Blog - Notícias Anteriores - Março 2020
31/03/2020 -
Empresas podem ser responsabilizadas se trabalhador
for infectado pelo coronavírus
31/03/2020 -
Senado aprova ajuda de R$ 600 por três meses para
trabalhadores informais
31/03/2020 -
Sindicalismo oferece sua estrutura para tratamento
durante pandemia
31/03/2020 -
Governo vai cruzar dados para o pagamento do auxílio
de R$ 600
31/03/2020 -
Marco Aurélio, do STF, encaminha pedido de
afastamento de Bolsonaro
31/03/2020 -
Impactada pela covid-19, indústria têxtil não vê
mudança no crédito
31/03/2020 -
Projeto prevê complementação da renda de
microempreendedores e empresários individuais
31/03/2020 -
Projetos garantem renda de trabalhador doméstico
durante crise de coronavírus
30/03/2020 -
Centrais afirmam que país não pode ficar refém de
quem menospreza a crise
30/03/2020 -
Dino: Coronavírus e bolsonarismo são as duas doenças
que desafiam o Brasil hoje
30/03/2020 -
Juíza manda União parar veiculação de campanha
governista contra o isolamento
30/03/2020 -
Enquanto manda trabalhadores às ruas, Guedes revela:
"Quero ficar em casa e fazer o isolamento"
30/03/2020 -
Sindicatos defenderão na justiça direito participar
das negociações
30/03/2020 -
Juíza barra demissão em massa durante Covid-19 e
manda reintegrar trabalhadores
30/03/2020 -
Senado vota auxílio de R$ 600 para informais nesta
segunda-feira
27/03/2020 -
Bolsonaro gasta R$ 4,8 milhões em dinheiro público
na campanha que empurra brasileiros para a morte
27/03/2020 -
MP que criou 13º salário para Bolsa Família perde a
validade
27/03/2020 -
Ministro do STF volta a negar suspensão de MP do
contrato de trabalho
27/03/2020 -
Governo anuncia linha de crédito a pequenas e médias
empresas
27/03/2020 -
Bolsonaro recorre à CLT para atacar governadores e
prefeitos: Terão que indenizar as empresas
27/03/2020 -
Suspensão de quarentena não impediria recessão,
afirma economista
27/03/2020 -
No meio da epidemia do coronavírus, bancos
brasileiros elevam juros e travam negociações
27/03/2020 -
Governadores dizem que Mandetta “lamentavelmente”
cedeu à pressão de Bolsonaro
27/03/2020 -
Plenário aprova dispensa de atestado médico para
trabalhador infectado pelo coronavírus
26/03/2020 -
Nota Coronavírus: Os protocolos e recomendações da
OMS não devem ser flexibilizados!
26/03/2020 -
Maia propõe auxílio de R$ 500 a trabalhador informal
durante pandemia
26/03/2020 -
Centrais sindicais discutem com presidente do STF
medidas de proteção do emprego durante pandemia
26/03/2020 -
Maia cobra “orçamento de guerra” para garantir renda a
trabalhadores informais
26/03/2020 -
Paulo Guedes quer cortar salários de servidores para
amparar informais e desempregados
26/03/2020 -
Rodrigo Maia diz que suspensão de isolamento é
pressão de investidores
25/03/2020 -
Pronunciamento de Bolsonaro sobre o coronavírus
provoca repúdio geral
25/03/2020 -
Maia critica pronunciamento de Bolsonaro e pede
sensatez, equilíbrio e união
25/03/2020 -
Davi e Anastasia pedem, em nota, responsabilidade ao
presidente Bolsonaro
25/03/2020 -
Caiado rompe com Bolsonaro e diz que vai manter
isolamento total
25/03/2020 -
Ministro do STF mantém MPs editadas para combater
efeitos da pandemia
25/03/2020 -
Dieese: nova MP só atende empresários e reduz
direitos
25/03/2020 -
Angelo Coronel sugere moratória para encargos
trabalhistas
25/03/2020 -
Suspensão de serviços presenciais não impede
notificações na Justiça do Trabalho
24/03/2020 -
Bolsonaro golpeia democracia suspendendo Lei de
Acesso à Informação
24/03/2020 -
Davi: Congresso deve garantir direitos dos
trabalhadores
24/03/2020 -
Artigo que previa suspensão de salários é retirado
de MP; veja como ficou a medida
24/03/2020 -
Dinheiro precisa chegar a famílias e pequenas
empresas, diz Dieese
24/03/2020 -
Datafolha: em meio a pandemia, brasileiro teme
perder emprego e renda
24/03/2020 -
Projeto concede salário temporário para mais pobres
durante pandemia
23/03/2020 -
Em novo panelaço, brasileiros criticam MP 927 e
pedem saída de Bolsonaro
23/03/2020 -
Sob pressão, Bolsonaro recua na medida contra
trabalhadores
23/03/2020 -
Centrais sindicais propõem que Congresso devolva a
MP 927
23/03/2020 -
STF suspende cortes no Bolsa Família encampados por
Bolsonaro
23/03/2020 -
MP terá compensação de salário de empregados com
contrato suspenso
20/03/2020 -
Em carta a Bolsonaro, parlamentares sugerem
transferência direta de renda para lidar com
coronavírus
20/03/2020 -
Senadores do PT querem anular votação da MP do
Contrato Verde e Amarelo
20/03/2020 -
Trabalhador com jornada reduzida terá antecipação do
seguro-desemprego
20/03/2020 -
Governo suspende por 120 dias bloqueio de pagamento
de benefícios
20/03/2020 -
Com coronavírus, INSS vai liberar auxílio-doença sem
segurado fazer perícia
20/03/2020 -
FGV aponta que queda do PIB pode chegar a 4,4% em
2020
20/03/2020 -
Confiança da indústria recua 3,2 pontos na prévia de
março
20/03/2020 -
Projeto de Lei prevê criação de comitê para
enfrentamento do coronavírus
20/03/2020 -
TST - Sessões presenciais de julgamento e prazos
processuais estão suspensos até 31/3
19/03/2020 -
Panelaços contra Bolsonaro voltam a explodir pelo
Brasil e dão o tom dos protestos da noite
19/03/2020 -
Surto de coronavírus pode destruir até 25 milhões de
empregos, diz OIT
19/03/2020 -
Governo vai permitir corte de jornada e salários
pela metade por coronavírus
19/03/2020 -
Pacote mostra convergência entre Guedes e Bolsonaro
em negar realidade
19/03/2020 -
Novo coronavírus: INSS restringe atendimento nas
agências por 15 dias
19/03/2020 -
Regulamentada suspensão de prova de vida de
aposentados e pensionistas
19/03/2020 -
Governo anuncia que concederá auxílio para
trabalhadores informais
19/03/2020 -
Pesquisa: 64% condenam Bolsonaro no combate ao
coronavírus
19/03/2020 -
Montadoras fecham fábricas e colocam cerca de 50 mil
em férias coletivas
19/03/2020 -
Copom reduz Selic para 3,75% ao ano para conter
impacto de pandemia
19/03/2020 -
A crise do coronavírus exige o retorno do Ministério
do Trabalho
18/03/2020 -
Maia defende decreto de calamidade pública
18/03/2020 -
Centrais cobram plano emergencial de proteção aos
trabalhadores e à economia
18/03/2020 -
Centrais propõem fundo emergencial para garantir
emprego e renda durante pandemia
18/03/2020 -
Comissão mista aprova MP do Contrato Verde e Amarelo
18/03/2020 -
Sem direitos, trabalhadores informais ficam mais
expostos ao coronavírus e à crise
17/03/2020 -
Comissão limita acesso a votação da MP do Contrato
Verde e Amarelo, nesta terça
17/03/2020 -
Governo tenta reverter derrota de R$ 20 bilhões
17/03/2020 -
Pressionado, Guedes lança pacote de R$ 147 bilhões
17/03/2020 -
Classe média de São Paulo prepara panelaço contra
Bolsonaro no 18M
17/03/2020 -
Governadores e parlamentares consideram que País
está sem comando na crise do coronavírus
17/03/2020 -
Pacote de Guedes contra coronavírus não alcança
trabalhadores informais, alerta Dieese
17/03/2020 -
Coronavírus: metalúrgicos pedem licença remunerada
para trabalhadores
17/03/2020 -
INSS deve pagar primeira parcela do 13º a partir de
24 de abril
17/03/2020 -
PDT protocola medida cautelar para que Bolsonaro
entre em quarentena
16/03/2020 -
Comissão retoma análise da MP do contrato verde
amarelo nesta terça-feira
16/03/2020 -
Bolsonaro ignora coronavírus e participa de
manifestação contra Congresso e STF
16/03/2020 -
Para Maia, apoio de Bolsonaro às manifestações é um
atentado à saúde pública
16/03/2020 -
Ministros do STF e de tribunais superiores veem
‘manipulação política’ em protestos
16/03/2020 -
Haddad pede interdição de Bolsonaro: “Postura
lastimável”
16/03/2020 -
Dieese alerta Guedes sobre coronavírus: ‘Não se faz
reforma durante a enchente’
16/03/2020 -
Comissão da Reforma Tributária ouve Paulo Guedes na
quarta
16/03/2020 -
INSS suspende prova de vida e antecipa 13º por
coronavírus
16/03/2020 -
Fachin amplia licença-maternidade de mães de bebês
prematuros
13/03/2020 -
Tribunais suspendem audiências e prazos para conter
coronavírus
13/03/2020 -
Centrais mantêm mobilização, mas avaliam evolução da
crise na saúde
13/03/2020 -
Trabalhador em atividade de risco tem direito a
indenização civil
13/03/2020 -
Para Paim, Contrato Verde e Amarelo retira diretos
dos trabalhadores
13/03/2020 -
STF cassa decisão que autorizou contribuição
sindical votada em assembleia
13/03/2020 -
Sob suspeita de coronavírus, Bolsonaro usa máscara e
recomenda que ninguém vá aos protestos
13/03/2020 -
Para mitigar coronavírus, Governo antecipa primeira
parcela do 13º do INSS
13/03/2020 -
Rodrigo Maia fala em “pensamento medíocre” de
Guedes, que tem “quase nada” para conter crise no
curto prazo
13/03/2020 -
Faturamento da indústria cresce 1,5% em janeiro
13/03/2020 -
Falta de recolhimento ou atraso do FGTS motiva
rescisão indireta
12/03/2020 -
Votação da MP 905 foi suspensa; comissão reúne-se na
próxima terça (17)
12/03/2020 -
Congresso derruba veto e amplia alcance do BPC
12/03/2020 -
Entidades sindicais ampliam preparação para a
mobilização do dia 18
12/03/2020 -
Indústria paulista registra alta de 8,9% nas vendas
de janeiro
12/03/2020 -
Avaliação negativa aumenta e 39% já são a favor do
impeachment de Bolsonaro
12/03/2020 -
CCJ aprova criação de cadastro para combater
violência contra a mulher
12/03/2020 -
Guedes já fala em PIB de 1% e, em meio a pandemia de
Coronavírus, faz chantagem por reformas
12/03/2020 -
TRT-2 reconhece vínculo empregatício entre
entregador e aplicativo Rappi
12/03/2020 -
Governo aponta riscos do coronavírus e pede mais
recursos no orçamento
11/03/2020 -
Votação da MP do Contrato Verde e Amarelo começa
nesta quarta
11/03/2020 -
Em ofício ao Congresso, Guedes pede reformas para
conter crise
11/03/2020 -
Governo Bolsonaro vai intensificar arrocho e
bloquear recursos do orçamento, diz assessor de
Guedes
11/03/2020 -
Tribunal Superior Eleitoral divulga nota para
rebater declarações de Bolsonaro
11/03/2020 -
Produção industrial começa ano pior do que no início
de 2019, ano do ‘pibinho’
11/03/2020 -
Projeção do PIB cai novamente e enterra discurso de
que reforma aquece a economia
11/03/2020 -
Flávio Dino propõe investimento público e suspensão
do teto de gastos
10/03/2020 -
Centrais Sindicais mobilizadas para barrar Carteira
Verde Amarela
10/03/2020 -
Bolsonaro usa protestos para chantagear o Congresso:
“se abrir mão dos R$ 15 bilhões não tem ato”
10/03/2020 -
Pochmann: a 'ficha' caiu mais cedo, indicando que o
país pode ir para o tobogã
10/03/2020 -
Bolsonaro e Guedes já queimaram US$ 42 bilhões das
reservas acumuladas nos governos do PT e vão vender
ainda mais
10/03/2020 -
‘Guedes é guarda-chuva de camelô: não resiste à
tempestade’, diz cientista político
10/03/2020 -
OIT recomenda que governo assegure direito à
negociação coletiva
10/03/2020 -
Declaração pessoal de pobreza basta para garantir
justiça gratuita, diz TST
10/03/2020 -
Sindicatos atuam e conseguem suspender demissões na
Eletrobras
09/03/2020 -
Comissão mista pode votar parecer sobre MP do
Contrato Verde e Amarelo
09/03/2020 -
Contra Bolsonaro, por Marielle e pela vida 8M reúne
milhares pelo país
09/03/2020 -
Governo faz esforço para enviar reforma
administrativa na quarta (11)
09/03/2020 -
Audiência debaterá feminicídio e violência contra
mulher
09/03/2020 -
Paim lamenta desigualdade entre homens e mulheres no
mercado de trabalho
09/03/2020 -
Rodrigo Maia pede diálogo, no momento em que
Bolsonaro chama protesto contra o Congresso
09/03/2020 -
Custo de vida na cidade de São Paulo sobe 0,12% em
fevereiro
09/03/2020 -
Redução de contribuições ao "sistema S" pode
provocar corrida aos tribunais
06/03/2020 -
Paulinho da Força e Miguel Torres debatem reforma
sindical com dirigentes do FST
06/03/2020 -
Subsecretário de Relações do Trabalho visita sede da
NCST
06/03/2020 -
MP 922/20: contrato temporário no setor público
06/03/2020 -
Paim aponta que, mesmo com reformas, crises social e
econômica continuam
06/03/2020 -
Paulo Guedes recebe apoio de industriais para
criação de nova CPMF
06/03/2020 -
Preço da cesta básica sobe em 10 das capitais
pesquisadas pelo Dieese
06/03/2020 -
Inflação para famílias com renda mais baixa cai
0,02% em fevereiro
06/03/2020 -
Projeto isenta do IR terço adicional de férias e
verbas de caráter indenizatório
05/03/2020 -
Comissão Mista da Reforma Tributária inicia seus
trabalhos
05/03/2020 -
Maia: “Não dá para organizar um país cortando,
cortando, cortando”
05/03/2020 -
Dólar encosta em R$ 4,60 e volta a bater recorde em
dia tenso
05/03/2020 -
Jornalistas finalmente reagem, viram as costas e
abandonam a entrevista da banana
05/03/2020 -
Ajustes no relatório da MP do Contrato Verde Amarelo
adiam votação para próxima terça
05/03/2020 -
Crise e retrocessos jogam 3 milhões de brasileiros
na extrema pobreza
05/03/2020 -
TRT-3 descarta vínculo de emprego entre estilista e
grupo de confecções
05/03/2020 -
Hora noturna maior que prevista pode ser compensada
com aumento do adicional
04/03/2020 -
Dieese: “A reforma trabalhista sem fim e a ‘bolsa
Patrão’ do Contrato Verde e Amarelo”
04/03/2020 -
Flávio Dino defende em debate frente popular de
democrática
04/03/2020 -
PT pede à PGR afastamento de general Augusto Heleno
04/03/2020 -
Contribuições mais altas reforçam perfil neoliberal
da reforma da Previdência
04/03/2020 -
Partidos reafirmam unidade contra agenda
antidemocrática de Bolsonaro
04/03/2020 -
Comissão da Reforma Tributária começa seus trabalhos
nesta quarta-feira
04/03/2020 -
Norma coletiva pode prever vale alimentação
diferenciado a empregados
03/03/2020 -
Bolsonaro é presidente com mais decretos e MPs
questionados no STF
03/03/2020 -
Homenageado em Paris, Lula diz que governo Bolsonaro
é uma ameaça ao planeta
03/03/2020 -
Publicada MP que libera contratação de servidores
aposentados
03/03/2020 -
Sindicato realiza orientações sobre a revisão da
vida inteira
03/03/2020 -
Não cabe indenização se acidente de trabalho ocorre
por culpa da vítima
03/03/2020 -
Mercado financeiro reduz estimativa de crescimento
da economia em 2020
03/03/2020 -
Supremo Tribunal Federal vai rever índice sobre
débitos trabalhistas
02/03/2020 -
Nota das Centrais: Exigimos providências para
resguardar o Estado de Direito
02/03/2020 -
Centrais definem ações em defesa da democracia e
geração de empregos
02/03/2020 -
MP do Contrato Verde e Amarelo deve ser votada nesta
terça
02/03/2020 -
Mulheres preparam atos contra Bolsonaro no 8 de
março
02/03/2020 -
STF marca julgamento da revisão do FGTS para maio
02/03/2020 -
Trabalho informal segue em alta e país tem quase 12
milhões de desempregados
02/03/2020 -
Violência política contra as mulheres será debatida
em audiência pública
02/03/2020 -
Sindicato não pode cobrar taxa de empregador para
autorizar trabalho em feriados
31/03/2020 -
Empresas podem ser responsabilizadas se trabalhador
for infectado pelo coronavírus
Funcionário pode processar a empresa caso seja
forçado a trabalhar e contraia Covid-19
Empresas que exigirem que os trabalhadores voltem ao
trabalho em meio à pandemia de Covid-19 podem ser
punidas caso o empregado seja infectado pelo
coronavírus. Especialistas foram ouvidos pelo
colunista Leonardo Sakamoto, do UOL.
As orientações das autoridades em prol da saúde
pública são para o funcionamento apenas de serviços
essenciais, com o intuito de desacelerar a
disseminação do coronavírus no Brasil. Contudo, o
presidente Jair Bolsonaro sugere um “isolamento
vertical”, apenas dos grupos de risco, e incentiva
que a população “volte à normalidade”.
Segundo advogados, caso empresas de segmentos não
essenciais decidam atender às recomendações do
presidentes, elas podem ser punidas juridicamente se
o trabalhador for infectado pelo coronavírus.
Ângelo Fabiano da Costa, presidente da Associação
Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT),
afirmou que, ao exigir que o trabalhador saia de uma
situação de isolamento social determinada por
autoridades, o empregador corre o risco de ser
responsabilizado “nos âmbitos trabalhista, civil e
penal”.
Costa explica que a Covid-19 não seria considerada
uma doença ocupacional, mas isso não impede o
empregador de ser punido, pois seria necessário
provar que não foi a volta ao trabalho que ocasionou
a infecção pelo vírus.
O trabalhador precisaria comprovar que ficou doente
apenas após o retorno do trabalho, e dentre as
possibilidades de contaminação estariam incluídos,
além do ambiente de trabalho, fatores como o
deslocamento, por exemplo. Seria possível solicitar
indenização por danos materiais, no caso de gastos
com atendimento médico, e por danos morais. Em caso
de a doença resultar em morte, a família da vítima
também poderia procurar responsabilizar
criminalmente a empresa.
Fonte: RevistaForum
31/03/2020 -
Senado aprova ajuda de R$ 600 por três meses para
trabalhadores informais
O Plenário do Senado aprovou o auxílio emergencial
de R$ 600 a ser pago para trabalhadores informais e
pessoas que não recebam qualquer tipo de benefício
previdenciário ou social ou com renda per capita de
até meio salário mínimo (PL 1.066/2020). Pela
proposta, as mães chefes de família poderão receber
R$ 1.200. O repasse será feito por três meses,
podendo ser prorrogado pelo governo federal. O
relator, senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE),
incluiu os trabalhadores intermitentes e garantiu o
pagamento do benefício no lugar do Bolsa Família. Os
senadores tentaram incluir outras categorias, a
exemplo de taxistas, no projeto. O senador Angelo
Coronel (PSD-BA) tentou excluir o teto anual de R$
28,5 mil para garantir o benefício a todos os
microempreendedores individuais. O governo definirá
quando e como fará o pagamento.
Fonte: Agência Senado
31/03/2020 -
Sindicalismo oferece sua estrutura para tratamento
durante pandemia
Atento às demandas impostas à toda a sociedade no
esforço de conter a rápida disseminação do
coronavírus, o movimento sindical brasileiro também
vai oferecer sua estrutura física de lazer para
enfrentar a situação emergencial. Além de essencial
na luta em defesa dos direitos da classe
trabalhadora, as entidades de classe mostram como o
sindicalismo-cidadão pode reforçar o combate à
pandemia.
Segundo os dirigentes, a ideia é colocar estruturas
de hospedagem como colônias de férias, clubes,
chácaras e chalés, entre outras, que estão
espalhadas por todo o País, à disposição de governos
municipais e estaduais para a ampliação de leitos de
baixa complexidade.
As Centrais Sindicais oficializaram a iniciativa na
semana passada, durante reunião por videoconferência
entre dirigentes da CUT, Força Sindical, UGT, Nova
Central, CTB e CSB. Em nota, as entidades
recomendaram aos Sindicatos, Federações e
Confederações de trabalhadores que coloquem à
disposição das autoridades de saúde toda
infraestrutura que possuírem em condições para ser
transformadas em hospitais, ambulatórios e postos de
atendimento.
"Tais estruturas poderão criar cerca de 5 mil novos
leitos para pacientes do coronavírus", afirma a
nota.
As Centrais também saudaram a instituição, por meio
de projeto de lei de iniciativa do Legislativo, da
renda mínima emergencial, de R$ 600,00 por pessoa e
até R$ 1.200,00 por família, para proteger a
população mais vulnerável aos impactos econômicos da
epidemia da Covid-19.
"Consideramos a renda mínima emergencial
imprescindível para o combate à crise sanitária, uma
vez que ela ajudará a superar as adversidades
econômicas da quarentena que todos temos que
cumprir", destaca o documento. O texto lembra que as
medidas estão em sintonia com as propostas que as
Centrais apresentaram e trataram com o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para enfrentar a
crise sanitária.
Em Nota Técnica (n° 230), distribuída na segunda
(30), o Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos) avalia que a
aprovação do projeto de renda básica de emergência
deve ser vista como positiva, pois responde a um dos
mais sérios problemas surgidos com a propagação da
epidemia. "Há uma nítida convergência entre o que
foi proposto pelas Centrais Sindicais e o que foi
aprovado", aponta a Nota Técnica.
Fonte: Agência Sindical
31/03/2020 -
Governo vai cruzar dados para o pagamento do auxílio
de R$ 600
Ministério disponibilizará cadastro para
trabalhadores informais
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou
nesta segunda-feira (30) que o governo federal
pretende agilizar o pagamento do auxílio emergencial
de R$ 600 aos trabalhadores informais, autônomos e
sem renda fixa durante a crise provocada pela
pandemia do novo coronavírus. A medida teve a
votação concluída no Senado nesta segunda-feira e
agora seguirá para a sanção presidencial. O
pagamento será efetuado ao longo de três meses.
De acordo com Onyx , após a sanção presidencial, o
governo ainda precisa editar um decreto
regulamentador e uma medida provisória (MP) abrindo
um crédito extraordinário no Orçamento. O pagamento
será feito apenas pelas redes dos bancos públicos
federais: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil
(BB), Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Nordeste (BNB),
após o cruzamento de dados para definir quem tem
direito ao benefício.
"Haverá o batimento, haverá a confrontação com todos
os registros e todos os cadastros que o governo
federal tem", afirmou o ministro em coletiva de
imprensa no Palácio do Planalto. Para aqueles que
não são beneficiários de nenhum programa do governo,
será criado um cadastro próprio para inserção de
informações. "Os informais, que estão à margem de
qualquer cruzamento, eles terão uma solução
tecnológica, uma solução digital", acrescentou Onyx
Lorenzoni.
Pelas regras contidas no projeto de auxílio
emergencial aprovado pelo Congresso, os
trabalhadores deverão cumprir alguns critérios, em
conjunto, para ter direito ao pagamento:
- ser maior de 18 anos de idade;
- não ter emprego formal;
- não receber benefício previdenciário ou
assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa
de transferência de renda federal que não seja o
Bolsa Família;
- renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até
meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar
mensal total (tudo o que a família recebe) de até
três salários mínimos (R$ 3.135,00); e
- não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de
2018, acima de R$ 28.559,70.
Ainda segundo o texto, o beneficiário deverá ainda
cumprir uma dessas condições:
- exercer atividade na condição de microempreendedor
individual (MEI);
- ser contribuinte individual ou facultativo do Regime
Geral de Previdência Social (RGPS);
- ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único
para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);
ou
- ter cumprido o requisito de renda média até 20 de
março de 2020.
O ministro da Cidadania pediu para que as pessoas
não procurem, por enquanto, as agências da Caixa e
dos demais bancos públicos até que o sistema para o
pagamento do auxílio emergencial esteja devidamente
implantado pela pasta. Ele também alertou para que
as pessoas não forneçam seus dados para qualquer
site ou número de telefone, para evitar tentativas
de fraude.
"Há várias iniciativas, inclusive denunciamos ao
ministro Sergio Moro e à Polícia Federal, [como]
criação de sites, números, para obter os dados das
pessoas. O objetivo disso é fraudar o sistema. Por
favor, as pessoas tenham um pouco de calma, não deem
seus dados para qualquer pessoa ou site que diga que
por lá ele vai receber o benefício e não procurem o
bancos oficiais nesse momento, porque o sistema
ainda não está acionado, a lei não está sancionada",
afirmou.
Fonte: Agência Brasil
31/03/2020 -
Marco Aurélio, do STF, encaminha pedido de
afastamento de Bolsonaro
A peça encaminhada à PGR é uma notícia-crime
protocolada pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG),
que acusa Bolsonaro dos crimes de omissão e difusão
do coronavírus
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal
Federal (STF), encaminhou nesta segunda-feira (30)
um pedido de afastamento de Jair Bolsonaro à
procuradoria-geral da República.
Marco Aurélio é o relator da notícia-crime
protocolada na semana passada pelo deputado federal
Reginaldo Lopes (PT-MG), que acusa Bolsonaro dos
crimes de omissão e difusão do coronavírus.
O documento lista uma série de episódios em que o
presidente minimizou o surto da Covid-19 –
detalhando uma série de adjetivações usadas pelo
ex-capitão – e aponta que ele “incentivou
ostensivamente o descumprimento das medidas de
isolamento recomendadas pela Organização Mundial da
Saúde e pelo próprio poder executivo”.
Caso a PGR aceite a notícia-crime, Câmara será
consultada para autorizar ou não o seguimento da
Ação Penal e, em caso positivo, Bolsonaro será
afastado por 180 dias. Em caso de crime transitado
em julgado, o presidente perde o mandato.
Também nesta segunda-feira (30), partidos de
oposição protocolaram outra queixa-crime contra
Bolsonaro pelo “passeio” que o presidente deu no
Distrito Federal, no último domingo (29). Na ação,
são apontados diversos crimes que Bolsonaro pode ter
cometido ao sair às ruas mesmo estando sob suspeita
de ter contraído coronavírus.
Fonte: RevistaForum
31/03/2020 -
Impactada pela covid-19, indústria têxtil não vê
mudança no crédito
Levantamento mostra que 97% do setor sente
impacto direto da pandemia
Pesquisa feita com 225 fabricantes de tecidos e
empresas de confecção em todo país, entre 16 e 26 de
março, revela que 97% do setor sentem impacto direto
da pandemia do novo coronavírus.
O levantamento mostra que 98% das indústrias indicam
que foram atingidas com o cancelamento ou adiamento
de pedidos, 41% tiveram abastecimento afetado e 28%
reclamam de alteração nos custos dos insumos para
produção.
Apesar da adversidade, 70% das empresas pesquisadas
informaram não terem obtido nenhuma alteração nas
condições de financiamento para obtenção de crédito
bancário. Na semana passada, o Comitê de Política
Monetária (Copom) reduziu a taxa básica de juros da
economia, a Selic, ao menor valor da história (3,75%
ao ano).
Dentre as empresas pesquisadas, 44% reclamam da
falta de mudança nos prazos para pagamentos, 23%
defendem a postergação do recolhimento de tributos e
21% querem que haja mais crédito para a produção e
para o consumo.
A pesquisa foi feita pela Associação Brasileira da
Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Por causa da
pandemia do novo coronavírus, a entidade está
cadastrando empresas pela internet que possam
fornecer produtos solicitados pelo governo federal
para uso em atendimento emergencial.
Fonte: Agência Brasil
31/03/2020 -
Projeto prevê complementação da renda de
microempreendedores e empresários individuais
O Projeto de Lei 748/20 garante a complementação,
por meio do seguro-desemprego, da renda dos pequenos
empresários individuais e dos microempreendedores
individuais (MEI). Pelo texto, a medida valerá para
quem não fature um salário mínimo no mês e não tenha
outra fonte de renda enquanto durar a pandemia do
novo coronavírus.
A regra proposta é que a renda dos pequenos
empresários e empreendedores seja complementada com
uma fração de parcela do seguro-desemprego
suficiente para que, somada com o faturamento do
mês, os ganhos do beneficiário totalizem um salário
mínimo.
O projeto, da deputada Natália Bonavides (PT-RN),
tramita na Câmara dos Deputados. Ela justifica a
matéria com o fechamento de empresas e fábricas em
decorrência das medidas de enfrentamento da
pandemia, que incluem isolamento social e restrições
na circulação de pessoas.
“Essas medidas têm impacto direto para os pequenos
empresários de diversos setores, como o turismo e o
de restaurantes. Por isso, é preciso que o Estado
assegure a renda das trabalhadoras e dos
trabalhadores nesse período de crise”, afirma.
Natália Bonavides defende ainda a proteção de
trabalhadores que se constituem como pessoas
jurídicas para vender sua força de trabalho.
“Levando em consideração a pejotização que tem
atingido a classe trabalhadora de nosso País,
sobretudo após a aprovação da reforma trabalhista, é
preciso salvaguardar algum instrumento de proteção
social desses trabalhadores”, declara.
Fonte: Agência Câmara
31/03/2020 -
Projetos garantem renda de trabalhador doméstico
durante crise de coronavírus
A bancada do PT apresentou projetos para garantir
direitos a empregadas domésticas durante a pandemia
de coronavírus.
O Projeto de Lei 931/20, dos deputados Valmir
Assunção (PT-BA) e Professora Rosa Neide (PT-MT),
garante a dispensa das domésticas e diaristas sem
perda de salário ou direitos trabalhista. O
empregador pode optar pelo adiantamento das férias.
Se a regra for descumprida, o patrão deverá custear
adicional de insalubridade e periculosidade aos
empregados.
Estabilidade
Já a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que foi
relatora da PEC das Domésticas, apresentou o Projeto
de Lei 993/20, que além da estabilidade no emprego,
determina o afastamento obrigatório remunerado dos
trabalhadores que façam parte do grupo de risco do
coronavírus: idosos, doentes crônicos, gestantes,
lactantes, entre outros.
A proposta também retoma o desconto das
contribuições na declaração de imposto de renda da
pessoa física, desde que o empregador cumpra com o
afastamento remunerado dos trabalhadores.
Se a presença do trabalhador doméstico for
indispensável, o trabalhador será obrigado a
fornecer todos os meios possíveis de se combater a
doença, proibindo que o custo seja descontado do
salário do trabalhador.
Perícia
O texto de Benedita ainda dispensa de perícia, para
afastamentos maiores de 15 dias, dos segurados
contaminados com coronavírus ou afastados por
contato com outros que contraíram o vírus. E isenta,
por quatro meses, os domésticos que sejam
microempreendedores individuais (MEIs) de
contribuição previdenciária.
As medidas, segundo os parlamentares, vão garantir a
renda e segurança a esse segmento de trabalhadores.
Fonte: Agência Câmara
30/03/2020 -
Centrais afirmam que país não pode ficar refém de
quem menospreza a crise
Entidades celebram aprovação de programa
emergencial na Câmara e põem estrutura dos
sindicatos à disposição para atendimento de
pacientes
As centrais sindicais comemoraram a aprovação, pela
Câmara, de um programa de renda mínima emergencial
durante a crise do coronavírus. E afirmam que o país
não pode ficar “refém das posições que minimizam a
gravidade da pandemia, muitas das quais originárias
no centro do Palácio do Planalto e propaladas pelo
presidente Jair Bolsonaro”. Também esperam votação
“urgente” no Senado.
“Consideramos a renda mínima emergencial
imprescindível para o combate à crise sanitária, uma
vez que ela ajudará a superar as adversidades
econômicas da quarentena que todos temos que
cumprir”, afirmam as entidades, em nota divulgada na
tarde desta sexta-feira (27). E lembram que a medida
faz parte de um conjunto de propostas que as
centrais haviam encaminhado ao presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Além disso, os sindicalistas propõem medidas de
proteção às empresas, principalmente micro, pequenas
e médias. Para que “possam manter os empregos e
honrar suas obrigações, e a suspensão ou adiamento
do pagamento de tarifas básicas (água, luz, gás e
impostos) dando condições para que famílias e
empresas possam reorganizar o pagamento de suas
dívidas e financiamentos”, argumentam.
Proteção às empresas
As centrais afirmam estar “avaliando” medidas
anunciadas pelo governo sobre financiamento a
pequenas e médias empresas, também apresentadas ao
Congresso. “Essas e outras medidas, que são
indicadas pelos organismos multilaterais e que vem
sendo adotadas pela grande maioria dos países, devem
compor um plano coordenado de enfrentamento da crise
preservando a saúde e a vida de todos e mantendo a
capacidade do sistema produtivo”, reforçam.
As centrais informam ainda que seus sindicatos,
federações e confederações filiados vão colocar à
disposição das autoridades estruturas como sedes,
colônias de férias e clubes, para que sejam
transformadas em postos de atendimento. “Tais
estruturas poderão criar cerca de 5 mil novos leitos
para pacientes do coronavírus”, afirmam, falando em
solidariedade.
Confira a íntegra da nota:
Centrais Sindicais celebram a aprovação da renda
mínima emergencial
As Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, UGT,
Nova Central, CTB e CSB) saúdam a instituição da
renda mínima emergencial de R$ 600,00 por pessoa e
até R$ 1.200,00 por família, aplicável por três
meses, para trabalhadores informais, autônomos,
microempreendedores individuais, beneficiários do
Bolsa Família e desempregados, aprovada pela Câmara
dos Deputados.
Essa medida está do conjunto de propostas que as
Centrais apresentaram e trataram com o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para enfrentar a
crise sanitária.
Consideramos a renda mínima emergencial
imprescindível para o combate à crise sanitária, uma
vez que ela ajudará a superar as adversidades
econômicas da quarentena que todos temos que
cumprir.
Além da proposta da renda mínima, as Centrais
propuseram que o Estado libere recursos para que as
empresas, especialmente as micro, pequenas e médias,
possam manter os empregos e honrar suas obrigações,
e a suspensão ou adiamento do pagamento de tarifas
básicas (água, luz, gás e impostos) dando condições
para que famílias e empresas possam reorganizar o
pagamento de suas dívidas e financiamentos.
Estamos avaliando as medidas anunciadas a pouco pelo
governo federal de financiamento para que pequenas e
médias empresas tenham capacidade de pagar os
salários dos trabalhadores, medidas que também
estamos há duas semanas demandando do governo e que
apresentamos ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Essas e outras medidas, que são indicadas pelos
organismos multilaterais e que vem sendo adotadas
pela grande maioria dos países, devem compor um
plano coordenado de enfrentamento da crise
preservando a saúde e a vida de todos e mantendo a
capacidade do sistema produtivo.
A instituição do auxílio emergencial segue para
votação no Senado. Esperamos que a votação seja
urgente, em uma clara demonstração de compromisso e
responsabilidade do Parlamento brasileiro com a
saúde do povo e com a economia do país.
O Brasil não poder ser refém das posições que
minimizam a gravidade da pandemia, muitas das quais
originárias no centro do Palácio do Planalto e
propaladas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Sindicatos participam do esforço no combate ao
coronavírus
Somando-se aos esforços de toda a sociedade para
frear a disseminação do coronavírus e controlar a
pandemia de COVID-19, os sindicatos, federações e
confederações de trabalhadores, com o apoio e
incentivo das centrais sindicais, colocarão à
disposição das autoridades de saúde, federais
estaduais e municipais, suas estruturas tais como
sedes, colônias de férias e clubes, que possuam
condições para serem transformadas em hospitais,
ambulatórios e postos de atendimento. Tais
estruturas poderão criar cerca de 5 mil novos leitos
para pacientes do coronavírus.
A utilização dos espaços cedidos deverá ser operada
pelas autoridades sanitárias. Por isso, os
trabalhadores exigem ação rápida e eficiente de
todas as esferas do poder público e da sociedade
civil no combate à pandemia.
O momento exige medidas para garantir que o
isolamento social necessário prossiga, que se
cumpram as determinações da OMS (Organização Mundial
de Saúde) e as medidas de proteção individual e
coletivas contra o coronavírus.
Com solidariedade, cooperação e trabalho articulado,
planejado e contínuo, venceremos juntos essa crise.
São Paulo, 27 de março de 2020
Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central
Única dos Trabalhadores
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT – União
Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos – Presidente da NCST –
Nova Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto – Presidente da CSB – Central
dos Sindicatos Brasileiros
Fonte: Rede Brasil Atual
30/03/2020 -
Dino: Coronavírus e bolsonarismo são as duas doenças
que desafiam o Brasil hoje
Governador do Maranhão afirma que o ideal é que
Bolsonaro termine seu mandato, mas que o país e as
instituições "têm seus limites"
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse
em entrevista ao jornalista Leonardo Sakamoto, do
UOL, que o “negacionismo” do presidente Jair
Bolsonaro frente ao avanço do coronavírus tem
dificultado o enfrentamento da doença nos estados.
Para Dino, tanto o coronavírus quanto o bolsonarismo
são doenças que o país tem enfrentado.
“Meu diagnóstico é que o Brasil se defronta com duas
patologias, duas doenças. Uma, no sentido estrito da
palavra, que são as síndromes derivadas do
coronavírus. A outra doença é uma patologia política
que atende pelo nome de bolsonarismo ou Bolsonaro.
Temos que cuidar de uma de cada vez. Agora, nosso
foco é derrotar o coronavírus”, disse o governador.
Para Dino, no entanto, o ideal é que o presidente
termine seu mandato, mas não descarta a
possibilidade de impeachment. “Gostaria que ele
terminasse seu mandato e que, em 2022, disputássemos
normalmente a eleição presidencial para derrotá-lo.
Mas o país também tem um nível do que pode suportar.
As instituições têm seus limites. Esse estresse
institucional e social a que o Brasil está submetido
talvez seja inaceitável”, disse.
Dino também criticou quem, assim como o presidente,
tem defendido o fim do isolamento domiciliar durante
a pandemia – o que contraria as orientações das
principais autoridades de saúde do país e do mundo,
como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Só há duas posições: quem defende, neste momento,
medidas preventivas e quem, como o próprio
Bolsonaro, acha normal que alguns morram. Eu quero
ver ele dizer isso às famílias das vítimas”,
afirmou.
Fonte: RevistaForum
30/03/2020 -
Juíza manda União parar veiculação de campanha
governista contra o isolamento
Por falta de embasamento técnico, a União deve parar
a divulgação da campanha publicitária "O Brasil não
pode Parar", lançada pelo governo federal, contra o
isolamento para combater a pandemia do coronavírus (Covid-19).
A determinação é da juíza federal do Rio de Janeiro,
Laura Bastos Carvalho, em decisão liminar do plantão
deste sábado (28/3).
A medida é válida para peças veiculadas em rádio,
televisão, jornais, revistas, sites ou qualquer
outro meio, físico ou digital. Em caso de
descumprimento, é prevista multa de R$ 100 mil por
infração.
A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério
Público Federal contra a União para proibir a
veiculação das peças publicitárias. Na petição, o
MPF sustenta falta de embasamento na campanha; isto
é, não havia elementos a indicar que o fim da
quarentena seria a providência adequada. Alega ainda
que tal medida poderia agravar o risco da
disseminação da doença no país.
Ao acolher o pedido, a juíza aponta dados da
Organização Mundial da Saúde e cita que o
achatamento da curva de casos é indicado pela
comunidade científica como medida necessária para
evitar colapso de mortes.
"Na dita campanha não há menção à possibilidade de
que o mero distanciamento social possa levar a um
maior número de casos da Covid-19, quando comparado
à medida de isolamento, e que a adoção da medida
mais branda teria como consequência um provável
colapso dos sistemas público e particular de saúde",
entende a magistrada.
A decisão determina ainda que a União se abstenha de
veicular qualquer outra manifestação que sugira à
população brasileira "comportamentos que não estejam
estritamente embasados em diretrizes técnicas,
emitidas pelo Ministério da Saúde, com fundamento em
documentos públicos, de entidades científicas de
notório reconhecimento no campo da epidemiologia e
da saúde pública".
A campanha também é alvo de representações de
partidos políticos no Tribunal de Contas da União. O
Conselho Federal da OAB também ajuizou denúncia no
mesmo sentido. Até o momento, não houve decisão.
Clique
aqui para ler a decisão
5019484-43.2020.4.02.5101
Fonte: Consultor Jurídico
30/03/2020 -
Enquanto manda trabalhadores às ruas, Guedes revela:
"Quero ficar em casa e fazer o isolamento"
O ministro da Economia, Paulo Guedes, está
defendendo a reativação imediata da economia com a
flexibilização do isolamento social e a reabertura
do comércio e de todas as atividades produtivas. No
entanto, para si próprio, usa outra diretriz: "ficar
em casa e fazer o isolamento". Foi o que afirmou
numa videoconferência neste domingo
“Eu, como economista, gostaria que pudéssemos manter
a produção, voltar o mais rápido possível. Eu, como
cidadão, seguindo o conhecimento do pessoal da
Saúde, ao contrário, quero ficar em casa e fazer o
isolamento" - assim Paulo Guedes expressou a
diferença de sua postura como ministro da Economia,
que dita regras a milhões de pessoas, e sua conduta
individual. Foi numa videoconferência com
representantes da Confederação Nacional dos
Municípios (CNM), neste domingo (29).
Na conferência, Guedes procurou manter uma posição
entre Bolsonaro e o ministro da Saúde: "Nós temos
que estar atentos. Temos que ter respeito pela
opinião dos dois lados. Vamos conversar sobre isso
de uma forma construtiva", defendeu o ministro.
Jair Bolsonaro tem criticado os governadores de
estado e as medidas “excessivas” adotadas para
conter os impactos do novo coronavírus. O chefe do
Executivo contrariou as orientações do Ministério da
Saúde e caminhou por Brasília neste domingo (29),
atraindo seu eleitorado e formando aglomerações.
Fonte: Brasil247
30/03/2020 -
Sindicatos defenderão na justiça direito participar
das negociações
O artigo 7º da Constituição dá respaldo às
entidades sindicais, pois estabelece a
“irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
convenção ou acordo coletivo”
A medida provisória (MP) que autoriza a suspensão de
contratos de trabalho e corte de jornada e salário,
sem a necessidade de intermediação dos sindicatos,
pode não prosperar no Congresso Nacional e parar no
STF (Supremo Tribunal Federal).
O artigo 7º da Constituição dá respaldo às entidades
sindicais, pois estabelece a “irredutibilidade do
salário, salvo o disposto em convenção ou acordo
coletivo.”
O presidente do STF, Dias Toffoli, sugeriu que os
sindicatos possam participar das negociações como
uma forma de dar segurança aos atos e evitar
judicialização.
