogério Marinho
(PSDB-RN), o projeto ganhou uma dimensão muito maior
com mudanças em vários artigos CLT. A proposta foi
aprovada na Câmara por 296 votos favoráveis e 177
contrários. Toda a bancada do PT votou contra, com
52 votos.
O governo Bolsonaro tentou, no fim de 2019, fazer
uma reforma trabalhista por medida provisória (MP),
criando o contrato Verde e Amarelo para estimular a
contratação de jovens, com direitos trabalhistas
reduzidos. A proposta avançou na Câmara dos
Deputados e emperrou no Senado.
Mudanças no Ministério do Trabalho
A tendência é que, no governo Lula, o Ministério do
Trabalho e Previdência, seja desmembrado. Um dos
nomes cotados para assumir o Trabalho é de Luiz
Marinho (PT-SP), eleito deputado federal e que já
comandou a pasta.
Mas a indicação ainda não está definida. Uma
corrente defende que Carlos Luppi, presidente do
PDT, que apoiou Lula no segundo turno, seja
agraciado. A ideia é que ele apresente alguém da
cota do partido.
Para o Ministério da Previdência, a tendência é
indicar um nome político pra facilitar a composição
de uma base no Congresso.
Fonte: O Globo
16/11/2022 -
Pagamento do 13º salário põe quase R$ 250 bilhões na
economia, calcula Dieese
Estimativa inclui trabalhadores do setor formal e
aposentados, com mais de 85 milhões de pessoas
O pagamento do 13º salário, cuja primeira parcela
sai ainda neste mês, pode colocar R$ 249,8 bilhões
na economia brasileira, segundo estimativa divulgada
pelo Dieese. O valor corresponde a quase 2,6% do
PIB.
De acordo com o instituto, aproximadamente 85,5
milhões de pessoas receberão esse pagamento
adicional. Esse total inclui trabalhadores do
mercado formal (61% do total), incluindo do setor
doméstico com registro, beneficiários da Previdência
Social (20,3%) e aposentados da União, estados e
municípios.
O Dieese considera dados da Relação Anual de
Informações Sociais (Rais), do “novo” Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged) – ambos do
Ministério do Trabalho e Previdência –, da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua,
do IBGE, da própria Previdência e da Secretaria do
Tesouro Nacional (STN).
“Assim, os dados são uma projeção do volume total de
13o salário que entrará na economia ao longo do ano
e não necessariamente nos dois últimos meses de
2022. Entretanto, o princípio é que a maior parte do
valor referente ao 13o, notadamente para os
trabalhadores ativos, seja paga no final do ano”,
ressalva o Dieese.
Maior parte no setor formal
Além disso, mais de dois terços do valor total, ou R$
167,6 bilhões, vão para empregados com carteira
assinada. E um terço (R$ 83 bilhões), para
aposentados e pensionistas. Trabalhadores no setor
de serviços, incluindo administração pública, ficam
com 62,1% da quantia. Os da indústria têm 16,4% e do
comércio, 18,8%, além de 3,9% para empregados na
construção civil e 4,6% da agropecuária.
Dessa forma, quase metade (49%) do 13º deve ser paga
nos estados da região Sudeste. O Nordeste responde
por 20,6% e o Sul, por 17,2%. Depois vêm as regiões
Centro-Oeste (9%) e Norte (4,9%). “Importante
registrar que os beneficiários do Regime Próprio da
União receberão 4,2% do montante e podem estar em
qualquer região do país”, acrescenta o Dieese.
Assim, os valores médios vão R$ 1.818 (Maranhão) a
R$ 4.711 (Distrito Federal). A média nacional é de
R$ 2.672.
Antecipação
Por outro lado, de acordo com dados oficiais, cerca de
30 milhões de beneficiários do INSS receberam
antecipadamente o pagamento do 13º salário entre
maio e junho. Segundo cálculos do governo federal –
ao editar o chamado Programa Renda e Oportunidade,
em março – a medida injetaria cerca de R$ 56,7
bilhões na economia.
Lançado por decreto, em 17 de março, o programa
integrou uma série de ações do governo com objetivo
em parte de injetar mesmo recursos na economia
estagnada. E em parte para tentar reduzir a elevada
rejeição a Bolsonaro – o que o candidato a reeleição
até conseguiu, mas não o bastante para evitar a
derrota em 30 de outubro.
Ou seja, isso significa que mais de um quinto da
injeção de recursos na economia prevista pelo Dieese
por meio do 13º salário já teve seu impacto.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/11/2022 -
Aliados de Bolsonaro não se comprometem com PEC da
Transição, mas apoiam auxílio de R$ 600
O líder do governo, senador Carlos Portinho (PL-RJ),
antecipou que a base aliada de Bolsonaro vai apoiar
o Auxílio Brasil de R$ 600 e o aumento maior do
salário-mínimo. Mas lamentou o fato de a equipe de
transição não ter definido as prioridades e os
valores. Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
as definições, que incluem valorização das políticas
sociais, serão apresentadas nesta semana. Integrante
da equipe de transição, ele, no entanto, não
confirmou se as despesas do Auxílio Brasil serão
retiradas de forma definitiva do teto de gastos.
Fonte: Agência Senado
16/11/2022 -
Moraes diz a Lula que quer criar comissão de combate
à desinformação
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
Alexandre de Moraes, manifestou ao presidente
eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a intenção
de criar uma comissão junto à sociedade civil de
combate à desinformação.
Segundo a CNN Brasil, a ideia é que “o colegiado
elabore um anteprojeto sobre as redes sociais para
ser apreciado pelo Congresso Nacional. O projeto
teria sido recebido com simpatia por Lula”.
O projeto está ligado às eleições deste ano no
Brasil, que foram alvos constantes de fake news
acerca da higidez do sistema eleitoral.
Fonte: Brasil247
11/11/2022 -
Inflação: IPCA volta a subir após as eleições e
acumula alta de 6,47% em 12 meses
Manobra do governo para reduzir preço dos
combustíveis perde efeito; alimentos seguem em alta
e batata subiu 23,36%
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
subiu 0,59% no mês de outubro, após três meses de
queda no período pré-eleitoral. Com esse resultado,
o índice de inflação oficial acumula alta de 6,47%
em 12 meses e 4,7% ao longo de 2022.
Em julho, agosto e setembro, as variações no índice
calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) haviam sido de -0,68%, -0,36% e
-0,29%, respectivamente. A queda dos preços nos
meses anteriores foi causada principalmente pela
redução no preço dos combustíveis, alcançada por
meio do corte do ICMS e outras medidas do governo
federal.
O efeito, porém, parece estar chegando ao limite: o
recuo dos combustíveis (-1,27%) foi menos intenso
que no mês anterior (-8,50%). Gasolina (-1,56%),
óleo diesel (-2,19%) e gás veicular (-1,21%)
seguiram em queda, enquanto o etanol registrou alta
de 1,34%.
Alimentos continuam subindo
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados
pelo IBGE, oito tiveram alta em outubro. A maior
contribuição para a alta da inflação do mês veio do
grupo Alimentação e bebidas, que subiu 0,72% no mês.
A alta mais intensa foi do grupo Vestuário, cujos
preços subiram 1,22%.
Entre os preços dos alimentos, a batata-inglesa
subiu 23,36% e o tomate, 17,63% no período. Houve
aumentos, ainda, na cebola (9,31%) e nas frutas
(3,56%).
Do ponto de vista regional, todas as áreas
pesquisadas tiveram aumento nos preços em outubro. A
maior variação ocorreu em Recife (0,95%), por conta
das altas da energia elétrica (9,66%) e das
passagens aéreas (47,37%). Já o menor índice foi
registrado em Curitiba (0,20%), por conta dos recuos
nos preços da energia elétrica (-9,88%) e da
gasolina (-2,40%).
Também calculado pelo IBGE, o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,47% em
outubro. No ano, o indicador acumula alta de 4,81%
e, nos últimos 12 meses, de 6,46%.
Fonte: Brasil de Fato
11/11/2022 -
Lula chora e define erradicar a fome como “missão de
vida”
O presidente eleito Lula (PT) discursou nesta
quinta-feira (10) com parlamentares e aliados
políticos no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB),
em Brasília, local onde está sediada a equipe de
transição de governo. Emocionado, o presidente
chorou ao falar sobre a volta da fome no país e se
comprometeu a combatê-la em seu mandato.
“Se quando eu terminar este mandato, cada brasileiro
estiver tomando café, estiver almoçando e estiver
jantando, outra vez eu terei cumprido a missão da
vida”, afirmou Lula. Após aplausos, o presidente
eleito pediu desculpas e afirmou que “jamais
esperava” que a fome “voltasse a este país”. “Quando
deixei a Presidência da República, imaginava que nos
dez anos seguintes este Brasil estaria igual à
França, estaria igual à Inglaterra, teria evoluído
do ponto de vista das conquistas sociais”,
acrescentou.
Lula afirmou que o atual presidente Jair Bolsonaro
(PL) deve desculpas ao povo brasileiro pela
“quantidade de mentiras que falou”. “Vim visitar às
instituições para dizer que a partir de agora vocês
vão ter paz”, destacou.
O presidente eleito também comentou sobre o
relatório das Forças Armadas sobre o resultado das
eleições, divulgado nessa quarta-feira (9). “Não sei
se o presidente está doente. Ele deveria vir a TV
pedir desculpa às Forças Armadas. As Forças Armadas
foram humilhadas apresentando relatório que não diz
nada, nada! Daquilo que tanto tempo ele acusou. Um
presidente não pode mentir, não é aceitável”,
ressaltou.
Participaram do encontro o vice-presidente eleito e
coordenador da equipe de transição, Geraldo Alckmin
(PSB), e a presidente do PT, deputada Gleisi
Hoffmann (PR). Lula descartou a possibilidade de que
seu vice assumirá algum Ministério em seu governo.
“Eu fiz questão de colocar o Alckmin como
coordenador para que ninguém pensasse que o
coordenador vai ser ministro. Ele não disputa vaga
de ministro porque é o vice-presidente”, destacou.
Fonte: Congresso em Foco
11/11/2022 -
Após gritaria bolsonarista, Defesa não vê fraude
eleitoral. Urnas são ‘orgulho nacional’, afirma TSE
Relatório desarma discurso do presidente, mas
traz ressalvas e faz sugestões à Justiça Eleitoral
Depois de meses de alarde por parte do atual
presidente da República e parte de seus assessores
contra o sistema eletrônico de votação, o próprio
governo acaba de reconhecer que o processo eleitoral
brasileiro foi correto. O Ministério da Defesa
confirmou no início da noite desta quarta-feira (9)
que entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
relatório produzido pela equipe técnica das Forças
Armadas.
A Defesa informa ainda que o relatório “foi
produzido por uma equipe composta por oficiais de
carreira especialistas em gestão e operação de
sistemas de tecnologia da informação; em engenharia
de computação e de telecomunicações; em defesa
cibernética; entre outras”. Assim, o documento
“apresenta observações, conclusões e sugestões
relacionadas, especificamente, ao sistema eletrônico
de votação, conforme as atribuições definidas pelo
Tribunal às entidades fiscalizadoras”. O ministério
tornou o relatório público em seu site (https://www.gov.br/defesa/pt-br),
além do Instagram.
Legalidade e democracia
“É importante ressaltar que o trabalho dos militares
se norteou pela estrita observância da legalidade,
pela elevada capacidade técnica e pela colaboração
com a Justiça Eleitoral”, diz ainda a nota da
Defesa. Dessa forma, o ministério e as Forças
Armadas afirmam reforçar seu compromisso com o povo,
a democracia, a defesa da pátria e a garantia do
poderes constitucionais, “da lei e da ordem”.
O relatório traz ressalvas, no entanto. “Primeiro,
foi observado que a ocorrência de acesso à rede,
durante a compilação do código-fonte e consequente
geração dos programas (códigos binários), pode
configurar relevante risco à segurança do processo.
Segundo, dos testes de funcionalidade, realizados
por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto
com Biometria, não é possível afirmar que o sistema
eletrônico de votação está isento da influência de
um eventual código malicioso que possa alterar o seu
funcionamento.” Com isso, pede investigação à
Justiça Eleitoral.
Sem fraude ou inconsistência
Imediatamente, o TSE divulgou nota para afirmar que
recebeu “com satisfação” o relatório do Ministério
da Defesa. E lembra que outras entidades também não
apontaram existência de fraude ou inconsistência no
sistema eleitoral. “As sugestões encaminhadas para
aperfeiçoamento do sistema serão oportunamente
analisadas”, diz o tribunal.
“O TSE reafirma que as urnas eletrônicas são motivo
de orgulho nacional, e que as Eleições de 2022
comprovam a eficácia, a lisura e a total
transparência da apuração e da totalização dos
votos”, acrescenta a nota, assinada pelo presidente
da Corte, ministro Alexandre de Moraes.
Fonte: Rede Brasil Atual
11/11/2022 -
Deputados dizem que há clima favorável para aprovar
PEC da Transição
Texto deve ser apresentado pelo governo eleito
para flexibilizar teto de gastos e permitir
cumprimento de promessas de campanha
Parlamentares que participaram nesta quinta-feira
(10) da reunião com o presidente eleito Luiz Inácio
Lula da Silva para debater o governo de transição
avaliam que há clima favorável para aprovar a
chamada “PEC da Transição”.
O texto, que deve ser apresentado na próxima semana,
tem como objetivo permitir que seja aberto um espaço
orçamentário para que o novo governo consiga cumprir
as promessas eleitorais por meio da flexibilização
das regras do teto de gastos em programas de
transferências de renda.
O líder da Oposição, deputado Wolney Queiroz
(PDT-PE), disse que há chances de a proposta ser
aprovada na Câmara. Segundo ele, tanto os
parlamentares da legislatura atual quanto os da
próxima demonstram um clima favorável para aprovar o
texto. “É isso que queremos. Um clima distensionado”,
afirmou.
Diálogo
Vice-líder da Minoria, o deputado José Guimarães
(PT-CE) destacou que o objetivo é baixar a
temperatura e ampliar o diálogo para aprovar a PEC.
“O melhor para o País é buscar um amplo consenso na
Câmara Federal”, defendeu.
O deputado Alexandre Frota (Pros-SP) declarou que
está disposto a ajudar o novo governo para aprovar a
proposta. De acordo com ele, há uma sensação de
entendimento de que o Brasil progredirá se houver um
maior diálogo entre as instituições.
“Temos uma batalha até o dia 17 de dezembro, que é a
PEC. Estou à disposição para que a coisas deem
certo. Ontem, vimos o Lula fazer em um dia o que o
Bolsonaro não fez em quatro anos”, disse o
parlamentar.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) disse que o
presidente eleito tem trabalhado para aumentar sua
base de sustentação no Congresso. Segundo ela, o
diálogo de Lula com os atuais congressistas ajuda na
aprovação da proposta.