Ele fez a recomendação em reação à MP 927, editada
no domingo (22) à noite, e que autorizava as
empresas as suspenderem os contratos de trabalho sem
o pagamento dos trabalhadores, dentre outras ações,
sem a necessidade de intermediação das entidades
sindicais.
Uma nova MP já está pronta e nela o governo garante
que os trabalhadores não serão afetados porque o
seguro desemprego vai complementar os salários.
Mas, a proposta continua retirando os sindicatos das
negociações, segundo técnicos da equipe econômica.
Fonte: Portal Vermelho
30/03/2020 -
Juíza barra demissão em massa durante Covid-19 e
manda reintegrar trabalhadores
É demonstração de elevado grau de perversidade
demitir funcionário em momento em que este está
impedido de sair de casa "para contenção de um vírus
fatal que assola o mundo e sem negociar alternativas
com o Sindicato para as pessoas que serão
atingidas".
A crítica foi feita pela juíza Angela Maria Konrath,
da Vara do Trabalho de Joaçaba (SC), ao suspender a
demissão em massa durante a pandemia do Covid-19 e
determinar a reintegração dos trabalhadores de uma
construtora. A decisão é desta sexta-feira (27/3).
A ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores
nas indústrias da construção e do mobiliário de
Joaçaba. Eles alegaram que a empresa formalizou o
aviso de rescisão de contrato de trabalho em razão
da pandemia do novo coronavírus, usando como base o
Decreto Estadual 507/2020, que trata de medidas
preventivas e combate ao contágio.
De acordo com o sindicato, a medida é "extrema e
representa flagrante prejuízo aos funcionários,
comprometendo inclusive a subsistência destes, em
razão da impossibilidade de procurar novo emprego em
período de estado de emergência".
Ao analisar o pedido, a juíza acolheu os argumentos
da entidade sindical. De acordo com a magistrada, a
demissão em massa já seria motivo de questionamento
por não ter sido precedida de negociação coletiva.
"Negar o trabalho e desprezar o diálogo social
significa negar a própria possibilidade de
sobrevivência de quem depende do esforço diário para
prover seu sustento", afirma a magistrada.
Para a juíza, a empresa foi precipitada em romper os
contratos de trabalho e desprezou as alternativas
viáveis sinalizadas pelo Executivo para evitar o
contágio.
Além da reintegração, a juíza determinou ainda que a
empresa se abstenha de rescindir os contratos de
trabalho dos empregados, sob pena de multa de R$ 1
milhão, revertidas 50% aos trabalhadores vitimados e
50% para a entidade sindical.
Clique
aqui para ler a decisão
0000399-37.2020.5.12.0012
Fonte: Consultor Jurídico
30/03/2020 -
Senado vota auxílio de R$ 600 para informais nesta
segunda-feira
O Senado vai votar nesta segunda-feira (30) o
projeto de lei que garante um auxílio de R$ 600 para
trabalhadores informais durante três meses para
amenizar os efeitos da crise do coronavírus. O
vice-líder do Governo, Chico Rodrigues (DEM-RR),
disse que cabe ao Executivo Federal o socorro à
população neste momento. Já a senadora Eliziane Gama
(Cidadania-MA) quer agilidade para que o dinheiro
chegue logo a quem precisa. O texto, aprovado pela
Câmara na quinta-feira (26).
Fonte: Agência Senado
27/03/2020 -
Bolsonaro gasta R$ 4,8 milhões em dinheiro público
na campanha que empurra brasileiros para a morte
A campanha do governo Jair Bolsonaro em defesa do
isolamento vertical, que traz o slogan “O Brasil não
pode parar” custará R$ 4,8 milhões aos cofres
públicos. Segundo o blog do jornalista Guilherme
Amado, o material está sendo elaborado pela agência
IComunicação. A peça publicitária foi classificada
como emergencial e, portanto, foi realizada sem
licitação. A escolha do material, ainda segundo o
jornalista, foi de responsabilidade do vereador
Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro.
A peça de propaganda contra o isolamento social
estimula que as pessoas saiam às ruas e voltem ao
trabalho, contrariando orientações da Organização
Mundial da Saúde e as determinações dos governadores
estaduais para o enfrentamento da pandemia do novo
coronavírus.
Apesar da peça estar sendo finalizada, o material já
chegou à milícia digital ligada ao bolsonarismo e a
extrema direita, e já está em circulação em grupos
de WhatsApp, tendo sido divulgada, também, na página
da própria Secretaria de Comunicação da Presidência
(Secom).
Fonte: Brasil247
27/03/2020 -
MP que criou 13º salário para Bolsa Família perde a
validade
A medida provisória (MPV 898/2019) que estabelecia o
pagamento de 13º salário a beneficiários do Programa
Bolsa Família perdeu a validade na quarta-feira
(25). O relatório do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
já havia sido aprovado pela comissão mista
encarregada de analisar a MP, mas a proposta não
chegou a ser votada pelo Plenário da Câmara dos
Deputados e ainda precisaria passar pelo Plenário do
Senado.
Fonte: Agência Senado
27/03/2020 -
Ministro do STF volta a negar suspensão de MP do
contrato de trabalho
Pedido de liminar, já negado anteriormente, foi
do PDT
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal
Federal (STF), negou, novamente, a suspensão da MP
927/20, com a qual o governo normatizou medidas
trabalhistas durante o período de enfrentamento ao
novo coronavírus (covid-19).
Desta vez, Marco Aurélio rejeitou um pedido de
liminar (decisão provisória) do PDT. Ontem (26), ele
já havia negado solicitação similar do partido Rede
Sustentabilidade, que havia questionado não só a
MP927/20, mas também a MP 926/20, que trata de
medidas restritivas à circulação de pessoas.
Na decisão mais recente, Marco Aurélio rejeitou os
argumentos do PDT de que a MP 927/20 seria
inconstitucional por tratar de temas que, na visão
do partido, só poderiam ser aprovados por meio de
projeto de lei ordinária ou complementar. Para o
ministro, não há, por ora, motivos para cercear o
Poder do Executivo em editar medidas provisórias
sobre temas trabalhistas, “principalmente em época
de crise”, argumentou.
O partido também apontou como inconstitucional a
possibilidade de o acordo individual entre patrão e
empregado se sobrepor à legislação trabalhista,
conforme previsto de modo excepcional pela MP, em
decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Ao rejeitar o pedido, Marco Aurélio disse ser
legítimo o acordo individual que vise a manutenção
do vínculo empregatício no momento atual. “A
liberdade do prestador dos serviços, especialmente
em época de crise, quando a fonte do próprio
sustento sofre risco, há de ser preservada, desde
que não implique, como consta na cláusula final do
artigo, a colocação em segundo plano de garantia
constitucional”.
Outros pontos da MP 927/20 também foram preservados
por Marco Aurélio, entre eles a possibilidade de
antecipação de férias, a suspensão de obrigações
administrativas no campo da segurança do trabalho e
a flexibilização na implementação do teletrabalho e
do banco de horas.
Um dos pontos mais polêmicos da MP 927/20, que
permitia a suspensão do contrato de trabalho por
quatro meses sem o pagamento de salário, acabou
revogado pelo próprio governo na MP 928/20, após
causar reações no Congresso.
Há no Supremo, até o momento, sete ações diretas de
inconstitucionalidade contra a MP 927/20, abertas
por PDT, Rede Sustentabilidade, PSB, Solidariedade,
PSol, PT e PCdoB, e também por entidades de
trabalhadores.
Fonte: Agência Brasil
27/03/2020 -
Governo anuncia linha de crédito a pequenas e médias
empresas
Medida atinge 1,4 milhão de empresas e 12,2
milhões de trabalhadores
O governo federal anunciou hoje (27) uma linha de
crédito para financiar a folha de pagamentos de
pequenas e médias empresas, como forma de apoiá-las
durante a situação de calamidade pública em virtude
da pandemia causada pelo novo coronavírus (covid-19).
O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro foi
feito no Palácio do Planalto com a presença dos
presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto,
da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães, e do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), Gustavo Montezano.
A linha de financiamento deve beneficiar 1,4 milhão
de empresas, atingindo 12,2 milhões de
trabalhadores. O crédito será destinado a empresas
com faturamento anual entre R$ 360 mil a R$ 10
milhões e vai financiar dois meses da folha de
pagamento, com volume de R$ 20 bilhões por mês.
Segundo Campos Neto, a medida será operacionalizada
pelo BNDES. O limite de financiamento é de dois
salários mínimos.
Auxílio a autônomos
Ontem (26) o plenário da Câmara dos Deputados aprovou
auxílio emergencial por três meses, no valor de R$
600, destinado aos trabalhadores autônomos,
informais e sem renda fixa durante a crise provocada
pela pandemia de coronavírus. A matéria segue para
análise do Senado e depois vai à apreciação do
presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a última atualização do Ministério da
Saúde, divulgada nesta quinta-feira, o país registra
2.915 casos confirmados de covid-19 e 77 mortes
causadas pela doença. A taxa de letalidade é de
2,7%.
Fonte: Agência Brasil
27/03/2020 -
Bolsonaro recorre à CLT para atacar governadores e
prefeitos: Terão que indenizar as empresas
Contrário ao confinamento decreto pelos estados e
municípios, Bolsonaro disse que os governadores e
prefeitos terão de indenizar empresários que tiveram
que fechar suas portas para achatar a curva de
contaminação da Covid-19
Em guerra declarada contra governadores e prefeitos
em meio à pandemia do coronavírus, Jair Bolsonaro
usou um artigo da Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT) para disparar novo ataque aos mandatários
estaduais e municipais.
Contrário ao confinamento decreto pelos estados e
municípios, Bolsonaro disse que os governadores e
prefeitos terão de indenizar empresários que tiveram
que fechar suas portas para achatar a curva de
contaminação da Covid-19.
“Tem um artigo na CLT que diz que todo empresário,
comerciante, etc, que for obrigado a fechar seu
estabelecimento por decisão do respectivo chefe do
Executivo, os encargos trabalhistas, quem paga é o
governador e o prefeito, tá ok?”, disse Bolsonaro ao
deixar o Palácio da Alvorada nesta sexta-feira (27).
O artigo 486 da CLT, a que se refere o presidente,
diz que “no caso de paralisação temporária ou
definitiva do trabalho, motivada por ato de
autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela
promulgação de lei ou resolução que impossibilite a
continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da
indenização, que ficará a cargo do governo
responsável”.
Fonte: RevistaForum
27/03/2020 -
Suspensão de quarentena não impediria recessão,
afirma economista
“A economia já perdeu. Resta saber se vamos
perder também vidas ou não”, afirma João Sicsú,
professor da UFRJ
Proposta por Jair Bolsonaro, a suspensão da
quarentena não estancaria as perdas econômicas
previstas com a pandemia do novo coronavírus, que
provoca a doença Covid-19. A avaliação é de João
Sicsú, professor do Instituto de Economia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“A economia brasileira terá uma queda acentuada com
a população em quarentena ou com todos trabalhando e
voltando às aulas. A experiência dos países que
entraram atrasados na quarentena mostrou que o vírus
se dissemina rapidamente. Assim, se todos voltarem
ao trabalho, em breve milhões estarão doentes e as
empresas, escolas e universidades serão obrigadas a
fechar suas portas por falta de empregados,
consumidores, estudantes e professores”, ressalta o
professor.
De acordo com Sicsú, “não há escapatória” para as
perdas econômicas. “A economia já perdeu. Resta
saber se vamos perder também vidas ou não”, afirma.
Ele destaca, ainda, que as perdas econômicas podem
ser amenizadas com a liberação de dinheiro para
ajudar empresas e trabalhadores, além dos mais
pobres e miseráveis. Para garantir esses recursos,
diz, o governo pode aumentar sua dívida ou imprimir
dinheiro. “Ainda que em quarentena, [as pessoas]
saberão irrigar a economia com os seus recursos”,
avalia João Sicsú.
O professor qualificou a proposta de Bolsonaro de
suspender a quarentena de “tresloucada”. “Apenas
impõe um sofrimento maior para a população. Jamais
conseguiria estancar as perdas econômicas. Imaginem
o que aconteceria com a economia da Itália se
continuassem desacreditando na voracidade do
coronavírus”, comentou. Sicsú foi diretor de
Políticas e Estudos Macroeconômicos do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) entre 2007 e
2011.
Fonte: Portal Vermelho
27/03/2020 -
No meio da epidemia do coronavírus, bancos
brasileiros elevam juros e travam negociações
A Febraban, entidade que representa os bancos,
anunciou, no dia 16 de março, que as cinco maiores
instituições financeiras do país estavam abertas
para discutir a prorrogação, por 60 dias, dos
vencimentos de dívidas de empresas. A informação é
do jornal Folha de S.Paulo.
A reportagem diz também que nem uma quinzena se
passou, e o que se ouve nas empresas que buscam
negociar com os bancos é exatamente o oposto —não
importa o setor, o porte do negócio ou o cargo do
interlocutor.
A nota da Febraban destacava que a prioridade dos
bancos era apoiar especialmente micro e pequenas
empresas, proteger o emprego e a renda, numa
eventual crise provocada pela epidemia de
coronavírus no Brasil.
Proprietários de médios e pequenos negócios disseram
à reportagem que os maiores bancos elevaram os juros
em todas as operações.
Capital de giro, antecipação de recebíveis e até de
empréstimo de longo prazo, que já estavam em
negociação havia tempos e prestes a serem liberados,
tiveram as taxas de juros elevadas de uma semana
para outra. Há casos em que as taxas dobraram e até
triplicaram.
Fonte: Brasil247
27/03/2020 -
Governadores dizem que Mandetta “lamentavelmente”
cedeu à pressão de Bolsonaro
Os governadores de todo o país repudiaram a nova
postura do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta,
que se submeteu ao discurso de Jair Bolsonaro contra
o isolamento da população em meio à pandemia de
coronavírus. A informação foi divulgada nesta sexta
(27) pelo jornal O Globo.
Mandetta cedeu à pressão de Jair Bolsonaro para não
perder seu cargo no governo, segundo a concepção
unanime dos governadores de estado, acrescenta a
reportagem.
Os chefes de Executivos estaduais, que adotaram
medidas restritivas para conter a propagação do novo
coronavírus, inicialmente defendidas pelo ministro
da Saúde, disseram ao Globo, em caráter reservador,
que “lamentavelmente” o Mandetta cedeu a uma
“posição subalterna” aos interesses de Jair
Bolsonaro.
Fonte: Brasil247
27/03/2020 -
Plenário aprova dispensa de atestado médico para
trabalhador infectado pelo coronavírus
O objetivo é evitar uma corrida aos hospitais na
busca de atestado para justificar faltas
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta
quinta-feira (26), o Projeto de Lei 702/20, que
dispensa apresentação de atestado médico para
justificar falta de trabalhador infectado por
coronavírus ou que teve contato com doentes. A
proposta segue para o Senado Federal.
O projeto garante afastamento por sete dias,
dispensado o atestado médico, mas obriga o empregado
a notificar o empregador imediatamente.
Em caso de quarentena imposta, o trabalhador poderá
apresentar, a partir do oitavo dia, justificativa
válida, atestado médico, documento de unidade de
saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) ou documento
eletrônico regulamentado pelo Ministério da Saúde.
A regra vale enquanto durar a emergência pública em
saúde relacionada à pandemia do coronavírus.
Desburocratização
O projeto é de autoria do deputado Alexandre Padilha
(PT-SP) e outros nove parlamentares que integram a
comissão externa criada para acompanhar as ações
contra o coronavírus (Covid-19).
Padilha disse que a norma segue orientação do
Ministério da Saúde para desafogar as unidades de
saúde diante da pandemia. "Hoje, quem tem sintomas e
precisa ficar em casa tem que ir atrás da unidade de
saúde ou de um médico para arrumar um atestado e
comprovar os dias que está em casa. Com a proposta,
ele será dispensado por sete dias e, a partir do
oitavo, tem outras opções. Vamos reduzir a pressão
sobre os sistemas de saúde", afirmou.
O texto aprovado é o substitutivo da deputada Alice
Portugal (PCdoB-BA), que incluiu algumas alterações
a pedido de líderes partidários. Ela destacou a
importância de desburocratizar as faltas por saúde
durante a pandemia de coronavírus.
O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP),
foi quem sugeriu a isenção do atestado também para
as pessoas que tiveram contato com infectados por
coronavírus – o texto inicial falava apenas dos
doentes.
Sampaio destacou que é preciso comunicar o
empregador de antemão. "Podemos estar falando de um
grande número de empregados que estiveram em contato
com infectados, por isso é importante notificar o
empregador de alguma forma", afirmou.
Fonte: Agência Câmara
26/03/2020 -
Nota Coronavírus: Os protocolos e recomendações da
OMS não devem ser flexibilizados!
Companheiros e companheiras,
De quarentena em respeito às recomendações de proteção
pessoal e social, procuramos preservar, na medida em
que a tecnologia nos permite, as atividades que
outrora executávamos presencialmente. Essa não é uma
opção, mas uma imposição da pandemia que nos
acomete.
Com imensa preocupação, eu e meus companheiros de
jornada observamos o descolamento das recomendações
científicas por parte de determinadas autoridades
políticas e empresariais. O pronunciamento do
excelentíssimo Sr. Presidente da República, Jair
Messias Bolsonaro, na noite desta terça-feira
(25/03), foi o ápice do que consideramos o mais
perigoso e inconsequente discurso de um homem
público há anos.
Nações do mundo inteiro, sem exceção, vêm adotando
medidas cada vez mais restritivas na tentativa, até
então insuficientes, de aplacar a brutal escala de
contágio do novo coronavírus. Somente no Brasil
ouvimos discursos – de empresários a integrantes do
governo - favoráveis ao chamado “lockdown vertical”
(isolamento vertical), deixando apenas idosos,
pessoas com comorbidades preexistentes e indivíduos
infectados ou com sintomas causados pelo novo
coronavírus fora das atividades de suas comunidades.
A crença na eficácia dessa alternativa, sem medo de
errar, não leva em conta nossas características
geográficas e de densidade demográfica. Ela
simplesmente não serve para milhões de trabalhadores
brasileiros que moram nas periferias e nas favelas
onde, via de regra, dividem o pequeno espaço físico
de seus lares com uma dezena de pessoas, entre elas,
idosos.
O equivocado discurso, como esperávamos, chocou boa
parte da comunidade científica, infectologistas e
entidades de saúde, uma vez que está na contramão de
todas as recomendações até aqui apresentadas pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). A sobrecarga do
sistema de saúde por muitos casos de pacientes
jovens retiraria, inevitavelmente, vagas para o
atendimento de outras enfermidades, acidentes, e
demais lesões ou doenças que requerem procedimentos
médicos. Milhares morreriam por falta de estrutura e
atendimento.
Consideramos urgente a necessidade de o governo
alocar recursos para a viabilização de uma “renda
mínima cidadã”, garantindo alguma estabilidade ao
mercado consumidor interno e à proteção tão
necessária em períodos de iminente colapso econômico
e social, bem como, não menos urgente,
necessitaremos de investimentos massivos, com
recursos federais, para a construção de hospitais de
campanha e aquisição de respiradores para o
atendimento dos casos mais agudos da doença.
A pandemia não escolhe raça, ideologia, credo
religioso, opção sexual ou classe social. Ela
atinge, indistintamente, todos nós! Cientes disso, a
Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST e a
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
– CNTI, por meu intermédio, fizeram encaminhamentos
aos presidentes da Câmara e do Senado, com a
finalidade de estabelecer diretrizes e medidas, em
caráter de urgência, tendo em vista a grave crise
que abate sobre o mundo e, em especial, sobre nosso
país.
Conclamamos a todos o rigor de seguir e disseminar as
recomendações científicas de controle do
coronavírus. Entre as mais importantes, a permanente
vigilância de manter-se isolados socialmente.
Somente com a colaboração de TODOS, talvez
consigamos estancar, no período de alguns meses, a
curva de crescimento da contaminação pandêmica.
Qualquer deslize nesse momento decisivo, pode
representar perda de tempo precioso, multiplicando
as mazelas sanitárias, econômicas e sociais, com
consequências absolutamente drásticas e
imprevisíveis.
Com fé em Deus e no avanço científico iremos
superar, o mais breve possível, esse enorme desafio!
Clique AQUI e
baixe o ofício encaminhado ao presidente do Senado
Federal, Davi Alcolumbre
Clique AQUI
e baixe o ofício encaminhado ao presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia
José Calixto Ramos
Presidente da NCST
Fonte: NCST
26/03/2020 -
Maia cobra “orçamento de guerra” para garantir renda
a trabalhadores informais
O presidente da Câmara defende o pagamento de pelo
menos R$ 500 mensais durante a pandemia do novo
coronavírus
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
defendeu em entrevista coletiva realizada nesta
quinta-feira (26) a adoção de um pagamento de R$ 500
por mês para trabalhadores informais durante o
período de quarentena do novo coronavírus.
“Não é possível que a gente não possa garantir aos
informais, ao Bolsa Família, uma renda num período
de três meses. Estamos construindo um valor de R$
500 para trabalhadores informais”, disse o
parlamentar.
Maia elogiou o pacote de 1 bilhão de dólares que os
Estados Unidos pretendem gastar e pediu que sejam
gastos, pelo menos, R$ 300 bilhões no Brasil para o
enfrentamento aos impactos que a pandemia pode
causar.
“Precisamos garantir os emprego das pequenas e
médias empresas, construir alternativas empréstimos
de longo prazo com o governo sendo garantidor, como
foi feito em 2008”, disse.
Segundo ele, a visão tem que ser de “guerra”. “Numa
guerra, todos precisam trabalhar em conjunto para
reduzir danos econômicos, sociais e soluções que
vão, sobretudo, garantir vidas”, afirmou.
”Não acho que a gente deva estar olhando para R$ 5
bilhões, R$ 10 bilhões. Eu acho que o Brasil teria
que gastar de R$ 300 a R$ 400 bilhões para enfrentar
a crise”, completou.
Os partidos de oposição apresentaram um projeto que
cria o Programa de Renda Cidadã Emergencial, com o
objetivo de garantir renda para famílias, urbanas e
rurais, em condição de vulnerabilidade social –
incluindo trabalhadores informais. As famílias
receberiam pelo menos um salário mínimo durante o
período.
O Renda Cidadã Emergencial está sendo avaliado pela
Câmara nesta quinta-feira.
Com informações do Uol e do R7
Fonte: RevistaForum
26/03/2020 -
Centrais sindicais discutem com presidente do STF
medidas de proteção do emprego durante pandemia
Entre as propostas que serão compiladas está a
criação de um comitê técnico para buscar soluções ao
impacto econômico gerado pelas ações de enfreamento
ao novo coronavírus.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Dias Toffoli, participou, na manhã desta
quinta-feira (26), de videoconferência com líderes
de movimentos sindicais para discutir medidas a
serem adotadas junto ao setor produtivo, o
Congresso, o Judiciário e o governo federal diante
da crise econômica causada pelo enfrentamento ao
novo coronavírus.
A reunião, solicitada pelos presidentes de sete
centrais sindicais, abordou uma agenda prioritária
para preservação do emprego e renda dos
trabalhadores durante e após a pandemia global. Os
líderes sindicais destacaram a importância de se
julgar ações impetradas no Supremo no âmbito da
Medida Provisória nº 927, bem como apresentaram
propostas de proteção aos trabalhadores e defenderam
a criação de um comitê técnico formado por
autoridades médicas, setor produtivo e movimentos
sociais.
"Há uma unidade de sentido que é a defesa da saúde
aliada à defesa do emprego e do parque produtivo, já
que este último não tem interesse em perder o
capital humano acumulado", disse o presidente do
STF, Dias Toffoli, ao lembrar de videoconferência
com empresários na segunda-feira (23).
Fundo
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Sérgio Nobre, alertou para o impacto da pandemia nas
micro e pequeno empresas, responsáveis por mais da
metade dos empregos do país, segundo ele. "Essas
empresas não têm recurso para sobreviver. Podemos
chegar a 40 milhões de desempregados. Devemos seguir
o modelo de outros países que estão criando fundos
para sustentar as empresas e o sistema produtivo",
destacou.
Para Toffoli, “nesse momento de dificuldade para
todos os brasileiros, o Estado precisa propor
soluções de auxílio aos diversos setores da
sociedade para a economia continuar girando",
indicou o ministro lembrando que qualquer solução
precisa ser acordada para ser sustentável.
Os líderes sindicais demonstraram especial
preocupação com a MP/927, que dispõe sobre as
medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de
calamidade pública. O presidente do STF salientou
que todas as ações no STF relacionadas ao
coronavírus são monitoradas e estão sendo
priorizadas.
Comitê
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah, reforçou a criação de um pacto
nacional para que haja uma contribuição no sentido
de diminuir a tensão que toma conta do país. Já
Sérgio Nobre adiantou ter enviado ao Congresso
Nacional proposta para que seja estabelecido um
fórum de entidades representativas da sociedade
civil, Legislativo, Judiciário, centras sindicais e
empresários para uma atuação coordenada nesse
"momento dramático".
Dias Toffoli considerou importante a criação de um
comitê técnico gestor para centralizar decisões e
estabelecer protocolos em outras áreas, como
transporte e serviços de água e energia, bem como
buscar garantias de retorno às unidades de produção.
"Mostra-se necessária a atuação da Justiça como uma
pacificadora e muitas vezes articuladora quando há
algum tipo de conflito, seja entre Poderes, seja
entre os entes da federação, até por que a
característica específica do Supremo é exatamente
ser um moderador dos conflitos federativos",
concluiu.
Participaram também da videoconferência os
presidentes da Força Sindical, Miguel Torres; da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CTB), Adilson Araújo; da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), José Calixto; e o deputado
federal Paulinho da Força, entre outros líderes e
assessores.
Assessoria de Comunicação da Presidência
Fonte: STF
26/03/2020 -
Moraes suspende trecho de MP sobre pedidos de acesso
à informação
Ministro atende a pedido liminar de suspensão
feito pela OAB
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), decidiu hoje (26) derrubar a eficácia
do dispositivo da Medida Provisória 928/2020 que
suspendeu prazos de resposta de pedidos de acesso à
informação nos órgãos públicos que estão em regime
de teletrabalho ou quarentena durante a pandemia do
novo coronavírus.
O ministro atendeu a um pedido liminar de suspensão
feito pelo presidente da Ordem dos Advogados Brasil
(OAB), Felipe Santa Cruz. A entidade alegou que a
suspensão comprometeria a transparência das
informações públicas. Cabe recurso ao plenário do
STF.
Pelo texto da MP, os pedidos de acesso a informações
relacionados ao enfrentamento da emergência de saúde
pública seriam atendidos com prioridade. Dessa
forma, os pedidos não prioritários pendentes de
resposta por conta dessa suspensão de prazo deveriam
ser renovados em até dez dias, após o encerramento
do estado de calamidade pública, que vai até 31 de
dezembro deste ano.
Na decisão de derrubar o dispositivo da MP, Moraes
entendeu que a Constituição determina a publicidade
e transparência dos atos estatais e obriga o
fornecimento de informações públicas, exceto nas
hipóteses de constitucionais de sigilo.
“Na hipótese em análise, entendo presentes os
requisitos para a concessão da medida cautelar
pleiteada, pois o artigo impugnado pretende
transformar a exceção – sigilo de informações – em
regra, afastando a plena incidência dos princípios
da publicidade e da transparência."
Fonte: Agência Brasil
26/03/2020 -
Paulo Guedes quer cortar salários de servidores para
amparar informais e desempregados
A ideia foi levada pelo ministro ao presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, que viu a proposta com bons
olhos
Enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes,
cumpre quarentena em seu apartamento no bairro do
Leblon, no Rio de Janeiro, ele continua planejando
seu pacote de maldades. Após a Medida Provisória que
permitia a suspensão dos salários por quatro meses
sem nenhum amparo da União perante os trabalhadores,
Guedes agora quer cortar salários de servidores.
Com o objetivo de garantir recursos para os cerca de
55 milhões de desempregados ou em condições de
trabalho informal, Guedes pretende reduzir em 30%
salários de funcionários públicos que recebam mais
de 10 mil reais por três meses.
Com a medida, o governo espera ter à disposição mais
de 130 bilhões de reais para distribuir às pessoas
em condição de maior vulnerabilidade uma quantia
entre 300 e 400 reais, em contrapartida à proposta
da medida provisória — que, como adiantou o
secretário de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco,
será reeditada com medidas de auxílio da União para
estes trabalhadores.
A ideia foi levada pelo ministro ao presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, que viu a proposta com bons
olhos. Ele se comprometeu a trabalhar com o ministro
e arrefecer o clima belicoso estimulado pelo
presidente Jair Bolsonaro.
Guedes convenceu Maia que a medida permitiria o
respiro das contas públicas para quando a crise
arrefecer e a atividade econômica for reestabelecida.
A solução é criar um “orçamento paralelo” para o
combate à doença, sem ferir de morte as contas do
país. O ministro já informou ao presidente que o
país consegue sobreviver sem os serviços e comércios
em pleno funcionamento apenas até o dia 7 de abril.
Com informações da Veja
Fonte: RevistaForum
26/03/2020 -
Rodrigo Maia diz que suspensão de isolamento é
pressão de investidores
Maia defendeu que os governadores se desviem
desse debate e foquem sua atuação na defesa das
vidas de cidadãos.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
disse nesta quarta-feira (25) durante reunião com os
27 governadores brasileiros que o debate sobre
manter ou não o isolamento das pessoas em razão da
pandemia do novo coronavírus é resultado de pressão
de investidores da bolsa de valores.
Segundo Maia, esses investidores se deixaram levar
pela euforia e estariam frustrados com as perdas das
últimas semanas na bolsa. “A gente tem que sair
deste enfrentamento sobre abrir ou não abrir, sair
ou não sair do isolamento, porque isso nada mais é
do que a pressão de milhares de pessoas que
aplicaram os seus recursos na bolsa [de valores] e
acreditaram no sonho da prosperidade da bolsa com
150 mil pontos, e hoje ela está a 70 mil pontos, por
vários problemas”, disse o deputado em
teleconferência.
Maia defendeu que os governadores se desviem desse
debate e foquem sua atuação na defesa das vidas de
cidadãos.
De acordo com Maia, a pressão dos investidores
começou há “quatro ou cinco dias” e teria refletido
na mudança do nível de adesão do governo federal às
recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) concordou com a
avaliação de Maia e disse que o presidente da Câmara
“foi ao fulcro do problema”. “Investidores que foram
para os riscos da bolsa e estão perdendo dinheiro
pressionam pela saída do isolamento. Risco é para
ganhar e para perder. A vida dos brasileiros precisa
estar acima disso”, defendeu o parlamentar.
Com informações de O Globo
Fonte: Portal Vermelho
25/03/2020 -
Pronunciamento de Bolsonaro sobre o coronavírus
provoca repúdio geral
Durante a fala irresponsável do presidente em
cadeia nacional de rádio e TV, inúmeras cidades do
Brasil voltaram a ter “panelaços” – pelo oitavo dia
seguido
No dia em que a pandemia do coronavírus totalizou
2.201 casos confirmados e 46 mortes no País, Jair
Bolsonaro fez um dos mais escandalosos e
irresponsáveis discursos de um presidente
brasileiro. Não por acaso, nos cinco minutos de
pronunciamento presidencial em cadeia nacional de
rádio e TV nesta terça-feira (24), inúmeras cidades
do Brasil voltaram a ter “panelaços” – pelo oitavo
dia seguido. O repúdio à sua fala nesta noite foi
geral.
“É estarrecedor!”, resumiu a presidenta do PCdoB e
vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos.
“Depois de um dia inteiro de medidas que pareciam
demonstrar algum tipo de racionalidade para lidar
com a pandemia, o presidente Bolsonaro, em
pronunciamento, persiste num caminho que ameaça a
vida dos homens e mulheres do nosso país. É preciso
continuar firme com as medidas implantadas pelos
governadores do Brasil, e que têm apresentado
resultados positivos, em todo o mundo, na prevenção
ao coronavírus e na garantia do emprego e da renda.
“Bolsonaro ultrapassou todos os limites”, expressou
a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), candidata
a vice-presidenta nas eleições 2018. “Ao chamar as
pessoas a voltarem à vida normal, (o presidente)
está empurrando os brasileiros para a morte.
Considerando a quantidade de pessoas que pode
segui-lo, está promovendo um genocídio.”
Na TV, Bolsonaro minimizou os riscos de contaminação
da doença, criticou o confinamento em massa,
defendeu a circulação normal do transporte público e
criticou o fechamento temporário de escolas,
comércios e fronteiras. De forma demagógica,
tentando responsabilizar governadores e prefeitos
pelos impactos econômicos decorrentes da necessária
quarentena, o presidente falou em “histeria” e
blefou com a população.
“Algumas poucas autoridades estaduais e municipais
devem abandonar o conceito de terra arrasada, a
proibição de transportes, o fechamento de comércio e
confinamento em massa”, tergiversou Bolsonaro,
minimizando os riscos à saúde e à própria vida dos
brasileiros. “Nossa vida tem que continuar. Os
empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias
deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à
normalidade”.
O presidente declarou que a grande mídia errou ao
comparar o Brasil à Itália. “Grande parte dos meios
de comunicação foram na contramão, espalharam
exatamente a sensação de pavor, tendo como
carro-chefe o anúncio do grande número de vítimas na
Itália, um país com grande número de idosos e com
clima totalmente diferente do nosso.” As
estatísticas oficiais – ou seja, do próprio governo
federal – indicam que a curva de expansão do
coronavírus não apenas se assemelha ao da Itália. Em
alguns segmentos, o ritmo de avanço da pandemia
entre brasileiros é maior do que entre italianos.
A fala presidencial, no entanto, não apresentou
nenhuma nova medida para enfrentar os efeitos
perversos do coronavírus. Ao defender a reabertura
de escolas, Bolsonaro alegou, ardilosamente, que
apenas pessoas acima dos 60 anos de idade estão no
grupo de risco e insinuou não haver risco de morte
por Covid-19 para quem tem menos de 40 anos. A
informação é falsa. Segundo a OMS (Organização
Mundial de Saúde), há registro, sim, de morte de
crianças e jovens, em diversos países, por conta da
Covid-19.
Sem apresentar evidências, o presidente afirmou que
90% da população não terá qualquer manifestação da
doença, caso se contamine. Só omitiu que, mesmo se
apenas 10% da população brasileira for atingida,
esse contingente equivale a mais de 2,1 milhões de
pessoas. O SUS (Sistema Único de Saúde), sem
condições de enfrentar essa demanda, ainda que
dispersa por quatro ou cinco meses, teria
superlotação e crise.
A fala presidencial ainda teve ataques velados ao
médico Dráuzio Varella, colaborador da TV Globo.
Recorrendo à fake news que descontextualiza uma fala
de Dráuzio, Bolsonaro afirmou que, por ter
“histórico de atleta”, não desenvolveria sintomas da
Covid-19, mas, sim, “uma gripezinha”, “um
“resfriadinho”.
Repercussão
O pronunciamento de Bolsonaro foi duramente
rechaçado por autoridades de todo o Brasil.
“Pronunciamento de hoje mostra que há poucas
esperanças de que Bolsonaro possa exercer com
responsabilidade e eficiência a Presidência da
República. Os danos são imprevisíveis e
gravíssimos”, tuitou o governador Flávio Dino (PCdoB-MA).
“O País precisa de uma liderança séria, responsável
e comprometida com a vida e a saúde da sua
população. Consideramos grave a posição externada
pelo presidente da República”, disse o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O líder da Minoria
no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que
Bolsonaro “vai passar para a história como a
primeira vez em que um chefe de Estado usou a cadeia
de rádio e TV para espalhar mentiras – mentiras que
podem levar as pessoas à morte”.
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), ex-líder
da Minoria na Câmara, a mensagem presidencial foi
“criminosa” e contraditória com as próprias ações do
governo Bolsonaro. “E olha que coisa absurda! O
Ministério da Saúde segue corretamente as normas
mundiais da OMS, mas o presidente criminoso vai para
cadeia de rádio e TV defender fim de quarentena”,
registrou Jandira, nas redes.
Na mesma linha foi o deputado federal Orlando Silva
(PCdoB-SP): “Nunca vi tamanha arrogância e
irresponsabilidade. Bolsonaro não consegue, por não
ter discernimento nem autoridade moral, conduzir
nenhum esforço de combate ao coronavírus”, tuitou.
De acordo com Orlando, além de ser “um estorvo para
o Brasil”, o presidente “não foi apenas oligofrênico
em seu disparatado pronunciamento – ele também
cometeu crime ao chamar as pessoas a voltarem à vida
normal”.
À Folha de S.Paulo, um ministro do STF (Supremo
Tribunal Federal) declarou que o presidente da
República, com sua postura “errática”, “dobra a
aposta ao propor o fim de medidas restritivas, indo
na contramão do mundo”.
Já Felipe Santa Cruz, presidente da OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil), apelou aos brasileiros que
ignorem as falácias bolsonaristas: “Entre a
ignorância e a ciência, não hesite. Não quebre a
quarentena por conta deste que será reconhecido como
um dos pronunciamentos políticos mais desonestos da
história.”
Fonte: Portal Vermelho
25/03/2020 -
Maia critica pronunciamento de Bolsonaro e pede
sensatez, equilíbrio e união
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
criticou o pronunciamento do presidente da
República, Jair Bolsonaro, que pediu o fim do
isolamento e pregou a volta à normalidade em razão
do coronavírus. Maia afirmou, por meio das redes
sociais, que a fala de Bolsonaro nesta terça-feira
(24) foi equivocada ao atacar a imprensa, os
governadores e os especialistas em saúde pública.
“Desde o início desta crise venha pedindo sensatez,
equilíbrio e união”, afirmou o presidente da Câmara.
Maia pediu aos brasileiros que sigam as normas
determinadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
e pelo Ministério da Saúde em respeito aos idosos e
a todos os que estão em grupo de risco. Ele
ressaltou ainda que o Congresso Nacional vai votar
medidas importantes para conter a pandemia e ajudar
empresários e trabalhadores.
“O momento exige que o governo federal reconheça o
esforço de todos – governadores, prefeitos e
profissionais de saúde – e adote medidas objetivas
de apoio emergencial para conter o vírus e [apoio]
aos empresários e empregados prejudicados pelo
isolamento social”, destacou Maia.
Fonte: Agência Câmara
25/03/2020 -
Davi e Anastasia pedem, em nota, responsabilidade ao
presidente Bolsonaro
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o
vice-presidente, Antonio Anastasia, divulgaram há
pouco nota classificando como "graves" as
declarações do presidente Jair Bolsonaro, feitas em
cadeia nacional na noite desta terça-feira (24). No
pronunciamento à população, Bolsonaro afirmou que o
país deve voltar à normalidade e abandonar o
conceito de "terra arrasada", com reabertura do
comércio e das escolas.
"Consideramos grave a posição externada pelo
presidente da República hoje, em cadeia nacional, de
ataque às medidas de contenção ao covid-19. Posição
que está na contramão das ações adotadas em outros
países e sugeridas pela própria Organização Mundial
da Saúde (OMS). A Nação espera do líder do
Executivo, mais do que nunca, transparência,
seriedade e responsabilidade", diz a nota da
Presidência do Senado.
Confira a íntegra do comunicado.
Nota à imprensa
"Neste momento grave, o País precisa de uma
liderança séria, responsável e comprometida com a
vida e a saúde da sua população. Consideramos grave
a posição externada pelo presidente da República
hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de
contenção ao covid-19. Posição que está na contramão
das ações adotadas em outros países e sugeridas pela
própria Organização Mundial da Saúde (OMS).
Reafirmamos e insistimos: não é momento de ataque à
imprensa e a outros gestores públicos. É momento de
união, de serenidade e equilíbrio, de ouvir os
técnicos e profissionais da área para que sejam
adotadas as precauções e cautelas necessárias para o
controle da situação, antes que seja tarde demais. A
Nação espera do líder do Executivo, mais do que
nunca, transparência, seriedade e responsabilidade.
O Congresso continuará atuante e atento para
colaborar no que for necessário para a superação
desta crise."
Davi Alcolumbre, Presidente do Senado
Antônio Anastasia, Vice-presidente do Senado
Fonte: Agência Senado
25/03/2020 -
Caiado rompe com Bolsonaro e diz que vai manter
isolamento total
Aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro, o
governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que
também é médico, disse que o estado não deverá
seguir as recomendações feitas por Jair Bolsonaro
que envolvem o fim do confinamento coletivo e a
reabertura do comércio e de empresas, entre outros
pontos. Ainda conforme o governador, a comunicação
com Bolsonaro será feita somente por meio de
comunicados oficiais.
“Quero deixar claro, com muita tranquilidade, mas
com autoridade de governador e o juramento de
médico, que as decisões do presidente da República
na área de saúde não alcançarão o estado de Goiás",
declarou.
"As decisões de Goiás serão tomadas por mim e
decisões da OMS e povo técnico do Ministério da
Saúde. Não posso concordar com um presidente que vem
a público sem ter consideração com seus aliados. Não
posso admitir que o presidente venha agora lavar as
mãos e responsabilizar outros", completou Caiado em
seguida.
Fonte: Brasil247
25/03/2020 -
Ministro do STF mantém MPs editadas para combater
efeitos da pandemia
Marco Aurélio negou pedido da Rede
Sustentabilidade
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco
Aurélio negou hoje (25) pedido da Rede
Sustentabilidade para suspender dispositivos das
medidas provisórias (MPs) 926/2020 e 927/2020,
editadas pelo presidente Jair Bolsonaro em meio à
situação de calamidade pública provocada pela
pandemia do novo coronavírus (covid-19).
A MP 926 estabeleceu que decisões estaduais que
determinem a restrição de locomoção intermunicipal
devem ser condicionadas à fundamentação técnica da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A
MP 927 normatizou medidas trabalhistas durante o
período de enfrentamento da doença.
Na decisão, o ministro Marco Aurélio entendeu que as
medidas provisórias ainda serão analisadas pelo
Congresso e não há motivos para intervenção da
Justiça neste momento.
Fonte: Agência Brasil
25/03/2020 -
Dieese: nova MP só atende empresários e reduz
direitos
Instituto lembra que medidas não consideram
participação dos sindicatos e nem levam em conta as
condições de saúde e segurança no trabalho
As medidas contidas na Medida Provisória (MP) 927
“só atenderam o setor empresarial e se baseiam
unicamente na redução das prerrogativas dos
trabalhadores”, diz o Dieese em nota técnica. O
instituto cita a possibilidade de alterar regras
como jornada, férias, turnos de revezamento e
vigências de acordos e convenções coletivas, na
medida em que a MP prevê negociações individuais,
enfraquecendo o trabalhador.
“Sabe-se que a negociação individual entre empregado
e empregador é totalmente desequilibrada em favor
deste último, o que se acentua ainda mais num
momento de crise e desemprego”,afirma o Dieese.
“Portanto, na prática, a renegociação dos contratos
se constitui em carta branca para os empregadores
imporem os próprios interesses em detrimento dos
trabalhadores. E, para viabilizar a soberania do
empresário, o governo tolhe ainda mais as
prerrogativas dos sindicatos em defender os
trabalhadores a entidade representa.”
Depois da reação negativa, o governo retirou o
artigo 18 da MP, que permitia suspender contratos e
pagamento de salários por até quatro meses. Mas a
medida contém outros itens negativos para os
trabalhadores, e existe pressão para que o Congresso
devolva o texto ao Executivo.
Sem negociação coletiva?
Na nota, o Dieese faz dois questionamentos sobre o
conteúdo da MP, divulgada na noite de domingo (22).
“Se a crise atinge o conjunto dos trabalhadores, por
que não subordinar eventuais soluções à negociação
coletiva com os sindicatos, numa hora em que o
trabalhador, individualmente, encontra-se tão
fragilizado? Como impedir que um empregador
inescrupuloso force um acordo individual amplo e o
caracterize como ‘com vistas à manutenção do vínculo
de emprego’ – termo por demais genérico –, sem
sequer assegurar de fato esse vínculo?”
O instituto observa que as medidas apresentadas pelo
governo não garantem a manutenção do emprego, nem a
remuneração. “Logo de início, o texto faz menção à
hipótese de ‘força maior’, prevista no Artigo 501 da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para
caracterizar a situação de calamidade pública. Nesse
sentido, a MP autoriza, entre outras ações, a
redução salarial de até 25%, sem correspondente
redução da jornada, como disposto no Artigo 503 da
mesma CLT”, diz o Dieese, lembrando que esse artigo
é controverso: “A Constituição Federal condiciona a
redução salarial à negociação coletiva”.
Outro item previsto é o do chamado teletrabalho,
“adotado a critério do empregador, independentemente
da existência de acordo individual ou coletivo
prévio a respeito”, observa o Dieese. “Importa notar
que o empregador não é obrigado a estabelecer o
teletrabalho mesmo quando a situação epidêmica
colocar em risco a saúde dos empregados, revelando
que essa medida atende apenas o interesse de uma das
partes.”
A entidade comenta ainda tópicos como antecipação de
férias individuais e concessão de férias coletivas,
feriados, banco de horas, saúde e segurança,
postergação do pagamento do FGTS, prorrogação de
jornada dos profissionais da saúde, suspensão da
fiscalização e descaracterização do covid-19 como
doença ocupacional, “exceto se houver comprovação do
nexo causal”.
O Dieese destaca ainda a falta de participação das
entidades sindicais nas ações, “tornando notório o
desprezo do governo a qualquer processo de
negociação entre empresas e sindicatos, o que
enfraquece o lado dos trabalhadores nesse momento
agudo de crise”. E considera “notório também o
descaso com as condições de vida e de segurança do
trabalhador, visto que não são propostas quaisquer
medidas econômicas ou sanitárias nesse sentido”.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/03/2020 -
Angelo Coronel sugere moratória para encargos
trabalhistas
O senador Angelo Coronel (PSD-BA) apresentou uma
sugestão à medida provisória que dispõe sobre as
medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de
calamidade pública (MP 927/2020). Ele propõe que os
empregadores possam adiar por seis meses, após o fim
do estado de calamidade, o recolhimento de
contribuições previdenciárias sobre a folha de
pagamento, ou que o saldo devedor possa ser
parcelado em até 24 meses. Angelo Coronel acredita
que essa mudança é importante para empresas que
geram emprego e renda e, ao mesmo tempo, representa
uma proteção aos trabalhadores que não podem ficar
sem salário num momento de pandemia como esse.
Fonte: Agência Senado
25/03/2020 -
Suspensão de serviços presenciais não impede
notificações na Justiça do Trabalho
O Tribunal Superior do Trabalho publicou ato (Ato
TST.GP 133) mantendo as notificações de suspensão
durante o período de suspensão de serviços
presenciais na corte.
Isso permite que as publicações de pautas, decisões
monocráticas e acórdãos continuem a ocorrer. O novo
ato altera o publicado na última semana que
suspendeu as sessões de julgamento e os prazos
processuais até o dia 31 de março.
Prazo para juízes
Nesta segunda-feira (23/3), o corregedor-geral da
Justiça do Trabalho, ministro Aloysio Corrêa da
Veiga, editou a Recomendação 6/GCGJT informando que
a suspensão de prazos processuais não afeta prazos
para juízes proferirem decisões interlocutórias e
sentenças. Esses prazos estão previstos no artigo
226, incisos II e III, do Código de Processo Civil.
O corregedor explicou que a suspensão determinada
pelo TST trata especificamente das atividades
presenciais, mas mantém a continuidade dos serviços
por meio de trabalho remoto. Além disso, o inciso II
do artigo 3º do ato prevê a elaboração de despachos
e decisões judiciais e administrativas como
atividade essencial. Com informações das Assessorias
de Imprensa do TST e do CSJT.
Fonte: Consultor Jurídico
24/03/2020 -
Bolsonaro golpeia democracia suspendendo Lei de
Acesso à Informação
Parlamentares reagiram de imediato e prometem
derrubar a medida provisória 928 que eles avaliam
como autoritária e sem cabimento
Na calada da noite desta segunda-feira (23),
Bolsonaro editou nova medida provisória (928) para
revogar artigo que suspendia salários de
trabalhadores por quatro meses, mas aproveitou para
introduzir um jabuti na MP (matéria estranha) que
acaba com a Lei de Acesso à Informação.
Parlamentares reagiram de imediato e prometem
derrubar medida provisória considerada draconiana,
típica de governos autoritários.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que o
presidente deu mais um largo passo em direção ao
autoritarismo, “justamente quando todo mundo precisa
e exige transparência no combate ao coronavírus”.
“E Bolsonaro apronta mais uma. Na MP 928 que
revogaria o corte dos salários dos trabalhadores por
quatro meses, ele não perdeu a viagem. E acaba com a
Lei de Acesso à Informação”, protestou o deputado
Orlando Silva (PCdoB-SP).
O líder da Minoria na Câmara, deputado José
Guimarães (PT-CE), considerou um ataque à
transparência.
“O que Bolsonaro tenta esconder alterando prazos de
respostas via Lei de Acesso à Informação? Mais uma
medida autoritária na calada da noite (de novo).
Justamente em um momento de medidas e compras
emergenciais. Aí tem!”, questionou.
Para o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), Bolsonaro
está pegando carona no coronavírus para diminuir a
transparência do seu governo, como sempre quis.
“Já tentou com decreto, que o forçamos a derrubar.
Agora, insiste por meio de uma MP. O que ele quer
esconder? Bom governo se faz com fiscalização”,
lembrou.
“Bolsonaro mais uma vez está usando politicamente a
crise. Ontem tentou cortar salários, hoje ataca a
transparência pública com uma MP que na prática
acaba com a Lei de Acesso à Informação, fundamental
no combate à corrupção. Mais uma vez vamos
derrotá-lo e derrubar esse absurdo”, afirmou o
deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
Fonte: Portal Vermelho
24/03/2020 -
Davi: Congresso deve garantir direitos dos
trabalhadores
Em nota divulgada nesta segunda (23) sobre a MP
927/2020, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e
o vice-presidente da Casa, Antonio Anastasia,
afirmaram que é dever do Congresso, e também do
Executivo, garantir os direitos dos trabalhadores e
a manutenção do emprego no país, especialmente nesse
momento de crise. De acordo com o texto, o momento é
de diálogo e de convergência.
Editada no domingo (22), a medida provisória recebeu
críticas dos senadores por, entre outras medidas,
autorizar a suspensão dos contratos de trabalho por
até quatro meses. À tarde o presidente Jair
Bolsonaro anunciou que retiraria da proposta a
suspensão dos contratos, mas os senadores seguiram
com as críticas às demais iniciativas da MP.
Veja a íntegra da nota da Presidência do Senado:
"Sobre a MP 927, o Executivo, de fato, precisa
analisar com cuidado e apresentar soluções que
garantam o funcionamento das empresas e a manutenção
dos empregos no país nesse momento que, sabemos, é
gravíssimo. Cabe ao Congresso Nacional a análise
minuciosa das ações propostas. É nosso dever
estudá-las e aperfeiçoa-las. Não fugiremos dessa
responsabilidade. Reiteramos, mais do que nunca, o
momento é de diálogo e de convergência.
O Congresso Nacional e o Executivo, em todos os seus
níveis, precisam trabalhar em harmonia para
apresentar as melhores soluções. É preciso manter o
funcionamento das empresas e a economia do país.
Mas, ao mesmo tempo, temos que garantir os direitos
dos trabalhadores, especialmente nesse momento
difícil de incertezas."
Fonte: Agência Senado
24/03/2020 -
Artigo que previa suspensão de salários é retirado
de MP; veja como ficou a medida
Empregadores e empregados poderão celebrar acordo
individual escrito para evitar a demissão durante a
pandemia
A Medida Provisória 927/20, publicada na noite desde
domingo (22), flexibiliza regras trabalhistas para
conter o impacto da pandemia do novo coronavírus
sobre a atividade econômica. Entre outras ações, a
norma prevê adiamento de recolhimento do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos meses de
março a maio, teletrabalho, prorrogação temporária
de acordos coletivos e antecipação de férias.
A MP também previa a suspensão dos contratos de
trabalho, por até quatro meses. A medida, no
entanto, foi retirada do texto pelo presidente Jair
Bolsonaro após fortes críticas no meio político. A
exclusão se deu por meio da MP 928/20.
Veja os principais pontos da medida provisória:
Contrato individual
Os empregadores e os empregados poderão celebrar
acordo individual escrito para evitar a demissão
durante a pandemia. O acordo terá preponderância
sobre leis e acordos coletivos, respeitados os
limites estabelecidos na Constituição.
FGTS
A MP adia o recolhimento do FGTS, pelos empregadores,
dos meses de março, abril e maio. Os valores não
recolhidos poderão ser pagos em até seis parcelas
mensais a partir de julho, sem incidência de
atualizações, multas e outros encargos. Em termos
legais, o adiamento é chamado de “diferimento”.
Além do diferimento do FGTS, ficam suspensos, por
180 dias, os prazos processuais para apresentação de
defesa e recursos em processos administrativos por
débitos das empresas com o FGTS.
Prorrogação dos acordos
Os acordos e as convenções coletivos vencidos ou
vincendos, no prazo de 180 dias, poderão ser
prorrogados, a critério do empregador, pelo prazo de
90 dias, durante a pandemia.
Teletrabalho
As empresas, a seu critério, poderão alterar o regime
de trabalho presencial para o teletrabalho. O
empregador poderá fornecer os equipamentos, em
regime de comodato (espécie de empréstimos
gratuito), e pagar pelos serviços de infraestrutura,
casos o empregado não os possua.
Férias
O empregador poderá antecipar as férias do empregado,
situação que deverá ser comunicada com antecedência
mínima de 48 horas, por escrito ou por meio
eletrônico, com a indicação do período a ser
usufruído. Trabalhadores que pertençam ao grupo de
risco da covid-19, como idosos, terão prioridade. As
férias poderão ser concedidas mesmo que o
trabalhador ainda não tenha direito.
O empregador poderá ainda, a seu critério, conceder
férias coletivas, notificando o conjunto dos
empregados afetados com antecedência mínima de 48
horas. Para os profissionais da área de saúde ou que
desempenhem funções essenciais, as férias ou
licenças não remuneradas poderão ser suspensas,
mediante comunicação formal da decisão,
preferencialmente com antecedência de 48 horas.
Antecipação de feriados
Os empregadores poderão antecipar feriados não
religiosos federais, estaduais e municipais. Os
feriados poderão ser utilizados para compensação de
saldo em banco de horas. O aproveitamento de
feriados religiosos dependerá de concordância do
empregado.
Exames ocupacionais
Durante o estado de calamidade pública, haverá
suspensão da obrigatoriedade de realização dos
exames médicos ocupacionais, clínicos e
complementares. Os exames serão realizados no prazo
de 60 dias após o encerramento do estado de
calamidade pública. No caso dos exames demissionais,
haverá dispensa caso o último exame ocupacional
tenha menos de 180 dias.
Antecipação do abono
O pagamento do abono salarial devido aos segurados que
receberam, ou recebem, auxílio-doença,
auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte
ou auxílio-reclusão, será antecipado em duas
parcelas (abril e maio). O abono é previsto na Lei
de Benefícios da Previdência Social.
Fiscalização
Nos próximos 180 dias os auditores fiscais do trabalho
atuarão de maneira orientadora, exceto para
irregularidades mais graves, como falta de registro
de empregado, a partir de denúncias, e acidente de
trabalho fatal.
Tramitação
O prazo para apresentação de emendas vai até a próxima
segunda (30).
Fonte: Agência Câmara
24/03/2020 -
Dinheiro precisa chegar a famílias e pequenas
empresas, diz Dieese
Medidas anunciadas pelo BC, que envolveriam R$
1,2 trilhão, não favorecem o cidadão comum, segundo
Fausto Augusto Junior
São Paulo – O Banco Central (BC) anunciou nesta
segunda-feira (24) medidas para injetar R$ 1,2
trilhão no mercado financeiro e aumentar a liquidez,
tentando mitigar os efeitos econômicos do
coronavírus. Para o diretor técnico do Dieese,
Fausto Augusto Junior, são medidas importantes, mas
insuficientes para garantir oferta de crédito às
famílias e pequenas empresas.
Ele voltou a cobrar do sistema financeiro medidas
mais efetivas, como redução dos juros, alongamento
de prazos para o pagamento de dívidas e suspensão de
tarifas para transações online. “É hora de o sistema
financeiro colaborar, com refinanciamento e
alongamento de dívidas e oferta de crédito. Os
recursos estão ainda muito longe de chegar à
economia real. Na verdade, servem mais para proteger
o próprio setor financeiro”, afirmou a Glauco Faria,
para o Jornal Brasil Atual, nesta terça-feira (24).
Entre as ações anunciadas pelo BC, estão a liberação
do compulsório (parcela dos depósitos que os bancos
são obrigados a manter em reservas), mudanças nas
regras das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
“É fundamental para afastar o risco de quebra dos
bancos. Por outro lado, são medidas que não chegam
efetivamente à ponta. Para isso, é necessário que o
governo avalie outras questões.”
Fausto destacou que o setor financeiro é um dos
poucos que vem mantendo lucros recordes, mesmo
durante a estagnação econômica dos últimos anos.
Caso os bancos não adotem as medidas adequadas, ele
reivindica que o governo tome “medidas radicais”,
como a suspensão de multas sobre dívidas atrasadas.
“O que defendemos é que o governo precisa se
posicionar. Precisamos do adiamento dos pagamentos
para atravessar essa crise. O setor financeiro é
robusto o suficiente para enfrentar essa crise.”
Negociação
O Comando Nacional dos Bancários e a Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban) criaram nesta segunda
(24) um comitê de crise para acompanhar as
orientações das autoridades de saúde diante da
pandemia. A principal preocupação é garantir a saúde
e a segurança dos trabalhadores, que apresentaram
uma série de reivindicações, como o reforço da
comunicação preventiva, a adoção do teletrabalho e o
controle do acesso às agências, de modo a evitar
aglomerações.
A entidade patronal ainda estuda a aplicação das
medidas, mas o diretor técnico do Dieese saudou a
disposição em negociar. “É um exemplo inclusive para
o que não estamos vendo no governo federal, que tem
tomado medidas ouvindo só um lado da discussão, os
empresários, como a gente viu ontem com a MP 927.”
Fonte: Rede Brasil Atual
24/03/2020 -
Datafolha: em meio a pandemia, brasileiro teme
perder emprego e renda
Uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha apontou
que, para 79% dos entrevistados, a economia
brasileira será muito afetada pela propagação da
doença. Outros 16% acham que ela será pouco afetada
e 3% dizem que ela não será prejudicada. Foram
entrevistadas 1.558 pessoas por telefone celular
entre quarta (18) e sexta (20). No Brasil, o
Ministério da Fazenda rebaixou sua previsão de
crescimento para este ano, de 2,1% para 0,02%.
De acordo com o levantamento, 50% dos brasileiros
preveem que a crise do coronavírus terá efeitos
prolongados e 44% acham que os prejuízos econômicos
acabarão em pouco tempo. As mulheres estão mais
pessimistas do que os homens. Entre elas, 53%
preveem uma crise econômica prolongada. Os dados
foram publicados no jornal Folha de S.Paulo.
Nas entrevistas, 45% disseram que o prejuízo será
passageiro, mas 28% acham que terão dificuldades por
muito tempo. Apenas 24% afirmaram que não esperam
ter prejuízos com a crise econômica.
Fonte: Brasil247
24/03/2020 -
Projeto concede salário temporário para mais pobres
durante pandemia
O Projeto de Lei 682/20 garante o pagamento de um
salário mínimo para pessoas de baixa renda enquanto
durar a pandemia do novo coronavírus. O objetivo é
desestimular que a população saia de casa, mas sem
prejudicar os trabalhadores informais em razão do
desaquecimento da economia.
A proposta foi apresentada pela deputada Natália
Bonavides (PT-RN) e tramita na Câmara dos Deputados.
A parlamentar argumenta que as medidas de contenção
do coronavírus penalizarão principalmente a
população mais pobre, que não tem a opção de ficar
em casa e evitar o transporte coletivo, sob o risco
de perder o emprego ou de ficar sem renda, nos casos
dos trabalhadores informais. “O suporte financeiro a
essas pessoas é fundamental para que elas possam
seguir as recomendações de prevenção e cuidado com a
saúde, se protegendo, cuidando dos idosos e das
crianças cujas aulas encontram-se suspensas”, afirma
Bonavides.
BPC temporário
Trata-se na verdade de um Benefício de Prestação
Continuada (BPC) – garantido por lei para pessoas
com deficiência e idosos carentes – com validade
restrita ao período da pandemia, para as pessoas
inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal.
Pelo texto, o BPC já recebido por idoso ou pessoa
com deficiência não será computado no cálculo da
renda familiar para recebimento de novo benefício.
Por outro lado, o salário temporário não poderá ser
acumulado pelo beneficiário com qualquer outro da
seguridade social ou de outro regime, exceto pensão
indenizatória, benefícios de assistência médica,
auxílios temporários, remuneração decorrente de
contrato de aprendizagem e rendas eventuais.
Tramitação
A proposta ainda não foi distribuída às comissões. Se
houver acordo, poderá ser inserida na pauta do
Sistema de Deliberação Remota do Plenário.
Fonte: Agência Câmara
23/03/2020 -
Em novo panelaço, brasileiros criticam MP 927 e
pedem saída de Bolsonaro
Em várias cidades do País, a população voltou a
protestar na noite desta segunda-feira, 23, contra
Jair Bolsonaro. Brasileiros pedem a saída de
Bolsonaro, critivam a MP 927, que corta salários em
meio à pandemia, e demonstram apoio aos
profissionais da Saúde.
Jair Bolsonaro foi alvo de um novo panelaço em
várias cidades do País na noite desta segunda-feira
(23).
Além das críticas ao modo como o governo vem
combatendo a pendemia do novo coronavírus, os
brasileiros também protestaram contra a MP 927, que
permite a suspensão da jornada de trabalho e dos
salários dos trabalhadores, e demonstraram apoio aos
profissionais da Saúde.
Fonte: Brasil247
23/03/2020 -
Sob pressão, Bolsonaro recua na medida contra
trabalhadores
Parlamentares cobram revogação total da medida
provisória que é uma bomba contra trabalhadores
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou
nesta segunda-feira (23) que revogou o artigo 18 da
Medida Provisória (MP) 927, que previa a suspensão
de quatro meses de salário do trabalhador durante a
pandemia de coronavírus.
Diversos setores da sociedade e parlamentares
reagiram contra a medida que colocava abaixo
qualquer direito trabalhista.
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) não
adianta revogar só o artigo 18 da MP. “A medida
inteira precisa ser desfeita. O Congresso precisa
urgentemente mandar de volta essa bomba contra o
povo”, diz.
“É um atrapalhado, um perturbado. Viu que a
sociedade toda reagiu contra esse absurdo desumano e
teve que recuar. Bolsonaro faria melhor se tirasse
férias até o fim do mandato. Sua ausência seria uma
benção para o país”, avaliou o deputado Orlando
Silva (PCdoB-SP).
“O presidente fez terrorismo social com uma MP
perversa em meio a uma crise sem precedentes. Com a
reação gigantesca, diz que ‘mandou revogar’ o que
ele mesmo assinou, como se houvesse um terceiro
culpado”, diz a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).
Para ela, não basta retirar apenas um artigo. “Ele
retirou o art.18 que permitia a suspensão do
contrato de trabalho por até quatro meses sem
salário, mas não reduz a gravidade da proposta.
Precisamos derrubá-la por inteiro”, afirmou.
O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que valeu a
luta de todos. “A medida era tão nefasta que nem o
autor a sustentou. Agora, o que se fala, é que vão
tentar retirar 50% dos salários dos trabalhadores.
Estejamos todos atentos para continuar na luta”,
afirmou.
Para o líder da Oposição na Câmara, André
Figueiredo, trata-se de uma vitória parcial.
“Pressão popular fez Bolsonaro revogar o artigo, que
permitia suspensão de contrato de trabalho sem
trabalhador receber salário. Estratégia de primeiro
fazer besteiras e depois posar de bonzinho continua.
Só que aos poucos está farsa vai se desmontando”,
considerou.
Fonte: Portal Vermelho
23/03/2020 -
Centrais sindicais propõem que Congresso devolva a
MP 927
Confira a íntegra da nota:
Que o Congresso Nacional assuma o protagonismo:
devolva a cruel MP927!
As Centrais Sindicais, reunidas virtualmente
nesta segunda feira, afirmam que a Medida Provisória
927, editada pelo Governo Federal, na calada da
noite de domingo, 22 de março, é cruel e
escandalosa.
Chega a ser surreal pensar que um presidente da
República possa agir de maneira tão discriminatória
e antissocial, jogando nas costas dos trabalhadores
mais fracos e mais pobres todo o ônus desta delicada
crise que atravessamos.
A exemplo de medidas adotadas por muitos países
também assolados com o coronavírus, agora, mais do
que nunca, é a hora do Estado exercer seu papel de
regulador, protegendo empregados e empregadores e
resguardando a renda e o funcionamento da economia.
Mas, ao invés de comportar-se como um estadista,
Jair Bolsonaro edita uma MP macabra que autoriza
demissões e o corte unilateral de salários, que não
regula a proteção aos trabalhadores em serviços
essenciais e que, pior que isso, retira a
contaminação por coronavírus como acidente de
trabalho, o que é particularmente cruel com estes
trabalhadores e os trabalhadores da saúde, além de
uma longa lista de maldades. Diante da forte
repercussão negativa, especialmente no Congresso
Nacional, ele anunciou a revogação do artigo 18 da
MP, mas isso não basta.
A MP 927 de Bolsonaro é incapaz de orientar a
sociedade, e além de atacar salários, direitos e
empregos, tenta passar por cima dos legítimos
representantes dos trabalhadores que são os
sindicatos e impõe negociações individuais.
Trata-se de mais uma atitude contraproducente, uma
vez que, dada nossa longa, consagrada e reconhecida
experiência em negociação e em enfrentamento de
crises financeiras muito podemos ajudar e faremos o
que for necessário pelos trabalhadores brasileiros.
Posto isso, demandamos que o Congresso Nacional
devolva imediatamente essa MP 927 ao poder executivo
e convoque imediatamente as Centrais Sindicais, as
Confederações patronais e órgãos do Estado para
produzirmos, de maneira muito célere uma Câmara
Nacional de Gestão de Crise para combater a pandemia
com medidas justas e sociais garantindo emprego e
direitos dos trabalhadores, para enfrentarmos e
vencermos a crise.
Proteger os empregos e a renda de todos os
trabalhadores é a base para dar as condições e a
segurança necessárias para que todos cumpram as
medidas de isolamento e cuidados com a saúde.
Ampliar as quarentenas, resguardando o trabalho dos
setores estratégicos. Cuidar prioritariamente dos
mais pobres e vulneráveis é tarefa do Estado e deve
contar com o apoio de todos.
É fundamental instituir um Programa Emergencial
que contemple:
1) Assegurar fornecimento de água, luz, telefone, tv
e internet;
2) Incentivar acordos coletivos que preservem os
salários e os empregos durante a pandemia;
3) Criar Fundo de Emergência para, durante a crise,
garantir um salário mínimo mensal para
desempregados, informais e conexos;
4) Acelerar o processo de concessão de
aposentadorias, solucionando imediatamente milhões
de processos pendentes;
5) Regularizar os beneficiários do Bolsa Família e
do Benefício Prestação Continuada;
6) Criar linhas de crédito e financiamento para os
setores obrigados a paralisar suas atividades, com a
contrapartida de manutenção do emprego, salário e
direitos;
7) Articulação com o Congresso Nacional e todos os
governadores, independentemente da filiação política
e ideológica.
O movimento sindical estará junto daqueles que
querem somar e compartilhar os compromissos de
solidariedade com toda a sociedade, em especial com
os mais pobres e desprotegidos.
São Paulo, 23 de março de 2020
Sergio Nobre, presidente da CUT (Central
única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral
dos Trabalhadores )
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Calixto Ramos, presidente da NCST (Nova
Central de Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central de
Sindicatos do Brasil)
Edson Carneiro Índio, secretário geral da
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Ubirací Dantas de Oliveira, presidente da
CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)
Fonte: Radiopeaobrasil
23/03/2020 -
STF suspende cortes no Bolsa Família encampados por
Bolsonaro
Medida questiona a priorização da região Sudeste
por Bolsonaro na distribuição de recursos
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco
Aurélio Mello, determinou a suspensão dos cortes no
programa Bolsa Família, propostos pelo governo
Bolsonaro. Mello também garantiu a distribuição
uniforme de recursos entre os estados até o fim do
estado de calamidade pública determinado no país.
A decisão veio após uma reportagem do jornal O
Estado de S. Paulo denunciar que o governo havia
priorizado a liberação de novos recursos para a
região Sudeste, em detrimento do Nordeste, que tem
36% das família na fila para recebimento do
benefício.
Mello determinou que a União justifique a
concentração de cortes da região Nordeste por meio
da disponibilização de dados e afirmou que a medida
negava tratamento isonômico aos beneficiários de
todo o Brasil.
O ministro declarou: “Defiro a liminar para
determinar a suspensão de cortes no Programa,
enquanto perdurar o estado de calamidade pública e
assentar que a liberação de recursos para novas
inscrições seja uniforme considerando os Estados da
Federação”. O estado de calamidade foi decretado na
última sexta-feira (20), após aprovação do
Congresso, e dura até o dia 31 de dezembro de 2020,
buscando permitir ao governo ampliar os gastos para
o combate da pandemia da Covid-19 no país.
Em nota, o Ministério da Cidadania, responsável pelo
programa, afirmou que “já havia estabelecido medidas
emergenciais para o Programa Bolsa Família, entre
elas a suspensão de bloqueios e cancelamentos dos
benefícios pelo prazo de 120 dias”.
O ministro Onyx Lorenzoni destacou ainda que, com as
novas inscrições, o programa abrangerá 14 milhões de
famílias beneficiadas, “o maior número da história
do programa”.
Fonte: RevistaForum
23/03/2020 -
MP terá compensação de salário de empregados com
contrato suspenso
Governo pretende editar nova medida provisória sobre
o tema
Após o presidente Jair Bolsonaro anunciar, nas redes
sociais, a revogação de um dispositivo que permitia
a suspensão do contrato de trabalho por até quatro
meses sem salário, o governo deve editar uma nova
medida provisória (MP) prevendo uma compensação para
trabalhadores que tiverem o contrato suspenso. A
informação foi divulgada pelo secretário especial de
Trabalho e Previdência do Ministério da Economia,
Bruno Bianco, em coletiva de imprensa no Palácio do
Planalto, na tarde desta segunda-feira (23).
Segundo Bianco, houve uma má interpretação da
primeira versão da MP 927, editada no último domingo
(22), com uma série de regras para flexibilizar as
relações trabalhistas em meio à pandemia do novo
coronavírus no país.
"As pessoas estavam entendendo que não teria nenhuma
contraprestação do empregador e não era isso que
estava no texto. A ideia do texto era muito clara:
haveria uma contraprestação, por parte do
empregador, um acordo entre empregados e
empregadores, para que obviamente o empregador
pagasse os custos do empregado, sempre respeitando a
Constituição Federal, que garante o salário mínimo
para todos", afirmou.
Segundo o secretário, um novo texto será editado nos
próximos dias prevendo a compensação, por parte do
poder público, via recursos orçamentários. "Diante
dessa interpretação equivocada, e do descasamento
das medidas, que houve por conta de uma medida não
ser orçamentária e a outra medida ser orçamentária,
o presidente entendeu por bem uma revogação desse
dispositivo, e que nós pensássemos, na próxima MP
orçamentária, num novo dispositivo, que aí sim já
trouxesse as duas coisas em conjunto, a
possibilidade de suspensão [do contrato de trabalho]
e também a contraprestação por parte do Estado",
justificou.
Reunião com governadores
Durante a tarde, Bolsonaro e ministros realizaram duas
videoconferências, uma com governadores do Nordeste
e outra com governadores da Região Norte, para
apresentar medidas de socorro a estados afetados
pela crise provocada pelo novo coronavírus. Entre as
principais ações, estão a suspensão do pagamento de
parcelas de dívidas e o auxílio financeiro para
compensar a queda na arrecadação.
"Sabemos que temos um inimigo em comum: o vírus, bem
como também sabemos e temos a consciência que o
efeito colateral, que pode ser o desemprego, pode
ser combatido. Foram duas reuniões excepcionais",
disse o presidente a jornalistas antes de elencar as
ações. Ele não participou da coletiva de imprensa.
Amanhã (24), uma nova rodada de reuniões está
prevista com governadores de outras regiões do país.
De acordo com o secretário especial da Fazenda do
Ministério da Economia, Valdery Rodrigues Júnior, as
medidas que beneficiam estados e municípios somam um
total de R$ 88,2 bilhões. Além da suspensão do
pagamento de dívidas com a União e aumento nos
repasses para os fundos, estados municípios contarão
com linhas de crédito especiais.
Fonte: Agência Brasil
20/03/2020 -
Em carta a Bolsonaro, parlamentares sugerem
transferência direta de renda para lidar com
coronavírus
Parlamentares acreditam que medidas devem ser
implementadas por medida provisória
Os deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni
(PSB-ES) e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-ES)
enviaram carta ao presidente da República, Jair
Bolsonaro, sugerindo uma série de medidas
anticíclicas de transferência direta de renda como
forma de combater a crise decorrente da pandemia do
coronavírus (Covid-19). Os parlamentares integram
grupo que propôs a Agenda para o Desenvolvimento
Social da Câmara dos Deputados.
“É necessário garantir o mínimo, especialmente para
aqueles que mais precisam. Tais medidas, além de
fornecerem recursos suficientes para compra de
alimentos e outros itens de sobrevivência, serão uma
injeção direta no consumo, impactando positivamente
o PIB”, argumentam. Para eles, as medidas podem
ajudar a evitar que a recessão de transforme em
depressão econômica.
A carta foi enviada também aos ministros da
Economia, Paulo Guedes; da Cidadania, Onyx Lorenzoni;
e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Voucher de R$ 300
Reconhecendo as “medidas importantes” já tomadas pelo
governo, o grupo pede a ampliação do benefício
extraordinário já anunciado para o trabalhador
informal. Eles propõem um voucher no valor de R$ 300
para 18 milhões de famílias que não estão recebendo
BPC (Benefício da Prestação Continuada) ou Bolsa
Família durante quatro meses, prorrogáveis caso a
emergência persista.
O valor seria sacado na Caixa Econômica Federal,
lotéricas e Correios. O impacto estimado sobre o
Orçamento é de aproximadamente R$ 21,6 bilhões.
Benefício extra
Além disso, sugerem a criação do chamado Benefício
Extraordinário Universal, no valor de R$ 500 por
família, para quem está no Cadastro Único do governo
e não tiver optado por receber o benefício
extraordinário para o trabalhador informal.
O valor seria recebido durante quatro meses e, no
período, o Bolsa Família seria suspendido.
Além de integrantes do Cadastro Único, o novo
benefício abrangeria também outras pessoas de baixa
renda, com renda domiciliar per capita de até meio
salário mínimo.
A previsão é que o benefício abrangeria
aproximadamente 9 milhões de famílias, com impacto
de R$ 34,12 bilhões.
Linhas de crédito
O grupo propõe ainda a criação de linha de crédito
subsidiada para microempreendedores individuais e
microempresas cadastrados na primeira e na segunda
faixa do Simples Nacional , ou seja, com faturamento
anual até R$ 360 mil.
O alcance estimado é de 9,8 milhões de
microempreendedores individuais e 6,6 milhões de
microempresas. A ideia é conceder, por meio de
bancos públicos, linhas de crédito de capital de
giro com carência de no mínimo 4 meses para o
pagamento da primeira parcela, com juros a fundo
perdido nos primeiros 4 meses de carência.
Recursos
Na visão do grupo, as ações mais emergenciais devem
ser tomadas com a utilização, por parte do Poder
Executivo, do montante de recursos cuja execução
encontra-se atualmente engessada na forma de emendas
de relator.
“Esse movimento já foi realizado em parte pela
destinação de R$ 5 bilhões para o enfrentamento do
coronavírus, conforme a MP 924/20”, destacam. “Fomos
favoráveis à manutenção do Veto 52, que permitiu a
manutenção deste recurso para uso discricionário do
Executivo, e acreditamos que este momento justifique
sua total utilização para mitigação dos efeitos do
Covid-19”, complementam.
Para os parlamentares, ainda que o Congresso
Nacional possa e deva discutir essas medidas, “o
Poder Executivo dispõe de instrumentos mais
adequados para agir rapidamente neste momento de
crise, como medidas provisórias”.
Álcool em gel
Outra medida proposta, pelo grupo, é diminuir
temporariamente requisitos exigidos para a concessão
de licença para a produção de álcool gel e
similares. “Trata-se de medida simples e com
imediata produção de efeitos positivos para a
população de todo o País, evitando-se o
desabastecimento e o aumento desarrazoado dos
valores cobrados durante a pandemia", afirmam.
Eles sugerem que isso seja feito por meio de
resolução, portaria ou instrumento semelhante
emitido pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), dispensando temporariamente
requisitos que não influem direta e substancialmente
na segurança dos produtos.
Fonte: Agência Câmara
20/03/2020 -
Senadores do PT querem anular votação da MP do
Contrato Verde e Amarelo
Os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Paulo Rocha
(PT-PA) entraram na quarta-feira (18) com um mandado
de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para
suspender a reunião da comissão especial que aprovou
a medida provisória (MP) 905/2020, que institui o
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. No pedido de
liminar apresentado ao ministro Dias Toffoli, os
parlamentares argumentam que a votação da matéria
não poderia ter ocorrido em virtude da pandemia de
coronavírus que afeta o funcionamento das duas Casas
do Congresso Nacional.
A MP 905/2020 flexibiliza regras trabalhistas e
recebeu quase duas mil emendas. O relatório do
deputado Christino Aureo (PP-RJ) foi aprovado na
terça-feira (17) em uma reunião com acesso limitado
e sem a presença de senadores com mais de 65 anos,
como forma de precaução ao coronavírus. Antes da
votação, o líder do PT, senador Rogério Carvalho
(SE), pediu o cancelamento do encontro. Mas, segundo
os senadores Paulo Paim e Paulo Rocha, os
presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da
comissão especial, senador Sérgio Petecão (PSD-AC),
mantiveram o calendário.
Os dois parlamentares pedem que a aprovação do
relatório seja considerada anulada até o julgamento
de mérito do mandado de segurança. Os senadores
petistas lembram que o Congresso Nacional adotou
medidas especiais de funcionamento durante a
pandemia. Atos administrativos do presidente Davi
Alcolumbre consideram justificadas as ausências em
reuniões de comissões e do Plenário de parlamentares
com mais de 65 anos, gestantes, imunodeprimidos ou
portadores de doenças crônicas.
Os senadores afirmam que um acordo de procedimento
firmado entre as lideranças no Senado e na Câmara
previa a votação prioritária de projetos
relacionados ao coronavírus, o que não é o caso da
MP 905/2020. Para os petistas, a votação da matéria
“demonstra a agressão frontal ao direito dos
impetrantes a participar do processo legislativo”.
Segundo eles, a oposição “não operou seu direito de
obstrução” mesmo diante da “situação extrema”
provocada pela covid-19.
Paim, que tem 70 anos, e Rocha, com 68 anos, estão
no grupo de risco. “A letalidade da doença é de 3,6%
para pacientes entre 60 e 69 anos e chega a 14,8%
para quem tem mais de 80. Os dois impetrantes se
encontram na faixa etária do grupo de risco,
estando, portanto, impossibilitados de comparecer às
sessões”, afirmam.
Fonte: Agência Senado
20/03/2020 -
Trabalhador com jornada reduzida terá antecipação do
seguro-desemprego
Medida valerá para quem recebe até dois salários
mínimos
Os trabalhadores que ganham até dois salários
mínimos e tiverem redução de salário e de jornada
por causa da crise do coronavírus receberão a
antecipação de parte do seguro-desemprego, anunciou
nesta quinta-feira (19) o secretário especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
Bruno Bianco.
A complementação será equivalente a 25% do que o
trabalhador teria direito mensalmente caso
requeresse o seguro-desemprego. Segundo o Ministério
da Economia, a medida custará R$ 10 bilhões, que
virão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e
beneficiará mais de 11 milhões de pessoas.
Por se tratar de uma antecipação do
seguro-desemprego, o trabalhador receberá 75% do
benefício quando for demitido.
Bianco anunciou que o governo pretende arcar com os
15 primeiros dias de afastamento caso o empregado
contraia a Covid-19. Atualmente, as duas primeiras
semanas de afastamento são pagas pela empresa.
O governo também concederá uma antecipação de R$ 200
a pessoas com deficiência que estão na lista de
espera para receberem o Benefício de Prestação
Continuada (BPC), pago a famílias de baixa renda.
Essa medida beneficiará 470 mil pessoas e custará
cerca de R$ 5 bilhões.
As mudanças, informou o secretário, serão enviadas
ao Congresso Nacional por meio de projeto de lei.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
20/03/2020 -
Governo suspende por 120 dias bloqueio de pagamento
de benefícios
O governo federal adiou por 120 dias o cronograma de
bloqueio de pagamentos e de suspensão do Benefício
de Prestação Continuada (BPC) cujos beneficiários
não realizaram inscrição no Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). A
portaria do Ministério da Cidadania foi publicada
nesta quinta-feira (19) no Diário Oficial da União e
faz parte das medidas para evitar a disseminação do
novo coronavírus.
De acordo com a portaria, o adiamento foi
determinado para evitar aglomerações de pessoas e
que os beneficiários do BPC se submetam a ambientes
que possam expô-los à infecção pelo vírus. A medida
se aplica aos procedimentos com efeitos a partir de
março de 2020 previstos no cronograma do Ministério
da Cidadania.
A inscrição no CadÚnico é obrigatória para
beneficiários do BPC ,e a regularização deve ser
feita na prefeitura ou no Centro de Referência de
Assistência Social (CRAS) do município. Para isso, o
governo organizou o cronograma de acordo com a data
de aniversário do beneficiário. Caso não seja feito
o cadastro, o benefício é bloqueado.
O BPC é um recurso destinado a pessoas com
deficiência ou acima de 65 anos que tenham renda
familiar per capita de até um quarto de salário
mínimo. No total, cerca de 4,4 milhões pessoas
recebem o auxílio mensal no valor de um salário
mínimo.
Fonte: Agência Brasil
20/03/2020 -
Com coronavírus, INSS vai liberar auxílio-doença sem
segurado fazer perícia
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vai
liberar o auxílio-doença para os segurados sem que
seja feita perícia médica nos postos do instituto. A
medida valerá para qualquer doença, incluindo
coronavírus.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (19), pelo
secretário especial de Previdência, Bruno Bianco,
com o objetivo de barrar o avanço da Covid-19 no
país. Segundo ele, a análise será feita de forma
remota, apenas com o atestado médico do trabalhador
doente. Os atestados do médico do segurado deverão
enviados por meio do aplicativo Meu INSS.
O governo também pretende pagar os primeiros 15 dias
de afastamento quando o empregado estiver com
coronavírus. Hoje, quem paga o salário neste período
de afastamento por doença do profissional que tem
carteira assinada é o patrão.
Fonte: Agora SP
20/03/2020 -
FGV aponta que queda do PIB pode chegar a 4,4% em
2020
Um levantamento do Centro da Macroeconomia Aplicada
da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que os
efeitos da pandemia de coronavírus na economia
brasileira podem fazer o Produto Interno Bruto (PIB)
de 2020 terminar com uma retração de 4,4%. Se
confirmada, seria a maior retração registrada no
país desde 1962, quando iniciou a série disponível
no site do Banco Central.
Dados oficiais apontam cada vez mais um cenário de
baixo crescimento do PIB. Na última edição,
publicada na segunda-feira passada (16), a
expectativa de expansão do PIB brasileiro era de
1,68%, a quinta semana de revisão para baixo
consecutiva.
De acordo com Emerson Marçal, coordenador do Centro
de Macroeconomia, para estimar as consequências da
pandemia, a simulação também foi guiada por efeitos
que importantes crises domésticas e externas geraram
sobre a economia brasileira. Seu relato foi
publicado no jornal O Globo.
"Premissas bem razoáveis sugerem que a crise terá um
custo econômico bastante alto. Este custo será tão
menor quanto mais rápido houver uma normalização nos
principais mercados internacionais e quanto melhor o
governo brasileiro, nos seus diversos níveis,
mostrar-se capaz de gerir a crise doméstica",
afirma.
"O que vai acontecer (em 2020) dependerá da duração.
Quanto mais longo for no tempo, mais tempo vai
demorar para recuperar (a economia). Se isso durar
muito, esse número (-4,4%) será conservador",
continua.
Fonte: Brasil247
20/03/2020 -
Confiança da indústria recua 3,2 pontos na prévia de
março
O Índice de Confiança da Indústria, medido pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 3,2
pontos na prévia de março em comparação com o índice
consolidado de fevereiro. Com o resultado, o
indicador chegou a 98,2 pontos, a primeira queda
depois de quatro altas consecutivas.
A queda da confiança em março é resultado da piora
da percepção dos empresários tanto em relação à
situação atual quanto aos próximos meses. O Índice
de Expectativas, que mede a confiança em relação ao
futuro, caiu 4,1 pontos e chegou a 97,7 pontos.
Segundo FGV, o Índice de Situação Atual, que mede a
confiança no momento presente, recuou 2,1 pontos,
para 98,8 pontos.
O resultado preliminar de março indica redução de
1,1 ponto percentual do Nível de Utilização da
Capacidade Instalada da Indústria, para 75,1%.
Fonte: Agência Brasil
20/03/2020 -
Projeto de Lei prevê criação de comitê para
enfrentamento do coronavírus
O Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto
encaminharam ao Congresso Nacional Projeto de Lei
(PL) emergencial para criar o Comitê Nacional de
Órgãos de Justiça e Controle, alterando a Lei
13.979/2020 sobre as medidas para enfrentamento ao
surto provocado pelo novo coronavírus.
“O Comitê terá como função promover a interlocução
institucional entre os órgãos de justiça e controle,
no âmbito federal, para prevenir ou solucionar
litígios relacionados ao enfrentamento da emergência
de saúde pública decorrente do coronavírus”, afirmou
o presidente do Supremo Tribunal Federal e do
Conselho Nacional de Justiça, ministro Dias Toffoli.
Ele destacou a necessidade de o sistema de justiça
brasileiro atender às demandas que surgirão nesse
período e enfatizou: “a Justiça não vai parar”.