“Vamos receber as orientações para que possamos
aprovar a questão do salário mínimo e da
transferência de renda. Isso requer um grande
diálogo com Câmara e o Senado para mexer no
Orçamento”, declarou Benedita.
Fonte: Agência Câmara
11/11/2022 -
Lula sinaliza nova legislação trabalhista para
incluir trabalhadores em aplicativos
Na manhã desta quinta-feira (10), o presidente
eleito Luiz Inácio Lula da Silva teve um encontro
com deputados na sede do Centro Cultural do Banco do
Brasil (CCBB), em Brasília, para apresentar a agenda
do governo e discutir o processo de transição,
liderado pelo vice-presidente eleito Geraldo
Alckmin, para o novo governo que inicia no próximo
ano.
Em um discurso de cerca de 40 minutos, Lula assumiu
compromisso prioritário com o combate à fome e à
miséria. Na fala, o futuro presidente defendeu
também que é preciso garantir direitos para os
trabalhadores em aplicativos.
“A gente tem que discutir o mundo do trabalho, você
não pode viver em um mundo onde os trabalhadores
parecem que são microempreendedores, mas que
trabalham como se fossem escravos sem nenhum sistema
de seguridade social para protegê-lo num
infortuno.”, afirmou Lula.
Ao lado de Geraldo Alckmin, ele defendeu mudanças
nas leis trabalhistas garantindo as modernizações
necessárias para o século XXI, mas com a manutenção
dos direitos e garantias dos trabalhadores.
“Os empresários que ficaram chateados porque nós
falamos que vamos rediscutir a legislação
trabalhista. A verdade é que nós vamos ter que
discutir a relação capital x trabalho no século XXI.
Quem é empresário sério, quem é sindicalista sério
sabe que a gente não pode ficar no século XXI
tratando apenas da lei feita em 1943 (CLT), mas a
gente também não pode abdicar daquilo que era
conquista e que dava segurança ao ser humano mais
humilde.”
Ainda no evento, Lula fez críticas à Reforma
Trabalhista e à Reforma Previdenciária, que
retiraram direitos e proteções dos trabalhadores no
último período.
Novo Código do Trabalho
O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
e do Sindpd, Antonio Neto, tem defendido a criação
de um novo Código Brasileiro de Trabalho para entre
outras coisas: revogar as maldades da Reforma
Trabalhista, garantir direitos para trabalhadores em
aplicativos, regulamentar o home office e aplicar a
Convenção 151 da OIT – para garantir aos servidores
públicos o direito à negociação coletiva.
Fonte: Portal CSB
11/11/2022 -
Sindicatos devem participar de ações sobre
contratações em estatais, decide STF
É indispensável a participação dos sindicatos nas
ações civis públicas propostas pelo Ministério
Público do Trabalho para invalidar a contratação
irregular de pessoal em empresa estatal. Porém, não
é cabível o ingresso de todos os empregados
atingidos no polo passivo da causa.
Esta foi a tese de repercussão geral firmada pelo
Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual encerrada no último dia 28/10.
No recurso extraordinário, o Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de
Roraima (Stiuer) pedia a anulação de um acordo
judicial homologado pela 1ª Vara do Trabalho de Boa
Vista, em uma ACP do MPT contra a contratação de
empregados sem concurso público pela Companhia de
Águas e Esgotos de Roraima (Caer). O acordo resultou
na dispensa de 98% dos empregados.
Ao Tribunal Superior do Trabalho, o sindicato alegou
violação aos direitos de ampla defesa, contraditório
e devido processo legal das pessoas afetadas pelo
acordo, que não foram incluídas na ação. Porém, a
corte trabalhista entendeu que isso não seria
necessário, pois o processo não buscava proteger o
interesse dos empregados, mas sim o cumprimento do
princípio da legalidade e da moralidade pública.
Em 2011, o relator do recurso no STF, ministro Marco
Aurélio (hoje já aposentado), concedeu liminar para
suspender a dispensa imediata dos empregados até o
julgamento final.
Na recente sessão virtual, a maioria do colegiado
seguiu o voto divergente do ministro Alexandre de
Moraes, para desconstituir o acordo e determinar a
reabertura da instrução processual na primeira
instância, com integração do sindicato à ação.
Segundo o magistrado, a jurisprudência do STF indica
que, em ações do tipo, não é possível a citação de
cada empregado. "No âmbito do processo coletivo, os
interesses dos empregados devem ser defendidos pelo
sindicato laboral que representa a categoria",
afirmou.
Acompanharam o voto os ministros Luís Roberto
Barroso, Dias Toffoli, Luiz Fux, Gilmar Mendes,
Nunes Marques e Cármen Lúcia.
Ficaram vencidos o relator original e os ministros
Ricardo Lewandowski, Edson Fachin e Rosa Weber. Para
eles, o empregado deve sempre integrar acordo
celebrado em ACPs semelhantes, que possa resultar em
demissão. Com informações da assessoria de imprensa
do STF.
Fonte: Consultor Jurídico
10/11/2022 -
Caminhos para um novo mundo do trabalho
A base de um processo de transformação virtuoso para
o mundo do trabalho é o país ter uma dinâmica de
desenvolvimento econômico assentada na inovação
tecnológica e na agregação de valor em toda as
cadeias e estruturas produtivas, combinado com um
programa de longo prazo de investimentos em
infraestrutura econômica e social.
Mobilizar investimentos para que as frentes de
expansão e de incremento da produtividade do
trabalho gerem produtos e serviços com alto valor
agregado, vinculados à uma economia de baixo
carbono, com uma indústria e agricultura moderna e
compromissada com a sustentabilidade ambiental, onde
cultura, esporte, turismo, saúde, educação e
bem-estar mobilizam serviços de qualidade.
Nessa economia de crescimento produzido pelo
incremento virtuoso da produtividade, expande-se os
empregos e as ocupações de qualidade, com boas
condições de trabalho, crescimento dos salários e
dos rendimentos dos ocupados.
Essa dinâmica econômica transformadora precisa ser
estimulada, sustentada e favorecida por um sistema
de relações de trabalho, um sistema sindical e um
sistema de proteção social, laboral e previdenciário
modernos, conectados com as mudanças no mundo do
trabalho e capazes de regular a forma de produzir e
a distribuição do produto do trabalho.
O desafio é desenhar processos de mudanças e de
transições para esses três sistemas com o objetivo
de responder às demandas de flexibilidade do
trabalho e de proteção efetiva de todos os
trabalhadores.
Redesenhar e projetar um sistema universal de
proteção social, laboral e previdenciário que
garanta a todos os trabalhadores a plena seguridade
para as diversas formas de ocupação é uma tarefa
essencial. Formular a articulação das políticas e
programas a partir da perspectiva do mundo do
trabalho é pensar a educação desde a creche até a
transição escola – trabalho; é garantir durante a
vida laboral a proteção de renda diante da
desocupação, do acidente, do problema de saúde, da
maternidade; é universalizar o acesso à
aposentadoria a partir de uma certa idade,
independente da contribuição.
Essa concepção de sistema integrado exige articular
e redesenhar os atuais programas e políticas de
renda e proteção existentes, reorganizando-os e
formulando novos instrumentos que garantam
seguridade laboral efetiva durante toda a vida.
Essa seguridade universal e permanente é a
contraface básica à demanda por flexibilidade do
sistema produtivo. Cabe, portanto, a complexa tarefa
de construir os mecanismos de financiamento e as
regras de acesso à proteção.
A negociação permanente das regras e de
monitoramento e gestão do sistema de proteção será
tarefa de uma organização sindical nacional, capaz
de mobilizar e de representar o interesse geral da
classe trabalhadora, especialmente daqueles que hoje
não têm proteção sindical e de estabelecer acordos e
compromissos para garantir a efetividade das regras
pactuadas.
As Centrais Sindicais são o instrumento dessa
representação ampliada e da representatividade que
conforma os interesses em demandas e propostas desse
conjunto de aproximadamente metade da força de
trabalho ativa do país.
Há a outra metade da classe trabalhadora,
assalariada e que conta com a proteção sindical. O
sistema de relações de trabalho que define as regras
das representações e das negociações precisa colar
no mundo do trabalho em mudança. As exigências de
transformações na organização sindical para ampliar
a base de representação, aprofundar a
representatividade das entidades, favorecer a
agregação em categorias por ramo, em um sistema
sindical que recepciona o trabalhador ao longo de
toda a sua vida laboral, independentemente das
profissões e formas de ocupação que cada um venha a
ter durante a vida.
Esse sistema sindical robusto, amplo e
representativo deve inovar com a criação de âmbitos
de negociação que estejam articulados e coordenados
desde o nacional até a local / empresa, passando
pelo setorial e pela cadeia produtiva.
Fortalecer a negociação coletiva significa
desenvolver as regras e instrumentos dos processos
negociais, subsidiar a formulação dos conteúdos
negociados e tratar de resolver diretamente os
conflitos. Trata-se de dar às partes interessadas a
autonomia efetiva e ampla para a regulação a partir
dos marcos constitucionais e legais.
Uma forma de avançar no fortalecimento da negociação
coletiva é criar um órgão privado de interesse
público para ser o ente que regula e faz a gestão do
sistema de relações do trabalho, como por exemplo,
uma agência gerida pela representação dos
trabalhadores e dos empregadores, que fortaleça a
negociação coletiva, o funcionamento do sistema
sindical e de solução de conflito.
A representação e a negociação dos servidores
públicos devem seguir as mesmas diretrizes acima,
com a devida adequação ao direito administrativo
conforme projeto de lei já em trâmite no Senado
Federal (PL 711/2019). Esse fortalecimento da
negociação coletiva no setor publico ganharia novo
patamar de efetividade se fosse desenvolvido como
parte de um órgão dedicado à política de gestão de
pessoas no setor público.
O desafio é implementar um processo de mudança e de
transição que favoreça e estimule transformações no
sentido das inovações que se busca promover.
Trata-se, portanto, de construir na trajetória da
história futura, por meio do diálogo social e ao
mesmo tempo, o caminho e os caminhantes.
Clemente Ganz Lúcio, sociólogo, consultor e
assessor das Centrais Sindicais.
Fonte: Agência Sindical
10/11/2022 -
Lira diz a Lula que ajudará na governabilidade e
demonstra apoio à PEC da Transição
Em contrapartida, o presidente eleito afirmou a
Lira que a eleição para a Presidência da Câmara é
questão interna do Congresso e não vai interferir
“Foi super positiva a conversa" entre o presidente
eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o
presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), relatou à CNN Brasil o deputado federal
Reginaldo Lopes (PT-MG).
Segundo o parlamentar, Lira se colocou à disposição
para ajudar na governabilidade do novo governo.
“Ambos demonstraram espírito colaborativo.
Presidente Lula disse que quer enfrentar a fome,
reconstruir o Brasil, voltar o país à normalidade.
Lira se colocou à disposição para ajudar a
governabilidade do governo Lula”.
O presidente da Câmara ainda teria declarado apoio à
aprovação da PEC da Transição, que visa abrir espaço
extra no Orçamento da União de 2023 para bancar o
pagamento do Auxílio Brasil - ou Bolsa Família - de
R$ 600. “Ele falou que acha legítima a PEC da
Transição porque todos os candidatos defenderam
Auxílio Brasil de R$ 600 na campanha. Falou que tem
preferência pela PEC”.
Em contrapartida, Lula disse a Lira que não pretende
interferir na eleição para presidente da Câmara. O
atual presidente planeja tentar a reeleição. “Não se
aprofundou sobre sucessão na Mesa. Lula disse que
questão da mesa é interna da casa".
Fonte: Brasil247
10/11/2022 -
Líder da
Conacate assume FST
Nesta terça (8), o professor Oswaldo Augusto de
Barros – presidente licenciado da Nova Central
Sindical de Trabalhadores, Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e
Cultura e da Federação Paulista dos Auxiliares de
Administração Escolar – passou o cargo de
coordenador nacional do Fórum Sindical dos
Trabalhadores pra Antonio Carlos Fernandes,
presidente da Conacate – Confederação Nacional das
Carreiras e Atividades Típicas de Estado.
Os presidentes das Confederações que compõem o FST
elogiaram a atuação do professor Oswaldo durante
seus quatro anos à frente da entidade.
“Tenho muito orgulho do Oswaldo. Ele é um exemplo
para nós e todo o sindicalismo. Somos gratos. E
esperamos continuar contando com o seu apoio em
outra atividade na entidade”, diz Valdirlei Castagna,
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Saúde.
O presidente interino da NCST e vice da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Turismo e
Hospitalidade, Moacyr Roberto Tesch, também elogia o
professor e pondera sobre a importância do FST. Ele
diz: “Somos gratos ao Oswaldo pelo empenho e
dedicação. Sua dinâmica reacendeu a importância do
FST, que fez história ao lutar pela unicidade
sindical. O Fórum é maior que qualquer entidade ao
lutar pelas Confederações como um todo”.
Professor Oswaldo agradeceu os apoios e parabenizou
Antonio Carlos. Ele afirma: “Como coordenador do
FST, você irá navegar onde algumas entidades não
conseguem. Debater no Congresso e nos Tribunais
Superiores. Estou satisfeito pela alternância entre
o privado e o público à frente da entidade”.
O presidente da Conacate e novo coordenador do FST,
Antonio Carlos Fernandes, prometeu ampliar o diálogo
entre trabalhadores, governo e mercado. “Estou
honrado com o cargo e ansioso para o trabalho que
podemos desenvolver em conjunto. Vamos precisar do
apoio de todas as Confederações para ampliar o
entendimento entre trabalhadores, governo e
sociedade”, observa.
Fonte: Agência Sindical
10/11/2022 -
Derrota de Bolsonaro acende esperanças
Duramente lesados pela Reforma Previdenciária de
Jair Bolsonaro, aposentados e pensionistas depositam
esperanças no governo Lula. E trabalham, desde já,
pra manter canais de diálogo com o Presidente
eleito.
João Batista Inocentini, presidente do Sindinapi
(Sindicato Nacional ligado à Força Sindical),
concedeu entrevista ao jornalista Luciano Faccioli.
E explica por que eles estão esperançosos.
“Havia dois projetos em disputa na eleição. Um a
favor do emprego, mais renda e maior poder de compra
aos aposentados. O outro era continuar o ódio, a
divisão entre brasileiros e a defesa dos interesses
da minoria contra a maioria. Esse projeto nós
ajudamos a derrotar”, diz Inocentini.
O líder dos aposentados informa já haver marcado
reunião com Geraldo Alckmin, vice de Lula e por ele
designado pra coordenar a transição rumo ao futuro
governo (Clique aqui e assista à entrevista). O
aumento real no salário mínimo é um das principais
bandeiras do Sindinapi.