O advogado-geral da União, ministro André Mendonça,
prevê um aumento dos questionamentos por parte
órgãos federais de justiça e controle, fazendo-se
necessária a agilidade na adoção de medidas e atos
administrativos tecnicamente justificados e
imprescindíveis para a saúde pública. Além do STF,
CNJ e AGU, integram o comitê o Tribunal de Contas da
União (TCU), a Procuradoria-Geral da União, o
Conselho Nacional do Ministério Público, a
Controladoria-Geral e a Defensoria Pública.
Para Mendonça, a proposta contribui para o
aprimoramento das políticas públicas relacionadas ao
enfrentamento da doença enquanto perdurar o estado
de emergência internacional, período em que deve
perdurar o Comitê. O Projeto de Lei foi umas das
iniciativas debatidas em reunião na última
terça-feira (17/3) entre representantes dos órgãos
que compõem o grupo. Com informações da assessoria
de imprensa do STF.
Fonte: Consultor Jurídico
20/03/2020 -
TST - Sessões presenciais de julgamento e prazos
processuais estão suspensos até 31/3
Entre as medidas adotadas na terça-feira (17) pela
presidente do Tribunal Superior do Trabalho,
ministra Cristina Peduzzi, a fim de prevenir a
disseminação do coronavírus está a suspensão das
sessões presenciais até 31/3. As sessões de
julgamento serão realizadas de forma virtual, de
acordo com as possibilidades técnicas do Tribunal.
Os prazos processuais ficam suspensos pelo mesmo
prazo, que pode ser prorrogado por decisão da
Presidência.
O Ato GDGSET.GP 126/2020, assinado na terça-feira,
determina que as tutelas provisórias e os incidentes
processuais serão examinados pelo ministro relator
do processo, ainda que de forma remota. Novos
processos e recursos serão distribuídos normalmente
conforme as regras regimentais.
Serviços essenciais
Desde a edição do ato, as atividades essenciais do TST
estão sendo prestadas prioritariamente de forma
remota. A presença física de servidores está
limitada a 30% do quadro de cada unidade em sistema
de rodízio. Entre as atividades consideradas
essenciais estão a distribuição dos processos, a
elaboração de despachos e decisões judiciais e
administrativas, o atendimento às partes, aos
procuradores e aos membros do Ministério Público e o
atendimento ao público externo por meio telefônico
ou eletrônico.
Fonte: TST
19/03/2020 -
Panelaços contra Bolsonaro voltam a explodir pelo
Brasil e dão o tom dos protestos da noite
Movimentos sociais, centrais sindicais e outras
entidades resolveram transformar as mobilizações de
rua contra o governo que estavam marcadas para esta
quarta-feira (18) em panelaços e mobilizações
virtuais, em decorrência da expansão do coronavírus
no país e as recomendações para se evitar
aglomerações.
Já na terça-feira (17), no entanto, centenas de
pessoas por todo o país, de maneira espontânea,
anteciparam o protesto e foram às janelas com um
uníssono grito de “fora, Bolsonaro” e barulho de
panelas batendo.
Apesar da manifestação oficial estar marcada para
20h30, a população resolveu se antecipar novamente e
promoveu um grande panelaço durante a coletiva de
Jair Bolsonaro e ministros sobre o coronavírus,
durante a parte da tarde e início da noite, por
volta das 20 horas.
Fonte: RevistaForum
19/03/2020 -
Surto de coronavírus pode destruir até 25 milhões de
empregos, diz OIT
Organização pediu medidas urgentes, em larga
escala e coordenadas
A pandemia de coronavírus pode desencadear uma crise
econômica global, destruindo até 25 milhões de
empregos em todo o mundo, se os governos não agirem
rapidamente para proteger os trabalhadores do
impacto, alertou a Organização Internacional do
Trabalho (OIT) nesta quarta-feira (18).
"No entanto, se virmos uma resposta coordenada
internacionalmente, como aconteceu na crise
financeira global de 2008/9, o impacto no desemprego
global poderá ser significativamente menor", afirmou
a OIT.
A organização pediu medidas urgentes, em larga
escala e coordenadas para proteger os trabalhadores
em seu local de trabalho, estimular a economia e
apoiar empregos e renda.
Tais medidas devem incluir a extensão da proteção
social e apoio à retenção de empregos por meio de
jornada reduzida ou licença remunerada, além de
benefícios financeiros e fiscais, inclusive para
micro, pequenas e médias empresas, acrescentou a
OIT.
Com base em diferentes cenários para o impacto da
pandemia sobre o crescimento econômico global, o
desemprego global estimado pela OIT aumentaria entre
5,3 milhões (cenário "baixo") e 24,7 milhões
(cenário "alto"). Em comparação, a crise financeira
global de 2008/9 aumentou o desemprego global em 22
milhões de pessoas.
"Isso não é mais apenas uma crise global de saúde, é
também uma grande crise no mercado de trabalho e
econômica que está causando um enorme impacto nas
pessoas", disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.
"Em 2008, o mundo apresentou uma frente unida para
lidar com as consequências da crise financeira
global, e o pior foi evitado. Precisamos desse tipo
de liderança e resolução agora", acrescentou.
Fonte: Agência Brasil
19/03/2020 -
Governo vai permitir corte de jornada e salários
pela metade por coronavírus
O governo Jair Bolsonaro vai permitir que empresas
cortem pela metade jornada e salários de
trabalhadores em meio ao avanço da crise do
coronavírus. A iniciativa deve ser encaminhada ao
Congresso por Medida Provisória (MP).
O Ministério da Economia afirma que a medida, que
demanda negociação individual, preservará empregos.
"É preciso oferecer instrumentos para que empresas e
empregados superem esse período de turbulência. O
interesse de ambos é preservação de emprego e
renda", afirmou o secretário de Trabalho, Bruno
Dalcolmo.
Pelas regras mencionadas pelo ministério, as
empresas devem continuar pagando pelo menos o
salário mínimo. Também não pode ser reduzido o
salário-hora do trabalhador.
"Não é algo simples, mas a ideia é preservar o
emprego. Muito mais grave, diante de uma crise
dessa, é a pessoa perder o emprego e sobreviver sem
salário", afirmou o secretário especial de
Previdência e Trabalho, Bruno Bianco.
As medidas também simplificam regras para trabalho
remoto, antecipação de férias individuais e feriados
não religiosos, decretação de férias coletivas, uso
de banco de horas, além de redução proporcional de
salários e jornada de trabalho.
Fonte: O Tempo/Folhapress
19/03/2020 -
Pacote mostra convergência entre Guedes e Bolsonaro
em negar realidade
Pacote anuncia pouco dinheiro para o combate à
doença e passa batido em relação às pessoas que
estão fora do mercado de trabalho formal.
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo
Guedes vêm se desentendendo há algum tempo, mas
parece que, numa coisa, concordam. Ambos temem a
paralisação da economia. O presidente porque teme
que se a atividade econômica afundar, ele submerja
junto, e o ministro Paulo Guedes porque os indícios
de paralisação podem levá-lo a abrir mão de seu
dogma fiscal. Essa convergência ficou clara com o
pacote de segunda-feira.
O governo anunciou uma injeção de R$ 147 bilhões na
economia para garantir capital de giro das empresas
e tentar barrar a demissão de trabalhadores. Também
foram postergadas por três meses as contribuições do
FGTS e cortadas em 50% as contribuições ao Sistema
S. Antecipou-se ainda para junho o pagamento do
abono salarial que, normalmente, acontece no mês de
aniversário do trabalhador, e, finalmente os valores
não sacados do PIS/Pasep serão transferidos para o
FGTS, podendo ser sacados. O décimo terceiro dos
aposentados e pensionistas será antecipado e o
governo vai propor ao Congresso o aumento da
proporção do benefício previdenciário que pode vir a
ser comprometido com o crédito consignado.
As medidas não parecem na direção errada, mas
parecem insuficientes. O país já tem duas mortes
pelo coronavírus e as previsões, se a média da
mortalidade mundial se verificar no Brasil, é de
centenas de milhares de mortes, mas o governo
resiste a decretar calamidade pública. Seria uma
alternativa, prevista na Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), para que o Tesouro Nacional não cumpra
a meta de superávit primário. Pelas declarações que
deu ontem, ao anunciar o pacote, o ministro da
Economia ainda parece ter uma aversão quase
religiosa a aumentar a margem de gastos.
E não dá para saber como será possível fazer o
combate efetivo a esta doença e amparar a população
mais desprotegida sem mais gastos. Para o combate à
doença propriamente dito, foi anunciada a redução da
alíquota de imposto de importação para produtos
hospitalares e a desoneração do IPI de produtos
destinados ao tratamento do coronavírus. Parece
pouco. Os Estados demandam mais recursos para
aparelhar seus hospitais e suas UTIs, mas o aumento
nos recursos do SUS hoje parece dependente do uso
dos recursos do DPVAT, que é o seguro de acidentes
de carro.
E, finalmente, se o pacote anuncia pouco dinheiro
para o combate à doença, passa batido em relação às
pessoas que estão fora do mercado de trabalho
formal. Foram anunciados R$ 3 bilhões para tentar
diminuir a fila do Bolsa Família, o equivalente a 2%
do pacote. Para os trabalhadores “uberizados” que
terão sua renda muito afetada pela redução da
atividade econômica, nada se previu. Estão nessa
condição diaristas, entregadores, ambulantes,
guardadores de carros. São milhões de pessoas. Para
o ministro da Economia, são invisíveis. O presidente
da República os enxerga e teme sua reação política,
mas sua maneira de salvaguardá-los tem sido negar a
gravidade da conjuntura como se isso fosse capaz de
manter sua renda.
(Valor Econômico)
Fonte: Portal Vermelho
19/03/2020 -
Novo coronavírus: INSS restringe atendimento nas
agências por 15 dias
Os serviços podem ser acessados pelo site Meu
INSS ou pela Central 135
O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)
suspendeu atendimento nas agências pelo período de
15 dias. Portaria nº 375 com a determinação,
assinada terça-feira (17), está na edição de hoje do
Diário Oficial da União.
Segundo a portaria, serão interrompidos os
atendimentos não programados nas unidades do INSS.
Durante o período, apenas serão aceitas as perícias
médicas previdenciárias, avaliações e pareceres
sociais dos benefícios previdenciários e
assistenciais.
O instituto também vai continuar cumprindo
“exigências de requerimentos de benefícios
previdenciários e assistenciais.” Outros serviços do
INSS deverão ser reagendados posteriormente.
As medidas visam a proteção de segurados e a
prevenção ao contágio pelo novo coronavírus.
Para evitar aglomerações na sala de espera da
unidade, a portaria também restringiu o acesso livre
aos postos de atendimento do INSS. A norma assinada
pelo presidente do instituto, Leonardo José Rolim
Guimarães, determina que o acesso ao atendimento dos
serviços mantidos será limitado apenas aos segurados
agendados a cada intervalo de 20 minutos.
Em nota, o INSS informa que “os segurados não
precisam se deslocar até uma agência para ter acesso
aos serviços ou pedir um benefício. Basta acessar o
site Meu INSS ou ligar para a Central 135, que
funciona de segunda a sábado de 7h às 22h horas. O
segurado só deve buscar atendimento presencial se
for imprescindível, como, por exemplo, em caso de
perícia médica.”
Fonte: Agência Brasil
19/03/2020 -
Regulamentada suspensão de prova de vida de
aposentados e pensionistas
Medida não afeta os pagamentos aos beneficiários
A Instrução Normativa nº 22 publicada na edição
desta quarta-feira (18) do Diário Oficial da União
regulamenta a suspensão, pelo período de 120 dias,
da realização de prova de vida dos beneficiários do
INSS. Essa foi uma das medidas anunciadas no último
dia 12 para enfrentar os impactos da pandemia do
novo coronavírus.
A instrução normativa estabelece que a suspensão não
afeta o pagamento de proventos ou pensões aos
beneficiários. Também define que a regra não se
aplica ao recadastramento de aposentado, pensionista
ou anistiado político cujo pagamento do benefício
esteja suspenso na data de publicação desta
Instrução Normativa.
A realização de visitas técnicas para fins de
comprovação de vida também ficam suspensas por 120
dias.
Fonte: Agência Brasil
19/03/2020 -
Governo anuncia que concederá auxílio para
trabalhadores informais
A cúpula do governo federal anunciou em entrevista
coletiva nesta quarta-feira (18) a liberação de R$
15 bilhões para trabalhadores informais durante a
crise do coronavírus. Serão R$ 200 mensais a serem
concedidos nos próximos 90 dias. Para receber esse
benefício, é necessário estar inscrito no CadÚnico
(Cadastro Único para Programas Sociais). No Senado,
a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) pretende
apresentar um projeto de lei para criar um programa
temporário de auxílio aos trabalhadores informais em
situações de calamidade pública.
Fonte: Agência Senado
19/03/2020 -
Pesquisa: 64% condenam Bolsonaro no combate ao
coronavírus
Um levantamento da consultoria Atlas Político
apontou que 64% da população reprova o plano de
combate ao coronavírus adotado pelo governo do Jair
Bolsonaro. De acordo com os 1900 entrevistados, 80%
das pessoas consideram que sistema de saúde não está
preparado para suportar o aumento de doentes e 73%
avaliam que a situação irá piorar.
Para 38%, a crise vai durar até seis meses e 28%
acham que ela terá duração de algo entre dois e três
meses. A pesquisa foi publicada pela CNN Brasil.
Sobre a expectativa econômica, 57% consideram que o
Brasil entrará em uma recessão neste ano, 67% estão
com medo de deixar suas casas e 29% com receio de
perderem seus empregos.
Ao todo, 29% dos entrevistados acham que alguém da
família perderá o emprego e 67% estão com medo de
sair de casa em razão do coronavírus.
Fonte: Brasil247
19/03/2020 -
Montadoras fecham fábricas e colocam cerca de 50 mil
em férias coletivas
Fabricantes de veículos anunciam que fecharão as
fábricas no fim do mês e não sabem quando retomarão
as atividades, o que dependerá da reação do governo
e da sociedade ao coronavírus e da demanda do
mercado. Juntas, as três montadoras que já
confirmaram férias coletivas empregam quase 50 mil
funcionários.
A General Motors, por exemplo, paralisou a produção
das suas cinco fábricas brasileiras (em São Paulo,
Rio Grande do Sul e Santa Catarina) por tempo
indeterminado e suspendeu o investimento de R$ 10
bilhões previstos para o período de 2020 a 2024.
Segundo a empresa, é preciso reservar caixa para o
momento de crise atual provocada pela disseminação
da covid-19. Os dados foram publicados pelo jornal O
Estado de S.Paulo.
A Mercedes-Benz suspenderá as operações das fábricas
de São Paulo e Minas Gerais, e do centro de
distribuição e logística em Campinas (SP).
Inicialmente, a parada está prevista entre os dias
25 de março e 20 de abril e envolve cerca de 10 mil
pessoas.
Na segunda-feira (16), a Volkswagen anunciou
intenção de paralisar inicialmente por dez dias as
operações de suas quatro fábricas em São Paulo e no
Paraná, a partir do dia 31. A marca alemã emprega
cerca de 15 mil pessoas no Brasil.
Fonte: Brasil247
19/03/2020 -
Copom reduz Selic para 3,75% ao ano para conter
impacto de pandemia
Cortes nos EUA abriram espaço para redução maior
que a esperada
Em meio à crise econômica decorrente da pandemia do
novo coronavírus, o Banco Central (BC) diminuiu os
juros básicos da economia pela sexta vez seguida.
Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária
(Copom) reduziu a taxa Selic para 3,75% ao ano, com
corte de 0,5 ponto percentual.
A decisão surpreendeu os analistas financeiros.
Segundo a pesquisa Focus do BC, a maior parte dos
agentes econômicos esperava a redução dos juros
básicos para 4% ao ano nesta reunião e um corte
adicional, para 3,75%, antes do fim de 2020.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
19/03/2020 -
A crise do coronavírus exige o retorno do Ministério
do Trabalho
Fiscalização, negociação e cumprimento das
condições sanitárias exigem a presença de sindicatos
e do antigo Ministério do Trabalho.
Por Esdras Gomes – Jornalista Sindical (CE)
A situação que a crise do COVID 19 trouxe grandes
proporções para os trabalhadores brasileiros. Uma
grande parte da população vai entrar em quarentena
voluntária para evitar e com o crescimento da
transmissão outra parte vai entrar em quarentena
compulsória.
O atual modelo das médias e grandes cidades
brasileiras impede a auto-sustentabilidade, sendo
que ficam dependentes de produtos vindos dos polos
industriais e das importações, através do transporte
de cargas. A política de enfrentamento ao vírus
precisa de um Ministério do Trabalho para organizar
as milhares de situações trabalhistas no Brasil,
para que junto com os sindicatos laborais e
patronais não façam a produção entrar em colapso.
É neste momento de crise que o trabalho de milhares
de operários e caminhoneiros é fundamental, pois são
eles que vão garantir a produção de alimentos e
bebidas, produção de produtos farmacêuticos, assim
como o transporte de cargas.
O atual formato do Ministério da Economia e o
menosprezo aos sindicatos e ao trabalho podem levar
o Brasil para uma crise mais profunda.
Ministério do Trabalho já!
Fonte: Portal Vermelho
18/03/2020 -
Maia defende decreto de calamidade pública
O Brasil entrará em situação de calamidade pública,
em razão do coronavírus. “Nós só vamos superar a
crise com essa decisão do decreto de calamidade, que
abre espaço fiscal, o que significa recursos para
que a gente possa garantir toda a base de
atendimento de saúde”, disse Maia.
Segundo Maia, o decreto também permitirá “a
intervenção na economia, para que a gente possa
garantir os empregos e que as empresas não quebrem e
que também possa cuidar dos mais vulneráveis”.
O impacto fiscal vem sendo estimado em cerca de R$
200 bilhões.
Fonte: Brasil247
18/03/2020 -
Centrais cobram plano emergencial de proteção aos
trabalhadores e à economia
Reunidas no Dieese, SP, nesta segunda (16), as
Centrais Sindicais debateram o cenário nacional
devido à propagação do coronavírus. Para os
sindicalistas, é preciso conscientizar a população
acerca da gravidade do problema e seus impactos na
vida social e econômica do País, com riscos ao
mercado de trabalho.
Presidente da Força Sindical, Miguel Torres afirma
que o sindicalismo deve propor ao governo e ao
Parlamento um conjunto de ações em defesa dos
trabalhadores e da economia. Ele diz: “Reivindicamos
um plano emergencial de apoio à atividade econômica,
a geração de empregos e a garantia de renda dos
trabalhadores”.
Segundo o dirigente, a ideia é agendar reuniões com
os líderes do Congresso Nacional a quem deverão
entregar documento de propostas e reivindicações.
“Nos próximos dias tentaremos nos reunir com o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado,
David Alcolumbre, a fim de entregar o documento e
cobrar ações”, diz Miguel Torres.
Adilson Araújo, presidente da CTB, reforça que
faltam iniciativas e mais responsabilidade por parte
do governo. “É momento de medidas emergenciais. Mas
o presidente da República mostra não estar
preocupado, visto sua atitude domingo, quando
compareceu em manifestação, contrariando
recomendações médicas”, afirma.
De acordo com o cetebista, as Centrais atuarão no
sentido de conscientizar a sociedade. “Precisamos
passar a mensagem de que é urgente enfrentar o
problema da grave crise, que agora se agrava com a
pandemia do coronavírus. O governo deve adotar
medidas reais pra amenizar esses impactos”, ele
defende.
Para o Dieese, o conjunto da classe trabalhadora
deve ser protegido. Fausto Augusto Junior, seu
diretor-técnico, orienta que o sindicalismo deve
estar atento para que trabalhadores não sejam
explorados com a imposição de férias coletivas,
banco de horas e outras medidas unilaterais.
“Devemos garantir os direitos e cabe ao Estado criar
mecanismos pra que isso se efetive. Nesse momento, é
preciso proteger os trabalhadores, que não podem
pagar a conta dessa epidemia” alerta.
Dia 18 - As Centrais cancelaram os atos do
dia 18, seguindo recomendação da OMS de evitar
aglomerações. No entanto, está mantida a mobilização
na base em defesa da pauta dos servidores públicos e
trabalhadores da Educação. "A mobilização por
serviços públicos de qualidade, proteção do Servidor
e empregos é permanente", reforça Miguel Torres.
Clique
aqui e acesse Nota das Centrais
Sindicais.
Fonte: Agência Sindical
18/03/2020 -
Centrais propõem fundo emergencial para garantir
emprego e renda durante pandemia
As centrais sindicais conseguiram, nesta terça-feira
(17), o apoio e o compromisso do presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à criação de fundo
emergencial para garantir emprego e renda aos
trabalhadores mais vulneráveis durante o período de
pandemia de coronavírus. No portal Rádio Peão Brasil
Em reunião em Brasília, os presidentes nacionais da
CUT, Sérgio Nobre, da Força sindical, Miguel Torres,
e da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira entregaram a
Rodrigo Maia proposta elaborada de forma unitária
pelas centrais sindicais para a criação do “Fundo de
Estabilização Econômica e Social”, pelo qual o
governo federal deve investir R$ 75 bilhões do
Tesouro Nacional para garantir meio salário mínimo a
50 milhões de trabalhadores durante os próximos 3
meses. Participou também da reunião, o deputado
Paulo Pereira da Silva (SD-SP).
Mitigar desemprego e pobreza
O objetivo é impedir que a pandemia de coronavírus,
que já impacta a economia brasileira e mundial,
provoque aumento do desemprego e da pobreza.
Segundo Sérgio Nobre, o presidente da Câmara
garantiu que será criado, em caráter de urgência,
grupo de trabalho composto por representantes dos
trabalhadores, dos empresários e dos parlamentares
para elaborar o projeto com base na proposta das
centrais sindicais. A criação do fundo tem que
passar pela aprovação do Congresso Nacional.
“Neste momento é importante preservarmos os empregos
e defender os trabalhadores”, afirma Miguel Torres.
Segundo a proposta, no escopo do fundo emergencial,
serão criados vários programas, sendo a principal
medida o abono emergencial de meio salário mínimo —
R$ 522,50, em valores atuais.
Fazer economia girar
O País tem hoje 94,6 milhões de trabalhadores, somado
àqueles que estão nos mercados formal (carteira
assinada) e informal. Para Sérgio Nobre, garantir
renda a 50 milhões desse total, será suficiente para
que os mais vulneráveis possam atravessar o período
projetado para a pandemia e ainda fazer a roda da
economia girar.
Além do abono emergencial, a proposta das centrais
sindicais também aponta à ampliação do número de
parcelas do seguro desemprego e dos beneficiados
pelo Bolsa Família, para zerar a fila de 3,5 milhões
de pessoas e incluir contingente que venha a ficar
desprotegido durante a pandemia. A proposta é que os
programas do Fundo tenham duração de 3 meses,
período que poderá ser renovado, se houver
necessidade.
Dinheiro na mão do trabalhador
“A grande diferença entre a proposta das centrais
sindicais e as medidas anunciadas pelo governo
federal até agora é garantir que o dinheiro vá
diretamente para a mão do trabalhador,
principalmente o vulnerável (aquele que é informal
ou está na linha da pobreza)”, afirma Sérgio Nobre.
Segundo os dirigentes, o fundo emergencial vai
assegurar dinheiro para que os trabalhadores possam
manter o orçamento familiar, vai garantir segurança
alimentar à população, preservar o nível de renda e
também o consumo das famílias. Ao manter o consumo,
afirma Sérgio Nobre, o fundo impedirá impactos
sociais e econômicos ainda maiores.
O presidente da CUT cita estudo do Dieese que
demonstra que, do que é consumido pelos
trabalhadores que recebem na faixa de 1 salário
mínimo, 51% voltam para o Estado em forma de
tributos.
“É muito importante essa garantia de salário, porque
as pessoas irão consumir alimentos, medicamentos,
produtos de relevância para as famílias e esse
dinheiro ajudará a economia a girar, esse dinheiro
não irá para bolsa de valores”, diz Sérgio Nobre.
“Ativará o comercio e manterá o nível de atividade
para a economia”, completa.
Formar colchão social
O fundo, com seus vários programas, foca todos os
trabalhadores brasileiros, independentemente do
vínculo empregatício, do formal ao uber; do
desempregado ao trabalhador que está na linha e
abaixo da linha da pobreza. O objetivo é formar
colchão social.
Sem essas garantias propostas pelas centrais
sindicais, a classe trabalhadora brasileira corre o
risco de ficar na miséria, em consequência da
pandemia de coronavírus.
Fonte: Diap
18/03/2020 -
Comissão mista aprova MP do Contrato Verde e Amarelo
Oposição havia pedido adiamento em razão do
coronavírus. Deputados da base acreditam que medida
vai ajudar a sair da crise
A oposição protestou, mas a comissão mista da medida
provisória do contrato verde e amarelo (MP 905/19)
aprovou o parecer do relator, deputado Christino
Áureo (PP-RJ). Os parlamentares da oposição
lembraram que nem todos os membros estavam presentes
na reunião porque estão afastados em função do risco
de serem infectados pelo novo coronavírus. São
parlamentares com mais de 65 anos ou com doenças
preexistentes.
Mas os defensores da MP argumentaram que as mudanças
são importantes para enfrentar a crise econômica
provocada pela pandemia.
A MP, entre outras medidas, reduz encargos e
direitos trabalhistas para facilitar a contratação
de jovens entre 18 e 29 anos e pessoas com mais de
55 anos que estão há um ano sem emprego. Os
contratos serão de dois anos e o salário máximo de
R$ 1.567,50.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) fez um apelo ao
presidente da comissão, senador Sérgio Petecão
(PSD-AC), para que pedisse a suspensão do prazo da
MP:
“Nós estamos diante de um quadro em que as pessoas
que não têm emprego, que vivem de subemprego, que
trabalham por conta própria; sequer têm a quem
recorrer. E nós estamos diante da votação de uma
medida que vai agravar essa situação. Então eu
sugiro ao presidente e ao relator que nós
suspendamos os prazos de tramitação de todas as
medidas provisórias para que a gente possa reavaliar
isso em um outro momento, numa outra conjuntura,
outra circunstância”, observou.
O deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) também criticou
a continuidade da reunião no atual momento do País.
Outra crítica foi ao tempo até que fosse alcançado o
quórum da votação inicial. A reunião da comissão
durou cerca de três horas.
“Nós não podemos repetir a postura do presidente da
República que, em vez de seguir orientação do
próprio Ministério da Saúde, foi neste final de
semana para a praça pública cumprimentar seus
apoiadores, contrariando todas as orientações”,
disse.
Já a deputada Bia Kicis (PSL-DF) afirmou que as
comissões têm titulares e suplentes justamente para
substituição quando necessário. Ela se referia aos
parlamentares que precisam faltar em função do novo
coronavírus.
“Há destaques da oposição para serem votados, podem
ser apreciados aqui, podem até ter sucesso. Agora,
ficar levantando obstrução e até querer fazer
nominal de todas as votações, eu acredito que seja
um grande desserviço ao Brasil neste momento”,
disse.
Crise econômica
O deputado Felício Laterça (PSL-RJ) disse que a MP vai
ajudar a contornar a crise econômica:
“Maior do que o receio do coronavírus é o receio da
nossa economia afundar de vez. Tem um murmurinho
aqui dizendo que já foi. Então querem piorar. E
sobre a saúde dos parlamentares, vou trazer aqui o
que foi decidido na Câmara pelos líderes: aprovar
projeto de resolução para votação por aplicativo.
Até lá, os líderes votam por acordo os textos que
envolvam o coronavírus esta semana”, observou.
Logo após a votação do texto geral do relator, a
oposição cobrou o cumprimento de um acordo feito na
comissão para que a votação dos destaques ao texto
fosse nominal. Em troca, a oposição teria aceitado
retirar requerimentos de obstrução. Mas os
parlamentares favoráveis à MP não aceitaram,
afirmando que a oposição não quis participar da
primeira votação nominal. O presidente Sérgio
Petecão concordou então com as votações simbólicas.
Vale-transporte
Foi aprovada uma emenda ao relatório que proíbe a
negociação do pagamento do vale-transporte em
acordos coletivos entre patrões e empregados.
Fonte: Agência Câmara
18/03/2020 -
Sem direitos, trabalhadores informais ficam mais
expostos ao coronavírus e à crise
Mais de 38 milhões de pessoas - 41% da força de
trabalho - não têm garantias para seguir
recomendações
O coronavírus segue alcançando mais pessoas no
Brasil e os casos já chegam a 234 infectados em 14
estados e no Distrito Federal e a tendência é que a
propagação do problema cresça, assim como em outros
países. Diferentemente da postura de Jair Bolsonaro
(sem partido) ao ignorar a pandemia do coronavírus,
uma das principais medidas de contenção recomendadas
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é a
quarentena doméstica.
Não à toa, governos estaduais e municipais tem
fechado órgãos públicos, empresas estão direcionando
os trabalhadores para home office e escolas
suspenderam as aulas para evitar a proliferação da
infecção. Entretanto para 41,4% dos trabalhadores
informais do país, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de
janeiro deste ano, a prevenção ao coronavírus não é
compatível com a sua forma de renda. Se eles não
trabalham, não ganham, uma vez que não há nenhum
vínculo empregatício.
Esta é a realidade do advogado Claúdio Lúcio Dundes,
que há seis meses trabalha como motorista de
aplicativo para suprir o buraco que a advocacia tem
deixado no último período. “É uma dualidade, porque
a gente não pode parar [de trabalhar] e tem medo de
ser transmissor, porque está totalmente exposto”,
lamenta ele, que já percebe uma diminuição no fluxo
de trabalho. Se antes rodava três dias por semana,
hoje tem que rodar todos os dias para conseguir o
mesmo rendimento.
“Como a gente está na rua, a gente vê situações
tristes. Hoje eu vi aqueles vendedores de leite,
café e bolo e ninguém parou na barraca deles. Igual
agora, estou parado e tem uns cinco motoristas do
aplicativo parados também. É triste ver e preocupa”,
relata Dundes, que também vai encontrar dificuldades
na prática do direito, já que os tribunais
suspenderam as audiências.
A paralisação econômica, que está sendo sentida na
ponta pelo advogado, é o indicativo do que o diretor
técnico do Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz
Lúcio, aponta como uma “tragédia social e econômica”
anunciada, visto que os trabalhadores informais
estão desprotegidos do impacto da crise de saúde.
“As pessoas não vão ter dinheiro para comprar
comida, você pode ter conflitos sociais mais graves.
Nós estamos falando de 80 a 100 milhões de pessoas
que vão ser atingidas indiretamente, porque esses
trabalhadores não poderão alimentar suas famílias”,
explica Ganz Lúcio.
Cadê a proteção?
Enquanto o governo Bolsonaro busca relativizar a
crise, o economista alerta para a urgência de
medidas em curto prazo por parte do Poder Executivo
para que os trabalhadores informais consigam
atravessar o período crítico da economia em
decorrência das ações de contenção do coronavírus.
“É necessário pensar que metade da sociedade precisa
ter de algum instrumento para preservar a renda que
ele estava tendo e não vai ter, porque ele é
obrigado, por atitude do próprio governo, como já
está sendo na Itália, França, Espanha. As pessoas
estão obrigadas pelo Estado a ficar isoladas, alguma
coisa o Estado tem que dar para que elas tenham
renda e possam comer, isso num curtíssimo prazo”,
alerta.
Dar condições adequadas para que as pessoas que
sejam atingidas pelo vírus tenham atendimento à
saúde, divulgar orientações claras nos meios de
comunicação relacionadas ao isolamento e,
principalmente, adotar medidas adequadas para a
preservação da renda dos trabalhadores durante o
período de contenção da pandemia, são os pontos que
devem ter uma resposta adequada do poder público na
visão do diretor técnico do Dieese.
“É preciso criar esses mecanismos emergenciais, que
a princípio não existem, para permitir por exemplo,
que essas pessoas tenham alongamento de dívidas, de
compromissos, pagamento da luz, IPTU, coisas que os
entes públicos podem fazer. Tanto crédito
direcionado para esse tipo de pessoas com algum tipo
de proteção dado pelo estado, bem como algum tipo de
subsídio que possa ser criado a depender do tipo de
impacto que venha ter na economia. Isso tudo precisa
ser imediatamente trabalhado para que nas próximas
duas a quatro semanas, tudo possa ser liberado na
medida em que o país tenha necessidade de enfrentar
o curto prazo”, destaca.
Não há previsão de quanto tempo vai levar a
paralisação econômica do país e do mundo, por isso é
preciso pensar a médio e longo prazo como será
retomada a atividade produtiva, destaca Ganz Lúcio.
“Eu vou pra rua, vou vender, mas as pessoas também
estarão sem salário. Ou seja, a atividade produtiva
ela demora, ela tem um ciclo para retomar, que
ninguém sabe qual é, porque nós estamos diante de um
problema inédito, um problema em que a economia do
mundo está parando, ninguém sabe como mantêm essa
economia parada e ninguém sabe como colocar essa
atividade produtiva, depois dela ter parado no mundo
todo", afirma.
Quarentena
A médica infectologista Marcela Vieira reforça a
necessidade de proteção do Estado aos trabalhadores
informais como forma de conter a epidemia. “Nesses
casos é realmente importante a proteção do Estado,
como tem sido na Portugal e na Espanha, com
subsídios para que as pessoas possam se manter,
mesmo sem trabalhar. Os períodos de quarentena
seriam a melhor forma de reduzir a
transmissibilidade e a exposição dessas pessoas”.
Fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), as
pesquisas nas universidades públicas e fornecer todo
amparo social nesses momentos de crise e pandemia
são a melhor forma de combater essas situações na
opinião da especialista.
“A gente sabe que a quarentena é um privilégio, mas
para as pessoas que puderem se manter em quarentena
que se mantenham assim, e para as que não puderem é
realmente tomar todas as precauções possíveis”,
explica a especialista.
Vieira reforça que as pessoas que inevitavelmente
tenham que se expor reduzam as visitas com pessoas
mais de 60 anos e que possam vir a ter um quadro
mais grave. Além do uso de álcool em gel, sempre que
possível lavar as mãos com água e sabão e evitar as
aglomerações.
Fonte: Brasil de Fato
17/03/2020 -
Comissão limita acesso a votação da MP do Contrato
Verde e Amarelo, nesta terça
A comissão mista que analisa a Medida Provisória
(MP) 905/2019 tem reunião marcada para esta
terça-feira (17), às 14h, para votação do relatório
do deputado Christino Aureo (PP-RJ). A MP modifica a
legislação trabalhista, com a criação do Contrato
Verde e Amarelo.
O presidente da comissão, senador Sérgio Petecão
(PSD-AC), anunciou novas regras para o acesso à
reunião, com o objetivo de prevenir e conter a
transmissão do coronavírus. O acesso será limitado a
parlamentares e apenas um assessor por parlamentar.
Também terão direito a entrar na sala de reuniões um
consultor e os servidores da secretaria da comissão
mista. A lista de autorizados ainda contempla um
servidor do Serviço Operacional das Comissões, um
servidor da Taquigrafia, um servidor do Serviço de
Áudio e outro da TV Senado.
Por alterar uma série de regras nas relações
trabalhistas, a MP tem sido motivo de polêmica no
Congresso Nacional e já recebeu quase 2 mil emendas.
A reunião está marcada para a sala 19 da Ala Senador
Alexandre Costa.
Fonte: Agência Senado
17/03/2020 -
Governo tenta reverter derrota de R$ 20 bilhões
Os parlamentares derrubaram, na última
quarta-feira (11), 1 veto em que, na prática, amplia
o alcance do BPC (Benefício de Prestação
Continuada), à pessoas com renda familiar de até R$
522,50 por pessoa. Antes, era elegível a família com
renda de até R$ 261,25 por pessoa. No
portal O Brasilianista
Com a ampliação, o governo estima custo adicional de
R$ 217 bilhões em 1 década, o equivalente a 27% da
economia obtida com a Reforma da Previdência. A
medida vai aumentar também a fila de espera por
benefícios do INSS, que hoje já acumula 1,9 milhão
de pessoas.
O governo aposta no TCU (Tribunal de Contas da
União) e no STF (Supremo Tribunal Federal) para
reverter a derrota. O ministro Bruno Dantas, do TCU,
atendeu ao pedido de medida cautelar do governo
contra a ampliação do BPC e suspendeu o pagamento. A
decisão deve ser ratificada pelo plenário esta
semana.
No STF, a ideia é entrar com ADI (ação direta de
inconstitucionalidade) com base no § 5º do artigo
195 da Constituição: “Nenhum benefício ou serviço da
Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou
estendido sem a correspondente fonte de custeio
total.”
Fonte: Diap
17/03/2020 -
Pressionado, Guedes lança pacote de R$ 147 bilhões
Guedes foi obrigado a anunciar investimento público
para enfrentar ameaça de recessão com novo
coronavírus.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta
segunda (16) um conjunto de medidas para amenizar os
impactos econômicos do novo coronavírus. O impacto
das medidas é avaliado em R$ 147 bilhões.
De acordo com Guedes, o governo vai disponibilizar
R$ 83,4 bilhões para a população mais vulnerável —
como idosos, os mais afetados pela doença — e R$
59,4 bilhões para a manutenção de empregos. O
ministro da Economia de Bolsonaro disse ainda que se
trata de “um esforço inicial” e que é possível o
anúncio de novas medidas “a cada 48 horas”.
O ministro anunciou a antecipação da segunda parcela
do 13º salário para aposentados e pensionistas do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para
maio, o que deve representar incentivo de R$ 23
bilhões. Os valores não sacados do fundo PIS/Pasep
serão transferidos para o Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS). Com a medida, Guedes avalia
injetar R$ 12,8 bilhões de reais no consumo dos
brasileiros. Outra ação é o reforço ao Bolsa
Família, com possibilidade de inclusão de 1 milhão
de novos beneficiários, com a qual o governo espera
um impacto de R$ 3,1 bilhões.
Para fomentar a manutenção de empregos, o governo
anunciou o adiamento do prazo de pagamento do FGTS e
da parcela referente à União do Simples Nacional —
cujos impactos somam, respectivamente, R$ 30 bilhões
de reais e R$ 22,2 bilhões.
Serão disponibilizados ainda R$ 5 bilhões em crédito
para micro e pequenas empresas e a redução das
contribuições para o Sistema S por três meses, que
desanuviarão a economia em R$ 2,2 bilhões. O governo
também facilitará as exigências para a obtenção de
crédito e a dispensa de documentação para
renegociação das dívidas. O governo promete ainda
facilitar a exportação de insumos e matérias-primas
industriais.
Há alguns dias, atores políticos e economistas vêm
apregoando a impossibilidade de fazer o país crescer
sem investimento público. A ideia foi defendida pelo
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
antes mesmo do agravamento da crise do novo
coronavírus, face ao crescimento de apenas 1% do
Produto Interno Bruto (PIB) em 2019.
Com o surto e a classificação da situação como
pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), as
pressões sobre a equipe econômica se intensificaram
e Guedes foi obrigado a anunciar um pacote de
intervenção, a despeito de seu ideário liberal na
economia.
Fonte: Portal Vermelho
17/03/2020 -
Classe média de São Paulo prepara panelaço contra
Bolsonaro no 18M
BR 2 Pontos - Pelas redes sociais, peças feitas
especialmente para o aplicativo WhatsApp já circulam
em grupos e avulsos, com a marcação de data e hora
para um protesto conjunto: a quarta-feira 18, a
partir das 20h30. Numa das convocatórias de maior
circulação, com destaque para a exclamação ‘Basta!’,
o título é ‘Vozes da janela contra Bolsonaro’
A classe média paulista está sendo convocada a
gritar, das janelas de seus apartamentos e casas, a
palavra de ordem “fora Bolsonaro”. Pelas redes
sociais, peças feitas especialmente para o
aplicativo WhatsApp já circulam em grupos e avulsos,
com a marcação de data e hora para um protesto
conjunto: a quarta-feira 18, a partir das 20h30.
Numa das convocatórias de maior circulação, com
destaque para a exclamação ‘Basta!’, o título é
‘Vozes da janela contra Bolsonaro’.
Ontem, em alguns prédios da região dos Jardins, zona
nobre da capital paulistana, os primeiros gritos
contra o presidente, saídos desse segmento social,
já puderam ser ouvidos, ainda tímidos. Outro sinal
de que esse pilar de sustentação de Bolsonaro pode
estar sendo abalado é o fato de o tuíte com a cena
completa de um haitiano, ontem à noite, na porta do
Palácio da Alvorada, dizendo à frente do próprio
Bolsonaro que “você não é mais presidente, pede para
desistir, você espalhou o vírus”, estar ‘bombando’.
Trata-se da postagem mais comentada do dia, até
aqui, na rede social.
A depender do volume de adesão e amplitude de
iniciativas do tipo ‘Vozes da janela contra
Bolsonaro’, o presidente pode ver agravados seus
problemas de crescente isolamento político. Os
ex-presidentes Fernando Collor e Dilma Rousseff
caíram, via Congresso, após panelaços surgidos nas
janelas da classe média paulistana, que se
espalharam pelo Brasil. Agora, o prometido ‘gritaço’
pode vitimar Bolsonaro.
Fonte: Brasil247
17/03/2020 -
Governadores e parlamentares consideram que País
está sem comando na crise do coronavírus
Governadores e parlamentares consideraram, nesta
segunda-feira (16), que a comunicação do governo
Jair Bolsonaro sobre o coronavírus está desastrosa.
A avaliação é a de que o País está sem comando e que
os ministérios estão passando mensagens
contraditórias. A informação é da coluna Painel. O
Brasil tem pelo menos 234 casos confirmados, 2.064
casos suspeitos e 1.624 casos descartados. A doença
atinge 15 estados e o Distrito Federal. Em nível
mundial, foram registradas 7.074 mortes pelo
coronavírus, de acordo com monitoramento da
Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. O
número de infectados é de pelo menos 168 mil.
Enquanto o ministério da Saúde brasileiro fala em
diminuir a circulação de pessoas, o ministro da
Economia, Paulo Guedes, sugeriu que apenas idosos
adotassem o isolamento contra a doença.
A avaliação no meio político é a de que o pacote de
R$ 147 bilhões anunciado por Guedes para medidas
emergenciais contra o coronavírus ainda é pequeno
perto dos alertas de quebradeira que chegam do setor
privado, principalmente das companhias aéreas, ainda
não atendidas pelo governo.
Participantes da Líder, que administra o DPVAT
(Seguro Danos pessoais causados por veículos
automotores de via terrestre), viram no pacote de
Guedes espécie de revanche, porque é a segunda vez
que o governo tenta usar o dinheiro da reserva de
acidentes no trânsito. A primeira foi no começo do
ano, quando Bolsonaro tentou zerar o DPVAT, mas o
Congresso barrou a medida.
Bolsonaro convocou atos, mesmo com o maior risco de
novos casos por causa das aglomerações, o que gerou
muitas críticas de parlamentares e de colunistas da
imprensa, até porque ele já havia dito que a
pandemia do coronavírus é “fantasia propagada pela
mídia”.
Fonte: Brasil247
17/03/2020 -
Pacote de Guedes contra coronavírus não alcança
trabalhadores informais, alerta Dieese
Segundo o diretor técnico da entidade, ministro
anuncia ações importantes, mas insuficientes, já que
não contemplam os cerca de 38 milhões de pessoas
cujas rendas não têm nenhum vínculo empregatício
São Paulo – O ministro da Economia, Paulo Guedes,
anunciou nesta segunda-feira (16) um pacote de
medidas que pretende injetar R$ 147,3 bilhões, nos
próximos três meses, para combater os efeitos da
crise causada pela pandemia de coronavírus. Segundo
o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior,
são ações importantes, mas insuficientes,
principalmente porque não contemplam os
trabalhadores que vivem na informalidade, que já
sentem os efeitos imediatos da perda de renda.
Os recursos de R$ 4,5 bi destinados à Saúde também
são incipientes, segundo ele. Além da estrutura
informal da economia, outros complicadores que
inviabilizam uma resposta adequada à crise são o
Teto de Gastos e a Lei de Responsabilidade Fiscal,
quem impedem que a União, estados e municípios
elevem os gastos no combate à doença.
Dentre as medidas anunciadas pelo ministro estão a
antecipação do 13º salário dos aposentados, sendo a
primeira parcela para abril, e a segunda, para maio.
No total, devem injetar R$ 46 bi na economia. Já a
antecipação do pagamento do abono salarial do PIS/Pasep
para junho, com valores que serão transferidos para
o FGTS, deve somar mais 21,5 bi.
“Antecipa-se as parcelas do 13º dos aposentados.
Muito bem. Mas um conjunto grande da população não
tem aposentadoria. Antecipa-se a retirada de uma
parte do FGTS, que é uma grande poupança do
trabalhador para situações emergenciais. Isso é
positivo, mas temos quase 40 milhões de
trabalhadores que não tem INSS e FGTS, que estão na
informalidade”, criticou o diretor do Dieese em
entrevista à jornalista Marilu Cabañas, para o
Jornal Brasil Atual, nesta terça-feira (17).
Segundo ele, é preciso tomar medidas que atendam
aqueles trabalhadores que vendem produtos ou que
prestam serviços nas ruas, e que tiveram as suas
atividades suspensas por conta das ações de
isolamento visando a contenção da disseminação do
coronavírus. “Temos que criar alternativas para
trabalhadores de aplicativos, o pedreiro, o
consertador da geladeira. Não é pouca gente. É muita
gente e que já está em casa sem remuneração.
Precisamos de medidas para essa população
vulnerável”, cobrou Fausto.
Bolsa Família
O Bolsa Família seria uma das alternativas para
atender os informais, lembra o analista. Guedes
anunciou R$ 3,1 bi para reforçar o programa, mas,
segundo Fausto, apenas liberação de recursos é
insuficiente. É preciso contratar servidores que
possam resolver a fila de pessoas que esperam pelo
benefício, que chega a mais de 1 milhão de pessoas.
Para o diretor do Dieese, “é preciso fazer mais”,
lançando um pacote com ações econômicas voltadas
para os trabalhadores informais, com recursos e
mecanismos vinculados à Assistência Social. “Como
vamos lidar com essas pessoas? Não é que elas vão
sentir a crise. Elas já estão perdendo imediatamente
renda para a sua sobrevivência.(…) Temos que
construir um pacote de medidas para o setor
informal.”
Fonte: Rede Brasil Atual
17/03/2020 -
Coronavírus: metalúrgicos pedem licença remunerada
para trabalhadores
Sindicato dos Metalúrgicos reivindica medida para
proteger empregados
Diante da pandemia do novo coronavírus, o Sindicato
dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região vai
exigir que todas as empresas metalúrgicas concedam
licença remunerada para os trabalhadores.
“A suspensão dos trabalhos é uma medida urgente e
necessária e deve ser acompanhada de políticas
públicas de prevenção por parte dos governos
federal, estadual e municipal”, informou em nota
oficial o Sindicato.
Como representante da categoria metalúrgica, o
Sindicato também vai reivindicar estabilidade de
emprego e nenhuma retirada de direitos dos
trabalhadores. “Passamos por um momento em que a
classe trabalhadora precisa de uma ampla rede de
proteção social”, completa a nota.
O Sindicato informou que cartas com as
reivindicações do Sindicato começam a ser
protocoladas ainda nesta segunda-feira (16) nas
fábricas da base, incluindo General Motors, Embraer,
Yaborã, Avibras, TI Automotive, Eaton e Caoa Chery.
O próprio Sindicato adotará medidas de prevenção
interna, já a partir desta terça-feira (17), com
fechamento de suas subsedes e Colônia de Férias, em
Caraguatatuba. Outras medidas também serão adotadas.
“Não podemos esperar que o vírus se alastre ainda
mais. É preciso enfrentar a doença imediatamente. As
empresas têm de assumir suas responsabilidades e
tomar todas as medidas para impedir que os
trabalhadores se contaminem. O lucro não pode estar
acima da vida”, finalizou a nota do Sindicato.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores disse que aguarda manifestações das
empresas para se posicionar sobre a demanda.
Fonte: Agência Brasil
17/03/2020 -
INSS deve pagar primeira parcela do 13º a partir de
24 de abril
A primeira parcela do 13º salário de aposentados e
pensionistas do INSS deve ser antecipada e será paga
nas mesmas datas em que o segurado recebe o
benefício de abril.
De acordo com reportagem do jornal Agora SP, a
previsão é que a antecipação fique disponível entre
os dias 24 de abril e 8 de maio. Essa mudança ocorre
após anúncio do Ministério da Economia e serve para
conter o impacto do coronavírus no Brasil.
O valor das parcelas do 13º pode ser consultado
antes do pagamento no site Meu INSS e não há
desconto do Imposto de Renda nessa primeira parcela.
Fonte: Agência Sindical
17/03/2020 -
PDT protocola medida cautelar para que Bolsonaro
entre em quarentena
O PDT entrou na Justiça do Distrito Federal com
pedido de medida cautelar de urgência para que o
presidente da República, Jair Bolsonaro, seja
obrigado a entrar em quarentena e fique proibido de
manter contato, incitar ou organizar manifestações
populares até a volta da normalidade das questões de
saúde pública.
A ação civil pública, protocolada nesta
segunda-feira (16/3), acusa o mandatário de colocar
a saúde dos cidadãos em risco ao desrespeitar
recomendação do Ministério da Saúde e da Organização
Mundial da Saúde para combate contra o novo
coronavírus.
"Não se trata do cuidado com a sua saúde individual,
mas com a responsabilidade compartilhada de estar
inserido em uma comunidade", diz o documento.
Apesar de inicialmente ter pedido a apoiadores que
não fossem aos atos deste domingo (15), por conta da
propagação do vírus, o presidente estimulou os
protestos com postagens nas redes sociais e ainda
participou das manifestações em Brasília.
Sem usar máscara, ele tocou manifestantes e manuseou
os celulares de alguns para fazer selfies. Até o
momento, 13 pessoas que estiveram com Bolsonaro
durante viagem a Miami (EUA) estão infectadas com o
Covid-19.
Segundo o partido de oposição, o aceite da medida
cautelar pelo Judiciário não diminuiria ou
vilipendiaria os direitos do presidente, já que ele
poderia exercer as suas funções em resguardo, via
redes sociais.
1014661-83.2020.4.01.3400
Fonte: Consultor Jurídico
16/03/2020 -
Comissão retoma análise da MP do contrato verde
amarelo nesta terça-feira
A comissão mista que analisa a Media Provisória que
cria o contrato de trabalho verde e amarelo (MP
905/19) retoma a análise da proposta nesta
terça-feira (17) às 14 horas. A reunião será no
plenário 19 da ala Alexandre Costa, no Senado.
A discussão do relatório deputado Christino Aureo
(PP-RJ) foi encerrada nesta semana revelando
críticas e elogios ao texto. Na última quarta (11),
a comissão aprovou a admissibilidade de seis
destaques e a reunião foi suspensa, sem concluir a
votação.
Fonte: Agência Câmara
16/03/2020 -
Bolsonaro ignora coronavírus e participa de
manifestação contra Congresso e STF
Mesmo após desestimular atos, presidente
cumprimentou manifestantes e tirou selfies em frente
ao Palácio do Planalto
O presidente Jair Bolsonaro ignorou a pandemia do
coronavírus e participou neste domingo (15) de
manifestação contra o Congresso e o Supremo Tribunal
Federal (STF), em Brasília.
Na quinta-feira (12), ele próprio havia recomendado
que os atos não ocorressem em razão do alastramento
mundial da Covid-19. Desde a manhã, no entanto, ele
estimula seus apoiadores para as manifestações por
meio das redes sociais.
Bolsonaro deixou o Palácio do Alvorada por volta do
meio-dia e percorreu, de carro, a Esplanada dos
Ministérios. Apoiadores o seguiram em carreata. Ele
transitou com vidros fechados e não desceu em nenhum
momento.
Pouco depois, o presidente foi ao Palácio do
Planalto. Ele desceu a rampa e caminhou até cerca de
100 manifestantes para cumprimentá-los e tirar
selfies – manuseando celulares de alguns deles sem
se importar com os riscos de contaminação. Muitos
dos presentes usavam máscaras pintadas de verde e
amarelo.
Os atos pró-governo e de ataque aos outros poderes
ocorrem em vários pontos do Brasil. No Rio de
Janeiro, milhares de manifestantes se reúnem na
praia de Copacabana, desde às 10h.
Em São Paulo, o ato ocorre na avenida Paulista, com
concentração em frente à Fiesp. O público, em parte
também com máscaras, grita contra o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente do
STF, Dias Toffoli e o governador de São Paulo, João
Doria (PSDB).
Em um carro de som, líderes do movimento chamaram o
coronavírus de mentira. Eles insinuaram que o surto
foi usado por adversários de Bolsonaro, como Doria,
para cancelar as manifestações.
Crime de responsabilidade
Bolsonaro usa as redes sociais para mostrar vídeos dos
protestos desde o começo do domingo. Na quinta-feira
(12), ele usou a cadeia nacional de TV para se
pronunciar sobre os atos – àquela altura,
desestimulando o movimento.
Para o professor de direito constitucional da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, Alessandro
Soares, a atitude se trata de mais um crime de
responsabilidade do presidente, uma vez que houve
utilização do recurso e estruturas públicas para
manifestações de caráter particular.
Embora tenha caminhado entre as pessoas e ignorado
as recomendações de autoridades sanitárias, Jair
Bolsonaro deveria estar em isolamento, já que terá
de fazer um novo exame nos próximos dias para
confirmar se está ou não com coronavírus, de acordo
com o jornal O Estado de S. Paulo. Na semana
passada, ele esteve nos Estados Unidos acompanhado
de seu secretário da Comunicação, Fábio Wajngarten,
que contraiu o vírus.
Fonte: Brasil de Fato
16/03/2020 -
Para Maia, apoio de Bolsonaro às manifestações é um
atentado à saúde pública
Presidente da Câmara diz que Bolsonaro ignora e
desautoriza o seu ministro da Saúde e os técnicos do
ministério, ao fazer pouco caso da pandemia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
criticou neste domingo (15), em suas redes sociais,
o apoio do presidente Jair Bolsonaro às
manifestações realizadas contra orientações de
autoridades do seu próprio governo.
"O mundo está passando por uma crise sem
precedentes. O Banco Central americano e o da Nova
Zelândia acabam de baixar os juros; na Alemanha e na
Espanha, os governos decretam o fechamento das
fronteiras. Há um esforço global para conter o vírus
e a crise. Por aqui, o presidente da República
ignora e desautoriza o seu ministro da Saúde e os
técnicos do ministério, fazendo pouco caso da
pandemia e encorajando as pessoas a sair às ruas.
Isso é um atentado à saúde pública que contraria as
orientações do seu próprio governo", afirmou.
"A economia mundial desacelera rapidamente; a
economia brasileira sofrerá as consequências
diretas. O presidente da República deveria estar no
Palácio coordenando um gabinete de crise para dar
respostas e soluções para o país. Mas, pelo visto,
ele está mais preocupado em assistir às
manifestações que atentam contra as instituições e a
saúde da população", prosseguiu Maia.
Segundo o presidente da Câmara, a situação é
preocupante e exige de todos serenidade,
racionalidade, união de esforços e respeito. "Somos
maduros o suficiente para agir com o bom senso que o
momento pede", concluiu Maia.
Fonte: Agência Câmara
16/03/2020 -
Ministros do STF e de tribunais superiores veem
‘manipulação política’ em protestos
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de
tribunais superiores avaliam que houve “manipulação
política” nos protestos pelo fechamento do Congresso
Nacional e do Supremo Tribunal Federal neste domingo
(15). Os relatos foram publicados no jornal O Estado
de S.Paulo.
Magistrados reprovaram o gesto do ocupante do
Planalto, ao romper o isolamento e falar com
apoiadores durante a manifestação em Brasília,
contrariando recomendações do Ministério da Saúde. A
pasta pede que as pessoas evitem aglomerações para
não aumentar os casos de coronavírus.
Um ministro de tribunal superior considerou as
manifestações um “desrespeito à democracia”, não
somente pelas faixas e mensagens contra o Estado de
Direito, mas à saúde pública.
Fonte: Brasil247
16/03/2020 -
Haddad pede interdição de Bolsonaro: “Postura
lastimável”
Ex-prefeito de São Paulo criticou o apoio e
participação do presidente em ato contra o
Congresso, expondo população ao risco do coronavírus
O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT),
usou suas redes sociais neste domingo (15) para
pedir o impeachment ou interdição do presidente Jair
Bolsonaro. De acordo com ele, presidente atacou a
democracia ao defender e participar de atos contra o
Congresso, também contribuindo com a exposição da
população ao coronavírus.
“Hoje, a democracia brasileira sofreu mais um duro
ataque. O próprio presidente, entusiasmado com os
apelos pelo fechamento do regime, desconsiderou as
recomendações das autoridades sanitárias para
celebrá-lo. Se não é caso de impeachment, é de
interdição. Postura lastimável!”, disse o petista.
Ao participar do ato deste domingo em Brasília,
Bolsonaro quebrou o isolamento a que foi submetido
após suspeita de ter contraído coronavírus. Por
volta do meio dia, presidente fez uma live nas redes
sociais mostrando seu contato com apoiadores no
Palácio do Planalto, onde tirou selfies e
cumprimentou seus seguidores.
O médico e presidente da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres,
também esteve no ato em Brasília com Bolsonaro,
contrariando as recomendações do próprio Ministério
da Saúde sobre o vírus.
Fonte: RevistaForum
16/03/2020 -
Dieese alerta Guedes sobre coronavírus: ‘Não se faz
reforma durante a enchente’
Pandemia demanda medidas emergenciais que vão na
contramão das ações defendidas pela equipe econômica
do governo Bolsonaro
São Paulo – O diretor técnico do Dieese, Fausto
Augusto Junior, afirma que as medidas econômicas
anunciadas nesta quinta-feira (12) pelo governo
federal como parte do combate à pandemia de
coronavírus são “insuficientes”, além de muitas
serem inadequadas. Em seu comentário na manhã desta
sexta-feira (13) para o Jornal Brasil Atual, o
analista afirmou que o ministro da Economia, Paulo
Guedes, segue insistindo no mantra das “reformas”
para “blindar” o país contra a doença, que foi
declarada pandemia pela Organização Mundial da Saúde
(OMS). “É como se estivéssemos numa enchente achando
que é possível fazer a reforma da casa. Não se faz
reforma em hora de emergência”, compara.
Entre as medidas anunciadas pelo governo, está a
antecipação para abril da primeira parcela do 13º de
aposentados e pensionistas do INSS, normalmente
pagas em maio. Também houve a suspensão por 120 dias
da chamada prova de vida dos beneficiários e a
redução de juros para a concessão de empréstimos
consignados.
A prioridade, segundo Fausto, deveria ser garantir o
financiamento em saúde para estados e municípios,
asfixiados pelos cortes de gastos. Como forma de
estimular a economia e, ao mesmo tempo, aumentar o
atendimento o número de leitos, ele defende a
liberação de verbas para a conclusão de obras de
hospitais.
Trabalhadores
Outra medida importante defendida pelo analista é a
dispensa de atestado para justificar a falta de
trabalhadores que apresentarem sintomas de
contaminação. As próprias autoridades de saúde
recomendam que as pessoas não procurem os hospitais,
de modo a evitar a disseminação da doença pelo
coronavírus, a menos nos casos mais graves.
“Não vai dar para lidar agora com essa lógica de
atestado. Tem que liberar essas questões, de maneira
mais efetiva. As pessoas que não se sentirem bem
devem deixar de ir ao trabalho sem que tenham o dia
descontado. É uma questão muito simples, mas que
precisa ser resolvida”, afirmou Fausto à jornalista
Marilu Cabañas.
Para trabalhadores de saúde, educação e transporte,
que lidam com atendimento ao público, ele defende a
troca constante das equipes, além de acesso
irrestrito a insumos de prevenção, como o álcool em
gel.
Programas sociais
Fausto também defendeu a ampliação de programas
sociais, como o Bolsa Família, e de benefícios como
seguro-desemprego e licença-maternidade, para
garantir sustento mínimo às pessoas que estarão com
as suas atividades econômicas prejudicadas. “Um
motorista de Uber acorda de manhã, não se sente bem,
mas tem que pagar a diária do seu carro. Se ele
estiver infectado pelo coronavírus e pegar 10, 12
passageiros, provavelmente vai infectar essas
pessoas. Ou seja, é preciso criar condições para que
esse trabalhador possa ficar em casa durante um
período com alguma garantia de renda mínima.”
Empresas
O diretor do Dieese também afirma que é hora dos
bancos, que registram lucros recordes todos os anos,
oferecerem sua “cota de sacrifício”. “Precisam
alongar dívidas, diminuir taxas de juros. Precisam
entrar de maneira ativa de modo que trabalhadores e
empresas possam ter mais tranquilidade financeira
para enfrentar a crise”, sugeriu.
Ele também defende que o governo ofereça linhas de
refinanciamento para setores econômicos mais
atingidos, como o turismo, aos moldes do que ocorre
no setor agrícola em situações de quebra de safra.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/03/2020 -
Comissão da Reforma Tributária ouve Paulo Guedes na
quarta
A Comissão da Reforma Tributária se reunirá nesta
quarta-feira (17), às 14h30, para audiência pública
interativa com a participação do ministro da
Economia, Paulo Guedes, e do Secretário Especial da
Receita Federal, José Barroso Tostes Neto.
Composta por 25 senadores e 25 deputados, a Comissão
da Reforma Tributária vai elaborar seu texto com
base em duas propostas de emenda à Constituição já
existentes, que tramitam na Câmara (PEC 45/2019) e
no Senado (PEC 110/2019), e em uma proposta que deve
ser enviada pelo governo. As propostas existentes
preveem a extinção de uma série de tributos,
consolidando-os em dois novos impostos: um sobre
bens e serviços (IBS), nos moldes dos impostos sobre
valor agregado cobrados na maioria dos países
desenvolvidos; e um imposto seletivo, específico
sobre alguns bens e serviços, assemelhado aos
impostos especiais de consumo.
O relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), prevê
a apresentação do texto final no dia 28 de abril e a
sua votação até 5 de maio. A comissão tem como
presidente o senador Roberto Rocha (PSDB-MA).
A reunião está marcada para a sala 6 da Ala Senador
Nilo Coelho.
Fonte: Agência Senado
16/03/2020 -
INSS suspende prova de vida e antecipa 13º por
coronavírus
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)
informou na quinta-feira (12) que suspenderá as
provas de vida anuais obrigatórias por 120 dias. A
medida tem o objetivo de reduzir o risco de contágio
pelo novo coronavírus entre aposentados e
pensionistas da Previdência.
Na maioria dos casos, o recadastramento anual é
feito na rede bancária, onde os aposentados recebem
seus benefícios. Medidas preventivas a serem tomadas
também nas agências da Previdência, onde costuma
haver concentração de idosos, serão definidas em
conjunto com o Ministério da Saúde.
13º - O Ministério da Economia também
instituiu nesta quinta um grupo de monitoramento dos
impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
Entre as medidas está a antecipação para abril o
pagamento de R$ 23 bilhões referentes a parcela de
50% do 13º salário aos aposentados e pensionistas do
INSS, além da suspensão da prova de vida dos
beneficiários.
Fonte: Agora SP
16/03/2020 -
Fachin amplia licença-maternidade de mães de bebês
prematuros
Benefício tem início após criança e mulher receberem
alta hospitalar
A partir de agora, a licença-maternidade de mães de
bebês prematuros e que precisam de internação só
começará a contar após a criança e a mulher
receberam alta hospitalar e puderem estar juntas em
casa.
A determinação é do ministro Edson Fachin, do
Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu
quinta-feira (12) uma liminar (decisão provisória)
pedida pelo partido Solidariedade em uma ação direta
de inconstitucionalidade (ADI). Segundo a legenda,
há por ano no Brasil mais de 279 mil partos
prematuros que ensejam internações que podem durar
meses. É considerado prematuro o bebê que nasce
antes das 37 semanas de gestação.
O efeito da decisão é imediato para todas as
gestantes e mães que possuem contrato de trabalho
formal, regido pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT).
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
13/03/2020 -
Tribunais suspendem audiências e prazos para conter
coronavírus
Para tentar conter a disseminação do coronavírus (Covid-19),
diversos tribunais decidiram suspender prazos e
audiências. Veja a lista dos que já formalizaram
essas medidas:
TJ-MG – Suspendeu prazos dos processos físicos estão
a partir da próxima segunda-feira (16/3) até o
próximo dia 27. Processos eletrônicos seguem sua
tramitação normal. Juízes deverão utilizar
teleconferências nas audiências de custódia na
maioria dos casos e os servidores estão liberados
para trabalhar remotamente. Clique
aqui para ler a recomendação.
TJ-RJ – As audiências e sessões de julgamento de 1º
e 2º grau serão suspensas por 60 dias. Prazos dos
processos físicos também serão suspensos por 14
dias.
TJ-SP - O Conselho Superior da Magistratura
suspendeu os prazos processuais por 30 dias — com
exceção de processos que demandem medidas urgentes,
processos de réus presos e que envolvam menores de
idade. A corte paulista também optou pela suspensão
das audiências entendidas não urgentes pelos
magistrados pelo prazo inicial de 30 dias.
TJ-SE – Suspendeu sessões de julgamento até o
próximo dia 27 de março.
TRT-1 (RJ) – O tribunal suspendeu as audiências e
correições no 1º grau no período entre 16 e 20/3.
Com exceção das audiências, a prestação
jurisdicional deverá ser mantida regularmente. Os
prazos dos físicos ficam suspensos por 30 dias. Pelo
mesmo período estarão suspensos os recebimentos de
petições e documentos físicos judiciais nos
protocolos de 1º e 2º graus.
TRT-2 (SP) – Decidiu suspender por 14 dias o
atendimento presencial ao público em geral prestado
nos balcões das secretarias das varas, turmas e
unidades de arquivo, bem como a suspensão, pelo
mesmo período, dos prazos processuais em processos
físicos.
TRT-4 (RS) – Estão suspensas audiências de 1º grau
no período de 16 a 27/3. Audiências podem ser
realizadas conforme o critério do juiz da unidade.
Prazos processuais seguem normalmente.
TRT-10 (DF) – Suspendeu as audiências no 1º grau de
jurisdição do dia 16 a 20/3.
TRT-20 (SE) – Suspendeu audiências, sessões e
atendimento ao público até o dia 27 de março. Os
prazos processuais que devam iniciar-se ou
completar-se nesses dias ficam automaticamente
prorrogados para o primeiro dia útil subsequente.
Fonte: Consultor Jurídico
13/03/2020 -
Centrais mantêm mobilização, mas avaliam evolução da
crise na saúde
Para as entidades, momento é de
“excepcionalidade” e exige medidas emergenciais das
autoridades, além de amplo diálogo
São Paulo – As centrais sindicais a princípio mantêm
o calendário de manifestações, que inclui ato na
próxima quarta-feira (18) com movimentos sociais em
defesa da educação, do emprego e de manutenção de
direitos. Mas não descartam a suspensão do protesto,
devido ao avanço da crise causada pelo coronavírus –
ontem, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou
pandemia, e eventos e atividades vêm sendo
cancelados em vários países do mundo.
Reunidas nesta quinta-feira (12) na sede do Dieese,
em São Paulo, as entidades avaliaram a “crise
sanitária e econômica”, pedindo providências
emergenciais das autoridades para conter a doença e
suspensão de medidas em tramitação no Legislativo.
“Defendemos um amplo diálogo com a sociedade e com o
Congresso Nacional para definir as medidas
necessárias para conter a crise do coronavírus e a
crise econômica”, afirmam (confira nota ao final
do texto).
Depois de aproximadamente três horas de reunião,
pelo menos três centrais defendiam a suspensão
imediata da manifestação. Outras eram favoráveis à
manutenção do calendário, mas monitorando a situação
até lá, devido ao rápido avanço do vírus. Por isso,
marcaram novo encontro para a manhã de segunda-feira
(15), novamente na sede do Dieese, na região central
da cidade.
Momento grave
“O momento é muito grave”, afirmou o presidente da
CUT, Sérgio Nobre. “As centrais estão se colocando à
disposição das autoridades para colaborar”,
acrescentou, preocupado com os impactos econômicos e
sociais da crise, especialmente em um momento em que
o governo Bolsonaro está “desmontando o sistema de
saúde”.
Ele se manifestou ainda mais preocupado com
segmentos específicos de trabalhadores, como no
setor de transporte coletivo e da área de saúde,
além de profissionais da educação e crianças nas
escolas. E falou sobre a possibilidade de empresas
interromperem atividades, propondo redução de
jornada e salário. Há ainda o cenário de ataque a
direitos, caso da votação da Medida Provisória 905,
da “carteira verde e amarela”, remarcada para a
próxima terça (17) em comissão mista do Congresso.
O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves,
o Juruna, disse que a central é a favor de cancelar
as manifestações públicas, mantendo apenas eventos
em porta de fábrica, por exemplo – a posição foi
acompanhada por CSB e UGT. “Estamos ouvindo os
nossos sindicatos.”
Confira a íntegra a nota das centrais:
As Centrais Sindicais reunidas nesta quinta-feira,
12/03/2020, em São Paulo para discutir a declaração
de pandemia global pela OMS (Organização Mundial da
Saúde) em decorrência do novo coronavírus se coloca
na defesa de ações coletivas de prevenção à
propagação do vírus e seus impactos sociais e
econômico.
As entidades entendem que esse momento demanda do
Estado brasileiro, em seus três poderes (Executivo,
Legislativo e Judiciário), a compreensão de sua
excepcionalidade e a importância da ampla
concentração das ações em medidas emergenciais para
o enfrentamento da crise.
Ao mesmo tempo, as Centrais reivindicam a suspensão
das discussões de medidas que atacam os direitos dos
trabalhadores e trabalhadoras no Congresso Nacional,
como por exemplo, a MP 905/2019, a Carteira Verde
Amarela. Nesse sentido, propomos um amplo diálogo
com a sociedade e com o Congresso Nacional para
definir as medidas necessárias para conter a crise
do coronavírus e a crise econômica.
As Centrais Sindicais também reafirmam que é
fundamental a abertura do debate para elaborar
medidas emergenciais à proteção de todos os
trabalhadores e trabalhadoras, formais e informais,
e de seus empregos e renda, no período que a
pandemia estiver decretada, além de medidas
específicas para os trabalhadores e trabalhadoras da
saúde, educação e transporte público que estão mais
expostos ao contágio.
As entidades reforçam a relevância do fortalecimento
da saúde pública, dos serviços públicos e de seus
trabalhadores e trabalhadoras, considerando que
nessa crise é fundamental para a mitigação dos
riscos e o controle da doença, que ameaça se ampliar
em nossopaís. Esse fortalecimento é fundamental para
a proteção individual e coletiva e para a efetivação
da tarefa social dos serviços públicos.
As Centrais Sindicais se mantêm em avaliação
permanente, com uma reunião agendada na próxima
segunda, dia 16, às 10h, na sede do DIEESE, em São
Paulo, para discutir a crise sanitária e econômica
em curso no país e para tomar as decisões que se
fizerem necessárias nesse momento. As Centrais
reforçam a importância das mobilizações da classe
trabalhadora.
CUT – Central Única dos Trabalhadores
FS – Força Sindical
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil
NCST – Nova Central Sindical dos Trabalhadores
UGT – União Geral dos Trabalhadores
CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
CSP – Conlutas – Central Sindical e Popular –
Conlutas
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Fonte: Rede Brasil Atual
13/03/2020 -
Trabalhador em atividade de risco tem direito a
indenização civil
O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, nesta
quinta-feira (12), a tese do julgamento que
confirmou que empresas podem ser responsabilizadas
de forma objetiva por acidentes de trabalho. Em
setembro, a Corte entendeu que o trabalhador em
atividade de risco tem direito a indenização civil,
independentemente da comprovação de culpa da empresa
na Justiça. Apesar da decisão, o julgamento tinha
sido suspenso para definição da tese que vai balizar
o julgamento de processos semelhantes em todo o
país.
Com a finalização do julgamento, ficou definido que
é “constitucional a responsabilização objetiva do
empregador por danos decorrentes de acidente de
trabalho nos casos especificados em lei ou quando a
atividade apresentar exposição permanente a risco
habitual”.
Em geral, a responsabilização ocorre de forma
subjetiva, ou seja, deve ser provada no processo a
culpa da empresa pelo acidente para que a Justiça
determine que o empregado receba uma indenização em
dinheiro. Na forma objetiva, a reparação de danos
ocorre praticamente de forma automática, sem
comprovação de culpa direta do empregador.
No julgamento de mérito, realizado no dia 5 de
setembro, prevaleceu o voto do relator, ministro
Alexandre de Moraes. Segundo Moraes, a regra é
responsabilização subjetiva, mas, excepcionalmente,
a comprovação da culpa direta por parte da empresa
em casos de atividades de risco, como transporte de
inflamáveis, contato com explosivos e segurança
patrimonial, pode ser reconhecida, de acordo com o
Código Civil.
O caso que motivou o julgamento trata de um
vigilante de uma empresa de transporte de valores
que passou a sofrer de problemas psicológicos após
ser assaltado enquanto carregava o carro-forte com
malotes de dinheiro. A sentença de primeira
instância garantiu ao vigilante direito de receber
uma indenização mensal pelas pertubações causadas
pelo assalto. Insatisfeita com a decisão, a empresa
de valores recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho
(TST) e depois ao Supremo.
Fonte: Agência Brasil
13/03/2020 -
Para Paim, Contrato Verde e Amarelo retira diretos
dos trabalhadores
Em discurso nesta quinta-feira (12) em Plenário, o
senador Paulo Paim (PT-RS) criticou a medida
provisória que criou o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo, voltado à admissão de jovens de 18 a 29
anos. De acordo com Paim, a MP 905/2019 é tão
polêmica que já tramita há cinco meses e ainda não
foi votada.
— A MP 905 foi adotada sem qualquer discussão com os
segmentos da sociedade organizada, que gostariam de
debater esse tema, e visa apenas diminuir os
encargos sobre a folha de pagamento.
O senador disse que a medida é um desastre para a
área social. A MP, afirmou, afeta os trabalhadores
em seus direitos básicos, pois propõe 136 alterações
na legislação trabalhista e ainda muda a legislação
previdenciária.
Para tentar amenizar os danos aos trabalhadores,
Paim apresentou um relatório alternativo à comissão
mista que analisa a MP.
— É um relatório equilibrado, de bom senso. É um
relatório que aponta caminhos em que nem o
trabalhador nem o empregador perdem e contribui para
uma construção que fortalece o primeiro emprego e
fortalece o emprego para o cidadão que tem mais de
55 anos. Todos ganham, o país ganha e o próprio
governo ganha — afirmou.
Fonte: Agência Senado
13/03/2020 -
STF cassa decisão que autorizou contribuição
sindical votada em assembleia
Decisão do TRT-1 que havia autorizado o desconto em
folha da contribuição sindical aprovada em
assembleia com ampla participação dos trabalhadores
da categoria foi cassada nesta quinta-feira (12/3)
pelo STF, em determinação da ministra Cármen Lúcia.
A cassação se deu no âmbito da Reclamação 36.185,
ajuizada pela Atento Brasil S.A.. A empresa
argumentava que a aprovação na assembleia não
supriria a necessidade de autorização expressa dos
participantes.
Isso porque um artigo introduzido na CLT pela
reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) determina que
deve haver autorização prévia e expressa dos
participantes da categoria profissional para que o
desconto da contribuição sindical possa ser
efetuado. O dispositivo teve sua constitucionalidade
desafiada pela ADI 5.794, mas para o plenário da
Corte a alteração legislativa não era
inconstitucional.
De acordo com a ministra, esse entendimento deve ser
seguido por todos os demais órgãos do Poder
Judiciário e da administração pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Ao cassar a decisão do TRT-1, a relatora determinou
que outra seja proferida, observando o que foi
decidido pelo Supremo no julgamento da ADI em
questão. Com informações da assessoria de imprensa
do STF.
Clique
aqui para ler a decisão
Rcl 36.185
Fonte: Consultor Jurídico
13/03/2020 -
Sob suspeita de coronavírus, Bolsonaro usa máscara e
recomenda que ninguém vá aos protestos
Suspeito de estar com coronavírus, Jair Bolsonaro
fez sua live semanal nas redes sociais nesta
quinta-feira 12 vestindo máscara e recomendando para
que as pessoas não vão aos atos do dia 15 de março
para evitar proliferação de mais casos.
"O que nós devemos fazer agora é evitar que haja uma
explosão porque os hospitais não vão conseguir dar
conta", admitiu Bolsonaro. "Chega uma hora que o
sistema não suporta, o pessoal fica apavorado e
acaba morrendo por outro motivo", continuou.
Em seguida, ele ponderou sobre os protestos que
defendem o fechamento do Congresso e do Judiciário
que o movimento não é seu, "é espontâneo e popular".
Na live, Bolsonaro estava ao lado do ministro da
Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que também estava de
máscara. Ele fez nesta quinta-feira 12 o teste para
o coronavírus e o resultado sai apenas nesta sexta.
Durante a transmissão, ele reafirmou que o resultado
ainda não estava pronto.
Fonte: Brasil247
13/03/2020 -
Para mitigar coronavírus, Governo antecipa primeira
parcela do 13º do INSS
O governo ainda vai propor a redução dos juros e a
ampliação do prazo para empréstimos consignados
desses beneficiários. A equipe econômica também
procura meios de liberar uma nova rodada de saque
aos cotistas do FGTS.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca
que "as medidas foram discutidas no âmbito de um
comitê de monitoramento instituído pelo Ministério
da Economia para avaliar os impactos econômicos da
pandemia no Brasil. O grupo é constituído por
representantes das oito secretarias especiais da
pasta e será coordenado pelo secretário-executivo,
Marcelo Guaranys."
A matéria ainda informa que "a pasta também vai
propor na semana que vem ao Conselho Nacional de
Previdência Social (CNPS) a redução do limite de
taxa de juros para empréstimos consignados em folha
de pagamento dos beneficiários do INSS. Em outra
frente, uma proposta será enviada ao Congresso
Nacional para ampliar a margem do salário que pode
ser comprometida com a parcela do financiamento.
Hoje essa margem é de 30% em caso de empréstimo e 5%
para cartão de crédito. O prazo de pagamento também
deve aumentar, mas o secretário não detalhou os
novos parâmetros."
Fonte: Brasil247
13/03/2020 -
Rodrigo Maia fala em “pensamento medíocre” de
Guedes, que tem “quase nada” para conter crise no
curto prazo
Presidente da Câmara diz que Paulo Guedes não tem
projetos para lidar com o aprofundamento da crise
econômica devido à pandemia de coronavírus
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse
que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem “pouca
coisa ou quase nada” de curto para combater a crise
que se aprofunda com a pandemia de coronavírus e
sinalizou que a chantagem feita pelo ministro com o
Congresso para aprovação das reformas neoliberais
parte de um pensamento “medíocre”.
“A crise é tão grande que a gente não tem direito
nem de imaginar que o ministro da Economia de uma
das maiores economias do mundo, o com mais poder
desde a redemocratização, possa ter pensado de forma
tão medíocre. Eu tenho certeza de que não”, disse
Maia, em entrevista a Leandro Colon e Julia Chaib na
edição desta sexta-feira (13) da Folha de S.Paulo.
Segundo Maia, Guedes teria irritado parlamentares
durante reunião sobre o Coronavírus na última
quarta-feira (11) por mostrar que não tem projeto
algum para enfrentar os próximos seis meses de
aprofundamento da crise com o coronavírus.
“Em relação ao curto prazo, ele [Guedes] não tinha
uma coisa organizada ou não quis falar de anúncio a
ser feito pelo presidente. Se você olhar os
projetos, tem pouca coisa que impacta a agenda de
curto prazo ou quase nada. Temos um problema de seis
meses”, afirmou.
Fonte: RevistaForum
13/03/2020 -
Faturamento da indústria cresce 1,5% em janeiro
Na comparação com janeiro de 2019, faturamento
apresentou alta de 3,2%
O faturamento da indústria apresentou elevação de
1,5% em janeiro deste ano, comparado a dezembro. É o
que informa os Indicadores Industriais da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados
nesta quinta-feira (12).
Segundo a CNI, o crescimento reverte a queda
acumulada no último bimestre de 2019 e reposiciona o
indicador em trajetória ascendente. Na comparação
com janeiro de 2019, o faturamento apresentou alta
de 3,2%.
As horas trabalhadas na produção aumentaram 1%
frente a dezembro de 2019, já considerando a
correção sazonal, e a Utilização da Capacidade
Instalada (UCI) atingiu 78%, uma alta de 0,4 ponto
percentual em comparação com dezembro.
No caso do emprego industrial, houve aumento próximo
da estabilidade, de 0,2% em janeiro em relação a
dezembro. Em relação a janeiro de 2019, houve queda
de 0,3%.
Apesar de ter crescido 0,4% na comparação com
dezembro, a massa salarial ficou 2,2% menor que a
registrada em janeiro de 2019. Movimento similar
pode ser observado no rendimento médio, que variou
positivamente em 0,2% em relação a dezembro, mas
caiu 1,9% na comparação com o primeiro mês do ano
anterior.
Fonte: Agência Brasil
13/03/2020 -
Falta de recolhimento ou atraso do FGTS motiva
rescisão indireta
A ausência de recolhimento dos depósitos do FGTS, ou
seu recolhimento irregular, configura falta grave do
empregador, motivando a rescisão indireta do
contrato de trabalho.
A decisão é da 2ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho ao reconhecer a rescisão indireta do
contrato de um balconista de uma panificadora de
Suzano (SP) devido ao atraso no recolhimento. Com
isso, o trabalhador terá direito ao recebimento de
todas as parcelas devidas no caso da demissão sem
justa causa.
A sentença e o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª
Região haviam negado o pedido do balconista com o
entendimento de que o atraso não era suficiente para
justificar a rescisão indireta.
No TST, a ministra Maria Helena Mallmann, relatora,
observou que o TRT reconheceu a existências dos
atrasos. Nessa circunstância, afirmou, a
jurisprudência do TST entende configurada a falta do
empregador suficientemente grave para ensejar o
rompimento do contrato de trabalho na modalidade
indireta, prevista no artigo 483, alínea “d”, da
CLT. A decisão foi unânime. Com informações da
assessoria de imprensa do Tribunal Superior do
Trabalho.
RR-1000776-56.2018.5.02.0491
Fonte: Consultor Jurídico
12/03/2020 -
Votação da MP 905 foi suspensa; comissão reúne-se na
próxima terça (17)
A reunião desta quarta-feira (11) para análise
e votação da MP 905/19, que instituiu o “Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo” foi suspensa e remarcada
para a próxima terça-feira (17), às 14 horas.
Na parte da manhã, houve a tentativa de iniciar a
discussão da MP, mas as divergências em torno da
matéria e o início da ordem do dia do Congresso,
convocado para apreciar vetos presidenciais e outras
proposições fez com o presidente do colegiado,
senador Sérgio Petecão (PSD-AC) suspendesse a
reunião. Convocando-a para as 14 horas.
O senador Paulo Paim (PT-RS), que apresentou voto em
separado ao PLV, fez, antes da suspensão dos
trabalhos, breve e resumida leitura da sua proposta,
que contém 90 páginas, que se pretende alternativa à
proposta do relator. O deputado Bira do Pindaré (PSB-MA)
também fez leitura resumida do seu voto em separado.
Mas como a sessão do Congresso se estendeu tarde à
dentro, a reunião foi definitivamente suspensa às 16
horas e remarcada para a próxima terça-feira.
O relator, deputado Christino Aureo (PP-RJ)
apresentou complementação de voto, e depois
“errata”, em que fez alterações no 1º parecer. Mas
essas alterações, como atesta análise (no linque
acima) do consultor legislativo do Senado, Luiz
Alberto dos Santos, não produziram mudanças
substantivas no texto da MP e tampouco no PLV.
Mobilização
É importante que as centrais sindicais e demais
entidades do movimento sindical mantenham a
mobilização para a próxima terça-feira, pois surtiu
importante e positivo efeito no debate em torno da
proposta na comissão mista.
Fonte: Diap
12/03/2020 -
Congresso derruba veto e amplia alcance do BPC
Teto do benefício passará a meio salário mínimo
de renda per capita
Após cerca de cinco horas de discussão, o veto do
presidente Jair Bolsonaro ao projeto que aumenta o
limite da renda familiar para recebimento do
Benefício de Prestação Continuada (BPC) foi
derrubado. A derrubada do veto começou pelo Senado,
com 45 votos contrários, contra 14 favoráveis. Na
Câmara, o veto foi derrubado com 302 votos a 137. A
matéria vai à promulgação.
O BPC é um benefício assistencial equivalente a um
salário-mínimo, pago a pessoas com deficiência e
idosos partir de 65 anos com até um quarto de
salário mínimo de renda familiar per capita. A lei
aprovada no Congresso e vetada por Bolsonaro
alterava exatamente o teto da renda, ampliando o
número de pessoas aptas a receberem o benefício. Com
a derrubada do veto, portanto, o pagamento será
feito a famílias com até meio salário mínimo de
renda per capita.
Contrários à derrubada do veto argumentaram que o
Brasil passa por uma crise financeira e que o
aumento prejudicaria o orçamento para outras áreas.
Até o combate ao coronavírus foi citado. “Derrubar
esse veto é acabar com recurso de emendas
impositivas e, inclusive, com recursos para combater
o coronavírus. É um discurso fora da realidade”,
disse o deputado Osmar Terra (MDB-RS). Até cerca de
um mês atrás, Terra era ministro da Cidadania do
governo Bolsonaro e chefiava a pasta responsável
pelo pagamento de benefícios como o BPC e o Bolsa
Família.
Os parlamentares favoráveis à derrubada do veto
consideram injusto o Parlamento querer economizar
exatamente na hora de ajudar a população pobre. “Não
é possível que o Congresso quede insensível a esse
apelo. Quando chega na hora do orçamento para os
mais pobres, os que mais precisam, aqueles que têm
pessoas com deficiência na família, aí o governo
quer tirar”, disse Lídice da Mata (PSB-BA).
Fonte: Agência Brasil
12/03/2020 -
Entidades sindicais ampliam preparação para a
mobilização do dia 18
Centrais Sindicais, entidades de servidores e
movimentos sociais realizam na próxima quarta-feira
(18) atos e protestos em todo o Brasil contra os
ataques aos serviços públicos, às estatais e em
defesa do emprego, direitos e da democracia
Os movimentos e centrais sindicais vão às ruas no
próximo dia 18 em protesto contra a política
econômica do governo Bolsonaro e sua incapacidade de
enfrentar a grave crise econômica e social.