Dieese – A Agência Sindical ouviu o professor e
economista Rodolfo Viana, do Dieese. Ele dá máxima
prioridade à questão. “Além da parte econômica,
existe o caráter social, porque o salário mínimo é
usado, em boa parte, para a alimentação das
famílias”, explica.
O Mínimo, na prática, remunera dezenas de milhares,
de aposentados ou na ativa. O professor Rodolfo
enumera: “Há assalariados formais que ganham Mínimo,
informais também e mesmo intermitentes que são pagos
com base no salário-hora do Mínimo”. O economista do
Dieese também inclui “pessoas que recebem BPC e
outros benefícios previdenciários”.
Estaduais – O sindicalismo quer ganho real nos Pisos
estaduais. As Centrais do Rio Grande do Sul
encaminharam pedido de reunião ao governador Ranolfo
JR, a fim de tratar do reajuste regional.
Reivindicam 15,58% – reposição de 10,60% referente
ao INPC de 2021 até janeiro deste ano e a
recuperação de 4,50% relativa ao INPC de 2019, que
não foi pago em 2020.
Mais – Sindinapi e Dieese
Fonte: Agência Sindical
10/11/2022 -
TCU não encontra irregularidades em urnas no segundo
turno
O Tribunal de Contas da União (TCU) não encontrou
divergências nos boletins das urnas eletrônicas que
foram analisadas durante auditoria realizada no
segundo turno das eleições.
De acordo com informações divulgadas pelo tribunal,
nenhuma divergência foi encontrada pelos técnicos do
órgão nos 604 boletins analisados com base nas
informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
O boletim é impresso pelos mesários após o
encerramento da votação e afixado na porta da seção
eleitoral. O documento contém o número de votos por
candidato, nulos, brancos e dados sobre o
equipamento de votação.
O relatório com as informações consolidadas será
anexado ao processo que trata da auditoria das
eleições, iniciada em 2021, em conjunto com a
Justiça Eleitoral. O resultado final está previsto
para o início de 2023.
Fonte: Agência Brasil
10/11/2022 -
STF tem maioria para barrar medida de Bolsonaro
contra leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc
Bolsonaro pretendia usar recursos destinados às
leis de incentivo à cultura para engordar o
Orçamento Secreto ainda neste ano
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria,
nesta terça-feira (8), para barrar a Medida
Provisória (MP) do governo Bolsonaro que cancelava
trechos das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2. Em
julgamento virtual, oito dos 11 ministros votaram a
favor da manutenção do veto da ministra Cármen Lúcia
à MP. A decisão não pode mais ser revertida.
No último sábado (5), Cármen Lúcia já havia
derrubado a validade da MP 1.135/2022, que permitia
adiar o pagamento de benefícios para o setor
cultural e de eventos. A decisão liminar da ministra
respondeu a uma ação da Rede.
No início de julho, o Congresso Nacional derrubou 14
vetos do presidente Jair Bolsonaro às leis Aldir
Blanc 2 e Paulo Gustavo. As leis foram aprovadas
para socorrer o setor cultural, fragilizado pelas
perdas decorrentes da pandemia. Em fins de agosto,
no entanto, o ocupante do Palácio do Planalto
publicou a MP mudando os prazos para os pagamentos
previstos na Lei Paulo Gustavo, de R$ 3,9 bilhões,
de até novembro deste ano para 2023, sem especificar
o mês. Do mesmo modo, também adiava para 2024 o
início dos repasses de R$ 3 bilhões da lei Aldir
Blanc 2.
Com o adiamento dos recursos das leis de incentivo à
cultura, o objetivo do governo era abrir espaço no
Orçamento e destinar ainda mais recursos para as
chamadas emendas do relator, que compõem o orçamento
secreto.
Inconstitucional
Cármen Lúcia considerou inconstitucional a MP, por
tentar reverter o veto derrubado pelo Congresso,
invadindo, assim, as competências do Poder
Legislativo. “Medida provisória não é desvio para se
contornar a competência legislativa do Congresso
Nacional. É inconstitucional a utilização deste
instrumento excepcional para sobrepor-se o
voluntarismo presidencial à vontade legítima das
Casas Legislativas”, disse a ministra. Além disso, a
ministra destacou, em seu voto, que “a cultura
compõe o núcleo essencial da dignidade humana,
princípio central do direito contemporâneo”.
Ela afirmou ainda que a MP de Bolsonaro não cumpria
os requisitos de relevância e urgência previsto na
Constituição, necessárias para a utilização desse
expediente. Até as 18h30 desta terça, os ministros
Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli,
Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Luiz Fux,
Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, haviam endossado o
voto da relatora.
Fonte: Rede Brasil Atual
09/11/2022 -
Ministério Público recebeu 2.749 denúncias de
assédio eleitoral
Empresas e instituições públicas denunciadas
somam 2.093 – 21 vezes mais do que em 2018.
Investigações vão prosseguir
O Ministério Público do Trabalho recebeu 2.749
denúncias de assédio eleitoral, envolvendo 2.093
empresas e instituições públicas. O total de casos é
13 vezes maior do que em 2018 e o de denunciadas, 21
vezes maior. Apesar de as eleições já terem acabado,
o MPT afirma que investigações, ações e termos de
ajustes de conduta (TACs) serão mantidos.
Até a última sexta-feira (4), data da divulgação do
balanço, haviam sido firmados TACs com 220 das 2.093
empresas denunciadas. Além disso, o Ministério
Público propôs, na Justiça do Trabalho, 66 ações
civis públicas. No estado líder de casos, Minas
Gerais, o MPT cita entre outros o exemplo dos
frigoríficos Frigobet e Serradão. Assim, ambos foram
processados após promover comício, em pleno pátio,
para pedir votos ao atual presidente da República
Jair Bolsonaro (PL).
“Além de distribuir camisetas verde e amarela para
os empregados, houve promessa de um pernil para
cada, caso o candidato defendido por eles saísse
vencedor”, lembrou o Ministério Público. “A Justiça
proibiu o assédio e determinou que o empresário
deveria publicar uma retratação nas redes sociais.”
Já em São Paulo, a Concreserv, do setor de
construção, terá de responder por ameaçar demitir
30% dos funcionários em caso da vitória – que acabou
se confirmando – do candidato Luiz Inácio Lula da
Silva (PT). Além disso, a empresa distribuiu
“santinhos” aos empregados. A Justiça do Trabalho
proibiu o assédio, em decisão liminar. O MPT pede
indenização de R$ 3 milhões, a título de danos
morais coletivos.
Somente no fim de semana da eleição, MPT recebeu 238
denúncias. Canais de denúncias abertos pelas
centrais sindicais receberam também reclamações
contra igrejas, templos, escolas e prefeituras
envolvidas com campanha de Bolsonaro. “Foi muito
grave tudo o que aconteceu em termos de ataques e de
uso eleitoral abusivos. É preciso uma reorganização
do processo eleitoral para que isso não volte a
ocorrer”, diz Clemente Ganz Lúcio, assessor do Fórum
das Centrais Sindicais.
Fonte: Rede Brasil Atual
09/11/2022 -
Bolsonaro entrega o Brasil sem dinheiro para
auxílio, merenda e remédios
Lula assume para reverter a tragédia que
Bolsonaro colocou o país. Equipe de transição
trabalha para garantir R$ 600 e recuperar programas
interrompidos.
Classificado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) como o “maior esquema de corrupção” da
história nacional, o Orçamento secreto – nome mais
conhecido das emendas de relator identificadas pelo
código RP9 – foi responsável por drenar o dinheiro
que seria destinado para diversas áreas prioritárias
do país: saúde, social, educação e alimentação.
Como vem divulgando a equipe de Lula, o presidente
Bolsonaro (PL) utilizou indiscriminadamente os
recursos da máquina pública para tentar ganhar as
eleições, prejudicando áreas fundamentais.
Como exemplo, no orçamento para o próximo ano,
Bolsonaro não deixou dinheiro para o Auxílio Brasil
que ele mesmo divulgou que continuaria pagando. Além
disso, os recursos para a merenda escolar e para
medicamentos, por meio do programa Farmácia Popular,
também foram esvaziados.
O Farmácia Popular teve 59% de corte na gratuidade
pelo governo federal. Para completar, em março,
Bolsonaro autorizou o reajuste em 11% no preço de
todos os medicamentos.
A merenda escolar e o auxílio-creche também foram
alvo de Bolsonaro para dar espaço para a ganância
dos interesses políticos do “centrão”. O governo
federal vetou o reajuste de 34% para repor as perdas
do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar),
extinguiu o Auxílio creche previsto no Auxílio
Brasil e reduziu os investimentos para construção de
creches e pré-escolas pelo país.
Por fim, como já foi noticiado, ao enxergar a
derrota iminente, Bolsonaro prometeu manter o
Auxílio Brasil em R$600 no próximo ano, porém não
indicou a destinação de recursos para cumprir a
promessa na peça Orçamentária de 2023, enviada para
aprovação no Congresso Nacional.
Agora, a equipe de transição de Lula, liderada pelo
vice-presidente eleito Geraldo Alckimin (PSB),
trabalha para desfazer todas essas situações e
garantir o pagamento dos R$600 de auxílio, que deve
ser chamado novamente Bolsa Família, além de
recuperar o Farmácia Popular e os investimentos em
merenda e educação na primeira infância, de forma
urgente.
Para isso, a equipe de Lula trabalha com opções. A
principal delas é uma Proposta de Emenda
Constitucional (PEC), apelidada de “PEC de
transição”. A ideia é que seja aprovada ainda este
ano pelo Congresso e possibilite ultrapassar o teto
de gastos. Assim, a PEC garante os compromissos
estabelecidos com o povo que devolvem as condições
mínimas de cidadania e permitem o país voltar a
crescer.
*Com informações site do Lula
Fonte: Portal Vermelho
09/11/2022 -
Moraes manda polícias identificarem líderes e
financiadores de atos golpistas
Ministro do STF também cobrou detalhes sobre os
veículos utilizados em protestos em frente a
quartéis
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), estabeleceu, nesta segunda-feira (7),
prazo de 48 horas para as polícias Civil, Militar,
Federal e Rodoviária Federal informarem a
identificação de veículos utilizados em bloqueios e
manifestações em frente a quartéis das Forças
Armadas. Moraes também cobrou detalhes sobre
possíveis lideranças, organizadores ou financiadores
do movimento golpista, conforme o despacho.
“Determino às Polícias Civis e Militares dos Estados
e Distrito Federal, bem como à Polícia Federal e à
Polícia Rodoviária Federal, o envio de todas as
informações sobre a identificação dos caminhões e
veículos que participaram ativamente dos bloqueios e
nas manifestações em frente aos quartéis das Forças
Armadas, assim como os dados dos respectivos
proprietários, pessoas físicas ou jurídicas”,
escreveu o magistrado.
“Determino, ainda, que informem se identificaram
líderes, organizadores e/ou financiadores dos
referidos atos antidemocráticos, com a remessa dos
dados e providências realizadas.”
Desde o início dos protestos golpistas, Moraes
determinou que a PRF e as PMs atuassem para
desobstruir as rodovias, sob pena de multa. A
decisão foi referendada, na semana passada, pelo
plenário do STF.
Fonte: Carta Capital
09/11/2022 -
Indústria recua em setembro em 12 locais pesquisados
pelo IBGE
Maiores quedas foram em Santa Catarina e no
Paraná
A produção industrial recuou em 12 dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) na passagem de agosto para
setembro de 2022. As maiores quedas foram observadas
em Santa Catarina (-5,1%) e no Paraná (-4,3%), de
acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal –
Produção Física Regional divulgados nesta
terça-feira (8).
Também tiveram quedas maiores do que a média
nacional (-0,7%), os estados do Pará (-3,7%), São
Paulo (-3,3%), Goiás (-2,9%), Amazonas (-2,9%),
Espírito Santo (-2,2%), Minas Gerais (-1,7%), Bahia
(-1,3%) e Rio de Janeiro (-1,1%). As quedas menos
intensas foram observadas em Mato Grosso (-0,4%) e
no Rio Grande do Sul (-0,2%).
Apenas três locais tiveram altas: os estados do
Ceará (3,7%) e Pernambuco (2%), além do Nordeste
(0,6%), única região que tem seus dados consolidados
divulgados pelo IBGE.
Na comparação com setembro do ano passado, houve
altas em oito dos 15 locais pesquisados, com
destaques para Mato Grosso (37,5%) e Amazonas
(13,7%). Quedas foram observadas em sete locais,
sendo as maiores delas registradas no Espírito Santo
(-14,7%) e Pará (-13,4%).
No acumulado do ano, houve altas em sete locais,
sendo a maior delas em Mato Grosso (25,7%). Dos oito
locais em queda, a principal perda foi registrada no
Pará (-8,8%).
No acumulado de 12 meses, as altas atingiram apenas
seis locais, com destaque mais uma vez para Mato
Grosso (23,2%). Nove locais tiveram queda, sendo a
maior delas no Pará (-8,4%).
Fonte: Agência Brasil
09/11/2022 -
Proposta do novo governo de reajustar tabela do IR
já é discutida na Câmara
Projetos de lei em análise na Casa preveem o
reajuste da tabela e das deduções em vigor, elevando
o limite de isenção do tributo
Uma das principais promessas de campanha do
presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, a
correção da tabela do Imposto de Renda (IR) das
pessoas físicas, é alvo de diversos projetos de lei
na Câmara dos Deputados, tendo um deles já sido
aprovado na atual legislatura. A maioria propõe o
reajuste da tabela e das deduções em vigor, elevando
o limite de isenção do tributo.
O último reajuste da tabela do IR ocorreu em 2015
(Lei 13.149/15). O assunto vem sendo discutido pela
equipe de transição do novo governo com o Congresso
Nacional. Durante a campanha eleitoral, Lula
prometeu isentar do pagamento de IR quem ganha até
R$ 5 mil por mês. Hoje é isento quem recebe até R$
1.903,98.
Texto aprovado
O projeto sobre o assunto com tramitação mais avançada
no Congresso é do Poder Executivo (PL 2337/21),
aprovado pela Câmara no ano passado e atualmente
aguardando votação na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) do Senado.
Pelo texto, a faixa de isenção passa para R$ 2,5 mil
mensais, correção de 31,3%. As demais faixas também
terão reajustes.
Impacto social
Entre as propostas apresentadas por deputados, um dos
mais recentes é o PL 2140/22, do deputado Danilo
Forte (União-CE), que amplia para R$ 5.200 o limite
de isenção do IR. Segundo o parlamentar, o reajuste
da tabela é uma medida de amplo efeito social.
“Se não houver atualização da tabela progressiva,
praticamente toda a classe assalariada deverá pagar
Imposto de Renda”, disse Forte. A mesma avaliação é
feita pelo deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE),
autor do PL 1894/19, de teor parecido.