Francisca Pereira, dirigente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação e da Apeoesp
(Professores de SP), conta como está a mobilização.
Segundo ela, o movimento ganhou apoio de amplos
setores do sindicalismo e da sociedade. “Iniciativas
do governo como a MP 905, que legaliza o trabalho
precário, a reforma que desmonta o Estado, além das
declarações de Bolsonaro contra a democracia,
aumentam o ímpeto do protesto, dia 18”, diz.
José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Federação
Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos,
afirma: “A mobilização será forte, ante os ataques e
a retirada de direitos que vem sendo conduzida pelo
governo contra a empresa e seus trabalhadores”.
Para Sérgio Ronaldo da Silva, da Confederação dos
Trabalhadores no Serviço Público Federal, o dia 18
será uma resposta firme às afrontas do governo aos
Servidores. O dirigente orienta a categoria a
dialogar com a população, a fim de mostrar como o
desmonte do setor público afeta o povo. “Quem
utiliza o SUS e a educação pública são os mais
carentes. É o povão que paga na pele os desmandos do
governo”, afirma.
Secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, explica que a
falta de investimentos públicos impede a geração de
empregos e renda e leva colapso aos serviços
públicos, prejudicando milhares de brasileiros, como
os que estão nas filas do INSS ou à espera do Bolsa
Família.
As Centrais e Sindicatos se reúnem nesta
quinta-feira (12) no Dieese/SP, para ultimar os
preparativos das manifestações. “Estamos trabalhando
por um grande ato”, diz Wagner, informa o boletim
Repórter Sindical.
Fonte: Brasil247
12/03/2020 -
Indústria paulista registra alta de 8,9% nas vendas
de janeiro
Horas trabalhadas na produção cresceram 1,1%
As vendas reais da indústria paulista tiveram alta
de 8,9% em janeiro, segundo o levantamento de
conjuntura da Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo divulgado nesta quarta-feira (11).
Outros indicadores também mostram melhoras nos
resultados do setor. As horas trabalhadas na
produção cresceram 1,1% no primeiro mês do ano. O
nível de utilização da capacidade instalada subiu
0,4 ponto percentual, ficando em 75,6% no mês.
Os salários médios, no entanto, tiveram ligeira
queda (0,1%).
Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o setor
industrial deve continuar crescendo ao longo deste
ano. “Apoiado pelo baixo nível da taxa de juros
(Selic) e pela expansão do crédito, o quadro é de
melhora da atividade industrial nos próximos meses.
O processo de retomada está consolidado”, enfatizou
em nota sobre os resultados.
Skaf ponderou, entretanto, que a epidemia de
coronavírus pode afetar o desempenho da economia em
escala mundial. “Temos agora o risco do efeito
cornonavírus na economia global”, acrescentou.
Fonte: Agência Brasil
12/03/2020 -
Avaliação negativa aumenta e 39% já são a favor do
impeachment de Bolsonaro
A avaliação negativa de Jair Bolsonaro aumentou de
32%, em dezembro de 2019, para 35% atualmente, de
acordo com pesquisa realizada pela Quaest
Consultoria entre os dias 2 e 5 de março com 1 mil
eleitores. O percentual dos que avaliam o governo
como regular oscilou dois pontos negativos e chega
34%, enquanto aqueles que vêm de forma positiva a
administração foram de 29% para 30% no mesmo
período.
Entre dos entrevistados, 39% são a favor do
impeachment de Jair Bolsonaro, 49% são contrários e
12% não responderam.
De acordo com a pesquisa, 50% diz não apoiar o
fechamento do Congresso Nacional, 33% apoiam e 17%
não responderam ou não quiseram falar sobre o
assunto. Bolsonaro convocou atos para o próximo dia
15 contra o Legislativo e contra o Supremo Tribunal
Federal.
O estudo apontou que a maior parcela que avalia como
positiva a gestão de Bolsonaro se concentra entre
homens (32%), de 60 e 75 anos (35%) na região
Centro-Oeste (41%) e evangélicos (47%).
Fonte: Brasil247
12/03/2020 -
CCJ aprova criação de cadastro para combater
violência contra a mulher
A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania
(CCJ) aprovou proposta de criação da Política
Nacional de Informações e Estatísticas Relacionadas
à Violência Contra a Mulher (SCD 03/2018). A CCJ
ainda aprovou a compatilização do Estatuto da
Criança e do Adolescente com o Cadastro Nacional de
Pessoas Desaparecidas (PL 2.099/2019). O senador
Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) disse que é preciso
atualizar o ECA (Lei 8.069, de 1990) para obrigar as
autoridades a valorizar o Cadastro Nacional de
Pessoas Desaparecidas.
Fonte: Agência Senado
12/03/2020 -
Guedes já fala em PIB de 1% e, em meio a pandemia de
Coronavírus, faz chantagem por reformas
Se, ao contrário, a pandemia tomar conta do
Brasil e nós não fizermos as nossas reformas, pode
chegar até 1%", afirmou Guedes em reunião com
parlamentares
Em reunião de emergência sobre o Coronavírus, em que
irritou congressistas, o ministro da Economia, Paulo
Guedes, iniciou as chantagens usando a pandemia da
doença, declarada nesta quarta-feira (11) pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), para pressionar
pela aprovação das reformas neoliberais do governo.
Após rever a projeção de 2020 para o Produto Interno
Bruto (PIB) de 2,4% para 2,1%, Paulo Guedes disse
que o crescimento da economia brasileira pode ser
ainda mais baixo do que no ano passado, usando o
pânico causado pela doença para pressionar os
parlamentares.
“Primeiros estudos nossos: se for uma coisa suave,
0.1 [ponto percentual] de perda de PIB. Se for uma
coisa mais grave, pode chegar a 0.3, 0.4 até 0.5
[p.p de corte]. Se, ao contrário, a pandemia tomar
conta do Brasil e nós não fizermos as nossas
reformas, pode chegar até 1%”, afirmou, fazendo com
que alguns parlamentares deixassem a reunião.
Segundo o ministro, se a população mantiver seus
hábitos, o efeito do coronavírus sobre a economia
será muito menor, apesar de as chances da
contaminação serem maiores.
“Se nós continuarmos com as nossas formas de vida, a
economia resiste um pouco mais —porque nós vamos
continuar saindo, almoçando, indo a jogo de
futebol— e a contaminação aumenta. Se nós, por
outro lado, mudamos nosso comportamento, a
contaminação desce, mas a economia afunda”, afirmou.
Fonte: RevistaForum
12/03/2020 -
TRT-2 reconhece vínculo empregatício entre
entregador e aplicativo Rappi
Na economia 4.0, a subordinação está na estruturação
do algoritmo, meio telemático (artigo 6º, CLT), que
impõe ao trabalhador a forma de execução do serviço.
Vale dizer que a ordem não advém de pessoa natural,
tal qual no passado (gerente, supervisor,
encarregado), mas da telemática, que por meio de
seus complexos cálculos dirige como o serviço deve
ser efetuado para o resultado mais eficiente, bem
como precifica tal serviço.
Com base nesse entendimento, a 14ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo e
litoral) reconheceu o vínculo empregatício entre um
entregador e o aplicativo Rappi e reformou sentença
de 1ª grau.
O reclamante deu entrada em ação trabalhista em
2019, após ter sido bloqueado permanentemente do
aplicativo e pedia verbas indenizatórias.
O relator do caso, desembargador Francisco Ferreira
Jorge Neto, apontou que o caso reúne todos os
requisitos para caracterização de vínculo de
emprego: pessoalidade, onerosidade,
não-eventualidade e subordinação.
Para o magistrado, a pessoalidade ficou
caracterizada pela realização de cadastro pessoal e
intransferível, ao passo que os direitos e
obrigações financeiras entre as partes comprova a
onerosidade. Ele também concluiu que o trabalho não
é eventual pela continuidade na prestação de
serviços.
Em seu voto, o desembargador ainda lembra que o
aplicativo trabalha com uma classificação dos
entregadores, repercutindo na divisão do trabalho.
1000963-33.2019.5.02.0005
Fonte: Consultor Jurídico
12/03/2020 -
Governo aponta riscos do coronavírus e pede mais
recursos no orçamento
Em reunião que contou com as presenças dos
presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e
do Senado, Davi Alcolumbre, o ministro da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta, pediu ao Congresso a
aprovação de suplementação orçamentária de R$ 5
bilhões para combater os efeitos do coronavírus no
País.
Realizada na noite desta quarta-feira (11), a
reunião foi convocada pelo presidente da Câmara e
reuniu ainda líderes partidários da Câmara e do
Senado, além de outros três ministros – Paulo Guedes
(Economia), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da
Presidência) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de
Governo) – e o presidente do Banco Central, Roberto
Campos Neto.
Paulo Guedes sugeriu ainda a reserva de outros R$ 5
bilhões do orçamento para medidas complementares de
combate ao vírus. Não ficou decidido, porém, a forma
como estes recursos seriam liberados, se por meio de
uma medida provisória ou de um projeto de lei do
Congresso (PLN).
Os presidentes da Câmara e do Senado avaliaram que
deputados e senadores vão colaborar com o combate
aos efeitos do vírus no sistema de saúde do País.
“Eu tenho certeza de que o Congresso e o governo, em
conjunto, vão organizar essa solução. Foi uma boa
reunião para que o governo e o Parlamento busquem
solução em conjunto”, disse Maia.
“O Parlamento estará à altura de sua
responsabilidade”, disse Alcolumbre, que apontou uma
medida provisória emergencial como uma possibilidade
de garantia imediata dos recursos, caso considerado
exceção na regra do teto dos gastos.
Repasses aos estados
O ministro da Saúde apontou a necessidade de recursos
para permitir aos estados adotarem medidas de
reforço ao sistema de saúde. “É necessário que
tenhamos rapidamente recursos para descentralizar os
repasses para estados tomarem as medidas
necessárias”, disse.
Uma das medidas planejadas, segundo Mandetta, é
deixar as unidades básicas de saúde abertas até
meia-noite.
Situação econômica
O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente
do Banco Central, Roberto Campos Neto, traçaram para
os parlamentares um quadro de risco para a economia
diante de eventual escalada do número de casos da
doença em setores como o de aviação e de serviços.
“Empresas estão endividadas, a recessão está se
precipitando e o coronavírus só acelerou este
processo”, disse Paulo Guedes.
Deputados da oposição admitiram a aprovação de mais
recursos. “Fica aqui um gesto da oposição,
preocupada com o País, para que a gente adote
medidas emergenciais que gerem emprego e renda”,
disse o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).
O líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo
(PSL-GO), falou em uma espécie de trégua entre
governistas e oposição para aprovar os recursos
extraordinários. “Temos que superar as divergências
relativas ao orçamento impositivo”, disse.
Fonte: Agência Câmara
11/03/2020 -
Votação da MP do Contrato Verde e Amarelo começa
nesta quarta
Discussão foi encerrada nesta terça revelando
críticas e elogios ao texto
A reunião da comissão mista da medida provisória do
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo (MP 905/19)
será reaberta nesta quarta-feira (11), às 10 horas,
para o início da votação do parecer do relator,
deputado Christino Aureo (PP-RJ). A discussão da
matéria foi encerrada nesta terça-feira (10),
revelando críticas e elogios ao texto.
A decisão do presidente do colegiado, senador Sergio
Petecão (PSD-AC), de suspender a reunião, em vez de
encerrá-la, motivou protestos de deputados e
senadores contrários à proposta, que exigiam nova
contagem de quórum nesta quarta. Na prática, a
suspensão permite que a reunião seja retomada na
fase em que estava, limitando o uso do instrumentos
regimentais de obstrução dos trabalhos.
Os protestos irritaram Aureo, que chegou a sinalizar
que não seria mais cumprido o acordo que prevê a
análise de seis destaques apresentados ao texto,
mesmo sem amparo regimental, em troca da não
obstrução dos trabalhos.
A única emenda acolhida pelo relator durante a
discussão foi sugerida pelo vice-presidente da
comissão mista, deputado Lucas Vergilio (Solidariedade-GO),
e propõe alterações na autoregulação da profissão de
corretores de seguros (dispositivo incluído por
Aureo).
Fim de direitos
Argumentando que reduzir o custo da mão-de-obra com o
objetivo de incentivar contratações é uma “lógica
perversa”, deputados e senadores do PT, do PSB, do
PCdoB, da Rede e do Podemos criticaram o texto.
“Essa medida provisória vem para arrebentar de verde
amarelo os direitos que restaram dos trabalhadores
brasileiros e sobre a justificativa falaciosa de que
vem para reduzir o desemprego”, apontou a deputada
Alice Portugal (PCdoB-BA).
“Acabo de apresentar voto em separado, porque eu
quero chamar o deputado Christino para uma
parceria”, anunciou o senador Paulo Paim (PT-RS).
“No meu voto, eu faço uma limpeza de todas as
maldades e centro fogo exatamente naquilo que o País
espera: uma política de emprego e respeito ao
microcrédito”, disse.
Também contrário à proposta, o deputado Bira do
Pindaré (PSB-MA) disse que o desemprego e a crise
mundial devem ser combatidos com investimentos
públicos e medidas anticíclicas que ativem a
economia e gerem empregos. “Isso sim é o que gera
empregos, mas não é o que está aqui. Está em pauta a
exclusão de direitos. O que é que a reforma
trabalhista resolveu para o povo brasileiro? Nada”,
disse.
Modernização
Favoráveis às mudanças, deputados e senadores do DEM,
do PSL e do MDB argumentaram que a medida provisória
moderniza as relações de trabalho e atualiza a
legislação brasileira para melhor acompanhar a
evolução tecnológica e o modelo de outros países.
“Pela extensão não controlada do trabalho informal
aqui no Brasil e também pelo avanço das tecnologias
da informação, pelo Uber e todas as plataformas
digitais e os robôs, as indústrias substituindo 100,
200, 500 homens por robôs. As leis têm que se
ajustar ao momento contemporâneo obrigatoriamente,
por bem ou por mal”, disse o senador Confúcio Moura
(MDB-RO).
A deputada Bia Kicis (PSL-DF) disse que a medida
provisória vem em boa hora para permitir que jovens
sem experiência consigam o primeiro emprego. Ela
discorda de que isso se dê a custo de redução de
direitos. “É preciso que nós aqui tenhamos essa
consciência, deixando para trás velhos paradigmas,
que não servem mais”, disse.
Os deputados Kim Kataguiri (DEM-SP) e Felício
Laterça (PSL-RJ) também defenderam a medida
provisória, mas sugeriram mudanças no trecho que
prevê novas regras para as gorjetas. “É uma demanda
tanto da Abrasel [Associação de Brasileira de Bares
e Restaurantes], como do sindicato dos
trabalhadores. É inadmissível a gente tributar, seja
pelo INSS ou pelo FGTS, ou qualquer outra forma, as
gorjetas”, disse Kim, que pretende propor emenda
sobre o assunto durante a discussão em Plenário.
Fonte: Agência Câmara
11/03/2020 -
Em ofício ao Congresso, Guedes pede reformas para
conter crise
Segundo ministro, aprovação ajudará a blindar
Brasil de crise externa
Diante do agravamento da crise econômica
internacional, o ministro da Economia, Paulo Guedes,
enviou ontem (10) à noite aos presidentes da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado,
Davi Alcolumbe (DEM-AP), ofício em que pede a
aprovação de propostas consideradas prioritárias
pela equipe econômica. Ao todo, Guedes listou 14
projetos de lei, três propostas de emenda à
Constituição e duas medidas provisórias em
tramitação no Congresso.
No documento, o ministro ressaltou a importância da
aprovação das propostas até a metade do ano. “O
esforço para a aprovação, neste semestre, das
matérias listadas tem a capacidade de proteger o
Brasil da crise externa”, destacou. Segundo Guedes,
somente com a continuidade de reformas estruturais
que reduzam os gastos obrigatórios, o governo terá
espaço no orçamento para estimular a economia.
“Com a continuidade de reformas estruturais que o
país precisa, será possível recuperar espaço fiscal
suficiente para a concessão de outros estímulos à
economia”, diz o ofício. O texto, no entanto, não
detalha quais seriam esses estímulos. No texto,
Guedes pediu aprovação rápida das propostas para
facilitar a “blindagem” da economia brasileira em
meio à crise econômica internacional.
Nos últimos dias, diversos economistas têm pedido o
aumento dos investimentos públicos para fazer frente
a uma possível recessão econômica mundial, provocada
pela disseminação do coronavírus e pela guerra entre
Arábia Saudita e Rússia pelo preço internacional do
petróleo. Para aumentar os investimentos, no
entanto, o governo precisaria flexibilizar o teto
federal de gastos. Nessa terça-feira, o secretário
especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, descartou
mudanças no limite de gastos.
A resposta do Ministério da Economia ocorreu depois
de Maia ter cobrado o envio das propostas de reforma
tributária e administrativa. Na segunda-feira (9),
Guedes prometeu enviar a reforma administrativa
ainda nesta semana e a tributária nesta semana ou na
próxima.
No ofício, Guedes reiterou que as reformas
administrativa e tributária serão enviadas em breve,
mas pediu que o Congresso agilize a tramitação das
propostas do governo. “Considerando o agravamento da
crise internacional em função da disseminação do
coronavírus e a necessidade de blindagem da economia
brasileira, o Ministério da Economia propõe acelerar
a pauta que vem conduzindo junto ao Congresso
Nacional”, destacou.
O documentou listou as três PECs enviadas no fim do
ano passado: reforma do pacto federativo (que
descentraliza recursos da União para governos
locais), PEC emergencial (com gatilhos para cortar
temporariamente salários de servidores em momentos
de crise fiscal) e PEC dos fundos (que extingue
fundos considerados desnecessários). No entanto,
também cita projetos como a autonomia do Banco
Central, a liberação do mercado de gás e o Plano de
Equilíbrio Fiscal, que permite a ajuda a estados com
dificuldades de caixa em troca de medidas de ajuste.
As medidas provisórias mencionadas são a do emprego
verde-amarelo (que cria um programa especial para
trabalhadores jovens) e a que autoriza a quebra do
monopólio da Casa da Moeda.
Confira a lista das propostas que o Ministério da
Economia considera prioritárias:
Na Câmara
• PL 6407/2013: nova Lei do Gás
• PLP 149/2019: Plano de Equilíbrio Fiscal
• PLP 200/1989: autonomia do Banco Central
• PL 5877/2019: privatização da Eletrobras
• PL 6229/2005: recuperação judicial
• PL 5387/2019: simplificação da legislação de
câmbio
• PL 3443/2019: governo digital
• PL 7316/2019: certificação digital
• PLP 295/2016: nova Lei de Finanças Públicas
• PL 7063/2017: Lei de Concessões
No Senado
• PEC 188/2019: reforma do pacto federativo
• PEC 197/2019: reforma dos fundos públicos
• PEC 186/2019: PEC emergencial
• PLS 232/2016: Marco Legal do Setor Elétrico
• PLS 261/2018: Novo Marco Legal de Ferrovias
• PL 3261/2019: Marco Legal do Saneamento Básico
• PL 3178/2019: alteração do regime de partilha
No Congresso
• MP 902/2019: quebra do monopólio da Casa da Moeda
• MP 905/2019: Programa Emprego Verde-Amarelo
Fonte: Agência Brasil
11/03/2020 -
Governo Bolsonaro vai intensificar arrocho e
bloquear recursos do orçamento, diz assessor de
Guedes
O governo Bolsonaro vai propor o bloqueio de
recursos do orçamento como meio para enfrentar a
conjuntura de grave crise econômica, que Bolsonaro
minimizou em discurso nesta terça-feira (10) nos
Estados Unidos.
De acordo com o secretário de Fazenda do Ministério
da Economia, Waldery Rodrigues, a desaceleração da
economia e a queda do preço internacional do
petróleo devem levar o governo a intensificar o
arrocho orçamentário.
De acordo com reportagem de Alexandro Martello, do
G1, o secretário especial de Fazenda do Ministério
da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou nesta
terça-feira (10) que "muito provavelmente" haverá
neste ano contingenciamento (bloqueio) de recursos
do Orçamento federal.
Waldery Rodrigues afirmou que nesta quarta-feira
(11) será anunciada a nova estimativa da área
econômica para o crescimento do Produto Interno
Bruto (PIB) de 2020.
Pesquisa realizada na semana passada com o mercado
financeiro pelo Banco Central, divulgada nesta
segunda-feira (9), porém, apontou para um
crescimento menor, de 1,99% neste ano.
A decisão sobre o bloqueio de recursos deverá ser
anunciada na próxima semana, quando o governo
divulgar o Relatório de Receitas e Despesas do
governo.
Fonte: Brasil247
11/03/2020 -
Tribunal Superior Eleitoral divulga nota para
rebater declarações de Bolsonaro
O Tribunal Superior Eleitoral divulgou nesta
terça-feira (10/3) nota rebatendo as declarações do
presidente Jair Bolsonaro, para quem o primeiro
turno da eleição presidencial de 2018 foi fraudada.
A afirmação do chefe do Executivo foi feita ontem,
em evento com apoiadores, em Miami.
Segundo o TSE, o sistema eletrônico de votação tem
"absoluta confiabilidade", não tendo sido comprovado
nenhum caso de fraude em mais de 20 anos de sua
utilização.
Confira a íntegra da nota:
Ante a recente notícia, replicada em diversas
mídias e plataformas digitais, quanto a suspeitas
sobre a lisura das Eleições 2018, em particular o
resultado da votação no 1º turno, o Tribunal
Superior Eleitoral reafirma a absoluta
confiabilidade e segurança do sistema eletrônico de
votação e, sobretudo, a sua auditabilidade, a
permitir a apuração de eventuais denúncias e
suspeitas, sem que jamais tenha sido comprovado um
caso de fraude, ao longo de mais de 20 anos de sua
utilização.
Naturalmente, existindo qualquer elemento de prova
que sugira algo irregular, o TSE agirá com presteza
e transparência para investigar o fato. Mas cabe
reiterar: o sistema brasileiro de votação e apuração
é reconhecido internacionalmente por sua eficiência
e confiabilidade. Embora possa ser aperfeiçoado
sempre, cabe ao Tribunal zelar por sua
credibilidade, que até hoje não foi abalada por
nenhuma impugnação consistente, baseada em
evidências.
Eleições sem fraudes foram uma conquista da
democracia no Brasil, e o TSE garantirá que continue
a ser assim.
Fonte: Consultor Jurídico
11/03/2020 -
Produção industrial começa ano pior do que no início
de 2019, ano do ‘pibinho’
Setor de máquinas e equipamentos é destaque
positivo. Atividade extrativa desaba, principalmente
minério de ferro
A produção industrial cresceu de dezembro para
janeiro (0,9%), mas continua apresentando resultado
negativo tanto na comparação anual (-0,9% ante
janeiro de 2019) como no acumulado em 12 meses
(-1%). Os dados foram divulgados nesta terça-feira
(10) pelo IBGE.
Depois de duas quedas mensais seguidas na produção,
o instituto apurou crescimento em 17 dos 26 ramos
industriais e em três das quatro categorias.
Destaque para máquinas e equipamentos (11,5% de
dezembro para janeiro), veículos automotores,
reboques e carrocerias (4%), metalurgia (6,1%) e
produtos alimentícios (1,6%). Entre as quedas, o
segmento de indústrias extrativas caiu 3,1%, o
quinto mês consecutivo de retração.
Na comparação com janeiro de 2019 – início do ano
que terminou com o “pibinho” de 1,1% – , o IBGE
registrou resultados negativos em duas das quatro
categorias, em 13 dos 26 ramos, 36 dos 79 grupos e
48,7% dos 805 produtos. O maior impacto veio da área
de indústrias extrativas (-15%), com pressão do item
minérios de ferro. O setor de veículos automotores
recua 0,8%.
Em 12 meses, a produção cresce em produtos de metal
(4,2%) bebidas (4,1%), coque/petróleo (2,7%),
veículos automotores (2,3%) e produtos alimentícios
(2%), entre outros. E cai em indústrias extrativas
(-11,1%), manutenção/reparação de máquinas e
equipamentos (-9,1%), perfumaria/limpeza (-4,3%) e
papel/celulose (-3,4%).
Fonte: Agência Brasil
11/03/2020 -
Projeção do PIB cai novamente e enterra discurso de
que reforma aquece a economia
Analistas diziam que economia só voltaria a subir
com reformas como a da Previdência. A mudança nas
regras foi aprovada, muitos perderam o direito à
aposentadoria e a economia continua patinando
Projeção das instituições financeiras consultadas
pelo Banco Central (BC) sobre crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) para este ano jogam uma pá de
cal nas análises de especialistas e colunistas.
Diziam que a economia brasileira só voltaria a
crescer com a aprovação de reformas que tiram
direitos da classe trabalhadora, como as mudanças
nas regras da Previdência.
O Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio
Vargas (FGV) chegou a projetar que a reforma da
Previdência poderia ampliar o crescimento do PIB -
soma de todos os bens e serviços produzidos no país
- de 2,5% para 3% ou mais.
No mundo real, apesar de milhares de trabalhadores e
trabalhadoras terem perdido o direito à
aposentadoria, o Boletim Focus, divulgado pelo BC
esta segunda-feira (9), derrubou pela quarta vez a
projeção do PIB em 2020 - de 2,17% para 1,99%.
Em 2019, como revelou o IBGE na quarta-feira (4), o
PIB registrou crescimento pífio, de 1,1%, percentual
menor do que o registrado em 2018 e em 2017 (1,3%),
depois da aprovação, em novembro de 2017, da reforma
Trabalhista do ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), que
também ajudaria a aquecer a economia e a gerar
emprego e renda.
A estimativa das instituições financeiras para os
anos seguintes - 2021, 2022 e 2023 – permanece em
2,50%.
Fonte: Agência Sindical
11/03/2020 -
Flávio Dino propõe investimento público e suspensão
do teto de gastos
Para o governador, os números do PIB sugerem
reflexão profunda sobre o papel do investimento
público em momentos difíceis como o atual
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),
defende que diante da turbulência econômica mundial
e os resultados pífios da economia brasileira duas
medidas são essenciais no momento.
Ele propôs a imediata suspensão do teto de gastos e
a volta do investimento público. “Creio que o teto
constitucional de gastos deve ser suspenso, ao menos
temporariamente”, defendeu nas redes sociais.
Segundo o governador, os números do “micro-PIB”
(Produto Interno Bruto) nos últimos anos sugerem uma
reflexão mais profunda, especialmente sobre o papel
de investimentos públicos em momentos excepcionais
como o que vivemos.
“Na crise mundial de 2008, o governo Lula respondeu
com obras de infraestrutura para movimentar economia
e gerar empregos. O momento exige mobilização do
BNDES e dos Fundos Constitucionais nessa direção,
com participação dos governos federal e estaduais”,
afirmou.
Outra medida defendida pelo governador é remover
imediatamente obstáculos ideológicos a
investimentos.
“Por exemplo, retomar o Fundo Amazônia. E as filas
do Bolsa Família e do INSS devem ser zeradas com
urgência, para animar o mercado interno em regiões e
segmentos que mais precisam”, disse.
Por fim, Flávio Dino disse que tentar desmoralizar o
Judiciário por suposta fraude em eleições, com o
agravante de estar em solo estrangeiro, “é uma das
atitudes mais absurdas protagonizadas por Bolsonaro
como chefe de Estado”.
Fonte: Portal Vermelho
10/03/2020 -
Centrais Sindicais mobilizadas para barrar Carteira
Verde Amarela
A comissão mista, formada por deputados e
senadores, que analisa a Medida Provisória (MP) quer
votar nesta terça-feira (10) o relatório do deputado
Christino Áureo (PP-RJ)
Centrais sindicais estão mobilizadas para barra no
Congresso a Medida Provisória (MP) 905, que
instituiu a carteira de trabalho Verde e Amarelo,
flexibilizando e reduzindo vários direitos
consagrados pela legislação trabalhista e a
Constituição.
A comissão mista, formada por deputados e senadores,
que analisa a Medida Provisória (MP) quer votar
nesta terça-feira (10) o relatório do deputado
Christino Áureo (PP-RJ).
A vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputados,
Alice Portugal (PCdoB-BA), diz que a medida, entre
outras maldades, vai promover o desemprego,
enfraquecer a fiscalização do trabalho e taxar o
salário-desemprego para bancar as isenções.
O presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil), Adilson Araújo, diz que é
fundamental fortalecer a articulação política e
aumentar a pressão para barrar mais esse ataque aos
direitos sociais e trabalhistas.
“A medida vai facilitar a demissão de trabalhadores,
enfraquecer definitivamente os mecanismos de
registro e de fiscalização do trabalho, liberar o
trabalho aos domingos e feriados, taxar o
salário-desemprego para bancar as isenções em
benefício dos patrões, sacrificando ainda mais o
desempregado”, denunciou.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, reforça que o
programa é um desmonte de todos os direitos da
classe trabalhadora conquistados ao longo de 100
anos.
Sérgio afirmou que a pressão continuará: “vamos
lotar o Senado na próxima terça-feira contra essa
medida que retira e precariza direitos da classe
trabalhadora”.
“A introdução da Carteira Verde e Amarela, na
verdade, é o trabalho escravo, o trabalho sem
direito nenhum. Nós queremos empregos, mas emprego
de qualidade, bem remunerados. É esse tipo de
emprego que faz nosso país se desenvolver”.
Com informações das Centrais
Fonte: Portal Vermelho
10/03/2020 -
Bolsonaro usa protestos para chantagear o Congresso:
“se abrir mão dos R$ 15 bilhões não tem ato”
Segundo o presidente, presidentes do Legislativo
têm até o dia 15 de março para rever o orçamento
destinado ao Congresso
Durante sua estadia em Miami, na tarde desta
segunda-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro fez
uma afirmação que soou como chantagem aos
presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Segundo o
mandatário, basta que eles desistam dos R$ 15
bilhões do orçamento federal que serão administrados
pelo Congresso para que os atos programados para o
próximo domingo (15) sejam cancelados.
“O que a população quer, que está em discussão em
Brasília no momento? Quer que o Parlamento não seja
o dono do destino de R$ 15 bilhões do orçamento. Que
para nós é muito importante”, comentou o presidente,
sobre as manifestações.
“Acredito que, até o dia 15, se os presidentes da
Câmara e do Senado anunciarem algo no tocante a
dizer que não aceitam isso, e se a proposta chamada
PLN4 tiver dúvida no tocante a ficar com eles esse
recurso, e que venham a destinar esse recurso para
onde eles acharem melhor, e não o Executivo,
acredito que eles possam botar até um ponto final
(aos protestos)”, insistiu o presidente, em
comentário posterior.
Jair Bolsonaro tem alimentado já fez declarações
explícitas a favor da convocação para os atos do dia
15, em eventos oficiais e através das redes sociais,
mas alega que sua intenção não é promover protestos
pelo fechamento do Congresso Nacional e do STF, e
sim “para que o povo possa expressar seus
interesses”.
No entanto, os grupos que estão organizando os atos
do dia 15 de março estão manifestando, também
explicitamente, que seus interesses são justamente,
defender o fechamento do Congresso e do STF.
Fonte: RevistaForum
10/03/2020 -
Pochmann: a 'ficha' caiu mais cedo, indicando que o
país pode ir para o tobogã
O economista Marcio Pochmann criticou a política
econômica do governo Jair Bolsonaro, em um dia de
pânico no mercado global por causa da queda dos
preço do petróleo e da quarta redução consecutiva do
crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
"Agentes do mercado financeiro que informam ao Bacen
as expectativas do rentismo para o Brasil em 2020
derrubaram mais rapidamente do que nos anos
anteriores o otimismo sobre o desempenho da
economia. A 'ficha' caiu mais cedo, indicando que o
país pode estar indo para o tobogã", escreveu o
estudioso no Twitter.
"Será 9 de março, a segunda feira de 2020 fatídica
para a financeirização do capitalismo global? O
receituário neoliberal não tem solução que não seja
aprofundar os ganhos dos ricos e a retirada dos
direitos dos trabalhadores, aprofundando a pobreza e
a desigualdade na sociedade", complementou.
No Brasil, as ações da Petrobrás desabaram mais de
20%. Outro notícia ruim é que a projeção para a
expansão do PIB caiu de 2,17% para 1,99% em 2020, na
quarta redução consecutiva.
Fonte: Brasil247
10/03/2020 -
Bolsonaro e Guedes já queimaram US$ 42 bilhões das
reservas acumuladas nos governos do PT e vão vender
ainda mais
Banco Central anunciou novo leilão de moeda
estrangeira para esta terca-feira, mas nada tem sido
capaz de conter a desvalorização do real
O ex-presidente Lula foi ontem às redes sociais para
apontar o estrago que tem sido causado por Jair
Bolsonaro e Paulo Guedes na área cambial. Ele
apontou que o governo atual já queimou US$ 42
bilhões das reservas acumuladas por ele e por Dilma
Rousseff em seus governos.
Hoje haverá nova venda, segundo aponta o Infomoney:
O Banco Central anunciou nesta segunda-feira, 9, a
realização de leilão de dólares à vista amanhã, 10,
referenciado à Ptax. A operação será realizada entre
9h10 e 9h15, com a oferta de até US$ 2 bilhões.
Nesta segunda-feira, o BC realizou vendeu US$ 3
bilhões em leilão à vista referenciado à Ptax, pela
manhã. À tarde, a autoridade monetária realizou
outro leilão à vista, com a venda de US$ 465
milhões.
O dólar comercial fechou em alta de 1,97% hoje, a R$
4,7251 na compra e a R$ 4,7256 na venda.
Fonte: Brasil247
10/03/2020 -
‘Guedes é guarda-chuva de camelô: não resiste à
tempestade’, diz cientista político
Depois do pibinho de 1,1%, ministro da Economia
vai passar pelo seu maior teste diante da crise
internacional que se alastra junto com o coronavírus
São Paulo – Cláudio Couto, professor da Escola de
Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas
de São Paulo (FGV-SP), avalia que a “tempestade” no
cenário econômico mundial que parece ter caído nesta
segunda-feira (9) vai ser um teste que pode arrasar
com o ministro da Economia do governo Bolsonaro,
Paulo Guedes. Os mercados mundiais foram tomados por
pânico, por conta do alastramento da ameaça de
epidemia do coronavírus e pela queda brutal no preço
internacional do petróleo.
Ainda durante a madrugada do domingo, quando as
bolsas asiáticas começaram a operar, o preço do óleo
cru caiu até 31% – maior tombo desde a Guerra do
Golfo (1990-91). Na sequência, a Bolsa de Nova York
ativou o chamado circuit break, paralisando as
atividades depois que o índice Dow Jones caiu mais
de 10%. O pregão da Bolsa de São Paulo também
interrompeu as negociações por 30 minutos durante a
manhã.
“Antes mesmo da eleição, dizia-se que Guedes parecia
aqueles guarda-chuvas de camelô, que dificilmente
resistem à primeira tempestade. Pelo jeito, a
tempestade está chegando”, disse o professor em
entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco
Faria, para o Jornal Brasil Atual.
A situação é agravada, segundo Couto, porque o
governo Bolsonaro é “produtor de crises”, que se
somam à própria “personalidade instável” do
ministro.
“Há poucos dias, vimos que o presidente estava
insatisfeito com a baixa taxa de crescimento do PIB,
que ficou em 1,1%. Agora tudo tende a piorar. A
questão é saber se, apesar de parecer ser um
guarda-chuva de camelô, Guedes vai resistir –
sobretudo sabendo como ele é usado pelo seu dono,
que não toma muito cuidado com as suas atitudes e
com aquilo que vale para a economia”, disse o
cientista político.
Submissão
Couto também comentou sobre o acordo militar assinado
entre o Brasil e os Estados Unidos, além do
alinhamento “partidário-ideológico” de Bolsonaro com
o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que
tiveram um encontro na Flórida, no domingo (8). Ele
prevê resistência no Congresso Nacional, que precisa
ratificar o acordo. Novamente, a situação é agravada
pela retórica de confronto adotada por Bolsonaro
contra os demais poderes da República. Antes de
viajar, ele conclamou seus apoiadores à saírem às
ruas no próximo dia 15.
“Nesse cenário de confronto entre os poderes e de
desconfiança sobre as relações do governo Bolsonaro
com o governo americano, tudo tende a ser ainda mais
difícil. É preciso aguardar para ver os detalhes do
acordo e como vai tramitar, se é que vai tramitar,
no Congresso Nacional”, disse o analista.
Sinuca
Sobre a convocação dos protestos, Couto afirmou que
Bolsonaro acabou se colocando num dilema. Se
insistir no apoio aos protestos, tende a desgastar
ainda mais as relações com o Congresso e com o
Supremo Tribunal Federal (STF), justamente em
momento de crise internacional. Se recuar, se
enfraquece junto aos seus próprios apoiadores. O
cientista político também identificou traços
populistas e autoritários nessa atuação.
“A ideia é mobilizar as ruas contra as instituições.
É o típico modelo populista de atuação, de mobilizar
a população se colocando como o único representante
legítimo dos cidadãos, tentando, assim, eliminar
todos os limites ao exercício do poder”, afirmou.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/03/2020 -
OIT recomenda que governo assegure direito à
negociação coletiva
O governo brasileiro deve adotar medidas para
garantir o direito de organização e de negociação
coletiva, que fazem parte das convenções ratificadas
pelo Brasil. A conclusão consta do relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a
aplicação de normas internacionais do trabalho.
A aplicação das normas vem sendo discutidas pela OIT
desde 2017, durante a tramitação final da proposta
legislativa da Reforma Trabalhista (Lei
13.467/2017). O documento da OIT considera as
informações prestadas por entidades de classe de
trabalhadores e de empregadores, além do governo,
sobre as medidas tomadas em relação a violações
identificadas pela OIT a convenções internacionais
ratificadas pelo Brasil.
Em relação à Convenção 98, o relatório indica que o
governo adote medidas que coíbam atos antissindicais
e que revise os artigos da CLT alterados pela
reforma que permitem a negociação coletiva ampla.
Trata-se dos artigos 611-A e 611-B da CLT, que
estabelecem a chamada prevalência do negociado sobre
o legislado.
Outro ponto sugere seja revisado o artigo 444,
parágrafo único, que cria a figura do "trabalhador
hipersuficiente" — empregado portador de diploma de
nível superior e que percebe salário mensal igual ou
superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios
do Regime Geral de Previdência Social. Nessa
hipótese, pode haver negociação direta entre ele e o
empregador.
O relatório da OIT também sugere que seja facilitada
a negociação coletiva dos "trabalhadores autônomos"
(artigo 442-B, CLT).
A comissão aponta que o governo não respondeu a duas
questões: quais medidas foram tomadas para se
garantir que os compromissos firmados pelas
convenções coletivas sejam garantidos nos acordos
(artigo 620, CLT); e sobre a necessidade de alterar
o artigo 623 da CLT para que a política
econômico-financeira não represente entrave à
negociação de convenções e acordos coletivos.
O ministro Lelio Bentes Corrêa, do Tribunal Superior
do Trabalho, e que faz parte da comissão desde 2006,
explica que o grupo "faz um estudo técnico das
informações prestadas pelos países membros sobre as
convenções ratificadas dentro de ciclos". Isso é
feito de três anos para as convenções fundamentais,
como a 98, ou cinco anos, para as outras convenções.
Sobre a possibilidade de negociação direta entre
empregados e empregadores, o diretor de Cidadania e
Direitos Humanos da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho, Marcos Barberino,
aponta que a reforma criou institutos jurídicos
controversos e de difícil manejo no sistema
jurídico.
"A figura do hiperssufuciente (artigo 507-A, CLT)
chega a agregar preconceitos sociais à renda como
critérios para aferir a liberdade de consciência. A
associação entre grau de educação formal e renda
como critérios de certificação da cidadania remonta
ao voto censitário do século XIX", afirma.
Clique
aqui para ler o relatório.
Fonte: Consultor Jurídico
10/03/2020 -
Declaração pessoal de pobreza basta para garantir
justiça gratuita, diz TST
A declaração pessoal de pobreza feita pelo autor da
ação tem presunção veracidade, sendo suficiente para
garantir seu direito à concessão do benefício da
justiça gratuita.
A decisão é da 2ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho ao confirmar o direito de um bancário ao
benefício em ação ajuizada na vigência da Reforma
Trabalhista (Lei 13.467/2017).
A Reforma Trabalhista, que entrou em vigor em
11/11/2017, inseriu o parágrafo 4º ao artigo 790 da
CLT para estabelecer que o benefício da justiça
gratuita será concedido “à parte que comprovar
insuficiência de recursos para o pagamento das
custas do processo”. No caso, o empregado, em
audiência, declarou pessoalmente sua condição de
hipossuficiência, aceita pelo juízo de primeiro grau
para garantir o direito.
O banco, ao recorrer ao Tribunal Regional do
Trabalho da 6ª Região (PE), sustentou que a mera
declaração de pobreza não seria o bastante para
comprovar a situação econômica, pois o bancário, ao
juntar aos autos os contracheques, teria demonstrado
ter condições de arcar com as custas do processo.
O TRT-6, no entanto, negou provimento ao recurso com
base no Código de Processo Civil (CPC) de 2015
(artigo 99, parágrafo 3º), que presume verdadeira a
alegação de insuficiência deduzida exclusivamente
por pessoa natural.
No TST, o relator do recurso, ministro José Roberto
Pimenta, observou que, de acordo com a
jurisprudência do TST (Súmula 463, com redação
adaptada ao novo CPC), a declaração de insuficiência
de recursos firmada pelo declarante ou por seu
advogado é suficiente para configurar a situação
econômica.
Segundo o ministro, a nova redação da CLT sobre a
matéria não é incompatível com a do CPC. “As duas
normas podem e devem ser aplicadas conjuntamente”,
afirmou. “Conclui-se, portanto, que a comprovação a
que se refere o parágrafo 4º do artigo 790 da CLT
pode ser feita mediante declaração de miserabilidade
da parte”. Assim, por unanimidade, a turma negou
provimento ao recurso. Com informações da assessoria
de imprensa do Tribunal Superior do Trabalho.
RR-340.21.2018.5.06.0001
Fonte: Consultor Jurídico
10/03/2020 -
Sindicatos atuam e conseguem suspender demissões na
Eletrobras
Em liminar, o juiz substituto do Tribunal Regional
do Trabalho da 10ª Região (Distrito Federal e
Tocantins), Gustavo Carvalho Chehab, determina que a
Eletrobras terá que suspender as demissões até 30 de
março em sua fábrica subsidiária, Eletronorte.
Essa foi uma reivindicação de 14 sindicatos da
categoria, que acionaram a Justiça do Trabalho
questionando as demissões, que desrespeitam acordo
que fora mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho
em 2019.
No despacho do juiz, os argumentos que apontaram
para possível descumprimento do acordo, a Eletrobras
poderia reduzir o quadro de 14 mil funcionários para
12 mil, com garantia de estabilidade contra
processos de demissão em massa. Os outros dois mil
poderiam aderir ou não um Plano de Demissão
Voluntária (PDV).
Segundo Íkaro Chaves, diretor do Sindicato dos
Urbanitários no Distrito Federal e engenheiro da
Eletronorte, o PDV era focado nos trabalhadores
aposentados que continuam trabalhando mas, como há
muito tempo não há concurso público, a mão de obra
da estatal está envelhecida e muitos aderiram ao
PDV. Só que o problema é que a direção da Eletrobras
admitiu 70 trabalhadores em Furnas e resolveu
demitir 70 da Eletronorte.