“Com a tabela congelada, mesmo ganhos salariais
abaixo da inflação podem fazer com que o
contribuinte mude de faixa de tributação e tenha sua
carga tributária majorada”, afirmou Calheiros.
Alguns dos projetos em tramitação na Câmara propõem
regras fixas para reajuste da tabela e das deduções,
como correção anual pelo IPCA ou INPC. Entre eles,
os PLs 1332/2019, 284/20 e 2429/2021,
respectivamente dos deputados Roberto de Lucena (Republicanos-SP),
Alexis Fonteyne (Novo-SP) e Fábio Mitidieri (PSD-SE).
“Não se trata apenas de uma questão econômica, mas
uma ação urgente desse Parlamento de promover a
atualização da tabela do Imposto de Renda”, afirmou
Mitidieri.
Estudo
Recentemente, a Consultoria Legislativa da Câmara dos
Deputados publicou uma página na internet sobre o
assunto.
A avaliação da consultoria é que, se não houver
correção da tabela, é possível que em breve mesmo
quem ganha um salário mínimo comece a pagar o
imposto. Atualmente, a isenção do IR equivale a
apenas 1,57 do salário mínimo (atualmente em R$
1.212).
Ainda de acordo com a consultoria, caso a tabela de
1995 fosse atualizada entre janeiro de 1996 e junho
de 2022 com base no IPCA, estariam isentos quem
ganham até R$ 4.608,07 por mês, valor próximo ao
proposto pelo presidente eleito.
Fonte: Agência Câmara
09/11/2022 -
"Simone Tebet vai trabalhar conosco na área do
desenvolvimento social", anuncia Alckmin
Papel atribuído à senadora na transição pode ser
indicativo de que ela comandará o Ministério da
Cidadania, sua pasta preferida, conforme tem dito a
interlocutores
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB)
anunciou, nesta terça-feira (8), que a senadora
Simone Tebet (MDB-MS) integrará a equipe de
transição do novo governo Lula (PT), atuando na
parte do desenvolvimento social. A informação é do
portal g1.
"Temos dois desafios grandes: um econômico, e o
outro social. E eles não disputam, eles são
sinérgicos. Eles se somam, eles se complementam,
eles não são excludentes. É preciso ter uma agenda
de eficiência econômica e de competitividade, e de
outro lado uma rede de proteção social que é
extremamente importante. Então, a Simone, com a sua
experiência, e com a sensibilidade, a força da
mulher, vai trabalhar conosco na área do
desenvolvimento social, que é uma área
importantíssima", disse Alckmin, que coordena a
transição.
"Nessa divisão, não poderia ter outra opção a não
ser escolher desenvolvimento social. Isso foi
acatado pelo vice-presidente, nós vamos colaborar",
complementou a senadora.
Vale lembrar que Tebet é um dos nomes mais cotados
para comandar algum ministério no governo Lula e
que, em conversa com interlocutores, a ex-candidata
à presidência tem afirmado que a pasta da Cidadania
é sua preferida. Segundo o jornal O Globo, aliados
de Lula afirmam que Tebet só não será ministra se
não quiser e que terá liberdade para escolher o
posto que deseja ocupar.
Desta forma, ocupar um cargo na área do
desenvolvimento social durante a transição pode ser
um indicativo de que a senadora pode vir a comandar
o Ministério da Cidadania.
Fonte: Brasil247
09/11/2022 -
Equipe de Lula busca barrar nomes de Bolsonaro no
Judiciário e no exterior
Objetivo é que até a posse indicações feitas pelo
atual presidente na área da Justiça e da diplomacia
sejam impedidas como forma de frear projeto
bolsonarista no Estado
Como forma de evitar que o projeto político de Jair
Bolsonaro (PL) ganhe força em cargos importantes do
Estado brasileiro, a equipe do presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende barrar
indicações do mandatário cessante para postos no
Judiciário e na diplomacia exterior. A informação é
do jornalista Valdo Cruz, do G1.
Segundo noticiado, Bolsonaro pode indicar, até o
final de seu mandato, em 31 de dezembro, ao menos 16
desembargadores de tribunais regionais federais,
além de diplomatas cujos nomes precisam ser
avalizados via votação no Senado. De acordo com a
equipe de Lula, o ideal é que essas análises sejam
freadas até a posse, no dia 1º de janeiro.
No caso dos cargos na área diplomática, o objetivo é
que o futuro ministro das Relações Exteriores, ainda
não definido, avalie caso a caso os indicados.
Já no que diz respeito aos cargos no Judiciário, a
avaliação é a de que “aliados do presidente
Bolsonaro têm interesse direto nas indicações de
desembargadores – seja por questões políticas, seja
por processos em tramitação na Justiça”. Neste
sentido, a ideia é barrar as votações no Senado.
Fonte: Portal Vermelho
08/11/2022 -
Lula se reúne com Alckmin e governo de transição
para definir Bolsa Família de R$ 600
Em reunião com o governo de transição, Lula vai
definir demandas da chamada PEC da Transição, que
abre espaço no orçamento para compromissos sociais.
Após voltar do litoral sul da Bahia no último sábado
(5), onde passou alguns dias descansando ao lado da
esposa, a socióloga Rosângela Silva, a Janja, Lula
(PT) comanda a reunião do governo de transição, que
é liderado por Geraldo Alckmin (PSB), na manhã desta
segunda-feira (7), no Grand Mercure Hotel, no
Ibirapuera, em São Paulo.
A principal pauta é a definição das demandas
orçamentárias que serão incluídas na Proposta de
Emenda da Constituição (PEC) da Transição, que abre
espaço nas contas públicas em 2023 para honrar
compromissos de campanha, como a manutenção do Bolsa
Família - que foi renomeado para Auxílio Brasil - no
valor de R$ 600.
Além dos R$ 600 no benefício, Lula quer reajustar em
mais de R$ 100 o valor do salário mínimo, que não
tem aumento real - acima da inflação - há cinco
anos. O novo governo também pretende retomar
diversas políticas sociais, como o Farmácia Popular,
que foram praticamente extintas por Bolsonaro.
Definidas as demandas, a PEC da Transição será
apresentada por Alckmin, Gleisi Hoffmann, presidenta
nacional do PT, e Aloizio Mercadante, coordenador da
campanha, ao relator do orçamento no Congresso, ao
senador Marcelo Castro (MDB-PI), já nesta
terça-feira (8).
Lula tem pressa para definir o orçamento, pois pode
viajar ainda esta semana para o Egito, onde acontece
desde este domingo (6) a COP-27, Conferência das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O
presidente eleito foi convidado para participar do
evento, que deve durar cerca de duas semanas.
Fonte: RevistaForum
08/11/2022 -
Cesta básica volta a subir, e alta é generalizada em
2022. Salário mínimo vale menos
Trabalhador precisa aumentar jornada e compromete
maior parte da renda para comprar os alimentos
básicos
O preço médio da cesta básica aumentou, em outubro,
em 12 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. No
ano e em 12 meses, a alta é generalizada. No mês
passado, segundo os dados divulgados nesta
segunda-feira (7), as principais elevações estão
registradas em Porto Alegre (3,34%), Campo Grande
(3,17%), Vitória (3,14%), Rio de Janeiro (3,10%) e
Curitiba e Goiânia (ambas com 2,59%).
Já as reduções ocorreram em cidades do Norte e
Nordeste: Recife (-3,73%), Natal (-1,40%), Belém
(-1,16%), Aracaju (-0,61%) e João Pessoa (-0,49%).
De janeiro a outubro, o aumento varia de 4,89%
(Recife) a 14,39% (Campo Grande). No acumulado em 12
meses, de 5,48% (Vitória) a 15,38% (Salvador).
Salário mínimo
Segundo o Dieese, o menor valor apurado em outubro foi
em Aracaju (R$ 515,51) e o maior, em Porto Alegre
(R$ 768,82). Com base nessa última, o instituto
calculou em R$ 6.458,86 o salário mínimo para as
despesas básicas de uma família com quatro
integrantes. O valor corresponde a 5,33 vezes o piso
nacional (R$ 1.212). Essa proporção era de 5,20
vezes em setembro e 5,35 há um ano.
Assim, o tempo médio necessário para adquirir os
produtos da cesta básica subiu para 119 horas e 37
minutos, segundo o Dieese. Com isso, o trabalhador
remunerado pelo salário mínimo comprometeu 58,78% da
renda líquida para comprar os alimentos básicos – o
percentual cresceu tanto na comparação mensal
(58,18%) como na anual (58,35%).
Entre os produtos, o preço da batata subiu em todas
as cidades da região Centro-Sul, onde é pesquisada.
Já o do tomate aumentou em 13 das 17 capitais. O pão
francês teve alta em 12, enquanto o leite integral
caiu em todas.
Fonte: Rede Brasil Atual
08/11/2022 -
O inferno astral de Bolsonaro é o fim do foro
privilegiado em janeiro
As investigações contra o atual mandatário no STF
podem seguir para a primeira instância onde ele
estará sujeito a ser condenado
Bolsonaro submergiu no cenário político. Desde a
derrota no segundo turno buscou amparo para uma
possível resistência golpista. Contudo, levou um não
de seus aliados mais próximos e de integrantes do
Alto Comando Militar. Sem apoio político e depois de
40 horas em silêncio, restou a ele um discurso fora
do eixo e cheio de ressentimentos.
Logo depois do pronunciamento, o presidente
derrotado seguiu para o Supremo Tribunal Federal
(STF) onde reuniu com ministros. De acordo com o
site Poder 360, Edson Fachin disse que ouviu dele
que “acabou” e era preciso “olhar para frente”.
A reunião com os ministros tem uma forte conotação.
Isso porque Bolsonaro estaria preocupado com o fim
do seu foro privilegiado, em janeiro, após 30 anos
exercendo cargo público.
Ou seja, as diversas investigações contra ele podem
ir para a primeira instância como regra geral. Mas
em algumas situações o foro especial fica mantido no
STF caso envolva outras pessoas com foro.
No STF estão abertos cinco inquéritos contra
Bolsonaro. São eles: interferência na Polícia
Federal (PF); fake news; milícias digitais;
vazamento de inquérito sobre ataques ao TSE; e
associação da vacina contra Covid a Aids.
No TSE, desde agosto de 2021, foi aberto um
inquérito administrativo próprio para apurar ataques
ao sistema eleitoral brasileiro. Nesse caso, as
investigações podem resultar na inelegibilidade dele
por oito anos.
Além disso, encontra-se no TSE uma representação
contra o presidente por incitar a violência
política, movida por ocasião da morte do tesoureiro
do PT em Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda.
Sigilo
No curto prazo, outro problema também a ser enfrentado
será o “revogaço” prometido por Lula sobre o sigilo
de 100 anos imposto por Bolsonaro sobre suas ações e
de familiares.
“Ele está com medo porque todas as denúncias que
aparecem contra ele, ele transforma em sigilo de 100
anos. Nós queremos saber o que que ele está
escondendo”, disse em campanha o presidente eleito.
De acordo com levantamento da equipe de Lula, um dos
alvos será derrubar o sigilo sobre os gastos no
cartão corporativo do atual mandatário. “Ele bate
recordes de gastos no cartão corporativo desde que
assumiu a presidência da República, em 2019. Ao
todo, já foram gastos mais de R$ 50 milhões”,
destacam.
“O presidente também mantém acobertada sua agenda
oficial. Via Lei de Acesso Informação, barrou dados
sobre o fluxo de entradas e saídas dos pastores
envolvidos nos escândalos de corrupção do MEC
(Ministério da Educação) ao Palácio do Planalto”,
observam.
Portanto, o cenário não é bom para Bolsonaro.
Enquanto vê Lula sepultando suas alianças e ocupado
espaço político no cenário nacional e internacional,
restou ao presidente derrotado negociar como o PL o
cargo de presidente de honra da sigla para não ficar
desempregado.
Fonte: Portal Vermelho
08/11/2022 -
Centrais querem debater reajuste do piso regional
com governador do RS
As centrais sindicais do Rio Grande do Sul
encaminharam nesta sexta-feira (4) uma nova
solicitação de reunião urgente com o governador
Ranolfo Vieira Junior (PSDB), que assumiu após a
renúncia do ex-governador e agora reeleito Eduardo
Leite (PSDB), para tratar do reajuste do salário
mínimo regional de 2022.
A data-base do chamado piso regional é 1º de
fevereiro e, passados nove meses, o governo tucano
ainda não enviou um projeto de lei para a Assembleia
Legislativa com uma proposta de reajuste, conforme
determina a legislação vigente.
A reivindicação dos dirigentes sindicais é 15,58% de
reajuste, que considera a reposição de 10,60%
referente à variação do INPC de 2021 até janeiro
deste ano e a recuperação de 4,50% correspondente ao
INPC de 2019, que não foi pago em 2020, segundo
cálculos do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, espera que o
governador agende uma reunião para o início da
próxima semana com as centrais. “É fundamental ouvir
os dirigentes sindicais e enviar o projeto o mais
breve possível e em regime de urgência para a
Assembleia, para que seja logo debatido e votado
pelos deputados estaduais”, enfatiza.
O presidente em exercício da Força Sindical, Marcelo
Avencurt Furtado disse que “Estamos aguardando uma
resposta do governo, pedimos uma reunião, mas até
agora não foi enviado pelo governo uma data para
reunião”.
Confira o documento entregue ao governo pelas
centrais sindicais no estado
Fonte: Rádio Peão Brasil
08/11/2022 -
Ganhos salariais melhoram em setembro
Ganhos salariais melhoram em setembro – Subiu o
número de negociações coletivas com aumento real. O
boletim do Dieese, referente a setembro, mostra
desempenho superior ao de agosto. O boletim informa:
“Cerca de 40% das 450 negociações analisadas até a finalização
deste boletim, referentes à data-base setembro,
tiveram reajustes acima da inflação pelo INPC –
Índice Nacional de Preços ao Consumidor”.
Para efeitos de comparação, agosto registra 36,03%
de acordos com aumento acima do INPC – o índice de
outubro apura 39,06% com aumento real.
Outras – O Dieese também informa que 38% dos acordos
registraram resultados iguais ao índice
inflacionário, enquanto 22,4% ficaram abaixo dele.
Segundo o levantamento, com 77,6% dos reajustes
iguais ou superiores ao INPC, os resultados são os
melhores das últimas 15 datas-bases. Para o Dieese,
os acordos refletem o impacto da deflação ocorrida
nos últimos três meses e também o efeito das
negociações de categorias com maior poder de
negociação. Os dados de setembro se assemelham aos
de junho de 2022, quando 75,9% dos reajustes foram
iguais ou superiores ao INPC.
Pior – Julho deste ano foi o pior mês, pois 61,08%
das negociações ficaram abaixo da inflação oficial.
Naquele mês, apenas 13,8% superaram o INPC.
Categorias – Este final de ano (ou seja, outubro,
novembro e dezembro) deve manter ou melhorar o
índice referente a ganhos reais, uma vez que
metalúrgicos, químicos, têxteis, comerciários e
outras categorias com maior poder de negociação
estão em campanha salarial.
Mais Informações – www.dieese.org.br
Fonte: Agência Sindical
08/11/2022 -
Indústrias pequenas são menos afetadas por escassez
de matéria-prima
A escassez e o encarecimento das matérias-primas
estão afetando menos as indústrias de micro e
pequeno porte. É o que revela a pesquisa trimestral
Panorama da Pequena Indústria, divulgada nesta
segunda (7) pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI).
Segundo o levantamento, de julho a setembro, a falta
ou o alto custo da matéria-prima continuou a ser a
principal preocupação na indústria de transformação,
porém em menor intensidade que no trimestre
anterior. Na indústria da construção, os juros
elevados tornaram-se o principal entrave. Na
indústria extrativa, a carga tributária voltou a ser
o maior problema.
Para a analista de Políticas e Indústria da CNI,
Paula Verlangeiro, o encarecimento e a dificuldade
de acesso às matérias-primas não deixaram de atingir
a indústria, mas o problema foi menos assinalado no
terceiro trimestre e deve recuar ainda mais no fim
do ano.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
08/11/2022 -
Governo Bolsonaro entrega educação básica com verba
34% menor do que recebeu
Orçamento do MEC para educação básica, programado
para 2023, é de R$ 5,2 bilhões.
O Ministério da Educação (MEC), em 2023, será entregue
pelo governo Jair Bolsonaro (PL) com orçamento menor
do que recebeu. Como divulgado em reportagem do UOL,
o recuo chega a 34% na educação básica. O governo de
Michel Temer (MDB) entregou, no ano em que Bolsonaro
assumiu, um valor para educação básica de 7,9
bilhões (em valores corrigidos). Agora, o governo
deixa para a equipe de Lula (PT) um orçamento de R$
5,2 bilhões, como consta no PLO (Projeto de Lei
Orçamentária).
Ainda é possível que a equipe de transição do
governo Lula possa realocar valores junto ao
Congresso Nacional, que aprovará o orçamento
definitivo até o final do ano. A medida pode ser
realizada pela chamada “PEC de transição”. Assim o
novo governo deve conseguir cumprir agendas
anunciadas durante a campanha presidencial.
Educação com Bolsonaro
A educação sofreu um grande desmonte durante a
presidência de Bolsonaro com polêmicas e cortes.
O governo Bolsonaro teve à frente do MEC: Ricardo
Vélez Rodrigues, Abraham Weintraub, Milton Ribeiro e
o atual ministro, Victor Godoy Veiga.
A gestão de Vélez Rodrigues foi marcada por
desmandos quanto à realização do Enem e em relação
ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) .
Weintraub colecionou polêmicas, dezenas de
interpelações judiciais e uma marca de ruptura do
diálogo do governo federal com professores,
estudantes, universidades e redes de ensino. Por sua
vez, Milton Ribeiro chegou a ser preso por causa do
escândalo em que pastores evangélicos recebiam
benefícios pela pasta da educação.
Após Weintraub, chegou-se a anunciar como ministro
Carlos Alberto Decotelli, mas o economista não
chegou a assumir. Ele teve o nome atribuído a uma
série de denúncias sobre mentiras em seu currículo
acadêmico, o que o desgastou rapidamente.
Ainda com Bolsonaro, o auxílio creche previsto para
ser entregue foi cancelado. O presidente acabou com
o investimento de Dilma na construção de creches
públicas, criou um programa para financiar creches
privadas, mas também extinguiu até isso, antes de
começar.
Fonte: Portal Vermelho
07/11/2022 -
Centrais Sindicais repudiam decisão do Conselho de
Administração da Petrobras de antecipar distribuição
de lucros de quase R$ 44 bilhões
NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS
REPÚDIO À DECISÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA
PETROBRAS DE ANTECIPAR
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS DE QUASE R$ 44 BILHÕES
O Conselho de Administração da Petrobras anunciou
nesta semana a decisão de antecipar a distribuição
de lucro referente ao 3º trimestre do corrente ano
no valor de R$ 43,68 bilhões. Segundo a empresa,
esse montante representa um crescimento de 48% em
relação ao mesmo período do ano anterior e decorre
do aumento do preço internacional do barril de
petróleo.
O total de dividendos anual chegará a quase R$ 180
bilhões, fato que torna a Petrobras a maior empresa
pagadora de dividendos do mundo, segundo o Índice
Global de Dividendos da gestora Janus Henderson. Com
isso, a petroleira desbanca as 1.200 maiores
empresas globais por valor de mercado. A maior parte
dos dividendos é direcionada a acionistas privados,
sobretudo estrangeiros.
Entretanto, os investimentos realizados pela estatal
em 2022 (até junho) somam apenas R$ 17 bilhões,
conforme relatórios financeiros da empresa. Sem
planejamento de investimento de longo prazo e
desconectada da missão de produzir tecnologia para a
expansão da produção de energia renovável, a empresa
atende somente ao interesse de lucro dos acionistas
nacionais e estrangeiros.
Além dos investimentos da estatal encolherem a cada
ano, há uma política para se vender unidades da
empresa, o deslocamento de encomendas de plataformas
para a Ásia, o arrendamento internacional de
embarcações, todas medidas que afetam a capacidade
de investimento, de produção e difusão de inovação
tecnológica, de geração de emprego e de renda na
economia nacional.
A política de preços e de lucros exorbitantes da
Petrobras pressiona a inflação, aumenta o custo de
vida e a estrutura de preços de todo o sistema
produtivo. As medidas adotadas pelo atual Governo
para reduzir o preço dos combustíveis e garantir os
lucros estratosféricos aos acionistas, retirou
receita tributária (ICMS) dos Estados prejudicando
políticas públicas de saúde, educação, segurança
etc.
Por isso, as Centrais Sindicais apoiam as denúncias
e iniciativas da FUP (Federarão Única dos
Petroleiros) e da Anapetro (Associação que
representa os petroleiros acionistas minoritários da
Petrobrás) junto ao Tribunal de Contas da União
(TCU), Procuradoria Geral da República (PGR) e
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para evitar
que a gestão da Petrobras e o Conselho de
Administração (CA) da empresa encaminhem essa uma
nova distribuição de megadividendos.
As denúncias se reforçam com a eleição de um novo
governo que apresentará sua estratégia de
desenvolvimento para o país e para a qual a
Petrobras, em especial a sua capacidade de
investimento, será essencial.
A antecipação de distribuição dos lucros
exorbitantes é uma manobra contra os interesses da
nação!
São Paulo, 04 de novembro de 2022.
Sergio Nobre
Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo
Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald
Presidente da NCST (Nova Central Sindical de
Trabalhadores)
Antônio Neto
Presidente da CSB (Central dos Sindicatos
Brasileiros)
Nilza Pereira Almeida
Secretária-Geral da Intersindical Central da Classe
Trabalhadora
José Gozze
Presidente da Publica Central do Servidor
Fonte: NCST
07/11/2022 -
PT começa tratativa para Lula ter maioria na Câmara
e no Senado
O foco atual é a montagem do novo governo Lula e
a construção de uma maioria no Congresso Nacional
A Federação PT, PCdoB e PV elegeu 81 deputados
federais, a segunda maior força depois do PL que
terá 99 parlamentares. Para conseguir maioria a
favor do governo Lula, o PT começou a negociar com
PSD, MDB e PDT, as três siglas possuem 101 cadeiras.
Sendo assim, a base lulista teria que conquistar
ainda mais apoio entre os 513 integrantes da Casa
para formar maioria.
Para isso, a Folha de S.Paulo avaliou que Lula terá
de atrair siglas como o União Brasil (59), além de
possíveis defecções no centrão de Bolsonaro, como
Republicanos (41) e parlamentares avulsos de PL e
PP.
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi
Hoffmann (PR), tem a tarefa de conversar com as
lideranças das siglas. O foco atual é a montagem do
novo governo Lula e a construção de uma maioria no
Congresso.
A deputada vem negociando com o presidente do MDB,
Baleia Rossi, e tem conversa avançada com o
presidente do PSD, Gilberto Kassab, que já acenou
favoravelmente para a sigla compor o bloco de
sustentação ao futuro governo.
No Senado, o cenário é ligeiramente melhor para
Lula. “Ontem inaugurei diálogo com diferentes
senadores. Estou muito otimista na formação da base
que sustentará o governo do presidente Lula. Tenho a
expectativa de que nós poderemos ter 60 ou mais
senadores e 300 ou mais deputados na Câmara”, disse
à Folha o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um
dos coordenadores da campanha de Lula.
Ele disse que conversará pessoalmente com o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O
senador acredita que o núcleo ideológico ligado ao
presidente derrotado, não teria capacidade para se
tornar “majoritário” na oposição ao petista.
“O que é núcleo ideológico que pode vir a fazer
oposição ao governo, na prática, não é grupo
majoritário, não é maioria que foi formada, é um
grupo minoritário. Eu me dedicarei [para que
possamos] ter a maioria necessária. Estou otimista
que a construção dessa maioria necessária é possível
de ser realizada”, acrescentou.
Com informações da Folha de S.Paulo
Fonte: Portal Vermelho
07/11/2022 -
Lula deve ampliar o aumento real e reajustar salário
mínimo para R$ 1.319 no primeiro ano de governo
Equipe de transição já avalia dar um reajuste
ainda maior do piso nacional para compensar parte
dos últimos três anos em que o salário mínimo ficou
congelado em termos reais
O valor do salário mínimo pode chegar a R$ 1.319 no
próximo ano, segundo a equipe do presidente eleito,
Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após reunião
realizada no Congresso Nacional ontem (3), o grupo
responsável pela transição de governo confirmou, de
acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo,
que avalia conceder aumento real do piso nacional
ainda mais elevado em 2023, em relação ao que vinha
sendo discutido.
Hoje, a proposta orçamentária (PL) prevê reajuste de
7,41%, passando dos atuais R$ 1.212 para R$ 1.302.
Mas, o plano preliminar do PT indica que o salário
mínimo pode chegar a R$ 1.319. Durante a campanha
eleitoral, Lula prometeu retomar a política de
valorização do salário mínimo implementada em 2004,
mas descontinuada em 2019 por Bolsonaro. De acordo
com o ex-governador do Piauí e senador eleito
Wellington Dias (PT-PI), a nova regra deve
considerar a média de crescimento do Produto Interno
Bruto (PIB) dos últimos cinco anos. O cálculo é que
ela resultaria, em 2023, em aumento de cerca de 1,3
ponto acima da inflação.
A ideia para o primeiro ano do governo Lula, segundo
a equipe de transição, é aplicar esse percentual de
aumento real sobre o valor já previsto na proposta
orçamentária. O que garante uma alta de 1,3% sobre
os R$ 1.302. O reajuste deve corrigir o
arrefecimento da inflação de agosto para cá que, na
prática, poderia resultar em um piso menor do que os
R$ 1.302 propostos em agosto pelo governo Bolsonaro.
Além disso, os parlamentares que participaram da
reunião de transição nessa quinta afirmam que o
reajuste mais elevado em 2023 compensará parte do
período em que o salário mínimo ficou congelado em
termos reais pela atual gestão.
Último aumento real foi em 2019
O último aumento real do salário mínimo foi concedido
no início de 2019, quando pela última vez foi
aplicada a política de valorização do piso nacional.
Desde 2020, o governo Bolsonaro corrige o patamar
mínimo de remuneração levando em conta apenas a
inflação, garantida pela Constituição.
O acréscimo do salário mínimo vai constar na
proposta de emenda à Constituição, que vem sendo
chamada de “PEC da Transição”. A medida deve abrir
espaço no orçamento do próximo ano para garantir
também o pagamento de benefícios sociais. Entre
eles, a manutenção do Auxílio Brasil a R$ 600. A
ideia da equipe é que com a “PEC da transição” sejam
autorizadas despesas acima do teto de gastos para
evitar um apagão social no próximo ano.
As propostas devem ser submetidas ao presidente
eleito na segunda-feira (7) para apresentação da PEC
ao relator do Orçamento de 2023, o senador Marcelo
Castro (MDB-PI) já na próxima terça (8). A proposta
deverá tramitar em paralelo ao projeto orçamentário.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/11/2022 -
CNN: Lula processará Bolsonaro por abuso de poder
político e econômico
Ações serão apresentadas na próxima semana. Se
for condenado, o presidente ficará inelegível.
A campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), deve protocolar no TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) duas ações de investigação
judicial contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). A
informação é da CNN Brasil.
De acordo com o portal, Bolsonaro será questionado
por abuso de poder político e econômico. As ações
serão apresentadas na próxima semana. Se for
condenado, o presidente ficará inelegível.
A primeira ação tem como base as falsas denúncias de
Bolsonaro sobre a urna eletrônica e o sistema
eleitoral brasileiro. Os atos antidemocráticos
promovidos por bolsonaristas nesta semana, em
rodovias de todo o Brasil, podem ser citados, bem
como o apoio de parlamentares como Carla Zambelli
(PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas
Ferreira (PL-MG) a esses atos ilegais.
Já a segunda ação acusa o governo de ter usado a
máquina pública para fins eleitorais, por meio
especialmente de benefícios econômicos temporários,
que coincidiam com o período eleitoral. É o caso da
concessão de crédito consignado para beneficiários
do Auxílio Brasil.
Além dessas duas novas ações, há quatro que foram
apresentadas durante a campanha, denunciando
Bolsonaro por diferentes crimes, como desinformação
e uso da máquina nos atos de 7 de setembro. Segundo
a CNN, ministros do TSE avaliam que as ações
eleitorais têm mais potencial de levar Bolsonaro à
inelegibilidade do que as ações criminais.
Fonte: Portal Vermelho
07/11/2022 -
Economista classifica como “maldita” a herança
fiscal de Bolsonaro
Bernard Appy, que esteve no Ministério da Fazenda
nos governos Lula, diz que área tributária deixada
por Bolsonaro é diferente da que foi deixada por
FHC.
O economista e ex-secretário de Política Econômica
do Ministério da Fazenda nos governos Lula (PT),
Bernard Appy, classificou, em entrevista à Folha de
São Paulo, a herança fiscal que será deixada por
Jair Bolsonaro (PL) como “herança maldita”.
A situação encontrada difere da que foi recebida
pelo governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB),
quando Lula assumiu a presidência pela primeira vez.
O economista explica que o governo Bolsonaro adotou
medidas que aumentaram despesas e reduziram receitas
que impactaram em quase 4% do PIB (350 bilhões de
reais). No entanto, esse déficit consegue ser
mascarado pela alta das commodities, que, em termos
normais, revelaria o rombo nas contas.