Audiência - No despacho do juiz substituto,
está determinado que sejam suspensos os efeitos de
eventuais dispensas sem justa causa de trabalhadores
até a realização de audiência inicial, que está
agendada para 30 de março.
Fonte: Agência Sindical
09/03/2020 -
Comissão mista pode votar parecer sobre MP do
Contrato Verde e Amarelo
A comissão mista que analisa a Medida Provisória
905/19, que prevê o Contrato Verde e Amarelo e
outras mudanças na área trabalhista, se reúne nesta
terça-feira (10), às 13 horas, para discutir e votar
o relatório do deputado Christino Aureo (PP-RJ).
Na última quarta-feira, a reunião do colegiado foi
suspensa logo após a apresentação da complementação
de voto pelo deputado Christino Aureo, com ajustes
propostos após ouvir deputados e senadores.
Uma das mudanças deixa claro que o desempregado
deverá manifestar se deseja fazer a a contribuição
previdenciária ao receber o seguro-desemprego. Caso
opte pela contribuição, o segurado terá o tempo
contado para fins de aposentadoria. O texto original
da MP 905 previa que essa contribuição seria
obrigatória a fim de custear o Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo, modalidade criada para incentivar a
contratação de jovens de 18 a 29 anos por até 24
meses, com salário limitado a 1,5 salário mínimo (R$
1.567,50).
A primeira versão do relatório já previa que essa
modalidade de contratação valha também para pessoas
com mais de 55 anos, desde que desempregadas a mais
de 1 ano.
Outro ponto destacado pelo relator recupera a
redação original da medida provisória para impedir
que o trabalhador já empregado seja dispensado e
recontratado pelo mesmo empregador, na modalidade
Verde e Amarelo, dentro de 180 dias. “Essa trava é
para que não haja qualquer tipo de esperteza [do
empregador], com vistas a promover a substituição de
mão de obra”, observou.
Para incentivar as admissões, o Contrato Verde e
Amarelo concede ao empregador diversos incentivos
tributários, que reduzem o custo da contração –
redução na alíquota de contribuição para o FGTS (de
8% para 2%), redução de 40% para 20% da multa em
caso de demissão, isenção da contribuição
previdenciária patronal e do salário-educação.
O relator também detalhou que o trabalhador
acidentado durante o trajeto de casa para o trabalho
será amparado pela Previdência Social, embora o
acidente não deva mais ser considerado “acidente de
trabalho”. Segundo ele, isso infla as estatísticas
de maneira artificial. Só será considerado acidente
de trabalho se o trabalhador estiver em um
transporte fornecido pela empresa.
A reunião ocorrerá no plenário 3 da ala Alexandre
Costa, no Senado Federal.
Fonte: Agência Câmara
09/03/2020 -
Contra Bolsonaro, por Marielle e pela vida 8M reúne
milhares pelo país
Manifestações ocorrem em diversas cidades do país,
ao longo de todo o domingo.
Milhares de mulheres, espalhadas por todo o Brasil,
saíram às ruas durante todo o domingo (8) por
igualdade de direitos e contra a violência. Os atos
aconteceram em diversas cidades do país desde o
início da manhã. Os principais temas foram o fim da
violência contra a mulher, fora Bolsonaro e direitos
iguais. O assassinato da vereadora Marielle Franco,
que completa dois anos no dia 14 de março, também
foi relembrado em diversas manifestações.
Em Brasília, cerca de 5 mil mulheres estiveram na
marcha do 8 de março, levando para as ruas palavras
de ordem contra a violência de gênero e o machismo
do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e em
defesa da descriminalização do aborto. Com o mote
“Pela vida das mulheres, em defesa da democracia,
contra o racismo e por direitos”, o ato percorreu as
ruas da capital, fazendo parada em frente ao Palácio
do Buriti, e depois seguiu em direção à Praça da
Torre.
Acompanhada da filha, a estudante de doutorado
Fernanda de Oliveira disse que sempre participa de
manifestações de rua quando a pauta é o direito das
mulheres. Para ela, nesse contexto político, a
mobilização é mais importante do que nunca.
“Todos os avanços de políticas públicas que tiveram
nas últimas décadas estão sendo desmontados. Então,
não podemos ficar dentro de casa, é importante
demonstrar nossa insatisfação. Enquanto a gente se
mantiver calada, vai ter impunidade e vai estar
perdendo direito. Então, quanto mais sairmos na rua,
melhor”, disse.
O ato contou com a participação de mais de 3,5 mil
mulheres sem-terra, que estão participando do I
Encontro de Mulheres Sem Terra na capital federal,
com pautas sobre a reforma agrária popular e a
violência de gênero no campo. Para Kelly Mafort, da
direção nacional do MST, a participação da marcha em
Brasília é uma oportunidade de integrar as pautas
das mulheres do campo e da cidade.
“Essa marcha de hoje ocorre justamente em um período
de morte para as mulheres. No campo, as mulheres
sofrem os impactos dessa política, que é machista,
misógina, que violenta e assassina as mulheres. E
são principalmente as mulheres que sofrem na ponta
essas contradições das reintegrações de posse e dos
despejos e dessa força do latifúndio. Nós estamos
aqui denunciando isso”, afirmou a militante.
O ato em Brasília foi finalizado por volta das 14h
com falas políticas de representantes de partidos e
movimentos sociais no gramado da Praça da Torre.
(Mais informações: Portal Vermelho)
Fonte: Portal Vermelho
09/03/2020 -
Governo faz esforço para enviar reforma
administrativa na quarta (11)
O governo federal concentra esforços para
apresentar, nesta quarta-feira (11), a PEC (proposta
de emenda à Constituição) que acaba com a
estabilidade dos futuros servidores públicos. O
líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes
(MDB-TO), confirmou a intenção de entrega do texto
nesta semana, mas preferiu se assegurar de
imprevistos e não cravar uma data.
“Não vou dizer que é quarta-feira porque pode chegar o
dia e não acontecer, mas com o resultado do PIB
[crescimento de apenas 1,1%] e superada a votação do
Orçamento a pauta econômica está confluindo para
apresentar na próxima semana [passada]. Uma hora
vamos ter que apresentar a proposta”, disse ao
portal Congresso em Foco.
Integrantes do Ministério da Economia responsáveis
pela matéria foram contatados pelo site e também
disseram que não há confirmação oficial sobre a
data.
O texto final da matéria, após as últimas
modificações do presidente Jair Bolsonaro, está
pronto desde o dia 21 de fevereiro.
O documento final da PEC não terá a proibição de
servidores serem filiados a partidos políticos, como
previsto inicialmente pelo ministro da Economia,
Paulo Guedes. A iniciativa era um dos pontos de
maiores insatisfações dentro do Congresso.
A propósito, diga-se de passagem, foi o mais certo a
ser feito, pois isso é inconstitucional e iria, com
certeza, cair no Congresso Nacional. A proibição
fere, entre outros, o capítulo dos “Direitos
Políticos” da Constituição Federal [grifo do DIAP].
Desde o final de 2019, a entrega da reforma foi
prometida e adiada sucessivas vezes, mas a avaliação
de congressistas governistas é que o envio será
mesmo em breve e que só não aconteceu nesta semana
por conta do imbróglio sobre o Orçamento Impositivo.
Conteúdo da proposta
Para além das especulações sobre o conteúdo da
proposta que vai ser enviada pelo governo ao
Congresso, podemos antecipar que a iniciativa
pretende:
1) eliminar o RJU (Regime Jurídico Único);
2) acabar com a estabilidade do servidor;
3) extinguir a garantia de irredutibilidade salarial;
4) permitir a redução de salário e de jornada;
5) ampliar o estágio probatório;
6) reduzir o salário de ingresso no serviço público;
7) proibir as progressões e promoções automáticas;
8) ampliar o tempo de permanência na carreira; e
9) criar carreirão transversal, cujos servidores serão
contratados pela CLT e distribuídos para os órgãos
governamentais.
Tramitação
A PEC vai iniciar sua tramitação/discussão pela Câmara
dos Deputados. Passa primeiro pela CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) que discute e vota apenas a
admissibilidade/constitucionalidade da matéria.
Depois, segue para análise de mérito numa comissão
especial por cerca de 40 sessões, algo em torno de
60 dias. Nas primeiras 10 sessões pode-se apresentar
emendas ao texto.
Após passar pela comissão de mérito vai ao plenário
da Casa para votação em 2 turnos. Para ser aprovada
necessita de pelo menos 308 votos favoráveis. Entre
o 1º e 2º turnos, há prazo regimental de 5 sessões
para que a comissão especial aprove e ratifique a
redação para votação no 2º e último turno. Lembrando
que as emendas ao texto nessa fase — 2º turno — só
podem ser supressivas.
Findo esse tramite na Câmara, o texto vai ao Senado,
cuja discussão técnica e de mérito é feita pela CCJ
da Casa, cujo prazo para aprovação é de até 30 dias.
Depois vai ao plenário para votação em 2 turnos, que
exige quórum mínimo para aprovação de 49 votos.
Entre o 1º e 2º turnos, o texto vai à discussão por
5 sessões. Se houver emendas, a proposta retorna à
CCJ, para que num prazo de até 30 dias, o relator
ofereça parecer sobre essas. Caso não haja propostas
de alteração vai à votos.
Para iniciar o 2º turno, a CCJ ratifica o texto
aprovado no 1º turno e o encaminha ao plenário que o
debate por 3 sessões, se houver emendas (apenas
supressivas) retorna à CCJ para receber parecer, num
prazo de até 30 dias. Depois vai ao plenário para
votação em 2º e último turno. (Com Congresso em
Foco)
Fonte: Diap
09/03/2020 -
Audiência debaterá feminicídio e violência contra
mulher
A Comissão Mista de Combate à Violência contra a
Mulher promove na quarta-feira (11) audiência
pública para debater o aumento de casos de
feminicídio e violência contra as mulheres no País.
O evento integra a programação do Dia Internacional
da Mulher (8 de março).
Convidados
Foram convidados para a audiência:
- o promotor de Justiça Amom Albernaz Pires;
- a defensora pública e coordenadora do Núcleo de
Defesa da Mulher, Dulcielly Nóbrega;
- a médica legista Cyntia Gioconda Honorato
Nascimento;
- a socióloga e representante do Centro Feminista de
Estudos e Assessoria (Cfemea), Joluzia Batista;
- a delegada-chefe da 6ª Delegacia de Polícia do
Paranoá, Jane Klébia do Nascimento Silva.
A audiência será realizada a partir das 14h30, no
plenário 9 ala Alexandre Costa, no Senado.
Fonte: Agência Câmara
09/03/2020 -
Paim lamenta desigualdade entre homens e mulheres no
mercado de trabalho
O senador Paulo Paim (PT-RS) registrou, na
sexta-feira (6), em Plenário, homenagem ao Dia
Internacional da Mulher, comemorado no domingo (8).
O senador chamou a atenção para o aumento dos
índices de violência e ressaltou que, apesar de as
mulheres investirem mais na educação, segundo o IBGE
elas ganham quase 30% menos que os homens pelas
mesmas tarefas e funções.
Ainda segundo o IBGE, entre homens, esse índice não
passa de 21%. No topo da pirâmide salarial, aqueles
que recebem mais de 20 salários mínimos, a situação
se inverte: 0,4% das mulheres e 0,9% dos homens. Ou
seja, há o dobro de homens recebendo um salário
melhor que o das mulheres nessa faixa.
Paim considera que alguns diretos das mulheres estão
ameaçados, por elas representarem uma classe
vulnerável da sociedade. O senador também afirma que
elas são um dos grupos mais penalizados no país.
— Quando movimentos reacionários colocam em risco a
liberdade reprodutiva feminina, questionando a
legislação já consolidada sobre o tema; quando a
xenofobia motiva atos de crueldade contra mulheres e
meninas em situação de vulnerabilidade; quando a
violência de parceiros e familiares, de tão
corriqueira, passa ao largo da agenda fundamental
que deveríamos ter. E por que não lembrar aqui o
combate ao feminicídio — disse.
Fonte: Agência Senado
09/03/2020 -
Rodrigo Maia pede diálogo, no momento em que
Bolsonaro chama protesto contra o Congresso
Um dia depois de Jair Bolsonaro convocar a população
às ruas no dia 15 de março, manifestações que pedem
o fechamento do Congresso e do STF, o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu diálogo pela
redes sociais e alertou sobre a crise internacional.
“O cenário internacional exige seriedade e diálogo
das lideranças do País. A situação da economia
mundial se deteriora rapidamente. O Brasil não vai
escapar de sofrer as consequências dessa piora
global. É preciso agir já com medidas emergenciais”,
postou Maia no Twitter.
“O Congresso está pronto para avançar com as
reformas necessárias capazes de reestabelecer a
confiança. Se agora os poderes da República agirem
em harmonia e com espírito democrático, esta crise
pode virar uma oportunidade de se somar forças em
busca das soluções necessárias e urgentes”,
completou o deputado.
Fonte: Brasil247
09/03/2020 -
Custo de vida na cidade de São Paulo sobe 0,12% em
fevereiro
Números foram levantados por pesquisa do Dieese
O Índice do Custo de Vida da cidade de São Paulo,
calculado pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
subiu 0,12% em fevereiro. Entre janeiro e fevereiro
deste ano, a elevação foi de 0,76%.
Entre os grupos que compõem o índice, os que mais
influenciaram no comportamento do mês foram
Transporte (0,36%), Saúde (0,24%) e Alimentação
(0,24%).
Houve aumento também nos grupos Vestuário (0,24%),
Recreação (0,17%) e Despesas Pessoais (0,02%). O
grupo Educação e Leitura manteve-se estável,
enquanto os grupos Habitação (-0,05%), Equipamento
Doméstico (-0,08%) e Despesas Diversas (-0,10%)
tiveram queda.
Já no primeiro bimestre do ano, quatro grupos
registraram taxas acima do índice: Educação e
Leitura (1,62%); Alimentação (1,18%); Saúde (0,93%);
e Transporte (0,88%). Os dois únicos grupos que
apresentaram queda foram Habitação (-0,14%); e
Despesas Diversas (-0,76%).
Fonte: Agência Brasil
09/03/2020 -
Redução de contribuições ao "sistema S" pode
provocar corrida aos tribunais
Acórdão da 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça
publicado nesta semana limita a 20 salários mínimos
a base de cálculo do salário-educação e das
contribuições destinadas ao "sistema S", que reúne
instituições como Sesc, Senai, Sebrae, Sesi, Senai,
entre outros.
Por unanimidade, o colegiado negou provimento a
agravo interno num recurso especial da Fazenda
Nacional e ratificou decisão que permite a indústria
química Rhodia Brasil reduza a carga tributária
sobre a folha de pagamento.
O relator do caso, ministro Napoleão Nunes Maia
Filho, apontou que "no que diz respeito às demais
contribuições com função parafiscal, fica mantido o
limite estabelecido pelo artigo 4º da Lei nº
6.950/1981 e seu parágrafo, já que o Decreto-Lei
2.318/1986 dispunha apenas sobre fontes de custeio
da Previdência Social” (REsp 1570980)".
A decisão é importante porque desde 2008 o STJ só se
posicionava sobre o tema por meio de decisões
monocráticas. Como não existe jurisprudência
consolidada sobre o assunto na segunda instância,
muitas empresas costumam calcular o tributo sobre
toda a folha de pagamento.
Para Bruno Romano, sócio da área tributária do
Escritório Bonaccorso, Cavalcante, Oliveira e Ristow
Advogados, a decisão pode corrigir a distorção dos
valores pagos atualmente. "Evidencia que diversos
contribuintes estavam recolhendo esses tributos em
valor muito superior ao devido, de modo que fazem
jus à restituição do montante indevidamente pago",
diz.
Além de criar jurisprudência mais sólida no sentido
da redução da base de cálculo, a decisão pode
provocar uma verdadeira corrida aos tribunais. A
impressão é do advogado Chede Domingos Suaiden,
sócio do escritório Bichara Advogados. "É bom
ressaltar que as empresas nunca aplicaram essa
limitação e estão até os dias de hoje recolhendo os
valores dessas contribuições sem qualquer limitação
da base de cálculo."
O tributarista Augusto Fauvel enxerga que, além de
segurança jurídica, a decisão deve ter um impacto
relevante também nas finanças das empresas. "A
incidência total do "sistema S" corresponde a 5,8%
ao mês, ou seja, onera e muito os contribuintes que
possuem vasta folha de pagamento. Com a limitação da
decisão do STJ, além da significativa economia
mensal, poderão os contribuintes buscar a
restituição ou compensação dos valores recolhidos
respeitado o prazo prescricional de cinco anos",
explica.
Fauvel também lembra que "há ainda a discussão
acerca da inexigibilidade do pagamento das
contribuições destinadas ao Incra, Sebrae, Apex,
ABDI, além do "sistema S", que já possui julgados
favoráveis, isentando os contribuintes do pagamento,
justificando que a Emenda Constitucional nº 33, de
2001, afasta a possibilidade de incidência dessas
contribuições, por não possuírem as bases de cálculo
mencionadas".
O tributarista Breno Dias de Paula é outro
entusiasta da decisão. "Essa foi a melhor
interpretação do direito infraconstitucional pelo
STJ sobre o tema."
REsp 1.570.980
Fonte: Consultor Jurídico
06/03/2020 -
Paulinho da Força e Miguel Torres debatem reforma
sindical com dirigentes do FST
Representantes das Confederações filiadas ao Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST), o presidente da
Força Sindical, Miguel Torres, e o deputado federal,
Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força (Solidariedade-SP),
debateram nesta quarta-feira (4), em Brasília,
algumas das propostas de reforma sindical que estão
em andamento no Congresso — a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) nº 196 e o Projeto de Lei nº
5.552/19.
Paulinho da Força falou sobre os pontos conflitantes
da PEC e mostrou-se aberto ao diálogo para possível
construção de uma proposta única. “Estamos fazendo o
possível para salvar uma parte do sindicalismo,
aqueles que trabalham. Por isso, eu vim aqui, pois
precisamos reconstruir o movimento sindical”, disse.
Os dirigentes do FST, que apoiam o PL nº 5.552/19,
fizeram questionamentos pontuais sobre a unicidade
sindical, relevância do sistema confederativo e
custeio. Já que PEC nº 196, de autoria do deputado
federal Marcelo Ramos (PL-AM), propõe nova redação
ao artigo 8º da Constituição e altera a estrutura
sindical.
O Fórum, por sua vez, continuou na defesa do PL nº
5.552, que prevê a regulamentação das regras para
organização sindical, previstas no artigo 8° da
Constituição. O PL, subscrito pelo deputado federal
Lincoln Portela (PL-MG), mantém o regime da
unicidade e outras garantias constitucionais. Sendo
na avaliação dos presentes uma reforma mais justa e
autônoma para o movimento.
“Defendemos o PL por acreditar que se trata de uma
proposta mais clara e concreta. Precisamos de uma
Lei que possa sanar as dificuldades reais de
sobrevivência do movimento”, afirmou o
coordenador-nacional do FST e presidente da CNTEEC,
professor Oswaldo Augusto de Barros.
PL nº 5.552 no Congresso Nacional
Por consenso, os dirigentes decidiram reforçar a
divulgação do projeto para os parlamentares e
sociedade em geral. Assim como intensificar a
discussão do PL na base das entidades.
“É fundamental que tenhamos um discurso único para
promovermos ações com material de divulgação
unificado. E, principalmente, pedir aos sindicatos
nas bases que nos apoiem”, enfatizou o professor
Oswaldo.
Fonte: FST - Fórum Sindical dos Trabalhadores
06/03/2020 -
Subsecretário de Relações do Trabalho visita sede da
NCST
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
recebeu visita técnica, nesta quinta-feira (04/03),
do Subsecretário de Relações do Trabalho (SRT) do
Ministério da Economia, Sr. Mauro Rodrigues de
Sousa. Na oportunidade o representante do governo
ouviu as demandas da entidade e, após conversas com
dirigentes da NCST, reforçou compromisso por diálogo
permanente.
O presidente da NCST, José Calixto Ramos, deu as
boas vindas ao representante do Ministério da
Economia e elencou uma série de dificuldades que o
movimento sindical vem enfrentando frente uma agenda
hostil aos trabalhadores e seus representantes.
Mauro Rodrigues agradeceu a acolhida e recepção dos
diretores da entidade. O subsecretário de Relações
do Trabalho relatou ter carinho pela NCST e seus
dirigentes. “Estou em um novo desafio. Sou um
técnico do Ministério e posso afirmar que, apesar
das mudanças, a estrutura operacional permanece a
mesma. Minha intenção com essa visita é estreitar o
diálogo e não deixar a engrenagem parar. Por mais
que as alterações normativas para o custeio tenham
dificultado a execução das atividades sindicais, meu
papel e ser um agente que colabora com as relações
entre o governo e as entidades.
O presidente da NCST, na oportunidade, defendeu o
fortalecimento Conselho das Relações do Trabalho.
Calixto, nas tratativas relacionadas à “reforma”
sindical, apontou a necessidade de assegurar
autonomia absoluta às assembleias sindicais – “ponto
central em qualquer que seja a alteração que se dê
no âmbito da legislação”, afirmou.
Mauro Rodrigues, na oportunidade, relacionou as
dificuldades enfrentadas desde o antigo Ministério
do Trabalho até a atual configuração da pasta, mas
destacou a necessidade de perseguir, em ação
conjunta entre os representantes do governo e das
entidades sindicais, a superação de problemas que
atingem “ambos os lados”.
No tocante aos desafios do sindicalismo, o
representante do governo sugeriu a fusão de
entidades como estratégia para superar dificuldades
financeiras e ampliar a representação. Com a
responsabilidade da emissão das cartas sindicais,
Mauro relatou os desafios para a retomada dos
registros sindicais, com orientação para que a pasta
priorize e atendimento às solicitações de fusões
sindicais - tendência relatada pelo subsecretário -
de maneira a dar maior dinamismo aos trabalhos da
Secretaria do Trabalho.
“Minha visita tem por objetivo estreitar o diálogo e
dizer que nossa pasta está de portas abertas para
discussões sobre qualquer tema no âmbito das
relações de trabalho”, afirmou o representante do
governo.
As discussões tripartites entraram da pauta. “Nós
estamos com a impressão de que o governo está
escanteando os Conselhos, tornando inócuas as suas
orientações e deliberações. Está complicado discutir
categoria sem saber, ao mesmo, se iremos sobreviver
amanhã. Precisamos prosseguir com perspectivas que
sejam mais transparentes e confiáveis”, questionou
Calixto.
“Houve, no meio de todo esse caos, uma atitude
sensata do governo em integrar ao seu quadro com
alguém que realmente tenha experiência sobre o tema
relações de trabalho. No entanto, o diálogo com o
governo tem sido interrompido desde o impeachment do
governo Dilma. Como exemplo, a ‘reforma’ trabalhista
foi atropelada no Congresso sem a participação dos
trabalhadores. Criou-se um muro entre o trabalhador
e sua representação sindical a partir de normativas
que retiraram a necessidade da participação das
entidades nas negociações. Precisamos superar esse
processo de ódio que divide o país e resgatar o
diálogo de maneira mais ampla. Agora, a agenda de
prosseguir uma nova “reforma” trabalhista por meio
de Medida Provisória (MP 905/2019), reforça uma
característica negativa, de unilateralidade das
decisões do Executivo. Nosso incentivo é que a
Secretaria de Relações do Trabalho busque disseminar
essa cultura do diálogo a outras esferas do
governo”, reforçou o Diretor de Finanças da NCST e
presidente da Confederação dos Servidores Públicos
do Brasil – CSPB, João Domingos Gomes dos Santos.
“Nós reconhecemos esforços de diálogo da Secretaria
de Relações do Trabalho. No entanto, o governo vem
preservando uma postura de ignorar essas tratativas
e impor uma agenda sem discussão com a legítima
representação das categorias”, completou o
vice-presidente da NCST, José Reginaldo Inácio.
Mesmo diante das dificuldades, eu entendo que
preservar e fortalecer os Conselhos é assegurar, por
mais imperfeitos que sejam, a preservação de mais um
espaço institucional de diálogo. Sou integrante do
governo e não vou falar mal da equipe que integro. A
minha admissão se deu no sentido de apresentar
soluções. Eu acredito que, estando aqui, eu estou
ajudando mais do que se me retirasse. A participação
nos Conselhos é relevante, além de ser bastante
racional do ponto de vista da redução de danos”,
afirmou o subsecretário.
Ao final do encontro, dirigentes da Nova Central
agradeceram a cortesia do representante do governo e
reforçaram o compromisso de preservar e, na medida
da reciprocidade, fortalecer o diálogo entre as
partes.
Fonte: NCST
06/03/2020 -
MP 922/20: contrato temporário no setor público
MP 922/20 promove Minirreforma Administrativa
na medida em que fica autorizado a contratar
temporariamente em diversas áreas, incluindo
pesquisadores, professores, profissionais de saúde,
nacional ou estrangeiro, e pessoal da área de
tecnológica (leia-se automação e digitalização de
serviços públicos) ao longo de todo o mandato, e que
contraria princípios elementares da Administração
Pública. Foi publicada no DOU (Diário Oficial da
União) na segunda-feira (2).
Fonte: Diap
06/03/2020 -
Paim aponta que, mesmo com reformas, crises social e
econômica continuam
Preocupado com as crises social e econômica, o
senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou, nesta
quinta-feira (5), em Plenário, que não se consumou a
promessa de que o Brasil entraria nos trilhos após a
aprovação de diversas propostas pelo Congresso
Nacional. Ele lembrou que o Parlamento entregou ao
país as reformas trabalhista e previdenciária, o
teto de gastos públicos e a lei da liberdade
econômica.
Mesmo assim, a economia apresentou um crescimento de
1,1% em 2019, índice considerado pífio por Paim, e a
população continua na miséria, sofrendo com o
desemprego e com a informalidade, que já atinge 41
milhões de pessoas. E a situação pode piorar,
continuou o senador, ao apontar os prejuízos que
podem advir com a Medida Provisória do Contrato
Verde Amarelo (MPV 905/2019), editada com o objetivo
de estimular a geração de emprego para jovens com
idade até 29 anos.
Se a MP tratasse apenas desse tema, não haveria
problema, disse Paim. Só que, segundo ele, o texto
precariza ainda mais a situação de trabalhadores,
com a possibilidade, por exemplo, de parcelamento do
décimo-terceiro salário e das férias em até 12
prestações.
— Em quatro anos, a renda dos 5% mais pobres caiu
39%. Há 13,5 milhões vivendo na extrema pobreza, com
renda mensal inferior a R$145, segundo critério do
Banco Mundial. O endividamento das famílias
brasileiras aumentou 65,6%, em dezembro de 2019, e o
total de consumidores endividados subiu 59% em
relação a dezembro de 2018. Contra os fatos não há
argumentos. O governo vendeu, sim, gato por lebre —
disse.
Segundo Paim, a MP ainda reduz a contribuição do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a
multa para as dispensas sem justa causa, prevê a
taxação do seguro-desemprego, reduz a contribuição
previdenciária sobre a folha de pagamento e
enfraquece o trabalho de fiscalização dos auditores
do trabalho.
Fonte: Agência Senado
06/03/2020 -
Paulo Guedes recebe apoio de industriais para
criação de nova CPMF
Antes, Guedes acompanhou Bolsonaro no lançamento
de um conselho que reúne empresários bolsonaristas
para discutir a reforma administrativa
Em agenda em São Paulo, o ministro da Economia,
Paulo Guedes, se encontra na tarde desta
quinta-feira (5) com a diretoria do Instituto de
Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi)
para receber apoio para criação de um novo imposto
nos moldes da extinta Contribuição Provisória para
Movimentações Financeiras (CPMF).
A nova taxação sobre o valor agregado, ou Imposto
sobre Bens e Serviços (IBS), está prevista na
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 45, que
institui a reforma tributária, e tem enfrentado
resistência de empresários dos setores de varejo,
comércio e serviços, sob a alegação de que aumentará
a carga tributária de certas atividades.
Os industriais apresentarão uma proposta de um
tributo nos moldes da CPMF, de cobrança sobre a
movimentação financeira. A indústria avalia que é
necessário um imposto de alto valor agregado mais
simples, que é o previsto ma PEC 45”, afirmou fonte
do setor ao Valor Econômico.
Reforma administrativa
Antes de encontrar os industriais, Guedes acompanhou
Jair Bolsonaro no lançamento do Conselho Superior
Diálogo pelo Brasil, na Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp).
O órgão reúne empresários bolsonaristas como Flávio
Rocha, da Riachuelo, e Luiz Carlos Trabuco, do
Bradesco, e vai opinar sobre a reforma
administrativa, que prevê o enxugamento do
funcionalismo público.
Nesta primeira reunião, participam nomes como André
Bier Gerdau Johannpeter (Gerdau), Antonio Filosa
(Fiat), Carlos Alberto de Oliveira Andrade (Caoa),
Carlos Zarlenga (GM América do Sul), Christian
Gebara (Vivo), Dan Ioschpe (Iochpe-Maxion), Elie
Horn (Cyrela), Fábio Coelho (Google), Flavio Rocha
(Lojas Riachuelo), Francisco Gomes Neto (Embraer),
Jerome Cadier (Latam Airlines Brasil), João Carlos
Brega (Whirpool América Latina), João Guilherme
Sabino Ometto (Grupo São Martinho), Lorival Nogueira
Luz Junior (BRF), Luiz Carlos Trabuto Cappi
(Bradesco), Marc Allen (Boeing Brasil-Commercial),
Marcelo Melchior (Nestlé), Marcos Lutz e Rubens
Ometto (Cosan), Philipp Schiemer (Mercedes-Benz),
Rogélio Golfarb (Ford), Sergio Rial (Santander),
Victorio De Marchi (AmBev), além de representantes
de Hapvida, Bio Ritmo/Smart Fit, Tupy, Minerva Foods,
WEG, Procter & Gamble Brasil, Accord, Rede D’Or,
Bunge, Duratex e Saint Gobain.
Fonte: RevistaForum
06/03/2020 -
Preço da cesta básica sobe em 10 das capitais
pesquisadas pelo Dieese
Quilo da carne bovina de primeira diminuiu em
todas as capitais
O custo do conjunto de alimentos essenciais subiu em
fevereiro em 10 capitais das 17 capitais pesquisadas
pelo Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de
Alimentos, as altas mais expressivas ocorreram em
cidades do Nordeste e do Norte: Fortaleza (6,83%),
Recife (6,15%), Salvador (5,05%), Natal (4,27%) e
Belém (4,18%). As principais quedas foram observadas
em capitais do Centro-Sul: Campo Grande (-2,75%),
Vitória (-2,47%), Porto Alegre (-2,02%) e Goiânia
(-1,42%).
A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 519,76),
seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 505,55) e por
Florianópolis (R$ 493,15). Os menores valores médios
foram observados em Aracaju (R$ 371,22) e em
Salvador (R$ 395,49).
Fonte: Agência Brasil
06/03/2020 -
Inflação para famílias com renda mais baixa cai
0,02% em fevereiro
O índice de Preços ao Consumidor – C1 (IPC-C1) caiu
0,02% em fevereiro, ficando em 0,53 ponto
percentual. Em janeiro, o índice medido em famílias
com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos foi de
0,55%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPC-C1
registrou variação de 4,06%. Os resultados foram
divulgados hoje (5) pela Fundação Getulio Vargas
(FGV).
Das oito categorias medidas pela FGV, apenas
vestuário teve alta em fevereiro: de -0,24% em
janeiro para 0,32%.
O grupo habitação caiu de 0,37% para -0,54%;
educação, leitura e recreação, de 2,48% para -0,32%;
transportes, de 0,50% para -0,03%; alimentação, de
0,83% para 0,51%; saúde e cuidados pessoais, de
0,29% para 0,26%; comunicação, de 0,15% para 0,11%;
e despesas diversas, de 0,16% para 0,15%.
Fonte: Agência Câmara
06/03/2020 -
Projeto isenta do IR terço adicional de férias e
verbas de caráter indenizatório
O Projeto de Lei 233/20 isenta do Imposto de Renda o
terço a mais de férias previsto na Constituição e as
verbas de natureza compensatória ou indenizatória. O
texto altera a legislação do Imposto de Renda (Lei
7.713/88) e está em análise na Câmara dos Deputados.
Autor da proposta, o deputado Bira do Pindaré (PSB-MA)
argumenta que por mais de quatro décadas prosperaram
controvérsias jurídicas e administrativas a respeito
da natureza indenizatória ou não de determinados
recebimentos do trabalhador.
Ele quer solucionar a controvérsia de modo em prol
“da proteção e defesa dos direitos do trabalhador
brasileiro”.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
05/03/2020 -
Comissão Mista da Reforma Tributária inicia seus
trabalhos
A Comissão Mista da Reforma Tributária iniciou seus
trabalhos nesta quarta-feira (4), com a apresentação
de seu plano de trabalho. O colegiado pretende
elaborar um texto a partir das propostas de emenda à
Constituição (PECs) 45 e 110 e também de um projeto
a ser apresentado pelo governo.
Fonte: Agência Senado
05/03/2020 -
Maia: “Não dá para organizar um país cortando,
cortando, cortando”
Ao comentar PIB fraco, Rodrigo Maia disse que
investimentos públicos são importantes para ajudar
crescimento econômico.
Defensor ferrenho da reforma da Previdência aprovada
no primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro e do
teto de gastos aprovado no governo de Michel Temer –
mecanismo que limita drasticamente os gastos
públicos ao atrelá-los à inflação do ano anterior
por 20 anos – o presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), agora defende o investimento
público.
Ao comentar o crescimento de 1,1% do Produto Interno
Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em
um país) em 2019, divulgado nesta quarta-feira (4)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), Maia disse que não é possível organizar um
país “apenas fazendo as reformas, cortando,
cortando, cortando”.
“A expectativa [de crescimento de 1,1%],
infelizmente confirmada, não era tão positiva. Os
números mostram uma queda do volume de investimento
público e uma queda dos serviços na área pública, o
que prova que na aplicação do orçamento, os
investimentos públicos são muito importantes também
para ajudar o crescimento econômico”, disse.
Maia disse que as reformas são “fundamentais” mas
que “o setor privado sozinho não vai resolver os
problemas”. “A grande mensagem do PIB que saiu hoje
é que a participação do Estado será sempre
importante para fazer o país crescer e se
desenvolver”, afirmou.
Com informações da Agência Brasil
Fonte: Portal Vermelho
05/03/2020 -
Dólar encosta em R$ 4,60 e volta a bater recorde em
dia tenso
Num dia tenso no mercado financeiro, o dólar subiu e
voltou a bater recorde nominal desde a criação do
real. Nem a intervenção do Banco Central e as
notícias vindas do exterior conseguiram segurar a
cotação.
Em alta pela 11ª sessão seguida, o dólar comercial
encerrou esta quarta-feira (4) vendido a R$ 4,58,
com alta de R$ 0,07 (+1,55%). A divisa chegou a
operar em queda nos primeiros minutos de negociação,
mas disparou a partir das 10h30, até fechar próxima
da máxima do dia.
Desde o começo do ano, o dólar acumula valorização
de 14,15%. Hoje, o real tornou-se a moeda que mais
se desvalorizou em todo o planeta em 2020. O euro
comercial também bateu recorde nominal e fechou em
R$ 5,105, com alta de 1,12%.
Fonte: Agência Brasil
05/03/2020 -
Jornalistas finalmente reagem, viram as costas e
abandonam a entrevista da banana
Após Jair Bolsonaro voltar a achincalhar a imprensa
ao escalar o humorista Márvio Lúcio, o Carioca,
vestido de presidente, para comentar o crescimento
pífio do Produto Interno Bruto (PIB) e distribuir
bananas para os profissionais da imprensa que fazem
a cobertura diária na saída do Palácio da Alvorada,
parte dos jornalistas virou as costas e deixou o
local na manhã desta quarta-feira (4).
Reação dos jornalistas aconteceu pouco após eles
indagarem Bolsonaro sobre o fraco desempenho do PIB
no ano passado, de apenas 1,1% no ano passado, que
foi divulgado nesta quarta-feira (4) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Neste momento, Bolsonaro olhou para o humorista, que
gravava um quadro para o programa Domingo
Espetacular, da TV Record, e disse: “o que é PIB?
Pergunta o que é PIB”. “Pergunta para Paulo Guedes,
Paulo Guedes”. Diante da negativa em falar sobre a
economia e do novo ataque de Bolsonaro à imprensa,
parte dos jornalistas virou as costas e deixou o
local.
Ainda assim, o humorista insistiu com as provocações
gritando que “não tem retaliação” e “outra pergunta,
outra pergunta”.
Muitos dos jornalistas que deixaram o local
comentaram a agressão de Bolsonaro e a reação dos
profissionais nas redes sociais.
Fonte: Brasil247
05/03/2020 -
Ajustes no relatório da MP do Contrato Verde Amarelo
adiam votação para próxima terça
A comissão mista que analisa a medida provisória do
Contrato Verde e Amarelo (MP 905/19) adiou para a
próxima terça-feira (10), às 13h, a votação do
parecer do relator da proposta, deputado Christino
Aureo (PP-RJ). O adiamento decorre de ajustes
promovidos por Aureo, após ouvir novas demandas de
deputados e senadores. Por acordo, a reunião desta
quarta-feira (04) foi suspensa logo após a
apresentação da complementação de voto ao colegiado.
O presidente da comissão mista, senador Sérgio
Petecão (PSD-AC), explicou que a reunião será
reaberta na próxima semana para a discussão e a
votação da matéria, mantendo o quórum atual (13
deputados e 9 senadores). “Não vamos encerrar, nós
vamos suspender a reunião, para que possamos usar
esse mesmo quórum para a votação”, ressaltou.
Contribuição opcional
Ao apresentar as mudanças, Aureo destacou
aperfeiçoamentos na decisão que tornou opcional o
pagamento de contribuição previdenciária por
desempregados que recebem seguro-desemprego.
“Estamos deixando claro que o desempregado terá que
manifestar vontade de contribuir o Regime Geral de
Previdência Social no momento em que for requerer o
seguro-desemprego”, disse. Caso opte pela cobrança,
o segurado terá o tempo contado para fins de
aposentadoria.
O texto original da MP 905 previa que essa
contribuição seria obrigatória a fim de custear o
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, modalidade
criada para incentivar a contratação de jovens de 18
a 29 anos por até 24 meses, com salário limitado a
1,5 salário mínimo (R$ 1.567,50).
A primeira versão do relatório já previa que essa
modalidade de contratação valha também para pessoas
com mais de 55 anos, desde que desempregadas a mais
de 1 ano.
Perda de receita
Aureo voltou a reforçar que a perda de arrecadação
decorrente do caráter facultativo da cobrança não
deverá comprometer as contratações, uma vez que já
existe uma reserva orçamentária de R$ 1,5 bilhão
para a execução do programa neste ano.
“Durante a discussão do orçamento de 2021, ou nós
confirmamos a origem [contribuição obrigatória sobre
o seguro-desemprego] ou vamos buscar outras fontes”,
disse o relator, pontuando que o orçamento
impositivo já permite que parlamentares destinem
recursos para financiar programas de governo.
Ainda sobre a contribuição previdenciária de
desempregados, Aureo destacou que o novo texto
define a alíquota em 7,5%. Antes, a contribuição
poderia variar entre 7,5% e 14%, conforme a renda do
trabalhador.
Substituição de mão de obra
Outro ponto destacado pelo relator recupera a redação
original da medida provisória para impedir que o
trabalhador já empregado seja dispensado e
recontratado pelo mesmo empregador, na modalidade
Verde e Amarelo, pelo prazo de 180 dias. “Essa trava
é para que não haja qualquer tipo de esperteza [do
empregador], com vistas a promover a substituição de
mão de obra”, observou.
Ao retirar a trava na primeira versão do relatório,
Aureo pretendia aumentar as chances de readmissão de
trabalhadores demitidos, mas voltou atrás para
evitar que as empresas usem a medida apenas para
pagar menos.
Para incentivar as admissões, o Contrato Verde e
Amarelo concede ao empregador diversos incentivos
tributários, que reduzem o custo da contração –
redução na alíquota de contribuição para o FGTS (de
8% para 2%), redução de 40% para 20% da multa em
caso de demissão, isenção da contribuição
previdenciária patronal e do salário-educação.
Acidente de trabalho
O relator também detalhou que o trabalhador acidentado
durante o trajeto de casa para o trabalho será
amparado pela Previdência Social, embora o acidente
não deva mais ser considerado “acidente de
trabalho”. Segundo ele, isso infla as estatísticas
de maneira artificial. Só será considerado acidente
de trabalho se o trabalhador estiver em um
transporte fornecido pela empresa:
“Mesmo desenquadrando o trajeto da figura
tradicional do acidente de trabalho, ele passa a
contar - diferentemente do que estava no texto da
medida provisória - com toda a cobertura
previdenciária. Então o acidentado no trajeto conta
com o auxílio-doença e uma eventual aposentadoria
por invalidez como se fosse um acidente classificado
no modelo anterior. Ou seja, não há perda pecuniária
de nenhuma espécie para o acidentado nessa
circunstância.”
Fonte: Agência Câmara
05/03/2020 -
Crise e retrocessos jogam 3 milhões de brasileiros
na extrema pobreza
Contingente da população extremamente pobre
aumentou em 71,8% no período de 2014 a 2018
A renda dos 5% mais pobres no Brasil caiu 39% entre
2014 e 2018. Como consequência, o contingente da
população em extrema pobreza aumentou em 71,8% nesse
período, com inclusão de 3,4 milhões de novos pobres
extremos. As informações são do FGV Social, da
Fundação Getúlio Vargas, que atribui esses dados à
crise econômica e a desajustes no programa Bolsa
Família. Em 2019, houve redução no número de
beneficiários e aumento na fila das famílias que
buscam o programa.
Segundo Marcelo Neri, diretor do FGV Social, as
mudanças no Bolsa Família nos últimos cinco anos
significaram um ajuste fiscal nos ombros dos mais
pobres que quase não contribuiu para a questão
fiscal e ainda desprotegeu os brasileiros mais
vulneráveis durante um período de crise econômica.
Os dados foram apresentados nesta terça-feira (3),
em reunião da comissão especial que analisa o
projeto que reformula os benefícios financeiros do
Bolsa Família (PL 6072/2019), de autoria da deputada
Tabata Amaral (PDT-SP) e de outros 57 deputados.
Depois de analisada pela comissão especial, a
proposta será votada pelo Plenário da Câmara.
Apresentado no contexto da agenda legislativa para o
desenvolvimento social, o projeto assegura a
atualização monetária anual dos valores dos recursos
pagos para caracterização de situação de pobreza e
de extrema pobreza pelo INPC (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor). Atualmente, o reajuste
depende de decisão do Executivo. A proposta também
amplia os condicionantes de frequência escolar
previstos para garantir o direito à assistência.
Nenhum representante do governo esteve presente na
audiência desta terça, apesar de o requerimento
prever convite de representantes dos ministérios da
Cidadania e da Economia. Além disso, nenhum
parlamentar alinhado ao governo esteve presente
nesse primeiro debate.
O governo federal tem dito que vai reformular o
Bolsa Família, porém não precisou quando isso será
feito. Em janeiro, o porta-voz da Presidência da
República, Otávio Rêgo Barros, confirmou que um novo
nome para o programa está em estudo e disse que
ideia a é privilegiar o mérito. A gestão do programa
está sob responsabilidade do Ministério da
Cidadania, hoje comandado pelo ministro Onyx
Lorenzoni.