Ele também coloca que na época de FHC o ajuste
fiscal tinha sido realizado e que o bastão passado
para o governo Lula teve uma herança positiva nesse
sentido, diferente do que irá ocorrer agora.
Segundo Appy, à Folha, uma reforma tributária
beneficiaria o setor industrial, que é o mais
prejudicado atualmente pelas distorções que reduzem
a competitividade. No entanto, o governo precisará
mostrar para a sociedade e para o Congresso os
benefícios que traria para o Brasil.
Para uma eventual reforma, Appy defende uma alíquota
“uniforme na tributação de bens e serviços” como
forma de tributar os mais ricos que consomem mais
serviços, hoje com menos tributação. Outro ponto
seria oferecer devolução de impostos para famílias
de baixa renda, em um formato de isenção que
permitiria equilibrar as desigualdades que oneram os
mais pobres.
Fonte: Portal Vermelho
07/11/2022 -
Relator apresenta parecer ao projeto do Estatuto do
Aprendiz na próxima quinta
A comissão especial que analisa a criação do
Estatuto do Aprendiz (PL 6461/19) reúne-se na
próxima quinta-feira (10) para apresentação do
parecer do relator, deputado Marco Bertaiolli
(PSD-SP).
A reunião será realizada no plenário 11, a partir
das 10 horas.
Como tramita em caráter conclusivo, se o projeto for
aprovado na comissão especial será enviado para o
Senado, a menos que haja recurso para que seja
analisado pelo Plenário da Câmara.
Críticas
Em maio deste ano, representantes de diferentes
setores ouvidos pela comissão reconheceram a
importância do projeto, mas criticaram o dispositivo
que cria cotas para contratação de, no mínimo, 5%
dos empregados como aprendizes, para aderir ao novo
sistema.
Eles argumentaram que o cálculo da cota não pode
levar em conta todas as funções existentes nas
empresas. A Associação Nacional de Segurança e
Transporte de Valores, por exemplo, disse que o
setor, por exercer trabalho perigoso, teria
dificuldade em cumprir a cota prevista na proposta.
Em abril a comissão já tinha recebido a sugestão de
a proposta focar em adolescentes com idade entre 14
e 18 anos e não jovens de 14 a 24 anos, como prevê o
texto atual. Os debatedores argumentaram que a
aprendizagem pode combater o trabalho infantil.
Fonte: Agência Câmara
04/11/2022 -
Equipe de Lula começa a negociar benefícios sociais
no orçamento de 2023 com o Congresso
Auxílio de R$ 600, ganho real do salário mínimo,
retomada do programa farmácia popular, entre outros
benefícios, estiveram no centro das discussões entre
o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e o
relator do orçamento do próximo ano
A manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 a partir de
janeiro de 2023 e o ganho real do salário mínimo
estiveram no centro da reunião de transição para o
governo Lula, realizada no Congresso Nacional na
manhã desta quinta-feira (3). O vice-presidente
eleito Geraldo Alckmin (PSB), o relator do orçamento
para o próximo ano, o deputado Marcelo Castro (MDB-PI),
e o senador eleito Wellington Dias (PT-PI)
discutiram como encontrar espaço no orçamento para
garantir o pagamento desses benefícios sociais.
Também estiveram na pauta de discussões a retomada
de investimentos no programa Farmácia Popular, a
manutenção da desoneração dos combustíveis, o
pagamento adicional de R$ 150 por criança de até
seis anos para beneficiário do Auxílio Brasil, e
ainda reajuste de servidores; correção da tabela do
Imposto de Renda e o desafio de zerar as filas do
SUS.
Também participaram da audiência a presidente do PT,
Gleisi Hoffmann (PR), o coordenador do programa de
governo de Lula, Aloizio Mercadante, os senadores
Paulo Rocha (PT-PA), Jean Paul Prates (PT-RN),
Fabiano Contarato (PT-ES), Confúcio Moura (MDB-RO) e
os deputados federais Reginaldo Lopes (PT-MG), Enio
Verri (PT-PR), Rui Falcão (PT-SP) e Paulo Pimenta
(PT-RS).
Dias, indicado como o coordenador do governo Lula
para o Orçamento, disse nesta quarta (2), em
entrevista à GloboNews, que a manutenção do
pagamento do Auxílio Brasil em R$ 600 e um ganho
real (acima da inflação) de 1,3% ou 1,4% no salário
mínimo em 2023 estão entre os planos da gestão
petista.
As promessas, no entanto, não estão previstas no
projeto orçamentário enviado pelo governo de Jair
Bolsonaro ao Congresso Nacional.
O relator Marcelo Castro já ressaltou que o
Orçamento, do jeito que foi enviado pelo governo
atual ao Congresso, não comporta as promessas da
campanha petista.
“Todos nós sabemos que este é o orçamento mais
restritivo da história. O orçamento veio com alguns
furos, algumas deficiências, como por exemplo, a não
correção da merenda escolar, não tem recursos para a
farmácia popular, foram cortados recursos, por
exemplo, da saúde indígena, dos imunobiológicos, das
vacinas. É um orçamento que já é deficitário por si
próprio”, afirmou Castro ao chegar para o encontro
desta quinta.
Ele também disse que o Congresso terá boa vontade
com as promessas feitas pela chapa eleita, mas que
precisa ouvir ideias sobre como adequar os
compromissos assumidos com a peça orçamentária.
“Só no Bolsa Família teríamos um acréscimo de
aproximadamente R$ 70 bilhões. Não há espaço
orçamentário. Nós não maquiamos números, não
fantasiamos com números”, disse o emedebista.
Com informações do g1
Fonte: Rede Brasil Atual
04/11/2022 -
Manifestantes antidemocráticos serão tratados como
criminosos, diz Alexandre
Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral,
ministro Alexandre de Moraes, não há como contestar
um resultado das urnas que foi democraticamente
divulgado por meio de movimentos ilícitos,
antidemocráticos e criminosos. Esses serão
combatidos e responsabilizados sob a pena da lei.
"Aqueles que, criminosamente, não estão aceitando os
resultados e, criminosamente, estão praticando atos
antidemocráticos serão tratados como criminosos, e
as suas responsabilidades serão apuradas", afirmou o
ministro, ao final da sessão de julgamento desta
quinta-feira (3/11).
O presidente faz menção à horda de manifestantes que
foi às ruas desde domingo, após a eleição de Lula
para presidente do Brasil, protestar e contestar o
resultado das urnas e, em alguns casos, pedir
intervenção militar e o fim da democracia. Até
suspeita de nazismo existe no Brasil.
Como mostrou a revista eletrônica Consultor
Jurídico, o bloqueio de rodovias promovido por
bolsonaristas pode configurar crime contra o Estado
Democrático de Direito. Há ainda a suspeita de
omissão do próprio presidente Bolsonaro, que demorou
para se manifestar.
Ao se manifestar nesta quinta, Alexandre de Moraes
destacou que a apuração dos votos do segundo turno
da eleição presidencial se encerrou às 00h18 da
segunda-feira (31/11). Desde as 20h do domingo, no
entanto, já era possível saber matematicamente a
vitória de Lula.
"Somos uma das quatro maiores democracias do mundo,
a única que proclama o resultado das eleições no
mesmo dia — nessa hipótese de 2022, três horas após
o final da eleição, mostrando novamente a
eficiência, competência e rapidez das urnas
eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro",
elogiou.
Fonte: Consultor Jurídico
04/11/2022 -
Com Lula, salário mínimo pode ter aumento real de
1,4% já em 2023
Lula também vai incluir no Orçamento a manutenção
do Auxílio Brasil em R$ 600 e a recomposição da
verba do programa Farmácia Popular.
O primeiro salário mínimo a ser anunciado sob o
futuro governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve
não apenas repor a inflação do período – mas também
ter amento real. Segundo o senador eleito Wellington
Dias (PT-PI), indicado por Lula para coordenar as
negociações sobre o Orçamento 2023, a previsão é que
o valor seja reajustado de 1,3% ou 1,4% além da
inflação.
Com isso, o presidente eleito – que assumo o cargo
em 1º de janeiro – vai retomar a política de
valorização do salário mínimo. Nos governos Michel
Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2022), o
mínimo não teve nenhum aumento real sequer. Ao
contrário: nos quatro anos sob a gestão
bolsonarista, o reajuste acumulado pelo mínimo ficou
abaixo da inflação do período.
“O compromisso, já do primeiro ano, é de implementar
a regra da média do PIB dos últimos cinco anos. Como
houve queda [do PIB], como houve momentos mais
elevados, momentos baixos, provavelmente, vai ficar
aí em um patamar de 1,3%, 1,4% de ganho real neste
primeiro ano”, declarou Dias à GloboNews. “Mas
precisa constar do Orçamento.”
Nesta quinta (3), Dias se reúne com o senador
Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento de
2023 no Congresso. O vice de Lula, Geraldo Alckmin
(PSB), coordenador da transição de governo, também
participará da reunião. Além do salário mínimo, eles
incluirão no Orçamento a manutenção do Auxílio
Brasil em R$ 600 e a recomposição da verba do
programa Farmácia Popular.
“O objetivo é garantir a continuidade do Auxílio
Brasil. Os R$ 600 seguem em condições de pagamento,
a partir de 1º de janeiro – não haverá
descontinuidade”, afirma Dias. Segundo ele, o que
falta definir é se a inclusão será feita por meio de
uma PEC (proposta de emenda à Constituição) ou no
próprio orçamento.
Para o senador, mesmo com o foco em investimentos
sociais, a responsabilidade fiscal está garantida.
“Vamos ter um plano estratégico, com medidas de
curto, médio e longo prazo” diz o senador eleito. O
governo Lula tem compromisso, segundo Dias, com “as
condições de equilíbrio nas contas públicas, as
condições de atingir superávit, as condições de
ampliar investimentos”.
Fonte: Portal Vermelho
04/11/2022 -
Lula será convidado a expor seu projeto de nação no
Fórum Econômico Mundial
Davos se manifesta sobre presença de Lula depois
de convite ao presidente eleito para participar de
cúpula da ONU sobre o clima. A primeira vez que um
chefe de Estado participará de encontro de líderes
mundiais sem estar no exercício do poder
Após ser convidado a participar da COP27, a
Conferência da ONU sobre as mudanças climáticas, o
presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deverá
ter sua agenda internacional ampliada nos próximos
dias, mesmo antes de tomar posse. Segundo o
jornalista Jamil Chade, no Uol, Lula deverá ser
chamado a participar do evento anual do Fórum
Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O encontro
está previsto para janeiro, quando Lula já terá
tomado posse do cargo.
“O objetivo é dar ao novo presidente um palco
central para que apresente ao mundo seu projeto de
governo e de política externa. Se aceitar, o
brasileiro corre o risco de ser alçado a uma das
principais estrelas do evento de 2023”, escreveu
Jamil Chade.
Se confirmado, o convite do Fórum Econômico Mundial
mostrará que, mesmo antes de assumir o Planalto, a
eleição de Lula abre o caminho para o
restabelecimento de uma boa imagem do Brasil no
mundo, ofuscada durante o governo de Jair Bolsonaro
(PL).
Urgência ambiental
O convite de Davos é o segundo por parte de uma cúpula
internacional, depois que o governo do Egito também
convidou Lula a conferência da ONU sobre mudanças
climáticas, que será realizada entre 7 e 18 de
novembro, em Sharm el-Sheik, naquele país.
O convite foi aceito Lula vai reforçar no evento seu
compromisso com a agenda ambiental. O tema foi
colocado pela campanha eleitoral da coligação Brasil
da Esperança com pauta central no diálogo com outros
países. Ao contrário, o governo Bolsonaro tem sido
pressionado pela comunidade internacional pelo
desmonte da fiscalização ambiental dos biomas
brasileiros e, sobretudo, pela escalada das
queimadas na região da Amazônia e do Cerrado.
É a primeira vez que um chefe de Estado fora do
exercício do poder é convidado para um encontro
entre lideranças internacionais. A COP27 contará com
a presença de importantes lideranças mundiais, como
o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a
primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o
presidente da França, Emmanuel Macron. A comitiva
oficial do governo brasileiro não deverá contar com
a presença de Jair Bolsonaro.
Fonte: Rede Brasil Atual
04/11/2022 -
Câmara aprova urgência a proposta do Senado para
custeio do piso da enfermagem
A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (1º)
urgência na análise de um projeto de lei
complementar para auxiliar estados e municípios a
custearem o piso salarial dos profissionais de
enfermagem. De autoria do senador Luis Carlos Heinze
(PP-RS), o projeto (PLP 44/2022) permite, até o fim
de 2023, que estados e municípios utilizem recursos
represados dos fundos de saúde e de assistência
social.
Fonte: Agência Senado
04/11/2022 -
Ministério do Trabalho forte une Sindicalismo, diz
Patah
Quem entra na sala do presidente do Sindicato dos
Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah, se depara
com um busto em madeira de Getúlio Vargas. Foi
Getúlio quem criou o Ministério do Trabalho, chamado
“ministério da Revolução”, tendo em vista o
movimento revolucionário vitorioso de 1930, do qual
o gaúcho foi comandante.
Patah defende a volta do Ministério, desfeito por
Bolsonaro em seu primeiro dia de governo, em 2019.
“O Brasil precisa de um Ministério do Trabalho com
força política, prestígio, recursos e quadro
adequado de Servidores”, argumenta o sindicalista,
que também preside a União Geral de Trabalhadores –
UGT.
Para o líder ugetista, “o imenso e recente assédio
eleitoral sobre trabalhadores de Norte a Sul do
Brasil, pra que votassem em Bolsonaro, não teria
ocorrido com um Ministério forte, capaz de mediar,
fiscalizar a punir maus empresários”.
A recriação da Pasta do Trabalho “é pleito de todas
as Centrais e do sindicalismo, até porque seu
desmonte ampliou os abusos, inclusive com
crescimento do trabalho análogo à escravidão”, diz
Ricardo Patah. Atualmente têm acontecido muitos
acidentes de trabalho e o arremedo de Ministério não
dispõe de agentes fiscais pra inspecionar os
ambientes de trabalho.
Formação – No entender de Patah, “um Ministério do
Trabalho forte também seria um fórum permanente de
diálogo sobre os desafios do mercado de trabalho,
ante as novas tecnologias”. Ele completa: “Também
vejo como papel desse Ministério a formação
profissional e a requalificação da mão de obra”.
Fonte: Agência Sindical
04/11/2022 -
Bolsonaro cumprimenta Alckmin em reunião a portas
fechadas no Planalto
De acordo com o vice-presidente eleito, ministro
da Secretaria-Geral da Presidência, Luis Eduardo
Ramos, demonstrou interesse em colaborar no governo
de transição
Jair Bolsonaro (PL) cumprimentou nesta quinta-feira
(3) o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB)
no Palácio do Planalto. Em entrevista à imprensa,
Alckmin disse que o ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, Luis Eduardo Ramos, demonstrou
disposição para ajudar. "Desejou um ótimo trabalho e
se colocou à disposição nesse período de transição",
disse.
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e Eduardo
Ramos, representaram o governo Bolsonaro em reunião
no Planalto. Da equipe de governo Lula, participaram
do encontro a presidente nacional do PT, deputada
federal Gleisi Hoffmann (PR), e o ex-ministro
Aloizio Mercadante.
O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do
Orçamento, anunciou que representantes da nova
gestão apresentarão ao Congresso a 'PEC da
Transição', para liberar o pagamento de "despesas
inadiáveis" que não estão previstas no orçamento
apresentado pelo governo Bolsonaro.
A equipe de Lula também negocia com o Congresso a
isenção do Imposto de Renda.
Fonte: Brasil247
04/11/2022 -
FMI reduz projeção da inflação no Brasil de 9,4%
para 6% em 2022
A instituição não alterou as previsões para o
crescimento do País de 2,8% em 2022 e 1,0% para o
próximo ano
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua
estimativa para a inflação no Brasil neste ano de
9,4% para 6,0%, apontou o relatório de perspectiva
econômica regional do hemisfério ocidental. Para
2023, o FMI manteve a previsão de 4,7% relativa ao
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA).
A instituição não alterou as previsões para o
crescimento do País de 2,8% em 2022 e 1,0% para o
próximo ano.
O FMI destacou o aumento da taxa básica de juros no
País de 2% para 13,75% ao ano para conter a
crescente inflação entre 2021 e 2022.
“Depois de retirar o apoio excepcional (ao combate)
da pandemia, o governo relaxou a postura fiscal
neste ano, inclusive com a aprovação de medidas para
reduzir impostos para diminuir preços de energia e
expandir a rede de proteção social”, segundo a
instituição.
Na avaliação do Fundo em relação ao Brasil, “a
dívida pública continua alta em meio ao potencial de
crescimento relativamente modesto.”
Para o FMI, entre as prioridades de política
econômica para promover um crescimento inclusivo e
consolidação fiscal estão as reformas tributária e
administrativa, “reduzir o distorcivo gasto
obrigatório, promover o comércio internacional e
diminuir a rigidez do mercado de trabalho”.
Fonte: InfoMoney
03/11/2022 -
“Eleições legítimas e povo soberano”, dizem centrais
em nota
As centrais sindicais divulgaram nota, no início da
tarde desta terça-feira (1º), em defesa da
democracia e do legítimo processo eleitoral de 30 de
outubro, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva para a
Presidência da República.
No texto, assinado pelas seis principais centrais
sindicais do País, as lideranças sindicais afirmam
que não se pode aceitar “uma espécie de 3º turno que
setores políticos isolados do bolsonarismo tentam,
numa estratégia golpista e antidemocrática”,
submeter a sociedade brasileira através de tumultos,
bloqueios de rodovias e outras manifestações sem
respaldo político e popular.”
As centrais sindicais ressaltam que “é inaceitável e
criminosa a posição adotada por setores
partidarizados dos órgãos de segurança – em especial
da PRF (Polícia Rodoviária Federal)”. “Conclamamos
urgentemente que os governos federal e estaduais, as
instituições democráticas, em todas as formas da
Lei, adotem todas as providências, e o retorno da
normalidade e garantir o respeito à democracia e ao
resultado das eleições”, afirmam no texto.
Confiram a seguir a íntegra da nota:
Eleições legítimas e povo soberano
As centrais sindicais signatárias reafirmam a defesa
da democracia e do legítimo processo eleitoral de 30
de outubro, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva
para a Presidência da República, cujo mandato se
iniciará em 1º de janeiro de 2023.
O segundo turno das eleições de 2022 ficará marcado
na história do Brasil como o momento em que a
democracia, a busca pela paz, pela justiça social e
a normalidade política retornam pela vontade
legítima e soberana do povo brasileiro.
Tendo em vista que as eleições em todo Brasil foram
legítimas, democráticas, transparentes e
reconhecidas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral),
e que todos devem se submeter à vontade soberana do
povo e do eleitorado.
Não podemos aceitar uma espécie de 3º turno que
setores políticos isolados do bolsonarismo tentam,
numa estratégia golpista e antidemocrática, submeter
a sociedade brasileira através de tumultos,
bloqueios de rodovias e outras manifestações sem
respaldo político e popular.
É inaceitável e criminosa a posição adotada por
setores partidarizados dos órgãos de segurança – em
especial da PRF (Polícia Rodoviária Federal) – que
prevaricam no cumprimento de suas funções e
obrigações legais e constitucionais.
Conclamamos urgentemente que os governos federal e
estaduais, as instituições democráticas, em todas as
formas da Lei, adotem todas as providências, e o
retorno da normalidade e garantir o respeito à
democracia e ao resultado das eleições.
É importante destacar que o movimento sindical não
aceite provocações e radicalismos e reforcem a
importância do Congresso Nacional e do Supremo
Tribunal Federal (STF) na busca de soluções
republicanas.
Estaremos vigilantes para garantir o respeito à
democracia e o resultado das eleições.
São Paulo, 1º de Novembro de 2022
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
Antônio Neto, Presidente Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB)
Fonte: NCST
03/11/2022 -
Novos ministérios devem ser criados pelo governo
Lula
Com recriações, desmembramentos, e a nova Pasta
de Povos Originários, governo Lula visa tornar o
trabalho mais célere e profícuo no atendimento às
demandas da nação.
Desde a reforma ministerial iniciada no governo
Michel Temer o número de pastas federais caiu e,
atualmente, com Jair Bolsonaro, são 23 órgãos
ministeriais. Desses, 18 são ministérios, dois são
secretarias com status de ministério (Secretaria de
Governo e Secretaria-Geral) e três são órgãos com
status de ministério (Advocacia-Geral da União,
Gabinete de Segurança Institucional e Casa Civil).
Com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para um
terceiro mandato presidencial a partir de 2023, o
número de ministérios deve aumentar. O próprio
presidente eleito indicou algumas das pastas que (re)criaria
e outras que desmembraria após serem aglutinadas nos
governos Temer-Bolsonaro.
Ao contrário do senso comum que tenta inculcar a
ideia de que mais ministérios torna automaticamente
o Estado inchado, na verdade, ter pastas específicas
para cuidar de diferentes assuntos deve tornar o
trabalho mais célere e profícuo no atendimento às
demandas da nação.
Além disso, alguns ministérios ajudam a dar
visibilidade para as áreas de atuação e para a
população envolvida, como deve ser com a criação do
ministério dos Povos Originários e o
reestabelecimento do status ministerial de pastas
como Esportes e Cultura.
O movimento também auxilia no acolhimento de
lideranças dos diversos partidos da frente ampla que
se uniu pela candidatura de Lula e que agora irá
reconstruir o Brasil – de forma democrática e com
lideranças de diferentes partidos políticos.
Ao considerar as falas de Lula durante a campanha e
o desenho ministerial que os seus governos
anteriores tiveram, ao menos uma dezena de pastas
terão novamente a posição de ministério. Conforme
informações que circulam em agências de notícia, o
número seria de 13 pastas até agora.
O superministério da Economia de Paulo Guedes pode
virar três: da Fazenda, do Planejamento, Indústria e
Comércio Exterior e da Pequena e Média Empresa.
Já do Ministério da Cidadania deve ser recriada a
pasta de Esportes e de Desenvolvimento Social. Do
Ministério da Justiça e Segurança Pública, recriado
o ministério somente para cuidar da Segurança
Pública e um novo ministério: dos Povos Originários.
Do ministério da Agricultura podem ser recriados os
ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Pesca. A
Cultura, hoje na pasta de Turismo, terá novamente um
ministério.
Trabalho e Previdência seriam desmembrados, assim
como Desenvolvimento Regional deve retornar ao
antigo formato com Cidades e Integração Nacional
separados.
Já o ministério de Mulher, Família e Direitos
Humanos, que ficou na maior parte do governo
Bolsonaro com Damares Alves, deve ser desmembrado em
três: de Mulheres, de Direitos Humanos e de
Igualdade Racial.
Fonte: Portal Vermelho
03/11/2022 -
Vargas avalia vitória de Lula e desafios sindicais
João Guilherme Vargas Netto é o mais experiente
consultor sindical brasileiro. Analista político
afiado. Segunda (31), ele falou à Agência Sindical
sobre a vitória de Lula.
Trechos principais:
Relevante – O aspecto mais relevante da
campanha foi a ação presencial de Lula, que
funcionou como ponta de lança de resistência à
baderna e ao golpismo bolsonarista.
Congresso – Na medida do possível, a própria
eleição de Lula reequilibrará a grande derrota do
campo progressista nas eleições proporcionais. Há
adversidades e problemas que ele saberá enfrentar
com a sabedoria que demonstrou ao longo da campanha.
Bolsonarismo – A vitória só não foi completa
porque a atuação presencial de Lula impediu.
Casamento – Lula representou o casamento do
indivíduo carismático com a percepção de suas
propostas, como um salário mínimo maior e respeito
aos pobres. A altivez de sua pessoa e programa fez
com que ele fosse mais crível que a própria promessa
de Bolsonaro de elevar o Mínimo pra R$ 1,4 mil.
A eleição – Nem vitória de PT, nem frente
ampla, nem povo brasileiro, embora Lula carregue
essas três marcas. O povo brasileiro está
politicamente dividido pela metade. Nesse quadro, a
vitória pessoal de Lula tem um caráter fundamental.
Sindicalismo – O movimento participou das
eleições enfrentando dificuldades estruturais, como
desemprego, perda salarial e poucos recursos nas
entidades. Mas procurou contribuir. Eu não
superestimo nem alimento ilusões de protagonismo.
Devemos dar força e projeção às propostas de Lula,
como, por exemplo, a negociação tripartite. O
documento da Conclat precisa vir a ser um programa
orgânico nosso.
Confiança – Quanto a Lula, o movimento deve
perguntar: “onde é que eu assino, Presidente?” E
trabalhar pela unidade da base, que votou dividida.
Fonte: Agência Sindical
03/11/2022 -
Geraldo Alckmin será o coordenador de transição do
governo de Lula
Até o final da semana, os demais nomes da equipe
serão anunciados pelo vice-presidente eleito
O PT confirmou no início da tarde desta terça-feira
(1), a indicação do vice-presidente eleito Geraldo
Alckmin (PSB) para coordenar a equipe de transição
do governo.
Alckmin trabalhará diretamente com o ministro da
Casa Civil, Ciro Nogueira, ficará responsável pela
interlocução do atual governo com a equipe de
transição. O governista já determinou a sede do
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília
para a realização do trabalho.
Além do coordenador, Lula indicará até 50 pessoas
para compor a equipe de transição. De acordo com o
PT, os demais nomes devem ser anunciados por Geraldo
Alckmin até o final desta semana.
A indicação de Geraldo Alckmin sinaliza à sociedade
um compromisso do governo com uma movimentação mais
ao centro. Está alinhado com o que disse o
presidente eleito em seu discurso, em fazer um
governo amplo, de coalizão.
Fonte: Brasil de Fato
03/11/2022 -
Centrão começa a abandonar Bolsonaro e prepara
adesão à base de Lula
Partidos e parlamentares do grupo pedem o apoio
de Lula à reeleição do deputado Arthur Lira (PP-AL)
à presidência da Câmara.
Os partidos que compõem o Centrão, hoje aliados à
gestão Jair Bolsonaro PL), já fizeram acenos a
interlocutores de Luiz Inácio da Silva (PT), que foi
eleito presidente no último domingo (30). Para
aderir à base de sustentação do futuro governo, o
Centrão quer o apoio de Lula à reeleição do deputado
Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara Federal.
Desde a apuração de votos no segundo turno,
parlamentares e legendas do Centrão começaram a
abandonar Bolsonaro. A aliados, o próprio presidente
reclamou da rapidez com que Lira reconheceu a
vitória de Lula e respaldou o sistema eleitoral. “A
vontade da maioria manifestada nas urnas jamais
deverá ser contestada”, afirmou o deputado.
Conforme reportagem da Folha de S.Paulo publicada
nesta quarta-feira (2), o interesse na parceria é
recíproco: “Integrantes do Centrão e de outros
partidos de centro e direita ouvidos pela Folha
avaliaram que uma aliança seria benéfica tanto para
Lula como para Lira, o que isolaria o bolsonarismo
radical no Congresso a partir de 2023”.
Na legislatura 2023-2027, a base inicial de Lula é
de cerca de 120 deputados. Já os partidos do Centrão,
como PL, PP e Republicanos, somarão 200
parlamentares, sendo apenas cerca de 50 efetivamente
bolsonaristas. “Nossa posição é de independência.
Acabou a eleição, agora é o Brasil”, conclui
Vinícius Carvalho (SP), líder da bancada do
Republicanos na Câmara.
Da parte do PT, também há diálogo com partidos como
o PSD de Gilberto Kassab, e o MDB, de Simone Tebet.
Lula também quer nomear algum nome do PSDB para seu
ministério. Um dos nomes mais cotados é o do senador
Tasso Jereissati (CE).
Fonte: Portal Vermelho
03/11/2022 -
Atividade industrial cai e acumula queda no ano.
Maioria dos setores tem produção menor
Setor ainda está com nível de atividade abaixo do
que estava antes da pandemia. E quase 20% abaixo do
nível recorde, registrado em 2011
A produção industrial brasileira caiu 0,7% de agosto
para setembro, na segunda queda mensal seguida. Já
na comparação com setembro de 2021, tem ligeira
alta, de 0,4%, segundo o IBGE. Mas acumula retração
de 1,1% no ano e de 2,3% em 12 meses.
De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira
(1º), a queda no mês atinge as quatro categorias
econômicas e 21 dos 26 ramos pesquisados pelo
institutos. “Com esses resultados, o setor
industrial ainda se encontra 2,4% abaixo do patamar
pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,7% abaixo do
nível recorde alcançado em maio de 2011”, informa o
IBGE.
Alimentos e petróleo
Entre as principais influências negativas, estão
produtos alimentícios (-2,9%), metalurgia (-7,6%) e
coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (-2,6%), além de bebidas (-4,6%) e
produtos de madeira (-8,8%). Das cinco altas,
destaque para indústrias extrativas (1,8%) e
máquinas e equipamentos (2,2%).
Em relação a setembro do ano passado, o IBGE apura
resultado positivo em duas das quatro categorias, 12
dos 26 ramos, 28 dos 79 grupos e 45,3% dos 805
produtos pesquisados. E cita a expansão do setor que
reúne veículos automotores, reboques e carrocerias
(20,3%). O setor extrativo cai 5,7%.