Criado em 2003, o Bolsa Família é o maior programa
de transferência de renda do mundo, com atendimento
de pouco mais de 40 milhões de pessoas. Focado em
crianças e famílias abaixo das linhas de extrema
pobreza e pobreza estimadas pelo governo, o
benefício é oferecido através de um cartão magnético
em posse das mães e/ou mulheres da família em 90%
dos casos.
O valor de elegibilidade inicial ao benefício
básico, hoje em R$ 89 por pessoa, é bem próximo da
linha mais baixa de pobreza das metas do milênio da
ONU – no valor de US$ 1,25 por dia, ajustado por
paridade de poder de compra que serviu de inspiração
na adoção da linha oficial de pobreza e dos
critérios do Bolsa Família em 2011.
Fonte: Portal Vermelho
05/03/2020 -
TRT-3 descarta vínculo de emprego entre estilista e
grupo de confecções
A CLT é clara ao prever que o vínculo de emprego só
existe quando simultaneamente preenchidos os
requisitos de pessoalidade, não eventualidade,
onerosidade e subordinação.
Foi com base nesse entendimento que a 9ª Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região descartou
vínculo empregatício entre estilista e grupo de
confecções baseado em Belo Horizonte (MG). A decisão
é de 18 de dezembro.
De acordo com os autos, o contrato entre as partes
previa apenas a prestação de serviços pelo prazo de
um ano. O valor total seria pago em 12 parcelas de
R$ 5.412,00.
“A cláusula contratual em análise demonstra que a
reclamante foi contratada para a execução de serviço
certo e determinado, e que a remuneração mensal
auferida por ela não se tratava de salário, mas sim,
de parcelas do montante total acertado para a
criação das coleções pela reclamante”, afirma a
decisão. O relator do caso foi o juiz convocado
Ricardo Marcelo Silva.
O magistrado também ressaltou que a contratação se
deu de maneira autônoma, sem qualquer subordinação
jurídica. Para ele, esse é um fato evidenciado por
trocas de mensagens que mostram que a contratada
possuía ampla autonomia na prestação dos serviços.
“Os documentos colacionados aos autos demonstram que
a reclamante não se sujeitava a ordens e
fiscalização da empresa, organizando livremente a
execução de seu trabalho”, diz.
0010304-79.2019.5.03.0003
Fonte: Consultor Jurídico
05/03/2020 -
Hora noturna maior que prevista pode ser compensada
com aumento do adicional
A 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho excluiu
da condenação imposta à Spaipa (Coca-Cola) o
pagamento de diferenças de adicional noturno. Para o
colegiado, é válida a norma coletiva que estabelece
a hora noturna de 60 minutos mediante aumento do
percentual do adicional noturno.
De acordo com o artigo 73 da CLT, considera-se
noturno o trabalho executado entre 22h de um dia e
5h do dia seguinte. Neste período, o trabalhador tem
direito ao adicional de 20%, e a hora de trabalho é
de 52min30s.
Os acordos coletivos da Spaipa preveem que o
adicional noturno corresponde a 40% sobre o valor da
hora normal,e a hora noturna é considerada como de
60 minutos.
Diferenças
O pedido de pagamento das diferenças entre a hora
prevista na CLT e a praticada pela empresa foi
indeferido pelo juízo de primeiro grau, mas o
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR)
reformou a sentença.
Para o TRT, a norma coletiva que não observa a hora
noturna reduzida prevista na CLT é inválida.
Contrapartida
O relator do recurso de revista, ministro Walmir
Oliveira da Costa, entendeu não houve, no caso, mera
supressão do direito do empregado à hora noturna
reduzida, situação que, de fato, lhe causaria
prejuízo. "Houve, em contrapartida, a concessão de
vantagem compensatória, pois a hora noturna foi
remunerada com percentual superior ao de 20%",
observou.
Ele destacou ainda que a jurisprudência do TST
admite a possibilidade de extinção da hora ficta
noturna por norma coletiva, desde que haja a
majoração do adicional noturno em contrapartida. A
decisão foi unânime. Com informações da assessoria
de imprensa do TST.
RR-1020-96.2012.5.09.0012
Fonte: Consultor Jurídico
04/03/2020 -
Dieese: “A reforma trabalhista sem fim e a ‘bolsa
Patrão’ do Contrato Verde e Amarelo”
O Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioecômicos) elaborou a
Nota Técnica # 221,
de fevereiro de 2020, em que a entidade analisa a MP
(Medida Provisória) 905/19, que, entre outras
alterações na CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) propõe novo contrato de trabalho para
incorporar jovens entre 18 e 29 anos no mercado de
trabalho.
O relator, em seu substitutivo, ampliou a idade de
contratação para 55 anos, no caso de desempregado
que esteja sem vínculos formais de trabalho há mais
de 12 meses.
A proposta está na pauta da comissão mista do
Congresso para votação nesta quarta-feira (4).
“A Medida Provisória 905, de 2019, em discussão na
comissão mista do Congresso Nacional, traz ainda
mais mudanças na legislação trabalhista. A reforma,
que começou em 2017, com as leis 13.467 [Reforma
Trabalhista] e 13.429 (Terceirização), e prosseguiu
com a MP da liberdade econômica, convertida na Lei
13.874/19, parece nunca ter fim”, chama a atenção a
NT.
O relator, deputado Christino Aureo (PP-RJ),
apresentou texto alternativo à MP, com série de
alterações no original. Entre outras mudanças, o
substitutivo amplia o Programa Carteira Verde e
Amarela para incluir os trabalhadores com 55 anos ou
mais, que estejam sem vínculo formal de emprego há
mais de 12 meses.
Ademais, o relator, no seu PLV propôs ampliar para
25% o total de trabalhadores da empresa que poderão
ser sujeitos à Carteira Verde e Amarela. Antes era
até 20%.
Nessa modalidade de contratação, isto é, por meio do
“Contrato de Trabalho Verde e Amarelo”, a
remuneração de contratação não pode superar 1
salário mínimo e meio mensal — R$ 1.567,50,
atualmente — por 2 anos.
É importante destacar que a característica da
precarização da relação de trabalho permanece e
aprofunda essa nova modalidade de contratação por
meio do CTVA:
1) reduz-se o depósito do FGTS de 8% para 2%;
2) reduz a multa rescisória de 40% para 20%;
3) permite diluir o 13º salário e o terço de férias
em 12 parcelas; e
4) reduz de 30% para 5% o adicional de
periculosidade, sempre por meio de acordo
individual.
De fato é uma verdadeira “bolsa patrão”!
Os acordos individuais, por óbvio, no contexto do
CTVA, excluem os sindicatos, cujo propósito patronal
é enfraquecer a organização sindical tirando a
influência sindical do processo, com o fito de
destruí-lo.
Fonte: Diap
04/03/2020 -
Flávio Dino defende em debate frente popular de
democrática
Trabalhadores de mais de 40 categorias profissionais
lotaram o auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de
São Paulo durante palestra de Flávio Dino,
governador do Maranhão (PCdoB). Ele abriu o ciclo “O
Brasil que queremos”, pelo qual a Força Sindical
debaterá com personalidades da política e da
economia meios de somar forças em defesa da
democracia e em busca da retomada do
desenvolvimento.
Flávio Dino foi advogado trabalhista, atuou também
na Magistratura e governa o Estado pela segunda vez.
Seu governo investe pesado na Educação, na contramão
do modelo neoliberal. “Já construímos 900 escolas e
pagamos o maior Piso para o professor no País.
Falavam que quebraríamos o Estado, mas isso não
aconteceu”, disse na mesa com a presença da Força
Sindical, CUT, CTB, Nova Central, CSB, CGTB,
Federações e Sindicatos.
Democracia - O governador maranhense aponta
riscos à democracia e defende frente ampla, “antes e
independentemente do processo eleitoral”. Para Dino,
o governo Bolsonaro ameaça as conquistas
democráticas e tenta impor um governo fechado em seu
círculo pessoal e familiar. “Quando da ditadura, foi
a formação de uma frente ampla e popular que nos
ajudou a reconquistar a democracia e, depois, muitos
direitos trabalhistas e sociais”, afirma.
Enquanto governador da região Nordeste, onde têm
havido movimentos de policiais armados, Dino põe o
dedo na ferida e critica Bolsonaro: “O presidente da
República, infelizmente, alimenta motins contra a
legalidade, ainda que pra isso se apoie em policiais
militares insubordinados e setores milicianos”.
Direitos - Para Flávio Dino, o retorno das
forças progressistas ao governo central recolocará
na agenda a questão trabalhista. “Essa reforma
trabalhista e sindical precisa ser revogada”,
defende. O governador voltou a reforçar o papel do
sindicalismo. Ele diz: "Sindicato forte protege o
trabalho e melhora a renda do trabalhador”.
Estado - Uma Nação não para em pé sem Estado
forte e organizado. “Hoje, um norte-americano
portador do coronavírus gastará de cinco e seis mil
dólares pra se tratar. No Brasil, é sem custo,
porque o SUS, mantido pelo Estado, garante o
tratamento”, comenta.
Centrais - Miguel Torres, presidente da Força
Sindical, anunciou a continuidade dos debates e
enfatizou a defesa do regime democrático. Já Antônio
Neto, da CSB, lamentou a fragilidade da economia
nacional, especialmente da indústria. “A CNI corre o
risco de se chamar Confederação Nacional dos
Importadores”, ironizou.
Fonte: Agência Sindical
04/03/2020 -
PT pede à PGR afastamento de general Augusto Heleno
A bancada do PT na Câmara denunciou nesta
terça-feira (3) o ministro do Gabinete de Segurança
Institucional, general Augusto Heleno, por crime de
responsabilidade em razão dos ataques do ministro ao
Congresso Nacional.
“É inconteste, nesse diapasão, que as condutas
adotadas pelo Ministro Augusto Heleno, quando veio à
baila o conteúdo de suas declarações, além demandar
o necessário aprofundamento, o que se espera quando
da análise desta demanda pelo Supremo Tribunal
Federal, inclusive na perspectiva de apuração de
crimes comuns, pois é o que revelam os diversos
comportamentos contrários à Lei e à Constituição”,
diz trecho da representação.
Os parlamentares destacam o seguinte trecho como o
mais grave da declaração: “Nós não podemos aceitar
esses caras chantagearem a gente o tempo todo.
Foda-se”. “Esses caras” seriam a Câmara e o Senado.
“Insurgindo-se contra um dos poderes da República,
propalando, de igual forma, que outros o façam,
comete o ministro, por suas declarações e atos,
crime de responsabilidade”, diz ainda a denúncia
apresentada pela bancada do PT.
As declarações, proferidas dia 18 de fevereiro, são
qualificadas ainda como “graves e estapafúrdias”.
Fonte: RevistaForum
04/03/2020 -
Contribuições mais altas reforçam perfil neoliberal
da reforma da Previdência
As novas alíquotas de contribuição à Previdência
Social entraram em vigor domingo, dia 1º. Com isso,
o contracheque deste mês virá com descontos
diferentes, tanto para trabalhadores do setor
privado (vinculados ao INSS), quanto para servidores
públicos federais.
Os descontos variam conforme o salário. Se quem
ganha menos tende a pagar um pouco menos que antes,
a mordida vai aumentar significativamente à medida
que o salário subir.
As contribuições passam a ser progressivas. Quanto
maior a remuneração, maior a alíquota nominal.
No caso do INSS, a menor taxa, de 7,5%, é a que
incide sobre quem ganha até um salário mínimo (R$
1.045,00). A maior, de 14%, é cobrada sobre a fatia
da remuneração que vai de R$ 3.134,41 até o teto de
contribuição, que é de R$ 6.106,06.
A progressividade também vale para os servidores
federais. Os que ingressaram de 2013 em diante
seguem a mesma tabela de alíquotas. Já para os mais
antigos, que contribuem sobre o total do salário, o
desconto começa igual, mas tem mais alíquotas - e
bem maiores - para quem ganha acima do teto do INSS.
O desconto pode chegar a 22% do salário.
Até fevereiro, não havia alíquota progressiva. Para
a Previdência, havia um desconto de 8% para quem
ganhasse até R$ 1.830,29; de 9% para renda entre R$
1.830,30 e R$ 3.050,52; e de 11% para salários de R$
3.050,53 até o teto de R$ 6.101,06. No caso dos
servidores federais, a alíquota era sempre de 11%.
Diap - Apesar de ainda estar analisando os
efeitos da mudança, o Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar avalia que as novas regras
seguem o receituário neoliberal da reforma da
Previdência. Ou seja, visam elevar o montante
arrecadado via contribuições dos segurados, enquanto
reduz a despesa vinculada à concessão de benefícios.
“O governo poderia ter buscado outros mecanismos pra
reforçar o caixa da Previdência, reduzindo o suposto
déficit. Mas preferiu jogar o peso nas costas do
trabalhador, que vai pagar mais e receber menos
quando for acessar o benefício da aposentadoria”,
aponta o analista político do Diap, Neuriberg Dias
do Rêgo.
A mudança estava prevista na reforma, aprovada pelo
Congresso em outubro, que implicou perda de direitos
previdenciários e diversos outros prejuízos à classe
trabalhadora.
Fonte: Agência Sindical
04/03/2020 -
Partidos reafirmam unidade contra agenda
antidemocrática de Bolsonaro
Oito partidos definiram uma pauta conjunta no
Congresso em defesa do país, contra o governo
neoliberal e o apoio aos movimentos sociais
O PCdoB, PT, PSB, PDT, Psol, Rede, PV e Unidade
Popular assinaram documento nesta terça-feira (03),
em reunião na sede do PSB, em Brasília, reafirmando
a unidade das forças progressistas para resistir à
agenda neoliberal e antidemocrática de Jair
Bolsonaro.
No documento, as siglas dizem que a situação do país
é uma das mais grave e o presidente Bolsonaro
sistematicamente afronta as instituições e a
Constituição.
Segundo os partidos, as condições de vida da
população são cada vez piores e não tem respostas do
governo para os maiores problemas do povo.
Diante dessa situação, eles decidiram uma pauta em
comum no Congresso e apoio as séries de
manifestações em curso pelo país a favor da
democracia, do serviço público e da educação.
UNIDADE EM DEFESA DA DEMOCRACIA, DOS DIREITOS E
DO PAÍS
A situação política, econômica e social do país é
cada dia mais grave. O presidente da República
afronta sistematicamente a Constituição e a
Democracia. Atua para desestabilizar as
instituições, ao apoiar manifestações contra o
Congresso e o STF e ao incitar ações políticas e
ilegais nas polícias militares.
A economia continua estagnada. A política de
austeridade voltada aos interesses do sistema
financeiro drena recursos da sociedade. O real se
desvaloriza, não há investimentos públicos nem
privados, as projeções do PIB são minguantes.
A vida do povo piora com os cortes nos programas de
proteção social. Milhões aguardam na fila do Bolsa
Família e da Previdência. Não há resposta eficaz
para o desemprego. O trabalho é cada vez mais
informal e precário. A fome voltou a atormentar as
famílias.
Diante deste acúmulo de crises, que compromete o
desenvolvimento do país, sacrifica a vida do povo e
ameaça a própria democracia, os partidos políticos
que assinam esta nota decidem:
1) Resistir à agenda neoliberal, de destruição dos
direitos do povo e do estado brasileiro;
2) Definir uma pauta de atuação conjunta no
Congresso Nacional em defesa do país;
3) Apoiar, incentivar e participar dos atos e
manifestações dos movimentos sociais, sindicais e
populares convocados para os dias 8 (Dia
Internacional da Mulher), 14 (2 anos do assassinato
de Marielle e Anderson) e 18 de março (Em Defesa da
Educação do Serviço Publico);
4) Fortalecer o fórum permanente dos partidos de
oposição para avaliar a conjuntura e definir ações e
manifestações conjuntas;
5) Construir atos nacionais unificados em defesa dos
direitos do povo, da democracia e da soberania, com
todas as forças democráticas;
6) Construir uma política unificada de comunicação,
fortalecendo a presença nas redes sociais.
BRASÍLIA, 3 de março de 2020
Partido dos Trabalhadores
Partido Socialista Brasileiro
Partido Democrático Trabalhista
Partido Socialismo e Liberdade
Partido Comunista do Brasil
Rede Sustentabilidade
Partido Verde
Unidade Popular
Fonte: Portal Vermelho
04/03/2020 -
Comissão da Reforma Tributária começa seus trabalhos
nesta quarta-feira
A Comissão Mista da Reforma Tributária vai começar
seus trabalhos nesta quarta-feira (4). A reunião de
instalação está marcada para as 14h30, na sala 19 da
Ala Alexandre Costa.
Criada em uma solenidade na Presidência do Senado no
dia 19, a comissão será composta por 25 senadores e
25 deputados. Para elaborar sua proposta de reforma
tributária, os parlamentares terão como base as
propostas de emenda à Constituição sobre o tema que
tramitam na Câmara (PEC 45/2019) e no Senado (PEC
110/2019). Além disso, o governo também deve enviar
uma proposta para o Congresso.
O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) é o presidente da
comissão, que tem o deputado Aguinaldo Ribeiro
(PP-PB) como relator. Roberto Rocha disse trabalhar
com um prazo de 45 dias para a apresentação de uma
proposta. A ideia dos parlamentares é apresentar um
sistema tributário mais racional e menos
burocrático. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre,
disse esperar que a comissão trabalhe em um texto
consensual.
— Tenho certeza de que esses 50 membros vão fazer
uma redação que concilie o Brasil e fortaleça o
empreendedorismo, gerando empregos e riqueza. É uma
reforma aguardada há décadas pelos brasileiros, com
desburocratização, com simplificação. É a
possibilidade, de fato, de dar segurança jurídica e
tranquilidade aos empreendedores — destacou Davi.
Fonte: Agência Senado
04/03/2020 -
Norma coletiva pode prever vale alimentação
diferenciado a empregados
É válida a norma coletiva que estabelece valores
diferenciados de tíquete-alimentação em relação ao
local de serviço prestado ou do tomador de serviço.
A decisão é da 1ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho ao afastar decisão que havia condenado a
MGS Minas Gerais Administração e Serviços — empresa
estatal que presta serviços de terceirizados para o
próprio Executivo e para outros órgãos públicos — a
pagar diferenças de valores de tíquete-alimentação a
uma advogada que prestava serviços a órgãos
públicos.
Contratada por meio de concurso em 2008 pela MGS, a
advogada atuou na área jurídica da Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e do
Instituto de Previdência do Servidor Militar (IPSM).
Na reclamação trabalhista, ela relatou que, meses
depois da admissão, os empregados da sede
administrativa da MGS passaram a receber o tíquete
de R$ 10, enquanto os que prestavam serviços a
outros órgãos continuaram com o valor de R$ 5.
Segundo ela, a condição mais benéfica deveria ser
estendida a todos.
Na contestação, a empresa afirmou que foi observado
o valor mínimo do tíquete pactuado nas convenções
coletivas de trabalho e nos contratos firmados com
os diversos tomadores de serviço. Segundo a MGS, o
fato de a advogada e os empregados da sede não
trabalharem para o mesmo tomador inviabilizaria a
isonomia pretendida por ela.
O pedido de diferenças foi deferido pelo Tribunal
Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), que declarou
a invalidade da norma coletiva que previa o
pagamento diferenciado do benefício.
O relator do recurso de revista da empresa, ministro
Walmir Oliveira da Costa, observou que a
Constituição da República (artigo 7º, inciso XXVI)
assegura o reconhecimento das convenções e dos
acordos coletivos, de forma a estimular a negociação
de melhores condições e de normas pelos sindicatos
patronal e profissional. Lembrou, ainda, que o
pagamento de tíquete-alimentação não está previsto
em lei nem configura direito indisponível dos
trabalhadores.
Segundo o relator, a jurisprudência do TST sobre o
tema reconhece a validade das cláusulas normativas
que determinam o pagamento de valores diferenciados
a título de auxílio-alimentação conforme o pactuado
com os tomadores de serviço, sem que isso
caracterize ofensa aos princípios da isonomia e da
não discriminação. A decisão foi unânime. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TST.
RR-156-59.2013.5.03.0022
Fonte: Consultor Jurídico
03/03/2020 -
Bolsonaro é presidente com mais decretos e MPs
questionados no STF
Em 2019, 30 ações questionaram atos de Jair
Bolsonaro no STF. Levantamento considera os
primeiros anos de governo desde 2001, quando
passaram a vigorar as atuais regras para a edição de
MPs
Jair Bolsonaro é o presidente que, nos últimos 20
anos, teve mais decretos e medidas provisórias
questionados no Supremo Tribunal Federal (STF) no
primeiro ano de mandato.
Levantamento publicado no portal G1 indica que
Bolsonaro assinou 537 decretos e 48 medidas
provisórias em 2019, que geraram 30 ações no Supremo
para questionar a constitucionalidade das normas.
Foram seis MPs questionadas em 16 ações e cinco
decretos em outras 14.
Para especialistas, os dados mostram que Bolsonaro
tem mais dificuldade nas relações com o Congresso do
que as gestões anteriores. O Planalto não quis
comentar – veja mais abaixo o que disseram juristas
e cientistas políticos.
Conforme especialistas, Bolsonaro utiliza a
estratégia de assinar decretos para evitar que os
textos sejam alterados após debates no Congresso.
Fonte: Brasil247
03/03/2020 -
Homenageado em Paris, Lula diz que governo Bolsonaro
é uma ameaça ao planeta
Cidadão honorário de Paris, o ex-presidente Lula
bateu duro em Jair Bolsonaro e denunciou as
"políticas irresponsáveis e criminosas de um governo
que ameaça o planeta"
"É meu dever falar em nome de milhões de famílias de
agricultores, das populações que vivem à margem dos
rios e nas florestas, dos indígenas e dos povos da
Amazônia, para denunciar a deliberada destruição das
fontes de vida em nosso país, por causa das
políticas irresponsáveis e criminosas de um governo
que ameaça o planeta", disse o ex-presidente Lula,
ao receber o título de cidadão honorário de Paris,
depois de passar 580 dias como preso político no
Brasil.
"O que está ocorrendo no Brasil é o resultado de um
processo de enfraquecimento do processo democrático,
estimulado pela ganância de uns poucos e por um
desprezo mesquinho pelos direitos do povo; desprezo
que tem raízes profundas, fincadas em 350 anos de
escravagismo", afirmou ainda o ex-presidente.
Fonte: Brasil247
03/03/2020 -
Publicada MP que libera contratação de servidores
aposentados
Está publicada no Diário Oficial da União (DOU)
desta segunda-feira (2) a Medida Provisória
922/2020, que permite a contratação temporária de
servidores civis federais aposentados pelos órgãos
da administração federal. A MP autoriza esse tipo de
contratação para diversas áreas do serviço público.
Entre as áreas, a medida contempla projetos
temporários no setor industrial ou a encargos
temporários de obras e serviços de engenharia;
projetos de cooperação com prazo determinado,
implementados por meio de acordos internacionais; e
ações preventivas temporárias com o objetivo de
conter situações de grave e iminente risco à
sociedade que possam ocasionar incidentes de
calamidade pública ou danos e crimes ambientais,
humanitários ou à saúde pública. Também está
prevista a contratação de professores substitutos,
bem como para suprir demandas excepcionais para
aperfeiçoamento de médicos na área de atenção básica
em saúde em regiões prioritárias para o Sistema
Único de Saúde (SUS).
O recrutamento do pessoal será feito por meio de
processo seletivo simplificado, na forma
estabelecida em edital. Segundo a MP, esse processo
seletivo será dispensado nos casos de contratação
para atender às necessidades decorrentes de
calamidade pública, emergência em saúde pública,
emergência e crime ambiental, emergência humanitária
e situações de iminente risco à sociedade.
Como tem força de lei, a MP já está valendo. No
entanto, para ser incorporada à legislação nacional
em definitivo, o texto ainda precisa ser analisado
por uma comissão parlamentar mista e votada nos
plenários do Senado e da Câmara num prazo de até 120
dias.
Fonte: Agência Senado
03/03/2020 -
Sindicato realiza orientações sobre a revisão da
vida inteira
O Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos
está orientando todos os cidadãos sobre a "Revisão
da Vida Inteira", ação que considera as
contribuições anteriores a 1994, podendo dobrar o
valor da sua aposentadoria.
Os atendimentos acontecem na sede nacional do
Sindicato, em São Paulo (Rua do Carmo, 171, centro
de São Paulo - próximo ao Poupatempo Sé), de terça a
sexta, das 7h30 às 13 horas. Aos sábados, das 9 às
16 horas.
Documentos Necessários para orientação:
1) cópia simples do RG;
2) cópia simples do CPF;
3) cópia do comprovante de residência atualizado
(últimos 3 meses) e que apresente o CEP da
residência, preferencialmente conta de água, luz ou
gás;
4) Carta de Concessão com Memória de Cálculo;
5) Cópia simples das Carteiras de Trabalho (CTPS);
6) Senha do MEU INSS para solicitação de processo
administrativo e CNIS (Cadastro de Informações
Sociais) de vínculo e remuneração.
As orientações são gratuitas e também serão
realizadas a pessoas que não são sócias, por isso,
caso conheça algum amigo ou amiga que necessite de
análise para a revisão da vida inteira, convide-o
para ir ao Sindnapi.
Fonte: Mundo Sindical
03/03/2020 -
Não cabe indenização se acidente de trabalho ocorre
por culpa da vítima
Se acidentar durante o trabalho, ainda que de forma
mortal, não gera indenização se a culpa pelo
acontecimento for exclusivamente da vítima.
Foi com base nesse entendimento que a 1ª Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região decidiu
que a mãe de uma funcionária que morreu durante
viagem de trabalho não tem direito a receber
indenização por danos morais e materiais.
Segundo o boletim de ocorrência, o mulher viajava de
Goiânia (GO) a Uberlândia (MG) quando perdeu o
controle do carro e colidiu com outro veículo.
Os autos apontam ainda que a funcionária dirigia em
velocidade incompatível com a via. "Assim, o
contexto probatório dos autos indica que o acidente
foi causado por culpa exclusiva da vítima, não
havendo como se responsabilizar a empregadora por
esse infortúnio", afirma o desembargador Aldon do
Vale Alves Taglialegna, relator do caso.
Segundo a decisão, a empresa demonstrou que a
revisão do veículo conduzido pela empregada estava
em dia, tendo sido realizada pouco mais de um mês
antes do acidente.
Em primeira instância, a empresa havia sido
condenada a indenizar a mãe da funcionária. Com a
revisão, a autora do processo deverá pagar cerca de
R$ 181 mil em honorários, correspondente a 5% do
valor da causa, que era de mais de R$ 3 milhões.
A defesa foi feita pelo advogado Rafael Lara
Martins.
0010954-40.2018.5.18.0005
Fonte: Consultor Jurídico
03/03/2020 -
Mercado financeiro reduz estimativa de crescimento
da economia em 2020
A estimativa para a expansão do Produto Interno
Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país – caiu de 2,20% para 2,17% em
2020.
A informação consta do boletim Focus, pesquisa
semanal do Banco Central (BC), que traz as projeções
de instituições financeiras para os principais
indicadores econômicos. Ele é divulgado às
segundas-feiras, em Brasília.
Já as previsões do mercado para o PIB dos anos
seguintes, 2021, 2022 e 2023, continuam em 2,50%.
De acordo com o boletim do BC, a cotação do dólar
deve fechar o ano em R$ 4,20. Para 2021, a
expectativa é que a moeda americana continue no
patamar alto e encerre o ano em R$ 4,15.
Fonte: Agência Brasil
03/03/2020 -
Supremo Tribunal Federal vai rever índice sobre
débitos trabalhistas
Voltou a ficar incerta a correção a ser aplicada
pela Justiça aos débitos trabalhistas. A situação
decorre de decisão do ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal, para quem a Justiça do
Trabalho não pode adotar o IPCA-E - Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo.
Até 2015, adotava-se a TR, acrescida de juros de 12%
ao ano. Em 2016, a TR foi derrubada pelo Tribunal
Superior do Trabalho. A decisão do ministro Gilmar
Mendes mantém a insegurança jurídica sobre a
matéria, que tende a ser resolvida em 14 de maio,
quando o STF deverá analisar a constitucionalidade
da TR.
Para advogados de empresas, a adoção da TR é mais
vantajosa ao empregador. Os advogados entendem que o
IPCA-E se aplica a matérias tributárias.
Fonte: Jornal Valor Econômico
02/03/2020 -
Nota das Centrais: Exigimos providências para
resguardar o Estado de Direito
Na noite da terça feira de carnaval, 25 de
fevereiro, a sociedade brasileira recebeu com
espanto a notícia de que o Presidente da República,
eleito democraticamente pelo voto em outubro de
2018, assim como governadores, deputados e
senadores, disparou em seu Whatsapp convocatória
para uma manifestação contra o Congresso Nacional e
o Supremo Tribunal Federal a ser realizada em todo
país no dia 15 de março próximo.
Com esse ato, mais uma vez, o Presidente ignora a
responsabilidade do cargo que ocupa pelo voto e age,
deliberadamente, de má fé, apostando em um golpe
contra democracia, a liberdade, a Constituição, a
Nação e as Instituições.
Não há atitude banal, descuidada e de “cunho
pessoal” de um Presidente. Seus atos devem sempre
representar a Nação e, se assim não o faz, comete
crime de responsabilidade com suas consequências.
Ressaltamos que segundo o Art. 85 da Constituição
Federal:
“São crimes de responsabilidade os atos do
Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra: II -
o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder
Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação”.
A nação brasileira deve repudiar a enorme
insegurança política que fere a liberdade, os
direitos dos cidadãos, que trava a retomada do
crescimento e, por consequência, alimenta o
desemprego e da pobreza.
Precisamos ultrapassar essa fase de bate-bocas nas
redes sociais e de manifestações oficiais de repúdio
aos descalabros do Presidente.
Não podemos deixar que os recorrentes ataques à
nossa democracia e à estabilidade social
conquistadas após o fim da ditadura militar e,
sobretudo, desde a Constituição Cidadã de 1988,
tornem-se a nova normalidade.
Diante desse escandaloso fato, as Centrais Sindicais
consideram urgente que o Supremo Tribunal Federal e
o Congresso Nacional se posicionem e encaminhem as
providências legais e necessárias, antes que seja
tarde demais.
Do mesmo modo, conclamamos a máxima unidade de todas
as forças sociais na defesa intransigente da
liberdade, das instituições e do Estado Democrático
de Direito.
São Paulo, 26 de fevereiro de 2020
Sergio Nobre, presidente da CUT (Central
única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União
Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central
de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Calixto Ramos, presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central de
Sindicatos do Brasil)
Fonte: NCST
02/03/2020 -
Centrais definem ações em defesa da democracia e
geração de empregos
Nove Centrais Sindicais se reuniram nesta quinta
(27) no Dieese, em SP, pra avaliar a conjuntura
nacional e organizar calendário de ações.
Participaram presidentes e coordenadores da CUT,
Força, CTB, CSB, CGTB, Nova Central, UGT, Conlutas e
Intersindical. Segundo Wagner Gomes,
secretário-geral da CTB, a ideia é reforçar os atos
convocados para dos dias 8 (Mulher) e 18 de março,
quando ocorrerá ato nacional dos Servidores
públicos.
Segundo Wagner, a intenção é que o 18 de março seja
um dia de mobilizações nos locais de trabalho,
paralisações e atos em Capitais e outras cidades do
País. “Pretendemos uma forte manifestação em defesa
do serviço público, emprego e da democracia. É
importante a participação de todas as categorias
profissionais”, diz.
O dirigente cetebista critica as medidas do governo
Bolsonaro, que, ele avalia, “só retiram direitos dos
trabalhadores, e não impulsionam a economia, sem
falar que o patrimônio nacional é colocado à venda
para estrangeiros a preço de banana”.
Instituições - Também presente à reunião,
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, afirma:
“As Centrais defendem a democracia e as
instituições. Mas também temos nossa pauta pela
retomada do crescimento e políticas governamentais
efetivas pra reduzir o desemprego, acabar com as
filas no INSS e a fim de garantir acesso ao
Bolsa-Família”.
Quanto ao protesto marcado para o dia 18, Miguel
Torres orienta que cada entidade atue junto à sua
base, com atos, concentrações e protestos.
Fonte: Agência Sindical
02/03/2020 -
MP do Contrato Verde e Amarelo deve ser votada nesta
terça
A comissão mista que analisa a medida provisória do
Contrato Verde e Amarelo (MP 905/19) se reúne nesta
terça-feira (3) para discutir e votar o relatório do
deputado Christino Aureo (PP-RJ).
O deputado fez várias modificações no texto, mas
avisou que ainda deve apresentar um texto
complementar.
O Contrato Verde e Amarelo tem o objetivo de
facilitar o emprego de jovens entre 18 e 29 anos e,
com as mudanças feitas pelo relator, também as
pessoas com mais de 55 anos que estiverem
desempregadas há um ano ou mais.
“Pessoas mais experientes com mais jovens tendem a
contribuir para formar nas empresas uma cultura
adequada, um respeito mútuo. Ao mesmo tempo resolve
os dois principais problemas do mercado: jovens que
precisam ingressar e pessoas de mais idade que,
permanecendo mais tempo sem vínculo, vão cada vez
mais se distanciando dessa oportunidade e virando em
vez de um contribuinte da Previdência, virando um
cliente possível para o BPC", explicou Aureo.
O BPC é um benefício de um salário mínimo que não
depende de contribuição para a Previdência, mas é
pago somente a idosos e pessoas com deficiência que
comprovem renda mais baixa.
Incentivos
A medida prevê incentivos tributários a empregadores
que criarem novos postos de trabalho para esses
públicos.
Esses contratos poderão ter duração de até 2 anos e
remuneração máxima de 1 salário mínimo e meio, ou R$
1.567,50. E o trabalhador terá uma redução dos
direitos garantidos na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT).
Críticas
A medida provisória mexe com quase 100 artigos da CLT
e, por isso, sofre críticas de vários setores.
O deputado Rogério Correia (PT-MG) afirma que a
oposição vai fazer essas críticas, mas vai focar no
próprio Contrato Verde e Amarelo. “Demonstrar que
nós não podemos ter trabalhadores que possuam menos
direitos. Eles falam que é para empregar jovens.
Ora, você pode ter um percentual obrigatório de
emprego para jovens, mantendo os mesmos direitos. É
uma emenda que nós apresentamos e que joga por terra
todo esse blá-blá-blá de que para gerar emprego tem
que tirar direito."
Um dos pontos polêmicos da medida é a ampliação do
trabalho aos domingos. O relator manteve a liberação
do trabalho aos domingos e feriados sem o pagamento
da remuneração em dobro, desde que o trabalhador
possa repousar em outro dia da semana.
A MP já está valendo, mas precisa ser votada pelo
Congresso até 20 de abril para não perder a
validade.
A votação do parecer de Aureo está marcada para as
10 horas, no plenário 3 da ala Alexandre Costa, no
Senado.
Fonte: Agência Câmara
02/03/2020 -
Mulheres preparam atos contra Bolsonaro no 8 de
março
Movimentos de mulheres e centrais sindicais preparam
atos por todo o Brasil contra o presidente Jair
Bolsonaro para o próximo 8 de março, Dia
Internacional da Mulher. Em São Paulo, a
manifestação será no Parque Mário Covas, na Avenida
Paulista, a partir das 14h.
“Mulheres contra Bolsonaro, por nossas vidas,
democracia e direitos”, diz a descrição do evento no
Facebook, que conta com mais de 2,5 mil pessoas
confirmadas e 5 mil interessadas até então.
Homenagens à vereadora assassinada no Rio de
Janeiro, Marielle Franco, também devem marcar
presença nos atos. A Marcha Mundial das Mulheres,
grupo que também faz parte da mobilização do 8 de
março, divulgou um panfleto que cita as lutas que
devem marcar as manifestações.
“Bolsonaro se elegeu criando notícias falsas e
desinformação, e com o apoio grandes empresários.
Seus discursos e ações são baseados no ódio e no
desprezo por quem vive do próprio trabalho, o povo,
classe trabalhadora. Esse ódio é racista: a
juventude negra e pobre morre todo dia pela bala do
Estado e é explorada em trabalhos precários e sem
direitos. Bolsonaro ataca e desqualifica as
mulheres, incentiva o machismo e a violência”, diz
um trecho do panfleto.
“Esse governo cortou os recursos para o Bolsa
Família e a assistência social, e quer acabar com a
saúde pública e gratuita! A cada dia, a educação
pública, as professoras e os professores são
atacados pelo governo Bolsonaro. Eles querem cortar
ainda mais o investimento em creches, pré-escolas e
ensino fundamental! Isso afetará diretamente a vida
das mulheres, que dependem da creche e ensino
infantil para poder trabalhar fora de casa. Por
isso, estamos em marcha”, continua.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) afirmou em
seu site que as manifestações também “vão destacar
as mulheres negras”, indígenas, lésbicas, bissexuais
e transgênero. Isso porque são essas as que “mais
sofrem” ataques trabalhistas.
Fonte: Revista Fórum
02/03/2020 -
STF marca julgamento da revisão do FGTS para maio
O STF (Supremo Tribunal Federal), após adiar o
julgamento da correção do FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço), que estava previsto para o dia 12
de dezembro, remarcou a sessão que pode definir a
revisão para o dia 6 de maio de 2020.
Na ocasião, os ministros do STF vão decidir se o
FGTS dos trabalhadores deve ter correção pela
inflação ou se será mantida a regra vigente no País
atualmente, que garante a atualização dos valores
pela TR (Taxa Referencial) mais 3% ao ano.
A aplicação da TR, definida desde 1991, vem trazendo
prejuízos aos trabalhadores com carteira assinada,
uma vez que, de modo geral, o índice tem ficado
zerado, o que faz com que os trabalhadores, na
prática, tenham apenas os 3% de correção ao ano, com
períodos de perda para a inflação, especialmente em
épocas de alta de preços no país.
A ADI (Ação Direita de Inconstitucionalidade) foi
encaminhada em 2014 pelo partido Solidariedade. Para
ingressar com o pedido, o partido levou em
consideração a decisão do STF que garantiu correção
da inflação nos precatórios dos governos. Segundo a
Corte, a TR é insuficiente neste caso.
Mesmo tramitando em regime de urgência, ainda não há
uma decisão final para o caso. O que for definido na
ação valerá para todos os processos do tipo no país.
A marcação da data de julgamento, porém, não traz
certeza de que o caso chegará ao final. Isso porque
pode ocorrer novo adiamento ou pedido de vistas por
parte de algum ministro que queira estudar o tema
com mais profundidade.
O que é Taxa Referencial
Criada em 1991 e integrante do pacote chamado Plano
Collor 2, que visava a desindexação e o combate à
hiperinflação da época, a TR (taxa referencial) é
uma taxa de juros de referência, utilizada no
cálculo do rendimento de alguns investimentos, como
por exemplo a poupança e os títulos públicos.
Entenda o caso
Hoje, o saldo do FGTS é corrigido pela TR (Taxa
Referencial) mais juros de 3% ao ano.
Como a TR está zerada, houve muitos períodos em que
a atualização do fundo perdeu para a inflação,
principalmente quando o índice de preços estava
alto.
Em 2013, o STF considerou que a TR é insuficiente
para corrigir os precatórios.
Advogados estavam conseguindo decisões favoráveis à
correção maior do FGTS, mas todas na primeira
instância.
Fonte: Diap
02/03/2020 -
Trabalho informal segue em alta e país tem quase 12
milhões de desempregados
Com o emprego sem carteira e o trabalho autônomo
crescendo acima da formalização, a taxa de
desemprego ficou em 11,2% no trimestre encerrado em
janeiro, segundo informou o IBGE nesta sexta-feira
(28), abaixo de outubro (11,6%) e de janeiro do ano
passado (12%). O número de desempregados foi
estimado em 11,913 milhões. A desistência de
procurar emprego também ajudou a reduzir a taxa.
De acordo com o instituto, são menos 453 mil
desempregados no trimestre (-3,7%) e menos 712 mil
em 12 meses (-5,6%). Estável no trimestre, o total
de ocupados cresceu 2% em um ano e chegou a 94,151
milhões.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua – apesar do pequeno
recuou na taxa de desemprego – seguem apontando para
um alto índice de informalidade, que atinge 40,7%
dos ocupados – são 38,3 milhões de trabalhadores
informais. Esse índice se mantém praticamente
inalterado: foi de 41,2% no trimestre encerrado em
outubro e de 41% há um ano.
Fonte: Agência Sindical
02/03/2020 -
Violência política contra as mulheres será debatida
em audiência pública
A Comissão Permanente Mista de Combate à Violência
contra a Mulher promove na quinta-feira (5), às 10h,
uma audiência pública sobre a violência política
contra as mulheres. O objetivo é traçar estratégias
de enfrentamento e elaboração legislativa que visem
à ampliação da ocupação dos espaços de poder e
representação pelas mulheres na política. O evento
atende ao requerimento da deputada Áurea Carolina,
do Psol de Minas Gerais. Foram convidados para a
audiência pública representantes da Universidade de
Brasília, a UnB, da Universidade Estadual de
Campinas, a Unicamp, da Universidade Federal de
Minas Gerais e da Fundação Getúlio Vargas, entre
outros.
Fonte: Agência Senado
02/03/2020 -
Sindicato não pode cobrar taxa de empregador para
autorizar trabalho em feriados
A decisão é do juiz do Trabalho Wagson Lindolfo
José Filho, da 2ª vara do Trabalho de Porto Velho/RO
É abusiva e inconstitucional a norma coletiva que
prevê a cobrança de taxa por parte de sindicatos a
fim de conceder autorização às empresas para
funcionários trabalharem em feriados. Com este
entendimento o juiz do Trabalho Wagson Lindolfo José
Filho, da 2ª vara do Trabalho de Porto Velho/RO,
julgou caso envolvendo um sindicato do comércio e
uma empresa local.
Na ação trabalhista, o sindicato declarou que a
empresa em questão trabalhou normalmente no feriado
do dia 12 de outubro de 2019, mesmo sem autorização
e sem pagamento da taxa prevista na convenção
coletiva de trabalho que abrange os anos de 2018 e
2019. Por isso, cobrou o pagamento da taxa, além de
uma multa.
Segundo o juiz, o sindicato excedeu os limites de
sua atuação e desvirtuou sua finalidade precípua
quando instituiu taxa de cobrança em proveito
próprio. “Trata-se de uma situação abusiva e
desvirtua a função representativa do Sindicato
autor”, sentenciou.
O magistrado ainda argumentou que a entidade deveria
proteger e defender os interesses e direitos dos
profissionais da categoria de possíveis abusos dos
empregadores: “Nesse contexto, deve lutar para que
trabalhador goze do descanso durante os feriados ou
possibilite a flexibilização do direito com o
objetivo primordial de indenizar o empregado da
maneira mais favorável possível”. No entendimento do
juiz, “uma convenção coletiva não poderia criar taxa
para o empregador a fim de custear atividades do
sindicato profissional”.
O réu não compareceu à audiência inicial, sendo,
portanto, aplicada a confissão ficta. De acordo com
o magistrado, o fato não implica na procedência
total do pedido do sindicato, pois os fundamentos da
pretensão devem se adequar às leis vigentes, o que
não ocorreu.
Com este entendimento, o magistrado concluiu que o
empregador não é obrigado a pagar taxas ao
sindicato.
Processo: 0000900-98.2019.5.14.0002
Fonte: Migalhas
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