Queda geral em 2023
De janeiro a setembro, as quatro categorias econômicas
acumulam queda. A retração atinge ainda 15 dos 26
ramos, 56 dos 79 grupos e 61% dos 805 produtos.
Dos vários setores em queda, destaque para
indústrias extrativas (-4%), produtos de metal
(-10,8%), metalurgia (-5,8%), máquinas, aparelhos e
materiais elétricos (-11,7%) e produtos de borracha
e de material plástico (-6,7%). O IBGE cita ainda
produtos têxteis (-13,2%), móveis (-17,9%), produtos
de minerais não metálicos (-4,6%), produtos
farmoquímicos e farmacêuticos (-5,5%) e produtos de
madeira (-8,3%).
Por outro lado, a atividade de coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis teve
expansão (8,3%) exerceu a maior influência. Além de
outros produtos químicos (3%), bebidas (4,4%),
celulose, papel e produtos de papel (3,5%) e
produtos alimentícios (0,7%, mesmo índice de
veículos automotores).
Fonte: Rede Brasil Atual
01/11/2022 -
Esperança em dias melhores: vitória de Lula é
celebrada pela NCST e classe trabalhadora
Nesta segunda-feira (31), a Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST) celebra a vitória da classe
trabalhadora contra os retrocessos nos direitos
fundamentais (trabalhista, previdenciário,
sanitário, ambiental, segurança, saúde, educação
etc.) e políticas públicas. Um sinal que a nossa
democracia permanecerá viva, assim como o
sindicalismo.
O presidente interino da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Roberto Tesch Auesvald,
em nome da Diretoria Executiva, agradece o apoio e o
direcionamento de voto a Luiz Inácio Lula da Silva,
nosso presidente eleito.
“Juntos conseguimos colocar um ponto nos descaminhos
do governo vigente. A vitória de Lula significa a
esperança em dias melhores. A esperança que o
trabalhador brasileiro tenha respeito, um salário
melhor, que tenha a possibilidade de ir ao mercado,
ter saúde, estudo. Todos os direitos básicos que o
ser humano merece. E eu tenho a absoluta certeza que
foi com o empenho de cada um, uma, que conseguimos
fazer essa virada. Agora cabe a nós dar continuidade
ao nosso trabalho. Sabemos, tranquilamente, que será
um governo de disputa entre trabalhador e
empregador. Mas, pelo menos, teremos alguém que nos
escute e que possamos discutir as questões
primárias, que envolvem os nossos representados.
Portanto, conclamo a todos do Movimento Sindical,
dos movimentos sociais, a darem continuidade à nossa
luta. E que Deus nos dê sabedoria para conversar e
fazer que as coisas andem para melhorar a vida do
trabalhador. Acabou as eleições, os discursos de
campanha, e agora só nos resta dar continuidade a
nossa luta, não tem mais vencidos e vencedores.
Existe um povo brasileiro que merece dignidade e
respeito. Vamos trabalhar par que isso aconteça! É
nossa obrigação, nosso dever, porque juntos somos
fortes”, afirmou Moacyr Tesch.
A NCST, como em seu posicionamento direcionado aos
filiados, reitera mais uma vez o apoio a Lula na
retomada do equilíbrio e da paz no Brasil, pelo fim
da escalada de ódio e de violência nas questões de
gênero, racismo, homofobia e misoginia, assim como
pela retomada da verdade, do desenvolvimento
econômico com geração de emprego e renda digna que
promovam e consolidem uma sociedade onde a relação
trabalho/ capital simbolize um futuro breve com
igualdade e justiça social.
DIAS MELHORES ESTÃO POR VIR!
Seguimos firmes na luta pelo Brasil e toda classe
trabalhadora.
Fonte: NCST
01/11/2022 -
Debate sobre salário mínimo transcende à eleição
O salário mínimo é a espinha de peixe na garganta da
elite brasileira. Nesta eleição, o velho incômodo
voltou à tona com a inconfidência de Paulo Guedes
(homem-forte de Bolsonaro) de que pretende
desindexar o reajuste pela inflação, o que
impactaria também milhões de aposentados,
pensionistas, beneficiários da Previdência, rurais,
informais e intermitentes.
A direita apoia a medida. Já aposentados,
trabalhadores da ativa e entidades sindicais
repudiam a agressão neoliberal. Ainda na sexta (28),
essas entidades fizeram passeata pelo Centro de São
Paulo, com cartazes, faixas e palavras de ordem
contra o governo.
Dieese – Os manifestantes distribuíram panfleto da
Força Sindical, baseado em dados do Dieese. Os
números são impactantes, no comparativo entre os
dois métodos. Pelo método Guedes, ou seja, inflação
futura medida pelo IPCA, o salário mínimo estaria
hoje em R$ 502,00, ou seja, menos da metade do valor
atual – considerando-se a sistemática posta em
prática desde 2002.
Alimentar – O presidente da Força Sindical, Miguel
Torres, critica o atual valor do mínimo, que não
recebeu um só centavo de aumento no governo
Bolsonaro. “Não dá pra comprar a cesta básica,
atualmente. Por isso, precisa haver aumento real”,
argumenta.
Pelos cálculos da advogada Tonia Galetti, do
Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), “a
soma de todos os brasileiros, ativos ou inativos, da
cidade e do campo, formais, informais ou
intermitentes, supera 100 milhões de pessoas”. Ela
reafirma que o salário mínimo tem caráter alimentar.
“Aumento real no mínimo quer dizer comida na mesa”,
diz.
Day after – Portanto, o futuro presidente da
República terá que tratar do salário mínimo como
política central de seu governo.
Mais – Site do Dieese – www.dieese.org.br
Fonte: Agência Sindical
01/11/2022 -
Lula vence. Mas Bolsonarismo mostra resistência
Lula abateu Bolsonaro, mas não derrotou o
bolsonarismo. O bolsonarismo é moeda de duas faces:
de um lado, conservadorismo raivoso, de outro,
antipetismo.
Lula terá de lidar com esses dois sentimentos, que
deram 49,1% dos votos ao atual presidente da
República.
Terá que ser hábil, paciente e ágil, na montagem da
equipe de governo e na definição das tarefas mais
urgentes e das medidas necessárias.
No campo sindical, a expectativa é de diálogo
permanente e discussão, já, de iniciativas
pró-emprego, pelo salário mínimo, redução do imposto
de renda sobre os salários e garantia do valor das
aposentadorias.
O sindicalismo, bem como a sociedade, não pode se
descuidar da defesa do regime democrático.
LEIA O DISCURSO –
Clique aqui e leia o discurso do presidente
Lula, logo após a vitória.
Fonte: Agência Sindical
01/11/2022 -
Caminhoneiros bloqueiam Dutra e outras rodovias em
11 estados e no DF
Caminhoneiros bolsonaristas bloquearam na madrugada
desta segunda-feira (31/10) os dois sentidos da
Rodovia Presidente Dutra, na altura de Barra Mansa,
no interior fluminense. Com isso, há relatos de
fechamentos de trechos de estradas em um total de 11
estados e no Distrito Federal.
Segundo balanço divulgado pela Polícia Rodoviária
Federal (PRF) nesta manhã, já foram registrados 70
bloqueios nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande no
Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás,
Rondônia e Pará, além do Distrito Federal.
Os responsáveis pelos bloqueios contestam o
resultado das eleições deste domingo (30/10), nas
quais o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado
pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Alguns usam seus próprios caminhões para impedir a
passagem pelas vias. Em certos locais, pneus foram
queimados.
A Via Dutra (trecho da BR-116) é a principal ligação
entre os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.
De acordo com o mais recente boletim da CCR RioSP,
empresa que administra a rodovia, há lentidão nos
dois sentidos em torno do quilômetro 281. Em São
Paulo, a concessionária Triunfo Transbrasiliana
confirmou tráfego interditado na BR-153, na altura
de São José do Rio Preto.
Em um dos vídeos que circulam nas redes sociais, um
caminhoneiro diz estar em contato com lideranças da
categoria no país inteiro e afirma que os motoristas
só vão liberar as estradas após o Exército tomar o
país.
A deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP),
uma das mais ruidosas aliadas de Bolsonaro, usou o
Twitter para parabenizar os responsáveis pelos
bloqueios.
Por outro lado, o deputado federal Nereu Crispim
(PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em
Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas,
afirmou, em nota, que a categoria reconhece a
vitória de Lula. Segundo ele, não existe qualquer
manifestação organizada.
Fonte: Consultor Jurídico
01/11/2022 -
China e Rússia felicitam Lula pela vitória eleitoral
Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no
segundo turno das eleições, neste domingo (30),
líderes mundiais cumprimentam o candidato vitorioso.
O presidente chinês, Xi Jinping, parabenizou Lula na
manhã desta segunda-feira (31), segundo a emissora
estatal CCTV. “Atribuo grande importância ao
desenvolvimento das relações China-Brasil”, disse
Xi.
“Estou disposto a trabalhar com o presidente eleito
Lula, de uma perspectiva estratégica e de longo
prazo, para planejar e promover conjuntamente a um
novo patamar a parceria estratégica abrangente entre
a China e o Brasil, em benefício dos dois países e
seus povos.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também
parabenizou o presidente eleito pela conquista de um
terceiro mandato. Em nota no site do Kremlin, Putin
disse esperar o fortalecimento dos laços
Brasil-Rússia e que o resultado da eleição mostra a
“alta autoridade política” de Lula.
Fonte: Agência Brasil
01/11/2022 -
Pacheco parabeniza Lula e garante colaboração do
Senado
O presidente do Senado e do Congresso Nacional,
Rodrigo Pacheco, telefonou no início da tarde desta
segunda-feira (31) a Luiz Inácio Lula da Silva,
eleito presidente do Brasil no domingo (30).
Além de parabenizá-lo, Pacheco disse a Lula que ele
“encontrará no Senado toda a colaboração, com a
devida interlocução democrática, para resolvermos os
reais e urgentes problemas enfrentados pelos
brasileiros”.
Fonte: Agência Senado
01/11/2022 -
Sintaema realiza atos contra privatização da Sabesp
Segue a jornada em defesa da Sabesp (Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e contra o
projeto de privatização do governador Rodrigo Garcia
e do eleito Tarcísio de Freitas. Para tanto, o
Sintaema – Sindicato dos Trabalhadores em Água,
Esgoto e Meio Ambiente de SP, percorre o Estado,
alertando a categoria e a população.
O Sintaema desmonta o discurso de Tarcísio de
Freitas ao mostrar que o projeto de privatização da
Sabesp visa agradar ao mercado e garantir o lucro. A
privatização também atacará em cheio a luta de anos
pra garantir o direito à água e ao saneamento básico
de qualidade e público.
José Faggian, presidente do Sindicato, diz: “Como
terceira maior empresa de saneamento do mundo, a
Sabesp atende 375 municípios em no Estado, com um
serviço de qualidade reconhecida. Vale lembrar que
30% do investimento (R$ 21 bilhões) realizado no
Brasil, de 2016 a 2020, em saneamento foram feitos
pela Sabesp. Só isso revela a força da empresa e sua
importância para o País”.
Acesse – sintaemasp.org.br
Fonte: Agência Sindical
01/11/2022 -
Fome, trabalho e Teto de Gastos: os primeiros
desafios econômicos de Lula
Ex-presidente voltará ao Planalto precisando
criar empregos e reativar programas sociais
Eleito para seu terceiro mandato, o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retornará ao Palácio
do Planalto com desafios econômicos urgentes.
Segundo ele mesmo disse em seu discurso após a
vitória sobre Jair Bolsonaro (PL), seu novo governo
priorizará, mais uma vez, a erradicação da fome no
país. Para isso, de acordo com economistas ouvidos
pelo Brasil de Fato, precisará gerar empregos e
renegociar o chamado Teto de Gastos.
O teto é uma regra criada durante o governo do
ex-presidente Michel Temer (MDB) que proíbe que
gastos do governo federal cresçam mais que o
percentual da inflação acumulada de um ano para o
outro. Isso, em tese, cria um obstáculo para
investimentos em programas sociais, essenciais em um
momento em que 33 milhões de brasileiros passam
fome, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em
Soberania e Segurança Alimentar (Penssan).
"O problema mais urgente é retirar, imediatamente,
mais de 30 milhões de pessoas da situação de fome",
afirmou Simone Deos, professora do Instituto de
Economia da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp). "Já o primeiro desafio é político:
negociar com o Congresso uma nova regra fiscal, pois
o Teto de Gastos inviabiliza qualquer coisa."
"É inconcebível que um país como o Brasil tenha 33
milhões de pessoas passando fome", ratificou Uallace
Moreira, economista e professor da Universidade
Federal da Bahia (UFBA).
Segundo Moreira, a manutenção do Auxílio Brasil em
R$ 600 – ou até mais – será fundamental para o
combate à fome. Ele disse que a reativação do
programa de construção de cisternas, do Farmácia
Popular e o aumento dos recursos para merenda
escolar também contribuirão com esse objetivo.
Geração de empregos
Moreira ainda afirmou que a retomada do programa Minha
Casa Minha Vida contribuirá também para geração de
empregos de qualidade no país, outro desafio urgente
do novo governo Lula. A queda recente da taxa de
desemprego nos últimos meses está ligada
principalmente ao crescimento do trabalho informal e
com salários mais baixos. A atual renda do
trabalhador, por exemplo, é menor do que em 2014.
A economista-chefe do Instituto para Reforma das
Relações entre Estado e Empresas (IREE), Juliane
Furno, defende que sejam criadas frentes de trabalho
emergenciais para gerar empregos no Brasil. Ela
também defende a flexibilização de regras fiscais
para que seja reativada a capacidade de investimento
do governo para geração de emprego.
Sergio Mendonça, ex-diretor técnico do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), afirmou que as estatais
terão papel importante na retomada dos
investimentos. Ele espera que, no novo governo Lula,
a Petrobras volte a ter um papel indutor do
crescimento da economia nacional.
Salário mínimo
O crescimento da economia será importante para o
aumento dos salários, inclusive o salário mínimo.
Lula, em seu segundo mandato como presidente,
instituiu uma política nacional de valorização do
mínimo. O piso subia com base na inflação acumulada
mais o percentual de crescimento da economia.
Na campanha, Lula já disse que vai garantir que o
salário mínimo aumente sempre mais do que a inflação
– ou seja, tenha aumentos reais.
Uallace Moreira, da UFBA, disse o aumento dos
salários tende a recompor o poder de compra dos
trabalhadores e gerar mais crescimento. "O PIB
[Produto Interno Bruto] brasileiro depende do
mercado interno", disse ele. "Na medida em que você
fortalece o poder de compra dos trabalhadores, você
estimula a atividade econômica."
Fonte: Brasil de Fato
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